PCT/G 2013 by Sala Amarela

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Escola Básica do 1º Ciclo com jardim-de-infância S. Miguel Enxara do Bispo S S a a l l a a A A m m a a r r e e l l a a Projeto de Desenvolvimento do Currículo Art.º 3º do Decreto-lei 139/2012 2012/2013 Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena Malveira

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Projeto Curricular de Turma/Grupo 2012/13 da Sala Amarela da EB1/JI de S. Miguel.

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Escola Básica do 1º Ciclo com jardim-de-infância

S. Miguel Enxara do Bispo

SSaallaa AAmmaarreellaa

Projeto de Desenvolvimento do Currículo

Art.º 3º do Decreto-lei 139/2012

2012/2013

Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena

Malveira

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"O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo."

Georges Bernanos

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Índice

Índice 5

Introdução 7

Caracterização da Comunidade Escolar 9

A Freguesia da Enxara do Bispo 9

População 9

A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel 10

As Salas do jardim-de-infância 10

Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) 11

Perfil do grupo 12

Opções Educativas 15

Porquê Projeto? 15

O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena 16

Definição de Prioridades Educativas 17

Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica 17

Organização do Ambiente Educativo 19

Calendário escolar 19

Funcionamento e Dinâmica da Equipa 19

Horário do Educador 20

Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares 20

Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico 22

Articulação Educativa e Inovação 23

Planeamento Global 24

Considerações Finais 32

Anexos 34

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Introdução

Com a alteração legislativa que define as condições de planeamento, preparação e desenvolvimento de atividades

curriculares (Dec. Lei 139/29912), o Projeto Curricular de Grupo/Turma (PCG/T) assume, desde agora, um modelo

descritivo diferente do que até aqui acontecia.

De uma forma global, as alterações emanadas da Lei pressupõem, de forma discriminada, a ação curricular e de

gestão do currículo que compete ao professor titular de turma.

No caso da Educação Pré-escolar, a forma a construção de um PCG/T pressupõe uma efetiva exposição das

dinâmicas e ideias que sustentarão e consubstanciarão as práticas pedagógicas e educativas baseadas num

levantamento aturado de necessidades, numa análise reflexiva dos recursos disponíveis e numa profunda

ponderação sobre as estratégias e atividades que o possam operacionalizar.

As páginas que a seguir se apresentam pretendem facilitar a compreensão, de forma explícita e cabal, das opções e

estratégias letivas e não letivas que promoverão e proporcionarão a obtenção dos objetivos que também se

enunciam. Serve para expor, potenciar a reflexão alargada (a Pais e Famílias, à Comunidade, etc.) sobre as opções

educativas e metodológicas e proporcionar, desse modo, a participação efetiva de todos os atores educativos na

construção de um modelo educativo inclusivo e integrado que sirva os alunos e o seu desenvolvimento continuado.

A divulgação é também um dos seus objetivos e, nesse sentido, este documento está também vocacionado para

uma fácil e alargada disseminação onde, por exemplo, a internet poderá assumir um espaço fundamental.

Dividido em quatro grandes áreas: Caracterização da Comunidade Escolar; Opções Educativas; Organização do

Ambiente Educativo e Avaliação ambiciona, através de um texto que se pretende claro e clarificador de conceitos,

uniformizar linguagens e contextos, de forma a permitir uma consciência coletiva interventiva e promotora de

Qualidade.

Que possa cumprir os seus objetivos…

O Educador

Henrique Santos

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Caracterização da Comunidade Escolar

A Freguesia da Enxara do Bispo

Dominada pela silhueta da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus

pergaminhos à história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral

concedido por D. Manuel I, em 20 de novembro de 1519.

Durante vários séculos foi sede de Concelho. Porém, no século XIX passou a integrar

o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra.

A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do

património edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de

esplendor.

Na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, guardam‐se algumas

tábuas com pintura quinhentista de grande valor, pertencentes a um retábulo hoje

desaparecido. Os azulejos da capela‐mor são setecentistas representando cenas da

vida de Nossa Senhora. O batistério, sob um arco quinhentista, apresenta no seu

interior uma pia batismal Manuelina.

À Romaria da Serra do Socorro, que reúne excelentes condições para a prática de asa delta, ou da Senhora das

Neves, acorre a 5 de agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo junto à Ermida de N.ª

Senhora do Socorro, que consta, por tradição, ter sido mesquita convertida em templo católico, por D. Afonso

Henriques, e reedificada no reinado de D. Manuel.

São ainda de salientar as Festas de Nossa Senhora da Assunção (15 de agosto), na sede da Freguesia, e a

Santa Comba (6 de janeiro), no lugar de Vila Pouca (dados recolhidos em: http://www.cmmafra.pt/concelho/enxara.asp).

População

A população distribui‐se pelas localidades de Enxara do Bispo, Terroal, Vila Pouca, Tourinha, S. Sebastião, Enxara

dos Cavaleiros, Azenha, Ervideira, Venda das Pulgas e ainda vários casais dispersos pela Freguesia, perfazendo um

total de 1643 habitantes (censo de 2001). A comunidade escolar é, no entanto, um pouco mais alargada pelo facto

de a Escola ser frequentada por crianças de outras Freguesias.

O número de idosos é bastante acentuado. No tocante à população ativa, esta distribui‐se pelos três Setores de

atividade. No Setor Primário é a agricultura que ocupa a maioria das pessoas, com uma taxa de ocupação superior à

média Nacional. Há um certo equilíbrio na distribuição da população ativa entre o Setor Secundário e o Terciário,

destacando‐se as profissões de operário (indústria alimentar e construção civil), motorista, profissões do ramo

comercial, profissões liberais e um número mais reduzido em serviços diversos.

Não se conhecem situações de extrema pobreza nem de habitabilidade indigna.

Em termos de grau de instrução, a população possui maioritariamente a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º

Ciclos), contrastando com o reduzido número de licenciados e com ensino secundário completo. Deve ser acrescentado que estes dados, referentes apenas aos pais dos alunos, teriam valores diferentes se

expressassem a totalidade da população e neste caso a média do grau de instrução baixaria com alguma relevância,

dado o peso significativo da população idosa com baixa escolaridade.

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É curioso o número de utentes da Componente de Apoio à Família (25) entre todos os alunos da escola,

explicando‐se essa fraca utilização com o número elevado de crianças que ficam, sobretudo com os avós, após o

período letivo.

A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel

A Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância de S. Miguel ‐ Enxara do Bispo é um estabelecimento oficial da

rede Pública, inaugurado no ano letivo de 2008/2009, que funciona este ano com quatro salas para turmas do

primeiro ciclo do ensino básico e três salas de jardim-de-infância. Está equipada com biblioteca (onde se encontram

disponíveis cerca de 1000 títulos impressos e dois computadores com acesso à internet), uma sala multimédia, com

7 computadores (também com ligação à Internet); um espaço desportivo de amplas dimensões (polidesportivo)

equipado com material pedagógico vocacionado para a prática desportiva de crianças até aos 12 anos; um espaço

exterior de grandes dimensões equipado com alguns brinquedos de exterior; uma sala polivalente com capacidade

para assegurar diversos espaços didático‐educativos (componente de apoio à família, prolongamento de horário,

etc.) e ainda espaços para utilização diversa, de onde se destacam a sala de professores e a sala da Associação de

Pais. Existe ainda um refeitório com capacidade para servir 150 refeições/dia.

As dinâmicas de ocupação dos espaços lúdico‐pedagógicos são alvo de planeamento e calendarização que se

apresenta mais à frente.

O edifício tem uma capacidade máxima planeada de 250

alunos, distribuídos por 10 salas, ao longo de 2 pisos.

Atualmente serve 138 alunos, divididos por sete turmas.

A EB1/JI de S. Miguel situa‐se num meio rural, na Freguesia da

Enxara do Bispo, Concelho de Mafra, Distrito de Lisboa.

Localiza‐se na periferia meridional da localidade da Enxara do

Bispo e é servida pela Rua de S. Miguel, topónimo recente, rua

esta situada entre a Rua Principal da Enxara do Bispo e a

Estrada Municipal nº 536‐1.

Tem como referência mais próxima para localização o Cruzeiro de S. Miguel (em frente). Confronta a Norte, a Sul e

a Este com a Quinta da Princesa (terrenos agrícolas) e a Oeste com a Rua de S. Miguel.

Os acessos fazem‐se pela Rua de S. Miguel no seguimento da Estrada Municipal 536‐1, do lado Oeste, a partir do

Km 27.7 da Estrada Nacional nº 8 (Vila Franca do Rosário) ou ainda pela Rua de S. Miguel no seguimento da Rua

Principal da Enxara do Bispo, do lado Norte, a partir do Km 11.1 da Estrada Nacional nº 9.2, não se podendo

considerar nenhum dos acessos mais importante do que o outro.

A Escola deve o seu nome ao facto de a atual Quinta da Princesa, onde foi construído o edifício, ser outrora

denominada “Quinta de S. Miguel”. Até há pouco tempo, ainda era visível um quadro em azulejo, implantado no

antigo muro onde se localiza a Escola, com a imagem deste Santo. Além destas referências, ainda hoje existe,

mesmo em frente, o já citado Cruzeiro de S. Miguel. Foram estes dados que fundamentaram a escolha do nome

EB1/JI de S. Miguel.

As Salas do jardim-de-infância

As salas do jardim-de-infância (3) são espaços agradáveis, retangulares, com cerca de 60 m2, que dispõem de

iluminação natural, em virtude da existência de amplas janelas‐porta de acesso ao espaço exterior, numa das

paredes.

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Dispõem de espaços de arrumação adequados, água corrente (com lavatório) e acesso simplificado a casa de banho

coletiva (comum às salas da mesma ala). Neste ano letivo foi opção dos docentes equipar cada uma das salas com

um computador originário da sala de informática.

