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Do Outro Lado Representação Oficial Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga - Espaço e Design da Performance 16 > 26_Junho_2011 Praga, República Checa Comissário e autor: João Brites Organização e Produção: Direcção-Geral das Artes / Ministério da Cultura Inauguração: 16_Junho_2011 Galeria Nacional Checa - Palácio Veletrzni, Grande Hall, lote 2A, Praga Apresentação em Lisboa | Conferência de Imprensa 22_Fevereiro_2011 | 11h30 Palácio Foz | Sala dos Espelhos Apresentação em Praga 16_Junho_2011 Galeria Nacional Checa - Palácio Veletrzni, Grande Hall, lote 2A, Praga JUNHO 16-26 2011 Os Vivos, de Jacinto Lucas Pires | Compositor: Chopin | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Rui Francisco / João Brites | Estreia: Citemor, Montemor-o-Velho | 19-07-2007 | Fotografia: Nuno Patinho Organização e Produção: Apoio:

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Do Outro Lado Representação Oficial Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga - Espaço e Design da Performance 16 > 26_Junho_2011 Praga, República Checa Comissário e autor: João Brites Organização e Produção: Direcção-Geral das Artes / Ministério da Cultura Inauguração: 16_Junho_2011 Galeria Nacional Checa - Palácio Veletrzni, Grande Hall, lote 2A, Praga

Apresentação em Lisboa | Conferência de Imprensa 22_Fevereiro_2011 | 11h30 Palácio Foz | Sala dos Espelhos

Apresentação em Praga 16_Junho_2011 Galeria Nacional Checa - Palácio Veletrzni, Grande Hall, lote 2A, Praga

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Os Vivos, de Jacinto Lucas Pires | Compositor: Chopin | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Rui Francisco / João Brites | Estreia: Citemor, Montemor-o-Velho | 19-07-2007 | Fotografia: Nuno Patinho

Organização e Produção: Apoio:

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ÍNDICE Nota de Imprensa ………………………………………………………………………………………… O tema da Intervenção Portuguesa - Textos de Maria Helena Serôdio, Eugénia Vasques, João Brites, Rui Francisco e Miguel Jesus: - Do Outro Lado …………………………………………………………………………………………… - Um artista que representa um país na qualidade de comissário ……………………………………… - Um cenógrafo cuja obra é indissociável do seu grupo de teatro …………………………………….. - A participação na Quadrienal como estação de um percurso ……………………………………….. João Brites | Nota Biográfica …………………………………………………………………………….. Ficha Técnica do Projecto Expositivo ……………………………………………………………………. Imagens …………………………………………………………………………………………………… Sobre a 12ª Quadrienal de Praga - Espaço e Design da Performance ……………………………….. Contactos ………………………………………………………………………………………………….

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Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógra-fa: Joana Simões | Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 13.12.2002 | Fotografia: Ana Teixeira

www.dgartes.pt/pq11_portugal/index.htm

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NOTA DE IMPRENSA A Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura de Portugal convidou o encenador e cenógrafo João Brites para representar oficialmente Portugal na Quadrienal de Praga 2011 - Espaço e Design da Performance, a exposição de maior prestígio internacional na área da cenografia e design performati-vo, este ano com direcção artística de Sodja Zupanc Lotker. A Quadrienal de Praga, organizada pelo Ministério da Cultura da República Checa e pelo Instituto de Teatro de Praga desde 1967, é hoje um evento único à escala global constituindo-se como uma exposição que, juntamente com as suas activi-dades paralelas, cria um espaço para seminários, workshops e encontros de profissionais e estudantes das artes de palco de todo o mundo. Esta edição organiza-se em 3 secções principais: Países e Regiões, Estudantes e Arquitectura. É a segunda vez que a Direcção-Geral das Artes organiza a Representação Oficial Portuguesa nesta Quadrienal, como reforço de uma acção institucional que tem desenvolvido uma política cultural de consagração de artistas portugueses já com reconhecimento nacional e internacional. Em 2007 João Mendes Ribeiro foi o artista convidado, tendo conquistado com "Arquitecturas em Palco" a medalha de ouro na categoria "Best Stage Design". Do Outro Lado é o projecto de intervenção da Representação Oficial Portuguesa na edição deste ano da Quadrienal. Alicerçada na obra desenvolvida ao longo de mais de trinta anos por João Brites, em conjunto com o grupo de Teatro O Bando, do qual é fundador, e muito particularmente na obra que o comissário tem vindo a desenvolver com Rui Francisco, co-autor e coordenador do Projecto Expositivo, a Representação Portuguesa materializa-se num conjunto indissociável de três intervenções em três lugares distintos da cidade de Praga: De Costas - uma instalação de rua no centro histórico, De Cima - uma intervenção de arquitectura na Igreja de Santa Ana e De Dentro, obra penetrável - uma performance expositiva no Grande Hall do Palácio Veletrzni. Do Outro Lado é o tema de ligação entre as três inter-venções, as quais integram as secções principais da Quadrienal. A obra de João Brites é conceptual-mente invocada nesta participação na 12ª Quadrienal de Praga, mas ganham particular destaque as referências materiais concretas aos espectáculos: Ensaio sobre a Cegueira (2004), Luto Clandestino (2006), Jerusalém (2008) e Quixote – Ópera bufa (2010).

