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Conceito de pedagogia O termo pedagogia, do grego antigo paidagogós, era inicialmente composto por paidos (“criança”) e gogía (“conduzir” ou “acompanhar”). Outrora, o conceito fazia portanto referência ao escravo que levava os meninos à escola. Actualmente, a pedagogia é considerada como sendo o conjunto de saberes que compete à educação enquanto fenómeno tipicamente social e especificamente humano. Trata-se de uma ciência aplicada de carácter psicossocial, cujo objecto de estudo é a educação. A pedagogia recebe influências de diversas ciências , como a psicologia, a sociologia, a antropologia, a filosofia, a história e a medicina, entre outras.

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Conceito de pedagogia

O termo pedagogia, do grego antigo paidagogós, era

inicialmente composto por paidos (“criança”) e gogía

(“conduzir” ou “acompanhar”). Outrora, o conceito fazia

portanto referência ao escravo que levava os meninos à

escola.

Actualmente, a pedagogia é considerada como sendo

o conjunto de saberes que compete à educação enquanto

fenómeno tipicamente social e especificamente humano.

Trata-se de uma ciência aplicada de carácter psicossocial,

cujo objecto de estudo é a educação. A pedagogia recebe

influências de diversas ciências, como a psicologia, a

sociologia, a antropologia, a filosofia, a história e a

medicina, entre outras.

Em todo o caso, convém destacar que há autores para

os quais a pedagogia não é nenhuma ciência, mas antes

um saber ou uma arte.

A pedagogia pode ser categorizada segundo vários

critérios. A tendência é falar-se em pedagogia geral

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(relacionada com questões universais e globais da

investigação e da acção sobre a educação) ou em

pedagogias específicas (que têm sistematizado um

diferente corpo do conhecimento em função de diversas

realidades históricas vividas). Também há que distinguir a

pedagogia tradicional da pedagogia contemporânea.

É importante distinguir a pedagogia como sendo a

ciência que estuda a educação e a didáctica como sendo a

disciplina ou o conjunto de técnicas que facilitam a

aprendizagem. Como tal, pode-se dizer que a didáctica é

apenas uma disciplina dentro da pedagogia.

A pedagogia também tem sido relacionada com a

andragogia, a disciplina educativa que se encarrega de

instruir e educar permanentemente o homem em qualquer

período do seu desenvolvimento e em função da sua vida

cultural e social.

Pedagogia

Inicialmente, tomemos conhecimento da etimologia da palavra

pedagogia que vem de paidos (crianc a) e agode (conduc ão), assim

paidagogos era o escravo responsável por conduzir a crianc a até o

conhecimento – a escola. Os primeiros estudos acerca da pedagogia

questionaram “como e o que é melhor ensinar?”, considerando que o

homem passa a ser visto como um agente de transformac ão, livre

para pensar, assim como a reflexão e o pensamento crítico passam a

embasar os estudos inerentes à educac ão.

No que tange a tradic ão grega, temos quatro tipos de

educac ão, a saber: homerica que prezava a família, a moral e cívica

e a formac ão corte s do nobre; espartana que visava formar soldados

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e cidadãos leais; ateniense que considerava importante a família, o

Estado, a escola e, sobretudo, a formac ão intelectual; e por fim a

helenistica que defendia a universalizac ão da cultura, os aspectos

intelectuais e a memorizac ão.

Os principais educadores gregos foram Socrates, considerado

o grande educador da história, Platao e Aristoteles. O primeiro,

respectivamente, era um filósofo ateniense que reunia as pessoas em

prac a publica informalmente. Já o segundo, Platão, foi discípulo de

Sócrates e propo s uma reflexão pedagógica vinculada à política,

ocupando-se de temas como ética, metafísica, Teoria do

Conhecimento e Política. Este filósofo ministrava suas aulas em

ginásios, chamados de Academia. Por ultimo, Aristóteles, discípulo de

Platão, ministrava suas aulas no Liceu e tinha uma teoria pedagógica

mais voltada para a realidade, o devir e as causas, ao contrário de

seu mestre que era muito idealista.

É necessário compreender os primeiros estudos referentes às

práticas educativas para então refletir sobre as práticas atuais. “A

história [da Pedagogia e da Educac ão] não é portanto um simples

olhar deitado sobre o passado; pode ser uma das ferramentas

poderosas da compreensão do presente e pertence deste modo de

direito à família das cie ncias da educac ão.” (MIALARET, Gaston, As

cie ncias da educac ão, Lisboa, Moraes Editores, 1976)

Leia mais: Conceito de pedagogia - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/pedagogia#ixzz2wyTaqg7m

PedagogiaPedagogia é a ciência que tem por objeto de estudo a Educação, o processo de ensino e aprendizagem. O sujeito é o ser humano enquanto educando .

Origem

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A palavra Pedagogia tem origem etimológica, na Grécia antiga, do termo παιδές (paidés, "criança") e ἄγο, (ago, "conduzir", pelo "aio").

História da Pedagogia

A Grécia clássica pode ser considerada berço da Pedagogia, pois é na Grécia que nascem as primeiras ideias acerca da ação pedagógica, ponderações que vão influenciar, por muitos anos, a educação e cultura ocidentais e vincular a imagem do Pedagogo à formação das crianças.

Nos séculos XVII e XVIII inicia-se uma era de debates, no campo da educação, tendo como foco a importância de atualizar os processos pedagógicos e rever o próprio conceito de infância. Nomes importantes deste período são Comenius e Rousseau.

No final do século XIX e princípios do século XX os debates sobre educação e, principalmente, as novas pesquisas no campo da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, com ênfase na criança, levarão a que um grande número de profissionais, de diversos campos, desenvolvam reflexões, pesquisas e experiências pedagógicas envolvendo métodos de ensino, as relações pedagógicas e as possibilidades e limites dos diferentes contextos educativos, dando corpo a vários movimentos, dentre eles o da Escola Nova e a Pedagogia Waldorf. Estas experiências são, até hoje, chamadas Pedagogias ou Métodos pedagógicos e alguns nomes importantes deste período são conhecidos como Pedagogos.

No restante século XX a Pedagogia vai se institucionalizar como campo de conhecimento científico e profissional e a formação passará a ocorrer nas Universidades em cursos superiores2 .

Pedagogia e Didáctica: duas ciências independentes

1. Resumo 2. Introdução 3. Origens da Pedagogia e da didáctica 4. Conceitos de Educação, Ensino e Instrução 5. Pedagogia 6. Didáctica 7. Considerações Finais 8. Referências

RESUMO

A Pedagogia e a Didáctica são ciências particulares

autônomas? É a Didáctica um ramo da Pedagogia, ou suas

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inter-relações são parte do próprio materialismo-dialético?

Qual é, não a hipotética, mas a verdadeira relação entre

Educação e Ensino? Essas e muitas outras interrogantes

serão respondidas sucintamente neste trabalho, que a sua

vez é uma síntese de uma obra maior, que levou mais de

10 anos de pesquisas: Pedagogia e Didáctica: duas ciências

autônomas. Reflete-se sobre as origens, as categorias, leis,

princípios e métodos de pesquisas de cada uma destas

ciências. Conclui-se com uma valoração prática da

importância desta distinção.

PALVRAS CHAVES: Pedagogia, Didáctica, Educação,

Ensino, Instrução.

1. INTRODUÇÃO

Até hoje, primeira década do século XXI, em muitos

países, a Pedagogia é questionada como ciência

independente, e a Didáctica é considerada, no melhor dos

casos, como uma disciplina ou ramo dela. Por que essa

situação, ainda, persiste ao longo dos tempos? Será que

tem a ver com a consideração histórica de confundir os

termos de educação vs instrução, educação vs ensino e

instrução vs ensino?

Alguém se refere à Física ou à Química como ramos ou

disciplinas matemáticas? É possível o desenvolvimento de

estudos e pesquisas na Física ou na Química sem o auxilio

da matemática? Não obstante, dessa dependência, os

cientistas, professores, pesquisadores, não consideram uma

a disciplina ou o ramo da outra. È claro que a ciência não

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tem fronteiras, nem divisões; é o consenso dos estudiosos,

pesquisadores, cientistas que a dividem para poder

aprofundar no complexo mundo científico-tecnológico. Essa

taxonomia é necessária, não há duvida disso. Mas, por que

uma consideração funciona para uns e não para outros?

Esse breve questionamento, utilizando essas

perguntas retóricas, tem a finalidade de provocar uma

reflexão sobre a constante referência da Didáctica como

disciplina da Pedagogia, quando a relação entre ambas

muitas vezes é forçada, ambígua e artificial.

Para dar respostas, ou ao menos tentar satisfazer aos

leitores com reflexões adequadas sobre o assunto, este

trabalho abordará, em primeiro lugar, as origens da

Pedagogia e da Didáctica. Podendo perceber que ainda com

aspectos comuns, elas não têm a mesma origem, como

ciências particulares. A Pedagogia surge como ciência

particular, a partir do século XIX, enquanto, a Didáctica

esperaria mais um século.

A seguir, se procura desvendar o porquê dessa

"quase" obrigatória relação direta entre a Pedagogia e a

Didáctica. Uma forma encontrada é analisar as

tergiversações a partir dos conceitos educação, ensino e

instrução. O objetivo fundamental aqui é considerar a

diferença entre educação e ensino e valorar a falsa unidade

entre educação e instrução.

Para poder aprofundar nas diferenças, se aborda, por

um lado, a Pedagogia, seu objeto de estudo, seu sistema de

conhecimentos científicos: expressados, fundamentalmente

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em categorias, leis e princípios, e os principais métodos de

pesquisa, que sustentam a cientificidade desses

conhecimentos. Logo a seguir, faz-se o mesmo com a

Didáctica, abordando-se seu objeto de estudo, sistema de

conhecimentos científicos, métodos de pesquisa e se

conclui com as Considerações Finais, destacando-se a

importância prática da necessária independência destas

ciências.

2. ORIGENS DA PEDAGOGIA E DA DIDÁCTICA

Diferente da Pedagogia que tem seu reconhecimento

como ciência particular a partir do século XIX, a Didáctica

em muitos países, ainda não é reconhecida como ciência

independente. É considerada, erroneamente, uma disciplina

técnica da Pedagogia, ou como ramo desta. Não obstante,

felizmente, são muitas as comunidades científicas que a

partir do século XX, deram luz verde à Didáctica como

ciência particular. A seguir uma breve referência às origens

destas duas ciências em questão.

Origem da Pedagogia

A Pedagogia, como ciência, tem uma longa história. Os

seus primeiros estudos e aportes emergiram, com a origem

e o desenvolvimento da própria civilização. Como também

aconteceu com outras ciências, a Pedagogia viu seus

primeiros grandes estudos nas obras dos clássicos da

antiguidade: Platão (427-347), Aristóteles (384-322), entre

outros.

