Paulo, João, Jorge e Ringo: The Beatles

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Produto: CADERNO_2 - BR - 4 - 17/04/10 D4-BR/SP - CYANMAGENTAAMARELOPRETO Passagem de Som THE BITOLS Cristiano Bastos / ESPECIAL PARA O ESTADO Em 1981, o longa-metragem Deu Pra Ti Anos 70, rodado em Super 8 pelo diretor Giba Assis Brasil, arrebatou crítica, e considerá- vel público, com sua narrativa sobre encontros e desencon- tros da incipiente juventude ur- bana de Porto Alegre. O filme tinha participações de artistas como Júlio Reny (Expresso Oriente), Augusto Licks (Enge- nheiros do Hawaii) e Wander Wildner (Os Replicantes), des- bravadores da falecida sigla ou- trora conhecida como rock gaú- cho. Quase 30 anos depois, Deu Pra Ti Anos 70 ainda é raro exem- plo de pop fiction feita no Brasil. Nesses tecnocráticos tempos – nos quais editar um álbum de rock tornou-se relativamente fá- cil –, a ficção pop, contudo, segue praticamente ignorada pelos ci- neastas brasileiros. Em 2010, a exceção ao gênero, novamente, vem do Sul: o longa Bitols, recém- finalizado pelo coletivo gaúcho Cinema8ito com recursos finan- ciados, em parte, pelo Fundo Mu- nicipal de Apoio à Produção Ar- tística e Cultural de Porto Alegre (Fumproarte). As filmagens cus- taram em torno R$ 200 mil e co- meçaram em 2004. Evidente tro- ça com o nome do quarteto de Liverpool, Bitols enquadra uma noite dos anos 90 na vida dessa fictícia banda gaúcha, que tem em sua formação Paulo (Léo Feli- pe), João (Bruno Bazzeo), Jorge (Leonardo Machado) e Ringo (Carlinhos Carneiro). Os atores são bem conhecidos no circuito cultural da cidade: Léo Felipe foi proprietário do mi- tológico bar Garagem Herméti- ca (palco no qual a Graforréia Xi- larmônica fez seu show de es- treia); Bruno Bazzeo toca na ban- da Destilantes; Leonardo Macha- do é ator da novela Viver a Vida.E Carlinhos Carneiro é mais popu- lar como o frontman da banda Bidê ou Balde. “Os Bitols fazem um som tipo art-noise-punk, só que eles são muito ruins. Facil- mente poderiam ser chamados de ‘A pior banda do mundo’”, iro- niza Carneiro, que promete no- vo disco para junho. O diretor André Arieta conta que escolheu retratar a década por tê-la vivenciado de perto, his- tória que, segundo ele, estava se perdendo na memória audiovi- sual. Bitols, explica Arieta, recu- pera um período riquíssimo da cultura underground de Porto Alegre. “Faltava um filme sobre rock feito de dentro para fora, sem frescuras e sem cinebiogra- fia, embora de um jeito bizarro.” O bizarro está a cargo da monta- gem, ou melhor, da retorcida des- montagem proposta na edição do filme, que trilha a cartilha do Cinema Desconstrução encam- pada pelo coletivo: “É operar o avesso do cinema”, resume o di- retor, que cita como influência o marginal Meteorango Kid – O He- rói Intergaláctico, do baiano An- dré Luiz Oliveira. A ficção conta também com aparições do músico Frank Jor- ge e do legendário Plato Divo- raki, além de valer-se do tom do- cumental ao desencavar ima- gens raras de bandas como Love- craft, Tarcísio Meira’s Band e Co- larinhos Caóticos. Uma dessas preciosidades é o registro em VHS do primeiro show de Júpi- ter Maçã (Flavio Basso) quando ainda se chamava Júpiter Maçã Combo, em 1994. Em outra cena de Bitols, o produtor Gordo Mi- randa, vivido por Carlos Eduar- do Miranda, enxovalha o cenário roqueiro daqueles dias. A atriz e roteirista Bia Werther, que no filme faz a misteriosa Rita, revela que o mote de exibição do filme será nas salas alternativas e nos cineclubes. “Numa estraté- gia de guerrilha pretendemos chegar até o Acre.” O coletivo Ci- nema8ito possui também cone- xões com cineclubes de Paris e Tóquio. Ela explica: “Exibimos seus filmes e eles exibem os nos- sos.Assim, vamos tomando de as- salto espaços que, para muitos, podem parecer inalcançáveis.” HAJA FÔLEGO UM DIA PARA NÃO ESQUECER Um dos principais eventos pop do planeta, que ainda na primavera abre os megafesti- vais de verão, Coachella Mu- sic & Arts traz hoje em sua programação a ‘invasão americana’ do inglês Muse; a bagun- ça metal do Faith No Mo- re; o MGMT tocando seu no- vo disco hippie; a sensação britâni- ca de pop delicado The XX; a celebra- ção de amor e ami- zade indie da ban- da de meninos Girls. Mais: Hot Chip, Gossip, Camera Obscura, Dead Weather, Devo... SINAL DOS TEMPOS O iPAD E A BILLBOARD Você sabe quando uma coisa está em plena revolução e de pernas para o ar (no caso, os novos costumes de consumo musical) no momento em que uma revista como a americana Billboard traz na capa “o iPad e seus aplicativos matadores.” Feita a serviço da indústria mu- sical e para informar as paradas de discos