PECUÁRIA DO BRASIL - Secretaria da Agricultura e ... 2007 CURITIBA 2007 ESTADO DO PARANÁ...

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – SEAB DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL – DERAL DIVISÃO DE CONJUNTURA AGROPECUÁRIA - DCA FÁBIO PEIXOTO MEZZADRI CURITIBA 2007 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO –

SEABDEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL – DERALDIVISÃO DE CONJUNTURA AGROPECUÁRIA - DCA

FÁBIO PEIXOTO MEZZADRI

CURITIBA2007

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – SEAB

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL – DERALDIVISÃO DE CONJUNTURA AGROPECUÁRIA - DCA

Cenário Atual da Pecuária de CorteAspectos do Brasil com Foco no Estado do Paraná

Ano 2007

CURITIBA2007

ESTADO DO PARANÁ

Governador de Estado Roberto Requião de Mello e Silva

Secretário de Estado da Agricultura e do AbastecimentoValter Bianchini

Diretor Geral da SEABHerlon Goelzer de Almeida

Chefe do DERALFrancisco Carlos Simioni

Colaboradores:

Revisão Ortográfica:

SUMÁRIO

Mezzadri, Fábio Peixoto XXXX

Cenário Atual da Pecuária de Corte - Aspectos do Brasil com Foco no Estado do Paraná - Ano 2007 – Fábio Peixoto Mezzadri. – Curitiba: SEAB/DERAL/DCA, 2007.xxxxxxxxx

1.0 Introdução............................................................................................................062.0 Pecuária no Mundo..............................................................................................07

2.1 Mundo...............................................................................................................073.0 Pecuária no Brasil...............................................................................................09

3.1 Resumo – Abates, Produção e Exportação......................................................094.0 Pecuária no Paraná..............................................................................................11 4.1 Características da Pecuária Paranaense.........................................................13 4.2 Paraná – Índices de Produtividade..................................................................13 4.3 Mercado da Carne Bovina Paranaense...........................................................14 4.4 Cabeças Abatidas e Produção de Carne.........................................................14 4.5 Exportações Paranaenses...............................................................................14 4.6 Paraná – Preço Médio Corrente – Arroba B.ovina...........................................14 4.7 Paraná – Preço Médio do Bezerro e Boi Magro..............................................185.0 Parque Industrial....................................................................................................196.0 Programas Ligados à Pecuária de Corte no Paraná..........................................20 6.1 Rastreabilidade..................................................................................................20 6.2 Pecuária de Curta Duração...............................................................................217.0 Nova Metodologia de Comercialização “Alianças Medológicas.......................22 7.1 Ações e filosofia de trabalho das Alianças Mercadológicas..............................22 7.2 Tabela – Padrão do Novilho Precoce Paranaense............................................22 8.0 Características da Produção no Paraná..........................................................239.0 Pastagense Alimentação.....................................................................................24

9.1 Descrição das Principais Espécies Forrageiras Cultivadas no Paraná.............24

10.0 Aspectos Sanitários............................................................................................2911.0Aspectos Ambientais...........................................................................................30

11.1 Praticas de Conservação e Manejo Ambiental, utilizadas também para propriedades que trabalham com pecuária de corte................................................3011.2 Setores que trabalham o Meio-Ambiente, Produção Correta e Sustentável...31

12.0 Raças de Corte Criadas no Paraná....................................................................3312.1 Aberdeen e Red Angus....................................................................................3412.2 Charolês...........................................................................................................3512.3 Simental............................................................................………….................3512.4 Limousin...........................................................................................................3612.5 Caracu……….......…………………………………………….....................…......3712.6 Nelore………………………………………………………...................................3812.7 Guzerá..............................................................................................................39

13.0 Principais raças criadas no Paraná e Brasil, oriundas de cruzamentos(sintéticas)..............................................................................................40

13.1Canchin...........................................................................………......................4013.2Brangus................................…..........................................…….......................4013.3Simbrasil...........................................................................................................41

14.0 Perspectivas........................................................................................................4215.0 Conclusão............................................................................................................43

1.0 INTRODUÇÃO1.0 INTRODUÇÃO

O Brasil, atualmente possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 200 milhões de cabeças, criadas quase que em sua totalidade de maneira extensiva, a pasto, sem o uso de qualquer alimento suplementar, a não ser os minerais e da forma mais natural possível, integrando a atividade pecuária ao meio-ambiente, resultando, cada vez mais, em uma carne produzida de maneira sustentável, natural, buscando-se minimizar agressões à natureza.

Assim como o restante do País, o Estado do Paraná apresenta uma pecuária na maioria extensiva, possuindo uma variedade de solos e climas que propiciam a implantação de diversas pastagens de qualidade, a criação e adaptação de diferentes espécies bovinas e seus cruzamentos.

Além das favoráveis características naturais, o Paraná conta com produtores cada vez mais profissionais e capacitados, que buscam atingir grandes índices produtivos, com respeito ao meio-ambiente.

No estado desenvolvem-se programas de governo que visam o aprimoramento da atividade pecuária, em busca de maior rentabilidade do produtor rural com sustentabilidade, buscando levar ao consumidor final, produtos de qualidade e com garantia sanitária.

Este trabalho mostrará alguns dados da pecuária de corte mundial, números e aspectos relevantes da atividade no cenário nacional com foco em aspectos fundamentais da atividade no Estado do Paraná; descritos e comentados.

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2.0 PECUÁRIA NO MUNDO2.0 PECUÁRIA NO MUNDO

2.1 Mundo

Certamente, o Brasil ainda é um dos únicos países que possui condições para expandir na pecuária de corte visto que ainda existem muitas áreas a serem exploradas, de forma ecologicamente correta e com tecnologias de produção que visam não agredir o meio ambiente. Países tradicionais produtores de carne bovina como a Austrália e Argentina, encontram problemas para a expansão de seus rebanhos, como a seca e a falta de território.

Nosso país conta com uma grande variedade de espécies forrageiras e raças bovinas de alta produtividade e perfeitamente adaptadas ao nosso território.

Todos estes aspectos levam o Brasil a possuir uma pecuária de corte saudável, com animais alimentados, com produtos e rações de origem vegetal e criados dentro de modernos e corretos conceitos ambientais.

Segundo estimativa da FAO, o mundo no ano de 2005, produziu 264,7 milhões de toneladas de carnes, com crescimento de 2,8% em relação ao ano de 2004.

Deste total, 63,5 milhões de toneladas foram de carnes bovina.

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Produção Mundial de Carnes(em milhões de toneladas)

Países 2003 2004(estimativa)

2005(previsão)

Total Mundial 253,3 257,6 264,7Carne de Aves 76,2 77,8 80,0Carne Suína 98,5 100,8 103,4Carne Bovina 61,5 61,5 63,5Carne Caprina e Ovina

12,2 12,4 12,8

Outras Carnes 5,0 5,1 5,1Exportações 19,5 19,3 20,1Carne de Aves 8,2 7,8 8,2Carne Suína 4,2 4,5 4,5Carne Bovina 6,1 6,0 6,3Carne Caprina e Ovina

0,7 0,7 0,8

Outras Carnes 0,2 0,2 0,2Consumo Per Capita (kg)

40,3 40,5 41,7

Carne de Aves 12,2 12,2 12,6Carne Suína 15,7 15,9 16,3Carne Bovina 9,8 9,7 10,0Carne Caprina e Ovina

1,9 2,0 2,0

Outras Carnes 0,8 0,8 0,8Fonte: FAO Food Outlook Abril 2005

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3.0 PECUÁRIA NO 3.0 PECUÁRIA NO BRASILBRASIL

• O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo: aproximadamente 200 milhões de cabeças em 2006 Maior exportador mundial de carne bovina

Em 2006, o Brasil abateu 44 milhões de cabeças de bovinos e produziu aproximadamente 9 milhões de toneladas de carne, sendo que deste total 28% foram exportados e 72% vendidos no mercado interno. Em 2006, o Brasil superou a Austrália em receita de exportação com carnes bovina

A quantidade de carne exportada aumentou 13% em 2006, passando de 1,96 milhão de toneladas em equivalente carcaça, em 2005, para 2,22 milhões de toneladas no ano de 2006. Mas, segundo a CNA, os ganhos não chegam ao produtor que enfrentou em 2006 o quarto ano consecutivo de perdas. “Falta renda para o pecuarista manter a produtividade em nível satisfatório”, afirma o presidente do Fórum da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. Nos quatro anos de pesquisa CNA/CEPEA foi possível constatar uma perda de margem de lucro na atividade de 42%, devido ao aumento de 32% nos custos de produção e queda de 9,5 no preço da arroba do boi.

Apesar do quadro de dificuldades enfrentado pelo Brasil em 2006, devido a problemas com a febre aftosa, nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, o país fechou 2006 como o maior exportador de carne do mundo, superando a Austrália também em receita de exportação, devido à melhoria da qualidade da nossa carne e a venda de cortes industrializados e embalados, agregando valor ao nosso produto.