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Seu surgimento sustenta-se a partir da definição de

seu objeto de estudo: a educação. O progresso da educação

não poderia se fundamentar só com experiências do dia-a-

dia e conjecturas dos pensadores. Era necessário o

surgimento de uma ciência que desse a esse objeto de

estudo, uma sustentação científico-tecnológico.

As obras de Comenius, Rousseau, Kant, Hegel,

Herbart, Chernichevski, Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski,

entre outros intelectuais, ajudaram à independência da

Pedagogia como ciência particular. Os clássicos do

Materialismo-Histórico e Dialético, Marx e Engels,

elaboraram os fundamentos que permitiram sustentar a

cientificidade desta. Dessa forma, aos poucos, a Pedagogia

vai-se diferenciando, como resultado de um longo período e

processo histórico, da Teologia e da Filosofia.

A seguir uma citação da interessante obra Pedagogia

de um coletivo de autores alemães que sintetiza a origem

da ciência da educação, e confirmam assim, de forma

sucinta, que a Pedagogia surgiu como ciência particular a

partir do século XIX.

A Pedagogia tem uma longa história. Surge como

ciência no momento dela ser um reflexo da manifestação

social objetiva da educação. Na Antigüidade, ela tem sido

encerrada em complexas apreciações sobre o mundo e o

homem (Por exemplo, em Aristóteles). No Feudalismo e no

Capitalismo, a Pedagogia vai-se diferenciando

paulatinamente, em correspondência com a necessidade

social, da Teologia e da Filosofia. No século XVI e no século

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XVII, nasce o primeiro sistema pedagógico como resultado

da divisão, do até então estreito vínculo entre a Teologia e

a Filosofia. Esta é a expressão e o resultado da luta da

burguesia florescente contra o Feudalismo. Não obstante, a

Pedagogia continua sua relação com a filosofia, como por

exemplos: Rousseau, Kant, Hegel, Herbart e Chernichevski,

ela se erige cada vez mais, como uma ciência

independente, nos séculos XVIII e XIX, aproximadamente

com Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski, entre outros.

(NEUNER,G. et al, 1981, p. 100).

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Origem da Didáctica

Ainda que nas obras dos filósofos da antiguidade

existam referências às formas que deveriam ser seguidas

no ensino na escola, com grandes contribuições ao

Desenho Curricular (currículo) como parte importante da

Didáctica, é com a obra "Didáctica Magna" do eminente

checo João Amós Comênio, que surge a Didáctica, como

uma incipiente área de conhecimento. Não obstante, o

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termo tinha sido utilizado, anteriormente, pelo alemão

Wolfgang Ratke, que foi o primeiro quem abordou as duas

partes da Didáctica: Desenho Curricular ou Currículo e a

Dinâmica do Ensino, quando, segundo Sandino Hoff,

Universidade do Contestado, explicitou:

Em seus princípios teóricos, captados do período de

trabalho em Cöthen, Ratke fez distinção entre "ensinos" e

"arte de ensinar": os primeiros incluem conteudos extraídos

de uma totalidade enciclopedicamente organizada de

conhecimentos, e a segunda, de uma teoria que configura o

processo pedagógico.

Em outros termos, os "ensinos" são compostos com

base na estrutura global das ciências e da filosofia; e a arte

de ensinar relaciona-se com normas e métodos extraídos

das idéias de harmonia entre a fé, a natureza e as línguas.

(HOFF, S. 2007, p.147)

Voltando ao assunto da origem da Didáctica, se tem

que no século XIX, Herbart, intentando criar todo um

sistema científico da educação, colocou a Didáctica dentro

da Pedagogia, como teoria da instrução. Pode ser que a

partir daqui, a Didáctica sempre seja vista como isso, uma

disciplina da Pedagogia. Outro aspecto que poderia ter

influenciado sobre o assunto foi a utilização ambígua dos

termos: Educação, Instrução e Ensino, para denotar uma

mesma realidade ou fenômeno.

Já no século XX, a Didáctica passou por muitos

questionamentos, como também tinha acontecido,

anteriormente, com a Biologia, a Física, a Química, e outras

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ciências no século XIX. É importante destacar que toda

ciência, independentemente do seu objeto de estudo: seja

da natureza, da sociedade ou do pensamento, passa por

esses períodos críticos, onde sua estrutura conceitual fica

comprometida e duvidosa. Ás vezes, novos descobrimentos

ou novas teorias estremecem a base ou fundamentação

teórica de uma determinada ciência. Voltando ao assunto

da origem, é a partir deste século XX, que começa o

tratamento da Didáctica, como uma ciência particular.

Depois desses períodos de crises, a Didáctica dá um

salto qualitativo no seu desenvolvimento. Como ciência

particular, com autonomia científica, está neste momento

do século XXI, dando esse salto significativo com grandes

aportes à sociedade. Claro que, como toda ciência,

enriqueceu seus fundamentos, categorias, conceitos, leis,

corolários e princípios a partir da contribuição de cientistas

de outras áreas de conhecimento. Mas não existem duvidas

que a Didáctica já tem sua autonomia.

1. CONCEITOS DE EDUCAÇÃO, ENSINO E

INSTRUÇÃO.

Uma das problemáticas neste campo de conhecimento

é a ambigüidade da terminologia. Claro que ciência não é

como os neopositivistas consideraram, "colocar na língua

científica o conhecimento popular". Não obstante, o sistema

de conhecimento de qualquer ciência está determinado

pelas categorias e os termos que descrevem e

fundamentam a estrutura base de seu objeto de estudo. E

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tudo isso se logra com uma adequada utilização da língua

científica, em especial sua terminologia.

Uma das complexidades tanto para a Pedagogia, como

para a Didáctica são seus respectivos objetos de estudo,

pois qualquer leigo se acha no "direito" de "dissertar" sobre

educação ou ensino. Por exemplo. Quem fala sobre Física

Quântica? Ou sobre Biologia Molecular? Não é suficiente

saber contar para ser matemático! Este fato leva a que

existam trabalhos, "resultados de pesquisas" que no

conteudo deles têm uma mistura de conhecimentos

acientíficos e anticientíficos que pouco ajudam na prática

social e no desenvolvimento destas ciências.

Um exemplo neste contexto é o posicionamento do

ilustre Jean Piaget que segundo um dos seus discípulo,

Gadotti, M (1988, p. 64) considerava que

Quando a maioria dos institutos de ciências, hoje,

ainda se mantêm fechados em pequenas capelas, fechados

num linguajar hermético, Piaget sempre concebeu o estudo

científico como uma interseção de disciplinas. Não se pode

fazer Psicologia sem a física, sem a Matemática, sem as

Ciências Sociais.

Aliás, o sucesso das teorias de Piaget sobre

desenvolvimento da inteligência nas crianças deve-se, em

grande parte, à rigorosa fundamentação físico-matemática

e bioquímica. Ele sempre soube escolher, nesse sentido, os

melhores pesquisadores das áreas. Era um homem que

sabia ouvir.

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Piaget não gostava de responder a perguntas sobre

educação. Limitava-se a dizer que não havia pesquisado

esse campo do saber. Perguntaram num programa de Radio

Suisse Romande, por que não investigara a afetividade.

Respondeu que não tinha tempo para tratar da inteligência

e da afetividade ao mesmo tempo. Preferiu optar pelo

estudo da inteligência.

Já pensou que educando, aluno, estudante, discente,

criança, escolar, aprendiz, são a mesma coisa? Ao final não

são sinônimos? Sim. Essas palavras são sinônimas na

utilização do dia-a-dia, mas não na língua científica, pois

cada palavra mencionada expressa um conceito distinto. No

caso da Pedagogia, educando e escolar, seriam importantes

termos dentro do campo de estudo e pesquisa. Já para a

Didáctica referiria melhor os termos de aluno, estudante e

discentes, e assim por diante.

A língua científica deve ser objetiva, não deve permitir

ambigüidades. Outro exemplo poderia ser o fato que o

professor não tem "Didáctica", o que o docente pode e deve

ter é competência Didáctica. Quando no dia-a-dia, alguém

diz: -"Esse professor tem uma boa Didáctica", na língua

científica deve considerar-se que aquele profissional de

referência, tem domínio dos aspectos ou dimensões

Didácticas necessárias que conformam essa competência.

Se importante é a adequada utilização da terminologia

de uma ciência, imagine o que acontece quando o assunto

em questão é o próprio objeto de estudo? Então,

considerando que na língua científica não se admite a

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sinonímia, se pode dizer, cientificamente "falando", que

educação, ensino e instrução não são sinônimos.

O que e educaçao?

Desde a época de Platão, o termo educação foi centro

dos debates. Para ele era dar ao corpo e a alma toda beleza

e perfeição que seja possível. Émile Durkheim a

considerava a preparação para a vida. Para Pestalozzi, a

educação do ser humano deve responder às necessidades

de seu destino e ás leis de sua natureza. Para José Martí, é

depositar em cada homem toda a obra da humanidade

vivida, é preparar o ser humano para a vida.

Segundo o ICCP (1988) se entende por educação o

conjunto de influências que exerce a sociedade sobre o

indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante

toda a vida.

A educação consiste, ante todo, em um fenômeno

social historicamente condicionado e com um marcado

caráter classista. Através da educação se garantirá a

transmissão de experiências de uma geração à outra. (ICCP,

1988, p.31)

Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é

uma categoria geral e eterna, pois é parte inerente da

sociedade desde seu surgimento. Também, a educação

constitui um elo essencial no sucessivo desenvolvimento

dessa sociedade, a ponto de não conceber progresso

histórico-social sem sua presença.

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Para Martins,J (1990) a educação é um processo de

ação da sociedade sobre o educando, visando entregá-lo

segundo seus padrões sociais, econômicos, políticos, e seus

interesses. Reconhece-se aqui a necessária preparação

para a vida, já referida em outras definições e que só se

logra a através de convicções fortes e bem definidas de

acordo com esses padrões. Por isso é tão importante, mas

que uma definição o mais precisa possível, a caracterização

deste objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia.

Para uns, Educação é processo, para outros é

categoria, ou fenômeno social, ou preparação, ou conjunto

de influências, e muitos conceitos mais. Ainda seguindo a

linha de pensamento de J. Martins, se concorda que:

A educação tem os seguintes caracteres:

o É fato histórico, pois se realiza no tempo;

o É um processo que se preocupa com a formação

do homem em sua plenitude;

o Busca a integração dos membros de uma

sociedade ao modelo social vigente;

o Simultaneamente, busca a transformação da

sociedade em beneficio de seus membros;

o É um fenômeno cultural, pois transmite a cultura

de um contexto de forma global;

o Direciona o educando para a autoconsciência;

o É ao mesmo tempo, conservadora e inovadora.

(MARTINS, J, 1990, p.23)

Deve-se analisar que a educação, mais que processo,

mais que conjunto de influências, e outras, é uma atividade.