mais vendidos em vá- rias categorias, uma capa como esta recente da Billboard, um dos últimos pilares da velha in- dústria (gravadoras, vendagens de discos físicos), é de causar reflexão sonora. SEM GAGUEJAR FONES DE DIVA Falando em iPad, entrar numa loja como as imensas da Apple, nos EUA, em época de lança- mento de qualquer coisa da mar- ca, requer preparo físico para enfrentar a multidão. O mágico iPad domina a atenção, mas em um cantinho da loja um artigo consegue reluzir: são os fones especiais da espalhafatosa Lady Gaga. Custa US$ 120, tem fitas em vez de fios, pode ser verme- lho, prateado e preto brilhoso e, claro, vem com uma plaquinha com o nome da cantora. PAULO, JOÃO, JORGE E RINGO: Músicos do rock gaúcho aparecem em filme que satiriza a banda inglesa em noite dos anos 90 5. Sly Stone – ‘Higher and Higher’ O quarteto de Oxford anunciou seu fim. Se você não se lembra deles, basta ouvir o primeiro compasso deste hit. PODIA SER AQUI 4. Miles Davis – ‘Tutu (live)’ No vídeo, Steve Reid, baterista de Miles Davis e James Brown, que morreu terça-feira. O incansável Sly Stone retorna aos palcos novamente, no festival de Coachella. O brilhante cantor e compositor es- treia sua primeira ópera em Londres nesta semana. 1. Supergrass– ‘Alright’ 2. Pink Floyd – ‘ The Wall (full version)Roger Waters fará uma turnê comemo- rativa dos 30 anos do filme/disco que marcou o rock. 3. Rufus Wainwright – ‘Prima Donna’ Cinema. Humor C 2 + m/ Hits da Semana TOPCDs TOPDVDs Direto de Indio, Califórnia. Só tem uma coisa desviando (um pouco) a atenção do megafesti- val Coachella Music & Arts, que ocorre com 140 bandas nes- te final de semana no deserto californiano. Hoje, nos EUA, é comemora- do o Dia das Lojas de Disco. En- quanto as imensas cadeias de ‘record store’ foram falindo nes- ta impiedosa era da internet, as pequenas lojas de discos, volta- das à cultura independente, se- guem fiéis à causa, do jeito que dá. Criado em 2007 por um bal- conista de uma loja de discos do Maine (New Hampshire), o Re- cord Store Day, celebrado sem- pre no terceiro sábado de abril, virou uma festa da música que cresce a cada ano e já conta com a adesão de mais de 800 lojas indies da América. E está come- çando a ficar internacional: Sué- cia, Itália, Japão, Finlândia, França e, claro, o Reino Unido também fazem a festa. No ano passado, o Dia das Lojas de Discos contou com cer- ca de 650 eventos nos EUA, des- de lançamentos exclusivos a showcases com artistas do nível de Leonard Cohen, Bob Dylan, Iggy Pop e Wilco. Para este ter- ceiro ano, o ‘fe- riado indie’ contará hoje com show exclusivo da renasci- da banda Smashing Pumpkins (foto) na colossal loja Amoeba de Los Angeles. De quebra a banda lança- rá na Amoe- ba, também hoje, um EP espe- cial, já antecipando a chegada de seu no- vo álbum, que sai no final de maio. TOP5TUBE 1. Stick and Sweet Tour Madonna 2. My Words Justin Bieber 3. Maria Gadú Maria Gadú 4. Duetos Renato Russo 5. The Fame Monster Lady Gaga 6. Raconte-Moi Stacey Kent 7. Almost Alice Vários 8. Viver a Vida Vários 9. Soldier of Love Sade 10. The Nocturnes Nelson Freire 1. Elas Cantam Roberto Vários 2. PearI Jam in Santiago Pearl Jam 3. I am... Yours Beyoncé 4. Live at the 02 Kings of Leon 5. Live at the Shea Stadium Beatles 6. Live at the Madison Square Garden Bon Jovi (foto) 7. Ao Vivo e em Cores Victor e Leo 8. Carnaval 2010 Vários 9. Funhouse Tour Lady Gaga 10. Live in Maasctrich III Andre Rieu FONTE: LIVRARIAS CULTURA, FNAC, DA VILA E SARAIVA Julio Maria Sem saber nada de Stacey Kent (foto), você pode jurar que essa moça é francesa e que se trata daquelas revela- ções que surgem na linha de Madeleine Peyroux. Nada dis- so. Stacey, que aparece na lista dos mais vendidos da semana, não é francesa, não é novata e não faz exatamente a linha de Madelei- ne. A americana que domina a lín- gua de Baudelaire e canta chan- sons como poucas ganhou muito respeito lá fora com este disco Raconte-Moi. E ´deve muito des- ta vitória a Tom Jobim, de quem a cantora faz magistralmente Águas de Março na versão france- sa de George Moustaki. Stacey é, além de ótima intérprete, de uma simpatia ímpar. Disse há pouco, em entrevista ao Esta- do, que não para de estudar português para voltar a cantar no País. Ela se apresentou por aqui em 2008. Lúcio Ribeiro FRANK BARRATT/HULTON ARCHIVE Uma bela saída à francesa EM UMA LOJA BEM LONGE DE VOCÊ FONTE: LIVRARIAS CULTURA, FNAC, DA VILA E SARAIVA O pior grupo do mundo. Os Bitols de Porto Alegre são registrados com seu som tosco em uma típica noite dos anos 90 %HermesFileInfo:D-4:20100417: D4 C2 +música SÁBADO, 17 DE ABRIL DE 2010 O ESTADO DE S. PAULO

