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INEDI – Cursos Profissionalizantes BRASÍLIA – 2011 Noções de Desenho Arquitetônico e Construção Civil Técnico em Transações Imobiliárias MÓDULO 06

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INEDI – Cursos Profissionalizantes

BRASÍLIA – 2011

Noções de

Desenho Arquitetônicoe Construção Civil

Técnico em Transações Imobiliárias

MÓDULO 06

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Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização doINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a DistânciaINEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância

SCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. VSCS – Qd. 08 Ed. Venâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFenâncio 2000, Bloco B 60 Sala 245 – Brasília - DFTTTTTelefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614elefax: (0XX61) 3321-6614

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – TTI

COORDENAÇÃO NACIONALAndré Luiz Bravim – Diretor Administrativo

Antônio Armando Cavalcante Soares – Diretor Secretário

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICAMaria Alzira Dalla Bernardina Corassa – Pedagoga

COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EADTibério Cesar Bravim – MBA em Ciências da Educação

COORDENAÇÃO DE CONTEÚDORicardo José Vieira de Magalhães Pinto

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: INEDI/DFAndré Luiz Bravim

Robson dos Santos Souza

PRODUÇÃO EDITORIALLuiz Góes

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPAAlessandro dos Santos

IMPRESSÃO GRÁFICAGráfica e Editora Equipe Ltda

________________, INEDI, Noções de Desenho Arquitetônico eConstrução Civil , módulo VI, Curso de Formação de Técnicos emTransações Imobiliárias, 4 Unidades. Brasília. Disponível em:www.inedidf.com.br. 2011.

Conteúdo: Unidade I: histórico; normas técnicas – Unidade II: etapasdo projeto – Unidade III: esquadrias – Unidade IV: projetos – Exercícios

347.46:659C837m

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Caro Aluno 

O início de qualquer curso é uma oportunidade repleta de expectativas. Mas umcurso a distância, além disso, impõe ao aluno um comportamento diferente, ensejandomudanças no seu hábito de estudo e na sua rotina diária, porque estará envolvido comuma metodologia de ensino moderna e diferenciada, proporcionando absorção deconhecimentos e preparação para um mercado de trabalho competitivo e dinâmico.

O curso Técnico em Transações Imobiliárias ora iniciado está dividido em novemódulos. Este módulo 06 traz para você a básica disciplina Desenho Arquitetônico eConstrução Civil que, dividida em quatro grandes unidades de estudo, apresenta, dentreoutros itens essenciais, a nomeclatura de normas técnicas, as etapas de um projeto arquitetônicoe os principais termos utilizados na arquitetura e na construção civil, e com certeza seráindispensável ao seu desempenho profissional.Trata-se, como você pode perceber, de umacompleta, embora sintética, habilitação no âmbito desse conhecimento tão decisivo parao futuro profissional do mercado imobiliário.

Se o ensino a distância garante maior flexibilidade na rotina de estudos, também éverdade que exige do aluno mais responsabilidade. Nós, do INEDI, proporcionamos ascondições didáticas necessárias para que você obtenha êxito em seus estudos, mas o sucessocompleto e definitivo depende do seu esforço pessoal. Colocamos à sua disposição, alémdos módulos impressos, um completo site (www.inedidf.com.br) com salas de aula virtuais,fórum com alunos, professores e tutores, biblioteca virtual e salas para debates específicose orientação de estudos.

Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitiránão só o domínio dos conceitos mais elementares da Arquitetura e Construção Civil, comotambém os termos adequados para conversação com os clientes, além do conhecimentodos instrumentos básicos para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos nomercado de imóveis. Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido umaimportante etapa para atuar com destaque neste segmento da economia nacional.

Boa sorte!

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INTRODUÇÃO ..........................................................................................................09

UNIDADE I1. O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA ....................................................13

2. NORMAS TÉCNICAS .............................................................................................152.1 – ABNT ..........................................................................................................152.2 – Formatos de Papel .........................................................................................162.3 – Dobraduras das Pranchas ..............................................................................172.4 – Caligrafia Técnica .........................................................................................172.5 – Carimbo ou Legenda ....................................................................................182.6 – Tipos de papel ...............................................................................................192.7 – Tipos de linhas ..............................................................................................192.8 – Símbolos Usuais nos Desenhos de Arquitetura ...............................................202.9 – Tipos de escalas .............................................................................................202.10 – Linhas de Cotas ..........................................................................................22

UNIDADE II3 - PROJEÇÕES ORTOGONAIS.................................................................................27

4 - ETAPAS DO PROJETO ..........................................................................................274.1 – Escolha do Lote ou Terreno ...........................................................................274.2 – Compra do Lote ...........................................................................................274.3 – Contratação do Arquiteto..............................................................................274.4 – Encomenda do Projeto ..................................................................................274.5 – Estudo Preliminar .........................................................................................274.6 – Anteprojeto ..................................................................................................274.7 – Projeto Final ..................................................................................................274.8 – CREA ..........................................................................................................274.9 – Prefeitura ......................................................................................................28

5 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO....................................................................295.1 – Planimétrico .................................................................................................295.2 – Altimétrico ...................................................................................................295.3 – Planialtimétrico .............................................................................................295.4 – Curvas de Nível ............................................................................................295.5 – Orientação ...................................................................................................295.6 – Termos Técnicos ............................................................................................29

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

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6. PROJETO DE ARQUITETURA ..............................................................................306.1 – Planta Baixa ..................................................................................................306.2 – Fachadas ou Elevações ...................................................................................316.3 – Corte ............................................................................................................316.4 – Planta de Cobertura ......................................................................................316.5 – Planta de Situação .........................................................................................316.6 – Implantação e Locação ..................................................................................316.7 – Quadro de Aberturas ....................................................................................316.8 – Quadro de Áreas ..........................................................................................326.9 – Método Atual de Desenho ............................................................................32

UNIDADE III7. CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES ..................................36

7.1 – Projeto Estrutural .........................................................................................367.1.1 – Fundação ............................................................................................367.1.2 – Estrutura ............................................................................................36

7.1.2.1 – Tipos de Estrutura ..................................................................377.2 – Projeto Hidro-Sanitário .................................................................................39

7.2.1 – Água Fria ............................................................................................397.2.2 – Instalação do Esgoto ...........................................................................39

7.3 – Projeto Elétrico ............................................................................................337.4 – Projeto Telefônico .........................................................................................41

UNIDADE IV8. DETALHES CONSTRUTIVOS ...............................................................................47

8.1 – Aquecedor Solar ...........................................................................................478.2 – Marcação da Obra ........................................................................................478.3 – Escadas .........................................................................................................488.4 – Esquadrias ....................................................................................................488.5 – Revestimentos ...............................................................................................508.6 – Pisos.. ...........................................................................................................508.7 – Soleiras, Rodapés e Peitoris ...........................................................................528.8 – Ferragens ......................................................................................................528.9 – Vidros ..........................................................................................................528.10 – Aparelhos ...................................................................................................538.11 – Elementos Decorativos ................................................................................538.12 – Pintura .......................................................................................................54

UNIDADE V9. OBRA ........... ............................................................................................................59

9.1 – Ação de Adjudicação Compulsória ...............................................................599.2 – Alvará ...........................................................................................................599.3 – Cartório de Notas .........................................................................................599.4 – Certidão Negativa .........................................................................................59

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9.5 – Código de Obras ..........................................................................................599.6 – Habite-se ......................................................................................................599.7 – Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI) ......................................599.8 – Juizado Especial Cível ...................................................................................609.9 – Lei de Zoneamento .......................................................................................609.10 – Memorial Descritivo ....................................................................................609.11 – Plano Diretor ..............................................................................................60

10. PROJETOS DE RESIDÊNCIAS .............................................................................6010.1 – Residências / Classificação ..........................................................................6010.1.1 – Classificação quanto ao tipo ......................................................................6010.1.2 – Classificação quanto à edificação ...............................................................61

TESTE SEU CONHECIMENTO ................................................................................63GLOSSÁRIO .............................................................................................................67BIBLIOGRAFIA.. .........................................................................................................77GABARITO........ ..........................................................................................................78

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Este módulo de desenho Arquitetônico contém ilustrações queajudarão o aluno a melhorar a interpretação dos tópicos abordados, facilitan-do sua compreensão no momento de apresentar um empreendimento para ocliente.

O desenho arquitetônico possui uma linguagem própria de ex-pressão, a qual será apresentada no decorrer dos tópicos. O aluno terá conhe-cimento de todo o processo de desenvolvimento de um projeto arquitetôni-co, passando a ter intimidade com seus símbolos e termos básicos para a leitu-ra deste módulo.

É importante que o aluno esteja consciente de que o aprendiza-do flui com mais facilidade quando existe o espírito de equipe. A troca deinformações se faz necessária: saber ouvir, saber falar, respeitar a opinião dopróximo é fundamental, para que todos, no final do curso, atinjam o obje-tivo. Aprender não é só acúmulo de informações, mas sim saber interpretá-las de acordo com a realidade da vida, é saber aproveitar, explorar do co-meço ao fim da vida.

“O homem nasce sem nenhuma estrutura e morre inacabado,por isso é um ser em construção”.

Os Pilares do Conhecimento:

Aprender a viver juntos,Aprender a conhecer,

Aprender a fazer,Aprender a ser.

Aprender é uma função permanente do seu organismo, é a ativi-dade pela qual o homem cresce, mesmo quando o seu desenvolvimento bio-lógico há muito se completou. Essa capacidade de aprender permite umaeducação indefinida, um indefinido crescimento ao ser humano.

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Unidade

I

Ø Ter uma noção do papel da Arquitetura para ahumanidade;

Ø Conceituar normas técnicas, ABNT;

Ø Reconhecer características das principais exigências estabelecidas pelaABNT para a área de arquitetura;

Ø Reconhecer a importância das normas técnicas para o exercício deuma profissão.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

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1. O DESENVOLVIMENTO DAARQUITETURA

O escritor francês André Moreux defi-niu que a Arquitetura é “a arte de construir sobo signo da beleza”.

Nem sempre foi assim.A necessidade primitiva e inata de todos

os animais de buscarem um abrigo não foi di-ferente no homem. A chuva, o vento, o frio,os predadores fizeram com que os primeiroshomens buscassem abrigos seguros. Era o ins-tinto de conservação que os compelia a essabusca.

Nos primórdios da formação das civiliza-ções humanas, a noção de habitação não tinhao sentido de permanência e as moradias eramtransitórias. Esse conceito foi aos poucos se de-senvolvendo e paulatinamente o homem pas-sou a cuidar com mais desvelo dos seus abrigos:desenhava nas paredes das cavernas, usava ma-teriais mais duradouros nas construções e, parase proteger, cuidar dos rebanhos recém-domesticados e da agricultura incipiente,agrupava-se. Assim, por necessidade desobrevivência, passou a ser um animal gregá-rio, logo, um animal social.

À medida que o homem evoluiu, suasconstruções, além de serem locais de refúgio,passaram a ser também lugares onde ele temprazer em estar. A sua preocupação não serestringia apenas a se proteger, ele queria es-tar em local ao mesmo tempo seguro, agra-dável e belo. Suas emoções não se restringi-am só ao medo, mas também ao prazer e àsua religiosidade. Homenageava os seusmortos e reverenciava as suas divindades. Suasconstruções eram mais sólidas e duradouras,mais limpas e arejadas e, sobretudo, o homempassava a ocupar-se com o estético, isto é,procurava construir com a preocupaçãovoltada para o belo. Surgem as pinturasrupestres, como as das grutas de Altamira, naEspanha, e as belas e simétricas construçõesmonolíticas, como as de Stonehenge, na In-glaterra.

Das construções eminentemente utilitá-rias da pré-história, passamos pela arquiteturamonumental do Egito e da Mesopotâmia ouentão aos estilos arquitetônicos tão peculiaresda Índia, do Japão, da China ou mesmo dasAméricas, cada qual com suas particularida-des culturais. Do harmônico do estilo greco-romano, vamos ao soberbo do gótico e ao bar-roco na Idade Média e Renascença; depois depassar pelo neoclássico, chegamos hoje à Ar-quitetura contemporânea.

Se, nos primórdios da história, o homemtinha na arte de construir a essência de se res-guardar, passando posteriormente a ser elemen-to de tributo aos deuses e a Deus; hoje o ho-mem volta a si e consubstancia suas edificaçõesao seu conforto e bem-estar, enfim, ao seu pra-zer.

Nesta busca incessante, nesta inquietudehumana, concluímos que a Arquitetura, comoa arte de edificar, é, ao mesmo tempo, uma ci-ência dinâmica e ilimitada em sua capacidadecriadora, que aliou as necessidades fundamen-tais do homem, como:

a) físicas: de abrigo;

b) emocionais: de segurança e proteção;

c) estéticas: de beleza e funcionalidade.

• O instinto de conservação levou o homem abuscar abrigos seguros que se foram modificandocom o passar dos tempos.• Com a evolução do homem, as construções,além de locais de refúgio, passaram a ser, tam-bém, locais agradáveis e belos.• Das construções utilitárias da pré-história, pas-samos por diversos estilos até a arquitetura con-temporânea.• A Arquitetura é a arte de edificar; uma ciênciadinâmica e ilimitada em sua capacidade criado-ra.• A Arquitetura aliou as necessidades fundamen-

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1. Esta afirmativa é falsa. A Arquitetura, além de ser umaarte preocupada com a forma e a estética, busca também oconforto e a satisfação individual ou coletiva. A decoração,seja ela realizada para embelezar interiores ou na busca deformas plásticas, é elemento complementar da Arquitetura.

2. Verdadeira. A busca por abrigo ainda hoje se faz movidapela necessidade de proteção, seja das intempéries climá-ticas, seja dos agressores externos.

3. Verdadeira. As obras modernas estão mais preocupa-das com o conforto pessoal.

4. Verdadeira. Dentre os parâmetrosmais consistentes para se medir o ní-vel evolutivo de um povo, estãosuas edificações, o apuro das téc-nicas construtivas e, naturalmen-te, a evolução dos estilos.

Assinale, com um X nos parênteses, se as afir-mativas são verdadeiras ou falsas. Justifique suasrespostas.

1. Quando André Moreux definiu que “a Ar-quitetura é a arte de construir sob o signo dabeleza”, deu a entender que a Arquitetura é umaarte eminentemente decorativa.( ) Verdadeira( ) Falsa

2. O homem primitivo procurava os abrigosporque este era o seu instinto de preservação.( ) Verdadeira( ) Falsa

3. Até recentemente, a primordial preocupa-ção ao construir grandes obras arquitetônicasera homenagear os mortos e reverenciar os deu-ses (ou Deus); hoje não é mais esta a preocupa-ção do homem.( ) Verdadeira( ) Falsa

4. Os estilos arquitetônicos mostram o grau deevolução de um povo em épocas diversas.( ) Verdadeira

( ) Falsa

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

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• As normas técnicas são um processo de sim-plificação de procedimentos e produtos.• As normas fixam padrões de qualidade; padroni-zam produtos, processos e procedimentos; consoli-dam, difundem e estabelecem parâmetros consen-suais entre produtores, consumidores e especialis-tas, bem como regulam as relações de compra e venda.• O órgão responsável pela normalização técni-ca, no país, é a ABNT.