Quando surgiram focos e suspeitas de febre aftosa, em algumas regiões produtoras brasileiras, em 2005, mais de 50 países restringiram as importações da carne brasileira. Mesmo assim, contando apenas com a carne produzida nos estados não embargados, o País exportou US$ 3,92 bilhões no ano de 2006, o que representa 28% de aumento em relação a 2005, quando foram exportados US$ 3,06 bilhões.

3.1 Resumo – Abates, Produção e Exportações

BRASIL - Maior rebanho comercial do mundo com aproximadamente 200 milhões de cabeças bovinas

Abates (cabeças) Ano 2006 – 44 milhões de cabeças

Produção de carne Ano 2006 - 9 milhões de toneladas

Crescimento das Exportações

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Aumento das exportações em 28% no ano de 2.006 - devido a uma série de fatores positivos como: valorização da carne brasileira no mercado externo, recuperação do consumo mundial e a incapacidade de outros países produtores, como Argentina, Estados Unidos e União Européia, de atenderem a essa demanda, principalmente por motivos geográficos, territoriais, ambientais e sanitários.

Receita

Ano 2005 = US$ 3,06 bilhões Ano 2006 = US$ 3,92 bilhões

Crescimento de 28% em 2006 Volume

Ano 2005 = 1,96 milhão de toneladas Ano 2006 = 2,22 milhão de toneladas

Crescimento de 13% em 2006 (Fonte: MAPA)

No ano de 2006, 28% da carne produzida no Brasil foi exportada e 72% permaneceu no mercado interno.

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4.04.0 PECUÁRIA NO PARANÁ PECUÁRIA NO PARANÁ

• 7º rebanho no “ranking” brasileiro• 10 milhões de cabeças bovinas (rebanho de leite, corte e misto)• 5% do rebanho nacional

Aproximadamente 7,5 milhões de cabeças formam o rebanho de corte paranaense, alocado em 223.000 propriedades com tamanho médio de 140 cabeças e 40 mil produtores.

As regiões mais expressivas em pecuária de corte no estado são Umuarama e Paranavaí, embora existam outras regiões muito importantes na atividade como: Londrina, Maringá, Campo Mourão, Jacarezinho, Ponta Grossa, entre outras.

• UMUARAMA – 1º lugar= 1.121.635 cabeças • PARANAVAÍ – 2º lugar= 1.109.921 cabeças

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Os bovinos da raça nelore e anelorados compõem aproximadamente,

70% do rebanho de bovinos do Brasil e também do Paraná, onde a raça adaptou-se perfeitamente ao clima subtropical observado nas regiões do Norte, Noroeste e Oeste do Estado.

A constante busca de melhores índices de produtividade na pecuária moderna faz com que cada vez mais sejam utilizadas técnicas reprodutivas, como: a inseminação artificial, a transferência de embriões e o cruzamento industrial.

No cruzamento industrial são utilizados reprodutores de raças européias,

sobre um rebanho de matrizes de sangue zebuíno (maioria base nelore no Brasil e Paraná).

Este tipo de cruzamento agrega ao produto obtido, através da heterose (choque de sangue), fatores positivos, como: rusticidade, maior ganho de peso, melhor qualidade de carcaça, maior conversão alimentar, melhor habilidade materna nas fêmeas, maior fertilidade, adaptabilidade, entre outras características.

Além do nelore, outras raças puras européias e zebuínas merecem destaque no Estado, entre elas: a charolesa, simental, limousin, guzerá, caracu, aberdeen angus, etc.

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DISTRIBUIÇÃO DO REBANHO NO PARANÁDISTRIBUIÇÃO DO REBANHO NO PARANÁSEGUNDO APTIDÃO E RAÇAS

20Leiteiro

10Misto

125870Corte

CruzamentoIndustrial - %

Nelore%

Total%

REBANHO

20Leiteiro

10Misto

125870Corte

CruzamentoIndustrial - %

Nelore%

Total%

REBANHO

Fonte: SEAB/DERAL

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4.1 Características da Pecuária Paranaense

• Produtores cada vez mais tecnificados• Pastagens de qualidade• Aumento da lotação (> 1,5 cab/ha)• Rebanhos de alto valor genético • Sanidade dos rebanhos• Crescimento em produtividade

Fonte: SEAB/DERAL/EMATER – 2007 / PR

4.2 Paraná – Índices De Produtividade 2007

O Estado do Paraná está se tornando um pólo superior em pecuária de corte. Os rebanhos possuem qualidade genética e sanidade, os produtores preocupam-se cada vez mais em conhecer e utilizar tecnologias sejam elas, sanitárias, de manejo, reprodutivas e nutricionais que levem a uma maior produtividade de seus rebanhos.

O uso destas tecnologias, o entendimento de novos conceitos na pecuária de corte e a modernização das propriedades rurais, estão resultando, na melhoria constante dos níveis de produtividade, demonstrados no quadro acima. Estes índices são uma média das marcas atingidas em todo o Estado, sendo que em muitas propriedades os índices de produtividade apresentam-se bem superiores aos apresentados.

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INDICADORES REFERÊNCIA ATUAL META

Taxa de natalidade 60% 75 a 80%

Mortalidade no 1º ano 2% 1%

Taxa de lotação de pastagens 1,5 U.A 3,0 U.A

Idade média 1ª cria 36 meses 24 meses

Intervalo entre partos 14,5 meses 12 meses

Produção de carne 82 kg/ha/ano 180 a 200 kg/ha/ano

Idade média de abate 36 meses 24 a 15 meses

Rendimento de carcaça 52% > 55 a 56% (machos)

Taxa de desfrute 22% 30%

INDICADORES REFERÊNCIA ATUAL META

Taxa de natalidade 60% 75 a 80%

Mortalidade no 1º ano 2% 1%

Taxa de lotação de pastagens 1,5 U.A 3,0 U.A

Idade média 1ª cria 36 meses 24 meses

Intervalo entre partos 14,5 meses 12 meses

Produção de carne 82 kg/ha/ano 180 a 200 kg/ha/ano

Idade média de abate 36 meses 24 a 15 meses

Rendimento de carcaça 52% > 55 a 56% (machos)

Taxa de desfrute 22% 30%

INDICADORESINDICADORESINDICADORES REFERÊNCIA ATUALREFERÊNCIA ATUALREFERÊNCIA ATUAL METAMETAMETA

Taxa de natalidadeTaxa de natalidadeTaxa de natalidade 60%60%60% 75 a 80%75 a 80%75 a 80%

Mortalidade no 1º anoMortalidade no 1º anoMortalidade no 1º ano 2%2%2% 1%1%1%

Taxa de lotação de pastagensTaxa de lotação de pastagensTaxa de lotação de pastagens 1,5 U.A1,5 U.A1,5 U.A 3,0 U.A3,0 U.A3,0 U.A

Idade média 1ª criaIdade média 1ª criaIdade média 1ª cria 36 meses36 meses36 meses 24 meses24 meses24 meses

Intervalo entre partosIntervalo entre partosIntervalo entre partos 14,5 meses14,5 meses14,5 meses 12 meses12 meses12 meses

Produção de carneProdução de carneProdução de carne 82 kg/ha/ano82 kg/ha/ano82 kg/ha/ano 180 a 200 kg/ha/ano180 a 200 kg/ha/ano180 a 200 kg/ha/ano

Idade média de abateIdade média de abateIdade média de abate 36 meses36 meses36 meses 24 a 15 meses24 a 15 meses24 a 15 meses

Rendimento de carcaçaRendimento de carcaçaRendimento de carcaça 52%52%52% > 55 a 56% (machos)> 55 a 56% (machos)> 55 a 56% (machos)

Taxa de desfruteTaxa de desfruteTaxa de desfrute 22%22%22% 30%30%30%

4.3 Mercado da Carne Bovina Paranaense

• Produção

• Exportação

• Variação

• Preços

4.4 Cabeças Abatidas e Produção de Carne

Ano 2005 com SIF e SIP - 1.497.677 cabeças - *336.980 t de carne Ano 2006 com SIF e SIP

- 1.435.675 cabeças - *323.027 t de carne * convertido – peso de carcaça de 225 kg

No total, no ano de 2006, o Paraná abateu cerca de 2.200.000 cabeças com uma produção de 530 mil toneladas de carne.