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O TEMA DA INTERVENÇÃO PORTUGUESA por Maria Helena Serôdio, Eugénia Vasques, João Brites, Rui Francisco e Miguel Jesus Do Outro Lado O triângulo desenhado sob os céus de Praga tem como vértices a instalação de rua De Costas, a inter-venção de arquitectura De Cima e a obra penetrável De Dentro. Em cada uma, por si, encontra-se a esperança de que desenvolvam o princípio da Representação da Espacialidade. Na relação entre elas, recorta-se o desejo de que o dilema entre a Arquitectura e Cenografia saiba emergir como Problemática da Criatividade. De Costas Instalação de rua Na sequência do espectáculo Jerusalém (2008), propõe-se a concretização no Centro histórico de Pra-ga, Praça Franz Kafky, de uma instalação com características de conto: princípio, meio e fim, sendo o fim o princípio e vice-versa. Uma plateia – de quarenta e quatro cadeiras – transporta uma memória: foram extraídas do Cinema São Jorge, em Lisboa, após um uso intensivo durante cinquenta anos que as deixou num deficiente estado de conservação, incapazes, portanto, de respeitarem as normas técnicas e legislação actuais. Distribuídas equitativamente por quatro filas, esperam pelo seu público, viradas de frente para um muro de tijolos cerâmicos maciços. Do outro lado do muro, uma fila de onze cadeiras repete a mesma situação.

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Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: João Brites | Estreia: Centro Cultural de Belém, Lisboa | Data de Estreia: 23-11-2008 | Fotografia: André Fonseca

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De Cima Intervenção de arquitectura Praga, Igreja de Santa Ana - Prague Crossroads, sobre a mesa (...), atrás de um muro de tijolos cerâmi-cos maciços, vive a maqueta do espaço do Teatro O Bando: quatro hectares situados em Vale de Barris, em pleno Parque Natural da Arrábida. Aí repousam os modelos dos edifícios (antigos pavilhões de cria-ção de suínos), dos espaços cénicos e das máquinas de cena que, ao longo dos anos, João Brites e o seu colectivo desenvolvem e encaram como uma definição espacial, limitadora ou libertadora de movi-mentos e deslocações. Esta intervenção integra a secção de Arquitectura da Quadrienal. De Dentro Obra penetrável O Pavilhão da Representação Oficial Portuguesa para a 12ª Quadrienal de Praga – Espaço e Design da Performance localiza-se no lote 2A, Grande Hall, Palácio Veletrzni, Praga. Apresenta uma frente com entrada de público à direita baixa e, sob uma galeria, à esquerda baixa, a respectiva saída; ao centro, uma coluna de elevação electromecânica que, servindo os visitantes de mobilidade condicionada, serve também a galeria superior onde o público poderá ter acesso simultâneo visual e auditivo à performance que se desenrola no Bar do Grande Hall. Esta coluna montante relaciona um percurso físico com o per-curso dramatúrgico que se iniciou no bar. No interior do penetrável, os modelos tridimensionais, as fotografias, a projecção de imagens, palavras e outros artifícios, recuperam a emoção e memória de espaços cénicos produzidos, dando prova da metáfora proposta. Ao fundo, um evidente muro de tijolo cerâmico maciço, constituído por um conjunto de oito nichos, repete as cadeiras e público de De Costas sob uma projecção de letras e números que diminuem progressiva e lentamente no tempo. No pavimento, engaço. Amplificado, o som dos passos do público. Súbita e ciclicamente, uma luz-relâmpago cruzará a atmosfera. Esta intervenção integra a secção Países e Regiões da Quadrienal.