2. NORMAS TÉCNICAS

2.1 – ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE NORMAS TÉCNICAS

O sistema de padronização é o ali-cerce para garantir a qualidade deum projeto. Para facilitar a compre-

ensão do projeto em nível nacional,todos os componentes que envolvem o desenhode arquitetura e engenharia são padronizados enormalizados em todo o país. Para isto existemnormas específicas para cada elemento do proje-to, assim como: caligrafia, formatos do papel eoutros. O objetivo é conseguir melhores resulta-dos a partir do uso de padrões que supostamentedescrevem o projeto de maneira mais adequadae permitem a sua compreensão e execução porprofissionais diferentes, independente da presençadaquele que o concebeu.

Como instrumento, as normas técnicascontribuem em quatro aspectos:

••••• Qualidade: fixando padrões que levamem conta as necessidades e os desejos dosusuários.

••••• Produtividade: padronizando produtos,processos e procedimentos.

••••• Tecnologia: consolidando, difundindoe estabelecendo parâmetros consensu-ais entre produtores, consumidores eespecialistas, colocando os resultados àdisposição da sociedade.

••••• Marketing: regulando de forma equili-brada as relações de compra e venda.

1. Pesquise e cite os quatro aspectos relativos àsnormas técnicas.________________________________________________________________________________

2. Volte ao texto e transcreva a definição do quevem a ser ABNT.________________________________________________________________________________

1. Qualidade, produtividade, tecnolo-gia e marketing.2. ABNT - Associação Brasileira deNormas Técnicas é o órgão res-ponsável pela normatização técni-ca no Brasil.

EXEMPLOS DE NORMAS TÉCNICAS

• • • • • NBR 5626: Instalações Prediais de ÁguaQuente; • • • • • NBR 5410: Instalações Elétricas de Bai-xa Tensão; • • • • • NBR 6118: Obras e Projetos de Concre-to Armado; • • • • • NBR 8160: Esgoto Sanitário Predial; • • • • • NBR 6492: Representação do Projeto deArquitetura.

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2.2 – FORMATOS DO PAPEL

As Normas Brasileiras de Desenho Téc-nico estabelecem como padrão a série “A”. ANBR 10.068 tem o objetivo de padronizar asdimensões, layout, dobraduras e a posição dalegenda, garantindo desta forma uniformida-de e legibilidade.

Os itens a serem observados na NBR, sãoos seguintes:

• posição e dimensões da legenda;• margem e quadro;• marcas de centro;• escala métrica de referência;• sistema de referência por malhas;• marcas de corte.

A0 1189 x 841mm 25mm 10mm 175mm 1,4mmA1 841 x 594mm 25mm 10mm 175mm 1,0mmA2 594 x 420mm 25mm 7mm 178mm 0,7mmA3 420 x 297mm 25mm 7mm 178mm 0,5mmA4 297 x 210mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm

Formato DimensõesMargens

Esquerda OutrasLargura doCarimbo

Esp. Linhasdas margens

Os formatos da série “A” têm como baseo Formato A0, cujas dimensões guardam entresi a mesma relação que existe entre o lado de

um quadrado e sua diagonal (841 2 =1189),e que corresponde a um retângulo de área iguala 1 m2.

A NBR10068 é complementada com aNBR 8402, referente à execução de caracterespara escrita em desenhos técnicos e procedi-mentos, e pela NBR 8403, que cuida da apli-cação de linhas em desenhos – tipos de linhas –largura das linhas e procedimentos.

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2.3 – DOBRADURAS DAS PRANCHAS

Os projetos de Arquitetura e Engenharia,após serem executados, devem ser dobradosconforme as figuras abaixo:

Formato A0

Formato A1

Formato A2

Formato A3

Cabides para projetos

Formato A1

Formato A1 – com medidas

2.4 – CALIGRAFIA TÉCNICA

Existe uma padronização também para acaligrafia técnica, para evitar que os projetosdesenvolvidos em localidades diferentes sejaminterpretados de formas distintas. Desta forma,adquire-se maior agilidade na interpretação eexecução do projeto.

Indicação dasdobras

Moldura de 10mm

Carimbo

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A NBR 8402 tem a finalidade de fixarcaracterísticas da escrita a mão livre ou por ins-trumentos usados para a elaboração dos proje-tos.

Segundo a norma, as letras devem sersempre em maiúsculas e não inclinadas. Osnúmeros não devem estar inclinados.

LETRASA B C D E F G H...A B C D E F G H...

NÚMEROS1 2 3 4 5 6 7 8 9...1 2 3 4 5 6 7 8 9...

(2,0mm – Régua 80 CL – Pena 0,2mm)(2,5mm – Régua 100 CL – Pena 0,3mm)(3,5mm – Régua 140 CL – Pena 0,4mm)(4,5mm – Régua 175 CL – Pena 0,8mm)

2.5 – CARIMBO OU LEGENDA

Em um projeto de Arquitetura ou Enge-nharia, faz-se necessário a identificação de al-guns elementos, tais como: tipo de projeto, en-dereço, autor do projeto, responsável técnicopela obra, tipo de escala empregada, área dolote, área de construção, número da prancha,números de prancha, espaço reservado para aaprovação da prefeitura e pelo Conselho Regi-onal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia- CREA, entre outros.

1. Relacione abaixo quais os elementosfrequentemente usados no desenho técnico.__________________________________________________________________________________

2. O carimbo, localizado no canto esquerdo daspranchas, possuiu alguns itens obrigatórios defi-nidos pela ABNT. Relacione-os abaixo.__________________________________________________________________________________

3. Qual o objetivo dos símbolos e das conven-ções em um projeto?__________________________________________________________________________________

4. Como denominamos as linhas indicativas dasdimensões do objeto desenhado?_________________________________________

1. Os elementos frequentemente utilizados no desenhotécnico são: a) carimbos; b) símbolos ou convenções;c) cotas.

2. Devem constar em um carimbo informações sobre:endereço da obra, autor do projeto e responsável téc-nico, proprietário, nome do desenho, escala, desenhis-ta, data e etc.

3. Os símbolos e as convenções são utilizados para mai-or clareza ou simplicidade do projeto.

4. As linhas indicativas das dimen-sões do projeto desenhado são de-nominadas "cotas".

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2.6 – TIPOS DE PAPEL

Existem duas categorias de papel para aelaboração do projeto de arquitetura: opacos etransparentes.

Papéis transparentes: Antes do advento dosoftware para projetos, os projetos originais eram ela-borados em papel-vegetal, por ser um papel transpa-rente e de fácil manuseio e também, por proporcio-nar cópias idênticas aos originais.

Papéis Opacos:Apresentam uso variável,para desenhos em geral; osprojetos de Arquitetura eEngenharia abandonaramo uso do papel vegetal paraos originais, abrindo espa-ço para o papel sulfite. Como uso do computador paraa elaboração dos projetos, é

possível imprimir em papel sulfite tantas vezes quan-tas forem necessárias.

2.7 – TIPOS DE LINHAS

Os projetos utilizam uma variedade detipos de linhas para representar objetos em vá-rias situações.

Já as instalações prediais requerem no-menclatura e convenções próprias. Vejamos al-gumas das convenções mais usuais:

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2.9 – ESCALAS - considerações de algunsautores:

"Toda representação está numa propor-ção definida com o objeto representado. Estaproporção é chamada de escala". ( Raisz,1969:47)

"Escala é, então, a relação que existe en-tre os comprimentos de um desenho e seus cor-respondentes no objeto; portanto, escala nadamais é do que uma razão de semelhança. Sen-do assim, toda escala é expressa por uma fra-ção; essa fração é chamada Escala Numérica esua representação gráfica chama-se escala grá-fica. Os comprimentos considerados no dese-nho são chamados distâncias gráficas e os con-siderados no objetos são chamados distânciasnaturais" (Rangel, 1965:11).

Existem três tipos de escalas: EscalaReal, Escalas de Redução e Escalas de ampli-ação.

2.8.1. Escala Real: Quando o objeto que está sen-do representado no desenho apresenta a mesma

medida do real, chamamos de Escala Real. A esca-la real está na razão 1 para 1, ou seja, o real estápara o desenho na razão de uma medida do realpara uma medida do desenho.

2.8.2. Escala de Redução: Quando o objeto queestá sendo representado é de grandes dimen-sões, usamos escala de redução, para possibili-tar sua representação no papel. Por exemplo,quando projetamos uma residência, um prédioou uma cidade.

As escalas de redução são representadasda seguinte forma:

1/10 – 1/20 – 1/50 – 1/100 – 1/200 1/100e outras.

O número 1 indica o desenho e o próxi-mo o real.

Exemplo: 1/50 (um por cinquenta)Significa que um centímetro do papel re-

presentará 50 cm do real, ou seja, o desenho seráreduzido 50 vezes.

2.8 - SÍMBOLOS USUAIS NO DESENHO ARQUITETÔNICO

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2.8.3. Escala de Ampliação: Quando oobjeto que está sendo representado é muitopequeno, necessitando ser ampliado para me-lhor interpretação do projeto. Esta escala é em-pregada nas áreas de mecânica, eletrônica, de-senho de joias, entre outras.

OBS - Escala real - Usa-se este tipo deescala quando o desenho deve ser igual ao ob-jeto desenhado. A representação desta escala ésempre 1:1 (lê-se um por um).

2.8.4. Escala Gráfica: A escala gráfica érepresentada por um pequeno segmento dereta graduado, sobre o qual está estabelecidadiretamente a relação entre as distâncias nomapa, indicadas a cada trecho deste segmento,e a distância real de um território. Observe:

I - Responda as alternativas.1. Pense um pouco e responda: qual a finalida-de das escalas de redução?__________________________________________________________________________________________________________________________________

2. E as escalas de ampliação? Para que servem?__________________________________________________________________________________________________________________________________3. Veja no texto e descreva para que servem asescala reais.__________________________________________________________________________________________________________________________________

II - Dadas as escalas abaixo, escreva-as por extensoe identifique se são de ampliação, redução ou real.

1) 1½ : 12) 1 : 1½3) 5: 54) 1 : 1.0005) 1.000 : 1

III. Um pouco mais de teoria: descreva comoprocedemos nas escalas gráficas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• As escalas numéricas podem ser: de redução, de ampliaçãoe real.• A escala de redução significa que o desenho é menor que oobjeto desenhado. É usada quando o objeto é muito grandee não temos como representá-la graficamente.• A escala de ampliação significa que o desenho é maior queo objeto desenhado. É usada quando o objeto é muito pe-queno e sua representação não será nítida.• A escala real significa que o desenho é igual ao objetodesenhado.• As escalas numéricas são assim representadas:- de redução -1:2 (lê-se um por dois), ou seja, o desenho é ametade do objeto desenhado;- de ampliação -2:1 (lê-se dois por um), isto é, o desenho é duasvezes maior que o objeto desenhado;- real -1:1 (lê-se um por um), ou seja, o desenho é igual aoobjeto desenhado.• Escala gráfica é aquela em que seccionamos um segmento dereta em várias partes iguais, obedecendo a um plano de dese-nho previamente estabelecido.

I - 1) Como o próprio nome indica, as escalas de redução sãousadas para reduzir, no desenho, um determinado objeto; 2) Aocontrário das escalas de redução, as de ampliação são utilizadaspara aumentar o desenho de um objeto; 3) As escalas reais servempara reproduzir o objeto em seu tamanho natural ou real.

II -1) Um e meio por um. É uma escala de ampliação, pois o objetono desenho foi aumentado uma vez e meia; 2) Um por um e meio.É uma escala de redução e o contrário da anterior; 3) Cinco porcinco. A razão 5:5 é igual à razão 1:1, logo, é uma escala real; 4)Um por mil. É uma escala de redução; o objeto foi reduzido milvezes no desenho; 5) Mil por um. É uma escala de ampliação; oobjeto foi aumentado mil vezes no desenho.

III - Nas escalas gráficas, seccionamos um segmento de reta emvárias partes iguais, obedecendo a um planode desenho previamente estabelecido. Asescalas gráficas são sempre partes oumúltiplos do metro, ou de outro sistema demedida estabelecido.

De acordo com este exemplo cada segmen-to de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2 cma 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distânciano mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, adistância real entre elas será de 3,5 X 3, ou 10,5km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apre-senta a vantagem de estabelecer direta e visual-mente a relação de proporção existente entre asdistâncias do mapa e do território.

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2.10 – LINHAS DE COTACotagem em Desenho Técnico(NBR - 10126)

Representação gráfica das dimensões nodesenho técnico de um elemento, através de li-nhas, símbolos, notas e valor numérico numaunidade de medida.

Elementos gráficos para representação decotas

Recomendações:• a característica da linha de cota e linha

auxiliar: linha estreita e contínua.

• a linha auxiliar deve ser prolongada li-geiramente além da linha de cota.

• deixar um pequeno espaço entre a linhaauxiliar e o elemento ou detalhe a sercotado.

• as linhas auxiliares devem ser perpendi-culares aos elementos a serem cotados eparalelas entre si.

• as linhas de centro não devem ser utilizadascomo linhas de cota ou auxiliares porémpodem ser prolongadas até o contorno doelemento representado e a partir daí comlinha auxiliar (contínua estreita).

• sempre que o espaço disponível foradequado, colocar as setas entre as linhasauxiliares; quando não for, pode-se re-presentar externamente.

• a cotagem de raios, a linha de cota partedo centro do arco e uma única seta e re-presentada onde a linha de cota toca ocontorno do arco, a letra R (erre maiús-cula) deve ser representada na frente dovalor da cota.

Linha de cota ou dedimensionamento

Dimensãodo objeto

Linhas de chamada

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Técnica de Cotar

a) as cotas devem ser representadas aci-ma e paralelamente à linha de cota e aproxima-damente no seu ponto médio.

b) as cotas devem ser lidas da base da fo-lha de papel. As linhas de cotas devem ser in-terrompidas próximas ao meio para represen-tação da cota.

Símbolos para as cotas

• Utilizamos alguns símbolos para facili-tar e identificar das formas dos elemen-tos cotados.

φφφφφ - diâmetroR - raio

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Unidade

II

Ø Conceituar projeção. Projeção ortogonal;

Ø Conhecer as etapas de um projeto;

Ø Reconhecer as características do levantamento topográfico;

Ø Conhecer o significado de termos técnicos da área de arquitetura eengenharia geralmente utilizados durante o processo de transaçãoimobiliária;

ØConhecer o conteúdo das diversas plantas de um projetoarquitetônico.

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3. PROJEÇÕES ORTOGONAIS

O desenho arquitetônico consiste emrepresentar as edificações, levando em consi-deração as projeções, vistas, elevações, detalhese cortes. Estas projeções nos proporcionamuma visão espacial, ou melhor, volumétrica daedificação.