O mobiliário foi adaptado e modelado de forma a tornar‐se adequado às idades e estaturas das crianças. O facto de

ser o terceiro ano de funcionamento da Sala Amarela fundamenta a necessidade de continuar a apostar em

equipamento didático, lúdico e pedagógico.

Na Sala Amarela, e em termos de material e equipamento de desgaste, enfrentam‐se alguns problemas em virtude

das poucas existências no início do ano letivo. O pouco material de desgaste disponibilizado será complementado

com base no esforço da comunidade educativa, destacando‐se a colaboração das famílias na aquisição e oferta de

material.

Também ao nível dos brinquedos de exterior apesar da oferta fixa e que, tendo em conta a novidade da escola, é já

de bastante qualidade, será necessário aumentar a diversidade de jogos

e opções em espaço de recreio livre.

De salientar, contudo, a disponibilidade demonstrada entre a equipa

educativa no sentido de rentabilizar o material e equipamento que

pertence ao fundo da escola, permitindo, dessa forma, uma maior

rotação e rentabilização de equipamentos e materiais ao serviço dos

alunos. Neste particular, os materiais lúdicos e pedagógicos, livros e

demais equipamento para o primeiro ciclo que pode ser utilizado e

rentabilizado no pré-escolar serão devidamente utilizados nas

dinâmicas letivas.

Também o facto de a escola possuir espaços distintos (biblioteca, polidesportivo, etc.), devidamente equipados

com material e equipamento técnico e pedagógico adaptado facilita a utilização diferenciada e motivadora para as

idades dos alunos.

Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela)

A caracterização que agora se apresenta baseia‐se nos dados recolhidos nas Fichas Biográficas distribuídas aos

encarregados de educação, pais e familiares dos alunos da Sala Amarela. Contém também informação pertinente

que advém da observação e das fichas de caracterização diagnóstica dos alunos, da responsabilidade do educador.

Os dados aqui apresentados dizem respeito aos dezanove alunos inscritos na turma para o ano letivo de

2012/2013, à data de elaboração deste documento.

As crianças que frequentam o jardim-de-infância da Enxara do Bispo são, de uma forma geral, residentes na zona

de incidência do estabelecimento, e, pertencem, globalmente, àquela que se convencionou, em termos

económicos, chamar classe média.

O grupo é constituído por 19 crianças, com idades heterogéneas compreendidas entre os 3 e os 6 anos, no qual 10

crianças têm, à data deste documento, três anos (nascidas em 2009), 8 tem quatro anos (2008) e 1 têm seis anos

(2006). A média de idades é 3,5 anos.

Dos alunos da turma, 9 frequentaram anteriormente oferta educativa (nomeadamente na mesma sala de

atividades), dois frequentaram outras instituições educativas e os restantes não frequentaram qualquer tipo de

oferta escolar oficial, tendo, em três situações sido acompanhados por ama familiar.

Quanto ao género, 9 são do sexo feminino e 10 do sexo masculino. A grande maioria dos alunos é de nacionalidade

portuguesa, existindo, contudo, um aluno com nacionalidade brasileira.

Todos os alunos residem no Concelho de Mafra. As freguesias de residência são Enxara do Bispo (7 alunos), a Vila

Franca do Rosário (6) Azueira (3), Mafra (1), Queluz (1) e Malveira (1)

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Em relação ao número de irmãos, onze alunos têm um irmão, um aluno tem dois irmãos e os outros não têm

irmãos.

Estes indicadores revelam, juntamente com os outros dados recolhidos (anos de residência no Concelho, tipo de

habitação, etc.), a prevalência de famílias nucleares, na maior parte constituídas por pai, mãe e um ou dois filhos,

residentes, maioritariamente nas imediações da escola, e com ascendência cultural ou social no Concelho.

Os Encarregados de Educação são maioritariamente as Mães (17), existindo apenas um Pai e um Irmão que

assumem essa função. Dezoito das crianças que frequentam a Sala Amarela estão inscritas na Componente Social

de Apoio à Família da Câmara Municipal de Mafra. A totalidade dos inscritos usufrui do serviço constituído por

Refeição (almoço) e apenas 4 das atividades de Prolongamento de Horário, a partir das 15.30h e até às 19.00h.

Na maior parte dos casos, os alunos utilizam transporte escolar (Junta de Freguesia) para chegar ao jardim-de-

infância, sendo apenas 7 os alunos que chegam à escola em transporte próprio.

A partir do levantamento de dados constante nas fichas biográficas, constata‐se que o nível de formação

académica dos pais (de um total de 34 referências) é maioritariamente ao nível do 3º Ciclo do Ensino Básico (9), e

do ensino superior, no qual nove encarregados possuem nível de Licenciatura (1 possui formação pós-graduada de

nível de Mestrado), havendo 8 referências a formação ao nível do 2º Ciclo, 1 referência ao nível do 1º CEB e cinco

ao nível do Ensino Secundário.

A atividade profissional dos Pais e encarregados de educação situa‐se, essencialmente ao nível dos serviços e do

setor terciário (Empregados fabris, Construção civil, Restauração e serviço, com 28 referências), três referências no

setor secundário (carpinteiro, pedreiro), sendo que desemprego (1 referência) e domésticas (3), completam os

dados disponíveis.

Das referências ao tipo de vínculo à atividade profissional, quinze referem ter vínculos definitivos (efetivo) com o

emprego, sendo a maioria contratado a prazo (17 referências)

Através ainda das fichas biográficas, é possível fazer um levantamento sobre as principais atividades com que os

alunos ocupam o seu tempo livre. Os seus hábitos de lazer, de convívio e diversão situam‐se, sobretudo, nas

atividades de expressão física e de ar livre, sendo que as atividades de calma (“leitura”, audição/prática musical,

etc.) apenas são referidas por quatro encarregados de educação.

Como síntese de caracterização, podemos assinalar o facto de que sendo a maioria dos alunos natural da freguesia

de residência, existe uma ligação sociocultural intensa com as características da localidade, que é observada, por

exemplo, nas dinâmicas e estratégias de participação das famílias na vida da escola.

Tendo em conta que o grupo é constituído, em grande parte, por alunos que frequentaram já a Sala Amarela em

anos letivos anteriores, permite uma adequação facilitada, bem como a continuação de estratégias já avaliadas e

de sucesso para o grupo.

Perfil do grupo

Apesar de ser um grupo novo (média etária de 3,8 anos), com base nos dados disponíveis e correlacionando-os com

a informação pontual e oficiosa disponibilizada por encarregados de educação e famílias, é de crer que a coesão do

grupo, reforçado pelo facto de ser relativamente pequeno, potenciará o desenvolvimento de estratégias de

aprendizagem funcional e de pesquisa, que aumentará os espaços de desenvolvimento social e humano.

De forma global, o grupo é constituído por crianças alegres, bem-dispostas, interessadas, que gostam de colaborar

nas atividades e têm iniciativa para propor outras atividades. Têm boa relação com os adultos e têm um bom

sentido de colaboração e partilha. São conversadores, embora algumas crianças revelem alguma incomodidade na

partilha em grande grupo. O facto de o grupo ser heterogéneo em termos etários, com maior prevalência de

crianças com 3 anos, pressupõe muita atenção do adulto educador quer ao nível do apoio direto à realização das

atividades escolares, quer ao nível do apoio cognitivo e social ou mesmo de aprendizagem funcional.

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Considerando o desenvolvimento do grupo, nos aspetos que versem uma aceitação formal de regras e

comportamentos de convívio social, de partilha e de valores de comunidade, será necessário desenvolver tarefas

específicas de promoção e contextualização atitudinal, coerentes com o nível de desenvolvimento etário dos

alunos.

A não frequência anterior de ofertas formais e formalizada de educação dificulta conceber a construção de uma

identidade grupal definida, no qual a integração “educativa” dos alunos no espaço normalizado da escola precisa

ser potenciada. Nesse sentido, surge como uma oportunidade a possibilidade de desenvolver espaços de trabalho

adequados e que respeitem a cultura e as dinâmicas sociais da escola, baseadas numa oferta de propostas

educativas e pedagógicas que permitam um espaço de inovação educacional e social que potencie a transformação

da Escola enquanto agente tradicional de transmissão de conhecimentos.

Neste particular, a sala de atividades foi “desenhada” de forma a acolher o grupo, nas suas particularidades, mas

optou-se, este ano, por “exteriorizar” algumas das atividades e áreas específicas, potenciando, dessa forma, a

consciência do espaço global e os fundamentos da articulação e da continuidade educativa.

As áreas de “Leitura” e de “experimentação científica” estão deslocadas para outros espaços da escola,

nomeadamente a Biblioteca e a sala polivalente. Também a promoção da atividade física e o desenvolvimento

psicomotor serão, maioritariamente, desenvolvidos no espaço polidesportivo da escola.

Esta alteração potencia não só a interiorização do espaço “Escola”, como aumenta as possibilidades pedagógicas e

didáticas, dada a riqueza de recursos disponíveis.

A origem cultural e social do grupo, bem como o historial de participação das famílias na vida escolar será tida em

conta e poderá aumentar consideravelmente a realização dos objetivos estratégicos do Projeto Curricular de Turma

e especificamente aqueles que se cruzam com o Plano Anual de Atividades do estabelecimento. Nesse sentido, a

dinamização das atividades, a partir de dinâmicas específicas da Sala Amarela tentará, por essa via, tornar mais lato

o espaço de influência dos alunos e do educador na “vida da escola”.