4.5 Exportações Paranaenses

Ano 2005Carnes in natura Carnes industrializadas 34.508 t 500 t US$ 78 milhões Ano 2006Carnes in natura Carnes industrializadas 5.500 t 718 tUS$ 14 milhões

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________________________________________________________________*FOB - Fonte: MDIC/SECEX/ sistema aliceweb

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4.6 Paraná - Preço Médio Corrente - Arroba Bovina

R$/@)

VARIAÇÃO ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2006 (R$/@)

Fonte: SEAB/DERAL/DEB Elaboração: SEAB/DERAL/DCA

Arroba Bovina – Paraná - Evolução dos Preços - Anos 2002 a 2006 (R$/@)

Fonte: SEAB/DERAL

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Ano 2002

Ano 2003

Ano 2004

Ano 2005

Ano 2006

45,41 54,14 55,89 50,76 48,86

Ano 2005 Ano 2006 Variação %

50,76 48,86 - 3,74

R$ 40,00

R$ 45,00

R$ 50,00

R$ 55,00

R$ 60,00

Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006

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Arroba Bovina - Paraná – Cotações Médias

Janeiro a Julho de 2007 em (R$/@)

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

51,65 52,14 52,79 52,23 51,55 52,57 57,25 Fonte: SEAB/DERAL/DEB Elaboração: SEAB/DERAL/DCA

Paraná - Preços Médios Estaduais da Arroba Bovina - Janeiro a Julho de 2007

R$ 48,00R$ 49,00R$ 50,00R$ 51,00R$ 52,00R$ 53,00R$ 54,00R$ 55,00R$ 56,00R$ 57,00R$ 58,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Julho Fonte: SEAB/DERAL/DEB Elaboração: SEAB/DERAL/DCA

O ano de 2007 iniciou-se apresentando ainda baixas cotações para a arroba bovina. O clima atípico que ocorreu aproximadamente até o mês de abril de calor prolongado e chuvas constantes, contribuiu para a boa produtividade das pastagens por maior tempo, propiciando maior período de engorda para o gado, situação que explica um pequeno declínio nas cotações da arroba neste mês, quando ocorreu grande oferta de animais no mercado proveniente dos últimos lotes, ainda retirados de pastagens de verão. Esta situação, aliada a fatores que serão descritos, a seguir, contribuiu para a crescente oferta de carnes no mercado interno, fato que ocasionou até o 1º semestre de 2007 as baixas cotações da arroba.

Os fatores que ocasionaram a queda e estagnação dos preços em baixos patamares, mais expressivamente, desde o ano de 2004, foram:

MAIOR OFERTA NO MERCADO INTERNOMAIOR OFERTA NO MERCADO INTERNO

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Ocasionada por:

Liberação de áreas de pastagens para o plantio de cereais; Liberação de áreas de pastagens para o plantio da cana-de-açúcar,

principalmente no noroeste do Paraná; Aumento no custo dos principais insumos; Perda de rentabilidade; Maior volume de matrizes abatidas = 50%; Redução nas exportações;

= excesso na oferta interna de carne!!!

O início do mês de junho marcou a retomada dos preços da arroba bovina, o que acentuou-se mais concretamente a partir de julho (2ºsemestre como era o previsto), chegando ao fim do mês ao valor de R$ 58,12, sendo que, as cotações chegaram a R$ 60,00 nas regiões de Curitiba, Londrina e Umuarama e a R$ 59,00 na de Paranavaí.

Além do início da recuperação dos preços do boi gordo, outro setor que esboça recuperação é o da cria. O grande abate de matrizes que acontece desde 2003, aproximadamente, ainda continua, porém agora mais expressivamente na região noroeste (Umuarama e Paranavaí), a mais importante em pecuária de corte no Estado, onde muitas e tradicionais propriedades de pecuária de corte estão mudando para a cana-de-açúcar.

Estes pecuaristas estão abatendo todos os seus animais, inclusive matrizes em idade produtiva, na intenção de transformarem suas pastagens em canaviais, retirando suas estruturas de currais, cercas e cochos e dificilmente voltarão para a atividade pecuária.

Esta situação que já ocorre a alguns anos e hoje continua em função do avanço da cana, aliada a outros fatores econômicos e também ao ciclo pecuário, está causando declínio na oferta de bezerros e também em outras categorias do mercado de reposição, como bois magros e novilhas.

O preço do bezerro de desmama, com dos 7 a 9 meses, que no ano de 2005, não ultrapassou na média R$ 370,00 hoje está apresentando cotações entre R$ 400,00 a R$ 450,00, sendo que em algumas praças, dependendo da raça e qualidade dos animais, estes valores chegam a R$ 500,00 por cabeça, mostrando um acréscimo médio de 22%, no valor destes animais.

Outra importante categoria da reposição que apresentou elevação nas cotações foi o boi magro. No mês de julho de 2006, a média dos preços desta categoria levantada pelo DERAL foi de R$ 487,60/cabeça, acrescendo em 26%, em relação ao mês de julho de 2007, onde o valor observado foi de R$ 615,32/cabeça.

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4.7 Paraná - Preços Médios de Bezerros e Bois Magros

Paraná - Preços Médios do BezerroAno 2005 e julho de 2006

Ano 2005 Julho 2007R$ 370,0 R$ 450,0

Fonte: DERAL – Pesquisa de Mercado

Fonte: DERAL – Pesquisa de Mercado

Paraná – Preços Médios do Boi Magro p/ EngordaJulho de 2006 e Julho de 2007

Julho 2006 Julho 2007R$ 487,60 R$ 615,32

Fonte: SEAB – DERAL

Fonte: SEAB - DERAL

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R$ 0,00

R$ 100,00R$ 200,00

R$ 300,00R$ 400,00

R$ 500,00

Ano 2005 Julho de 2007

Paraná - Variação dos Preços Médios do Bezerro

R$ 0,00

R$ 200,00

R$ 400,00

R$ 600,00

R$ 800,00

2006 2007

Paraná - Variação dos Preços do Boi Magro p/ Engorda - Julho de 2006 e Julho de 2007

5.0 PARQUE INDUSTRIAL 5.0 PARQUE INDUSTRIAL

• 26 frigoríficos com SIF (Serviço de Inspeção Federal)• 71 plantas com SIP (Serviço de Inspeção Estadual)

Atualmente 3 frigoríficos no Estado exportam carne bovina:

• Frig. Mercosul – Paiçandu e Nova Londrina• Frig. Garantia – Maringá (empresa adquirida pelo grupo Friboi)• Frig. Margen - Paranavaí

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6.0 PROGRAMAS LIGADOS À PECUÁRIA DE CORTE NO ESTADO DO6.0 PROGRAMAS LIGADOS À PECUÁRIA DE CORTE NO ESTADO DO PARANÁ PARANÁ

• Rastreabilidade SEAB/DEFIS/PR

• Pecuária de Curta Duração EMATER/PR

6.1 Rastreabilidade

É a identificação individualizada dos animais e o acompanhamento da fazenda até o frigorífico, conhecendo e registrando dados sobre a espécie, sexo, raça, data de nascimento, filiação, sistema de criação e alimentação, vacinações e exames realizados.

A rastreabilidade será executada por entidades certificadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA -.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento - SEAB -, por meio do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária/Divisão de Defesa Sanitária Animal (DEFIS/DDSA), dispõe da certificadora oficial denominada CERT SEAB/DDSA, sendo o único órgão público a realizar a rastreabilidade.

A entidade certificadora identifica os animais individualmente e registra todos os dados de relevância ao longo de sua vida, em banco de dados do seu próprio sistema e também dados das propriedades e proprietários. Supervisiona o registro das informações, o controle das movimentações de animais, o manejo reprodutivo, alimentar, sanitário e a utilização de insumos.

Os animais rastreados deverão ter dupla identificação, podendo ser adotada uma das opções:a) Duplo brinco (brinco grande + bóton);b) Brinco grande + dispositivo eletrônico;c) Brinco grande + tatuagem;d) Brinco grande + marca à fogo (desaconselhável);

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782.531 cabeças estão rastreadas no Paraná, sendo 163.443 pelo CERT-SEAB (dados de abril de 2007)

6.2 Pecuária de Curta Duração

EMATER – PR - Sistema intensivo de criação de bovinos, do nascimento até a terminação

O Programa Pecuária de Curta Duração, desenvolvido e coordenado pela equipe de técnicos da EMATER, busca orientar os pecuaristas a utilizarem técnicas modernas, atuais e eficazes de manejo, reprodução, sanidade e nutricionais para que estes venham a obter animais melhorados, chegando ao objetivo final que é a produção de um bovino precoce, de carne macia e com cobertura de gordura adequada. OBJETIVOSOBJETIVOS

Produzir carnes de excelente qualidade;

Aumentar a renda do pecuarista e acelerar o giro de capital;

Terminação de animais precoces em até 24 meses e superprecoces em até 16 meses;

Incentivar as “Alianças Mercadológicas”;

Incentivar a profissionalização dos produtores;

Focar a produção de carnes e não somente a criação de bovinos;

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7.0 NOVA METODOLOGIA DE COMERCIALIZAÇÃO7.0 NOVA METODOLOGIA DE COMERCIALIZAÇÃOALIANÇAS MERCADOLÓGICAS

O Estado do Paraná, desde 1998, conta com um importante projeto pioneiro no cenário nacional, as Alianças Mercadológicas, quando surgiu a primeira organização no município de Guarapuava. As Alianças são uma nova metodologia para a produção e comercialização de carne bovina diferenciada, proveniente de animais precoces, rastreados, com sanidade e qualidade de carne garantida. Este projeto beneficia o pecuarista que participa do processo de comercialização da carne, recebendo um valor justo pela venda de animais de qualidade superior e, também, os consumidores que tem a opção de adquirir um produto diferenciado que apresente aspectos como: textura, maciez e sabor, além de estarem consumindo um produto com garantia de sanidade e origem.