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Como toda atividade tem orientação, por tanto pode ser

planejada. É processo, pois está constituída por ações e

operações que devem ser executadas no tempo e no

espaço concreto. É resultado que expressa ou manifesta

uma cultura, como fato sócio-histórico.

Mas, o que é educação? A definição a seguir não

pretende ser exaustiva, nem focalizada nessa palavra

desde a perspectiva da lingüística textual, onde

claramente, o significado sempre estará dependendo de

seu contexto. Aqui só se esta definindo a categoria geral e

eterna, como objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia.

Portanto, a Educação é uma atividade social, política e

econômica, que se manifesta de diversas formas e que seu

sistema de ações e operações exercem influências na

formação de convicções para o desenvolvimento humano

do ser social e do ser individual.

Neste ultimo aspecto vale destacar que o ser humano

que se pretende construir, desde a óptica como ser social

deve ser

Desenvolvido simultaneamente nos planos, físico e

intelectual, que tem consciência clara de suas

possibilidades e limitações. Um homem munido de uma

cultura que lhe permita conhecer, compreender e refletir

sobre o mundo. (MARTINS,J 1990, p. 22)

Isso significa que a educação pode ser direcionada,

considerando a expressão social que deve refletir na

consciência de cada pessoa. Por outro lado, se deve

também trabalhar, nessas influências que exerce a

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sociedade e o estado na formação humana do ser

individual, onde:

O homem independente, mas não isolado, que

conhecendo suas capacidades físicas, intelectuais e

emocionais, e senhor de uma visão crítica da realidade, seja

capaz de atuar de forma eficaz e eficiente nessa realidade.

(MARTINS,J 1990, p. 22)

Resumindo, a educação, como fenômeno inerente à

sociedade, é orientação, é processo e expressão de uma

cultura sócio-política. Pois como atividade, está constituída

por esses aspectos. Por outro lado, sabe-se que o ser

humano se realiza culturalmente em tempo e espaço, e que

a complexidade dos fenômenos sociais e a quantidade de

cultura emanada de muitas gerações, precisam ser

otimizadas no tempo. Por isso, e em busca de seu

aperfeiçoamento social e individual, surge o processo

pedagógico, que não deve confundir-se com o processo

docente, com educação, ou com o processo educativo.

O processo pedagógico, como aspecto consciente

dentro do planejamento educacional, surge a partir das

mudanças sofridas pela sociedade e com o objetivo de

construir determinado protótipo de ser humano. Por isso,

um dos meios importante para influir na construção desse

novo ser, é através do adequado planejamento educacional.

Os programas, planos, e projetos, resultado dessas

atividades de gestão educativa, sejam introduzidos e

generalizados como forma ideal para orientar, executar e

controlar o trabalho educativo.

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O que e ensino?

Antes de entrar-se na definição do objeto de estudo e

pesquisa da Didáctica, lembre-se das palavras de J. Martins

(1990, p. 23) quando expressou que "desde seu surgimento

a palavra Didáctica, significou a ciência de ensinar". Pode

ser questionado o termo ciência, mas a idéia fica clara que

o objeto é o ensino. Não se deve esquecer que na época

que se utiliza o termo, ciência era só as áreas de

conhecimentos da natureza. O termo "art" era utilizado

para as atividades das atuais e reconhecidas áreas das

ciências sociais. Mas, então por que, ainda hoje, é

questionada a utilização do termo: ensino, substituindo-o

por ensino-aprendizagem? Seria interessante considerar a

seguinte analogia que ajudará a entender o ensino, como

objeto e não o ensino como categoria, termo ou uma

simples palavra.

Quando alguém denomina um homem de pai,

utilizando o termo de pai com a significação de pai

biológico, é porque esse ser humano masculino, tem, como

mínimo um filho. Portanto, qualquer homem não é pai, só

aquele que gerou um descendente. Algo parecido, salvando

a analogia, sucede com a palavra ensino. Se um

determinado professor realiza uma atividade que não gere

uma "aprendizagem" objetivada, essa atividade não pode

ser denominada de ensino. Por tanto, se não é lógico

utilizar a palavra composta pai-filho, para designar um ser

humano masculino que gerou um descendente dele,

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também é ilógico supor que a palavra composta "ensino-

aprendizagem", substitua o objeto: ensino.

Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é

"um processo bilateral de ensino e aprendizagem". Daí, que

seja axiomático explicitar que não existe ensino sem

"aprendizagem". Seu posicionamento sempre foi muito

claro, quando estabeleciam entre ensino e aprendizagem,

uma unidade dialética.

Para Neuner, G. et al (1981, p. 254) "a linha

fundamental do processo de ensino é a transmissão e

apropriação de um sólido sistema de conhecimentos e

capacidades duradouras e aplicáveis." Destaca-se, por um

lado, neste conceito a menção de "um sólido sistema de

conhecimento", e por outro lado, as "capacidades

duradouras e aplicáveis". No primeiro caso, referindo-se ao

processo de instrução que procura atingir a superação dos

discentes e o segundo caso ao treinamento, como forma de

desenvolver as capacidades.

O ICCP (1988, p. 31) define "o ensino como o processo

de organização da atividade cognoscitiva" processo que se

manifesta de uma forma bilateral: a aprendizagem, como

assimilação do material estudado ou atividade do aluno, e o

ensino como direção deste processo ou atividade do

professor.

Considerando estas idéias, fica claro que não é preciso

a utilização da composição léxica "ensino-aprendizagem"

para destacar a importância da "aprendizagem" neste

processo, pois ela é inerente ao ensino. A palavra

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aprendizagem neste contexto, não esta sendo utilizada

desde a perspectiva terminológica que distinguiria

semanticamente os termos: aprendência, aprendizado e

aprendizagem.

Portanto, o ensino, como objeto de estudo e pesquisa

da Didáctica, é uma atividade direcionada por docentes à

formação qualificada dos discentes. Por isso, na

implementação do ensino se dão a instrução e o

treinamento, como formas de manifestar-se,

concretamente, este processo na realidade objetiva.

Diferenciando Educação, de Ensino, seria interessante

refletir com as palavras de J.M. Guyau, quando diz que

"educar a um homem não é ensinar alguma coisa que não

sabia, senão fazer dele o homem que não existia." (GUYAU,

J apud. ISÓIS, J. 1976, p. 14)

O que e instruçao?

Este é um termo que tem sido utilizado

indistintamente para se referir ao que se define como

educação, e também tem sido empregado com a denotação

dada aqui de ensino. Isso traz consigo um grande dilema.

Suma-se a essa ambigüidade do termo, o fato de erros de

tradução de um idioma a outro. Mas como o objetivo não é

fazer a história das denotações desta palavra, se passa a

delimitar sua concepção neste trabalho.

Segundo Baranov, S.P. et al. (1989, p. 22) "a instrução

constitui o aspecto da educação que compreende o sistema

de valores científicos culturais, acumulados pela

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humanidade". Nesta perspectiva nota-se a coincidência

com o próprio termo de educação. A instrução, não é

diretamente um aspecto da educação, mas bem, deve ser

considerado como um elemento que aperfeiçoa o processo

educativo, o que é diferente. A instrução não é inerente à

educação, através da instrução pode-se desenvolver a

educação. Se estes autores estiveram certos, não existiriam

pessoas bem instruídas, pessoas já formadas, más

educadas. Ou também, não existiriam analfabetos, sem

alguma instrução, com uma boa educação.

É muito mais preciso, desde a óptica deste trabalho, o

conceito de instrução valorado pelos alemães Neuner, G, et

al. (1981, p. 112) enfatizando que na literatura pedagógica

o conceito de instrução se emprega, na maioria das vezes,

com a significação de ministrar e assimilar conhecimentos e

habilidades, com a formação de interesses cognoscitivos e

talentos, e com a preparação para as atividades

profissional.

O ICCP (1988), também valora a instrução com essa

mesma perspectiva profissionalizante quando expressa

que:

O conceito expressa o resultado da assimilação de

conhecimentos, hábitos, e habilidades; se caracteriza pelo

nível de desenvolvimento do intelecto e das capacidades

criadoras do homem. A instrução pressupõe determinado

nível de preparação do individuo para sua participação

numa ou outra esfera da atividade social. (ICCP, 1988, p.

32)

Page 22: Pedagogia e didática.docx

Portanto, a instrução não forma parte do conceito de

educação, nem existe uma denominada lei de unidade da

instrução e a educação. A instrução, como manifestação

concreta do ensino, é uma ação Didáctica que desenvolve o

intelecto e a criatividade dos seres humanos com

conhecimentos e habilidades que os prepara para

desenvolver atividades sócio-culturais.

Como se colocou na introdução deste trabalho é

possível que uma das causas pela qual a Didáctica seja

considerada uma disciplina da Pedagogia consiste na falsa

concepção de que a educação leva implícita dentro de si o

processo de ensino. Por tanto, como se expresso

anteriormente que na língua científica não admite a

sinonímia, Educação, Ensino e Instrução designam

realidades diferentes. A Educação se centra na formação do

ser humano, especificamente na construção da

personalidade, enquanto o Ensino reflete o processo de

otimização da aprendizagem, a qual ajuda na formação do

ser humano, mas não o define. Já a Instrução é uma forma

de manifestar se o ensino, onde se focaliza os aspectos de

conhecimentos e saberes da realidade objetiva e subjetiva.

1. PEDAGOGIA: OBJETO DE ESTUDO, SISTEMA

DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E MÉTODOS DE

PESQUISA.

Neste item se abordará os aspectos que demonstram

a cientificidade da Pedagogia. Mas antes de referir-se a

esses aspectos é bom considerar que a ciência, como

Page 23: Pedagogia e didática.docx

atividade universal, não tem verdadeiramente, fronteiras

entre as ciências particulares. Essa divisão existe pelas

limitações do ser humano em poder abarcar grandes

campos do saber, e também, uma forma de avançar em

áreas priorizadas. Portanto sempre existirão termos de uma

ciência, utilizados em outra. Ainda, uma mesma palavra

utilizada em diferentes campos do saber expressa

diferentes noções. Pois, em uma ciência, essa palavra pode

ser um simples lexema para possibilitar a comunicação

científica; enquanto em outra, essa mesma palavra pode

ser um termo, formando parte das palavras chaves dessa

área de conhecimento: terminologia. Em outra ciência, essa

mesma palavra pode ser uma categoria, e em outra pode

ser o próprio objeto de estudo.

Ainda, as contribuições de uma ciência, sempre serão

bem-vindas em outras, por essa inter-relação dialética que

existem entre elas, aqui se tratará sobre o objeto de estudo

e de pesquisa que não deve ser objeto de outra ciência. Por

isso, a definição do objeto de estudo da Pedagogia, não é a

definição de uma simples palavra, que será utilizada como

lexemas em outras ciências, senão a delimitação conceitual

dessa megacategoria. Depois da definição do objeto, se

sustentará, sinteticamente, o sistema de conhecimento

científico que fundamenta a Pedagogia como ciência

particular, através de suas categorias gerais, leis e

princípios. Por ultimo, neste item, se mencionará alguns

métodos empregados nas pesquisas pedagógicas. O objeto

de estudo, o sistema de conhecimentos científicos e os

Page 24: Pedagogia e didática.docx

métodos, nessa ordem, são os três requisitos básicos que a

comunidade científica exige para determinar se uma

determinada área de conhecimento é uma ciência

particular autônoma.

Objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia

Para N.A. Konstantinov (apud. ISÒIS, J, 1976), o objeto

de estudo da Pedagogia é a educação como fenômeno

social. José C. Libâneo é muito mais explicito e direto

quando expressa que:

Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se

ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato

educativo, da pratica educativa concreta que se realiza na

sociedade como uns dos ingredientes básicos da

configuração da atividade humana. (LIBÂNEO, J. C.1999, p.

25)

Portanto fica claro que o objeto de estudo da

Pedagogia é a educação. Esta Educação, vista como

atividade sócio-cultural, política e econômica, que se

manifesta de diversas formas e que seu sistema de ações e

operações, exercem influências na formação de convicções

para um desenvolvimento humano, consciente do papel do

ser social e do ser individual.

Considerar a Educação como atividade, implicará que

nela se dêem as orientações, os processos, os resultados,

entre outras muitas coisas que são inerentes à atividade.

Daí que o objeto seja amplo, onde os diversos processos e

os diversos contextos sejam também áreas fronteiriças com

Page 25: Pedagogia e didática.docx

outras ciências. Neste ponto, Libâneo é novamente

convincente:

...o campo educativo é bastante vasto, porque a

educação ocorre na família, no trabalho, na rua, na fábrica,

nos meios de comunicação, na política. Com isso, cumpre

distinguir diferentes manifestações e modalidades de

prática educativa tais como a educação informal, não

formal e formal. (LIBÂNEO, J. C.1999, p. 25)

Segundo Libâneo, J (1999, p.126) "na mentalidade, de

muitos educadores, a Pedagogia ainda continua tendo o

sentido de metodologia, de organização do ensino". Isto

explica, em boa parte, os dilemas enfrentados, ao longo dos

anos, pelo reconhecimento oficial, em muitos paises, da

independência cognoscitiva e da autonomia da Pedagogia

como ciência particular. A Pedagogia é, sem duvida alguma,

a ciência que tem como objeto de estudo e pesquisa a

Educação.

Sistema de conhecimentos cientificos:

categorias da Pedagogia

Toda ciência tem seu sistema de conhecimento

científico que constitui a estrutura base para, a partir daí,

erguer toda uma produção de novos conhecimentos, como

resultado da atividade científica. Essas novas contribuições

podem ser de uma mesma ciência, ou de outras a fins, que

também colaboram na construção da estrutura sistêmica.

Essa estrutura base, sistêmica e sistemática, se sustenta

com as categorias gerais, com as leis e os princípios.

Page 26: Pedagogia e didática.docx

Os principais pilares de toda ciência são as categorias

gerais dela. A Pedagogia tem quatro categorias gerais que

devem, dialeticamente, interagir entre si. São categorias: a

escola, a família, a comunidade e a convicção.

Escola

A escola, ao dizer de E.Krieck (apud. ISÒIS, J. 1976), só

pode realizar uma parte da educação. Essa parte que se

refere é a que se denomina educação escolar. Isso

acontece por ser a escola o elo essencial do estado. A

escola representa quem tem o poder, quem governa. A

escola, ao contrário do que se pensa e se divulgou por

muito tempo, não é inerente à educação. Ela, a escola, tem

uma natureza social, como a educação, mas se consagrou

como privilégios dos que ostentam o poder.

Portanto, a escola surgiu como instituição social, ao

longo da história, à medida que a organização das

sociedades foi se tornando mais complexa, a tecnologia

mais avançada e as aquisições culturais mais vastas e

sistematizadas. (HAYDT, R. 1997, p. 12)

A escola como instituição social, é o nucleo básico que

o estado tem para poder influenciar na educação da

sociedade, na formação de novas gerações de seres

humanos.

Familia

A família desde uma perspectiva sociológica é vista

como a cédula da sociedade, e sem duvida alguma, o

Page 27: Pedagogia e didática.docx

nucleo básico da educação. É um erro histórico, pensar que

a escola substitui à família na configuração educativa de

seus membros. A escola poderia, e deve ter um papel cada

vez mais preponderante nos processos educativos, mas

nunca substitui à família, pois é inerente à educação, é o

nucleo fundamental. Portanto, desde a perspectiva

pedagógica, a família é responsável pela educação de seus

membros. Isso é independentemente do sistema sócio-

político governando.

Comunidade

Esta categoria, pouco estudada pedagogicamente, é a

concretização da sociedade. Neste trabalho é vista como

um sistema de seres vivos inter-relacionados que habitam

um mesmo lugar. Devem-se destacar com significativa

importância os elementos que conformam determinada

comunidade. Entre esses aspectos estão:

Habitantes residentes,

Flora local,

Fauna local,

Geografia local,

História local, comunitária e familiar,

Cultura local, comunitária e familiar.

A comunidade pode subdividir-se em duas: a

comunidade externa, que implicará todo contexto que

abrange a influencia de uma escola ou várias escolas. Isso

significa o espaço sócio-cultural, político e econômico onde

a escola ou as escolas estão instaladas, como estrutura

Page 28: Pedagogia e didática.docx

físicas. Essa relação da escola com a comunidade implica

necessariamente outras relações com instituições, fábricas,

hospitais, clínicas, rádio local ou comunitária, etc. que

estejam dentro do contexto comunitário. A outra é a

comunidade interna. Essa comunidade será vista através da

relação de uma escola com os familiares, amigos,

conhecidos dos discentes matriculados.

Existe uma unidade indissoluvel entre estas três

categorias: escola, família e comunidade. Daí que seja

considera uma unidade dialética tripartida. Essa unidade

permite a construção social dos sujeitos. Não ver essas

relações, não incidir nessas relações é uma das grandes

causas do fracasso educacional. Esta concepção é um

corolário da primeira lei pedagógica: relação dinâmico-

participativa entre o estado, a educação e a sociedade.

Quando essas relações são estimuladas e controladas

conscientemente, com a intervenção de todos os

envolvidos, resulta na construção de convicções bem

definidas e duradouras. Daí que a convicção seja uma

categoria essencial e determinante de uma educação real,

objetiva e verdadeira.

Convicçao

Ainda que a filosofia estude a convicção, não é

filosofando que a mesma se forma. Só se forma uma

convicção, a partir da educação. Constrói-se uma convicção

quando, nela se dão os elementos que a conformam: valor,

sentimento, qualidade do caráter, formas da conduta

Page 29: Pedagogia e didática.docx

segundo o temperamento, ideologia, e atitude. Quando não

se tem convicção de algo, ante esse algo se atua

intuitivamente, só pelo instinto. Por isso, se é através das

convicções que o sujeito se humaniza, e o objetivo da

educação sempre refere à formação da personalidade, essa

personalidade deve estar convicta de seus atos e

pensamentos. Então, neste contexto, convicção é a certeza

adquirida por fatos ou razões, como resultado do processo

educativo de uma determinada sociedade.

Sistema de conhecimentos cientificos: leis

pedagogicas

A lei, desde a perspectiva científica, é considerada a

relação básica, constante e necessária entre os fenômenos

dentro do objeto de estudo e pesquisa de uma determinada

ciência. No caso especifico das leis pedagógicas se

estabelecem essas relações, ou se manifestam através das

relações de causas e efeitos dos processos educacionais e

dos processos educativos. Ainda existem trabalhos que

abordam esta temática, Alvarez,C (1995), ICCP (1988),

entre outros, aqui se enfatiza a presencia na Pedagogia, de

três leis gerais que referem à relação entre estado,

educação e sociedade; uma segunda lei que refere à

autonomia educativa e sua influência diversificada; e uma

terceira que refere às condições socioculturais e genética

sobre o desenvolvimento social e individual.

1.- Lei da relação dinâmico-participativa entre o

estado, a educação e a sociedade.

Page 30: Pedagogia e didática.docx

A dinâmica, nesta lei, parte da sociedade que

determina o tipo de estado a se formar; por sua vez, o

estado determinará o tipo de educação que se aplicará,

enquanto a educação determinará o tipo de sociedade que

se constrói. Essa relação cíclica estabelece sua forma de

concretizar-se, através da relação comunidade, escola e

família; onde cada um, respectivamente, refere aos

componentes básicos desta lei.

Sendo assim, para que essa lei se cumpra, é a

comunidade quem deve determinar o tipo de escola que

deseja ter no seu contexto. A escola deveria desenvolver

um profundo trabalho educativo com as famílias, para

determinar o tipo de família que deveria ter, e então a

família, genericamente falando, deveria influir na

comunidade, para configurar o tipo de comunidade a se

construir.

Infelizmente, esta é a primeira lei pedagógica, e é

também, geralmente, a primeira a ser violentada. Esta é a

principal causa do grande problema social que existe nos

paises que não consideram esta importante lei. Pior ainda,

são as poucas perspectivas que têm esses paises para

resolver essas inumeras situações sociais de calamidade.

Pois, sem aplicação conseqüente desta lei não será possível

reverter essas situações. Já existe uma resposta bem

enérgica da natureza aos erros do ser humano às

constantes violações das leis da natureza: Suname, El Nino,

Desertificação, entre muitas outras respostas. E a

sociedade? Será que já se está aproximando sua resposta?

Page 31: Pedagogia e didática.docx

Será tão enérgica que conduza a sua própria

autodestruição?

2. Lei da autonomia educativa e suas influências

diversificadas na formação da consciência.

Para a existência de uma convicção, se deve ter

consciência do fato ou da razão em questão. Neste sentido,

se devem observar quais são as influências que melhor

configuram uma determinada pessoa, ou uma determinada

comunidade. As influências na construção do ser humano

se manifestam em diversos contextos e em diversas

modalidades. A educação, a formação de convicções, se

desenvolve não só na escola, mas também no lar, na rua,

na igreja, na fábrica, no bar, nos meios de comunicação, e

outros lugares. Dentro das influências que se devem

observar e propiciar estão: educação física & mental,

educação ético & laboral, educação moral & axiológica,

educação política & ideológica, educação artística &

estética e educação intelectual & criativa.

Quando não se observam os aspectos que configuram

a regularidade desta lei, o resultado educativo é,

geralmente, um caos. Esta lei se relaciona com a primeira.

É necessário seguir bem de perto o desenvolvimento dessa

inter-relação. Pois, a família, por natureza, é

responsabilizada com a educação de seus membros;

contudo, caberia ao estado, através da escola, preparar a

família nos conhecimentos sobre os diversos tipos de

educação que existem, naturalmente, de uma forma

prática. Não é só com a pretendida educação intelectual

Page 32: Pedagogia e didática.docx

através do processo de "ensino-aprendizagem", no contexto

escolar, que se logra uma educação consciente. Precisa-se

da chamada "escola da vida".