Uma última referência à existência de uma criança referenciada com Hipereklepsia (com um Programa Educativo

Individual – PEI - da responsabilidade do educador de turma, com apoio da Educadora do Ensino Especial e com a

participação dos técnicos de apoio da APERCIM), que beneficiou de um processo de adiamento de entrada na

escolaridade obrigatória, associado a uma situação de Atraso Global de Desenvolvimento que será alvo de trabalho

de inclusão educativa com o reconhecimento da necessidade de apoio ao abrigo da alínea a) do número 2 do artigo

16º do Dec. Lei 3/2008 (Apoio pedagógico personalizado por docente de educação especial). Esta criança permitiu

ainda a redução de turma, ao abrigo da Alínea 2 do art.º 12º do Dec. Lei 3/2008 (Adequação da Turma) com base

na alínea 5.4 do Despacho nº 14026/2007, que se mantém para este ano letivo.

Partir-se-á, no desenvolvimento deste PEI, da análise avaliativa feita no ano anterior, e no qual se demonstrou a

pertinência e acuidade do tipo de apoio prestado.

Com base nas informações disponíveis e de acordo com o aqui descrito, organizar‐se‐á um conjunto de respostas

educativas e pedagógicas que terão a sua evidência no PCT/G mas que, acima de tudo, sustentará a prática

pedagógica.

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Opções Educativas

“ (...) Contava o orador que, numa das suas viagens, visitou um lugar em que se estava a iniciar uma construção.

Aproximou-se de um dos operários e perguntou-lhe o que estava a fazer. O operário respondeu que estava a picar uma

pedra para que ficasse lisa e quadrada. De seguida, aproximando-se de um outro operário, fez-lhe a mesma pergunta,

tendo este respondido que estava a preparar uns pilares que suportariam uma parede. E questionando operário após

operário, estes foram-lhe dizendo em que consistia o respetivo trabalho. Quando repetiu a mesma pergunta a um outro

operário, este disse-lhe que estava fazendo uma catedral. (...) De facto, o último dos operários questionados tinha uma

“mentalidade” curricular (permita-se a transposição do termo por agora apenas pertencente ao campo educativo).

Podíamos mesmo dizer, mesmo correndo o risco de simplificar, que os outros operários tinham uma mentalidade técnica,

muito próxima do sentido rotineiro, pontual e específico.”

ZABALZA, M. A. (1997) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Edições Asa, Porto.

Porquê Projeto?

A palavra projeto deriva do latim “projectu” que significa lançado, relacionando‐se com o verbo latino “projectare”

que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projeto pode ter vários sentidos:

“plano para a realização de um ato; desígnio, tenção; redação provisória de uma medida qualquer; esboço”.

(Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª ed., 2007).

Em qualquer circunstância, podemos referir que “projeto” encerra um conceito ligado à previsão de algo a que

queremos dar forma. No entanto, tal como os vários sentidos do termo, também o seu conteúdo pode ser alvo de

confusões e indefinições.

A elaboração de qualquer projeto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação

que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do

processo de “construção” (o “como” fazer).

A realização de um projeto exige, na escola como na vida pessoal ou social, que este se precise através da

elaboração de planos que estabelecem quem faz o quê, quando e quais os recursos necessários. O plano de um

projeto deverá prever a quem são os intervenientes, como se organizam, as estratégias de ação a desenvolver, os

recursos necessários, bem como as atividades que permitam concretizar o projeto.

Dado que o projeto se centra no desenvolvimento de um processo, existem três características que o distinguem

de um plano, a ver:

Flexibilidade – o projeto vai‐se concretizando através de uma evolução que pode não ser inteiramente prevista. A

sua flexibilidade permite a sua adaptação e adequação constante;

Contexto específico de desenvolvimento – o sentido de um projeto decorre do contexto específico em que se

desenvolve. O projeto tem uma dimensão temporal que articula passado, presente e futuro, num processo

evolutivo que se vai construindo;

Empenhamento do grupo – porque corresponde a um desejo, intenção ou interesse, o projeto é alvo de uma carga

emotiva (empenhamento e compromisso do grupo) que o distingue da mera realização do plano.

Se tomarmos o Currículo, em sentido lato, como aquilo que se considera que a Escola deve fazer aprender aos seus

alunos, porque essa aprendizagem lhes será necessária como pessoas e cidadãos, defrontamo‐nos com a primeira

das questões fundadoras do currículo e que é a seguinte: O que se julga que deve ser aprendido, e por isso,

ensinado?

Este o quê? Inicial não constitui, contudo, o primeiro momento na ordem lógica do processo. De facto, ao decidir‐se

o quê? assumem‐se, de forma explícita ou implícita, opções de fundo quanto à justificação e finalização dessa

escolha – as metas e objetivos: o para quê?

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A problemática da diversidade cultural e social dos alunos nas sociedades atuais constitui o ponto crítico deste

debate curricular e o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a Escola e a sociedade,

exatamente porque o currículo constitui a matéria substantiva da ação da Escola e é a sua justificação institucional.

Ou seja, existe Escola porque e enquanto se reconhece necessário garantir a passagem sistemática de um currículo

– entendido como o corpo das aprendizagens socialmente reconhecidas como necessárias, sejam elas de natureza

científica, pragmática, humanista, cívica, interpessoal ou outra.

Desta consciência da centralidade do currículo advém a ideia de currículo como sinónimo de “conjunto articulado

de normativos programáticos”, na qual reside também o entendimento – questionável – de que a escola é (era) o

meio de acesso aos saberes que, tendencialmente, os programas cobriam.

Embora a nível do discurso educativo se fale constantemente dos novos papéis da escola e do docente, a verdade é

que esta conceção de currículo/programa continua bem instalada e muito pouco mudada nas práticas e

mentalidades.

Pensar a escola em termos curriculares implica repensar essa lógica e procurar novas respostas, na sociedade atual,

às questões definidoras do Currículo, ou do Plano Curricular: O que se quer fazer aprender na escola? A quem? E

para quê?

As sociedades atuais requerem cada vez mais a melhoria do nível de educação dos seus cidadãos por um conjunto

de razões: porque a competição económica o exige mas também porque a qualidade e melhoria da vida social

passa cada vez mais pelo domínio de competências, incluindo competências para aprender, colaborar e conviver,

pelo nível cultural geral dos indivíduos e pela sua capacidade de se integrarem numa sociedade construída sobre

múltiplas diversidades.

O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena

O Projeto Educativo do Agrupamento é um documento que permite aos estabelecimentos de educação/ensino

compreender melhor o seu próprio funcionamento e estabelecer os princípios e as linhas orientadoras que devem

enquadrar os seus projetos pedagógicos e curriculares, planos de formação e atividades, ou seja, tudo aquilo que

faz com que cada estabelecimento tenha uma identidade própria, com uma autonomia enquadrada na organização

do Agrupamento.

O Projeto Educativo de um Agrupamento de Escolas é o documento que contempla o que se deve realizar fruto das

regulamentações e exigências de política educativa nacional e de uma sociedade mais justa e democrática. É de

igual modo o meio que promove a distinção de uma Escola em termos de natureza e qualidade, das suas

congéneres e a forma de explicitar os melhores procedimentos para se atingir a consecução dos objetivos e metas

propostas, decorrentes das problemáticas inventariadas. É através dele que espelharemos o que queremos ser, o

que deveremos fazer para tornar os nossos jardins-de-infância e escolas mais eficazes e singulares e os nossos

jovens mais responsáveis, autónomos, solidários e livres. Contém os mecanismos essenciais para desenvolver uma

cultura de participação, de promoção do sucesso educativo e de assumir um vasto conjunto de ações que visam a

formação integral das nossas crianças e jovens, quer no âmbito comunitário e ecológico, quer no psicossocial e

curricular.

"Educar para a Cidadania" é o título do Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, que propõe

e visa alcançar:

- O pleno desenvolvimento do aluno quer nos domínios das atitudes e dos valores, quer nas aptidões e no

desenvolvimento das capacidades de aprendizagem.

- A promoção da Educação para a Saúde, de maneira a favorecer o seu crescimento físico‐intelectual de

uma forma equilibrada e harmoniosa, contribuindo para o aumento da autoestima, na prevenção contra a

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2012/2013

toxicodependência desenvolvendo uma cultura de escola reconhecida pela comunidade envolvente e

clarificando junto da Comunidade Educativa os objetivos sociais da Escola.

- A garantia de um ambiente físico saudável, seguro e confortável, reconhecendo o papel essencial de uma

higiene salubre e uma alimentação racional, vetores fundamentais no crescimento e na formação integral

dos nossos jovens como futuros cidadãos.

Este projeto educativo fundamenta‐se também em quatro dimensões: a primeira de âmbito institucional; a

segunda, de âmbito ambiental; a terceira, de âmbito social e a última de âmbito pedagógico.

A primeira dimensão visa estreitar as relações da escola com a comunidade local e com as instituições

representativas dessa comunidade; A segunda visa promover um ambiente são, seguro e confortável; A terceira

visa proporcionar um clima de escola estimulante e facilitador da realização das atividades educativas e da

promoção, junto da comunidade educativa, dos objetivos sociais da escola; A quarta e última dimensão visa

melhorar a relação entre os conteúdos programáticos e a VIDA, favorecendo a coerência e a sequência, através da

articulação entre os diferentes níveis de ensino e de forma a proporcionar um efetivo sucesso escolar dos alunos.

Definição de Prioridades Educativas

Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo, não é necessário definir, rigorosamente, o que as

crianças devem aprender. A progressão e a diferenciação das aprendizagens supõem que todas e cada uma das

crianças tenham ocasião de progredir a partir do nível em que se encontra, de acordo com a sua história pessoal,

competências inatas, disponibilidade e projeto pessoal.

A educação Pré-escolar situa-se na continuidade de um processo que se iniciou com a família e/ou numa instituição

educativa, logo, com diferentes percursos, características, origens, as crianças (e famílias) apresentam informação

pertinente que deve ser gerida no sentido de promover, para o futuro, um bom plano relacional (com a família e

com a criança) mas também com a comunidade.