• Busca de produção de carnes de qualidade superior entregue a nichos de mercados específicos, com remuneração superior e mais justa ao produtor;

• Ano 2007 – 8 organizações (5 alianças e 3 cooperativas);

• 130 produtores com potencial de abate de 70.000 cabeças de novilhos precoces/ ano;

7.1 Ações e filosofia de trabalho das Alianças

• organização dos produtores

• escala de produção

• constância de abastecimento

• padrão de qualidade e sanidade

• fidelização dos consumidores

7.2 Padrão do Novilho Precoce Paranaese Fonte: Instrução Normativa SEAB - 2006

8.0 CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO NO PARANÁ8.0 CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO NO PARANÁ

• Confinamentos - Noroeste e Norte; • Oferta constante de animais ao longo do ano; • Posição climática e topográfica privilegiada; • Adaptação de diferentes espécies bovinas (zebuínas e taurinas), o que possibilita o cruzamento industrial;

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No Estado do Paraná, o sistema totalmente intensivo (confinamento) não é uma prática amplamente utilizada. Existe uma maior concentração deste sistema nas regiões noroeste (Umuarama e Paranavaí) e na região norte (Londrina e Maringá). O município onde se localizam em maior parte os confinamentos é Cidade Gaúcha, localizada no núcleo regional de Umuarama.

O Paraná possui um clima diversificado. O norte do Estado é cortado pelo Trópico de Capricórnio que divide o clima em subtropical e temperado, o que favorece a cultura de variadas espécies forrageiras em todas as estações do ano, e permite a criação de diferentes raças bovinas adaptadas ao frio e ao calor, favorecendo a oferta constante de animais precoces e com bom peso ao longo do ano.

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9.0 PASTAGENS E ALIMENTAÇÃO9.0 PASTAGENS E ALIMENTAÇÃO

6,7 milhões de hectares de pastagens:6,7 milhões de hectares de pastagens:

1,4 milhões de ha de pastagens nativas e 5,3 milhões de ha de pastagens cultivadas;

No Sul do Estado são utilizados, além das pastagens plantadas, feno e concentrados;

Possibilidade de utilização de “resíduos” e “subprodutos” das culturas de verão, como o milho, trigo, cana-de-açúcar, soja e mandioca;

A utilização de “subprodutos” vegetais, elimina a necessidade de se fazer uso de rações com resíduos de origem animal.

As pastagens paranaenses são formadas por espécies forrageiras diversas e de qualidade, como as Braquiárias (Brizanta, Decubens, Humidícola), as Hermátrias (Roxinha, Estrela, Flórida), Capim-Elefante, Napier, Colonião, Capim Jaraguá, Setárias, Milheto entre outras espécies tropicais. Entre as variedades de inverno (clima temperado), as mais difundidas são a aveia-preta e o azevém, consorciadas muitas vezes com leguminosas como os trevos branco e vermelho.

Nos sistemas intensivos de criação, nos quais se busca produtividade máxima e a produção de animais pesados e precoces, também são utilizados outros alimentos volumosos, como silagens de milho e sorgo, pré-secados de aveia e azevém, além de fenos. Os alimentos concentrados vêm na forma de rações, produzidas com resíduos totalmente de origem vegetal (“subprodutos” do milho, trigo, soja, mandioca, cana-de-açúcar, etc...), produtos de fácil acesso em um Estado de expressiva produção agrícola como o Paraná.

9.1 Descrição das Principais Espécies Forrageiras Cultivadas no Paraná *

Espécies Tropicais (verão):

Capim colonião

- adaptação a solos arenosos de boa fertilidade- baixa resistência ao frio- reprodução tanto por muda como por semente- boa resistência ao pisoteio- manejo com melhor aproveitamento não inferior a 40 cm e não superior a 1,5 m.- produtividade de 40 a 50 t de massa verde/ha/ano em 3 ou 4 cortes/ano, podendo chegar entre 180 e 200 t adubando.

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Brachiaria decumbens

- alta resistência à seca- bastante agressiva, boa para controle de erosão- responde bem à adubação- manejo: entrar com os animais com a altura da planta entre 30 e 40 cm e retirar com 10 a 15 cm, com descanso de 15 dias- boa resistência ao pisoteio.

Brachiaria humidícola

- resistente ao pisoteio- tolerante ao ataque de cigarrinhas- bastante agressiva- mais exigente que a decumbens quanto à qualidade do solo- usada para eqüinos.

Brachiaria Ruzziziensis

- menos agressivas que as outras- não é exigente em fertilidade, mas responde bem à adubação- resistente à alta pluviosidade.

Setária Kazungula

- grande resistência à seca- tolera baixas temperaturas, mas não geadas- solos de textura média e férteis- manejo de 50 cm até 10 cm (não deixar atingir alto grau de maturação)- elevada palatabilidade- sofre ataque de cochonilha.

Capim elefante

- resistência relativa ao frio, fogo e seca- baixa resistência à geada- manejo como pastagem - 70 a 80 cm até 30 cm- manejo como capineira: 1,30 a 1,50 m até 15 a 20 cm- idade de maturação 100 dias- plantar as mudas com 15 cm de profundidade, com 50 cm até 1,0 m de espaçamento.

Capim Jaraguá

- curto período de aproveitamento- alta resistência ao fogo, pisoteio e solos fracos- pouco tolerante a secas e baixas temperaturas

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Capim gordura

- baixa produtividade - resistente a solos fracos- não tolerante ao fogo, pisoteio e seca- bom para terrenos com alta declividade.

MILHETO

Capim anual de verão, possui muito boa condição nutricional para gado leiteiro e de corte, sendo recomendado como pasto de verão para vacas em produção. Possui proteína, média a alta, com boa digestibilidade e NDT. Requer manejo adequado (seja sob cortes ou em pastejo direto), tendente a prolongar o uso no fim de verão/outono antes da emissão da haste floral. Utilizado na região em cultivo exclusivo, sendo implantado, preferencialmente, a partir do mês de novembro. Usa-se em torno de 25 a 30 kg/ha. É uma planta bastante sensível merecendo cuidados especiais na sua implantação, devido a vulnerabilidade das sementes.

Espécies de Clima Temperado (inverno):

AZEVÉM

O azevém anual é a principal gramínea de inverno para a produção de leite e carne. Possui alta palatabilidade, alto nível de proteína e digestibilidade, bem como boa composição mineral. Possui, entretanto, excesso de água no inverno, o que limita um maior consumo de matéria. É uma gramínea de clima sub-tropical temperado, rústica, agressiva, com boa capacidade de perfilhamento, vegetando bem em solos com razoável umidade, não tolerando, entretanto encharcamento. Possui bastante resistência às geadas. Além de excelente opção forrageira, presta-se como alternativa para cobertura de solo, proporcionando boa produção de massa e proteção. Além do cultivo exclusivo pode ser consorciada com outras gramíneas (aveia, centeio) e com leguminosas (serradela, trevos, alfafa, ervilhaca, cornichão, etc.). Normalmente, em comparação com a aveia, apresenta um crescimento inicial um pouco lento, mas, em compensação, seu pastejo é mais prolongado, variando de 60 a 180 dias, conforme o sistema adotado.

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AVEIA

É uma planta anual bastante difundida no Sul do País, desenvolvendo-se no outono, inverno e início da primavera. Tem características semelhantes às do azevém, porém, um período de aproveitamento mais curto e mais precoce. É comum consorciar-se com azevém para aumento do período de pastagem. Existem as espécies: branca, amarela e preta, sendo esta preferível para forragem. A aveia preta, principalmente, pode ser utilizada na alimentação animal em pastejo direto, na forma de feno, de silagem ou através do aproveitamento dos grãos na formulação de concentrados.

No crescimento vegetativo, a aveia possui alta proporção de folhas, é suculenta, com elevado grau de umidade, proteínas e sais minerais. A aveia preta é mais rústica, possui maior capacidade de perfilhamento, panícula mais aberta e semente menor, quando comparada à branca e a amarela. É mais resistente ao ataque de doenças e pulgões. Além disso, é mais resistente à seca e menos exigente em fertilidade, sendo, portanto, mais indicada para adubação verde que as outras duas.

A aveia-preta pode ser cultivada solteira ou consorciada com azevém, ervilhaca, centeio, trevos, tremoço e nabo forrageiro etc. Além de excelente forrageira, é melhoradora de solos, inclusive utilizada como regeneradora da sua sanidade, diminuindo a população de patógenos, resultando em aumentos no rendimento das culturas de verão. Por isso, é recomendada para rotação de culturas, dentro do sistema de produção e como planta de cobertura para o sistema Plantio Direto.

