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Paulo Freire cidadão brasileiro e do mundo Professora Andrea Fernandes [email protected]

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Paulo Freire

cidadão brasileiro e do mundo

Professora Andrea Fernandes

[email protected]

Breve histórico

Paulo Freire nasceu em Recife/PE, no bairro da Casa

Amarela, no dia 19 de setembro de 1921 e faleceu em São

Paulo/SP no dia 02 de maio de 1997. Durante suas

décadas de vida, atuou combativamente em prol da

educação popular.

Alguns Fatos

1960 (década) – Participou dos movimentos de educação

popular; foi um dos fundadores do Movimento de Cultura

Popular (MCP), em Recife.

1964 – Foi destituído de suas funções como conselheiro no

Conselho Estadual de Educação de Pernambuco.

1964 (setembro) – Partiu para a Bolívia, após ter se

asilado na embaixada daquele país, no Rio de

Janeiro.

1964 (novembro) – transferiu-se para o Chile, após o

golpe de Estado na Bolívia, vivendo lá até abril de

1969.

1970 – Publicou Pedagogia do Oprimido, sua

mais importante obra, traduzida em mais de vinte

idiomas.

1979 (junho) – Recebeu seu primeiro passaporte

brasileiro e em agosto, com a anistia política, chegou

ao Brasil pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas /

SP. Aceitou o convite para lecionar na PUC-SP.

Retornou à Europa para organizar sua mudança

definitiva para o Brasil.

1980 (junho) – Reinstalou-se definitivamente no Brasil.

Não conseguiu, por razões políticas, voltar a Recife.

Fixou-se em São Paulo, com o convite recebido no ano

anterior pela PUC-SP.

Paulo Freire recebeu vários títulos pelo Brasil

e pelo mundo – Cidadão Honorário, Doutor Honoris

Causa, Professor Emérito, Presidente Honorário –

além de ter o seu nome em várias instituições.

Concepções

A educação, na visão de Freire, apresenta um caráter

libertador. Pressupõe libertar o homem da adaptação e da

alienação, visando possibilitar que seja um ser

problematizador e crítico em relação à realidade vivida,

integrando-se à sociedade.

A escola teria essa função: a de “integrar” o indivíduo à

sociedade, contribuindo para a transformação social, por

meio de uma prática educativa criativa, participativa,

dialógica e conscientizadora.

De acordo com Oliveira (2003, p. 27), a educação

freireana é denominada de diversas maneiras:

A Práxis – experiências

da década de 1960

Nesse caminhar pela libertação das classes

oprimidas e pela busca de uma alfabetização –

e educação – efetivamente conscientizadora,

Paulo Freire trouxe grandes e significativas

contribuições para a educação popular .

Movimento de Cultura Popular (MCP) de Recife – criado em

maio de 1960, com o objetivo principal de que através da

alfabetização se conseguiria conscientizar o contingente de

marginalizados do Recife e reintegrá-los à sociedade

pernambucana. As experiências de Paulo Freire foram

expressivas para a ascensão do movimento, tendo o sistema

Paulo Freire nascido no Centro de Cultura Popular do

MCP, em 1961, numa época histórica em que o povo passa a

participar na tomada de decisões.

A campanha “De pé no chão também

se aprende a ler” – datada de fevereiro

de 1961, na gestão de Djalma

Maranhão na Prefeitura Municipal de

Natal e de Moacyr de Góes, na

Secretaria de Educação. A campanha

fundamentava-se em um trabalho de

educadores de esquerda e católicos,

apresentando como objetivo erradicar o

analfabetismo em Natal (RN). As aulas

eram realizadas em escolas de chão

batido e de palha, estendendo-se até

1964, quando foi extinta pelo golpe

militar. Com essa campanha foi

possível construir um novo conceito

para o termo analfabeto, sendo este

o indivíduo que não tem condições

de ler um folheto, ainda que saiba

assinar o próprio nome.

“Em seu curto tempo de vida a Campanha evoluiu

de uma pedagogia liberal (ou modernização do

conservadorismo), de reprodução do sistema, até a

pedagogia reformista que começa por questionar a

injustiça social e termina por denunciar o capitalismo

como gerador dessa injustiça”.

Moacyr de Góes

Primeira Experiência

A primeira experiência de alfabetização e

conscientização de adultos, feita por Paulo Freire no

MCP (Centro de Cultura Dona Olegarinha) data de

janeiro de 1962.

Janeiro de 1963 – experiência de Alfabetização de

Adultos, em Angicos, no Rio Grande do Norte.

Guiné-Bissau

Mais um exemplo da luta pelos povos oprimidos foi a experiência

de Guiné-Bissau.

Essa experiência desafiadora nasceu de um convite que Freire

recebeu do governo daquele país para discutir as formas

de colaboração com a alfabetização dos adultos guineenses.

Para construir o projeto a ser desenvolvido, Paulo Freire e a equipe do

Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas e a

equipe do IDAC dedicaram conhecer a realidade e a aprofundar os

conhecimentos que tinham sobre as lutas por libertação.

Não se permitiam realizar uma invasão cultural.

A prática se desenvolvia a partir do que aprendiam com os educadores eeducandos de Guiné-Bissau.

Para construir e implementar o projeto foram idas e vindas de Genebra aquele país africano; mas sem perder a capacidade do diálogo e da troca

constantes.

Contribuições do pensamento

de Paulo Freire para a atualidade

Paulo Freire nos deixou uma rica história de vida, além do testemunho de uma vida de compromisso com a causa dos oprimidos .

Ensinou-nos o caminho para a formação da consciência na sua forma política.

Ensinou-nos que “estar no mundo e com o mundo” não é somente aprender a ler a realidade, mas propor-se a

modificá-la.

“O mundo não é.

O mundo está sendo”.

Paulo

Freire

Links para você pesquisar...

http://www.paulofreire.org.br

http://www.paulofreire.ufpb.br

http://redesocial.unifreire.org/unifreire/blog-1/escola-cidada-

uma-escola-de-comunidade-e-companheirismo

www.pensador.info/pensamentos_paulo_freire

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire

http://br.librarything.com/author/freirepaulo

http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/766/76610212.pdf