Pavilhao Parque

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 Atividades Prog ramadas IV Camila Marchiori Pavilão-Parque  A Bienal Internacional de Arte de São P aulo é respon sável por proe tar a o!ra de artistas internacionai s e nacionais" por re#letir as tend$ncias mais marcantes no cenário art%stico glo!al& é considerada um dos tr$s principais eventos do circuito art%stico internacional" unto da Bienal de Vene'a e da (ocumenta de )assel" que ocorre a cada dois anos na cidade de São Paulo* + evento acontece no Pavilhão Ciccillo Matara'' o do Parque do I!irapuera" motivo pelo qual o prédio tam!ém é conhecido como Pavilhão da Bienal" proetado por +scar ,iemeer em ./0." reconhecido como %cone da arquitetura modernis ta !rasileira" tom!ado pelo Patrim1nio 2ist3rico* 4m sua 5.6 edi7ão" so! o t%tulo 8Como 9***: de coisas que não e;istem8" os curadores Charles 4sche 9Inglaterra:" <alit 4ilat 9Israel:" ,uria 4nguita Mao 94spanha:" Pa!lo =a#uente94sp anha: e +ren Sagiv 9Israel:" em cola!ora7ão com as equipes internas da >unda7ão Bienal" prop?em uma discussão so!re como as coisas que não e;istem podem ser tra'idas @ e;ist$ncia" de modo que contri!uam para uma visão di#erente do mundo por meio de e;peri$ncias e emo7?es que não estão presentes nas análises corriqueiras da vida humana*  A pa rtir de um dese o de pensar e ag ir coletivamen te" a curadoria i ntencionou mos trar perspectivas so!re o presente" como um per%odo de transi7ão" em que velhas #ormas estão sendo a!andonadas para dar lugar as novas" ainda não delimitadas com precisão" incluindo assuntos" como religião" se;ualidade" #eminismo* (essa !usca por o!ras que re#litam o presente" há #ilmes" instala7?es" #otos" pinturas" encontros e per#ormances" a!rindo caminhos para outras a!ordagens que se trans#ormam" através da representa7ão por o!ras que re#litam o presente" há quatro #rentes que se tornam lupas para a!ordar o tema central" que são as quest?es da coletividade " con#lito" imagina7ão e trans#orma7ão* Propostas do educativo para au;iliar as interpreta7?es das o!ras selecionadas e correlacioná-las entre si e com o tema geral* + Pavilhão é livre de divis?es internas" o que permite uma li!erdade para a montagem de am!ientes distintos e simultneos" além de propiciar uma circula7ão #acilitada aos visitantes" tomando como estratégia e;pogra#ica a organi'a7ão modular pelos tr$s andares" su! dividindo nos quatro m3dulos das lupas utili'adas pelo educativo" cada um com imersão pr3pria" usando a arqui!ancadas proetadas pelo curador-arquiteto +ren Sagiv* 4m uma tentativa de permear o térreo com a marquise" a primeira área é o que a curadoria denomina edi#%cio-parque" de#inindo o primeiro andar como a recep7ão ao pu!lico" tornando primeiro contato com a Bienal" as arqui!ancadas espalhadas pelo espa7o irão acolher o pu!lico para as per#ormances " de!ates e proe7?es* Com a

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8/16/2019 Pavilhao Parque

http://slidepdf.com/reader/full/pavilhao-parque 1/2

 Atividades Programadas IV

Camila Marchiori

Pavilão-Parque

 A Bienal Internacional de Arte de São Paulo é responsável por proetar a o!ra de

artistas internacionais e nacionais" por re#letir as tend$ncias mais marcantes no

cenário art%stico glo!al& é considerada um dos tr$s principais eventos do circuito

art%stico internacional" unto da Bienal de Vene'a e da (ocumenta de )assel" que

ocorre a cada dois anos na cidade de São Paulo* + evento acontece no

Pavilhão Ciccillo Matara''o do Parque do I!irapuera" motivo pelo qual o prédio

tam!ém é conhecido como Pavilhão da Bienal" proetado por +scar ,iemeer em

./0." reconhecido como %cone da arquitetura modernista !rasileira" tom!ado pelo

Patrim1nio 2ist3rico*

4m sua 5.6 edi7ão" so! o t%tulo 8Como 9***: de coisas que não e;istem8" os

curadores Charles 4sche 9Inglaterra:" <alit 4ilat 9Israel:" ,uria 4nguita Mao

94spanha:" Pa!lo =a#uente94spanha: e +ren Sagiv 9Israel:" em cola!ora7ão com as

equipes internas da >unda7ão Bienal" prop?em uma discussão so!re como as coisas

que não e;istem podem ser tra'idas @ e;ist$ncia" de modo que contri!uam para uma

visão di#erente do mundo por meio de e;peri$ncias e emo7?es que não estão

presentes nas análises corriqueiras da vida humana*

 A partir de um deseo de pensar e agir coletivamente" a curadoria intencionou mostrar