TREVO BRANCO

É a principal leguminosa componente de pastagens perenes de inverno. Tem características decumbentes, com elevado valor nutritivo, é rica fonte de proteína, cálcio fósforo e caroteno. Esta espécie é glabra, de hábito prostrado, com muitos talos estendendo-se pela superfície do solo e produzindo raízes adventícias em cada nó. Este hábito estolonífero é uma característica valiosa em uma planta que se utiliza em pastagens submetidas a pastoreio intenso. O sistema radicular primário se perde logo que a planta se estabelece. Os folíolos são ovalados e com freqüência possuem uma mancha branca, em forma de meia lua, na base superior. A inflorescência é um capítulo com muitas flores (50-200) brancas ou rosadas. A semente tem forma de coração e cor amarela dourado. Há aproximadamente 1.653.750 sementes por kg. Apresenta boa persistência e capacidade para recuperar-se rapidamente de corte ou pastoreio.

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Ainda que em semeadura isolada o trevo branco possa render até 10.000 kg/ha de matéria seca, o seu principal objetivo deve ser a consorciação com gramíneas e até outras leguminosas. É perigoso quando dominante, dada sua característica de gerar timpanismo (meteorismo) nos bovinos, sendo que o principal cuidado é manter sempre gramíneas em consorciação. Nestas circunstâncias, a sua produção é reduzida devido à competição por água, luz e nutrientes, contribuindo com 25% (2.800 a 5.500 kg/ha) da produção de forragem da área, porém proporciona incrementos na produção e qualidade da forragem total produzida na área.

TREVO VERMELHO

Leguminosa com até 70 cm de altura, de raiz pivotante e profunda. O trevo-vermelho é uma planta não rasteira, com talos erguidos ou decumbentes, podendo apresentar raízes adventícias ao lado da pivotante. Inflorescência sobre uma ou duas folhas normais com estípulas dilatadas. É uma planta de clima temperado e sub-tropical, de ciclo outono/inverno/primavera, decrescendo no verão. Produz boa massa verde com ótimo valor nutritivo Normalmente tem apresentado melhor comportamento nas regiões mais frias. Nesses locais, em regiões mais quentes, sofre com a seca estival, perdendo folhas.

Geralmente é de ciclo bienal, mas com verões secos torna-se anual. Normalmente suporta geadas, preferindo outono/inverno frios e verões frescos para o melhor desenvolvimento. É uma planta que apresenta bom comportamento em solos semiprofundos, drenados e de boa fertilidade. É menos exigente em fósforo que o trevo branco. Usado principalmente em consorciação com trevo branco, cornichão, azevém, festuca, dactilo e cevadilha. Não suporta pastejo intenso e quando submetido a esse sistema torna-se dominado pelos outros componentes da consorciação, porém, em regime de pastejo leve acaba suprimindo o desenvolvimento das outras espécies.

_________________________________________________________________________Fonte das fotos e texto * sites:www.criareplantar.com.br / acesso em 26/07/2007 www. copercampos.com.br / acesso em 26/07/2007

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10.0 ASPECTOS SANITÁRIOS 10.0 ASPECTOS SANITÁRIOS Principais Ações de Defesa Agropecuária

• Campanhas semestrais de vacinação contra Febre Aftosa;

• Prevenção do Mal da “Vaca Louca”;

• Controle da Brucelose/Tuberculose ;

• Inspeção de Produtos de Origem Animal;

• Laboratório de Apoio em saúde animal e vegetal (CDME);

No Paraná, existem programas de prevenção, controle e erradicação das principais enfermidades e zoonozes que podem acometer nosso rebanho: entre elas estão, a febre aftosa, a raiva, a tuberculose, a brucelose, entre outras.

As vacinações obrigatórias de febre aftosa para todos os animais (de mamando a caducando), são realizadas semestralmente e os proprietários são obrigados a comprovar a vacinação dos seus rebanhos. Além da aftosa, também é obrigatória a vacinação contra a brucelose em fêmeas entre 3 a 8 meses de idade, estas devem ser marcadas com um “V” seguido do ano em que foi realizada a vacinação, do lado esquerdo da face, utilizando-se ferro candente.

Outras doenças são monitoradas e é realizada a vacinação perifocal em caso de foco, como é o caso da raiva.

No Estado é proibida a utilização de rações de origem animal (farinhas de sangue, ossos, carne ou vísceras), cama de frango, etc. Esta prática elimina o risco de doenças como a Encefalopatia Espongiforme Bovina (Mal da “Vaca Louca”).

A fiscalização de produtos de origem animal e vegetal é realizada por técnicos treinados e especialistas na área de inspeção.

O Laboratório de Análises Marcos Enrietti realiza exames microbiológicos para atender a defesa sanitária animal e vegetal do Estado do Paraná e o serviço de inspeção de produtos de origem animal.

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11.0 ASPECTOS AMBIENTAIS11.0 ASPECTOS AMBIENTAIS

Fatores Que Contribuem Para Uma Atividade Pecuária Sustentável e Ecologicamente Correta

O Estado do Paraná vêm avançando cada vez mais nos trabalhos sobre a integração entre a produção comercial e o meio-ambiente e programas governamentais incentivam ações para o desenvolvimento de atividades sustentáveis que maximizem a produção sem degradação do ambiente.

Sobre este foco, estão sendo realizados pesquisas e projetos juntamente com a extensão rural, que levam tecnologias e práticas de produção ecologicamente correta ao produtor rural.

Na produção pecuária, algumas destas práticas começam a se tornar usuais já em muitas propriedades do Estado, porém ainda há um longo caminho a ser percorrido para que todo o sistema pecuário seja adequado a uma produção realmente sustentável e com tecnologias que visem à conservação do meio-ambiente. Na pecuária de corte, algumas práticas estão sendo mais difundidas e trabalhadas entre os produtores como: a conservação de solos, conservação de fontes de água, o sistema silvopastoril e a integração lavoura-pecuária.

11.1 Práticas de conservação e manejo ambiental, utilizadas também para propriedades que trabalham com pecuária de corte

Conservação dos SolosConservação dos Solos

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• Terraceamento em nível; • Boas práticas no plantio (uso do plantio direto na palha); • Rotação de pastagem;• Preservação e plantio de árvores; • Lotação animal correta sobre as pastagens;

Conservação de Fontes de Água

• Utilizar práticas que evitem o assoreamento;• Destino correto dos dejetos provenientes de animais em sistemas de

confinamento;• Destino correto das embalagens de produtos tóxicos;• Preservação da mata ciliar;

Sistema SilvopastorilVantagens

• Incremento na renda da propriedade;• Conservação de solos e águas;• Sombreamento para o gado (maior conforto térmico = menor “stress”,

resultando em maiores índices produtivos e reprodutivos do rebanho);• Manejo sustentável e integrado da propriedade rural;

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Integração Lavoura – Pecuária

• Aumento da produtividade para a agricultura e pecuária;• Recuperação de áreas degradadas;• Aumento da renda do produtor, maximizando a utilização de pequenas

áreas; • Utilização do plantio direto;• Implantação de pastagens em áreas onde ocorreu à reposição de

nutrientes;

11.2 Setores que trabalham o Meio-Ambiente, Produção Correta e Sustentável

Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB – PR);

CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia); Departamento de Florestas (SEAB); Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural

(EMATER – PR); Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR – PR); Instituto Ambiental do Paraná (IAP – PR); Secretaria de Estado do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA);

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12.0 RAÇAS DE CORTE CRIADAS NO PARANÁ12.0 RAÇAS DE CORTE CRIADAS NO PARANÁ

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12.1 Aberdeen e Red Angus

O berço da raça Angus é a Escócia e seu nome foi tomado dos condados

onde começou o seu desenvolvimento: Aberdeen e Angus. O primeiro reprodutor Aberdeen Angus a entrar no Brasil foi o touro Menelik, em 1906, da criação de Felix Buxareo y Oribe, do Uruguai. O touro foi importado por Leonardo Collares Sobrinho, de Bagé, município situado na Fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

Raça Britânica, originária da Escócia é encontrada em todo o Paraná, porém é mais difundida na região Sul (Campos Gerais), municípios de Ponta Grossa, Castro, Palmeira. Também existem rebanhos no norte, oeste e noroeste do Estado.São animais mochos, de estatura mediana e ossatura fina, com carcaças volumosas e alta produção de carne. Possuem pelagem preta (Aberdeen Angus) ou vermelha (Red Angus).

Os animais desta raça se destacaram em fertilidade, pequena mortalidade de bezerros, precocidade, uso em cruzamentos, qualidade de carcaça, fertilidade, tamanho pequeno dos bezerros ao nascer seguido de rápido crescimento e ganho de peso, facilidade de parto das fêmeas e habilidade materna.Uma característica marcante da raça angus é a qualidade da carne, que possui alto grau de marmoreio (gordura entremeada entre as fibras), o que lhe ocasiona maciez e sabor diferenciado.