4.2 – COMPRA DO LOTE - Certificar-se deque toda a documentação está correta e passarimediatamente a escritura para o nome do com-prador.

4.3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITE-TO - É de fundamental importância a con-tratação deste profissional, até mesmo an-tes da negociação do lote, quando ele po-derá orientar na escolha e adequação do ter-reno.

4.4 – ENCOMENDA DO PROJETO -Antes de dar início ao projeto de arquitetu-ra, é necessário uma conversa detalhada en-tre o cliente e o arquiteto. Neste momento oarquiteto solicitará ao cliente o Uso do Solo,fornecido pela Prefeitura e o LevantamentoTopográfico, que deverá ser executado porum topógrafo. Nesta etapa o profissionalcolherá dados do cliente, conhecerá suasnecessidades e expectativas, para a elabora-ção do Programa de Necessidades, colhen-do todas as informações necessárias para darinício à fase, a qual chamamos de EstudoPreliminar.

4.5 – ESTUDO PRELIMINAR - A partir domomento em que o arquiteto fica ciente dosobjetivos e necessidades de seu cliente, começaa elaboração de um croqui, ou melhor, de umesboço, que dará início a nova fase, denomina-da de Anteprojeto.

4.6 – ANTEPROJETO - É o projeto desenha-do, seguindo todas as normas do desenho téc-nico e da ABNT.

4.7 – PROJETO FINAL - Logo após a aprova-ção do projeto pelo cliente, o arquiteto passa afinalizá-lo, incluindo todos os desenhos neces-sários para a aprovação na prefeitura e registrono CREA.

4.8 – CREA - O Conselho Regional de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia é o órgão onde

4. ETAPAS DO PROJETO

É importante conhecer a linguagem doprojeto arquitetônico, com seus símbolos econvenções, assim como, para saber ler e es-crever corretamente, temos necessidade dosconhecimentos e regras de gramática. Odesenho arquitetônico apresenta uma série depeculiaridades, que veremos a seguir, no sen-tido de instruir o aluno e torná-lo capaz defazer uma leitura completa do projeto. Inici-aremos, passo a passo, as etapas de elabora-ção de um projeto, desde a escolha do loteaté a aprovação nos órgãos competentes.

4.1 – ESCOLHA DO LOTE OU TERRENO- É importante levar em consideração algunsitens como:

• localização;• edificações vizinhas;• posição em relação ao Norte;• situação topográfica do lote (feito pelo

topógrafo);• afastamentos exigidos pela prefeitura

(uso do solo);• índice de ocupação (uso do solo);• resistência do solo (projeto de fundação).

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o arquiteto registra um documento denomina-do ART – Anotação de Responsabilidade Téc-nica, no qual assume total responsabilidade peloprojeto que assina. O CREA fiscaliza a atuaçãodos profissionais formados nas áreas de engenha-ria, arquitetura e agronomia. Regulamentadas,essas profissões têm direitos e deveres que devemser respeitados por quem as exerce. O CREAverifica se a conduta desses trabalhadores está ade-quada – os que cometem erros graves correm orisco de perder o registro no Conselho e ficarem situação irregular.

4.9 – PREFEITURA – O cliente ou o profissi-onal deverá levar o projeto para ser aprovadopela prefeitura; caso seja aprovado, deverá pro-videnciar cinco jogos de cópia para serem re-gistrados e carimbados.

I. Assinale, com um X nos parênteses, as afir-mações verdadeiras.

1. ( ) Somente as edificações de menorcomplexidade exigem planejamento.

2. ( ) É na fase de programa da obra queo profissional responsável pelo projeto capta osdesejos do cliente e determina as diretrizes parao início de seus trabalhos.

3. ( ) O objetivo do “planejar” resume-se na união perfeita entre o lucro, o tempo e otrabalho propriamente dito.

4. ( ) Além de outros fatores, o clima, aaeração, a insolação, o estilo e a topografia sãoobservados num projeto.

II. Relacione as áreas de forma correta.1. ( ) quartos2. ( ) banheiros3. ( ) varanda4. ( ) piscina5. ( ) cozinha6. ( ) sala7. ( ) dependências de empregada8. ( ) escritório9. ( ) lavabo10. ( ) sala de televisão

A - íntima B - social C - serviço

• Toda obra exige um planejamento que vai des-de o momento dos primeiros contatos, que cha-mamos de fase de programa da obra, até a suaconcretização.• O objetivo deste planejamento é o de obtermaior lucro, com o menor dispêndio de tempoe trabalho.• Os espaços da obra são definidos levando-seem consideração fatores tais como: clima, aera-ção, insolação, estilo e topografia.• Um programa bem simples de uma residênciaabrange as seguintes áreas:- íntima: quartos, banheiros, sala íntima;- social: sala, varanda, lavabo, piscina, escritório,garagem;- serviço: área de serviço, cozinha, copa, quartode empregada e despensa.

I - 1. ( ) Qualquer projeto exige um planejamento; 2. (x); 3.(x); 4. (x)

II - 1. (A); 2. (A); 3. (B); 4. (B); 5. (C);6. (B); 7. (C); 8. (B); 9. (B); 10. (A)

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5. LEVANTAMENTOTOPOGRÁFICO

É o estudo do terreno, visando verificaras divisas do terreno, suas dimensões e desní-veis. O levantamento topográfico é dividido emtrês etapas:

5.1 – PLANIMÉTRICO - é o levantamentotopográfico propriamente dito; apresenta oestudo planialtimétrico e altimétrico do ter-reno.

5.2 – ALTIMÉTRICO - abrange as curvas denível e alturas do terreno.

5.3 – PLANIALTIMÉTRICO - abrangesomente as divisas e os ângulos.

5.4 – CURVAS DE NÍVEL - São linhas curvasque indicam as alturas e a inclinação do terre-no. As curvas de níveis devem ser representa-das metro a metro em um levantamento topo-gráfico. Estas curvas são definidas de acordo coma sinuosidade do terreno: quanto mais próximas,indicam que o terreno possui inclinação,quando são mais espaçadas, indicam que o ter-reno é pouco inclinado ou até mesmo plano.Conforme podemos notar na figura abaixo, osetor A é o mais íngreme e o setor B é o menosinclinado.

5.5 – ORIENTAÇÃO - É a posição do norteem relação ao terreno; este deve constar no Le-vantamento Topográfico, pois é de fundamen-tal importância para o arquiteto elaborar o pro-jeto.

Existem dois tipos de orientação, a mag-nética (bússola) e a verdadei-ra, que é a geográfica. No Le-vantamento Topográfico éutilizada a verdadeira , poisa magnética apresenta varia-ções no decorrer dos anos.

5.6 – TERMOS TÉCNICOS - Para melhorcompreensão do estudo topográfico, o Téc-nico em Transações Imobiliárias precisa estarpor dentro de alguns termos técnicos relaci-onados à situação do terreno, para ter argu-mentos em uma explanação para o cliente.Os principais são:

••••• Terraplanagem – Processo de prepara-ção do terreno, para dar início à cons-trução.

••••• Aterro – Preenchimento de uma áreaem desnível, com terra ou entulho.

••••• Corte – Retirada de terra de umaárea.

••••• Declive – Quando a inclinação do ter-reno está abaixo do nível da rua.

••••• Aclive – Quando a inclinação do ter-reno está acima do nível da rua.

••••• Logradouro – Locais públicos, comopraças, ruas, avenidas, parques etc.

••••• Arruamento – Processo de criação dasruas.

••••• Caixa de Rolamento – Parte da rua des-tinada para o trânsito de veículos.

••••• Passeio – Parte da rua destinada parao passeio de pedestre.

••••• Afastamento – Distâncias exigidas peloUso do Solo, da edificação em relaçãoao terreno.

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6. PROJETO DE ARQUITETURA

O projeto de arquitetura é constituídopelos seguintes desenhos:

••••• planta Baixa ou Pavimento Térreo;••••• pavimento Superior (quando for sobra-

do ou prédio);••••• layout;••••• corte Transversal;••••• corte Longitudinal;••••• fachadas;••••• planta de Cobertura;••••• planta de Situação;••••• implantação ou Locação;••••• quadro de Aberturas;••••• quadro de Áreas.

6.1 – PLANTA BAIXA - É um corte transver-sal à edificação, a uma altura de 1,50m. Atra-vés da planta baixa, podemos visualizar os am-bientes que compõem o projeto. Feche os olhose imagine uma casa, visualizando da rua. Agoraimagine se fosse possível tirar o telhado e visua-lizá-la de cima.

••••• Itens que compõe a planta baixa:§ paredes;§ janelas;§ portas;§ cotas;§ cotas de Nível;§ projeções;§ indicação dos Cortes;§ indicação do Norte;§ escada;§ rampas;§ pergolado;§ espelho d’água.

Layout

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Perspectiva

6.2 – FACHADAS OU ELEVAÇÕES - Sãoelevações verticais, frontal, lateral ou posterior,para se ter noção da edificação.

6.3 – CORTES - São elevações verticais feitasno sentido transversal e longitudinal dentro daedificação, para medir as alturas dos elementosarquitetônicos, portas, telhados, escadas, ram-pas e outros.

6.4 – PLANTA DE COBERTURA - Estedesenho define a situação do telhado, núme-ro de águas, tipo de telha, lado da quedad´agua e a largura do beiral.

6.5 – PLANTA DE SITUAÇÃO – Define asituação do lote em relação à quadra, às ruas eaos lotes vizinhos.

6.6 – PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E LO-CAÇÃO - Define a situação do projeto em re-lação ao terreno, incluindo as medidas dos afas-tamentos.

Implantação e Locação

6.7 – QUADRO DE ABERTURAS - Legen-da que possui informações sobre as aberturas,portas e janelas.Quando a referência é parajanela, denominamos a sigla J , e para porta P.

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Conforme o tipo e as dimensões numeramoscomo no exemplo:

J1 P1 J2 P2 J3 P3

6.8 – QUADRO DE ÁREAS - Legenda queapresenta a área do terreno, a área de cons-trução e a área de permeabilidade (área dejardim).

• Planta baixa é o desenho que recebe a maiorcarga de informações, ou seja, contém as di-mensões em tamanho real, obedecendo as es-calas do projeto.• Corte é a secção feita na obra para se obteruma visão diferente do projeto, A escolha dasecção é aleatória, destacando o que se desejamostrar e sem limite quanto ao número de cor-tes. Recomenda-se, para melhor compreensãode um projeto, no mínimo, dois cortes: umtransversal e outro longitudinal.• Fachada é a visão externa do projeto, é a formaque a obra adquire.• Os estudos do terreno propriamente ditoabrangem: a altimetria (inclinação ou, não, doterreno), tipo de solo, a orientação quanto a po-sição do sol e ventos, afastamento que deveráexistir em relação ao lote do vizinho, a forma dolote, a dimensão de suas medidas, a compatibi-lização entre o projeto concebido e o valor dolote, orientação esta prestada pelo arquiteto.

• O projeto em si é a finalização das fases que oantecedem. São elementos constantes de um pro-jeto: situação, locação, cobertura, planta baixa, cortee fachada.• Situação é o estudo da edificação no contextoda cidade, do bairro e da rua.• Locação é o estudo do terreno propriamentedito.• Cobertura é a parte da projeção que protege aedificação das intempéries climáticas e que, paracumprir tal finalidade, deve ter as propriedadesde estanqueidade, isolamento térmico e aindaser indeformável, resistente, leve, não absorverpeso, permitir fácil escoamento com secagemrápida.

6.9 – MÉTODO ATUAL DE DESENHO– CAD – UMA NOVA FILOSOFIA DETRABALHO

Filosofia de trabalho inovadora emprojeto e construção, o CAD representa,sem dúvida, uma ferramenta essencial parao arquiteto e o engenheiro, bem como paratodos os profissionais dedicados à área dedesenho técnico. Com o crescente interessee conscientização das empresas com relaçãoao uso do CAD e seus efeitos sobre a me-lhoria da eficiência e da qualidade do tra-balho oferecido à clientela, evidencia-se, nofuturo próximo, a diminuição do espaço re-servado àqueles profissionais que não ado-tarem esta tecnologia de ponta. O ensino eaprendizado dessa ferramenta deve ser pau-tado pelas necessidades de cada profissional,Ao arquiteto, por exemplo, é importante oprofundo conhecimento dos comandos efacilidades oferecidas pelo programa, pois,à medida que vai desvendando suas quaseilimitadas possibilidades, passa a ter maiordesenvoltura de trabalho, ganhando em pro-dutividade e conseguindo até mesmo con-

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ceber e materializar sua ideia diretamenteno computador. Uma vez que a ideia criati-va origina-se na mente do profissional, o queacontece, neste caso, é a transferência deideias do homem diretamente para a máqui-na.

I - Relacione de forma correta os elementos deum projeto.

A - Planta de Situação;B - Planta de Locação;C - Planta de Cobertura;D - Planta baixa;E - Corte.F - Fachada

1. ( ) É o estudo que abrange sete itenssobre o terreno propriamente dito.

2. ( ) Tem como finalidade proteger asedificações das intempéries climáticas.

3. ( ) Estuda a edificação no contextoda cidade, bairro e rua.

4. ( ) É o desenho que recebe maior car-ga de informações.

5. ( ) Pode ser de dois tipos: o transver-sal e o longitudinal - e serve para a me-lhor compreensão do projeto.

6. ( ) É a exteriorização do projeto, a suaforma.

II - Pense e responda.

1. Ao estudarmos um terreno, quais os elemen-tos devem ser prioritariamente examinados?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Que transtornos as situações relacionadasa seguir trarão, se não forem devidamenteobservadas?

a) A altimetria do lote.__________________________________________________________________________________________________________________________________

b) A posição do sol e dos ventos._________________________________________________________________________________________________________________________________

c) A distância de um lote para o outro.________________________________________________________________________________________________________________________________

d) A forma do lote.________________________________________________________________________________________________________________________________

e) As dimensões do lote.__________________________________________________________________________________________________________________________________

f) O valor devido do lote._________________________________________________________________________________________________________________________________

I - 1.(B) 2. (C) 3. (A) 4. (D) 5. (E) 6. (F)

II - a) Um terreno não plano complicará o projeto doarquiteto, a não ser quando o projetista consegue tirarpartido dos desníveis.

b) Se as posições do sol e dos ventos não forem ob-servadas, ocorrerá desconforto para o proprietário e,muitas vezes, o aumento dos custos com o emprego desoluções artificiais.

c) A distância de um lote para o outro deve ser respei-tada, pois há matéria que disciplina o assunto.

d) Os terrenos, quando não são retangulares, dificul-tam o trabalho do arquiteto.

e) As dimensões mínimas são estabelecidas pela Lei Fe-deral que uma vez desrespeitada pode criar problemas.

f) Este fator, se não tratado com grande seriedade peloarquiteto, poderá provocar uma inver-são de valores fazendo com que opreço do terreno se sobreponhaao da obra de arquitetura.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

INEDI - Cursos Profissionalizantes ••••• 35

Unidade

III

Ø Conhecer a importância dos Projetos Complementares,bem como as informações que cada um pode fornecer;

ØObter conhecimentos sobre alguns detalhes construtivosimportantes para o bom funcionamento de uma edificação;

ØTer um maior conhecimento sobre alguns materiais e/ou elementosutilizados numa obra.