perspectivas so!re o presente" como um per%odo de transi7ão" em que velhas #ormasestão sendo a!andonadas para dar lugar as novas" ainda não delimitadas com

precisão" incluindo assuntos" como religião" se;ualidade" #eminismo*

(essa !usca por o!ras que re#litam o presente" há #ilmes" instala7?es" #otos" pinturas"

encontros e per#ormances" a!rindo caminhos para outras a!ordagens que se

trans#ormam" através da representa7ão por o!ras que re#litam o presente" há quatro

#rentes que se tornam lupas para a!ordar o tema central" que são as quest?es da

coletividade" con#lito" imagina7ão e trans#orma7ão* Propostas do educativo para

au;iliar as interpreta7?es das o!ras selecionadas e correlacioná-las entre si e com o

tema geral*

+ Pavilhão é livre de divis?es internas" o que permite uma li!erdade para a montagem

de am!ientes distintos e simultneos" além de propiciar uma circula7ão #acilitada aos

visitantes" tomando como estratégia e;pogra#ica a organi'a7ão modular pelos tr$s

andares" su! dividindo nos quatro m3dulos das lupas utili'adas pelo educativo" cada

um com imersão pr3pria" usando a arqui!ancadas proetadas pelo curador-arquiteto

+ren Sagiv*

4m uma tentativa de permear o térreo com a marquise" a primeira área é o que a

curadoria denomina edi#%cio-parque" de#inindo o primeiro andar como a recep7ão ao

pu!lico" tornando primeiro contato com a Bienal" as arqui!ancadas espalhadas pelo

espa7o irão acolher o pu!lico para as per#ormances" de!ates e proe7?es* Com a

8/16/2019 Pavilhao Parque

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intensão de que a área sea um espa7o a!erto o tempo todo" para que as pessoas á

#a7am parte do evento sem nem mesmo entrar*

 A permea!ilidade das arqui!ancadas" #a'em-nos pensar a nature'a dos coletivos e as

#ormas de participa7ão e visi!ilidade que eles t$m tomado no espa7o" e da intera7ão

entre a arquitetura e o parque" causando até mesmo um ogo visual entre essapermea!ilidade e o a montagem da curatorial*

+ evento" para evidenciar esse e#eito" pretendia tra!alhar com as portas em sua

a!ertura total" mas #ora impossi!ilitado pela pr3pria seguran7a do espa7o" causando

um a#unilamento na entrada" tornado o espa7o menos convidativo" pass%vel de

imaginar elitista*

 Aqueles que passeiam no parque" não se sentem tão convidativos a entrar na Bienal"

e a grande 3tica da coletividade" presente no térreo se torna #raca e até mesmo #alsa"

por não ter a a!ertura para o restante do parque" o coletivo se torna heterog$neo*

2á inclusive a o!ra da <ra'iela Carte'ani" logo na porta da Bienal"  Aqui existe uma

catraca que perce!eu essa tensão entre o interno e e;terno da Bienal" escrevendo

essa #rase no chão* Mesmo não havendo a catraca" o #ato de e;istir !arreiras de

ordem e seguran7a do espa7o" há o conceito catraca*

4sse descuido da rela7ão pu!lico" Bienal e seguran7a" e de seu espa7o inserido"

pode-se na verdade ser remediado* Ao invés de atrair o pu!lico para dentro do

Pavilhão" deveria escorrer suas interven7?es para #ora dos seus limites #%sicos*

Permitir que a ideia do térreo" edi#%cio-parque" sea di#undida tam!ém na marquise em

que se encontra* (ando a possi!ilidade real de transitoriedade das a7?es educativas"

trans#ormando o pu!lico do parque em pu!lico da !ienal tam!ém" vice e versa* Atingindo o primeiro grau de interven7ão proetada pela curadoria" coletividade*