Pedagogia da autonomia
-
Upload
douglas-de-freitas -
Category
Documents
-
view
7.234 -
download
5
description
Transcript of Pedagogia da autonomia
Profº Douglas Freitas
SABERES FUNDAMENTADOSSABERES FUNDAMENTADOS
NA ÉTICA;NA ÉTICA;
NO RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA;NO RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA;
NA AUTONOMIA DO EDUCANDONA AUTONOMIA DO EDUCANDO..
PRIMEIRO VEM A DECISÃO – DEPOIS VEM A AUTONOMIA
• AUTONOMIA OCUPA OESPAÇO DA DEPENDÊNCIA
= PARA ISSO,
PRECISAMOS APRENDER A DECIDIR.
É A CAPACIDADE DE CEGAR, DE ENSURDECER; NOS RESPONSABILIZA PELOS FRACASSOS
SOCIAIS; DISCURSA SOBRE O PRAGMATISMO E ENSINO
TÉCNICO-CIENTÍFICO. NÃO É NEUTRA.
É CÔMODO SER NEUTRO POIS ESCONDEMOS NOSSA OPÇÃO IDEOLÓGICA (LAVAMOS AS MÃOS)
ASSIM, TUDO PASSA A SER FATO CONSUMADO.
TEMOS QUE SUBSTITUIR ESTE COMPORTAMENTO POR AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE.
IDEOLOGIA
Livro escrito em 1996, foi dividido em três capítulos:
1º - Não há docência sem discência
2º - Ensinar não é transformar conhecimentos
3º - Ensinar é uma especificidade humana.
saberes fundantes indispensáveis à prática docente (confirmam, modificam ou ampliam saberes).
prática ratifica/ retifica saberes
A reflexão crítica = exigência da relação teoria/prática, sem a qual a teoria vira discurso, e a prática ativismo.
1º - Não há docência sem discência
A formação de professores tem que assumir papel de “combate” ao pensamento de que ensinar é transferir conhecimento, onde um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado (sujeito = quem ensina/ objeto = quem é ensinado).
ao contrárioensinar é criar possibilidades para produção ou
construção de conhecimento.
É preciso considerar a relação:
-quem forma se forma e re-forma ao formar;
-quem é formado forma-se e forma ao ser formado.
- Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender. Quem
ensina, ensina alguma coisa a alguém.
-Aprender veio antes de ensinar, mas, porém, ensinar dilui-se com o aprender.
Prática de ensinar-aprender
experiência total (política, ideológica,
pedagógica, estética e ética), em que
boniteza deve achar-se de mãos dadas com a
decência e com a seriedade.
ÉTICA UNIVERSAL COMBATE:- DISCRIMINAÇÃO;
- EXPLORAÇÃO DO OPRIMIDO- FALSEAMENTO DA VERDADE,...
TODO DOCENTE TEM QUE SE ASSUMIR COMO SUJEITO ÉTICO
COM DESEJO DE EXERCÍCIO DA ÉTICA UNIVERSAL
1.1 - Ensinar exige rigorosidade metódica
ensinar a pensar, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade e insubmissão.
Só quem pensa certo é quem pode ensinar a pensar certo (mesmo que às vezes pense errado).
educadores e os educandos sejam criadores, instigadores, inquietos, curiosos, humildes e persistentes.
Somos seres históricos e o nosso conhecimento de mundo tem historicidade.
1.2 – Ensinar exige pesquisa Pensar certo implica no respeito ao senso comum
para superação
1.3 – Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
Cabe ao professor e a escola, respeitando os saberes dos educandos, discutir sobre estes saberes que são construídos socialmente
1.4 – Ensinar exige criticidade Uma curiosidade ingênua (está ao sabor do senso
comum) quando se criticiza, torna-se curiosidade epistemológica.
1.5 – Ensinar exige estética e ética A promoção da ingenuidade à criticidade não
pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado da estética (decência e beleza de mãos dadas).
1.6 – Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo
Pensar certo está ligado a fazer certo. A palavra sem o exemplo de nada vale.
1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação
O risco/o novo = é próprio do pensar certo1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática Movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Tem que ser produzido pelo aprendiz com o professor formador.
1.9 – Ensinar exige o reconhecimento e assunção da identidade cultural
Só há assunção do sujeito, se ele reconhecer em si mesmo, a possibilidade de mudar.
A educação tem que reconhecer a legítima raiva, que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, o desamor, contra a exploração e a violência.
A assunção do sujeito é incompatível com o treinamento pragmático ou com o elitismo autoritário, dos que se pensam donos da verdade e do saber articulado.
- Identidade cultural - deve ser assumida e respeitada pelo educador
CAPÍTULO II
ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO
2.1 - Ensinar exige consciência do inacabado
2.2 – Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado- Somos seres inacabados, por isso condicionados (e não determinados.A diferença entre ser condicionado e ser determinado é que o primeiro, a partir
de sua consciência como inacabado (adquiriu esta consciência histórica e socialmente), e o ser determinado não tem tal consciência.
