Pecuária

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Treinamento para vaqueiros

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Segurança no Manejo deAnimais de Grande Porte

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Rodrigo Nogueira da SilvaTécnico em Segurança do TrabalhoReg: MTE - 000690-4/MT

Paulo Roberto LanfranchiTécnico em Segurança do Trabalho – Tecnólogo AmbientalReg. SSST/MTE: 0655-4

EQUIPE TÉCNICA

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Um dos principais objetivos – se não o mais importante – do manejo racional dos bovinos é trazer segurança a todos aqueles que trabalham com estes animais. Infelizmente, mesmo em muitas fazendas que procuram seguir um sistema de manejo melhorado não são adotadas, em geral, medidas de segurança objetivas e regulares.

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Um dos pontos mais recomendados para tornar mais seguro o manejo dos bovinos é a adoção de um guia de procedimentos, para o trabalho do dia a dia e atividades extras. Devem ser desenvolvidos para cada caso em particular

Em função de características particulares de cada fazenda como:

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infra-estrutura, aspectos culturais, tecnologias adotadas, localização, animais criados –

categorias, raça, manejo, temperamento etc.

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Além do fundamental lado puramente humanitário de um acidente com um funcionário – que pode até ser fatal -, pode-se analisar, racionalmente, também sob o ponto de vista financeiro (prejuízo) os custos de um trabalhador ferido durante o desempenho de sua função – o tempo parado, indenizações etc.

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A seguir, é apresentada uma sugestão, que trata de boas práticas para segurança no trabalho de manejo de bovinos. Este é apenas um guia de princípios gerais, restritos a algumas situações e baseado nos três pontos chaves do manejo de bovinos: • o homem, • a instalação e o • animal.

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Acidentes fatais e não-fatais na pecuária são causados tanto por animais como também por instalações de manejo e equipamentos inadequados.

Por exemplo

o “coice” de uma pescoçeira ou vazieira de um tronco de contenção

um embarcador em más condições de manutenção.

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Os RiscosO manejo de bovinos sempre envolve o risco de acidentes devido a:

coices,

cabeçadas ou Chifradas

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O risco aumenta se o trabalho envolve animais que não são trabalhados com frequência, como:

em função da categoria ou

criações mais extensivas.

Contudo, bons sistemas de manejo, funcionários competentes e treinados, e um rigoroso sistema de seleção e descarte podem assegurar que o trabalho com bovinos possa ocorrer com uma segurança razoável.

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Familiaridade com os animais pode levar a complacência.

Muitos acidentes ocorrem porque as pessoas falham em tratar os animais com a devida precaução.

Um animal dócil e brincalhão pode matar uma pessoa com a mesma facilidade que outro arredio e agressivo.

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Deve-se considerar:- O homem – incluindo capacidades físicas e mentais, treinamento e experiência;

- A instalação de manejo – cercas, seringa, tronco coletivo, pescoçeira ou tronco de contenção, embarcador etc;

- O animal – incluindo o quanto está acostumado ao manejo e sua saúde.

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O Homem

Qualquer um que trabalha com bovinos deve estar:

- apto a usar o equipamento de manejo a disposição;

- consciente dos perigos do trabalho com o bovino e ser supervisionado enquanto não estiver competente para tal;

- apto a trabalhar com calma o gado, sem gritos, impaciência ou excesso de força;

- em boa saúde e capacitado em métodos de segurança. Treinamento para tal pode ser realizado com profissionais da área.

Alguns trabalhos necessitam de duas ou mais pessoas, deve-se avaliar sempre estas necessidades antes de se iniciar a tarefa.

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A instalação de manejo

Toda fazenda de gado deve ter instalações de manejo bem planejadas, conservadas e em bom funcionamento. Um bom tronco coletivo e de contenção (ou uma boa pescoçeira – adaptada no tronco coletivo) são essenciais.

Nunca trate ou trabalhe com um bovino que não esteja bem contido.