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7. CONTRATAÇÃO DOS PROJE-TOS COMPLEMENTARES

Estes projetos devem ser contratadosapós ter sido concluído o projeto arquitetô-nico. Os projetos complementares são os se-guintes:

7.1 – PROJETO ESTRUTURAL

Este projeto deverá ser elaborado peloengenheiro civil.

Uma construção segura depende do pro-jeto de estrutura que, por sua vez, depende doprojeto de fundações, elaborado segundo a re-sistência do solo.

7.1.1 – FUNDAÇÃO

Elaborados os projetos de Arquitetura eEstrutura, cabe ao proprietário/construtor darinício à obra. Esta deverá estar assentada de talforma que não venha a tombar ou afundar noterreno. É neste momento que se realizam asfundações ou, como dizem os leigos, o alicerceda obra.

À primeira vista, poderá parecer que esteestágio constitui uma atividade de importânciarelativa na Engenharia. Na verdade as funda-ções são e sempre foram essenciais no contextode toda a edificação.

Define-se como fundação o processo peloqual se cria no terreno uma resistência igual eem sentido contrário ao do peso (ou força) quedeverá atuar sobre ele, para garantir a sustenta-ção da obra.

Exemplificando: se uma obra pesa 500toneladas e o terreno não suporta este peso, épreciso criar artificialmente um sistema de sus-tentação para suportar este peso, ou então, aobra não ficará de pé. Este sistema é chamadode fundação.

As fundações evitam que a obra tombe pelaação do vento

As fundações evitam que a obra afunde poração do peso próprio ou adicional.

7.1.2 – ESTRUTURA

Falar em estrutura de uma edificação é omesmo que falar do esqueleto humano. É o sis-tema rígido que lhe assegura manter-se de pé,ou seja, é a parte do corpo que recebe todas ascargas (peso) próprias ou adicionais, e as trans-mite para os pés, isto é, para a fundação. Os ho-mens têm uma série de articulações, que lhespermitem movimentos. Nas edificações tambémexistem estes movimentos, embora mínimos. Asjuntas de dilatação permitem à obra movimen-tar-se em decorrência da variação de tempera-tura ou outras solicitações.

O sistema estrutural das edificações, quehoje conhecemos, tem pouco mais de uma cen-tena de anos e só lhe foi possível esta maturida-de, com o advento de novos materiais constru-tivos, como o aço e o cimento. E, acima de tudo,com a exploração destes e de outros materiais,pelas pesquisas técnicas de resistência e aplicaçãodos conhecimentos matemáticos que constitu-em a alavanca da evolução da Engenharia nasEdificações.

Observe os desenhos:

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7.1.2.1. TIPOS DE ESTRUTURA

Costuma-se classificar as estruturas, emfunção do material usado, em estruturas demadeira, de concreto e de metal.

a) Estrutura de madeira - É o tipo maisantigo de estrutura, todavia, em decor-rência de sua pequena capacidade devencer vãos e suportar grandes esforços,é empregada em obras de pequeno por-te. Outros empecilhos à aplicação e di-fusão da madeira nos tempos modernosé a sua pouca durabilidade, além de, de-vido à escassez, o seu custo tornar-se proi-bitivo. Hoje, o uso mais trivial da madei-ra é em estrutura de cobertura para te-lhas de barro.

b) Estrutura de concreto - Ao se falar emconcreto, estamos normalmente nosreferindo à associação de cimento, águae agregados (areia + pedra). Quandose usa o concreto com um apoio, que énormalmente feito de ferro, dá-se a estacombinação o nome genérico de con-creto armado.

A consistência, resistência ou plas-ticidade do concreto são decorrentes daproporcionalidade dos elementos que oconstituem e são fornecidos pelo calcu-lista, pois cada estrutura requer um re-sultado final distinto.

O cimento é o elemento que dáresistência ao concreto.

A água, além de ser o elemento quefornece a plasticidade ao concreto, pro-voca a reação química do cimento. Seuuso deve ser muito bem controlado, sobpena de lavar o concreto, fazendo-o per-der suas características.O fator água/cimento é tão importanteque é normatizado e existem estudos dealto nível sobre o assunto. Assim, a pro-porção água/cimento não pode ser esta-belecida sem um critério técnico previa-mente estabelecido.

A brita, cascalho e a areia são cha-mados de agregados e sua função prin-cipal, além de ocupar espaço (diminuiro custo da obra, já que são mais baratosque o cimento) é, também, de consorci-ando-se com o cimento, oferecer maiorresistência ao concreto.

Da dosagem de cada elemento nacomposição do concreto dependerão suaplasticidade e resistência.

Uma peça de concreto estará cura-da, isto é, estará com sua resistência ple-na depois de 28 dias; contudo, o concre-to tem a propriedade de, à medida queenvelhece, ficar mais resistente.

Existem no mercado, hoje, inúme-ros produtos químicos que, adicionadosao concreto, fazem com que o processode endurecimento seja acelerado -são osaceleradores de pega. Existem, também,produtos para retardar o endurecimen-to - são os retardadores de pega. São usa-dos em casos excepcionais e sua aplica-ção e dosagem sempre obedecem reco-mendação técnica.

c) Estrutura metálica - É a estrutura ideal paragrandes obras ou para obras padronizadas.É uma estrutura limpa, rápida e de baixocusto quando em grande quantidade.

Em decorrência da exigência demão-de-obra mais especializada e, portan-to, mais cara, a indústria da construçãocivil tem, numa posição terceiro mundis-ta, oferecido, no Brasil, uma grande resis-tência ao seu emprego. Em contraparti-da, a indústria siderúrgica nacional, faceà reduzida procura, não tem investido noseu desenvolvimento tecnológico e mer-cadológico, criando-se assim um círculovicioso: não desenvolve porque não ven-de; não vende porque não desenvolve.

As possibilidades técnicas do aço sãoilimitadas, propiciando execuções degrandes vãos (pontes) e edifícios muitoaltos, haja vista a torre da Sears em Chi-

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cago, com mais de 100 pavimentos.Para finalizar este texto, citaremos o

arquiteto Sérgio Bernardes que diz o se-guinte na apresentação de um trabalhoda Açominas referente a estruturas metá-licas: “O aço fará um trabalho culturalfantástico, dando um caminho para cimaao operário na exigência de uma mão-de-obra qualificada e qualificando em cons-tante provocação a mão-de-obra não qua-lificada, buscando criar uma política paraa melhoria da qualidade de vida na rela-ção custo/benefício, onde o dinheiro su-per qualificado se encontra com o materi-al adequado à dinâmica das necessidadesde criatividade e mudanças.”.

I - Explique com suas palavras o que é a estru-tura de uma edificação._________________________________________________________________________________________________________________________________

II - Analise as afirmações abaixo, escrevendo,nos parênteses, SIM ou NÃO.

Reescreva corretamente as afirmaçõesque você assinalar de forma negativa.

1. ( ) A estrutura de madeira é muito utiliza-da nas edificações por ser forte e barata._________________________________________________________________

2. ( ) Concreto armado é o nome genéricoda combinação de cimento + água + agrega-dos + ferro._________________________________________________________________

3. ( ) A água é o elemento que tem como fun-ção ocupar espaço e oferecer maior resistênciaao concreto._________________________________________________________________

4. ( ) O cascalho e a areia são chamados deagregados e têm como função fornecer a plas-ticidade ao concreto._________________________________________________________________

5. ( ) Da dosagem de cada elemento na com-posição do concreto dependerão a sua plasti-cidade e a resistência._________________________________________________________________

6. ( ) A estrutura metálica utiliza de mão-de-obra barata._________________________________________________________________

7. ( ) A estrutura metálica é ideal para gran-des obras._________________________________________________________________

• É a estrutura de uma edificação que recebe to-das as cargas próprias ou adicionais e as transmi-te para a base, ou seja, para a fundação.

• O sistema estrutural das edificações tornou-semais eficiente com o advento de novos materiaisconstrutivos, como o aço e o cimento, a explora-ção destes e outros materiais, a aplicação de co-nhecimentos matemáticos e, acima de tudo, oprincípio elementar para os cálculos estruturaisde uma edificação - a lei da ação e reação.

• As estruturas são classificadas de acordo com omaterial usado: madeira, concreto, metal.

• A estrutura de madeira é o sistema mais antigo edevido a sua fragilidade, sua pequena capacidadede vencer vãos, de suportar pesos e seu alto custo,é empregada apenas em obras de pequeno vulto.

• A estrutura de concreto composta de cimento,água e agregados e, em alguns casos, ferro é mui-to usada por ter consistência, resistência ou plas-ticidade. No entanto, tal estrutura exige cálcu-los específicos, pois cada uma requer uma com-posição distinta.

• A estrutura metálica é a ideal para grandes obrasou para um volume grande de obras padroniza-das. É uma estrutura limpa, rápida e que, emgrande quantidade possui baixo custo. Ela exigemão-de-obra mais especializada e, portanto, maiscara.

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7.2 – PROJETO HIDRO-SANITÁRIO - Oobjetivo deste projeto é dimensionar as tubula-ções necessárias para cada áreamolhada(banheiros, lavabos, área de serviço,cozinha e outros). O projeto hidro-sanitárioapresenta os pontos e as tubulações de águafria, quente, esgoto e pluvial.

I -1. Bem semelhante à estrutura humana, a estrutura detoda edificação recebe as cargas próprias ou adicionaisda obra e as transmite para a sua fundação.

II - Veja se você respondeu corretamente.1. (NÃO) A estrutura de madeira é pouco usada por nãosuportar grandes esforços, pela pequena capacidadede vencer vãos e pelo seu alto custo; 2. (SIM); 3. (NÃO)A água é o elemento que fornece a plasticidade ao con-creto e proporciona sua reação química; 4. (NÃO) Ocascalho e a areia são realmente chamados de agrega-dos, mas têm como função ocupar es-paço e oferecer resistência ao con-creto; 5. (SIM); 6. (NÃO) A estruturametálica exige mão-de-obra espe-cializada que não é barata; 7. (SIM) 7.2.1 – ÁGUA FRIA

7.2.2 – INSTALAÇÕES DE ESGOTO

A primeira ideia que nos vem quando tra-tamos de uma rede de esgoto é que toda água usa-da sairá em forma de esgoto. Até as concessionári-as de serviço público usam este critério para cál-culo de volume dos afluentes em suas redes.

Esta ideia é relativamente correta, quan-do se trata simplesmente do volume, pois os es-gotos domésticos têm em sua composição99,9% de água. O problema diz respeito ao0,1% (um décimo por cento) restante, consti-tuído dos resíduos oriundos das fezes, urina, lim-peza corporal, lavagem de piso, roupas, utensí-lios de cozinha, etc. Neste processo de excreçãoe higienização que efetuamos diariamente, lan-

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çamos na rede de esgoto não só elementos or-gânicos, fezes, urina e gorduras, como tambémácidos, detergentes, pó e muitos outros produ-tos. O somatório desses elementos cria os gran-des complicadores de uma rede coletora de es-goto, pois advêm desta união de compostos acultura e proliferação de microorganismos, aformação de gases, a aglutinação das gorduras,etc., em caso de esgoto residencial. Em outrostipos de edificações, podem existir elementosque, pelas suas características poluentes, reque-rem redes e tratamentos especiais, como porexemplo, os hospitais, as indústrias e os frigorí-ficos.

Dessa forma, verificamos que o projetode esgoto também requer cuidados especiais,não só como elemento de canalização das águasservidas, mas sobretudo para se evitar que estasvenham a contaminar o ambiente com o vaza-mento de líquidos ou gases, passagem de ani-mais e insetos, causando transtornos quanto àhabitabilidade ou o comprometimento porquestões de saúde.

Em decorrência daquele 0,1% que men-cionamos acima, a rede de esgoto não poderáter o mesmo diâmetro da rede de água. Assim,se em uma pia de cozinha a torneira é de 13mm,a rede de esgoto será no mínimo de 40mm, poisa tubulação de esgoto trabalha a meia seção,enquanto a água é fornecida com a tubulaçãocheia.

Veja, no final deste texto, uma relação quetranscrevemos para seu conhecimento, das prin-cipais terminologias de esgotos sanitário adota-da pela NBR 8160 de 1983, a qual disciplinae fixa as condições mínimas para os projetos eexecução das referidas instalações.

Antes, porém, de terminarmos este títu-lo, não poderemos deixar de lembrar a impor-tância do destino final dos esgotos para a saúdepública e para o equilíbrio ecológico.

Boa parte de nossas cidades já dispõemda rede pública de captação dos esgotos, entre-tanto, pouquíssimas estão aparelhadas com osdispositivos técnicos de tratamento deste esgo-to.

Lamentavelmente, estes são lançados innatura nos córregos, rios ou lagos, com sérios eimediatos comprometimentos para as popula-ções ribeirinhas e, a longo prazo, para toda apopulação regional, incluindo aí, também,aquelas causadoras da poluição.

Em regiões onde não existe a rede públi-ca de captação, seja em cidades ou no campo,deve se usar o sistema de fossas sépticas e su-midouros, sistema altamente eficiente, larga-mente comprovado e recomendado pelas mai-ores autoridades sanitárias mundiais.

A seguir, alguns detalhes deste sistema:

a) Fossa séptica - destina-se a separar etransformar a matéria sólida contida na águade esgoto, principalmente fezes, para em segui-da descarregar esta água no solo.

A transformação deste composto sólido éfeita por bactérias anaeróbicas. Dessa forma,deve ser evitado jogar na fossa séptica a águaservida na cozinha, pois esta contém sabão edetergentes, os quais são nocivos à formação eproliferação destas bactérias.

Veja o desenho:

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b) Caixa de gordura - destina-se a recebera água servida na cozinha e separar a gordura.Este procedimento é necessário, pois como vimosantes, não se recomenda o lançamento desta águana fossa séptica nem o seu lançamento diretamen-te no sumidouro sem a separação da gordura, sobpena de, com o tempo, impermeabilizar as pare-des do sumidouro, dificultando assim a absorçãonatural. Veja o esquema para construção de umacaixa de gordura.

c) Sumidouro - é simplesmente um bu-raco no chão e destina-se a absorver a água pro-veniente da fossa séptica, da caixa de gorduraou de outras origens.

Lembrete importante - seja na cidade ouno campo, em rede pública ou particular, aságuas de chuva (águas pluviais) nunca devem sercanalizadas para a rede de esgoto, pois poderásaturá-la, irremediavelmente, comprometendotodo o sistema.

7.3 - Esquema BásicoO projeto de instalações elétricas deve

prever todas as eliminárias, chuveiros, quadrosde distribuição, tomadas e interruptores.

Deve ser elaborado um quadro deconsumo, com a amperagem máxima doprojeto. Símbolo especiais são utilizados,conforme a seguir.