Utilizada em cruzamentos com raças zebuínas, visando à produção de animais, precoces, rústicos e com alta qualidade de carcaça, onde deste cruzamento nasceu à raça brangus ¾ Nelore e 5/8 Angus. As fêmeas ½ sangue angus (F1) são muito utilizadas como matrizes de rebanhos, por serem extremamente férteis, apresentarem boa produção leiteira, habilidade materna, facilidade de parto, além de serem aptas a diversos tipos de cruzamentos.

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12.2 Charolês

A raça Charolês é originária da França, mais precisamente de Charolais e Brionais, Departamento de Saône-et-Loire, no Distrito de Charolles.

Desenvolveu-se na França a partir do século XVIII, como excelente fornecedor de carne e animal de tração. O Charolês ainda se destaca por sua estrutura óssea e musculatura, excelente rendimento de carcaça e precocidade nos cruzamentos e nos abates.

No Brasil, a porta de entrada do Charolês foi o Rio Grande do Sul. De acordo com arquivos da Escola de Agronomia "Elyseu Maciel", da cidade de Pelotas, no ano de 1885 chegaram àquela cidade dois reprodutores Charolês, importados da França pelo governo Imperial. Os dois reprodutores foram confiados a dois estancieiros de renome na época.

Utilizada em cruzamento com zebuínos, produzindo carcaças precoces e pesadas, os animais provenientes de cruzamentos com o charolês são muito utilizados em confinamentos, onde vêm apresentando ótimos resultados de ganho de peso e rendimento de carcaça.

No Paraná, a raça predomina na região Sul e Sudoeste do Estado, onde existem rebanhos expressivos em qualidade genética no município de Clevelândia. Do cruzamento com o nelore, nasceu o canchin – 3/8 nelore e 5/8 charolês, raça de grande porte, excelente ganho de peso e rendimento de carcaça e mais adaptada ao clima das regiões mais quentes.

12.3 Simental

Originário da Suíça onde era utilizada para produção de leite, carne e tração, a raça pura simental foi criada, selecionada e disseminada pelo mundo, sendo considerada uma das mais bem distribuídas do planeta.

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No Brasil, chegou há mais de 80 anos e de lá para cá vem se espalhando por todas as regiões com uma seleção genética cada vez mais apurada. No Paraná existem rebanhos puros e mestiços, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Através da absorção genética por meio de cruzamentos com gado zebuíno, contribuiu para a formação de animais com maior resistência ao clima tropical (o Simbrasil 5/8 Simental e 3/8 Zebu).

O simental de pura raça é de temperamento dócil, sua pelagem é branca ou ligeiramente creme com grandes manchas amarelas ou vermelhas, ou uma só grande mancha, que varia do amarelo trigo ao vermelho castanho. A cabeça, parte inferior do corpo, dos membros e ponta de calda é branca.

Os rebanhos puros e mestiços, no Estado, estão localizados principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Norte.

São animais excelentes produtores de carne e também bons produtores de leite, sendo que existem linhagens específicas, selecionadas para esta finalidade.

12.4 Limousin

Originário da Zona Centro Sul da França, o gado Limousin foi selecionado em meio exigente, onde imperam pradarias pobres e desmineralizadas, montes pedregosos, verão com temperatura acima de 30ºC e inverno com nevascas atingindo até 1 metro de altura, onde a temperatura atinge -15ºC.

É uma raça bovina de cor marrom avermelhada, com chifres claros e pontiagudos, boca larga e musculatura abundante.

A grande massa muscular e o alto rendimento de carcaça que a raça oferece, vale-se do fato de que até a metade deste século, os animais eram utilizados para tração, com os agricultores selecionando de forma quase natural os animais de porte avantajado, esqueleto resistente e musculatura abundante, para poder tracionar grandes volumes e trabalhar a terra.

Com suas carcaças compactas, conformação ideal, ossatura fina, pouca gordura e alto rendimento de carne, os animais da raça Limousin conquistaram o reconhecimento mundial, fazendo dela uma raça especial e particularmente bem adaptada à produção de carne macia e de alta qualidade.

Muito utilizados no cruzamento com zebuínos, onde produzem descendentes, precoces, com grande peso e qualidade de carcaça.

No Estado do Paraná a raça Limousin encontra-se na sua maior parte localizada, nas regiões Norte, onde existem rebanhos de excelente qualidade genética.

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12.5 Caracu

Presente no Brasil desde o período colonial, o Caracu é a raça européia mais adaptada às condições tropicais encontradas no Brasil. Com mais de quatro séculos de seleção, o Caracu reúne qualidades importantes e cada vez mais procuradas no segmento do gado de corte, principalmente para o cruzamento industrial.

Graças à sua adaptação tanto ao frio como ao calor a raça caracu pode ser utilizada em qualquer parte do País, seja no frio do Sul, como no calor do Norte e Nordeste ou nas zonas alagadas do Pantanal.

A rusticidade adquirida ao longo dos anos proporcionou à raça menor exigência alimentar e maior resistência aos parasitas, além de aumentar a longevidade dos reprodutores.

As fêmeas apresentam grandes índices de fertilidade, boa estrutura corporal, facilidade no parto, boa produção de leite de qualidade e boa conformação de tetos. A excelente habilidade materna, além de ser uma característica muito procurada no cruzamento industrial, faz da raça uma das mais recomendadas para ser utilizada no mercado de receptoras. Em relação aos machos, destacam-se os bons resultados no cruzamento a campo, apresentando bom desempenho em programas de monta natural na região dos trópicos.

O Estado do Paraná é um importante difusor de genética da raça Caracu. Aqui estão localizadas importantes criações da raça, em várias regiões, destacando-se o município de Palmeira e Palmas, onde se localiza a sede da Associação Nacional do Caracu.

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12.6 Nelore

Originário da Índia, região de Ongole, corresponde aproximadamente a 70% dos bovinos de corte criados no Paraná, sendo também maioria absoluta entre as raças de corte criadas no Brasil, entre puros e mestiça. A raça nelore se caracteriza, de forma geral, por animais de porte médio a grande, de pelagem branca, cinza e manchada de cinza.

Ocorrem ainda, em uma escala bem menor, outras pelagens, diferentes daquelas denominadas "ideais", que são permitidas no padrão da raça. São elas: vermelha, amarela, preta e suas combinações com o branco, formando as pelagens malhadas ou pintadas de vermelho, amarelo ou preto. A pele é preta, rica em melanina, fator que funciona como protetor contra raios solares, de extrema importância para as regiões tropicais. A cabeça é bastante típica, em forma de ataúde quando vista de frente; e, lateralmente, apresenta perfil sub-convexo, principalmente nos machos. Os olhos são elípticos, pretos e vivos. As orelhas são curtas, simétricas entre os bordos superiores e inferior, terminando em forma de lança. A face interna das orelhas é voltada para frente e apresentam movimentação viva. Os chifres são de cor escuros, firmemente implantados no crânio, cônicos e mais grossos na base, de seção oval.

Por estimativas pode-se inferir que a raça Nelore represente 80% da força produtiva da indústria da carne no país. Aliás, as características da raça como produtora de carne vêm apresentando índices de desempenho econômicos notáveis. Seguramente, mesmo naqueles nichos de mercado em que os cruzamentos têm apresentado bom crescimento, a raça Nelore tem papel fundamental e se constitui, por excelência, em grande e inestimável patrimônio genético para a bovinocultura.

Aspectos naturais da raça também contribuíram para sua expansão em nosso país, como: o seu comportamento de gado andejo, de alto instinto de defesa própria e de defesa da cria, parindo regular e naturalmente bezerros medianos, saudáveis e que se locomovem imediatamente após o parto junto com o rebanho, determinaram o crescimento da raça de forma natural e em uma escala geométrica, até atingir os índices atuais que hoje ela apresenta.

Animais altamente adaptados às regiões quentes do país, no norte do Paraná existem grandes rebanhos de excelente qualidade genética. As fêmeas nelores são base genética para cruzamento com várias raças européias (cruzamento industrial) principalmente as citadas anteriormente.

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12.7 Guzerá

Originária da região da Ahmadabadh, Kaira, Baroda, Nariad, Pij, entre outras, no Estado de Gujarat, no centro da Costa Oriental da Índia, e geralmente integrada por animais de grande porte, ótimos para produção de carne e leite, a raça guzerá sofreu benéfica seleção ao ingressar em solo brasileiro.

Os animais da raça guzerá se destacam à primeira vista por seu porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. A pelagem varia do cinza claro ao escuro, podendo ser branca nas fêmeas.

Em 1998, o Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas aprovou a descorna de animais da raça guzerá. A pele preta, bem pigmentada, os membros bem desenvolvidos e bem musculados, permite ao guzerá resistir a longas caminhadas sob o sol tropical, à procura de água e alimento. Adapta-se muito bem no Nordeste brasileiro, povoando desde áreas férteis litorâneas, passando pelo agreste, até o sertão semi-árido. Sua rusticidade permite-lhe atravessar longos períodos de seca, comuns no sertão nordestino brasileiro.Como todas as raças zebuínas, apresenta baixo peso ao nascer (30 kg os machos e 28 kg as fêmeas), sem provocar qualquer dificuldade do parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subseqüentes. A habilidade materna e a boa produção de leite das vacas garantem o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.

