ESTRUTURA DO SOLO - Produção Vegetal 2012-1 | Just ... pela penetração de raízes, por animais...
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ESTRUTURA DO SOLO
PROF. GILSON MOURA FILHO/SER/UFAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DISCIPLINA: FÍSICA DE SOLOS
1. INTRODUÇÃO
Uma das propriedades mais importantes do solo
Solos bem estruturados
Solos bem agregados
2. CONCEITOS
Descritivo: Classificação de solos
Funcional: Física de solos
"MANEIRA COMO O SOLO SE ROMPE PELA APLICAÇÃO DE UMA FORÇA"
(ZAKHAROV, 1927)
"ARRANJO DAS PARTÍCULAS SÓLIDAS DO SOLO" (Bradfield, 1939)
"ARRANJO DAS PARTÍCULAS PRIMÁRIAS DO SOLO EM AGREGADOS, NOS QUAIS AS FORÇAS QUE LIGAM TAIS
PARTÍCULAS ENTRE SI SÃO MAIS INTENSAS DO QUE
ENTRE OS AGREGADOS ADJACENTES" (Nikiforoff, 1941)
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"AGREGAÇÃO DAS PARTÍCULAS PRIMÁRIAS DO SOLO EM UNIDADES COMPOSTAS OU AGRUPAMENTO DE PARTÍCULAS
PRIMÁRIAS, QUE SÃO SEPARADAS DE AGREGADOS ADJACENTES POR SUPERFÍCIES DE FRACA RESISTÊNCIA"
(Soil Survey Manual, 1951)
"ARRANJAMENTO DAS PARTÍCULAS DO SOLO E DO ESPAÇO POROSO ENTRE ELAS, INCLUINDO AINDA O TAMANHO,
FORMA E ARRANJAMENTO DOS AGREGADOS FORMADOS QUANDO PARTÍCULAS
PRIMÁRIAS SE AGRUPAM EM UNIDADES SEPARÁVEIS"
(Marshall, 1962)
3. CARACTERÍSITICAS DOS AGREGADOS
Os agregados são considerados as unidades da estrutura,
podendo variar em tamanho, forma e na intensidade das forças
envolvidas.
a) Tamanho e Forma Variação dentro e entre solos.
b) Coesão Quanto maior a coesão , mais estável e nítido é o
agregado.
c) Porosidade Porosidade Interna ao Agregado ou
Microporosidade.
Porosidade Externa ao Agregado ou Macroporosidade
d) Estabilidade Presença de Agentes Cimentantes:
Minerais de Argila;
Matéria Orgânica; e
Óxidos de Fe e Al.
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4. GÊNESE DOS AGREGADOS
A Formação de Agregados está intimamente relacionada à
floculação e ao comportamento da dupla camada elétrica
relacionada aos colóides.
Para a formação de AGREGADOS ESTÁVEIS é necessário,
desta forma, que existam COLÓIDES; que estes passem pelo
processo de FLOCULAÇÃO, e que haja CIMENTAÇÃO das
partículas floculadas.
COLÓIDES
Aproximação de partículas podem atuar forças mecânicas
geradas pela penetração de raízes, por animais de solo, pela
expansão e contração do solo provocadas pelo umedecimento e
secagem alternados, ou pela floculação dos colóides presentes.
Fatores que favorecem o desenvolvimento de estrutura: Matéria
orgânica, ação mecânica do sistema radicular, ação biológica, gelo
e degelo, expansão e contração e floculação de colóides.
FLOCULAÇÃO CIMENTAÇÃO
AGREGADOS ESTÁVEIS
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5. IMPORTÂNCIA
Porosidade do Solo
Infiltração de Água no Solo
Retenção e Movimentação de Água no Solo
Difusão Gasosa: Aeração
Penetração de Raízes
Transferência de Calor
Atividade Biológica
6. MODELOS DE ESTRUTURAÇÃO DOS SOLOS
6.1. Teoria Clássica de Russel para a Formação de Torrões (1934)
Água dipolar Pontes entre os cátions e ânions por meio de
secagem do material.
A formação de torrões foi limitada àquelas partículas que
apresentavam capacidade de troca de bases considerável.
A formação de torrões foi limitada a partículas menores.
A formação de torrões é limitada àqueles sistemas que
contém líquido com momento dipolar considerável.
A natureza dos cátions trocáveis influencia a dureza dos
torrões formados.
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6.2. Teoria do Domínio Argiloso de Emerson (1959)
A composição básica do solo pode ser considerada pela argila,
representando a fração coloidal e pelo quartzo, representando a
fração grosseira, ou seja, areia e silte.
Os grãos de quartzo, "domínio argiloso" e matéria orgânica se
arranjam de várias maneiras, formando os agregados do solo.
Figura 1. Representação esquemática da teoria de Emerson.
Quartzo Quartzo
Quartzo
Matéria orgânica
Domínio argiloso
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6.3. Modelo de Estruturação de Latossolos de Resende (1982)
Os óxidos de Fe e Al, notadamente goethita, hematita e gibbsita,
tendem a desorganizar as partículas ao nível microscópico.
Assim, ao maior teor destes constituintes, corresponderá um maior
grau de desorganização e consequentemente, uma estrutura mais
próxima do granular.
6.4. Modelo de Estruturação de Latossolos de Ferreira (1988)
Associação dos modelos de Emerson (1959) e de Resende
(1982) e a partir de estudos específicos.
6.4.1. Latossolo Gibbsítico 6.4.2. Latossolo Caulinítico
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7. AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA
Densidade do Solo
Porosidade Total do Solo
Porosidade Livre de Água - Porosidade de Aeração
Distribuição de Poros por Tamanho
Condutividade Hidráulica Saturada (Ks)
Estabilidade de Agregados
Tamizamento Úmido
Tamizamento Seco Quadro 1 Relação entre condutividade hidráulica e outras propriedades Horizonte Textura Condutividade
Hidráulica Macroporosidade Ds
cm h-1 % g cm-3
A Areia 19,96 19,5 1,50
Argila 1,50 7,2 1,35
B Areia 4,62 12,1 1,53
Argila 1,22 7,8 1,46
C Areia 5,94 13,6 1,62
Argila 1,07 6,9 1,52
Fonte: Mason et al. (1957).