Se tiver que trabalhar com um animal que estiver deitado, livre no tronco ou isolado em um curral – não sendo possível contê-lo adequadamente -, tenha uma boa área de escape para não ser atingido se o animal rolar, levantar ou se mover subitamente.

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O tronco coletivoVerifique que:- os animais possam entrar facilmente no tronco, e que haja espaço suficiente na seringa (embute) para um fluxo tranquilo em direção ao tronco. Uma seringa circular pode facilitar ao funcionário coordenar a movimentação do gado com segurança e eficiência;

- os animais tenham um visão clara a frente, para que locomovam-se mais facilmente. O ideal é um tronco curvo, mas desde que nas dimensões corretas;

- as laterais do tronco sejam altas o suficiente para que os animais não saltem sobre elas, tentando escapar;

- você possa conter o primeiro animal no tronco enquanto ele espera sua vez no tronco de contenção. Portões corrediços ou com dobradiças são indicados, mas devem ser operados pelo lado da área de serviço para o funcionário não tenha que passar por cima do tronco para fechar o mesmo. Ninguém deve trabalhar no tronco de contenção com um animal solto por trás, no tronco coletivo.

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O tronco de contenção

Um tronco de contenção (brete) que permita que a maioria dos trabalhos de rotina sejam realizados de maneira segura, incluindo tratamentos orais ou trabalhos no posterior, precisa, pelo menos:

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ter um portão na frente e pescoçeira (preferencialmente automática) para permitir que a cabeça da rês seja segura firmemente. Barras adicionais previnem que o animal movimente a cabeça na vertical e possa ferir alguém;

ter uma barra ou corrente traseira para minimizar o movimento para trás e para frente do animal (deve ser sempre utilizada);

que seja bem firme;

que seja localizado de maneira que os trabalhadores possam movimentar-se com segurança em torno e tenha uma boa iluminação natural ou artificial;

que, com um mínimo de esforço, admita a abertura fácil dos portões. A manutenção regular é fundamental;

que tenha um piso antiderrapante.

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Considere a possibilidade de portões de apartação após o tronco para a separação em diferentes grupos.

Cobertura e uma mesa ou apoio – para escrituração, instrumentos, medicamentos etc – próxima ao tronco de contenção auxiliam muito.

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Instalação própria para inseminação artificial (IA)

Para a prevenção de acidentes com o inseminador, sempre use um tronco de IA (“dark-box”), tronco de contenção ou uma estrutura similar para que a matriz não se movimente em excesso durante a inseminação – é fundamental evitar o excesso de pressão. Se necessário (variável conforme a instalação) verifique que o inseminador tenha o auxílio adequado para mover a rês em direção à estrutura de IA.

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Para tratamentos específicos como casqueamentos, por exemplo, use uma estrutura planejada para tal – tronco de casqueamentos, com “barrigueira”, apoio para as patas e espaço adequado, especialmente no posterior.

Verifique que não exista nenhum ponto de risco, de forma que se houver algum movimento brusco do animal você não se machuque ao se desviar.

Instrumentos de contenção podem ser úteis – ex. cordas ou correias -, mas desde que usados por pessoas experientes.

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Outros equipamentos

Paus e ferrões não devem nunca ser utilizados para bater no animal – isto só serve para ferir e agitar.

Antes de iniciar qualquer tratamento individual tenha certeza que o animal não possa atingi-lo com as patas.

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O animal

Muitos dos animais já estão familiarizados com o trabalho de rotina. Assegure que aqueles que não estão acostumados com o processo a ser realizado – local, sons, atividades e pessoas envolvidas -, sejam treinados/condicionados ao mesmo antes.

Conforme a idade, os animais talvez ainda não tenham desenvolvido todos os traços de agressividade que podem vir com a maturidade, mas eles nunca podem ser vistos como totalmente seguros. Independente da categoria do bovino assegure que as práticas de segurança ao manejo estejam sendo seguidas.