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Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: João Brites | Estreia: Centro Cultural de Belém, Lisboa | Data de Estreia: 23-11-2008 | Fotografia: André Fonseca

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JOÃO BRITES

UM ARTISTA QUE REPRESENTA UM PAÍS NA QUALIDADE DE COMISSÁRIO Fundador do grupo de Teatro O Bando, em 1974, juntamente com outros artistas com quem antes compartilhara trabalhos em teatro enquanto no exílio político na Bélgica, João Brites vem marcando há 36 anos – na sua prática artística e nas suas formulações teóricas – uma forma especial de pensar e realizar o espaço cénico fora dos constrangimentos do palco convencional. Adepto de um teatro que surpreenda na sua relação com espaços inesperados e com máquinas de cena invulgares, João Brites defende uma alargada concepção arquitectónica de cenografia, ao mes-mo tempo que exige que ela se assuma como verdadeira “acção visual” em que possam estar envolvi-dos artistas e espectadores. Envolvido na apresentação de espectáculos em vários lugares de âmbito nacional e internacional, João Brites manifesta um apego especial à cultura popular portuguesa, quer na componente textual (lendas, tradições, jogos, peças), quer na componente material de objectos de uso quotidiano, alguns mesmo já caídos em desuso, mas que não deixam de marcar o interesse antropológico que se reconhece na sua prática cénica. Isso não o tem inibido, todavia, de continuamente procurar outros materiais, outras perí-cias técnicas e novas formatações tecnológicas para os espectáculos que encena. São ainda visíveis nas criações do Teatro O Bando relações electivas com a estética modernista quer ao nível do construtivismo arquitectónico, quer no pendor abstraccionista de adereços e figurações, quer ainda no jogo lúdico-paródico que combina, de forma provocatória, a crítica e o sonho, a des-construção e os sinais de uma ambicionada utopia social. Por todo um trajecto artístico em que teatro, espaço e cenografia se articulam de forma criativa e mutua-mente transfiguradora, a apresentação deste projecto na Quadrienal de Praga 2011 permite um diálo-go internacional que claramente assenta num trabalho original continuado, mas em mutação e renova-ção permanentes, e desafia a uma reflexão sobre o trabalho feito e as vias que apontam para novas inquirições estéticas e práticas artísticas.

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UM CENÓGRAFO CUJA OBRA É INDISSOCIÁVEL DO SEU GRUPO DE TEATRO O Teatro O Bando tem-se revelado como um centro irradiador de inquietação e de festa, bem como a base de uma criação teatral sem tradição no nosso país. Desde os seus primeiros trabalhos, apresenta-se como locus de intervenção social e de recusa de uma convenção teatral herdada. Depois da intensa experiência inicial de descentralização com base numa ideia aberta de teatro para a infância e juventude, a sua linguagem afirmou-se na linha de uma contem-porânea etno-antropologia, ainda com ressonâncias de Grotowski, Brook, Barba, Schechner ou Mnouchkine. Estas influências teatrais foram, porém, desde o início, reequacionadas pelo referencial da pintura e da escultura expressionistas, pela dimensão dissonante, grotesca (que lembrou o Meyerhold bolchevista), pela presença do «épico» brechtiano, pela música, pela tecnologia e pela mais íntima artesanalidade. Por força de um conceito de encenação, de um discurso cénico centrado no ESPAÇO, na FORMA, no OBJECTO (antes mesmo da IMAGEM) – que impõe a corporização extremada das acções cénicas em virtude do confronto dos actores com as máquinas de cena e outros obstáculos físicos – João Brites deve colocar-se na linha de uma estética que integra algum do abstraccionismo plástico mais auto-reflexivo (com raiz em Malévitch, Kandinsky ou Mondrian) e, simultaneamente, na linha de um sobre-realismo pautado por uma ideia de teatro político que se “esconde” numa acentuada conceptualização formal que se casa, em ecosofia (Guatari), com a mais profunda ruralidade identitária. E, na confluência des-tas duas linhas de conduta, erudita e popular, eleva-se uma apresentação, em crescendo, do grotesco humano que é marca registada do colectivo.