A transição de crianças entre diversos ciclos provoca também alterações a hábitos que deve ser prevenida através

de um espaço de trabalho colaborativo, entre docentes da Escola, que, no caso em apreço, se posiciona como

fundamental.

Por último, o espaço do meio envolvente (Comunidade), que se caracteriza por ser um espaço constante de

colaboração e partilha, potenciará a criação de efetivas redes de parceria que objetivem um desenvolvimento

sustentado do espaço de implantação da Escola na Comunidade local, de onde se destacam necessidade de intensa

colaboração a vários níveis, designadamente com instituições e empresas de zona, bem como na disponibilização

de serviços e produtos por parte de algumas delas, para atividades escolares e letivas, como no caso de cedência

gratuita de transportes ou a baixo preço ou na cedência de materiais e equipamentos para atividades curriculares e

extraescolares.

Pelo atrás exposto, considerar‐se‐ão prioritárias as vertentes de educação cívica e social, com base no

reconhecimento e organização de um ambiente educativo potenciador de uma adequação cultural e etnológica dos

alunos, na qual, paralelamente seja possível atingir uma adequada proficiência na utilização de novos instrumentos

educativos, bem como na utilização de novas linguagens e códigos, que potenciem uma verdadeira integração

sócio educativa de todos os alunos.

Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica

O desenvolvimento de temas para trabalho no jardim-de-infância relacionados com a “Educação para a Cidadania”

abrangem um vasto campo de conteúdos e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos sob a forma de

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2012/2013

“lições” cuja sucessão e continuidade são estritamente programadas à partida pelo Educador. O trabalho sobre

Cidadania (onde se incluem os vários vetores) obriga a recorrer a métodos pedagógicos por objetivos que tornem

operatórias as estratégias educativas.

O educador deve orientar as atividades para a realização de objetivos educativos que possam atribuir significado a

essas atividades. No fundo, trata‐se de promover a aquisição de comportamentos e atitudes ambientais e

ecológicas através de uma metodologia em que a aprendizagem efetiva parta do conhecimento emergente que

advém da experimentação e da organização intelectual, por fases, características das crianças em idade pré-

escolar.

Para o ano letivo de 2012/2013, a construção dos projetos curriculares de turma das salas da EB1/JI de S. Miguel –

Enxara do Bispo, tem como temática central (do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento), “A minha pegada

no Mundo” e pretende ser um projeto de educação para os valores, onde se abordarão as questões relativas ao

desenvolvimento de uma consciência coletiva de pertença num grupo, solidariedade, cooperação,

sustentabilidade, educação para os valores e outros aspetos nos quais a escola pode contribuir para uma formação

baseada na partilha, do conhecimento do outro, da construção social da ética e da moralidade e do

desenvolvimento de competências cívicas baseadas nas relações e interdependências culturais.

Ao longo do ano letivo estruturar-se-á um conjunto de estratégias educativas que promovam um efetivo

desenvolvimento social, cultural e de articulação pedagógica com temas mais globais de educação para os valores

da comunidade e da sustentabilidade.

A assunção de competências e comportamentos de valorização da partilha e do respeito pelo mundo, pelas

interações sociais e humanas de respeito pela diversidade e pela definição de comportamentos são os principais

objetivos a desenvolver ao longo do ano letivo, tendo como eixo promotor o PAA do estabelecimento. O Projeto

Educativo do Agrupamento é também interpretado na lógica da promoção de atendimento individualizado, no qual

os espaços de disponibilidade para as famílias têm como meta final assegurar as competências básicas ao

desenvolvimento das crianças, através de atividades e projetos com relevância comunitária.

Pelo exposto, o PCT/G orientará a sua ação para a dinamização de atividades congruentes com a especificidade

quer do nível etário dos alunos quer da estrutura da sala.

Estimular a criança a conhecer‐se melhor, no seu todo, e conhecer o mundo em que vive, aprendendo a

respeitá‐lo; Despertar na criança a importância do Outro, das relações e das interdependências sociais e culturais;

Promover novas aprendizagens de forma a proporcionar à criança a tomada de consciência de que pertencemos a

uma comunidade com igualdades e diferenças e com direitos e deveres são parâmetros orientadores para explorar

e promover novas aprendizagens, encontrando‐se a expressão de interrogação e de tomada de consciência, de

compreensão e de responsabilização, bem como as de pesquisa e certificação, como necessárias para uma cabal

compreensão das realidades vividas que fundamentam a pertença a um grupo e às suas regras.

É objetivo deste projeto de trabalho, valorizar o tema que consideramos de extrema importância, numa perspetiva

de educação para a cidadania e para os valores, constituindo um referencial orientador a formação pessoal e social,

como fundamentado e apresentado em sede legislativa – Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar

(Despacho nº 5220/97 de 4 de agosto) –.

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Organização do Ambiente Educativo

Calendário escolar

O calendário escolar, definido pelo Despacho n.º 9788/2011, e aprovado em Conselho Pedagógico do Agrupamento

de dois de setembro de dois mil e onze, é o que a seguir se apresenta:

Calendário Escolar

Início da atividade letiva Final da atividade letiva

1º Período 14 de setembro 19 de dezembro (inclusive) 2º Período 3 de janeiro 19 de março (inclusive)

3º Período 2 de abril 5 de julho

Interrupções Letivas

Natal 26 a 2 de janeiro (inclusive)

Carnaval 11, 12 e 13 de fevereiro Páscoa 2 a 9 de abril (inclusive)

Atividades de Escola Aberta (Avaliação)

1º Período

20 a 24 de dezembro - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem

interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).

21 de Dezembro - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das

aprendizagens).

2º Período

20, 21 e 22 de março - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem

interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).

22 de março - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das

aprendizagens).

Final do ano 10 de julho - Atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das

aprendizagens).

Funcionamento e Dinâmica da Equipa

As três salas do Jardim de Infância (Sala Amarela, Verde e Encarnada) funcionam entre as 9.00h às 12.00h e das

13.30h às 15.30h, sendo o restante horário, compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e entre as 15.30h e as 19.00h,

assegurado pela Componente de Apoio à Família, dos serviços da Câmara Municipal de Mafra.

Em cada sala existe um educador de infância (neste momento, em termos de vínculo, existe uma educadora de

Quadro de Agrupamento, um educador de Quadro de Zona Pedagógica e uma educadora Contratada) com o apoio

complementar, neste momento, de três assistentes operacionais.

O serviço de Componente de Apoio à Família assegura todo o espaço complementar de apoio socioeducativo,

composto por prolongamento de horário e serviço de refeições. Para este serviço existe uma Animadora

sociocultural e três assistentes operacionais.

Como se trata de um estabelecimento da Rede Pública de Educação Pré-escolar, o Educador de Infância

responsável por cada sala possui autonomia pedagógica, sendo, contudo, tutelado pelo Estado (Ministério da

Educação), através da legislação em vigor.

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2012/2013

No que concerne à Componente de Apoio à família, apesar da responsabilidade formal ser da Câmara Municipal de

Mafra, existe um trabalho de parceria entre os educadores de infância e as técnicas de animação social e

pedagógica/animadoras, nomeadamente através da organização de um Projeto de Prolongamento (definido em

sede de Departamento de Educação Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas professor Armando lucena), no qual

consta a planificação conjunta de atividades e da responsabilidade, análise e avaliação de atividades e estratégias e

reflexão conjunta das práticas, bem como o modelo de supervisão pedagógica da oferta complementar.

Horário do Educador

Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira 09h00

às

12h00

Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo

12h00

às

13h30

Almoço

13h30

às

15h30

Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo

15h30

às

16h30

Componente Não

Letiva

Componente Não

Letiva

16h30

Às

17h30

Componente Não

Letiva

Reuniões*

*Reuniões pré‐marcadas:

1ª terça-feira de cada mês – Reunião de Departamento (2 horas)

2ª terça-feira de cada mês – Atendimento aos Encarregados de Educação (2 horas)

3ª terça-feira de cada mês – Reunião de Estabelecimento (2 horas)

4ª terça-feira de cada mês – Reunião CAF; Educadores estabelecimentos; Assistentes Operacionais (2 horas)

Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares

É à luz das preocupações anteriormente expostas que se compreendem as tendências no sentido de centrar as

finalidades curriculares no desenvolvimento de competências que tornem utilizáveis, reconvertíveis e operativos os

saberes, as técnicas e as práticas que forem integradas no currículo – quer o enunciado quer o implementado.

É fundamental que um PCT/G contribua para a consolidação de competências indispensáveis à vida pessoal e

social, quer pela sua eficácia, como por exemplo, competências orientadas para a resolução de problemas ou para

a tomada de decisões fundamentadas, quer pelo enriquecimento pessoal, como, a capacidade/competência de

entender e fruir bens como a música ou a arte.

Passará, por aí, o papel do currículo escolar, na promoção do nível cívico de uma sociedade, na subida de nível

educativo das populações, na garantia de melhor qualidade de vida pessoal e social para todos, e não só àqueles

que por razões circunstanciais nasçam e vivam com confortável acesso a uma boa qualidade de vida social e

cultural.

Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e coletivas, o

projeto de trabalho a desenvolver no âmbito das atividades curriculares da Sala Amarela do Jardim de Infância da

Enxara do Bispo corresponde a uma opção pedagógica consciente que objetiva um conjunto de escolhas efetuadas

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2012/2013

entre “muitos futuros possíveis; um conjunto de processos para ultrapassar obstáculos” (Khon, citado por Zabalza,

1999: p. 121)1.

Porque não há Educação efetiva sem a colaboração, cooperação e partilha de diversos agentes, pretende‐se

também, neste mesmo projeto de trabalho, potenciar o envolvimento dos parceiros educativos (pais, famílias e

comunidade em geral) divulgando e generalizando os conteúdos, as estratégias, as atividades e os desígnios sobre

os quais recairão o planeamento para o ano letivo de 2012/2013, mas também levá‐los a participar ativamente no

desenvolvimento integrado da Escola e dos alunos, numa perspetiva de formação e envolvimento da Escola e dos

seus atores.