7.4 Ligações Telefônicas

Existem dois tipos de sistemas telefônicos: li-gações telefônicas e ligações internas. As ligaçõestelefônicas são as destinadas aos telefones pro-priamente ditos. Nesta rede poderão ser liga-dos outros serviços como telex, músicaambiente, computadores, fax, etc. As tubulaçõesobedecem aos critérios das concessionárias.

As ligações internas pedem tubulações indepen-dentes das telefônicas. Referem-se a interfones,sinalizações internas, antenas coletivas e outrossistemas de comunicação interna e exclusiva,como as centrais de P(A)BX.

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a) Entre as instalações mais importantes de umaedificação (água, esgoto, energia e telefonia), o sis-tema de água potável é o mais importante dasinstalações domiciliares. Sem ela não vivemos.

b) A água quimicamente pura (H2O) é imprópriapara ser bebida. A água necessária ao nosso orga-nismo é a potável que possui sais de cálcio, mag-nésio, iodo e uma gama enorme de outros mine-rais variáveis.

c) Na residência, a água deve ser depositada emum reservatório superior (caixa d'água). Tais re-servatórios são necessários para manter o consu-mo inalterado, a pressão adequada em todas aspeças, por meio de uma distribuição racional; apressão adequada ao funcionamento dos apare-lhos, bem como, auxiliar na purificação da água.

d) Toda água usada é expelida em forma de es-goto. O projeto de esgoto requer cuidados espe-ciais, pois os resíduos que constituem o esgotosão oriundos das fezes, urinas, limpezas corpo-rais, lavagens de utensílios, gorduras, detergentese ácidos, cujo somatório complica a rede coletorade esgoto.

e) Em regiões onde não existe rede de esgoto,deve-se usar o sistema de fossas sépticas, caixasde gordura e sumidouros.

f) A fossa séptica destina-se a separar e transfor-mar a matéria sólida contida na água de esgoto,para em seguida descarregar esta água no solo. Atransformação deste composto sólido é feita porbactérias anaeróbicas.

g) A caixa de gordura destina-se a receber a águautilizada na cozinha e para separar a gordura. Casonão ocorra tal processo, a gordura, com o tempo,impermeabiliza as paredes do sumidouro, dificul-tando a absorção natural.

h) O sumidouro é simplesmente um buraco nochão destinado a absorver a água proveniente dafossa séptica, da caixa de gordura ou de outrasorigens.

i) Os três princípios de energia elétrica são: tensãoou diferença de potencial, resistência, intensidade.

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I - Responda de forma correta.

1. Quais são as instalações mais importantes deuma edificação?________________________________________________________________________2. Dentre elas, qual a mais importante? Justifi-que sua resposta.________________________________________________________________________3. Por que a água quimicamente pura é impró-pria para ser bebida?________________________________________________________________________

4. Numa residência, a água deve ser depositadaem um reservatório superior. Para que são ne-cessários tais reservatórios?________________________________________________________________________

5. Como devem ser as tubulações hidráulicas?________________________________________________________________________

II - Escreva V ou F, nos parênteses, para as afir-mações a seguir:

1. ( ) em regiões onde não existe redede esgoto, deve-se usar o sistema de fossas sépti-cas, caixas de gordura e sumidouros.2. ( ) as águas pluviais devem ser ca-nalizadas para a rede de esgotos.3. ( ) são quatro os princípios a seremobservados nas instalações de energia elétrica:tensão, resistência, polaridade e intensidade.4. ( ) nas ligações telefônicas pode-rão ser ligados outros serviços como telex, mú-sica ambiente, computadores, fax, etc.

5. ( ) cinemas, teatros, mercados, de-pósitos, armazéns, hotéis, hospitais, etc. reque-rem estudos especiais para a instalação de tele-fones.

III - Relacione adequadamente:(A) Fossa séptica(B) Caixa de gordura(C) Sumidouro

nheiro elétrico define o caminho das tubula-ções dos cabos de telefone.9. OBRA

Uma obra envolve mais que tijolos, ci-mento ou argamassa. Há documentos, enti-dades, impostos e conjuntos de leis que, mui-

I - 1. As instalações mais importantes são as relativas àágua, esgoto, elétrica e telefônica; 2. A instalação maisimportante é a de água. Sem ela não vivemos; 3. A águaquimicamente pura não possui os elementos necessáriosao nosso organismo, tais como, cálcio, magnésio, iodoentre outros minerais; 4. Os reservatórios são necessári-os para manter o consumo inalterado, a pressão adequa-da em todas as peças para uma distribuição racional, apressão adequada ao funcionamento dos aparelhos e paraauxiliar na purificação da água; 5. As tubulações hidráuli-cas devem ser normalmente de PVC, aço galvanizado ecobre. Nunca se deve usar o chumbo.

II - 1. (V); 2. (F) A canalização de águas pluviais para arede de esgoto pode sobrecarregar e comprometer o sis-tema; 3. (F) São três os princípios a serem observadosnas instalações elétricas: tensão, re-sistência e intensidade; 4. (V); 5. (V);

III - 1. (C); 2. (A); 3. (B);

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Unidade

IV

Ø Conhecer alguns detalhes construtivos importantes paraa boa funcionalidade de uma edificação;

Ø Ter conhecimento para a escolha ou definição dos materiais deconstrução mais usados;

Ø Avaliar melhor a qualidade de uma edificação, em função do seusistema construtivo.

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8. DETALHES CONSTRUTIVOS

Uma obra se compõe de uma infinida-de de detalhes, seja no aspecto arquitetôni-co, no de instalações, seja nos detalhesestruturais,etc., mas que visam todos assegu-rar o conforto, a segurança, a funcionalida-de e a beleza de uma construção, como pre-coniza a boa Arquitetura. Veremos a seguiralguns detalhes, não abordados anteriormen-te, mas dignos da atenção e conhecimento detodos.

O reservatório térmico, também conhe-cido por Boiler, é um recipiente para armaze-namento da água aquecida. São cilindros decobre, inox ou polipropileno, isolados termica-mente com poliuretano expandido sem CFC,que não agride a camada de ozônio. Desta for-ma, a água é conservada aquecida para consu-mo posterior. A caixa de água fria alimenta oreservatório térmico do aquecedor solar, man-tendo-o sempre cheio.

Em sistemas convencionais, a água cir-cula entre os coletores e o reservatório térmicoatravés de um sistema natural chamado termo-sifão. Nesse sistema, a água dos coletores ficamais quente e, portanto, menos densa que aágua no reservatório. Assim a água fria"empurra" a água quente gerando a circulação.Esses sistemas são chamados da circulaçãonatural ou termosifão.

Vantagens da instalação deste sistema deaquecimento numa edificação: uma economiasensível de energia elétrica e, portanto, tambémem termos financeiros; não dependência darede elétrica (falhas constantes no sistema, in-cluindo o risco do "apagão"); o custo de im-plantação é relativamente barato e se paga empouco tempo; muitos fabricantes e fornecedo-res, o que facilita a concorrência; e, praticamen-te, não requer custo com manutenção. Vida útilestimada em 20 anos.

8.2 –MARCAÇÃO DA OBRA - Tal serviço,marcação da obra, é essencial para garantir ocorreto posicionamento da edificação sobre oterreno, obedecendo às especificações do pro-jeto.

Para a realização da marcação, é neces-sário que o terreno já esteja limpo e niveladode acordo com o referido projeto.

A marcação deve ser realizada por to-pógrafo, pois erros nessa fase da obra podemacarretar enormes prejuízos. Isso porque é apartir da marcação que serão executados osalicerces.

Assim, enganos nessa fase podem acar-retar: problemas relacionados às normas mu-nicipais quanto a recuos, alterações nasdimensões dos ambientes internos, problemasestéticos por falta de esquadro, ecomprometimento da iluminação e ventilaçãonaturais.

Vale destacar ainda a importância donível, considerando aspectos como: acesso deveículos, escoamento de águas pluviais, profun-didade da rede de esgoto e possibilidade de ala-gamentos.

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Escada Caracol

P + 2H = 63

8.3 –ESCADAS - É um item que, no contextode uma edificação, deve merecer uma atençãoespecial, já desde a fase de projeto, pelo papelque desempenhará na funcionalidade da mes-ma. A sua posição na edificação, suas dimen-sões e formato devem ser objeto de muita aten-ção por parte do projetista.

Existem vários tipos de escada: tipo "I","U", "L", "Caracol", etc.

Espelho Ideal

Piso Ideal

0.175m de Altura

0.28m de profundidade

Largura Mínima p/ Escadasem resid. unifamilLargura recomendável p/Escadas em resid. unifamil

0.70m

0.90m

Corrimão 0.80 - 0.90m de altura

Largura Mínima p/ Escadas p/passagem de 2 pessoasquando houver mais de 2pavimentos

1.10m

8.4 –ESQUADRIAS - São elementos de ve-dação vertical, usados no fechamento de aber-turas (vãos), com função de controle da passa-gem de agentes.

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Porta de Correr

Porta de Abrir

Porta Sanfonada

Porta Pantográfica

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Porta de Correr

MATERIAIS MAIS USADOS:

Madeira: pintada ou naturalAlumínio: anodizado ou pintadoSintéticos: PVCVidro: auto-portantesCompostos: alumínio-PVC, madeira-

PVC, madeira-aluminio, etc.

QUANTO ÀS MANOBRAS DE ABERTU-RA:

a) Eixo vertical: - Pivotantes e de abrir.b) Eixo horizontal: Pivotantes, Projetan-

tes, Basculantes, Maximar*(*) O tipo Maximar tem um movimento

combinado de rotação (eixo horizontal) e detranslação (vertical)

8.5 –REVESTIMENTOS - É enquadradocomo revestimento todo acabamento das super-fícies (paredes), sendo excluídas desta nomen-clatura as pinturas.

Normalmente, os revestimentos iniciam-se no chapisco, traço 1:4 (cimento e areia), quetem a finalidade de servir como ancoragem aoemboço cujo traço varia de conformidade coma finalidade; sua espessura não deve ser superi-or a 2cm.

O emboço serve de base para outros re-vestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc.

O reboco ou massa fina, normalmente,é usado para receber pintura; sua textura pode

ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra,etc.

Quanto aos materiais mais utilizados ci-tam-se:

Os azulejos, cerâmicas, laminados mela-mínicos, papel parede, chapas metálicas, vidros,tecidos, etc.

O importante na escolha de um deter-minado tipo de revestimento é considerar queo mesmo deve propiciar beleza, bem estar, du-rabilidade, facilidade de manutenção e econo-mia também.

Outro fator importante é a aplicaçãodeste revestimento: deve ser feita por profissio-nal de reconhecida competência e seguir as re-comendações do fabricante.

8.6 – PISOS - Praticidade, beleza, qualidadee funcionalidade são alguns dos atributos quedevem ser levados em consideração na horada construção ou reforma do imóvel, quandoo assunto é a escolha dos pisos dos diversosambientes. O mercado dispõe de grande va-riedade de material para atender a todos osgostos e bolsos. Porcelanatos, mozaicos, cimen-tícios, pastilhas de metal, placas dos mais di-versos materiais, madeira, laminados, granitos,vidros, piso em linóleo, carpetes, borrachas,vinílicos, etc..

Vejamos algumas considerações relativasa estes pisos:

- O vinílico é de fácil limpeza, térmico eanti-alérgico. É recomendado para hospitais,laboratórios, centros cirúrgicos.

- O granito e o mármore são conside-rados revestimentos nobres. O granito pos-sui como principal característica a sua altaresistência à abrasão e ao grande volume detráfego. Muito utilizado em áreas sociais,cozinhas,escadas, fachadas e locais públicose deve ser assentado com argamassa de ci-mento e areia permitindo uma junta "seca".Deve ser usado apenas pano úmido para lim-peza. Os mámores são mais utilizados em sa-las de jantar e banheiros. Por serem nobreseles podem atingir valores mais expressivos,

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principalmente o mármore carrara e o tra-vertino.

- Os carpetes aparecem em placas e po-dem ser removidos e lavados. A novidade sãoos fabricados com fios sintéticos que recebemtratamento contra micróbios, fungos e bacté-rias, além de serem anti-alérgicos e protegi-dos contra fogo. Ideal para escritórios,cinemase home-theater.

- O revestimento melamínico possui su-perfície lisa e não porosa, que não permite aproliferação de fungos e bactérias, além de serimune a cupins-sendo antialérgico. Pode seraplicado diretamente sobre o piso ou em pi-sos elevados, sendo assim uma solução práti-ca, econômica e eficiente no caso de uma re-forma.

- O linóleo: é um revestimento de pisopara alto tráfego, com alta durabilidade egrande facilidade de manutenção e limpeza,aliado às propriedades antiestática e bacteri-ostática. É especialmente indicado para hos-pitais, clínicas, escolas infantis, creches e ber-çários. A sua durabilidade assegura que as su-perfícies e cores se mantenham fortes e firmes,enquanto a flexibilidade possibilita a liberda-de de criação dos ambientes.

- Laminados: Este produto, que possuialta resistência ao desgaste, é mais conhecidocomo fórmica. Ele não mancha, não descolo-re e apresenta várias opções de textura eacabamento.Normalmente usado em móveis,mas podem forrar paredes e piso, só que ocontra-piso recebe uma cobertura com man-ta de polietileno para evitar a umidade.

- Pisos de borracha: Isolantes elétricos,térmicos, acústicos, antiderrapantes eantibactericida.Os pisos de borracha não pro-pagam chamas, são resistentes ao impacto, re-sistência ao fogo, são higiênicos e ideais paralugares de alto trânsito. Mais indicados parahospitais (salas de cirurgia, terapia intensiva eparto), clínicas, colégios, academias e creches.

- A madeira é muito utilizada em cômo-dos sociais e dormitórios. O piso de madeira éconsiderado um material nobre de

revestimento.Assoalhos e tacos, são os mais usa-dos hoje em dia. Apesar de cada um deles uti-lizar muitas vezes o mesmo tipo de madeira,cada um possui características diferentes, prin-cipalmente quanto à instalação. Mas é impor-tante saber averiguar se a madeira compradapassou por um processo de secagem.É impor-tante lembrar que o piso de madeira necessitade um contra-piso bem nivelado e para a suafixação devem ser usados materiais como bu-chas e parafusos de boa qualidade. Além dis-so, é necessário que o contra-piso seja imper-meabilizado para evitar que a umidade passepara a madeira.

- Laminado de madeira (piso flutuan-te): .Atualmente, dois tipos de revestimentospara piso têm conquistado a preferência dearquitetos e decoradores. São eles o piso demadeira laminado e o porcelanato. O piso demadeira laminado é ideal para salas edormitórios. Esse tipo de revestimento garantefácil manutenção e oferece boa relação custo-benefício. Ele é encontrado em várias padro-nagens:- claro, escuro, padrão. Outravantagem do piso de madeira laminado é apraticidade de instalação. Ele pode sercolocado direto no contra-piso ou, no caso dereforma, instalado por cima da cerâmica. Arapidez de instalação é destaque do material,pois é possível instalar até 60 metros quadra-dos em apenas um dia.