Raça extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.

No Estado do Paraná existem importantes rebanhos ao norte do estado, embora em menor quantidade que a raça nelore.

Animal utilizado em cruzamento com gado europeu e também o nelore, visando à melhoria do ganho de peso, maior produção leiteira e maior tamanho de carcaça.

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13.0 PRINCIPAIS RAÇAS CRIADAS NO PARANÁ E BRASIL, ORIUNDAS DE13.0 PRINCIPAIS RAÇAS CRIADAS NO PARANÁ E BRASIL, ORIUNDAS DE CRUZAMENTOS (SINTÉTICAS)CRUZAMENTOS (SINTÉTICAS)

• Canchin• Brangus• Simbrasil

13.1 Canchin

13.2 Brangus

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3/4 Nelore/Brahma e 5/8 Aberdeen ou Red Angus

+ Rusticidade+ Precocidade e qualidade de carcaça+ Habilidade materna + Adaptação ao calor+ Conversão Alimentar+ Produtividade

• Utilizado em climas quentes no acasalamento com fêmeas nelores e aneloradas (Brasil Central e Norte)

3/8 Nelore – 5/8 Charolês

> Rusticidade> Ganho de Peso> Produtividade> Tamanho de Carcaça

Maior adaptação ao calor

• Utilizado no cruzamento industrial com fêmeas nelores

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13.3 Simbrasil

________________________________________________________________Fonte das Informações e fotos: Sites das Associações Nacionais das Raças: Angus (ABA), Charolês, Limousin, Simental, Caracu, Nelore e Guzerá (ABCZ) / acesso no dia 25/07/2007 e 03/08/2007 www. gadocaracu.com.br / acesso no dia 03/08/2007 www. criareplantar.com.br / acesso no dia 25/07/2007

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5/8 Simental e 3/8 Zebu

+ Adaptação em clima quente+ Peso e maior produção de leite nas fêmeas+ Conversão alimentar• Carcaças de melhor qualidade• Melhor rendimento de carcaça • Longevidade

14.0 PERSPECTIVAS14.0 PERSPECTIVAS

• Mudanças em todos os segmentos da cadeia produtiva; • Especialização cada vez maior; • Maior preocupação com a sanidade, melhoria genética, manejo adequado e bem estar animal; • Produção do que o mercado consumidor deseja;

• Busca de maior produtividade em menores áreas, com o uso de tecnologias de produção;

• Aumento do rebanho e da produtividade;

• Integração lavoura-pecuária como prática aceita;A demanda mundial por proteína animal é crescente e a carne bovina é

uma grande fonte deste elemento.

O Brasil ainda possui potencial de crescimento da pecuária, uma vez que tradicionais fornecedores estão com restrição em sua capacidade de produção por limitações geográficas e ambientais.

O Paraná vêm tornando-se uma “ilha” de produção de carne bovina de qualidade, com sanidade e produzida dentro de corretos conceitos ambientais.

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15.0 CONCLUSÂO15.0 CONCLUSÂO

Indiscutivelmente, o Brasil tem enorme potencial para firmar-se ainda comIndiscutivelmente, o Brasil tem enorme potencial para firmar-se ainda com mais expressividade como o maior fornecedor de carne bovina para o mundo. mais expressividade como o maior fornecedor de carne bovina para o mundo.

Fatores como a produção de carne de maneira natural e sadia, de grande qualidade, aspectos geográficos e ambientais, como as extensas áreas de boas pastagens, com disponibilidade abundante de água e chuvas regulares na maior parte do território, fazem do Brasil um dos únicos países do mundo, com condições muito favoráveis para a expansão pecuária de forma ecologicamente correta, razão esta que consolida o Brasil como país maior exportador de carne bovina do mundo, ultrapassando a Austrália, não mais somente em volume, mas agora também em receita.

Este resultado foi obtido graças à maior venda externa de cortes industrializados, com valor agregado. Entretanto, a carne brasileira “in natura” vendida no mercado externo está entre as mais baratas do mundo, apesar de possuir as características buscadas pelo atual mercado mundial, razão pela qual o Brasil necessita vender um volume muito maior do produto, para obter igual receita, conseguida por outros tradicionais exportadores do produto, que têm sua carne mais valorizada pelo mercado externo.

O Paraná, dentro deste contexto, mostra-se como um Estado preocupado com as questões sanitárias, de qualidade, ambientais e comerciais, no que diz respeito à pecuária de corte bovina.

O Estado está buscando, através da implantação de projetos pioneiros no cenário nacional, a organização e união de todos os elos que compõem a cadeia, a exemplo das Alianças Mercadológicas.

Somente mediante o apoio a todos os elos que integram o setor, através de investimentos na qualificação e estímulo aos produtores, continuidade e intensificação das ações sanitárias e preservação do meio-ambiente é que se obterá a maior valorização do produto nacional no mercado externo, com conseqüente equilíbrio de lucratividade entre a indústria e o pecuarista.

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EQUIPE TÉCNICA DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL – SEDE

CHEFE DO DERAL – FRANCISCO CARLOS SIMIONI

DIVISÃO DE ESTATÍSTICAS BÁSICAS - DEB: GILKA M.A.C.ANDRETTA

BALTAZAR H. DOS SANTOS – SIMA, Terras AgrícolasCLAUDIA MARIA JUSTI – Preços Pagos pelos ProdutoresDIRLEI ANTONIO MANFIO – Previsão de Safra e Produção Agrícola MunicipalGILKA M. A. C. ANDRETTA - FPM e Valor Bruto da Produção AgropecuárioLUCIA A L. LOZANO – Preços Semanais (recebidos, atacado e varejo)MARIA AUXILIADORA - Preços Pagos pelos ProdutoresCARLITO PRINCIVAL JUNIOR – apoio técnico

DIVISÃO DE CONJUNTURA AGROPECUÁRIA - DCA: OTMAR HUBNER

ADEMIR ANTONIO GIROTTO – Custos de Produção ADÉLIO RIBEIRO BORGES - Bovinocultura de Corte e Bubalinocultura AGENOR SANTA RITTA NETO – AgrometeorologiaALTAIR ARALDI – Política Agrícola DISONEI ZAMPIERI – Cana-de-Açúcar / Sucroalcooleiro FÁBIO PEIXOTO MEZZADRI – Bovinocultura de LeiteMARGORETE DEMARCHI – MilhoMAURICIO TADEU LUNARDON – Batata, Tomate, Cebola, AlgodãoMETHODIO GROXKO - Fumo, Mandioca, Cevada, Aveia, ArrozNEUSA GOMES DE ALMEIDA RUCKER – Erva-Mate, Gengibre, UrucumOTMAR HUBNER - Soja, Trigo, Amendoim, CanolaPAULO SÉRGIO FRANZINI – CaféPAULO FERNANDO DE SOUZA ANDRADE – FruticulturaRICHARDSON DE SOUZA – Biodiesel ROBERTO CARLOS P. A. SILVA – Avicultura (Corte e Postura), ApiculturaTIAGO TAMANINI – Suinocultura. Sericicultura, Ovino e CaprinoculturaPAULO ROBERTO TABORDA DOS SANTOS - estagiário

DIVISÃO DE PLANEJAMENTO AGROPECUÁRIO - DPA: LUIZ ROBERTO DE SOUZA

ALTAIR ARALDI – Plano-Programa-ProjetoDISONEI ZAMPIERI – Programa Credencial Criador, Tributo, Plano-Programa-Projeto JOSÉ TARCISO FIALHO – Programa de Irrigação Noturna

APOIO TÉCNICO

Secretária EVELIN ETELVINOEstagiário: RODRIGO JOUKOSKI ALVES DE OLIVEIRA

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EQUIPE TÉCNICA DO DERAL NOS NUCLEOS REGIONAIS

APUCARANA – Economista PAULO SÉRGIO FRANZINI e Técnico Agrícola JOSE ROBERTO DANELUTI.

CAMPO MOURÃO – Engenheiro Agrônomo EDILSON SOUZA E SILVA, Técnico Agropecuário LUIZ JOSÉ COELHO e Agente de Informações Agropecuárias JOÃO DIMAS DO NASCIMENTO.

CASCAVEL – Economista JOVIR VICENTINI ESSER, Técnico Agrícola e Economista EDSON PAULO MAGGI, Técnico Agrícola JOVELINO JOSÉ PERTILE e Estagiário DIEGO RANGEL CANOSSA.

CORNÉLIO PROCÓPIO – Engenheiro Agrônomo RUBENS PIMENTA DE PÁDUA, Técnico Agrícola e Economista SANTO PULCINELLI FILHO, Engenheiro Agrônomo PARAILIO ZANINI e Agente de Informações Agropecuárias DEVANIR LADEIRA.