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Matéria sobre o filme "Bítols", de André Arieta e Bia Werther.

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Page 1: Paulo, João, Jorge e Ringo: The Beatles

Produto: CADERNO_2 - BR - 4 - 17/04/10 D4-BR/SP - CYANMAGENTAAMARELOPRETO

Passagem de Som

THE BITOLSCristiano Bastos /ESPECIAL PARA O ESTADO

Em 1981, o longa-metragem DeuPra Ti Anos 70, rodado em Super8 pelo diretor Giba Assis Brasil,arrebatou crítica, e considerá-vel público, com sua narrativasobre encontros e desencon-tros da incipiente juventude ur-bana de Porto Alegre. O filmetinha participações de artistascomo Júlio Reny (ExpressoOriente), Augusto Licks (Enge-nheiros do Hawaii) e WanderWildner (Os Replicantes), des-bravadores da falecida sigla ou-trora conhecida como rock gaú-cho. Quase 30 anos depois, DeuPra Ti Anos 70 ainda é raro exem-plo de pop fiction feita no Brasil.

Nesses tecnocráticos tempos– nos quais editar um álbum derock tornou-se relativamente fá-cil –, a ficção pop, contudo, seguepraticamente ignorada pelos ci-neastas brasileiros. Em 2010, aexceção ao gênero, novamente,vem do Sul: o longa Bitols, recém-finalizado pelo coletivo gaúchoCinema8ito com recursos finan-ciados,em parte, pelo Fundo Mu-nicipal de Apoio à Produção Ar-tística e Cultural de Porto Alegre

(Fumproarte). As filmagens cus-taram em torno R$ 200 mil e co-meçaram em 2004. Evidente tro-ça com o nome do quarteto deLiverpool, Bitols enquadra umanoite dos anos 90 na vida dessafictícia banda gaúcha, que temem sua formação Paulo (Léo Feli-pe), João (Bruno Bazzeo), Jorge

(Leonardo Machado) e Ringo(Carlinhos Carneiro).