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A PARTICIPAÇÃO NA QUADRIENAL COMO ESTAÇÃO DE UM PERCURSO Previamente ao trabalho de actor, a criação de espectáculos no Teatro O Bando é também o fruto de um método de trabalho colectivo onde cada componente de um espectáculo não é subserviente a um todo assimilador. Através de uma Direcção Artística, esta cooperativa privilegia a “reunião” ou o “encontro”, por oposição à Intersecção. Esta arriscada noção de Singularismo, que se constitui doravante como a âncora estruturante da organização interna do grupo, não pressupõe uma conveniência ou convergência colectivista, mas uma possibilidade de transcendência que garanta as identidades individuais. O Singularismo procura a contaminação artística daqueles que assumem a criação enquanto forma de escolha de certos indícios que partem de um conjunto alargado de hipóteses, pressupondo assim a obtenção de obras mais inesperadas, precisamente por não serem resultado de um indivíduo iluminado. As obras tornam-se reconhecíveis não por se consubstanciarem em variantes de um estilo que se repete, mas porque a liderança artística se revê na dimensão transpessoal dos resultados, os quais se exprimem para além do controlo e da capacidade de previsão desses criadores. O confronto não é mais do que uma possibilidade de encontro. Ao longo das várias experiências, que os artistas do Teatro O Bando foram fazendo na relação entre ficção e realidade, entre fixação e improvisação, procurou-se sempre representar o irrepresentável. Mate-rializar o tempo, materializar a palavra, materializar o som e a luz foram sempre trilhos que levaram como único aliado essa capacidade de sonhar. O cariz inter-relacional da criação estabelece-se assim enquanto meio e não enquanto fim. Como o espaço teatral existe enquanto lugar habitado, amplia-se a zona de fronteira entre actor e espectador, não deixando de assumir a dimensão artificial, metafórica e simbólica da criação artística, em clara oposição a uma figuração mimética da realidade.

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Anjos, de Teolinda Gersão | Composição: Carlos Guerreiro | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Joana Simões Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 26-06-2003 | Fotografia: Ana Teixeira

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Essas experiências reconhecem os moldes e vícios, de que o teatro repetidamente se socorre, mas não destroem os códigos de criação e recepção em que a matéria teatral se sustenta. Sem apontar à demoli-ção performativa dos signos teatrais nem recorrendo a um certo ideal de justaposição que afirma o acto de criação enquanto gesto já esgotado e esvaziado de sentido, procuram questionar esses signos e limi-tes de modo a expandi-los, dilatá-los, torná-los matéria de um jogo que os interroga precisamente por se alimentar deles. É dentro do teatro que procuram as soluções para o teatro. Preconizam um teatro com actores que não ignorem a multifacetada e interessante experiência dos conta-dores de histórias, dos narradores, dos comediantes, dos performers, mas que procurem renovar dentro da problemática do actor. Um teatro que não abdique da palavra e da sua qualidade literária em oposi-ção à banalização de uma conversa verosimilhante. Um teatro que pode convencionar chamar espaço cénico a qualquer lugar para aí implementar a sua cenografia. Um teatro cuja existência depende da qualidade da relação que consiga estabelecer com os intervenientes a que convenciona chamar especta-dores. Um teatro cujo acto de se cumprir transcenda a ideia de como foi pensado. Maria Helena Serôdio Eugénia Vasques João Brites Rui Francisco Miguel Jesus Palmela, 27 de Janeiro de 2011

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Quixote: Ópera Bufa, de António José da Silva, o Judeu | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinista: Maria Mat-teucci | Cenógrafo: Rui Francisco | Estreia: Teatro da Trindade, Lisboa | 15-04-2010 | Fotografia: Ana Teixeira