Independentemente das áreas transversais sobre as quais se fundamente a prática letiva, bem como as rotinas

diárias, far‐se‐á uma integração de conteúdos e temáticas específicas, das quais se apresentam, de seguida, as

principais, e que terão respetiva delimitação na planificação semanal de atividades:

‐ No âmbito do desenvolvimento motor, a execução de atividades motoras organizadas e de educação física,

devidamente calendarizadas e rotinadas, permitem que a criança adquira, progressivamente um conhecimento

mais adequado e composto de utilização do seu corpo e também o reconhecimento de fronteiras físicas, sociais e

culturais. A tomada de consciência do corpo enquanto veículo de comunicação é também um dos objetivos das

atividades de educação e formação motora, servindo estas ainda para a compreensão e aceitação de regras e

alargamento da linguagem. A expressão motora é um meio de descoberta de si e dos outros e das interações e

inter-relações sociais.

Ao possibilitar a interação com diferentes conteúdos relativos ao ser e estar sociais, bem como aos

comportamentos e atitudes pessoais e coletivos, a criança toma consciência de si e dos outros e do seu papel no

contexto em que vive.

‐ Também a parceria pedagógica desenvolvida com a Biblioteca Escolar permite a promoção de um conjunto de

atividades e estratégias diversas na qual se fomenta a estruturação de conteúdos específicos sobre as funções da

escrita, sobre o livro e a leitura, sobre a função informativa da escrita e sobre as necessidades literácitas, que serão

exploradas através de estratégias de leitura partilhada.

‐ O domínio das expressões, nomeadamente das expressões plástica e dramática, potencia o desenvolvimento de

espaços de interação e de comunicação que servem para promover o domínio da linguagem e das suas formas.

‐ O espaço multimédia, como estratégia de diversificação de formas de compreensão do real, permite a

aprendizagem das diversas formas e funções, de forma motivadora e atual, logo, permitindo uma sensibilização

específica ao código informático, cuja envolvência social é cada vez mais notória.

Com a utilização de instrumentos "tecnológicos" que servem, fundamentalmente para brincar, desenvolvem‐se

competências linguísticas, motoras e de expressão, mas também se abre caminho a um conjunto de atividades e

estratégias de desenvolvimento cognitivo e matemático. Através da exploração do caráter lúdico e do jogo

simbólico, com recurso a "meios informáticos", aliada à exploração de conteúdos identitários, de independência e

autonomia, as atividades de caráter “tecnológico” mas não diretamente instrumental servem os propósitos de

potenciar a área de Formação Pessoal e Social nos seus múltiplos aspetos.

Por outro lado, o processo de construção/acompanhamento e execução de uma página de internet, onde se

destaca o espaço de relação/cooperação interdisciplinar e com outros parceiros educativos é também um espaço

de trabalho cooperativo à distância, nomeadamente através da colaboração/partilha com outros alunos, com

outras escolas, com outros profissionais e com as famílias. A partir da troca de correspondência eletrónica,

motivaram‐se estratégias de reflexão científica, de experimentação e análise, ligadas a conteúdos ambientais, de

raciocínio lógico‐matemático e de aquisição da linguagem.

1 Zabalza, M. (1999) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa. Edições Asa.

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- Por último, e tendo em conta a idade precoce do grupo, também será feito um acompanhamento específico, de

caráter afetivo e de prestação de cuidado, de forma a construir um espaço securitário que permita um

acompanhamento presente e contínuo, que passará, na maior parte das vezes, por encontrar soluções equilibradas

e atentas, para as dinâmicas que, pela “novidade” com que surgem às crianças, poderão causar situações de menor

adaptação. Neste particular, a adequação do registo alimentar (refeições, hábitos, tipo de alimentos, etc.) ou dos

registos de envolvimento e calma, serão sempre primordiais na construção de respostas educativas de qualidade.

Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico

Visando exclusivamente o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, os projetos pedagógicos permitem

integrar um conjunto diversificado de atividades e a abordagem de diferentes áreas de conteúdo numa finalidade

comum que liga os diferentes momentos de decisão, planeamento, realização, avaliação e comunicação.

Apesar do planeamento educativo se desenvolver através de trabalho coletivo, na escola, com as famílias e com os

parceiros, o trabalho de organização metodológica depende de uma decisão isolada do professor e da procura dos

alunos.

O objetivo de orientar a prática pedagógica para processos educativos mais centrados na aprendizagem dos alunos

e nos seus interesses, permitindo uma articulação entre diferentes áreas e domínios do saber permite, do ponto de

vista didático, a utilização de um modelo de Abordagem de Projeto como “um estudo em profundidade de um

determinado tópico que as crianças levam a cabo” (Katz, 1997, p.3).

A abordagem de projeto e com “projetos” favorece o aprofundamento e a compreensão do conhecimento do

mundo em que a criança vive e das suas próprias experiências, pois, ao centrar‐se nos objetivos intelectuais faz

com que o conhecimento se torne mais significativo, podendo ser realizado com qualquer tema desde que parta

dos interesses das crianças.

Nesse sentido, também o docente passa a ser um incentivador da interação entre as crianças e o mundo que as

cerca, enfatizando a participação ativa delas.

Este tipo de abordagem não é, necessariamente, a totalidade do projeto curricular, mas pode ser parte dele,

podendo contudo assumir uma posição privilegiada de modo a estimular as capacidades emergentes das crianças e

ajudá‐las no seu desenvolvimento.

Na abordagem de projeto por haver interesse e motivação da criança há, também, um maior envolvimento. A

criança pode escolher entre uma variedade de atividades que o docente oferece, que deseja realizar, e de acordo

com suas possibilidades de enfrentar desafios. Nesse sentido, é importante que o professor e os alunos

compreendam que a escola é vida e que as experiências escolares devem ser naturais e compartilhadas, de modo

que todas as crianças delas possam participar e contribuir ativamente.

Na maior parte das vezes, a origem das experiências é inesperada, pois depende de um acontecimento ocorrido

num determinado espaço e tempo, no entanto, o seu prolongar obriga a um planeamento, nomeadamente que

organize as atividades que as crianças podem realizar, a aplicação das suas capacidades, a disponibilidade de

recursos, o interesse do professor e o momento do ano letivo que o projeto apareceu.

É importante notar que nem todas as crianças desenvolvem os mesmos tópicos com o mesmo grau de interesse,

mas pode ser muito importante a maneira como o educador apresenta a temática/projeto atraindo a atenção

delas, relacionando a novidade com algo já conhecido.

Esta não é a única forma de desenvolver os projetos de aula, mas certamente será uma dos mais promissoras

porque atrai o interesse das crianças de modo a envolvê‐las em atividades desafiantes e motivadoras.

É nesse sentido que o PCT/G da Sala Amarela do Jardim‐de‐infância da Enxara do Bispo pretende disponibilizar um

conjunto de pressupostos facilitadores do processo educativo com base numa perspetiva de Abordagem de Projeto

e é nesta perspetiva que toda a opção estratégica do educador será construída.

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2012/2013

De seguida apresentam‐se as linhas gerais do planeamento estratégico, tentando, sempre que possível,

direcioná‐lo para a apresentação das atividades realizadas, e refletindo a sua pertinência e intencionalidade

educativa.

Também neste particular, a utilização de estratégias novas e inovadoras de divulgação e de dinamização da

informação se constituem como estratégias distintivas da abordagem holística da educação.

Articulação Educativa e Inovação

A organização de respostas integradas, presente na definição e construção de espaços escolares com valências

integradas obriga a uma reflexão sobre o papel e o dever da escola enquanto construtora de modelos de educação

solidários, interdependentes e de continuidade educativa.

A EB1/JI de S. Miguel, enquanto escola integrada, na qual existe também uma rede de ofertas educativas

complementares (CAF, Biblioteca escolar, etc.) posiciona‐se como um estabelecimento que, na sua génese, orienta

a ação educativa para o desenvolvimento de projetos integrados e integradores.

Nesse sentido, pretender‐se‐á, neste projeto, definir, também, alguns espaços de organização pedagógica

integrada e em articulação, quer seja com os docentes e as atividades do primeiro ciclo do ensino básico, quer seja

com os apoios complementares existentes na escola.

A elaboração conjunta de um Plano Anual de Atividades, a realização de reuniões mensais de estabelecimento, a

definição e execução de atividades conjuntas, devidamente coordenadas e integradas nos diversos Projetos

Curriculares, bem com a gestão e participação conjunta em atividades na Comunidade Educativa pressupõem a

existência de canais efetivos de comunicação que deverão ser devidamente construídos. Nesse sentido, a lógica e

as dinâmicas educativas e pedagógicas orientar‐se‐ão, essencialmente, para esse espaço de partilha e solidariedade

institucional, com base nas propostas efetivas de trabalho, como tem vindo a ser conseguido nos últimos anos

letivos.

Também o espaço de participação na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias educativas, será alvo

de atenta e constante intervenção, nomeadamente no sentido de valorizar os laços de pertença social e de

desenvolvimento cultural e etnológico.

Por último, uma nota para a utilização constante e coerente de instrumentos e canais de comunicação baseados

em novos e renovados meios de comunicação, com especial destaque para a utilização da internet e de redes

virtuais de parceria e aprendizagem. Quer no espaço pedagógico, quer no espaço de comunicação (formal e

informal) far‐se‐á, ao longo do desenvolvimento do ano letivo, um enfoque específico na utilização destes canais,

potenciando quer as competências formais e académicas, quer as competências relacionais e de pertença social

das crianças e adultos envolvidos, nomeadamente através da dinamização dos espaços na web http://salamarela-

enxara.blogspot.com e http://www.facebook.com/salamarela, que serão espaços de comunicação primordiais e

que funcionarão como portfólio digital do grupo.