Os atores são bem conhecidosno circuito cultural da cidade:Léo Felipe foi proprietário do mi-tológico bar Garagem Herméti-ca (palco no qual a Graforréia Xi-larmônica fez seu show de es-treia); Bruno Bazzeo toca na ban-

da Destilantes; Leonardo Macha-do é ator da novela Viver a Vida. ECarlinhos Carneiro é mais popu-lar como o frontman da bandaBidê ou Balde. “Os Bitols fazemum som tipo art-noise-punk, sóque eles são muito ruins. Facil-mente poderiam ser chamadosde ‘A pior banda do mundo’”, iro-

niza Carneiro, que promete no-vo disco para junho.

O diretor André Arieta contaque escolheu retratar a décadapor tê-la vivenciado de perto, his-tória que, segundo ele, estava seperdendo na memória audiovi-sual. Bitols, explica Arieta, recu-pera um período riquíssimo da

cultura underground de PortoAlegre. “Faltava um filme sobrerock feito de dentro para fora,sem frescuras e sem cinebiogra-fia, embora de um jeito bizarro.”O bizarro está a cargo da monta-gem, ou melhor, da retorcida des-montagem proposta na ediçãodo filme, que trilha a cartilha doCinema Desconstrução encam-pada pelo coletivo: “É operar oavesso do cinema”, resume o di-retor, que cita como influência omarginal Meteorango Kid – O He-rói Intergaláctico, do baiano An-dré Luiz Oliveira.

A ficção conta também comaparições do músico Frank Jor-ge e do legendário Plato Divo-raki, além de valer-se do tom do-cumental ao desencavar ima-gens raras de bandas como Love-craft, Tarcísio Meira’s Band e Co-larinhos Caóticos. Uma dessaspreciosidades é o registro emVHS do primeiro show de Júpi-ter Maçã (Flavio Basso) quandoainda se chamava Júpiter MaçãCombo, em 1994. Em outra cenade Bitols, o produtor Gordo Mi-randa, vivido por Carlos Eduar-do Miranda, enxovalha o cenárioroqueiro daqueles dias.

A atriz e roteirista Bia Werther,que no filme faz a misteriosa Rita,revela que o mote de exibição dofilme será nas salas alternativas enos cineclubes. “Numa estraté-gia de guerrilha pretendemoschegar até o Acre.” O coletivo Ci-nema8ito possui também cone-xões com cineclubes de Paris eTóquio. Ela explica: “Exibimosseus filmes e eles exibem os nos-sos.Assim, vamostomando de as-salto espaços que, para muitos,podem parecer inalcançáveis.”

HAJA FÔLEGOUM DIA PARA

NÃO ESQUECERUm dos principais eventos

pop do planeta, que ainda naprimavera abre os megafesti-

vais de verão, Coachella Mu-sic & Arts traz hoje em sua

programação a ‘invasãoamericana’ do inglês

Muse; a bagun-ça metal doFaith No Mo-re; o MGMT

tocando seu no-vo disco hippie; asensação britâni-ca de pop delicadoThe XX; a celebra-ção de amor e ami-zade indie da ban-

da de meninos Girls. Mais: HotChip, Gossip, Camera Obscura,Dead Weather, Devo...

SINAL DOS TEMPOSO iPAD E A BILLBOARDVocê sabe quando uma coisaestá em plena revolução e depernas para o ar (no caso, osnovos costumes de consumomusical) no momento em queuma revista como a americanaBillboard traz na capa “o iPad eseus aplicativos matadores.”Feita a serviço da indústria mu-sical e para informar as paradasde discos mais vendidos em vá-rias categorias, uma capa comoesta recente da Billboard, umdos últimos pilares da velha in-

dústria (gravadoras, vendagensde discos físicos), é de causarreflexão sonora.

SEM GAGUEJARFONES DE DIVAFalando em iPad, entrar numaloja como as imensas da Apple,nos EUA, em época de lança-mento de qualquer coisa da mar-ca, requer preparo físico paraenfrentar a multidão. O mágicoiPad domina a atenção, mas emum cantinho da loja um artigoconsegue reluzir: são os fonesespeciais da espalhafatosa LadyGaga. Custa US$ 120, tem fitasem vez de fios, pode ser verme-lho, prateado e preto brilhoso e,claro, vem com uma plaquinhacom o nome da cantora.

PAULO, JOÃO, JORGE E RINGO:Músicos do rockgaúcho aparecemem filme quesatiriza a bandainglesa em noitedos anos 90

5. Sly Stone – ‘Higher and Higher’

O quarteto deOxford anunciouseu fim. Se vocênão se lembradeles, basta ouvir oprimeiro compassodeste hit.