Para desenvolver uma educação consciente, integral e

dinâmico-participativa, é fundamental criar as condições

sócio-culturais que beneficiem a formação de convicções.

Para isso, devem-se observar os princípios e corolários

desta segunda lei, que está interligada à primeira e à

terceira, ainda preservando sua autonomia educativa e

suas influências diversificadas. É importante que sempre

que seja possível estejam presentes pessoas observadoras

dessas influências para verificar os efeitos em cada

educando. Pois, uma influência pode ter resultados

diferentes, segundo a diversidade do publico alvo.

3. Lei das condições sócio-culturais e genéticas sobre

o desenvolvimento social e individual.

O desenvolvimento humano, expressado na sociedade

ou nos indivíduos, dependerá das condições sócio-culturais;

que à sua vez deverá considerar os aspectos genéticos para

modificar ou transformar esse contexto social e cultural,

que permita as vias adequadas para melhor configurar uma

nova sociedade, com indivíduos cada vez mais humanos,

menos egoístas, e pensando sempre no aperfeiçoamento

da sociedade por encima dos interesses individuais.

Também, essa sociedade deverá ser, cada dia, mais

respeitosa com as diversidades e com os interesses de seus

membros. Deve-se estabelecer um balanço entre os

interesses sociais e os interesses individuais. Só se logrará,

Page 33: Pedagogia e didática.docx

sem violência, quando a escola, como gestora da tríade,

exerça sua influência maior nas famílias e nas

comunidades. Daí a importância cardinal de que os projetos

pedagógicos das escolas incluam, independentemente da

participação das famílias e das representações

comunitárias, projetos de escolas melhores desenhadas

arquitetonicamente, com variadas infra-estruturas e

respeitando seu contexto meio ambientalista.

Sistema de conhecimentos cientificos: principios

pedagogicos

O princípio científico é uma doutrina que emerge de

uma ou várias leis. A teoria sobre educação permite uma

estruturação de um sistema de princípios como resultado

de pesquisas de diversas ciências e em especial da

Pedagogia. Segundo ICCP (1988) estes princípios têm sua

base nas leis do materialismo-dialético e histórico. São

idéias verificadas cientificamente a partir do papel da

prática na formação da personalidade, a influência do

homem sobre a natureza, a relação da educação com a

prática social e a função do coletivo na formação das

qualidades da personalidade.

Os princípios pedagógicos orientam a definição dos

objetivos educativos que a sua vez determinam o conteudo

e a forma (direção) da educação de uma sociedade.

1. Unidade indissoluvel entre escola, família e

comunidade como via natural de formar convicções.

2. Papel diretor da escola na relação tripartida.

Page 34: Pedagogia e didática.docx

3. Relação entre as modalidades de educação:

informal, não-formal e formal.

4. Relação das influências diversificadas com a

tipologia educacional: educação física & mental, educação

ético & laboral, educação moral & axiológica, educação

política & ideológica, educação artística & estética e

educação intelectual & criativa.

5. Instruir e treinar, otimizam a formação de

convicções, mas não a determinam.

6. Determinação das condições sócio-culturais e de

relações econômicas na formação da personalidade.

7. Caráter dominante dos grupos e coletivos sobre os

indivíduos.

8. Respeito ao indivíduo na formação do ser social.

9. Vinculação, da formação de convicções com a vida,

o meio social e o trabalho.

10. O conhecimento, por si só, não determina a

formação de uma convicção.

11. Influências subliminares, intuitivas, só serão

dominadas por convicção.

Metodos de Pesquisa Pedagogica

Neste contexto, método científico é a forma racional

ordenada, objetiva e social de desenvolver uma atividade,

que estabelece o caminho, através de técnicas,

procedimentos, e passos com marcado nível de

probabilidades de verificação científica para atingir um

objetivo definido.

Page 35: Pedagogia e didática.docx

As formas concretas de realizar as ações do método

científico constituem-se nas técnicas científicas desse

método. Por outro lado, as operações concretizar-se-ão nos

passos que dão lugar ao procedimento. Ficando a relação

de implicação de passos forma o procedimento,

procedimento forma a técnica e esta técnica forma o

método.

Considerando as técnicas segundo este sentido

específico, a relação existente entre método científico e

técnica científica parece clara. Sua natureza é a mesma.

Ambos são procedimentos, formas de atuação científica.

Sua diferenciação consiste na abrangência do método, além

disso, a relação filosófica do geral e o particular entre estes

dois termos. A seguir, se expõem métodos e técnicas de

pesquisa desde as perspectivas práticas e das teóricas que

se empregam com sucesso na Pedagogia.

Os métodos práticos que mais se aplicam são: a

observação, a experimentação e a sondagem

(levantamento). A observação é o método de recopilação

de informação educacional primária mediante a percepção

direta dos elementos do objeto estudado ou pesquisado.

Consiste no registro sistemático, válido e confiável de

comportamentos ou condutas manifestas. O experimento é

o método onde se cria uma situação, já no laboratório, já no

contexto escolar, já na sociedade ou natureza, com a

finalidade de observar, sob controle, a relação que existe

entre os fenômenos educacionais. A sondagem, também

conhecida como, levantamento, é o método onde a

Page 36: Pedagogia e didática.docx

informação requerida procura-se através da respostas a

perguntas orais, escritas no momento da pesquisa ou já

recolhida com anterioridade. Existem três técnicas deste

método: fonte bibliográfica, questionário e entrevista.

Os métodos teóricos permitem revelar as relações

essenciais do objeto de pesquisa, não observáveis

diretamente. Os métodos teóricos cumprem uma função

epistemológica importante, já que possibilitam as condições

para ir além das características superficiais da realidade

objetiva. Também permitem explicar os fatos e aprofundar

nas relações essenciais e qualidades dos processos, fatos e

fenômenos educacionais. Os métodos mais usados são:

Método analítico: a análise é um procedimento

teórico mediante o qual um todo complexo se descompõe

nas suas diversas partes ou elementos.

Método sintético: a síntese estabelece

mentalmente a união entre as partes previamente

analisadas e possibilita descobrir as relações essenciais e

características gerais entre elas.

Método abstrato: a abstração é um método

mediante o qual se destaca a propriedade ou relação das

coisas e fenômenos desde a perspectiva subjetiva.

Método concreto: é a síntese de muitos conceitos

e por conseguinte, das partes. As definições abstratas

conduzem à reprodução do concreto por médio do

pensamento. O concreto, no pensamento, é conhecimento

mais profundo e de maior conteudo essencial.

Page 37: Pedagogia e didática.docx

Método indutivo: A indução é um procedimento

mediante o qual, a partir de fatos particulares, se passa a

proposições gerais. Este método sempre está unido ao

processo mental dedução, ambos são momentos do

conhecimento dialético da realidade condicionado entre si.

Método dedutivo: A dedução é um procedimento

que se apóia nas asseverações generalizadoras a partir das

quais se realizam demonstrações ou inferências

particulares.

Método histórico: este se vincula ao

conhecimento das distintas etapas dos objetos em sua

sucessão cronológica. É o estudo diacrônico dos fenômenos

educacionais.

Método modelativo: a modelação opera em forma

teórica e prática com o objeto, não diretamente, mas

através de um sistema auxiliar. Existe no procedimento

deste método uma estrita relação entre a realidade

educacional e o modelo ideado para substituir, na pesquisa,

essa realidade.

Método sistêmico: procura revelar o sistema

existente, a partir da estrutura e as funções de seus

componentes.

Método comparativo: consiste, naquele método,

aonde se vão seguindo determinados padrões ou princípios

comuns a dois ou mais elementos. Estabelece os aspectos

distintivos e os aspectos similares para os objetos

comparados.

Page 38: Pedagogia e didática.docx

1. DIDÁCTICA: OBJETO DE ESTUDO, SISTEMA

DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E MÉTODOS DE

PESQUISA.

A seguir se explicita uma série de aspectos que fazem

da Didáctica uma ciência particular, com autonomia,

expressado na grande produção de conhecimentos

científicos que existem no ensino. Dessa forma se obtém

base teórica sólida, e bem sustentada, que permitirá se

situar dentro do contexto didático, facilitando o

entendimento de sua estrutura base.

A Didáctica, como toda ciência particular, tributa

conhecimentos científicos à tecnologia, que atende a essa

demanda, e que através da interface recria outros produtos

e serviços a serem aplicados no contexto social. A Didáctica

não é uma tecnologia, mas nela existe uma tecnologia

Didáctica.

Por que se pode afirmar categoricamente que a

Didáctica é uma ciência particular? Será que ela tem seu

próprio objeto de estudo? Existe nesse objeto, toda uma

estrutura base organizada com conhecimentos científicos

que a sustentem como tal? Existem métodos e técnicas

com um alto teor científico que fundamente e verifique os

resultados das pesquisas nesta área com suficiente

credibilidade para toda uma comunidade científica?

Objeto de estudo e pesquisa da Didáctica

Ainda existem autores, geralmente autodidatas, que

escrevem sobre o objeto da Didáctica como a práxis

Page 39: Pedagogia e didática.docx

pedagógica ou como o normativo das atividades escolares.

Também têm outros que consideram a Didáctica como o

estudo da teoria geral da instrução, ou como a arte de

ensinar, ou como o processo de ensino-aprendizagem, ou

como o conhecimento, ou como o processo docente-

educativo, entre muitas outras concepções. Não obstante,

existe um consenso, desde sua origem: a Didáctica estuda

o ensino.

Portanto, se o objeto de estudo e pesquisa da

Didáctica é o ensino, e se o ensino é entendido como

atividade direcionada por docente na formação qualificada

dos discentes, é lógico que se reflita sobre o que e como se

deve ensinar. As respostas, ao que ensinar, são estudadas

e pesquisadas pela parte da Didáctica, denominada

Desenho Curricular, também conhecida, simplesmente,

como currículo. As respostas ao como ensinar, ficam na

responsabilidade da Dinâmica do Ensino, a outra parte em

que se divide esta ciência.

Sistema de conhecimentos cientificos:

categorias da Didáctica

Depois de delimitar o objeto de estudo e pesquisa da

Didáctica, o ensino, é fundamental explicitar os aspectos

que conformam a estrutura base desta ciência particular.

Sobre o ensino existe toda uma estrutura sistemática e

sistematizada de conhecimentos científicos que permitem a

independência dela. Esta ciência tem suas próprias

categorias, suas leis e seus princípios que a sustentam.

Page 40: Pedagogia e didática.docx

Muitos manuais de Didáctica abordam o objetivo,

conteudo, método, meio, avaliação entre outros elementos

do processo de ensino, como categorias Didácticas. Ainda

elas sejam tratadas como categorias, poderiam ser mais

bem denominadas como componentes didáticos da aula.