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Trabalhando com o gado no campoAlgumas tarefas podem ter de ser realizadas no campo, sem os equipamentos adequados. Se tiver que separar um animal do rebanho, ou qualquer outro trabalho no campo, por exemplo marcação ou brincagem de bezerros jovens, tenha certeza que o possa fazer com segurança. Sempre verifique que:

pelo menos duas pessoas estejam presentes se tiver que separar um animal do rebanho no pasto para qualquer tipo de tratamento;

a segunda pessoa esteja impedindo que outro animal ou a mãe do bezerro se aproxime de onde a tarefa esteja sendo executada.

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Touros

Os reprodutores muitas vezes são mantidos separados do restante o rebanho, e podem se tornar mais estressados no momento do manejo e oferecer maiores riscos.

Estes animais podem tornar-se mais fáceis de manejar se desde bezerros associarem a presença de pessoas com ocorrências prazerosas, como suplementação alimentar, escovação etc.

Se você adquirir novos touros – especialmente adultos , informe-se sobre como eles eram manejados, para procurar facilitar a adaptação destes em sua propriedade.

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Bois de engorda

Apesar de uma parte dos machos de engorda serem vendidos para abate antes de atingir sua maturidade quando podem tornar-se mais perigosos , estes também podem representar riscos para quem trabalha com eles em confinamento ou a pasto. Verifique que:

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atividades de manejo em que seja necessária a locomoção do funcionário entre os animais sejam realizadas com a segurança necessária, quando possível – ex. fornecimento de suplementos alimentares -, passar a realizá-las de fora do piquete;

exista uma área – corredor ou piquete adjacente – para qual você possa mover os animais quando for fazer alguma movimentação maior no piquete;

as cercas divisórias e porteiras sejam fortes os suficientes, estejam na altura correta e em perfeito estado de conservação e funcionamento;

pesagens, tratamentos veterinários, marcações e outras atividades de manejo individual sejam feitas de forma segura e controlada;

o curral de manejo – especialmente área de serviço e embarque – esteja planejado de forma que, dentro do possível, os funcionários não necessitem de locomover-se entre os animais. Uma instalação bem planejada permite que você tenha sempre uma área de escape ou proteção em pontos de maior risco.

Quando realizar embarques mantenha curraletes e piquetes adjacentes sempre fechados para facilitar a recuperação de animais que escapem do curral.

Tome todos os cuidados e precauções antes de entrar em recintos fechados com um animal adulto solto.

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Pescoceira Vazieira

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Brete Brete de contenção

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Castrador Inseminação ArtificialIA

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Embarcador

Tronco coletivo

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Casqueamento

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Vacinação Correta

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Tronco Curvo

Tronco de contenção

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Vacinação tronco coletivoFerrão

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1 - Pessoal

Lavar as mãos com água e sabão e trocar as roupas, após o término do trabalho no estábulo. Proteger a cabeça contra o sol com um chapéu de palha de abas largas. Não comer, não beber e não fumar durante o manuseio de produtos químicos. Se for trabalhar em áreas alagadas ou encharcadas, devem-se usar botas de borracha; em lugares com vegetação densa e perigosa, recomendam-se botas de cano alto ou perneiras de couro de raspa. Em dias de chuvas e trovoadas, nunca fique embaixo de linhas de transmissão, árvores isoladas ou perto de tratores, gado, cercas, córregos, cascatas ou lugares altos. Quando fumar, apagar o cigarro bem longe de materiais que se queimam com facilidade, como: montes de capim, palha, feno e gasolina.

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Pessoas com ferimentos ou lesões devem evitar o contato com esterco de animais.

A roupa utilizada durante o trabalho no curral deve ser lavada com água e sabão, separado das roupas da família. Tomar banho com água fria e sabão após a aplicação de defensivo animal. Trabalhar sempre em ambiente arejado.

Usar botas e luvas, evitando o contato direto com a urina e o excremento dos animais.