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JOÃO BRITES NOTA BIOGRÁFICA João Brites é dramaturgista, encenador e cenógrafo. É o comissário da Representação Oficial Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga, em 2011. Nasceu em Torres Novas em Junho de 1947. Para fugir à guer-ra colonial que o seu país mantinha em África, parte para Bruxelas em 1966 e adquire o estatuto de refugiado político da ONU. Na ENSAAV – École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels, La Cambre – termina o curso de Gravura ministrado por Gustave Marchoul e frequenta os cursos de Pintu-ra Monumental, de Jo Delahaut, e de Cenografia, de Serge Creuz. É com este último professor que visita a então Bienal de Praga, em 1967. Realiza até 1974 algumas exposições individuais de gravura no Luxemburgo, Bruxelas, Liège, Belgrado, Metz e Lisboa, e participa em várias exposições colectivas. Está representado no Museu de Arte Contemporânea de Skopje, Cabinet des Estampes de Bruxelas, Museu do Estado do Luxemburgo, Museu de Arte Moderna de Belgrado e Museu Calouste Gulbenkian de Lis-boa. Ainda em Bruxelas exercita-se como cenógrafo no Théâtre Poème, no Théâtre Place Publique, e funda um teatro para crianças denominado Théâtre Inti.

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Fotografia: Lia Costa Carvalho

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Em 1974, com a Revolução dos Cravos, volta para Portugal e funda o Teatro O Bando onde encena, desde então, a maior parte dos espectáculos produzidos por este grupo. É co-fundador da delegação portuguesa da ASSITEJ (Association Internationale du Théâtre pour L’Enfance et La Jeunesse) chegando a fazer parte do seu executivo internacional. Em 1977, co-organiza os Primeiros Jogos Populares Trans-montanos em Vila Real. Entre 1978 e 1989, co-organiza uma dezena de festivais de teatro anuais dedicados à criação de espectáculos para os públicos jovens, enquadrados pelo CPTIJ (Centro Portu-guês de Teatro para a Infância e Juventude). Entre 1999 e 2008, é director artístico do FIAR, Festival Internacional de Artes de Rua, sedeado na vila de Palmela. É o director da Unidade de Espectáculos da EXPO’ 98 que programa muitas centenas de espectáculos de variadas áreas artísticas, de várias dezenas de países. Em 1999, recebe o grau de Comendador da Ordem do Mérito. Ao longo de 36 anos no Teatro O Bando, elabora como dramaturgista dezenas de versões cénicas de textos não dramáticos de autores portugueses, que posteriormente encena, concebe espaços cénicos em territórios imprevisíveis, idealiza, e por vezes constrói, máquinas de cena. Desde 1992 que organi-za exposições destas máquinas de cena no Museu de Antropologia da Universidade de Coimbra, no Museu Municipal Dr. Santos Rocha da Figueira da Foz, na Culturgest, no Museu do Teatro e no Centro Cultural da Malaposta, em Lisboa, no Cine-Teatro São João, em Palmela, no Centro Tradicional das Artes Tradicionais e na estação de metropolitano Campo 24 de Agosto, no quadro do FITEI, no Porto, na aldeia de Querença, no âmbito de Faro Capital da Cultura, no Centro Cultural Vila Flor, em Guima-rães, e finalmente na encosta da Serra do Louro, na quinta do Teatro O Bando, sob o título Ao Relento. Concebe e coordena alguns grandes eventos para vários milhares de espectadores, como a Inaugura-ção do Monumento de Homenagem às gentes da Póvoa de Varzim, a Abertura de Lisboa Capital da Cultura, em 1994, o 25º Aniversário do 25 de Abril no Terreiro do Paço, e as comemorações do Cen-tenário da República Portuguesa na Praça do Município, em 2010. É autor de inúmeros artigos sobre teatro e sobre o processo de criação no Teatro O Bando e participa em inúmeros colóquios, seminários e congressos. Actualmente, é professor de actores na Escola Supe-rior de Teatro e Cinema e orienta estágios e cursos de formação no domínio do teatro, dirigindo ofici-nas a propósito da consciência do actor em cena. Em 2004, foi galardoado com o Prémio Almada, tendo o Teatro O Bando sido também distinguido com a Medalha de Mérito Cultural. Em 2008, com o espectáculo SAGA – Ópera Extravagante, ganhou os prémios Guia dos Teatros, na categoria de Melhor Encenador, e o Prémio Anual da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