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2012/2013

Planeamento Global

Apresenta-se aqui o planeamento anual da atividade pedagógica, com base nas orientações emanadas pelas

entidades responsáveis (Conselho Pedagógico, Departamento de Educação Pré-Escolar e direção do Agrupamento),

tendo em conta as orientações superiores, com base na análise e interpretação das orientações curriculares para a

Educação Pré-Escolar, as Metas de Aprendizagem e demais instrumentos legais em vigor.

Deste planeamento anual extrair-se-ão os planeamentos específicos de cada período letivo e far-se-á a avaliação e

readequação dos objetivos aqui definidos, tendo em conta o espaço de evolução individual e do grupo.

Área de Expressão/Comunicação

Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem

É importante que cada criança:

Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:

Domínio de Linguagem Oral e Escrita

Desenvolva as suas capacidades de Expressão e Comunicação através de diferentes meios de comunicação e modelos de linguagem. Seja capaz de utilizar diferentes meios audiovisuais. Utilize o computador para realizar experiências de escrita, pesquisa de informação, trabalho de pares que implique decisão conjunta, compreenda alguma linguagem icónica e visual do software. Comunique oralmente em diferentes contextos e identifique diferentes códigos simbólicos. Use vocabulário rico e diversificado. Revele desejo em comunicar. Saiba comunicar e criar situações de comunicação. Perceba a funcionalidade da escrita.

Usar e desenvolver estratégias de reflexão e promoção literácita. Desenvolver atividades de integração curricular. Promover atividades e estratégias de comunicação e reflexão comunicacional. Utilizar novos canais de comunicação e de inovação informacional. Saber usar adequadamente linguagens específicas para cada área do conhecimento. Usar corretamente a Língua Portuguesa para comunicar e para estruturar pensamento próprio, mas reconhecer a existência de outras formas de comunicação e outras línguas. Ser capaz de se exprimir de forma clara e audível com adequação ao contexto e ao objetivo comunicativo, utilizando vários processos e materiais. Desenvolver atividades que permitam à criança expressar-se em estratégias comunicacionais, e em diversos formatos (internet, jornal, etc.).

- A criação de situações de iniciativa das crianças ou do(a) educador (a), que possibilitem e desenvolvam a linguagem oral, o pensamento lógico‐matemático, e as expressões (plástica, musical, dramática, e motora) a propósito de problemas, questões ou temas em estudo, de forma a aumentar a sua capacidade de comunicação com os outros e com o mundo que as rodeia; - O uso de vocabulário rico e diversificado e a comunicação oral em diferentes contextos; - A identificação de diferentes códigos simbólicos e o reconhecimento de símbolos convencionais; - O recurso a diferentes registos para obter informação e prazer com a leitura; - A compreensão, valorização e reprodução da escrita como meio de registo, de transmissão; - O reconhecimento e utilização de tecnologias novas e inovadoras, assim como o uso de instrumentos tecnológicos adequados à sua idade; - Conhecer estratégias básicas para a pesquisa e extração de informação, com base na utilização de instrumentos tecnologicamente pertinentes; - A familiarização com o vocabulário e as estruturas gramaticais de variedades do Português e conhecimento de chaves linguísticas e não linguísticas para a identificação de objetivos comunicativos através de narrações e outras atividades literácitas. - Descobrir o livro e outros tipos de estruturas de escrita na sala e na Biblioteca. - Utilizar vários formatos de escrita e representação gráfica em novos canais de expressão e comunicação (blogue, mensagens curtas, etc.).

Expressão Motora

Desenvolva a sua motricidade global, a acuidade auditiva, o sentido rítmico, a capacidade de cantar, dançar, tocar. Controle e coordene os movimentos do seu corpo. Realize produções gráficas e utilize a expressão plástica como expressão que possibilita construir e (re)

Desenvolver atividades de valorização do Corpo Humano e da Atividade Física, com recurso aos meios disponíveis na escola e na comunidade. Dominar competências motoras que permitam a utilização consciente de instrumentos específicos da comunicação e da expressão motora.

- Utilizar, criativamente, os processos e os produtos de expressão; - Desenvolver competências de expressão e comunicação, através da ação lúdica e autónoma; - Pintar, desenhar, escrever, tocar, ouvir, utilizar o espaço, e interagir com o espaço, de forma a maximizar a compreensão e o desenvolvimento cognitivo específico da idade; - Valorizar a expressão musical como linguagem

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2012/2013

construir. Seja capaz de se concentrar. Desenvolva competências de Criatividade, Representação, Comunicação e Sentido Estético.

Representar percursos através de desenhos.

universal de comunicação. - Articular a linguagem com o movimento físico, através de canções ou jogos com ação motora, dramatizações e representações plásticas e gráficas. - Elaborar registos escritos e grafo‐visuais como cartazes, cartas, folhetos e outros, como síntese da compreensão dos fenómenos. - Utilizar esquemas institucionais e comunicativos próprios (Correios, Internet, etc.) como fundamento de relações de comunicação à distância. - Utilizar meios audiovisuais específicos para promover o espírito crítico e a capacidade analítica para o entendimento do real. - Imitar e recriar experiências do quotidiano usando a imaginação, com recurso às áreas, instrumentos e materiais da sala. - Reconhecer sinais gráficos e outros códigos (Segurança rodoviária e outros) em situações contextualizadas; - Produzir e explorar sons e ritmos, através da sua contextualização pedagógica; - Identificar características de sons, através de exercícios diversificados; - Interiorizar fragmentos de sons e ser capaz de os reproduzir em jogos musicais através de espaços de audição ativa; - Utilizar vários recursos para se exprimir e aprender a desinibir-se através de ações expressivas e dramáticas.

Expressão Musical

Ouvir, contar e dramatizar histórias e outros registos escritos e orais. Cantar canções. Tocar instrumentos

Expressão Plástica

Saber expressar‐se graficamente com alguma destreza. Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e espessuras. Explorar técnicas plásticas/materiais para a representação de ideias e conceitos, sabendo utilizar materiais de reaproveitamento e de reciclagem. Saber utilizar materiais e equipamentos específicos e de forma adequada à sua função.

Expressão Dramática

Participar em atividades de jogo simbólico. Saber explorar a relação entre corpo, espaço e tempo. Desenvolver a Inteligência Emocional de forma adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir facial e corporalmente emoções.

Domínio da Matemática

Manipule os objetos no espaço e explore as suas propriedades. Tenha capacidade de organizar, ordenar, classificar, seriar e resolver problemas lógico-matemáticos. Tenha noções de Espaço/Tempo e topológicas.

Reconhecer e identificar elementos espácio-temporais que se referem a acontecimentos e factos atuais, sabendo correlacioná‐los com acontecimentos passados. Reconhecer e utilizar, no quotidiano, unidades de referência temporal (dias, semanas, meses, etc.). Identificar espaços e respetivas funções. Identificar algarismos e compreender as relações lógico‐matemáticas entre objetos. Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e espessuras.

- Reconhecer diferentes atributos e propriedades dos materiais: Cor, espessura, textura, tamanho através de estratégias integradas; - Reconhecer semelhanças e diferenças, distinguindo o que pertence a cada conjunto, com base em propostas individuais; - Apropriar-se da noção de número com base em atividades diárias; - Formar sequências que têm lógicas subjacentes, com recurso a jogos, atividades lúdicas e outras estratégias.. - Manipular os objetos no espaço e explorar as suas propriedades; - Ordenar medidas de capacidade em atividades lúdicas e em contexto; - Desenvolver noções matemáticas através da vivência de situações de descoberta, vivência do espaço e do tempo, da brincadeira espontânea ou da conversa em grupo; - Confrontar-se com situações que levem a refletir o como e o porquê; - Saber recolher e organizar dados matemáticos e lógicos com base em experiências diárias; - Utilizar a numeração e as operações de maneira flexível para alargar o campo de experiências da criança através da organização de áreas pedagógicas com materiais específicos de cada um dos domínios disciplinares, valorizando a reciclagem e o reaproveitamento.

Área da Formação Pessoal e Social

Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem

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2012/2013

É importante que cada criança:

Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:

Formação Pessoal/Social

Construa uma autonomia coletiva que passe pela organização social participada em que as regras, elaboradas e negociadas entre todos, são compreendidas pelo grupo, que se compromete a aceitá‐las. Desenvolva conceitos formais de vida em comunidade (bem/mal, certo/errado, etc.). Fomente o desenvolvimento de relações construtivas. Identifique atitudes de tolerância, compreensão e respeito pela diferença. Promova o sentido de pertença social e cultural respeitando e valorizando outras culturas. Se relacione positivamente com os outros: compreendendo a multiculturalidade, a Empatia e o Respeito pelo outro, sendo tolerante, responsável e justo. Organize e potencie a criação de regras e a sua interiorização. Seja independente

relativamente aos hábitos de

higiene pessoal e estados

emocionais.

