Peça de Teatro - Os 3 Porquinhos (Definitiva)
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Peça de teatro “Os três porquinhos”
Narrador - Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos chamados
Linguiça, Salsicha e Salpicão, que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe. A mãe era
ótima: cozinhava, lavava e passava a roupa… enfim, fazia tudo pelos filhos. No entanto, os três
porquinhos não ajudavam a mãe no trabalho de casa nem se esforçavam em nada. E só
queriam brincadeira.
Mãe porca (dirigindo-se ao público) – Alguém viu os meus filhinhos? Tenho de fazer alguma
coisa: os marotos só pensam em comer, dormir e brincar. Linguiça?! Salsicha?! Salpicão?!
Onde estais? Vinde cá depressa senão levais uns valentes puxões de orelhas!
(Os três porquinhos descem as escadas tocando e brincando até chegarem junto da mãe ao
som de música.)
Mãe porca (após dar umas palmadas com a vassoura no rabo dos filhos) – Toca a sentarem-se
que preciso de ter uma conversa muito séria convosco. É sempre a mesma coisa! Já estais bem
crescidos e chegou o momento mais importante na vida de um porco. Está na hora de cada um
de vós ter mais responsabilidade e ir viver para a sua própria casa.
Linguiça – Fantástico!
Salsicha - Já somos grandes!
Salpicão – Cada um em sua casa!
Mãe porca (chorosa) - Preparei-vos um farnel para o caminho e desejo-vos o melhor meus
filhos. Espero que me venham ver de vez em quando e tenham muito cuidado com o grande
lobo mau. Ele também vive na floresta, adora comer porquinhos e eu não vou estar lá para vos
proteger.
Linguiça, Salsicha e Salpicão (Em simultâneo) - Sim mamã!
(Os três porquinhos pegam nas suas trouxas, despedem-se da mãe e partem.)
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Narrador - Estava um belo dia de sol quando os três porquinhos partiram pela floresta em
busca de um bom lugar para viverem.
Mãe porca (acenando com um lenço) – Cuidai uns dos outros e sede sempre unidos!
(Os três porquinhos partem alegres ao som de música.)
Narrador - Ao fim de algum tempo de caminhada, os porquinhos separam-se para procurar um
bom lugar para construir as suas casas e, assim que o encontraram, cada um começou a fazer a
sua própria casa.
O Linguiça, que era o porquinho mais novo, só pensava em brincar e era muito preguiçoso, por
isso fez a sua casa muito rapidamente, usando palha.
Linguiça – Este é o local ideal para construir a minha casa e viver feliz para sempre! Mas não
quero ter muito trabalho! Já sei: dá para construir uma boa casa com um monte de palha e
assim sobra-me mais tempo para a brincadeira! (Constrói a casa.)
Narrador - O Salsicha, que era o porquinho do meio, também gostava pouco de trabalhar e
estava ansioso por ir brincar com o mais novo, por isso juntou uns paus e depressa construiu
uma casa de madeira.
Salsicha – Não quero perder muito tempo a construir a minha casa, prefiro descansar e
brincar! Já sei: vou fazer uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Vai ficar tão
bonita! (Constrói a casa.)
Narrador - Já o Salpicão, que era o porquinho mais velho, era mais responsável e trabalhador,
e lembrou-se do que a sua mãe lhe tinha dito.
Salpicão – Não vou ter pressa… vou construir a minha casa de tijolos. Sei que vou ter muito
trabalho, mas assim terei uma casa bem resistente para me proteger do lobo mau. Só depois
vou pensar em divertir-me!
Narrador - É claro que foi o que demorou mais tempo a construir a casa (Os dois irmãos mais
novos aproximam-se e fazem pouco do esforço do mais velho). Foi preciso muito trabalho e
dedicação, mas, no fim, o porquinho Salpicão estava muito orgulhoso da sua bela e robusta
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casa de tijolos. E só quando terminou se juntou finalmente aos seus irmãos para brincar. (Os
três porquinhos dançam ao som de música.)