CURITIBA – Engenheiro Agrônomo MÁRCIO GARCIA JACOMETTI, Técnico Agrícola HÉLIO DE ANDRADE, Técnico Agrícola ANTONIO CARLOS TONON (Lapa) e Agente de Informações Agropecuárias SÉRGIO PEREIRA (CEASA).

FRANCISCO BELTRÃO – Comércio Exterior e Técnico Agrícola ANTONINHO FONTANELLA, Técnico Agrícola AGOSTINHO GIRARDELLO e Estagiária JULIANA CORAZA.

GUARAPUAVA – Engenheiro Agrônomo ARTHUR BITTENCOURT FILHO, Estagiários DELCI RODRIGO VERUZ e THEREZINHA LADY KARAM DOS SANTOS.

IRATI – Técnico Agropecuário DOUGLAS BERGER e Estagiários THIAGO ANTONIO BEURON, MICHELY NATALY BACIL e MARILIZE HONESKO.

IVAIPORÃ – Engenheiro Agrônomo SÉRGIO CARLOS EMPINOTTI, Técnico Agrícola e Administrador de Empresas ANTONIO VILA REAL, Técnico Agrícola MÁRIO APARECIDO IURINO (São João do Ivaí) e Estagiário CREMILSON JOSÉ DA SILVA.

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JACAREZINHO – Economista JOSÉ ANTONIO GERVÁSIO, Técnico Agrícola e Administrador de Empresas HAROLDO SIQUEIRA DE OLIVEIRA (Ibaiti), Técnico Agrícola VALMIR RIBEIRO DOS REIS, Técnico Agrícola FRANC ROM DE OLIVEIRA e Estagiária GABRILEA CRISTINA DE SOUZA.

LARANJEIRAS DO SUL – (não tem)

LONDRINA – Engenheira Agrônoma ROSÂNGELA ZAPAROLI VIEIRA Economista ANTONIO JOSÉ DA SILVA, Técnico Agropecuário PEDRO GUGLIELMI JÚNIOR, Agente Informação JOSÉ AFONSO CAETANO

MARINGÁ – Economista DORIVAL APARECIDO BASTA, Economista WILLIAN ARC MENEGHEL e Zootecnista e Médico Veterinário MOISÉS ROBERTO BARION BOLONHEZ.

PARANAGUÁ – Economista PAULO ROBERTO CHRISTÓFORO.

PARANAVAÍ – Técnico de Manejo em Meio Ambiente ENIO LUIZ DEBARBA, Administradora de Empresas APARECIDA DE LOURDES BOCALON, Técnico Agrícola VITOR INACIO DAVIES LAGO (Loanda) e Estagiário JEAN MARCELO MINSÃO.

PATO BRANCO – Técnico Agropecuário e Administrador de Empresa IVANO LUIZ CARNIEL, Engenheiro Agrônomo JOSEMAR B. FONSECA (Palmas) e Administradora de Empresa LUCÉLIA TESSER.

PONTA GROSSA – Engenheiro Agrônomo JOSÉ ROBERTO TOSATO, Economista CARLOS ROBERTO OSTERNACK (Palmeira), Economista LUIZ ALBERTO VANTROBA e Estagiário ANDRÉ SUZUKI.

TOLEDO – Engenheiro Agrônomo JEAN MARIE APARECIDA FERRARINI TRICHES, Técnico Agrícola e Administrador de Empresa JOÃO LUIZ RAIMUNDO NOGUEIRA e Técnico Agrícola PAULO APARECIDA OLIVA.

UMUARAMA – Economista ÁTICO LUIZ FERREIRA, Engenheiro Agrônomo PEDRO K. MORIMOTO, Economista FÁBIO BORGES CAMARGO (Cianorte) e Agente de Informações IVANILDO RODRIGUES DAS NEVES.

UNIÃO DA VITÓRIA – Técnico Agrícola MARCOS MARCOLIN e Técnico Agrícola LUIZ CARLOS OTOMAIER.

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ENDEREÇOS DA SEDE E DOS NÚCLEOS REGIONAIS DA SEAB

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SEAB / DERAL / SEDE NÚCLEO REGIONAL DE CURITIBAR: dos Funcionários, 1559 R: dos Funcionários, 1560Fone: 0055 (41) 3313-4000 - (041) 2107-4010 Fone/Fax: (41) 3313-4089Fax: 0055 (41) 3313-4031 Cx.Postal 464Cx.Postal: 464 80.035-050- CURITIBA - PR80.035-050 - CURITIBA - PR - BR

http://www.pr.gov.br/seab - e-mail: [email protected]

APUCARANA CAMPO MOURÃOAv: Munhoz da Rocha, 51 Av: João Bento, 1899Fone/Fax: (043) 3422-7822 Fone/Fax: (044) 3525-141086.800-010 - APUCARANA - PR 87.303-000 - CAMPO MOURÃO - PR

CASCAVEL CORNÉLIO PROCÓPIOR: Antonina, 974 - São Cristóvão - Cx.Postal 295 Av: Minas Gerais, 1.351Fone/Fax: (045) 3225-1845 Fone: (043) 3524-196285.813-040 - CASCAVEL - PR Fax: (043) 3524-1654

86.300 - 000 - CORNÉLIO PROCÓPIO - PR

FRANCISCO BELTRÃO GUARAPUAVAR: Tenente Camargo, 1312 R: Vicente Machado, 1827Fone: (046) 3524-3144 Fone: (042) 3623-2252Fax: (046) 3524-3175 Fax: (042) 3623-809585.605-090 - FRANCISCO BELTRÃO-PR 85.010-260 - GUARAPUAVA - PR

IRATI IVAIPORÃR: Coronel Grácia, 541 Av: Souza Naves, 2410Fone/Fax: (042) 3422-8787 Fone/Fax: (043) 3472-486684.500 - 000 - IRATI - PR 86.870-000 - IVAIPORÃ - PR

JACAREZINHO LARANJEIRAS DO SULR: do Rosário, 641 - Cx.Postal 62 R: Diogo Pinto, 1.320Fone: (043) 3527-2311 Fone/Fax: (042) 3635-2379Fax: (043) 3527-2312 85.301-290 - LARANJEIRAS DO SUL - PR86.400 - 000 - JACAREZINHO - PR

LONDRINA MARINGÁR: da Palheta, 103 - Bairro Aeroporto R: Artur Thomas, 410 - Cx.P. 180Fone: (043) 3325-7911 / 3325-8551 Fone/Fax: (044) 3226-565886.038-080 - LONDRINA - PR 87.013 - 250 - MARINGÁ - PR

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PATO BRANCO PONTA GROSSAR: Silvera Martins, 456 - Cx.Postal 431 – Bairro Brasília R: Nestor Guimarães, 166Fone/Fax: (046) 3225-3144 Fone/Fax: (042) 2102-274485.504-020 - PATO BRANCO - PR 84.040-130 - PONTA GROSSA - PR

PARANAGUÁ PARANAVAÍR: Comendador Corrêa Júnior, 320 R: Antonio Vendramim, 2235 Fone/Fax: (041) 3422-6311 Fone: (044) 3423-191983.203 - 560 - PARANAGUÁ - PR Fax: (044) 3423-1498

87.708-030 - PARANAVAÍ - PR

TOLEDO UMUARAMAR: Sarandi, 294 - Centro Rodovia PR 323 km 303 – Parque ExposiçãoFone: (045) 3277-1101 Fone:(044) 3639-2311Fax: (045) 3277-1219 Fax: (044) 3639-279685.900 - 030 - TOLEDO - PR 87.507 - 000 - UMUARAMA - PR

UNIÃO DA VITÓRIAR: Profª Amazília, 747Fone: (042) 3522-1248

Fax: (042) 3522-149984.600-000 - UNIÃO DA VITÓRIA - PR

ESCRITÓRIOS REGIONAIS DO DERAL

Esc. Regional de Cianorte Esc. Regional de IbaitiR: Manoel de Nóbrega, 13 – 87200-000 R: Rui Barbosa, 778 – Fundos – 849000-000Fone/Fax: (044) 3629-3800 Fone/Fax: (043) 3546-2650

Esc. Regional da Lapa Esc. Regional de LoandaAv. Caetano Munhoz da Rocha, 1741 – 83750-000Fone/Fax: (041) 3622-2977

R: Mato Grosso, Anexo prédio Prefeitura – Allto da Gloria – 87900-000Fone/Fax: (044) 3425-1401

Esc. Regional de Palmas Esc. Regional de PalmeiraR: Padre Aquiles Saporiti, 1.220 – 8555-000 R: Tenente Max Wolf Filho, 137 – 84130-000Fone/Fax: (046) 3623-1667 Fone/Fax: (042) 3252-3893

Esc. Regional de S.João do IvaíAv: Curitiba, 589 – 86930-000Fone/Fax: (043) 3477-1882

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