Participe nas atividades, de forma responsável e colaborativa. Coopere nas atividades correntes e constantes da sala de aula e na resolução de conflitos. Manifeste respeito por outras culturas, tradições e opções. Manifeste satisfação pelas suas realizações. Reconheça e utilize os recursos nas diversas atividades propostas. Seja capaz de expressar opiniões sobre características do meio, sugerindo ações concretas e viáveis que contribuam para melhorar e tornar mais atrativo o ambiente onde os alunos vivem e ter consciência dos diferentes comportamentos e atitudes; Participe na discussão sobre a importância de procurar soluções; Reconheça a importância de

Ter a capacidade de (re)conhecer e identificar o seu contexto de vida e de relação pessoal e social. Desenvolver atividades de organização espacial e temporal, de integração e reflexão escolar e comunitária. Conhecer e praticar as regras diárias de higiene pessoal, designadamente na sua relação com o espaço social e cultural que habita, respeitando as necessidades globais, nomeadamente através de uma cultura de sustentabilidade. Desenvolver a Inteligência Emocional de forma adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir facial e corporalmente emoções. Saber utilizar os saberes do Grupo (culturais, sociais, científicos e tecnológicos) para compreender a realidade e encontrar estratégias para a resolução de situações e problemas do quotidiano; Saber que o bem-estar humano depende de hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene, de atividade física e de regras de segurança e de prevenção. Compreender as razões de existência de diferenças e a sua relação com o comportamento humano. Promover espaços de observação e contextualização científica, nomeadamente organizando registos, sintetizando informação e elaborando conceitos a partir da realidade observada. Elaborar espaços de divulgação sobre as reflexões e as aquisições específicas, relacionadas com a realidade individual e coletiva do grupo. Identificar aspetos do ambiente natural e social, relacionados com vivências e com as suas rotinas diárias. Elaborar mapas mentais de resposta a diferentes situações de perigo (incêndio, sismo, inundação, etc.). Identificar situações de risco para a sua segurança e facilitar a adoção de comportamentos de prevenção e/ou de resposta a situações de emergência. Ter a capacidade de caracterização das estações do ano, associando‐as a eventos específicos (gastronómicos, culturais, etc.). Estar apto para reconhecer as

- Atividades de estimulação das crianças para limpar e arrumar o material usado durante o tempo de trabalho (ex.: lavar as mesas e os pincéis de pintura); - A distribuição de tarefas e responsabilização das crianças pela sua execução; - A valorização de atitudes de cumprimento das tarefas e a partilha de objetos e ideias; - O estímulo às crianças para brincarem juntas, incentivando‐as a resolverem os seus problemas e conflitos sem recurso a atitudes violentas ou discriminatórias; - Dinamizar a escuta do outro e a tolerância (ouvir o nome que as crianças dão aos seus sentimentos, expor as suas preocupações) através de momentos diários de rotina pedagógica; - Reuniões com as crianças para organizar o trabalho e fazer também a sua avaliação (respeitar a sua vez de falar, ouvir os outros, partilhar) de forma constante e rotineira; - Conversas, leituras e histórias, visualização de imagens e reflexões sobre conteúdos e temas importantes (educação para igualdade entre os sexos, para a integração da diferença entre culturas, etnias, educação ambiental, ecologia e biologia, etc.); - Atividades com base no diagnóstico de necessidades da turma, dando a vez e a voz aos elementos que advém da observação e da participação prévia dos alunos; - Estratégias adequadas para que cada criança compreenda que o esgotamento de recursos pode provocar desequilíbrios no ambiente; - Ensinar as crianças a pôr o lixo em recipientes próprios, incentivando‐as a separar e a reaproveitar alguns materiais; - atividades de compreensão e gestão do processo de reciclagem e a sua importância; - Atribuir e assumir responsabilidades em tarefas individuais e de grupo e ser capaz de terminar tarefas; - Criar áreas para as ciências experimentais na sala de atividades; - Organizar atividades/projetos que permitam “Conhecer o Mundo”; - Conversar ou contar histórias que transmitam regras e valores ambientais; - Promover momentos de Educação para o Consumo, nomeadamente através da deslocação a diversos locais comerciais; - Refletir, com recurso a diversos atores (comerciantes, famílias, etc.) o papel da comunidade local; - Promover momentos de saída da escola, com as devidas precauções, de modo a estimular e despertar o interesse para a descoberta do ambiente e do contexto envolvente; - Promover momentos de educação rodoviária, nomeadamente através da aprendizagem dos códigos específicos (sinalização, cuidados, etc.); - Organizar atividades que levem a criança fazer

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2012/2013

não desperdiçar bens essenciais. Reconheça que os desequilíbrios podem levar ao esgotamento dos recursos. Tenha consciência de si e do outro e reconheça laços de pertença social e cultural. Assuma responsabilidades. Tenha iniciativa e tome decisões. Interaja com os outros. Revela confiança nas suas capacidades. Negoceie e aceite as decisões do grupo. Se confronte com situações que a levem a refletir o como e o porquê. Saiba escutar e esperar pela sua vez. Adote comportamentos reveladores de emergência de valores (respeito pelo outro, aceite e ajuda os outros).

operações que são necessárias à resolução de problemas simples. Demonstrar atitudes de defesa do meio ambiente através de rotinas diárias de separação de resíduos e outras dinâmicas ecológicas.

aprendizagens específicas do assunto de descoberta. Encarar os vários tempos da Rotina Diária como oportunidades para as crianças planificarem atividades e fazerem previsões; - Diferenciar os conceitos agora/logo; fazer contagens, distribuir material; efetuar medições, (como p. ex. registar o crescimento das plantas que semearam).

Área do Conhecimento do Mundo

Objetivos Gerais Objetivos Específicos Operacionalização Estratégias/Experiências de Aprendizagem

É importante que cada criança:

Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:

Conhecimento do Mundo

Explore o espaço, reconhecendo e representando diferentes formas que, progressivamente aprenderá a diferenciar e a nomear. Perspetive o futuro de modo a que assuma uma relação interveniente no meio em que se insere; Aprenda a aprender, organizando os seus saberes numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida; Se sinta como elemento de pertença a um grupo. Valorize e exerça o respeito por nós, pelos outros, e pelo planeta em que vivemos.

Compreender os valores fundamentais que sustentam as relações humanas e sociais. Reconhecer várias tipologias de relacionamento (familiares, sociais, etc.) e os comportamentos adequados à sua manutenção. Compreender a dinâmica escolar enquanto espaço formativo. Saber escolher metodologias de trabalho e de aprendizagem para alcançar os objetivos visados. Posicionar‐se, de forma consciente na dinâmica grupal de forma a aumentar o conhecimento e a consciência social. Ter consciência do poder da atitude humana (numa perspetiva cultural, social e geográfica). Reconhecer “outras” respostas aos problemas evidenciados. Promover a valorização do património natural da comunidade através da valorização dos recursos. Descobrir e valorizar a importância de cada um para a preservação dos recursos e do património local. Identificar elementos sociais, culturais e comunitários com influência no desenvolvimento de comportamentos sociais. A capacidade de utilizar processos de organização social e cultural com vista à defesa do património local

- Estimular e desenvolver a curiosidade da criança, confrontando‐a com situações de descoberta e de exploração do espaço que a rodeia; - Promover espaços de Promoção da Saúde em atividades rotineiras; - Fomentar na criança uma atitude científica experimental, nas suas atividades diárias; - Aproveitar os momentos concedidos pela ação diária de relacionamento pessoal tendo sempre em conta os pressupostos das relações humanas; - Fomentar a adequação de comportamentos saudáveis através de esquemas lúdicos e didáticos; - Reconhecer e identificar elementos espácio-temporais que se referem a acontecimentos, a factos, a marcas da história pessoal e familiar e da história local e nacional; - Reconhecer e utilizar elementos que permitem situar‐se no lugar onde vive; - Conhecer, comparar e localizar as dimensões e limites de diferentes de espaços; - Reconhecer e valorizar expressões do património histórico e cultural; - Criar atividades relacionadas com os processos de aprender; - Desenvolver competências de investigação e sensibilização científica; - Promover atitudes de respeito e preservação do meio ambiente; - Desenvolver competências de Autossegurança e Gestão do Perigo, através de projetos em parceria; - Colaborar em atividades investigativas e

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2012/2013

(social, humano e físico). Saber utilizar recursos naturais e humanos como fonte de promoção económica e social. Reconhecer as particularidades ecológicas e culturais. Caracterizar as mudanças climatéricas normais (estações), utilizando diversos indicadores resultantes da observação direta e indireta do que nos rodeia para a compreensão das dinâmicas locais (agricultura, etc.). Observar e realizar atividades experimentais simples sobre os aspetos naturais e humanos do meio, bem como reconhecer a existência de semelhanças e diferenças entre os Seres Vivos e a sua interação com o meio.

registar a informação trabalhada; - Participar em atividades de iniciação ao processo de investigação e descoberta. - Compreender a utilidade e recorrer a diferentes tipos de materiais e utensílios; - Realizar visitas na localidade e outros momentos de reconhecimento do espaço proximal e do contexto social da escola, das relações e inter-relações humanas e sociais e do valor dos recursos no âmbito da economia social e local. - Promover espaços de economia local (supermercados, restaurantes, loja dos animais, etc.) como espaços de valorização socioeducativa, cultural e financeira. - Visitar estruturas produtivas locais (hortofloricultura, bens alimentares, etc.), - Dinamizar atividades de sensibilização económica e financeira, com base nas tradições locais. - Organizar o “Dia da Família”, como espaço de participação das famílias e da comunidade e dinâmicas de “História Social” como projeto de investigação etnológica. -Organizar sessões de sensibilização/esclarecimento sobre dinâmicas locais. -Promover momentos de articulação interciclos que prevejam a reflexão sobre hábitos e tradições de gestão financeira e económica; - Participar em projetos internacionais de aproximação educativa, cultural e pedagógica.