- O porcelanato: tipo de cerâmica fabri-cada com tecnologia avançada, tem conquista-do a preferência dos profissionais de decora-ção. O porcelanato é como se fosse uma pedraartificial, com elevada resistência mecânica e àabrasão (PEI) e com nível praticamente zerode absorção de água, portanto não mancha enem cria mofo como as pedras naturais, queprecisam de ser resinadas. Essas qualidades fa-cilitam a manutenção do piso e garantem altadurabilidade. O mercado oferece vários tiposdo material, como o polido, o acetinado (semi-brilho), natural, rústico e anti-derrapante. Al-gumas peças são bem grandes, e o consumidortem à sua disposição grande variedade de mo-delos, texturas e cores.

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- Revestimentos cerâmicos: Os pisoscerâmicos nunca caem de moda, são mais ba-ratos e muito procurados pelo consumidor.

- Pedras: são mais utilizadas em área delazer e jardins.

8.7 – SOLEIRAS, RODAPÉS E PEITORIS -

1) Soleira é o tipo de arremate usado sobos vãos das portas e quando existe mu-dança de tipo de pavimentação; os tiposmais usuais de soleira são as de mármo-re, madeira, pedra, granito e cerâmica.A largura é normalmente a do portalquando sob vãos de portas ou, em outrasituação, a recomendada pelo arquiteto.

2) Rodapé é o arremate da pavimentaçãousado nas paredes. Normalmente, em-prega-se para os rodapés o mesmo mate-rial do piso e sua altura não deve ultra-passar a 10cm, a não ser que haja reco-mendação em contrário do arquiteto,autor do projeto.

3) Peitoril é o acabamento na parte inferi-or das janelas, que complementa a partedo marco com uma pequena pingadeirana parte exterior. Este acabamento podeser em chapa metálica, mármore, cerâ-mica, placa de cimento ou outros mate-riais.

8.8 – FERRAGENS - As ferragens são as pe-ças metálicas (aço, ferro, alumínio, bronze, co-bre, etc.) encontradas nas esquadrias metálicasou de madeira, responsáveis pela fixação dasmesmas (fechos, fechaduras e cremonas). Per-mitem, também, a articulação das esquadrias(gonzos, dobradiças e alavancas).

Nesta classificação sucinta, existe umavariedade de subprodutos, específicos ou nãopara cada tipo de esquadria como, por exem-plo, as ferragens para vidro temperado, cu-jos desenhos são muito distintos, dependen-do do fabricante. Citemos, como exemplo,as fechaduras, cuja parte mecânica é seme-lhante em todas, porém o acabamento é bas-

tante distinto, seja para os espelhos ou paraas maçanetas.

8.9 – VIDROS - O vidro é um material cujoemprego na arquitetura vem dia-a-dia se di-fundindo nas construções, quer pelo aspectoplástico, quer pelo aspecto técnico. A supressãode seu uso hoje é um caso impensável, mesmocom a grande variedade de produtos simila-res como os derivados do petróleo, ou seja, osplásticos.

A origem do vidro perde-se no tempo. Jáera conhecido dos egípcios em sua forma maisprimitiva. Com o advento da tecnologia nocampo da química, da física e dos avanços in-dustriais, o vidro ganhou diversidade, pureza,resistência, cor, textura e brilho.

Pela Norma Brasileira nº 226 os vidrospodem ser classificados quanto à(ao):

1. Tipo:a) recozido: vidro comum;b) temperado: por receber um resfriamen-

to brusco, sua resistência aos impactos éaumentada e, ao partir-se, o faz em pe-quenos pedaços;

c) laminado: composto por diversas chapasunidas por uma película plástica trans-parente;

d) aramado: recebe uma armadura de fer-ro, aumentando-lhe a resistência ao esti-lhaçamento.

2. Transparência:a) transparente: permite a passagem da luz

o que facilita a visão através dele;b) translúcido: a luz não é impedida de

passar, porém, é difundida de tal formaque as imagens não sejam nítidas;

c) opaco: não permite a passagem da luz.

8.10 – APARELHOS - São utilizados em umaobra três tipos de aparelhos:

a) Aparelhos sanitários - são todos os apa-relhos usados em banheiros, tais como:

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vaso, papeleira, saboneteira, bidê, caixade descarga, lavatório, mictório, banhei-ra e chuveiro.

b) Aparelhos de água potável - são aquelesnecessários às instalações hidráulicas,porém de uso direto, como bebedouro,filtro e torneira.

c) Aparelhos de iluminação - são os desti-nados à iluminação, como lâmpadas, ca-lhas, arandelas, lustres, globos e refleto-res.

Esses aparelhos são peças de acabamen-to e, portanto, na sua escolha deve-se ter ocuidado de não criar contrastes chocantescom os demais elementos da obra, tanto emtermos do estilo quanto do padrão de acaba-mento e da cor.

A harmonia das cores e a coerência doestilo devem ser sempre a constante preocupa-ção por parte do arquiteto, do decorador e,principalmente, do proprietário. Não devemosnos iludir que peças vistosas, de cores fortes, dedesenhos arrojados sejam as melhores soluções,pelo contrário, a sobriedade, quando bem em-pregada, exerce efeitos estéticos muito superio-res, com a vantagem de não comprometer porexcesso.

8.11 – ELEMENTOS DECORATIVOS -Todo trabalho artístico executado em uma

obra está classificado como elemento decorati-vo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peçasde serralheria, de madeira, de gesso, de cerâ-mica, desde que a execução dessas peças requei-ra um requinte de projeto e de execução espe-cial.

É neste item que se enquadram os ele-mentos necessários ao estudo e implantação desistemas de comunicação visual, quando a obraassim o exige.

Estão inclusos também neste item todosos trabalhos de paisagismo, tais como jardins earborizações.

a) O Decreto nº 52.147, de 25 de junho de 1963, daPresidência da República, aprova as normas de pro-jeto e métodos de execução de serviços, a discrimi-nação orçamentária para obras de edifícios públicose divide a obra em vinte itens: projeto; serviços ge-rais; preparação do terreno; fundações; estrutura; ins-talações; elevadores; paredes; cobertura; esquadrias;revestimentos; soleiras; rodapés; peitoris; ferragens;vidros; tratamentos da obra, pavimentação; pintura;aparelhos; elementos decorativos e limpeza.b) Serviços gerais são todas as providências queprecedem o início da obra: cercas, tabuletas, ma-teriais necessários, alojamentos, aparelhos e má-quinas a serem usados, ligações provisórias, etc.c) Preparação do terreno é a etapa das capinas,demolições, remoção de entulhos, locação daobra, movimentos de terra, etc.d) Os elevadores são usados somente em obra decerto vulto; suas montagens são efetuadas pelospróprios fabricantes.e) As paredes podem ser feitas de: tijolo, barro,blocos de cimento e pedra. .A cobertura deve es-tar muito bem ancorada na estrutura. Temos co-bertura com telhas de amianto, de alumínio, cha-pas de aço, de barro e outros materiais.f) Esquadrias são todas as peças usadas na veda-ção das aberturas das edificações. Classificam-seem internas (portas) e externas (portas e janelas).Podem ser de madeira ou metálicas.g) Os revestimentos abrangem todo acabamentodas superfícies (paredes), excluindo as pinturas.Entre eles, encontramos: azulejos, ladrilhos, pasti-lhas, pedra, mármore e fórmica.h) As soleiras são usadas sob os vãos das portas enas mudanças de tipo de pavimentação. Os tiposmais comuns são de mármore, madeira, pedra,granito e cerâmica.i) Rodapé é o arremate da pavimentação. O ma-terial, normalmente, acompanha o do piso.j) Peitoril é o acabamento na parte inferior dasjanelas. Pode ser em chapa metálica, mármore, ce-râmica e outros.k) As ferragens são aquelas peças metálicas en-contradas nas esquadrias metálicas ou de madeira.São responsáveis pela fixação e articulação das es-quadrias.l) Os vidros são classificados quanto ao tipo (reco-

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zido, temperado, laminado e aramado), quanto àforma (chapa plana, chapa curva, chapa perfiladae chapa ondulada), quanto à transparência (trans-parente, translúcido e opaco), quanto à superfície(polido, liso, impresso ou fantasia, fosco e espelha-do) e quanto à coloração (incolor e colorido).m) O tratamento refere-se à proteção que se dá àobra e que pode ser quanto ao vazamento d'água,ao calor ou ao tratamento térmico e aos ruídos.n) A pavimentação trata do piso, que deve estarcoerente com a função do ambiente.o) Os pisos podem ser de cerâmica, cimento, pe-dra, madeira, borracha e cortiça.p) A pintura é um elemento de decoração e pro-teção, e requer cuidados especiais na aplicação.

p.1 - As cores possuem a seguinte nomen-clatura: cores primárias (amarelo, azul e vermelho);secundárias (verde, laranja e violeta); complemen-tares (2 secundárias ou 1 primária e 1 secundária);neutras (preto, branco, cinza e beje); quentes (ver-melho, laranja e amarelo) e frias (anil, roxo, lilás,verde e azul).q) Os aparelhos da obra dizem respeito aos apa-relhos sanitários, de água potável e de iluminação.r) Os elementos decorativos relacionam-se a todotrabalho artístico executado em uma obra.s) A limpeza em questão é a chamada limpezafina, ou seja, a remoção de pequenos resíduosou manchas.

8.12 – PINTURA -

A principal finalidade da pintura éproteger a superfície pintada.

A madeira, quando exposta, ela ressecae começa a rachar. Uma pintura evita esse res-secamento.

O metal, quando exposto, começa a oxi-dar.

O ferro enferruja.A segunda finalidade da pintura é o embele-zamento da peça.

Existem 3 tipos de acabamentos:

1. FOSCO2. ACETINADO3. BRILHANTE

O acabamento fosco é preferido para fundose áreas grandes, como paredes.

O acabamento brilhante é preferido quandose deseja dar destaque, chamar a atenção dapeça. Janela, porta, mesa, etc.

Entre um e outro podemos encontrar osemi-fosco e também o semi-brilho. Além dobrilho da superfície, é possível introduzir-sepadrões denominados texturas. Os diversosfabricantes oferecem um leque bastante gran-de de padrões de textura.

Quais são as partes que constituem a tin-ta? Em outras palavras, o que tem dentro datinta?

1.PIGMENTO2.LIGANTE3.VEÍCULO

O pigmento é o que dá cobertura, istoé, COBRE a superfície. Como a finalidade dapintura é proteger e dar cor, o principal com-ponente da tinta é o pigmento. São partículassólidas que formam uma superfície (película)protetora sobre a superfície pintada.

É o pigmento que "segura" os raios so-lares e protege a superfície contra o resseca-mento.

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É também o pigmento que "aguenta"a passagem do tráfego sobre o chão pintado.

O ligante é a "cola" da tinta. É o liganteque gruda as partículas do pigmento para for-mar a tal "película" protetora. Quando a tin-ta tem pouco ligante ela não fica firme na su-perfície. Depois de seca a tinta sai com facili-dade na forma de pó.

O veículo é o líquido que ajuda a apli-car, a espalhar o pigmento sobre a superfície.Quando tem pouco veículo, a tinta fica pas-tosa e difícil de espalhar. Quando tem veículodemais a tinta fica muito líquida e começa aescorrer. Tiner, Águarras e Água são exemplosde veículos.

Quais são as propriedades importantesde uma tinta? O que devemos esperar de umaboa tinta?

1.PODER DE COBERTURA2.ADERÊNCIA3.RESISTÊNCIA4.DURABILIDADE

As tintas são classificadas em função doseu veículo. Podem ser:

1. ESMALTE2. À OLEO3. À ÁGUA - CAIAÇÃO4. À ÁGUA - PVA5. À ÁGUA - ACRÍLICO6. À ÁGUA - AQUARELA7. À ÁGUA - GOUACHE8. EPOXI

I - Relacionam-se como serviços gerais todasaquelas providências que precedem ao início daobra. Cite cinco destas providências.

1)____________________________________

2)____________________________________

3)____________________________________

4)____________________________________

5)____________________________________

II - Relacione as colunas abaixo corretamente:

(A) Preparação do terreno(B) Paredes(C) Cobertura(D) Esquadrias(E) Revestimentos(F) Ferragens(G) Tratamento(H) Elementos decorativos

1. ( ) São usadas na vedação das aber-turas das edificações.2. ( ) Diz respeito à proteção da obra.3. ( ) Trata-se de aterro e compactaçãodo solo.4. ( ) Diz respeito a todo acabamentodas superfícies.5. ( ) Destina-se a fechar vãos ou divi-sões de ambientes.6. ( ) Necessita de uma estrutura calcu-lada para o seu sustento, com exceção da auto-portante.7. ( ) Servem para a fixação e articula-ções das esquadrias.8. ( ) Incluem, entre outros, os traba-lhos de paisagismo.

III - Interprete as questões propostas abaixo eresponda:1. Onde são usadas as soleiras e que materiaissão empregados na sua confecção?____________________________________

2. Onde são usados os rodapés? De que materi-ais são feitos?____________________________________

____________________________________

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3. O que é peitoril? De que material pode serfeito?____________________________________

IV - Pela NB nº 226, os vidros possuem inú-meras classificações. Complete os esquemas.1. Quanto ao tipo:a)________________________________b)________________________________c)________________________________d)________________________________

2. Quanto à transparência:a)________________________________b)________________________________c)________________________________d)________________________________

I - Você deve ter citado cinco entre as seguintes providên-cias que precedem o início da obra: colocação de tapumese de tabuletas com indicações de dados da obra, constru-ções de barracões; indicação de depósitos dos materiais aserem usados; colocação de aparelhos e máquinas ne-cessários; ligações provisórias; preparação de alojamen-tos; contratação de mão-de-obra; planejamento de entradade material ao longo da obra, etc.

II - 1. (D); 2. (G); 3. (A); 4. (E); 5. (D); 6. (C); 7. (F); 8. (H)

III -1. As soleiras são usadas sob os vãos das portas e nasmudanças de tipo de pavimentação. As mais comuns sãode mármore, madeira, pedra, granito e cerâmica; 2. Os ro-dapés são usados nas paredes como arremate da pavi-mentação. O material empregado é o mesmo usado no piso;3. Peitoril é o acabamento na parte inferior das janelas.Pode ser em chapa metálica, mármore, cerâmica, placa decimento ou outros materiais.

IV -1. Quanto ao tipo: a) recozido; b) temperado; c) lamina-do

V - Suas respostas devem conter oseguinte: 1. A cor branca resulta dacomposição de todas as outras.

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Unidade

V

Ø Conhecer alguns tipos de documentação referentes àsobras e imóveis em seus diferentes estágios;

Ø Conhecer a classificação dos projetos residenciais quanto aostipos de edificações.

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tas vezes, o público leigo jamais suspeitou queexistissem.