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FICHA TÉCNICA DO PROJECTO EXPOSITIVO Concepção e autoria: João Brites Autoria e coordenação geral: Rui Francisco Conteúdos e redacção: Miguel Jesus Projecto de execução: www.oxalis.pt Estabilidade e estruturas: Egidio Lima Ramos Iluminação: João Cachulo Som: Sérgio Milhano Instalações eléctricas: Floríval Santos Imagem e vídeo: Amauri Tangará Produção de imagem: Tati Mendes

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As imagens em alta resolução estão disponíveis para download em www.dgartes.pt/pq11_portugal/imprensa.htm

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IMAGENS 01_02 Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: João Brites | Estreia: Centro Cultural de Belém, Lisboa | Data de Estreia: 23-11-2008 | Fotografia: André Fonseca 03_06 Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinista: Maria Matteucci | Cenógrafo: Rui Francisco | Teatro Nacional de São João, Porto | Data de Estreia: 06-05-2004 | Fotografia: João Tuna 07 Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figu-rinista: Clara Bento | Cenógrafo: Joana Simões | Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 13-12-2002 | Fotografia: Lia Costa Carvalho 08 Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figu-rinista: Clara Bento | Cenógrafa: Joana Simões | Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 13-12-2002 | Fotografia: Ana Teixeira 09 Quixote: Ópera Bufa, de António José da Silva, o Judeu | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinista: Maria Matteucci | Cenógrafo: Rui Francisco | Estreia: Teatro da Trindade, Lisboa | 15-04-2010 | Fotografia: Ana Teixeira 10 Quixote: Ópera Bufa, de António José da Silva, o Judeu | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinista: Maria Matteucci | Cenógrafo: Rui Francisco | Estreia: Teatro da Trindade, Lisboa | 15-04-2010 | Fotografia: Rui Francisco 11 Os Vivos, de Jacinto Lucas Pires | Compositor: Chopin | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Rui Francisco / João Brites | Estreia: Citemor, Montemor-o-Velho | 19-07-2007 | Fotografia: Nuno Patinho 12 Luto Clandestino, de Jacinto Lucas Pires | Compositor: Chopin | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Rui Francisco / João Brites | Estreia: FIAR, Palmela | 23-07-2006 | Fotografia: Lia Costa Carvalho 13 Anjos, de Teolinda Gersão | Composição: Carlos Guerreiro | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Joana Simões | Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 26-06-2003 | Fotografia: João Tuna 14 Anjos, de Teolinda Gersão | Composição: Carlos Guerreiro | Director: João Brites | Figurinista: Clara Bento | Cenógrafo: Joana Simões | Estreia: Teatro O Bando, Palmela | 06-06-2010 | Fotografia: Ana Teixeira 15 Pino do Verão, de Eugénio de Andrade | Compositor: Jorge Salgueiro | Director: João Brites | Figurinis-ta: Maria Matteucci | Cenógrafo: Rui Francisco | Estreia: Centro Histórico de Palmela | 29-07-2001 | Fotografia: Pedro Soares

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SOBRE A 12ª QUADRIENAL DE PRAGA - ESPAÇO E DESIGN DA PERFORMANCE A próxima edição da Quadrienal de Praga, na qual participará um número recorde de 64 países, será muito mais do que uma tradicional exposição mundial na qual competem projectos de performance. Haverá uma exposição única de performance ao ar livre, “Intersecção: Intimidade & Espectáculo”, que apresenta 30 artistas internacionalmente consagrados, incluindo Romeo Castellucci e Josef Nadj, numa instalação arquitectónica especialmente concebida para esta ocasião. Além disso, serão apresentados numerosos projectos em espaços ao ar livre, distribuídos por toda a cidade - uma oportunidade única para descobrir Praga através dos olhos de artistas contemporâneos de todo o mundo. Os visitantes terão também a oportunidade de explorar várias disciplinas essenciais das artes performativas, graças a pro-jectos especiais focalizados no design da iluminação e do som, na arquitectura e no vestuário. Espera-se que assistam mais de 40.000 visitantes vindos de toda a parte que, ao longo de 11 dias, de 16 a 26 de Junho de 2011, tornarão Praga o centro do mundo da performance. A 12ª Quadrienal de Praga explorará um pensamento artístico: a cenografia/ design performativo é uma disciplina que se situa entre as artes visuais e performativas. Tal como a descrevia Sodja Zupanc Lotker, directora artística da Quadrienal de Praga, "algumas das melhores performances contemporâneas estão baseadas nos elementos visuais. É de salientar que alguns dos mais interessantes artistas de teatro de hoje são artistas do espaço, e alguns dos mais importantes artistas visuais de hoje trabalham com a performance". Um número recorde de 64 países apresentarão o melhor design em performance, som, iluminação e vestuário, através de três secções de competição centradas em Países e Regiões, Estudantes e Arquitectu-ra. Os países que participam incluem presenças habituais, tais como os EUA, o México e a Alemanha,