PODIA SER AQUI

4. Miles Davis – ‘Tutu (live)’No vídeo, SteveReid, baterista deMiles Davis eJames Brown, quemorreu terça-feira.

O incansável SlyStone retorna aospalcos novamente,no festival deCoachella.

O brilhante cantore compositor es-treia sua primeiraópera em Londresnesta semana.

1. Supergrass– ‘Alright’

2. Pink Floyd – ‘The Wall (full version)’Roger Waters faráuma turnê comemo-rativa dos 30 anosdo filme/disco quemarcou o rock.

3. Rufus Wainwright – ‘Prima Donna’

Cinema. Humor

C2+m/ Hits da SemanaTOPCDs TOPDVDs

Direto de Indio, Califórnia. Sótem uma coisa desviando (umpouco) a atenção do megafesti-val Coachella Music & Arts,que ocorre com 140 bandas nes-te final de semana no desertocaliforniano.

Hoje, nos EUA, é comemora-do o Dia das Lojas de Disco. En-quanto as imensas cadeias de‘record store’ foram falindo nes-ta impiedosa era da internet, aspequenas lojas de discos, volta-

das à cultura independente, se-guem fiéis à causa, do jeito quedá. Criado em 2007 por um bal-conista de uma loja de discos doMaine (New Hampshire), o Re-cord Store Day, celebrado sem-pre no terceiro sábado de abril,virou uma festa da música quecresce a cada ano e já conta coma adesão de mais de 800 lojasindies da América. E está come-çando a ficar internacional: Sué-cia, Itália, Japão, Finlândia,França e, claro, o Reino Unidotambém fazem a festa.

No ano passado, o Dia dasLojas de Discos contou com cer-ca de 650 eventos nos EUA, des-de lançamentos exclusivos ashowcases com artistas do nívelde Leonard Cohen, Bob Dylan,Iggy Pop e Wilco. Para este ter-

ceiro ano, o ‘fe-riado indie’contará hojecom showexclusivoda renasci-da bandaSmashingPumpkins(foto) nacolossal lojaAmoeba deLos Angeles.De quebra abanda lança-rá na Amoe-ba, tambémhoje, um EP espe-cial, já antecipandoa chegada de seu no-vo álbum, que sai nofinal de maio.

TOP5TUBE

1. Stick and Sweet TourMadonna

2. My WordsJustin Bieber

3. Maria GadúMaria Gadú

4. DuetosRenato Russo

5. The Fame MonsterLady Gaga

6. Raconte-MoiStacey Kent

7. Almost AliceVários

8. Viver a VidaVários

9. Soldier of LoveSade

10. The NocturnesNelson Freire

1. Elas Cantam RobertoVários

2. PearI Jam in SantiagoPearl Jam

3. I am... YoursBeyoncé

4. Live at the 02Kings of Leon

5. Live at the Shea StadiumBeatles

6. Live at the Madison Square GardenBon Jovi (foto)

7. Ao Vivo e em CoresVictor e Leo

8. Carnaval 2010Vários

9. Funhouse TourLady Gaga

10. Live in Maasctrich IIIAndre Rieu

FONTE: LIVRARIAS CULTURA, FNAC, DA VILA E SARAIVA

Julio Maria

Sem saber nada de StaceyKent (foto), você pode jurarque essa moça é francesa eque se trata daquelas revela-ções que surgem na linha deMadeleine Peyroux. Nada dis-so. Stacey, que aparece na listados mais vendidos da semana,não é francesa, não é novata e nãofaz exatamente a linha de Madelei-ne. A americana que domina a lín-gua de Baudelaire e canta chan-sons como poucas ganhou muitorespeito lá fora com este discoRaconte-Moi. E ´deve muito des-ta vitória a Tom Jobim, de quema cantora faz magistralmenteÁguas de Março na versão france-sa de George Moustaki. Staceyé, além de ótima intérprete, deuma simpatia ímpar. Disse hápouco, em entrevista ao Esta-do, que não para de estudarportuguês para voltar a cantarno País. Ela se apresentou poraqui em 2008.

Lúcio Ribeiro

FRANK BARRATT/HULTON ARCHIVE

Uma belasaída àfrancesa

EM UMA LOJABEM LONGEDE VOCÊ

FONTE: LIVRARIAS CULTURA, FNAC, DA VILA E SARAIVA

O pior grupo do mundo. Os Bitols de Porto Alegre são registrados com seu som tosco em uma típica noite dos anos 90

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D4 C2+música SÁBADO, 17 DE ABRIL DE 2010 O ESTADO DE S. PAULO