Pois elas não são categorias gerais, senão categorias

elementares da aula. As três categorias gerais da Didáctica

são: a docência, a aula, e a aprendência. Dentro da

estrutura de cada categoria geral existem outras categorias

menores. Naturalmente, existe uma importante inter-

relação entre elas. Isso fundamenta a dialética da dinâmica

do processo ensinante.

Docência: ação estruturada na concretização do

processo de ensino, com ativa participação dos docentes e

discentes. Não deve confundir-se com outros processos que

acontecem na escola, mas que não configuram totalmente

dentro da docência: processo extra-escolar, processo extra-

docente e processo docente-educativo. Seus componentes

básicos são o processo docente, o docente e o discente. "A

docência é uma prática educativa, mas nem toda prática

educativa é docência, por ex. relações familiares."(I

ENCUP,2007).

Aula: operação docente celular aonde se concretiza o

desenho curricular e a dinâmica do ensino. É uma operação

docente, pois forma parte da ação docência, que a sua vez

forma parte da atividade ensino. É celular, pois como

Page 41: Pedagogia e didática.docx

cédula fundamental do processo de ensino se configura a

partir de uma determinada unidade de tempo, num marco

delimitado de espaço. Sua aplicação prática deverá

permitir, com seus componentes, a consecução dos

princípios didáticos. Formam parte da estrutura de uma

aula os seguintes componentes: objetivo, conteudo, tática

(método, forma e meio), e controle (avaliação).

Aprendência: interação entre ensinante e aprendente

que permite ao aprendente ser autor de seu próprio

desempenho. É o processo mediante o qual volitivamente

se leva à cognição, provocando mudança no aprendente

produzido pelo aprendizado. São componentes da

aprendência o desempenho, autoria e aprendizado.

Sistema de conhecimentos cientificos: leis

Didácticas

Segundo o ICCP (1988, p. 185) "o ensino é um

processo complexo e contraditório regido por leis objetivas,

assim como pelas contradições fundamentais que

possibilitam sua concreção". A lei, neste contexto segue a

linha desses autores, e considerada como o reflexo do

essencial na dinâmica Didáctica, onde se expressam as

relações mais gerais necessárias, reiteradas e

relativamente constantes da realidade objetiva. Tem vários

autores que consideram uma grande amálgama de leis, que

na verdade constituem princípios ou corolários destas que

se mencionam aqui.

Page 42: Pedagogia e didática.docx

1.- Lei das contradições dicotômicas internas do

processo docente.

A complexidade do processo de ensino reside,

fundamentalmente, pelas suas contradições internas. É

precisamente essa, uma das características que permitem

diferenciar esta atividade, das muitas outras atividades que

realiza o ser humano. Para o sucesso do processo docente

devem-se conhecer as principais contradições dicotômicas,

entre elas: ensinar-aprender, grupo-indivíduo, cultura

universal-currículo, teoria-prática, material-racional,

discente-docente, ensinante-aprendente, instrução-

superação, treinamento-capacitação, formação-

qualificação.

2.- Lei da otimização educativa do ensino.

O ensino, como atividade preparada, organizada e

planejada, permite a otimização do processo educativo. Daí

que surge o processo docente-educativo. Pois não existe

uma unidade dialética entre essas atividades, não são

inerentes entre si, mas constituem a forma ideal de

aperfeiçoar o processo. Isto será possível, quando se

concretizem, adequadamente, todos os processos básicos

do ensino: instrução, treinamento e formação qualificada, e

que no currículo, sempre estejam colocados os aspectos

pedagógicos necessários para configurar as convicções que

conformam parte do modelo de personalidade que se

deseja construir.

Page 43: Pedagogia e didática.docx

3.- Lei da aula como nucleo da atividade docente.

Qualquer atividade, ação ou operação desenvolvida

pelo professor, por si só, não constitui uma aula. Para que

uma determinada ação seja considerada com tal, deve

permitir que os componentes que a conformam interajam

possibilitando o cumprimento de seus princípios didáticos.

Por tanto, uma atividade sem objetivo definido, ou sem um

conteudo que refere a esse objetivo, ou sem métodos

determinados pelo conteudo, ou sem um meio que

expresse as condições sócio-culturais que permita a

aplicação dos métodos selecionados, ou sem recursos

didáticos configurando o conteudo selecionado, ou sem um

controle da consecução do objetivo proposto, essa

atividade não pode ser reconhecida como aula.

A aula, como nucleo da atividade docente, deve

possibilitar o cumprimento dos princípios didáticos. Entre

maior coesão entre os componentes da aula, maiores serão

as possibilidades de sucesso da docência.

Sistema de conhecimentos cientificos: principios

didáticos

Os princípios didáticos constituem os fundamentos

essências no planejamento didático e em seu

desenvolvimento. É a base para selecionar os meios de

ensino, atribuir tarefas e avaliar aprendizagens. Sem o

cumprimento deles uma determinada ação desenvolvida

pelo docente perde a consideração de ser uma aula. Como

Page 44: Pedagogia e didática.docx

também acontecem com as categorias e as leis, diversos

autores consideram uma grande variedade de princípios

que, de certa forma, convergem nestes sete principais

princípios didáticos.

1.- Princípio da tecno-cientificidade: consiste em que

todo conteudo do ensino deve ter um caráter tecnológico,

artístico ou científico, apoiado na realidade objetiva. Deve

ser sistêmico e, como reflexo dessa realidade deve ficar

vinculado à prática social, como critério da verdade.

2.- Princípio holístico do currículo: cada uma das

matérias, disciplinas ou temas de qualquer etapa docente

deve abordar, como mínimo, conhecimentos previamente

estruturados e planejados, de maneira que o discente os

integre como parte de um todo: transdisciplinaridade.

3.- Princípio da otimização docente: inter-relação dos

processos mentais. Este consiste na necessidade de

vincular os fatos reais, concretos, com as abstrações e

generalizações, através de operações planejadas que levem

à cognição: apropriação dos conteudos pelos discentes.

4.- Princípio da metacognição: é o que diz respeito ao

caráter consciente e à atividade independente dos

discentes, através da direção de um docente que viabilize

estratégias e táticas para condicionar o aprendizado.

(aprender a aprender).

5.- Princípio da acessibilidade: constitui a exigência de

que o conteudo do ensino seja compreensível e possível de

acordo com as características individuais do discente.

Consiste em conhecer o nível intelectual e acadêmico do

Page 45: Pedagogia e didática.docx

alvo do ensino ou da media do grupo para o planejamento

didático seja objetivo.

6.- Princípio da vinculação do individual com o coletivo,

e vice-versa: deve unir os interesses do grupo e os de cada

um de seus membros, com a finalidade de lograr os

objetivos propostos nas tarefas planejadas. Não se deve

dinamizar a aula para um discente, e sim para todos os

membros do grupo. Converter os grupos em coletivos,

observando as características individuais. Deve permitir o

atendimento diferenciado.

7.- Princípio da solidez dos conteudos: consiste no

trabalho sistemático e consciente durante o processo

docente, no qual o discente deve assimilar os

conhecimentos, as habilidades, os hábitos e os valores,

interiorizá-los, guardá-los na memória e utilizá-los a longo

prazo.

Metodos de pesquisas Didácticas

Nas pesquisas Didácticas, o método científico é a

forma racional, ordenada e objetiva que estabelece o

caminho, através de técnicas com marcado nível de

probabilidades de verificação científica para atingir o

objetivo definido. As vias para realizar as ações do método

da pesquisas científicas constituem-se nas técnicas desse

método. A seguir, se expõem métodos e técnicas de

pesquisas desde as perspectivas práticas e teóricas que se

empregam com sucesso na Didáctica. Os métodos que se

empregam na Pedagogia e em outras ciências particulares

Page 46: Pedagogia e didática.docx

são muito parecidos, a principal diferença está nas técnicas

desses métodos.

A natureza do método e da técnica é a mesma: ambos

são procedimentos, formas de atuação científica. Mas

existe, entre eles, uma grande diferença. Sua diferenciação

consiste na abrangência do método, que refere ao geral,

enquanto a técnica refere ao particular. Por isso, se tem,

em alguns casos, um mesmo método, com diversas

técnicas. A seguir se expõem métodos e técnicas de

pesquisa, desde as perspectivas práticas e das teóricas que

se empregam com sucesso na Didáctica.

Os métodos práticos com maior freqüência de uso na

Didáctica, como acontecem nas ciências sociais, são: a

observação, a experimentação e a sondagem

(levantamento). A observação é o método de recopilação

de informação docente mediante a percepção direta,

principalmente, através da observação de aulas, as

denominadas Visitas Técnicas, como uma técnica de

observar os elementos do campo de ação do objeto

estudado ou pesquisado. Outra técnica específica da

Observação Didáctica consiste no registro sistemático,

válido e confiável de comportamentos ou condutas

manifestadas nas aulas metodológicas: instrutivas,

demonstrativas e abertas.

Outro método prático, para as pesquisas Didácticas,

menos utilizado que o anterior, é o experimento. A prática

experimental é o método onde se cria uma situação, já no

laboratório, no contexto escolar, na sociedade ou natureza,

Page 47: Pedagogia e didática.docx

com a finalidade de observar, sob controle, a relação que

existe entre os fenômenos que configuram o objeto

estudado. Outra técnica deste mesmo método é a

experimentação, onde se desenvolvem atividades sem os

estreitos controles das variáveis. Nesta técnica não se

utiliza a comparação entre os grupos de controle e o grupo

experimental. Centra-se mais no controle de variáveis

semânticas ou significativas do próprio campo de ação da

pesquisa.

O terceiro e ultimo método prático é muito utilizado

nas pesquisas Didácticas, ainda que não supere o primeiro,

é a sondagem, também conhecido como, levantamento. A

sondagem é o método onde a informação requerida

procura-se através das respostas a perguntas orais, escritas

no momento da pesquisa ou já recolhida com anterioridade.

Existem três técnicas deste método prático: sondagem por

fonte bibliográfica, questionário e entrevista.

Uma das grandes dificuldades das pesquisas

Didácticas está na inadequada utilização dos métodos

teóricos, deixando-se de fazer uma maior contribuição à

ciência. Essa inadequada utilização, também cria uma série

de questionamentos e duvidas da cientificidade dos

resultados. Não obstante, esses métodos são muito

importantes, já que permitem revelar as relações essenciais

do ensino, não observáveis diretamente ou a simples

olhares.

Os métodos teóricos didáticos cumprem uma função

epistemológica importante, pois possibilitam ir além das

Page 48: Pedagogia e didática.docx

características fenomênicas ou superficiais da realidade.

Também permitem explicar os fatos e aprofundar nas

relações essenciais e qualidades dos processos, fatos e

fenômenos docentes. Os métodos mais usados são: o

analítico, o sintético, o abstrato, o concreto, o indutivo, o

dedutivo, o histórico, o modelativo, o sistêmico e o

comparativo.