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Tomáš Ruller, Habib Kheradyar - Open Situation | Quadrienal de Praga 2007 © Arquivo

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assim como países que se irão apresentar pela primeira vez e que incluem a Arménia, o Cazaquistão, a Colômbia e a Mongólia. Atentos a estas exposições, nove artistas provenientes de todo o mundo integrarão um júri que determinará os prémios nos vários campos artísticos, incluindo a prestigiada Tri-ga de Ouro. O júri é composto, entre outros, pelo director e cenógrafo Brett Bailey da África do Sul (Medalha de Ouro da Quadrienal de Praga de 2007), pelo arquitecto e designer japonês Arata Isoza-ki, pelo cenógrafo austríaco Erich Wonder e pelo teórico norte-americano Marvin Carlson. Pela primeira vez, a Quadrienal de Praga vai apresentar um projecto original, “Intersecção: Intimidade e Espectáculo”, que se centrará à volta das Caixas – uma exposição performativa interactiva ao ar livre que apresentará 30 artistas internacionais consagrados, que criarão ambientes cenográficos dentro de uma instalação arquitectónica para um espaço público ao ar livre, bem no centro de Praga. Com o Scenofest, projecto educacional da QP OISTAT que consiste em mais de 50 workshops e 60 performances de estudantes de todo o mundo em seis locais específicos para performances, criadas por estudantes em colaboração com artistas internacionalmente reconhecidos, incluindo Louise Wilson e Uwe Köhler / Theater Titanick, espera-se que cheguem a Praga mais de 2.000 alunos vindos de todo o mundo. “ A Quadrienal, que terá lugar no centro da cidade e em outros espaços não tradicionais, desde a expo-sição principal no edifício funcionalista da Galeria Nacional Checa - Palácio Veletrzni, até à bela Igre-ja de Santa Ana - Prague Crossroads, gerida pela Fundação de Vaclav Havel, VIZE, passando também pelo New Scene, ex-Laterna Magika, um teatro de importância histórica onde Josef Svoboda criou algu-mas das suas obras mais importantes. Espaços públicos inesperados serão invadidos por performances ao ar livre, incluindo, entre outras, uma actuação preparada pelo Krétakör dirigido pelo director Arpad Schilling e outra, pelo Theatrecom-binat, com Claudia Bosse como directora. Tudo isto permitirá aos checos e estrangeiros – esperam-se mais de 40.000 visitantes durante 11 dias – (re)descobrir Praga através dos olhos de uma vasta selec-ção de artistas mundiais da actualidade. Durante a sua estadia, os visitantes poderão também aprovei-tar a mostra de performances e exposições nos teatros e galerias checos proporcionadas pela QP+. O Júri da Quadrienal de Praga é constituído por Erich Wonder (Áustria, Cenógrafo), Monika Pormale (Letónia, Cenógrafa), Viliam Dočolomanský (República Checa - Eslováquia, Encenador), Felice Ross (Israel, Designer de Iluminação), Arata Isozaki (Japão, Arquitecto, Cenógrafo, Conservador, Teórico e Designer), Carmen Romero (Chile, Directora do Festival de Teatro Santiago a Mil), Marvin Carlson (EUA, Teórico da Performance), Brett Bailey (África do Sul, Director, Dramaturgo, Cenógrafo, Figurinista, Medalha de Ouro da Quadrienal de Praga de 2007) e Kevin Purcell (Austrália, Compositor, Sonoplas-ta, Maestro).

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