Narrador - Entretanto, quem também andava por aqueles lados da floresta era o temível lobo
mau, a quem a vida não corria de feição.
Lobo – Ai, ai que vida a minha! Já não como nada há tanto tempo que já sinto a pança a
roncar… mas que cheirinho é este a comida apetitosa? (Esconde-se atrás de uma árvore.) Olha,
olha! (Esfregando as mãos de satisfação e lambendo-se.) Acho que hoje é o meu dia de sorte.
Humm… três porquinhos bem roliços sem a sua mãe para os proteger e que vão ser o meu
jantar. (E o lobo vai-se aproximando e salta de trás da árvore.) Ah, ah! Vou-vos apanhar e
comer para a minha barriguinha encher!
(O lobo corre atrás dos três porquinhos numa grande algazarra com quedas pelo meio e os três
porquinhos assustados correm cada um para a sua casa, sendo que o lobo vai atrás do Linguiça
e quase o apanha.)
Lobo (Após bater à porta) – Abre esta porta e deixa-me entrar! Não tens por onde fugir e vou-
te comer… humm!
Linguiça – Nem penses! Juro pelo meu rabinho encaracolado que não te deixarei entrar!
Lobo (Zangado) – Nesse caso eu vou inchar e vou soprar e a tua casa vai pelo ar (Sopra com
som).
(A casa cai, o lobo persegue o Linguiça e este gritando por socorro consegue escapar. Acaba
por se esconder na casa de madeira.)
Lobo (Após bater à porta) – Abram esta porta e deixai-me entrar! Já não me podeis fugir e
quero encher a minha pança. Vou-vos comer aos dois… humm!
Salsicha – Nem penses! Juro pelo nosso rabinho encaracolado que não te deixaremos entrar!
Lobo (Fingindo) – Bem vou-me embora pois estes porquinhos são muito espertos e não os vou
conseguir comer.
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(Os dois porquinhos espreitam e de repente o lobo salta de trás da árvore e tenta atacá-los.)
Lobo (Zangado) – Pensais que me escapais?! Ah, ah, ah! Eu vou inchar e vou soprar e a casa vai
pelo ar (Sopra com som).
(A casa cai, o lobo persegue o Linguiça e o Salsicha e estes gritando por socorro conseguem
escapar. Acabam por se esconder na casa de tijolo.)
Lobo (Zangado) – Agora é que estou furioso! Abram esta porta e deixai-me entrar! Vou-vos
comer aos três… humm! E vou encher a minha pança até rebentar! Ah, ah, ah!
(Vendo que os porquinhos não saem, o lobo dirige-se ao público.)
Lobo – Pelos vistos não querem sair. Alguém me quer ajudar? Pode ser que partilhe um
presunto e olhai que são bem gordinhos! Nesse caso vou ter de ser mais esperto… já sei!
Estejam é caladinhos! (Disfarça-se de ovelhinha e bate novamente à porta.) Sou uma pobre
ovelhinha que perdeu a mãezinha. Deixem-me entrar por favor!
Salpicão - Nem penses! Sabemos bem que és tu lobo matreiro e juro pelo nosso rabinho
encaracolado que não te deixaremos entrar!
Lobo (Zangado e tirando o disfarce) – Pensais que me escapais?! Ah, ah, ah! Eu vou inchar e
vou soprar e a casa vai pelo ar (Sopra com som).
(Cansado e vendo que a casa não cai, o lobo dirige-se ao público.)
Lobo – Ufa que esta casa é resistente! Já sei: vou subir pela chaminé e vou entrar dentro de
casa e comer os porquinhos todos! Ah, ah, ah!
Narrador – Mas os três porquinhos foram espertos e, quando viram que o lobo mau estava a
subir ao telhado, acenderam a lareira e deste lobo mau nunca mais se ouviu falar.
(O lobo sobe as escadas, faz que salta e sai de casa com o rabo a arder queixando-se. Os atores
fazem um círculo e dançam ao som da música dos três porquinhos.)
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