9.1 – AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COM-PULSÓRIA

É utilizada para que se cumpra a trans-ferência de propriedade de um bem imóvelquando o antigo proprietário não pode ounão quer fazê-la. Nessa ação, o novo donodeve comprovar que comprou e pagou porele. Para isso, pode-se usar o compromissode compra e venda, recibos, promissórias etestemunhas.

9.2 – ALVARÁ

Essa licença, expedida pela prefeitura,autoriza a construção ou a reforma de umimóvel. O poder municipal fica obrigado aliberar a permissão sempre que um pedidofor feito, desde que respeite todas as regras eapresente todos os documentos requeridos.

9.3 – CARTÓRIO DE NOTAS

O registro de todas as declarações oudocumentos que precisam tornar-se públicos,por exigência – ou não – da lei, é feito nessescartórios. Contratos de compra e venda, porexemplo, só viram escrituras quando lavra-dos ali. Assim, deixam de ser um instrumen-to particular para confirmar, de modo for-mal, a venda de um imóvel.

9.4 – CERTIDÃO NEGATIVA

Qualquer documento que comprovea isenção de ônus ou as dívidas de todos ostipos com a Justiça, os órgãos públicos, aprefeitura e até o comércio e os credoresleva esse nome. Tais papéis podem ser emi-tidos em nome de pessoas físicas ou jurídi-cas e em favor de um imóvel. O termo “ne-gativa” nas certidões mostra que não hou-

ve nenhum registro de ocorrência nos ór-gãos consultados.

9.5 – CÓDIGO DE OBRAS

São leis municipais que determinam aforma de ocupação do solo, mais especifica-mente, estabelecendo detalhes técnicos paraas construções, como a quantidade mínimade janelas e o dimensionamento das escadase das saídas de emergência. Se essas regrasforem desrespeitadas, a obra não será apro-vada pela prefeitura. Nas capitais e grandescidades, o Código de Obras é vendido emlivrarias. Em outros municípios, ele pode serobtido na prefeitura.

9.6 – HABITE-SE

Expedido pela prefeitura, é a licençaque libera o imóvel construído ou reforma-do para a moradia ou para a permanência ecirculação de pessoas (como cinemas, teatrose escritórios). Essa autorização só é concedi-da após a entrega de todos os documentosreferentes à obra, como o alvará e o memori-al descritivo, além dos comprovantes de pa-gamento dos impostos (INSS e ISS). Se hou-ver qualquer divergência, um fiscal vai até aconstrução: ele pode multar o construtor eimpedir que pessoas entrem no edifício atéque as correções sejam feitas.

9.7 – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DEBENS IMOBILIÁRIOS (ITBI)

É cobrado sempre que há a transferên-cia de propriedade de um bem imóvel feitade forma pública, ou seja, quando se lavra aescritura. A alíquota a ser paga varia entre 2%e 6% do preço do imóvel declarado no Cartó-rio de Notas.9.8 – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

São os antigos Juizados de Pequenas Cau-sas, aos quais recorrem apenas as pessoas físicas.

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Servem para julgar causas civis de menor com-plexidade, com valores até quarenta saláriosmínimos. Para casos que não excedam vinte sa-lários mínimos, é dispensada a presença de umadvogado. Há exceções para os réus: nesses jui-zados não podem ser julgados, entre outros, osórgãos públicos.

9.9 – LEI DE ZONEAMENTO

Esse conjunto de leis e decretos munici-pais é responsável por ordenar e direcionar ocrescimento de uma cidade. Por essa legislação,o mapa oficial de um município é dividido emzonas, que por sua vez são repartidas em usos.Uma zona pode ter uso único (quando é so-mente residencial, por exemplo) ou misto (co-mércio e casas). Essa lei também estabelece pa-drões urbanísticos que variam conforme a zona,como os recuos legais.

9.10 – MEMORIAL DESCRITIVO

Trata-se de um documento que descreveum imóvel ou um empreendimento imobiliá-rio de forma completa (área total, área constru-ída, metragem dos ambientes e até materiais deacabamento). É necessário para a requisição dohabite-se na prefeitura.

9.11 – PLANO DIRETOR

É o conjunto das diretrizes legais que or-denam o crescimento e preservam a harmoniavisual de uma cidade. Ele define linhas claras erigorosas para projetos arquitetônicos e urbanís-ticos e, por isso, serve de referência às constru-ções que interferem no traçado da cidade. Acom-panhando o desenvolvimento do município, esseplano sofre modificações ao longo do tempo, quedevem ser aprovadas pela Câmara Municipal epelo prefeito. Às vezes, essas mudanças provo-cam conflitos de interesses (como a abertura deuma nova avenida onde existam casas). Assim,sempre que uma pessoa ou um grupo de cida-

dãos se sentir lesados, podem entrar na Justiçacontra aspectos do plano diretor.

10. PROJETOS RESIDENCIAIS

10.1 – RESIDÊNCIAS - CLASSIFICAÇÃO

É importante estabelecer certos critériosclassificatórios porque, em caso de financiamen-tos, as normas disciplinadoras tratam de formadiferenciada cada tipo de habitação.

As moradias podem ser classificadasquanto ao tipo e quanto à edificação. Vejamosestas classificações.

10.1.1. Classificação quanto ao tipo - As mo-radias podem ser classificadas quanto ao tipoem habitação unifamiliar, habitação popular ehabitação residencial.

1. Habitação unifamiliar é a constituída de,no mínimo, um quarto, uma sala, umbanheiro, uma cozinha e área de serviçocoberta e descoberta.

2. Habitação popular é a que tem as mes-mas características da habitação unifami-liar, podendo, contudo, ter até três dor-mitórios e a área total máxima não deveexceder aos 68m2, de acordo com o Có-digo de Obras de Brasília. Esta área po-derá sofrer pequenas variações, de acor-do com o Código de Obras de outrasregiões.

3. Habitação residencial é a que possui áreacom mais de 68m2 (Código de Obras deBrasília).

Alguns códigos de edificações estabele-cem um coeficiente para classificar as residên-cias, são os chamados coeficientes de leito e re-ferem-se à relação existente entre a área totalda residência e o número de leitos que esta podeabrigar. Define-se que o coeficiente de leito paraas casas populares é igual ou inferior a 10 (dez).

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Tomemos como exemplo uma casa com58m² e três quartos (9 camas). O coeficientede leito é igual a 58 : 9 = 6,44 que é inferior a10; portanto, trata-se de uma casa popular.

Já uma outra casa com os mesmos58m2, porém com um único quarto, nãopoderá ser enquadrada como casa popular, poisseu coeficiente de leito é igual a 19,33 (58 : 3),quase o dobro de 10 (parâmetro para casapopular) .

Não vamos apresentar um desenho paraeste tipo de moradia, pois o que importa nelasão as dimensões e não a forma.

10.1.2. Classificação quanto à edificação- As residências classificam-se quanto à edi-ficação em isoladas, geminadas, em série,conjuntos residenciais e edifícios. Vejamoscada uma delas.

1. Residências isoladas são as que, como onome indica, são separadas umas dasoutras.

2. Residências geminadas são as ligadas poruma parede comum.

3. Residências em série são as construídasem sequência.

4. Conjuntos residenciais são agrupamen-tos de moradia que têm no mínimo 20unidades residenciais. Os conjuntos re-sidenciais podem ser compostos de uni-dades isoladas e/ou prédios de aparta-mentos, dependendo do programahabitacional.

Qualquer núcleo habitacional deveráser servido de todos os complementosnecessários ao seu pleno funcionamen-to, tais como comércio, escola, lazer,serviços públicos, etc., naturalmentemantendo as devidas proporções emrelação ao número de usuários e à legis-lação de cada município.

5. Edifícios são edificações de dois ou maispavimentos destinados a residência, co-mércio ou às duas finalidades (mista).Cada projeto para edifício deverá seguir

normas próprias em função de seu zoneamen-to, destinação, altura, número de unidades, alémdas legislações específicas do município.

Contudo, em todo e qualquer edifíciodeverá sempre existir uma preocupação cons-tante quanto aos acessos verticais (escadas e ele-vadores), definidos por normas próprias, pro-teção contra incêndio, estacionamentos (míni-mo 25m2/veículo), coleta de lixo, etc.

• De acordo com as normas de financia-mento, necessita-se frequentemente clas-sificar as obras. As moradias são comu-mente classificadas quanto ao tipo equanto à edificação.

• Quanto ao tipo, as habitações classificam-se unifamiliares, populares e residenci-ais.

• Habitação unifamiliar é aquela constituí-da de um quarto, uma sala, um banheiro,uma cozinha e uma área coberta e desco-berta.

• Habitação popular é a que tem as mes-mas características da unifamiIiar, maspode ter até três dormitórios, perfazen-do uma área máxima de 68m2, segundoo Código de Edificações de Brasília. Ahabitação residencial ultrapassa a 68m2.

• Alguns códigos de edificações estabele-cem um coeficiente para classificação dasresidências, denominados coeficientes deleito, que se referem à relação existenteentre a área total da residência e o nú-mero de leitos que esta residência podeabrigar.

• Quanto à edificação, as habitações clas-sificam-se em isoladas, geminadas, emsérie, conjuntos residenciais e edifícios.

• As habitações isoladas são separadas umasdas outras.

• As habitações geminadas são unidas poruma parede comum.

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• As habitações em série são várias residênci-as construídas num mesmo local, com ummesmo projeto. São subdivididas em trans-versais e paralelas ao alinhamento predial.

• Conjunto residencial é o agrupamen-to de moradias que tem, no mínimo,vinte unidades residenciais. É compos-to de unidades isoladas ou prédios deapartamentos.

• Edifícios são edificações de dois ou maispavimentos, destinadas a residência, co-mércio ou mistas.

• Todo e qualquer núcleo habitacional

deverá ser servido de uma certa infra-es-trutura, como comércio, hospital, ser-viços públicos, escola, etc.

Antes de olhar as respostas, consulte o texto edescreva as características das edificações a se-guir:

1. Conjunto residencial: ________________________________________________________________________________________

1. O conjunto residencial deve ter, no mínimo, 20 unida-des residenciais que podem ser casas ou prédios. Taledificação deverá ser servida de toda estrutura neces-sária para o seu funcionamento.

2. O edifício pode ser de dois ou mais pavimentos eservir para comércio, residência ou para as duas finali-dades (mista). Deve sempre existir preocupação com osacessos verticais (escadas, eleva-dores), definidos por normas pró-prias: proteção contra incêndio, es-tacionamento, coleta de lixo, etc.

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1. Qual é a série de papel, adotada pela ABNT,para o Desenho Técnico?

a) série A;b) série ABNT;c) série P;d) série AB;e) série AA.

2. A figura abaixo representa qual formato depapel?

a) formato A2;b) formato A0;c) formato A1;d) formato A3;e) formato A4.

3. Relacione a coluna da direita de acordo coma da esquerda e, a seguir, marque a respostanumérica correspondente:

(1) A0 ( ) 841 X 594mm(2) A1 ( ) 420 X 297mm(3) A2 ( ) 594 X 420mm(4) A3 ( ) 1189 X 841mm(5) A4 ( ) 297 X 210mm

a) 2 – 4 – 3 – 1 – 5b) 5 – 2 – 1 – 3 - 4c) 4 – 2 – 1 – 5 – 3d) 3 – 2 – 5 – 4 – 1e) 2 – 3 – 4 – 1 - 5

4. Por que é necessária a padronização da cali-grafia técnica?

a) por exigência da localidade;b) para facilitar o entendimento do proje-

to em qualquer localidade;c) por exigência do engenheiro;d) por exigência do arquiteto;e) por exigência do cliente.

5. Qual informação não faz parte do carimbono projeto de arquitetura?

a) informar a empresa, projeto, número depranchas;

b) informar RT , proprietário e o autor doprojeto;

c) informar o endereço da obra – área dolote – área de construção;

d) número de ambientes;e) número da prancha – escala.

6. Qual a característica do papel sulfite?a) transparente;b) semifosco;c) amanteigado;d) opaco;e) translúcido.

7. A linha tracejada, conforme mostra a figuraabaixo, é utilizada para a representação de objetos:

a) não visíveis;b) visíveis;c) cortados;d) parcialmente visíveis;e) somente em corte transversal.

8 - O desenho arquitetônico geralmente utilizaa escala de:

a) ampliação;b) natural;c) redução;d) real;e) reprodução.

9. O que significa escala 1/50?a) significa que o desenho foi ampliado 50

vezes;b) significa que o desenho foi reduzido 50

vezes;c) significa que o desenho está na escala real;d) significa que o desenho foi reduzido uma

vez;e) significa que o desenho está na escala

natural.

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10. Quando um objeto está representado naproporção 1 do papel está para 1 do real, de-nominamos de escala:

a) natural;b) real;c) ampliada;d) reduzida;e) fictícia.

11. Cotamos um desenho com a finalidade de:a) indicar as dimensões do objeto;b) indicar as dimensões da espessura das linhas;c) indicar número de aberturas;d) indicar as áreas dos ambientes;e) todas as respostas estão certas.

12. A linha que contém o número do dimensi-onamento é denominada de:

a) linha de chamada;b) linha auxiliar;c) cota de nível;d) linha espessa;e) linha de cota.

13. O levantamento planimétrico tem como ob-jetivo:

a) definir as divisas e seus ângulos internos;b) definir as alturas do terreno;c) definir a orientação;d) definir somente a altimetria.

14. Em um projeto de arquitetura, são exigidasdistâncias mínimas entre a construção e oterreno.Estas distâncias são denominadas de:

a) afastamentos;b) arruamento;c) declive;d) beirais;e) aclive.

15. A figura que se segue representa:

a) afastamento;b) terraplangem;c) curvas de níveis;d) estudo planimétrico;e) orientação.

16. Quando o estudo topográfico apresenta ascurvas de nível próximas uma das outras, iden-tificamos o terreno como:

a) plano;b) semi-plano;c) pouco inclinado;d) nenhuma resposta correta;e) íngreme.

17. Porque o projeto arquitetônico utiliza a ori-entação verdadeira?

a) devido a sua variação em função dos anos;b) por ser a orientação geográfica, não apre-

sentando variações no decorrer dos anos;c) por ser magnética;d) por ser parcialmente estável;e) todas as respostas estão erradas.

18. O desenho no projeto de arquitetura, quecontém as medidas, largura e comprimento deum ambiente é denominado:

a) planta baixa;b) cobertura;c) corte;d) fachada;e) situação.

19. O corte de um projeto tem como finalidade:a) definir a quantidade de portas, janelas,

peitoris, muros e muretas;b) definir as larguras dos ambientes, por-

tas, janelas e peitoris;c) definir os comprimentos dos ambientes;d) definir as larguras dos ambientes;e) definir as alturas dos ambientes, portas,

janelas, peitoris, muros e muretas.

20. Qual é o objetivo da planta de cobertura?a) definir os caimentos, inclinações do telhado.b) definir a área;

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c) definir o corte;d) definir a situação;e) todas as respostas estão corretas.