2.3 – Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando
- Importância na avaliação da prática. Nos faz discordar do discurso fatalista
2.4 – Ensinar exige bom senso
2.5 – Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos do educando
2.6 – Ensinar exige apreensão da realidade 2.7 – Ensinar exige alegria e esperança 2.8 – Ensinar exige a convicção de que a
mudança é possível 2.9 – Ensinar exige curiosidade Nenhuma curiosidade se sustenta
eticamente no exercício da negação da outra curiosidade. Minha curiosidade não tem o direito de invadir a privacidade do outro e expô-la aos demais.
TIVERMOS CONSCIÊNCIA QUE SOMOS SERES HISTÓRICOS INACABADOS (CONSC. JÁ É AUTONOMIA);
OPTARMOS POR UMA PRÁTICA ÉTICA (TRANSGREDÍ-LA); RECONHECERMOS QUE SOMOS SERES
CONDICIONADOS MAS NÃO DETERMINADOS;
SENTE-SE INACABADO; FAZENDO NÃO SE PERCEBE COMO INACABADO; HISTÓRIA; QUER INSERIR-SE NO COMO SER HISTÓRICO; SE ADAPTA MUNDO C/ O OUTRO; AO MUNDO; PORTANTO É ESPERANÇOSO E TENTA É SEM ESPERANÇA; TRANSFORMAR SUA REALI//E SEM POSSIBILIDADES; COLETIVA DE MUDANÇAS
A AUTONOMIA PEDAGÓGICADOCENTE ACONTECERÁ QUANDO:
CAPÍTULO 3
ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA3.1 - Ensinar exige segurança, competência profissional
e generosidade3.2 – Ensinar exige comprometimento3.3 – Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo3.4 – Ensinar exige liberdade e autoridade3.5 – Ensinar exige tomada consciente de decisões3.6 – Ensinar exige saber escutar3.7 – Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica3.8 – Ensinar exige disponibilidade para o diálogo
3.9 - Ensinar exige querer bem aos educandos
COMBATERMOS A IDEOLOGIA DOMINANTE
FATALISTA – NEGARMOS A INEXORABILIDADE (TENTA ADAPTAR O ALUNO A ESTA REALIDADE);
TIVERMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNAR = JUSTA RAIVA;
PENSAMOS E ENSINAMOS A PENSAR CERTO;
MATERIALIZAMOS NO ESPAÇO A ÉTICA E A ESTÉTICA (BONITEZA E RESPEITO/CUIDADOS PED.)
A AUTONOMIA PEDAGÓGICADOCENTE ACONTECERÁ
QUANDO:
DOCENTES AMOROSIDADE; GENEROSIDADE; HUMILDADE; COMPETÊNCIA E
RIGOROSIDADE METOD.; FLEXIBILIDADE; ESCUTA; PRÁTICA
PROGRESSISTA; DIÁLOGO SOBRE OS
SABERES (SENSO COMUM);
REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA (DIALÉTICA SOBRE O FAZER E O PENSAR SOBRE O FAZER);
ACHA POSSÍVEL A MUDANÇA;
TEM AUTORI//E E LIBER//E;
NO ENSINO DOS CONTEÚDOS, TEM TESTEMUNHO ÉTICO (O QUE DIGO E QUE FAÇO/O QUE PAREÇO SER E O QUE SOU);
TRAZ O ALUNO P/ O MOVIMENTO DO SEU PENSAMENTO;
P/ A MUDANÇA, TEM COMO PONTO DE PARTIDA A REBELDIA (AÇÃO POL.PED.);
NÃO IMPÕE SEU SABER; FAZ CONSTANTE LEITURA
DE MUNDO.
ENSINAR EXIGEAPRENDER P/ TRANSFORMAR A REALIDADE
FORMAÇÃO PERMANENTE;
RECONHECER QUE NÃO EXISTE ENSINAR S/ APRENDER (APRENDER VEM ANTES DE ENSINAR);
REFORÇAR A CAPACI//E CRÍTICA E A CURIOSIDADE (CUR. INGÊNUA E CRÍTICA – RESULTA );
NÃO ROMPE COM O VELHO CONHECIMENTO, MAS SIM, SUPERA;
RETIFICA/RATIFICA SABERES (SEM ISSO, A TEORIA FICA VAZIA E A PRÁT. ATIVISTA);
RECONHECE QUE ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO;
USA O BOM SENSO COMO PRÁTICA DE VIDA;
EXERCITA O “PENSAR CERTO”
DEFINIÇÕES:
Formar é muito mais do que treinar no desempenho de destrezas.
Ideologia neoliberal = pensamento fatalista, e recusa o sonho e a utopia.
Legítima raiva = quando não aceito injustiças. Cometemos erro quando nosso ponto de vista é absoluto e
não conseguimos perceber, que mesmo estando certo, nem sempre a razão ética estará com ele (o terrorismo fere a ética universal).
Ética universal do ser humano – condena o cinismo do discurso, condena a exploração da força do trabalho, condena o acusar por ouvir dizer, que falseia a verdade.
Ética verdadeira é negada nos comportamentos imorais e perversão hipócrita da pureza em puritanismo. É afrontada na manifestação discriminatória de raça, gênero e classe.
Ética universal do ser humano – ética enquanto marca da natureza humana, algo indispensável à convivência humana.
Cognoscível – que se pode conhecer.