De acordo com o Plano Anual de Atividades da Escola, o tema “A Minha Pegada no Mundo”, far-se-á, ao longo do ano letivo, um enfoque específico em atividades que tornem operativas as competências a desenvolver. Nesse sentido, apresenta-se uma discriminação por período letivo. 1º Período letivo Ao nível do trabalho pedagógico, dever‐se‐á envolver, entre outras, as questões ligadas à preservação dos recursos humanos, culturais e designadamente dos recursos sociais, como elementos de uma comunidade de partilha. É fundamental desenvolver um conjunto de dinâmicas curriculares que possibilitem o reconhecimento das características das populações locais, das tradições, do desenvolvimento de competências específicas de pertença ao grupo, dos contextos sociais em que as crianças crescem e se desenvolvem e dos contributos que cada uma delas poderá dar de forma a compreender e aceitar as condições de vida que atualmente se colocam aos indivíduos. 2º Período letivo Refletir os novos desafios que se colocam ao homem e às comunidades, nomeadamente no que concerne ao aproveitamento dos recursos e à necessidade de se criarem alternativas económicas e ambientais. Compreender o comportamento e a atitude humana e social como responsável pela gestão e organização das comunidades. Definir a Escola como espaço de formação de Consciência Cívica e mediadora de comportamentos e atitudes humanas face aos outros.. 3º Período letivo Posicionar o Homem como motor de desenvolvimento de sustentabilidade e aproveitamento de recursos. Garantir a aquisição de atitudes e comportamentos sistematizados e assimilados de sustentabilidade social e cultural. Desenvolver comportamentos adequados de respeito por si e pelo outro, numa perspetiva de organização social.

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2012/2013

Avaliação

A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa que implica procedimentos adequados à

especificidade da atividade educativa no jardim-de-infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas.

Permitindo uma recolha sistemática de informações, a avaliação implica uma tomada de consciência da ação,

sendo esta baseada num processo contínuo de análise que sustenta a adequação do processo educativo às

necessidades de cada criança e do grupo, tendo em conta a sua evolução.

A avaliação visa:

• Apoiar o processo educativo, permitindo ajustar metodologias e recursos, de acordo com as necessidades

e os interesses de cada criança e as características do grupo, de forma a melhorar as estratégias de

ensino/aprendizagem;

• Refletir sobre os efeitos da ação educativa, a partir da observação de cada criança e do grupo,

reconhecendo a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas e o modo como

contribuíram para o desenvolvimento de todas e de cada uma, de modo a estabelecer a progressão das

aprendizagens;

• Envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, inerente ao desenvolvimento da

atividade educativa, que lhe permita, enquanto protagonista da sua própria aprendizagem, tomar

consciência dos progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;

• Contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha sistemática de informação que

permita ao educador regular a atividade educativa, tomar decisões e planear a ação;

• Conhecer a criança e o seu contexto, numa perspetiva holística, o que implica desenvolver processos de

reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes – pais, equipa e outros

profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo.

O termo avaliação aqui deverá referir‐se ao leque de informação recolhida e sintetizada pelo educador, ao longo da

sua prática pedagógica, com o objetivo de sustentar e adequar as suas escolhas pedagógicas, curriculares e

educativas.

A informação sobre os alunos e o desenvolvimento dos seus processos de aprendizagem será recolhida através de

um conjunto de processos informais, observações, partilha e trocas verbais, mas também através de processos

mais formalizados de recolha de informação, como sejam as várias fichas de caracterização e diagnóstico

elaboradas pelo educador ou em uso no agrupamento.

Também será importante, nos processos de avaliação, a perspetiva dos encarregados de educação e das famílias,

que, de forma constante e participada, através de reuniões gerais (3), em espaços informais devidamente

planeados ou mesmo através da Internet, acompanham a evolução ou continuidade dos alunos, bem como

participando nos processos de planeamento de atividades e na sua avaliação.

O diagnóstico processado à chegada, permite identificar as linhas de ação mais corretas no processo de evolução

do grupo, na vertente normativa e de construção social, proporcionando a adequação constante dos processos

pedagógicos e educativos.

A mobilização e a dinamização dos diferentes intervenientes (docentes, pessoal auxiliar, componente de apoio à

família, etc.) em torno de uma intenção coletiva, bem planificada e, acima de tudo, bem comunicada, de avaliação

constante de estratégias e atividades, de forma constante e coerente, evidencia o esforço de articulação e

integração fundamental das diversas iniciativas da Escola, permitindo um aproveitamento frutuoso em termos

pedagógicos, bem como uma adaptação, em tempo real, das melhores opções educativas.

Será importante, ao longo do ano letivo, desenvolver momentos específicos de divulgação das atividades do

jardim-de-infância, nomeadamente exposições, mostras, divulgação específica de produtos produzidos, etc.

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2012/2013

Neste campo, propõem‐se, além dos espaços informais de atendimento aos pais e encarregados de educação, a ter

lugar na 2ª terça-feira de cada mês entre as 15.30h e as 17.00h, ou em datas e horário a combinar, quatro reuniões

coletivas, três para avaliação das atividades curriculares e letivas (no final de cada período letivo) e uma para

apresentação e reflexão sobre o Projeto Curricular de Turma.

Serão realizados registos de ação/avaliação e relatórios individuais de avaliação em cada período, cujo

conhecimento/divulgação junto das famílias e encarregados de educação respeitará as definições apresentadas

pelo Ministério da Educação.

Também a utilização de meios informáticos (internet, gestão informática, etc.) potenciará a divulgação dos dados

passíveis de avaliar.

Do processo avaliativo produzir‐se‐ão relatórios trimestrais de acompanhamento e um relatório final de Avaliação

do Projeto Curricular de Turma.

De acordo com a legislação em vigor, a avaliação na Educação Pré-escolar assenta nos seguintes princípios:

• Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e gestão do currículo

definidos nas OCEPE;

• Utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados;

• Caráter marcadamente formativo da avaliação;

Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo que parte das experiências das crianças e das suas

aquisições anteriores, a avaliação do seu desempenho está presente diariamente na sua própria evolução e na

capacidade de adquirir, com maior ou menor capacidade, novos conceitos e dinâmicas de compreensão da sua

realidade.

Nesse sentido, é fundamental que o ambiente educativo seja organizado para que as características de cada criança

sejam valorizadas e possam ser objeto de estimulação específica.

A progressão e a diferenciação de situações de aprendizagem supõem que as crianças sejam capazes de transitar

facilmente para novos desafios e novas propostas institucionais.

A educação pré-escolar situa-se na continuidade de um processo educativo que começou quando a criança nasceu,

mas deve fornecer‐lhe bases para progredir de forma continuada e ao longo da vida.

O espaço de avaliação da Educação Pré-escolar é constante e contínuo e cabe ao Educador e às famílias

desenvolverem, em conjunto, as competências específicas a adquirir pela criança em cada momento.

Desta forma, o processo de avaliação deve ser entendido como um processo participado e colaborativo entre a

criança, o educador e a família e deve devolver à prática as melhores dinâmicas e atividades de desenvolvimento

pessoal de cada criança.

De acordo com as definições e instrumentos definidos quer pelo Ministério da Educação (Metas de Aprendizagem,

outubro de 2010, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, novembro de 1997) e pelo Departamento

de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, as crianças deverão, no final do ano letivo

que se inicia:

Possuir conhecimentos básicos de comunicação e linguagem (nomeadamente da língua Portuguesa) e saber

utilizá‐los;

Compreender conteúdos/conceitos básicos do raciocínio lógico e da matemática (saber contar, saber fazer

correspondências, etc.);

Aplicar conhecimentos adquiridos, em novas situações;

Participar no seu próprio processo de ensino‐aprendizagem;

Ser responsáveis pelos seus atos;

Ser autónomas e dinamizarem os seus próprios espaços de compreensão e aquisição de conhecimentos com

base nas experiências vivenciadas;

Respeitar os valores da sua comunidade;

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2012/2013

Relacionar‐se com o outro respeitando e compreendendo as regras e as normas de convivência social e

respeitar a diferença.

Pelo exposto, caberá ao educador e às famílias participarem ativamente na construção de um saber formativo, o

qual é definido pela capacidade de avaliar e de devolver à prática o produto dessa mesma avaliação, construindo,

paralelamente, novas estratégias e desígnios de desenvolvimento educativo.

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2012/2013

Considerações Finais

Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e coletivas, este

Projeto Curricular corresponde ao projeto de intenções da Sala Amarela do jardim-de-infância da EB1/JI S. Miguel,

da Enxara do Bispo.

Não existe Educação efetiva sem a colaboração, cooperação e partilha dos diversos agentes implicados e

envolvidos na educação da criança, pelo que este documento pretende divulgar os objetivos e conteúdos sobre os

quais recairão as estratégias e atividades a ser desenvolvidos no ano letivo de 2012/2013.

A necessidade do envolvimento de todos os agentes educativos (professores, famílias, comunidade em geral) não

deve apenas permanecer no espaço das intenções, mas ser concretizado no dia-a-dia. É, assim, importante que

“todas as vozes se façam ouvir” através de uma colaboração efetiva.

O Educador, as crianças, os pais, as famílias e demais envolvidos no processo educativo devem ser capazes de

coordenar as suas opções e rentabilizar os seus objetivos, através da discussão e reflexão das suas ideias, opiniões

e necessidades.

Ao longo deste documento apresentaram‐se variadas estratégias e sugestões de atividades, mas, mais pertinente e

fundamental, é que ele se possa transformar num meio potenciador de uma efetiva parceria educativa,

organizando e orientando os envolvidos para um objetivo comum e para uma realização possível.

É objetivo valorizar um tema que consideramos de extrema importância – Eu, Os Outros e o Mundo em que

vivemos – como um tema mobilizador e envolvente para todos os que têm a seu cargo crianças e jovens e são,

paralelamente, responsáveis por educar uma geração de cidadãos.

Este projeto corresponde às necessidades das crianças e das respetivas famílias e foi delineado acreditando que

contribui para aumentar a qualidade de vida da comunidade, ao mesmo tempo que define níveis de

corresponsabilização educativa, pedagógica e didática.

E porque a Educação é um conceito lato e alargado, serve também este documento para potenciar a participação,

porque o direito ao envolvimento, à participação e à opinião existe e deve ser aproveitado.

Esse é também o espaço da avaliação.

O Educador de Infância, em novembro de 2012

Henrique Santos

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Anexos