21. O projeto estrutural é atribuído a qualprofissional?

a) arquiteto;b) engenheiro elétrico;c) engenheiro civil;d) topógrafo;e) decorador.

22. O projeto elétrico tem a finalidade de:a) passar a tubulação elétrica;b) passar a tubulação de esgoto;c) passar a tubulação de água fria;d) passar a tubulação de água quente;e) todas as respostas estão certas.

23. Onde fica localizada a Banderola?a) na parte central da janela;b) na parte superior da porta ou janela;c) na parte inferior da porta ou janela;d) na parte central da porta.

24 – Como é representada em planta a portasanfonada?

a)

b)

c)

d)

e) Todas as respostas estão corretas.

25. A janela tipo guilhotina tem a abertura:a) horizontal;b) inclinada;c) angular;d) sanfonada;e) vertical.

26. A figura abaixo representa :

a) mobiliário;b) peça sanitária;c) simbologia elétrica;d) calçada;e) telha.

27. O instrumento representado na figura abai-xo, é utilizado paramedidas:

a) lineares;b) profundidade;c) angulares;d) volume.

28. Qual é a utilidade da régua “T”:a) desenhar linhas;b) desenhar linhas inclinadas;c) desenhar curvas;d) desenhar linhas paralelas e inclinadas.

29. Qual a sigla em inglês que significa ProjetoAuxiliado por Computador?

a) CAD;b) DDA;c) PAC;d) CAP.

30. Marque a alternativa que melhor respondaas afirmativas abaixo:

a) marquise é uma cobertura em balanço;b) mosaico é um painel formado por

pequenos pedaços de vidro, cerâmica oupastilhas;

c) mão francesa é sinônimo de mão-de-força;

d) mata-junta é um material que cobre aabertura formada pelo encontro de duasou mais peças;

e) todas estão corretas.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas devemser obrigatoriamente seguidas pelos diversos setores abrangidos.

ABÓBADA – cobertura de secção curva.

ACABAMENTO – arremate final da estrutura e dos ambientes da casa,feito com diversos tipos de materiais.

ADEGA – compartimento, geralmente subterrâneo que serve para guardarbebidas, por suas condições de temperatura.

ADOBE – tijolo de barro seco ao ar e não cozido.

ADUELA – peça da grade ou marco de portas e de janelas.

AFASTAMENTO – distância mínima a ser observada entre as paredesexternas da edificação e os limites do terreno.

ÁGUA - termo que designa o plano do telhado (quatro águas, duas águas,etc).

ALÇAPÃO – portinhola no piso ou no teto para acesso a porões ou sótãos.

ALGEROZ – tubo de descida de água pluviais, em geral embutido na pare-de.

ALICERCE – elemento da construção que transmite a carga da constru-ção ao solo.

ALINHAMENTO – linha legal que serve de limite entre o terreno e ologradouro para o qual faz limite.

ALIZAR – guarnição de madeira que cobre a junta entre a esquadria/portale a parede.

ALPENDRE – área coberta, saliente, de construção, cuja cobertura ésustentada por colunas, pilares ou consolos, geralmente na entrada da edi-ficação.

ALVENARIA – conjunto de pedras, tijolos, blocos ou concreto, com ousem argamassa, para formação de paredes, muros etc.

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AMARRAÇÃO – disposição entrelaçada dos tijolos.

ANDAIME – plataforma elevada, para sustentação dos materiais e osoperários na execução de obras ou reparos.

ANDAR – pavimento acima do rés do chão.

APARELHO – acabamento para dar às pedras e madeiras formas geomé-tricas e aparência adequada. Também usada para significar a primeira de-mão de tinta.

APARTAMENTO – unidade autônoma de moradia, em prédio de habita-ção múltipla.

APICOAR – desbastar com ferramenta, geralmente ponteiro de aço, umasuperfície ou pedra.

ARAMADO – rede ou tela de arame. Alambrado, segundo o DicionárioAurélio.

ARANDELA – aparelho de iluminação fixado na parede.

ÁREA TOTAL – soma de todas as áreas de uma edificação, incluindo to-dos os pavimentos.

ÁREA ÚTIL – superfície de utilização de uma edificação fora as paredes.

ARGAMASSA – mistura de aglutinante com areia e água, usada para assen-tamento de tijolos, cerâmicas, rebocos etc.

ARGILA – silicatos hidratados, barro com que se faz tijolos, cerâmicas etc.

ARQUIBANCADA – escalonamento sucessivo de assentos ordenados emfila.

ARQUITETURA - (do latim architectura) – os princípios, as normas, osmateriais e as técnicas utilizadas para criar o espaço arquitetônico.

ARQUITETURA DE INTERIORES – obras em interiores queimpliquem criação de novos espaços internos, modificações na função dosmesmos ou nos elementos essenciais ou das respectivas instalações.

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AROEIRA – árvore da família das anarcadíceas, de grande dureza, muitousada para cercas e colunas de sustentação de telhados e alpendres.

ASNA – peça da tesoura de telhado, escora.

ASSOALHO – piso de tábuas. Soalho.

BALANÇO – avanço da edificação sobre alinhamentos ou recuos regula-mentares.

BALAUSTRE – elemento vertical que, empregado em série, forma a ba-laustrada.

BALDRAME – parte do embasamento entre o alicerce e a parede. Soco.

BANDEIROLAS ou BANDEIRA – abertura fixa ou móvel situada aci-ma da porta.

BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de eixo horizontal.

BATEDOR – batente; rebaixo na aduela onde se encaixam as folhas dosvãos.

BEIRAL – parte saliente da cobertura.

BOILER – aquecedor, normalmente metálico, acumulando água aque-cida.

BONECA – saliência de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de por-tas e de janelas.

BRITA – pedra quebrada em tamanhos variáveis.

BRISE – quebra-sol; elemento horizontal ou vertical de proteção contra osol.

CAIBRO – peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas destinadas asuportar as telhas.

CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura paravidro ou painel de vedação; esquadria.

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CALÇADAS – pavimentação do terreno, dentro do lote.

CALHA – conduto de águas pluviais.

CAPIAÇO – acabamento de vãos entre a grade (marco) e o paramento daparede.

CARAMANCHÃO – armação de madeira, tipo pérgola, sustentada porcolunas.

CASCALHO – seixo rolado; pedra britada.

CASA GEMINADA – separada de outra edificação com uma parede comum.

CAVA – o mesmo que adega.

CHANFRO – pequeno corte para eliminar arestas vivas.

CHAPISCO – primeira camada de revestimento de paredes e de tetos des-tinada a dar maior aderência ao revestimento final.

CHUMBADOR – peça que serve para fixar qualquer coisa numa parede.

CLARABOIA – vão nas coberturas, em geral protegido com vidros.

COBOGÓ – elemento vasado.

CÓDIGO DE OBRAS – legislação vigente em cada cidade, que determinaas normas que o projeto arquitetônico deve obedecer.

COIFA – cobertura acima do fogão para tirar a fumaça.

COLUNA – suporte de secção cilíndrica.

CONCRETO – aglomerado de cimento, areia, brita e água.

CONCRETO ARMADO – o mesmo que acima, com ferragem.

CONDUITE – conduto flexível.

CORPO AVANÇADO – balanço fechado de mais de 20 cm.

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CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio aquem dela se serve.

COTA – indicação ou registro numérico de dimensões.

COTA DE COROAMENTO – ponto mais alto da edificação, permitidopelo código de obras local.

COTA DE SOLEIRA – nível mais baixo da edificação, permitido pelocódigo de obras local.

CROQUI – rascunho inicial de um projeto arquitetônico.

CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados onde têm inicio as águas;a peça de madeira que a forma.

CÚPULA – abóbada esférica.

DECORAÇÃO – obra em interiores com finalidade exclusivamente estéti-ca, não implicando criação de novos espaços internos, ou modificações defunção dos mesmos, ou alterações dos elementos essenciais.

DEMÃO – camada de pintura.

DUPLEX – apartamento de dois pisos superpostos.

EDÍCULA – pequena casa; dependência para empregados.

EMBASAMENTO – parte inferior de um edifício destinada à sua sustentação.

EMBOÇO – a 1ª camada de argamassa ou cal, após o chapisco, que servede base ao reboco.

EMPENA – parede em forma de triângulo acima do pé direito.

ESCARIAR – rebaixar a fim de nivelar a cabeça de prego ou parafuso.

ESPELHO – face vertical de um degrau; peça que cobre a fechadura ouinterruptor, quando embutido.

ESPIGÃO – encontro saliente, em desnível, de duas águas do telhado; tacaniça.

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ESQUADRIA – fechamento dos vãos; formada por grade ou marco e fo-lhas.

ESTACA – peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no terrenocomo base da construção.

ESTRIBO – peça de ferro destinada a sustentar um elemento de constru-ção em relação a outro.

ESTRONCA – escora de madeira.

ESTUQUE – argamassa muito fina usada para acabamento de paredes ede forros; sistema para construção de forros ou paredes usando traçadosde madeira como apoio.

FACHADAS – elevações das paredes externas de uma edificação.

FACHADA PRINCIPAL – voltada para o logradouro público.

FÊMEA – entalhe na madeira para receber o macho.

FLECHA – distância entre a posição reta e a fletida de uma viga ou peça.

FOLHA – parte móvel da esquadria.

FORRO – vedação da parte superior dos compartimentos da construção.

FORRO FALSO – forro que se coloca após a construção da laje ou cober-ta e independente dela.

FUNDAÇÃO – conjunto dos elementos da construção que transmitemcargas das edificações ao solo.

GABARITO – medida que limita largura de logradouros e altura das edifi-cações.

GALPÃO – construção aberta e coberta.

GRADE – elemento vasado que forma a esquadria; marco.

GUARDA-CORPO – parapeito; proteção de um vão.

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JIRAU – pequeno piso colocado à meia altura.

JUNTA – espaço entre elementos.

LADRILHO – peça de forma geométrica, de pouca espessura, de cimentoou barro cozido, em geral destinado a pisos.

LÂMINA – bloco vertical numa construção de vários pavimentos.

LANTERNIM – pequena torre destinada à iluminação e ventilação.

LINHA – parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas; tirante.

LONGARINA – viga.

LOGRADOURO – espaço público (rua) compreendido entre dois alinha-mentos postos.

MÃO DE FORÇA ou MÃO FRANCESA – elemento inclinado de apoiodestinado a reduzir o vão dos balanços. Semelhante à asna.

MARQUISE – balanço constituindo cobertura.

MEIO-FIO – bloco que separa o passeio da rua.

MÓDULO – unidade de medida.

MONTANTE – peça vertical de madeira.

MOSAICO – painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica oupastilhas; montagem de fotografias aéreas em serviços de cartografia.

NERVURA – viga saliente ou não de uma laje;quando oculta chama-se tam-bém viga chata.

OSSO – sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o revestimento.

PANO – porção de superfície plana de parede, compreendida entre duaspilastras.

PANÔ – painel decorativo de tecido, usado para complemento de cortinas.

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PARAPEITO – resguardo de pequena altura, de sacadas, terraços e galerias.

PASSEIO – parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestre.

PASTILHA – pequena peça cerâmica, usada para revestimento de paredese pisos.

PATAMAR – superfície intermediária entre dois lances de escada.

PÉ-DIREITO – distância vertical entre forro e piso.

PEITORIL – parte inferior da janela / distância entre o piso e o início doespaço ocupado por ela.

PENDURAL – viga ou barrote que do vértice da asna cai sobre a linha datesoura.

PÉRGOLA – construção de caráter decorativo para suporte de plantas,sem constituir cobertura.

PILAR – elemento de sustentação tendo secção quadrada ou retangular.

PILASTRA – pilar incorporado à parede e ressaltando.

PILOTIS – elemento de sustentação de um pavimento térreo; nome que sedá ao pavimento térreo quando aberto.

PIVOTANTE – folha móvel em torno de eixo vertical.

PLANTA – projeção horizontal; vista superior; projeção de um corte hori-zontal numa edificação.

PLATIBANDA – coroamento de uma edificação, formado pelo prolon-gamento das paredes externas, acima do forro.

POÇO DE ILUMINAÇÃO/VENTILAÇÃO – espaço destinado a ven-tilação e iluminação de ambientes (janelas).

PORÃO – parte não usada para habitação, sob o térreo.

REBOCO – revestimento final de argamassa.

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RESPINGADOR - rebaixo ou saliência para desviar as águas pluviais.

RINCÃO – ângulo reentrante e em declive formado pelo encontro daságuas de um telhado; a calha que se coloca neste encontro.

RIPA – peça de madeira sobre os caibros.

RODAPÉ – faixa de proteção entre a parte inferior da parede e o piso.

SACADA – parte pouco saliente da construção.

SALIÊNCIA - elemento ornamental da edificação, que avança além doplano da fachada.

SANCA - moldura na parte superior da parede, ligando-a ao teto.

SERTEIRA – abertura estreita e vertical.

SOLEIRA – elemento localizado no piso, no vão das portas, de marco amarco.

SÓTÃO – espaço situado entre o forro e a cobertura, aproveitável comodependência de uso comum de uma edificação.

TABIQUE – parede leve que serve para subdividir compartimentos, sematingir o forro.

TALUDE _ rampa inclinada de um terreno, normalmente feita pelo ho-mem.

TAPUME – vedação provisória usada durante a edificação.

TELHA – elemento colocado na superfície externa da cobertura para pro-tegê-la de chuva, sol, vento, etc.

TELHADO – cobertura onde se usam as telhas.

- TELHADO DE DUAS ÁGUAS – cada lado se chama águas mestras

- TELHADO DE QUATRO ÁGUAS – os lados maiores se chamamÁGUAS MESTRAS, e os menores TACANIÇAS.

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TERÇAS – peças de madeira onde se pregam os caibros.

TERRAÇO – cobertura total ou parcial de uma edificação, constituindopiso acessível.

TESOURA – feita de vigas de madeira ou metal destinada a suportar acobertura.

TESTADA – linha que separa o lote do logradouro público (rua).

TRAÇO DE ARGAMASSA – proporção entre seus componentes.

TRELIÇA – armação de madeira ou metal onde existem aberturas; viga.

VARANDA – construção protegida pelo prolongamento da cobertura.

VASIO – vão ou abertura.

VÃO – abertura; distância entre os apoios.

VERGA – parte superior da porta ou janela, normalmente de alvenaria, ouainda, distância compreendida entre o forro e a parte superior de qualquerabertura.

ZENITAL – no alto, no zênite; iluminação zenital: feita através de aberturano teto.

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ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6492: Representação de Projetos de Arquitetura.

DOMINGUES, F.A.A. Topografia e Astronomia de Posição paraEngenheiros e Arquitetos. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1979.

FONSECA, R.S. Elementos de Desenho Topográfico. São Paulo, EditoraMcGraw-Hill do Brasil

FRENCH, T.E. Desenho Técnico. Editora Globo, Porto Alegre, 1975.

MANFÉ, G.; POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico.São Paulo, Editora Hemus, 1977. v.1.

MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Editora EdgardBlucher, 1978.

OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1973.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

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