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPORTÂNCIA

PRÁTICA DA DISTINÇÃO

Referente às origens destas ciências particulares

analisadas neste trabalho pode se concluir que a Pedagogia

surgiu primeiro que a Didáctica. A Pedagogia nasce no

século XIX e teve seu grande desenvolvimento no século

XX. No caso da Didáctica, surgiu no final do século XX, e

talvez por isso, ainda neste século XXI, em alguns paises,

institucionalmente, não é considerada como tal. Daí que

não receba o apoio governamental, e seu desenvolvimento

fica comprometido, só a expensas dos trabalhos e esforços

individuais de cientistas didáticos.

Por outro lado, é significativo ressaltar que a

Pedagogia, igualmente à Didáctica, não estabelecem

normas, diretrizes, ou quaisquer outras considerações ao

respeito. Elas, como qualquer outra ciência particular,

estudam e pesquisam o objeto delas, e dentro desse objeto,

o campo de ação, que corresponde aos problemas

científicos que solucionam através da atividade

investigativa. Logo, o resultado divulgado como um novo

Page 49: Pedagogia e didática.docx

conhecimento científico entrará no processo de interface,

para converter esse novo saber, num produto ou serviço,

norma ou diretriz que será aplicado na prática, através dos

processos de introdução e generalização dos resultados

científico-tecnológicos. Esses resultados na prática social

provocarão uma inquestionável melhoria ao processo de

construção do ser humano (formação da personalidade), no

caso da Pedagogia e ao processo docente, no caso da

Didáctica.

Independentemente da necessária aplicação de

resultados científicos e tecnológicos, a educação, sendo

uma atividade sócio-cultural, política e econômica, pode e

deve ser desenvolvida através da inter-relação entre

escola, família e comunidade, onde a escola exerça seu

papel mediador, sem tomar a responsabilidade e

obrigatoriedade que tem a família sobre a educação de

seus membros. Para isso, a escola deve assumir maior

autonomia, através da participação da família e a

comunidade na gestão educacional.

Reconhecer as diferenças entre educação e ensino,

possibilitará fazer um melhor planejamento, e de fato, um

melhor trabalho educativo, complementando os objetivos

instrutivos das disciplinas com os objetivos educativos. É

"lutar" para que o desenho curricular seja concebido

transdisciplinarmente. É propiciar no planejamento

educacional e no planejamento didático, a possibilidade de

educar ensinando e de ensinar educando.

Page 50: Pedagogia e didática.docx

Não deve existir uma unidade forçada entre educação

e ensino. Por isso Haydt, R (1997, p.12) expressa que

"enquanto a educação pode se processar tanto de forma

sistemática, como assistemática, o ensino é uma ação

deliberada e organizada" Para que exista educação no

processo de ensino se deve desenhar um currículo que

inclua os aspectos educativos desejados. Por isso, aspectos

de cidadania, tais como etiqueta, educação ambiental,

educação no trânsito, ética, moral, legislação, entre muitos

outros, devem ser inseridos no processo docente, desde

bem cedo na escola. Portanto, não existe uma unidade,

como lei ou princípio, entre educação e ensino, e si uma

"relação necessária" ao dizer de J. Araujo. (ARAUJO, J. 2002,

p. 92).

Se a escola cria as condições sócio-culturais, tomando

em consideração as condições genéticas dos educandos, se

a escola permite a participação dinâmico-participativa da

família e a comunidade na sua gestão didático-pedagógica,

essa escola estará construindo um ser humano convencido

de seu papel protagônico na sociedade. Neste sentido, será

um ser humano menos egoísta, menos individualista,

menos agressivo, e pensará e dará maior valor aos

aspectos do coletivo. Estará construindo um ser humano

superior em todos os sentidos sociais.

REFERÊNCIASÁLVAREZ ZAYAS, C. La escuela en la vida. La Habana: Pueblo y

Educación, 1995.

Page 51: Pedagogia e didática.docx

ARAUJO, J. As intencionalidades como diretrizes da prática

pedagogicas. Em Pedagogia Universitária São Paulo: Papirus, 2002.

BARANOV, S.P. et al. Pedagogia. La Habana: Pueblo y Educación,

1989.

GADOTTI,M. Educaçao e Compromisso. 3.ed. Campnas: Papirus,

1988

GARCIA, R O fazer e pensar dos supervisores e orientadores

educacionais. 9 ed. São

Paulo: Loyola, 2004

HAYDT, R. Curso de Didáctica Geral. 3.ed. São Paulo: Ática, 1997.

HOFF, S. Fundamentos filosoficos dos livros didáticos

elaborados por Ratke, no seculo XVII. Em Revista Brasileira de

Educação pág. 147. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/

rbedu/n25/n25a12.pdf . Acesso em: 18/11/2007.

ICCP. Pedagogia. La Habana: Pueblo y Educación, 1988.

I ENCUP. I Encontro Nacional de Coordenadores das

Universidades Públicas Brasileiras. Disponível em:

http://ced.ufsc.br/nova/encontro_reforma_pedagogia/GT2.htm. Acesso

em 30/11/2007

ISÓIS, J. Pedagogia Rimada. Ciudad de México: NGMPM, 1976.

LIBÂNEO, J. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez,

1999.

_______ et al. Pedagogia, ciência da educaçao? 3.ed. São Paulo:

Cortez, 2001.

LUAIZA, B.A. Pedagogia e Didáctica: duas ciências autônomas.

Imperatriz: BeniRos, 2008

MARTINS, J Didáctica Geral. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1990

NASSIF, R. Pedagogia General. Buenos Aires: Kapelusz,1958.

NEUNER,G. et al, Pedagogia. La Habana: libros para la

educación,1981.

* Este é um trabalho que sintetiza as principais idéias da obra:

Pedagogia e Didáctica: duas ciências autônomas, resultados de

Page 52: Pedagogia e didática.docx

mais de 10 anos de pesquisas. Enviado a Monografia.com nesta data:

12/01/2008.

**Prof DrC. Benito Almaguer Luaiza, é atualmente o Diretor-

Presidente do Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento

Humano – CEPEDH. Foi membro do Comitê Científico do IV Encontro

de Pesquisas na Educação do Curso de Mestrado em Educação da

UFPI (2006); Assessor Acadêmico e Professor-pesquisador em várias

Instituições de Ensino Superior em vários paises. Professor do

Mestrado em Ciências da Educação. Convênio–IPLAC/UEMA; Autor de

livros e artigos científicos publicados em Argentina, Haiti, Inglaterra,

Cuba e Brasil.

 

As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e

não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de

responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação

bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.

PEDAGOGIA

PEDAGOGIA

É a área que trata dos princípios e métodos de ensino, na

administração de escolas e na condução dos assuntos

educacionais. O pedagogo, que trabalha para garantir e

melhorar a qualidade da educação, tem dois grandes

campos de atuação: a administração e o magistério, de

modo que pode tanto gerenciar e supervisionar o sistema

de ensino quanto orientar os alunos e os professores. Em

órgãos do governo, estabelece e fiscaliza a legislação de

ensino em todo o país. Em escolas, orienta e dirige os

professores, com o objetivo de assegurar a qualidade do

Page 53: Pedagogia e didática.docx

ensino. Também é ele quem verifica se os currículos estão

sendo cumpridos e se condizem com as leis educacionais.

Acompanha e avalia, ainda, o processo de aprendizagem e

as aptidões de cada aluno. Pode trabalhar também com

portadores de deficiências físicas ou intelectuais, auxiliando

em sua inclusão na sociedade, ou com educação a

distância.

As Novas Tecnologias como Instrumentos de

Aprendizagens dos Conteúdos Escolares

Autor: Juliete de Souza Fernandes.

RESUMO

O presente projeto de pesquisa, fundamentado em

pesquisa bibliográfica visa atender as séries iniciais do

ensino fundamental de escolas publicas. A prática do

projeto será uma forma eficaz de reforço no ensino,

podendo contribuir com o desenvolvimento e melhoria do

rendimento escolar de alunos. O despertar pelo interesse

deste projeto, deve-se ao avanço das novas tecnologias e a

sua introdução no contexto escolar. Sabemos que a

educação é o melhor caminho para o desenvolvimento

social, deste modo, a análise do currículo adequado para a

realização do projeto é fundamental para uma correta

introdução da tecnologia como um meio para melhorar a

Page 54: Pedagogia e didática.docx

qualidade de ensino.

Palavras-chave: Tecnologia, currículo, educação.

I.  INTRODUÇÃO

As tecnologias no ambiente escolar podem contribuir para a

melhoria das condições de acesso à informação, minimizar

limitações relacionadas ao tempo e ao espaço e auxilia na

comunicação entre professores e alunos nas instituições de

ensino. Além disso, os recursos tecnológicos da informática

na educação escolar vieram a contribuir na inovação da

prática do professor em seu trabalho diário em sala de aula.

Atualmente, tem-se um leque de possibilidades: bibliotecas

online, base de dados, sites especializados, filmes,

imagens, livros eletrônicos (e-books), enfim, os recursos

são inesgotáveis para acesso e consulta ampliando

largamente as fontes de informação. A informática está

presente em salas de aula e em outros ambientes

educacionais. Educandos utilizam computadores para

inumeras tarefas devido à facilidade de comunicação e

acesso às informações na realização de pesquisas e

trabalhos escolares. (FORESTI, 2013).

Por meio desses recursos as aulas são mais interativas

incentivando uma maior participação dos alunos nas

atividades escolares proporcionando benefícios na

aprendizagem. Por meio desse projeto será possível provar

Page 55: Pedagogia e didática.docx

que essas tecnologias auxiliam na aprendizagem dos

conteudos das disciplinas escolares.

II. REFERENCIAL TEÓRICO

O currículo Construtivista proposto para o projeto

caracteriza-se, segundo LIBÂNEO (2004), pelo nível de

desenvolvimento intelectual dos alunos e o estímulo à suas

capacidades cognitivas e sociais, como um modo de

possibilitar a construção pessoal de conhecimentos.  Em

relação ao construtivismo educacional, o ensino com

métodos e uma tecnologia educativa, tendo como

finalidade acentuar saberes, visa desenvolver as

habilidades dos alunos sobre os recursos tecnológicos e

fazer uso deles para aprimorar facilitar a aprendizagem dos

conteudos escolares com a introdução de técnicas mais

refinadas de transmissão dos conhecimentos, incluindo,

hoje, os computadores e mídias.

De acordo com LIBÂNEO (2004, p.186), "A qualidade social

do currículo se expressa no provimento das condições

pedagógico-didáticas que asseguram melhor qualidade

cognitiva das experiências da aprendizagem". Esse

princípio aborda a concepção de currículo citada

anteriormente, sendo que se refere às novas práticas

pedagógicas e as novas metodologias de ensino vistas pelo

autor como conhecimentos sistematizados, uma clara

alusão aos recursos tecnológicos introduzidos em meio

escolar.

