Paulo Freire - cap 2 de Pedagogia da Autonomia
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2. ENSINAR NÃO É TRANSFERIR
CONHECIMENTOUniversidade e Sociedade
EQUIPE
Gabriela Oliveira Gomes Cordeiro
Jackson Cedraz
Jessica Taís Barreto Jorge
Karyna Duarte Alcântara
Lucas Carvalho
Marcos Henrique Sales Maia
ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Paulo Freire
O ensino para ser eficaz deve ser vivido
Ensinar requer pensar Certo
ENSINAR EXIGE CONSCIÊNCIA DO INACABADO
“Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou consciente”. (Paulo Freire)
A invenção da existência a partir dos materiais que a vida oferecia levou homens e mulheres a promover o suporte em que os outros animais continuam, em mundo. (Paulo Freire)
Os humanos como seres éticos e pensantes.
“Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que minha passagempelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que meu"destino" não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cujaresponsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque aHistória em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte éum tempo de possibilidades e não de determinismo. Daí que insistatanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade”.
(Paulo Freire, p.30)
ENSINAR EXIGE O RECONHECIMENTO DE SER CONDICIONADO
Ensinar exige o reconhecimento do ser condicionado
É a nossa inclusão assumida, é saber que somos inacabados e sermos conscientes disto.
A consciência do mundo e de si como ser inacabado inscrevem o ser num permanente movimento de busca. E nisto se fundamenta a educação como processo permanente.
Lutando deixo de ser apenas objeto, para ser também sujeito da História.
ENSINAR EXIGE RESPEITO À AUTONOMIA DO SER DO EDUCANDO O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros.
A dialogicidade
A transgressão da eticidade jamais pode ser entendida como virtude, mas como ruptura com a decência
ENSINAR EXIGE BOM SENSO
Bom senso é um conceito usado na argumentação ligado às noções de sabedoria e de razoabilidade.
Define a capacidade que uma pessoa tem de se adequar a regras e costumes em determinados momentos, para poder fazer bons julgamentos e escolhas.
O bom senso deve ser utilizado em todo momento em que for exercido meu dever de ensinar, cobrar, orientar e tomar decisões.
Não sendo autoritário, mas sim cumprindo o dever.
ENSINAR EXIGE HUMILDADE, TOLERÂNCIA E LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS DOS EDUCADORES Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores
Deve haver respeito à identidade do educando, á sua pessoa, a seus direito de ser.
Deve haver respeito do professor à pessoa do educando, à sua curiosidade, à sua timidez, através da humildade e da tolerância.
ENSINAR EXIGE APREENSÃO DA REALIDADE Somos os únicos seres que social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender.
Aprender é uma aventura criadora, algo muito mais rico do que meramente repetir a lição dada.
Aprender é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e á aventura do espírito.
A prática educativa demanda a existência de sujeitos, que ensinando aprende, outro que aprendendo, ensina. Chamado cunho gnosiológico.
A prática educativa envolve o uso de métodos, técnicas e matérias.
A prática educativa deve ser política, não deve ser neutra.
ENSINAR EXIGE ALEGRIA E ESPERANÇA A esperança é um impulso natural e necessário, a falta dela é a exclusão deste impulso. Ela é indispensável à história, pois sem ela esta seria um puro determinismo.
Somos seres de esperanças que, por diversos fatores fomos nos tornando desesperançados, e por isso uma das nossas lutas deve ser diminuir as razões para essa desesperança que nos imobiliza.
ENSINAR EXIGE A CONVICÇÃO DE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL
É saber da História como possibilidade e não como determinação.
O mundo não é. O mundo está sendo.
O papel do professor não é só de constatar o que ocorre no mundo, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências.
Além de objeto da história somos sujeitos da mesma.
Na história, cultura e na política, não podemos nos adaptar, mas sim mudá-las.
ENSINAR EXIGE CURIOSIDADE
Inibir a curiosidade do educando vai de encontro com sua experiência formadora.
O Educador não pode ser refém de procedimentos autoritários ou paternalistas, pois isso faz com que este, se oponha ao seu exercício de curiosidade, consequentemente de ensino.
É nítido o fato de que o educador aprende a custa da sua prática, mesmo que sua curiosidade esteja sujeita a limites.
O professor deve saber que a curiosidade que o rege, sem ela, não há aprendizagem nem ensino, pois para produzir e construir conhecimento é necessária a curiosidade, aquela que provoca a imaginação, que instiga o conhecimento.
Para isso é necessária que haja uma harmonia entre a liberdade e a autoridade. A pratica discente é essencial para a pratica docente do futuro ou do presente. Estamos todos em processos de aprendizagem e buscas por respostas
CONCLUSÃO
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática”. (Paulo Freire)