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2 - Instalações

Construir as instalações longe de poços, córregos e minas d’água. O poço deve estar no local mais alto do terreno. Utilizar água de boa qualidade para os animais. Combater regularmente moscas e mosquitos, a fim de se eliminarem as causas de doenças parasitárias. Brucelose, tétano, leptospirose, erisipela e outros são doenças transmitidas do animal para o homem. Manter as instalações limpas e desinfetadas. Não contaminar rios, lagos e fontes de água com material descartado de fezes humana e de animal. As cercas de arame que passam debaixo da rede elétrica devem ser isoladas. O isolamento pode ser feito por meio de espaçamento entre os mourões ou utilizando isolador para cerca. Isso garante a segurança de pessoas e animais.

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3 - Animais Doentes

Isolar os animais doentes ou suspeitos de alguma doença. Se necessário, sacrificá-los, enterrando em buracos profundos ou queimando-os. Não tratar nem vacinar os animais cansados ou debilitados. Respeitar a carência dos produtos usados, tanto no combate a doenças, quanto no uso de defensivos, para o abate e ou consumo do leite.

Usar seringas e agulhas fervidas e desinfetadas, ao vacinar os animais. As agulhas devem ser mantidas em soluções desinfetantes.

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4 - Medicamentos

Seguir rigorosamente a orientação do médico veterinário.

Ler cuidadosamente todas as instruções sobre o manuseio e a aplicação do produto (leia a receita e o rótulo). Não usar produtos vencidos.

Usar EPIs adequados para a atividade (luvas, botas, máscara, etc.). No manuseio do produto, afastar as crianças e outras pessoas não envolvidas no trabalho.

Armazenar os produtos em local trancado, fora do alcance de crianças, adultos e de animais. Não desentupir com a boca os bicos do equipamento de aplicação; desmonte-os e limpe-os com água.

Não contaminar poços, fontes e quaisquer cursos de água com a lavagem dos utensílios utilizados.

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*Trato com animais

Os animais são úteis ao homem, mas trazem também riscos de acidentes

Ex. quedas, chifradas, coices, mordidas, e as temidas zoonoses

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*Cuidado no manejo de animaisPara evitar acidentes com animais:

Aproximar-se pelo lado Castre, amanse e

Treine o animal

Descorna

Para arrear, amarre-oDe forma segura

Cuidado com cordasAmarradas ao corpo Use os animais

Mansos

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*Contenção de Animais

Mourão Brete Freio Alemão

Entravões Pé de Amigo Peia ou corda

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5 - Ferramentas

Corte de plantas utilizadas como capineiras exige grande esforço físico do trabalhador durante o manuseio de ferramentas cortantes e perigosas, provocando, muitas vezes, acidentes. Os acidentes mais comuns são os cortes, as dilacerações e as contusões.

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Alguns cuidados são necessários: Antes de iniciar o trabalho, examine as ferramentas e verifique se estão em perfeitas condições de uso.

Mantenha as ferramentas sempre bem afiadas, para facilitar o corte e diminuir o esforço empregado durante a sua utilização.

Para verificar o fio de facas e facões, não use os dedos ou a palma das mãos. Fazer movimentos o mais longe possível do corpo, principalmente das pernas e dos pés. Durante a utilização destas ferramentas, devem ser usadas luvas de couro, botas e perneiras de raspa. Manter, durante o trabalho, uma distância entre os trabalhadores, de modo a não se atingirem com as ferramentas de trabalho.

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6 - Vestimentas equipamentos de segurança e individual Camisa de algodão ou macacão de brim grosso, com mangas compridas e de cor clara.

Luvas de borracha.

Avental impermeável de PVC.

Botas de borracha de PVC de cor branca. Máscara descartável, para poeiras e vapores orgânicos (P2 mais VO). Perneira ou Calça de couro

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PERNEIRAS

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Sistema de amarração

IDEAL

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7 - Cuidados com embalagens vazias

Embalagens e vasilhames contaminados com agrotóxicos nunca devem ser queimados, enterrados, despejados no solo, jogados na água ou deixados nas beiras de rios ou estradas. Consulte os Órgãos do MAPA para ver o "Destino Correto das Embalagens Vazias de Agrotóxicos".

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Obrigado!!