Page 56: Pedagogia e didática.docx

A inserção de ferramentas tecnológicas para facilitar e

diminuir às dificuldades de aprendizagem da criança na

escola auxiliarão os professores ajudando na educação

escolar dos alunos na sala de aula. Os alunos se sentirão

estimulados a buscar e socializar com esses recursos de

forma a melhorar seu desempenho escolar.

A tecnologia numa interação social é um elemento que

ajuda o aluno a aprender e nesse contexto provoca

enormes transformações, modificando essa relação escola

e aluno. Ela é um ótimo recurso na hora de aprender algo

novo e nesse processo o professor deve está inserido de

forma a adquirir e transmitir conhecimento. O contato com

essas tecnologias amplia os horizontes dos professores e

acena novas possibilidades de pedagógicas.

III. ANO DE ESCOLARIDADE

1. Tema

O projeto será desenvolvido com crianças das séries iniciais

do ensino fundamental de escolas publicas, a fim de

proporcionar  ao aluno a oportunidade de tornar-se um

cidadão crítico, consciente  do seu papel na sociedade

utilizando de diferentes fontes de informação  e recursos

tecnológicos.

O tema proposto pelo projeto "As novas tecnologias como

instrumentos de aprendizagens dos conteudos escolares",

será desenvolvido nas disciplinas de Língua portuguesa,

Matemática, Ciências, História e Geografia.

Page 57: Pedagogia e didática.docx

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Os objetivos do projeto é aproximar os alunos aos novos

recursos tecnológicos, ensiná-los a fazerem bom uso deles

e através dessas tecnologias trabalhar os conteudos das

disciplinas de forma interativa e prática.

2.2 Objetivos Especificos

Dinamizar o ensino, buscando inserir as novas tecnologias

no âmbito escolar;

Introduzir os computadores na vida escolar das crianças;

Estimular a mente da criança com o uso das tecnologias;

Promover aulas mais criativas, motivadoras e dinâmicas;

Oportunizar ao professor diferentes formas e recursos de

melhorar o ensino;

Aumentar a qualidade de ensino e consequentemente a

aprendizagem;

Expandir o acesso a informação.

IV. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais

uma ferramenta na construção de conhecimentos. Através

deste projeto os professores devem reconhecer que estão

gerando autonomia e facilitando a aprendizagem.

O conhecimento prévio sobre as novas tecnologias abre um

Page 58: Pedagogia e didática.docx

leque de oportunidades, facilitando a transmissão dos

saberes de professor para aluno que podem ser

desenvolvidos em várias áreas do ensino com crianças de

3º ano. As tecnologias inseridas em sala de aula despertam

no aluno a curiosidade estimulando o desenvolvimento

cognitivo para uma melhora na aprendizagem.

Em Computadores encontramos aplicativos básicos para

editar textos, softwares de apresentação (PowerPoint) e

recursos na internet em tempo real como mapas

atualizados e notícias do mundo todo.

Envolver os alunos em métodos atuais como laboratórios de

informática e apresentações em multimídia, programas ou

jogos educativos com áudio e vídeo, auxilia na

aprendizagem dos conteudos das disciplinas de forma

rápida e prática. Lembrando que o professor deve ser

mediador na aproximação das crianças com as TICs

(tecnologias da informação e comunicação), ensinando-as a

fazerem bom uso delas.

Para melhor eficácia do trabalho de inclusão das

tecnologias no interior das escolas, devem ser adotadas

algumas atitudes e métodos em relação às práticas

pedagógicas já desenvolvidas:

1. Analisar o comportamento dos alunos, a fim de detectar

as dificuldades no decorrer da realização do projeto.

Page 59: Pedagogia e didática.docx

2. Separar pequenos grupos de alunos que tenham

dificuldades semelhantes, promovendo melhor interação

entre eles e facilitando o trabalho do professor.

3. Os gestores devem avaliar se os professores estão

conseguindo atender os alunos com eficiência, caso

contrário, é necessária a atuação de auxiliares de

informática.

4. Promover a conscientização da comunidade escolar,

promovendo palestras no interior da escola com

professores, pais e alunos.

Ao fim dos estudos sobre as tecnologias podemos através

de exposição de objetos utilizados na escola antigamente e

os novos da atualidade e fazer uma comparação de como a

tecnologia hoje em dia está muito avançada. Podemos

trabalhar a aprendizagem sobre a tecnologia através de

cartazes com textos, recortes de jornais e revistas sobre o

assunto, produzidos pelos alunos.

VI. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO

As avaliações serão mais produtivas se forem variadas,

através de testes podemos observar os resultados

desenvolvidos pelos alunos em pesquisas e no dia a dia em

sala de aula. Devemos acompanhá-los durante as

Page 60: Pedagogia e didática.docx

atividades desenvolvidas, analisando possíveis mudanças

em relação aos objetivos propostos no projeto.

Muitas vezes a prova omite o que o aluno realmente sabe.

Tudo deve ser avaliado:

As atividades escolares e extraescolares;

O comportamento e a participação nas aulas;

As avaliações orais;

Trabalhos expositivos.

Não devemos esquecer as provas, que também são

métodos de avaliação. É preciso estar atento à forma como

realizamos para que essa seja bem recebida pelos alunos.

O acompanhamento pedagógico é fundamental para

auxiliar alunos e professores. Uma equipe de pedagogos e

psicopedagogos especializados deve desenvolver um plano

de ação pedagógica onde são confeccionados relatórios

sobre o desenvolvimento do aluno que serão discutidos no

interior da escola e com as famílias.

REFERÊNCIAS

 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).

NBR-IOS 8402. Rio de Janeiro, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação

Page 61: Pedagogia e didática.docx

Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas

Transversais. Brasília/DF: MEC, SEF, 1997.

LIBÂNEO, José Carlos. O planejamento escolar e o projeto

pedagógico-curricular. IN: _____. Organização e gestão da

escola: teoria e prática. 5. ed. revista e ampliada. Goiânia:

Editora Alternativa, 2004.

FORESTI,  Andressa. Informática  como  tecnologia  de 

aprendizagem.  Disponível em:

<http:// www.oficinanet.com.br/post/10541-informatica-

como-tecnologia-de-aprendizagem>.

Acesso em: 30 de maio de 2013.

Page 62: Pedagogia e didática.docx

LIÇÕES DE PEDAGOGIA EMPRESARIAL

Profa. Maria Luiza Marins Holtz

MH Assessoria Empresarial Ltda.

Rua Ubirajara, 446

18090-520 Sorocaba SP

1

Índice

APRESENTAÇÃO.................................................................5

INTRODUÇÃO......................................................................8

O PEDAGOGO E A PEDAGOGIA.....................................10

Um breve histórico..........................................................10

FOCO DO TRABALHO DO PEDAGOGO EM QUALQUER

AMBIENTE...................................15

Responsabilidades do Pedagogo Empresarial.................16

O Pedagogo Empresarial e os Chefes Líderes

Educadores...............................................18

Ciências que auxiliam o Pedagogo na eficácia do seu

trabalho............................................... 21

PEDAGOGIA, CIÊNCIA E ARTE ..................................... 32

EDUCAÇÃO NA EMPRESA..............................................38

Influências da educação familiar na empresa ................41

O Pedagogo Empresarial - a Hetero-educação e Auto-educação ...............................44

Diferenças entre educação e instrução na empresa ........47

Comparação entre educação e instrução ........................48

O Pedagogo Empresarial e a educação integral..............50

A PRODUTIVIDADE DA PESSOA HUMANA................53

As frustrações bloqueiam a nossa produtividade............55

As nossas necessidades geram as nossas motivações.....60

Atividades que reconquistam a nossa auto-estima e

desbloqueiam a nossa produtividade natural..................63

Sugestões de exercícios.................................................. 65

2

A APRENDIZAGEM NO ENSINO-TREINAMENTO

EMPRESARIAL.................................................................. 73

Como as mudanças acontecem....................................... 75

A eficiência das mudanças por aprendizagem................76

Caminho para conseguirmos as mudanças por

aprendizagem..................................................................79

TRANSMISSÃO DA EDUCAÇÃO - ENSINO

Page 63: Pedagogia e didática.docx

TREINAMENTO ................................................................ 84

Treinamento dos profissionais........................................ 84

Ensino e treinamento coletivo e individualizado ...........85

MÉTODOS, PROCESSOS e TÉCNICAS de ENSINAR....88

1ª. Treinamento no ensino - prática e automatização......88

2ª. O método de projetos - Ensino através e durante a

execução de um projeto.................................................. 93

3ª. Palestra - aula de reprodução por demonstração.......96

4ª. Aula expositiva - palestra/conferência.....................100

5ª. Técnicas de trabalho em grupo................................ 104

6ª. Instrução Programada.............................................. 111

7ª. O Ensino por meio de perguntas - trabalho mental

estimulado.....................................................................117

8ª. Recursos audiovisuais..............................................121

ALGUNS ASPECTOS PRÁTICOS DA PEDAGOGIA

EMPRESARIAL................................................................ 127

Só treinamento conduz à vitória................................... 127

Ninguém é “burro”........................................................131

A “imagem” de uma empresa....................................... 134

A força da amizade na empresa.................................... 138

A produtividade aumenta, estimulando a recreação.....142

Os poderes da alegria natural........................................145

Aumentando continuamente as vendas.........................150

“Por favor, preste mais atenção”...................................153

Elogiar é descobrir talentos escondidos........................157

“Não foi isso que eu quis dizer...” Dificuldade de

comunicação................................................................. 161

3

“Isso é falta de ética”.................................................... 165

Podemos anular o “stress”............................................ 169

Comunicação Humana - Relações Humanas e Relações

Públicas.........................................................................172

A espiritualidade do pensamento nas Relações Humanas

...................................................................................... 180

A Fé nas Relações Humanas.........................................182

A Inteligência nas Relações Humanas.......................... 185

A Perseverança nas Relações Humanas........................189

A qualidade do pensamento nas Relações Humanas....191

O Perdão nas Relações Humanas..................................193

A força dos gestos nas Relações Humanas................... 196

Page 64: Pedagogia e didática.docx

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA................................201

4

APRESENTAÇÃO

Pedagogia Empresarial, casamento perfeito.

Sempre acreditei que a Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas

têm o mesmo objetivo em relação às pessoas, especialmente nos tempos atuais.

Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com o

objetivo definido de produzir, liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, que dirige e

lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos produtivos, também definidos.

A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um

programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades

da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos. A Pedagogia

também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realiza-los, de acordo com

uma determinada concepção de vida.

Vejam, tanto a Empresa como a Pedagogia agem em direção a realização de ideais e objetivos

definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas. Esse processo

de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um objetivo definido,

chama-se aprendizagem. E aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo.

Para a Empresa conseguir as mudanças desejadas no comportamento das pessoas, os meios

utilizados têm que ser adequados aos seus objetivos e ideais de alta produtividade.

Desde 1976, quando fundamos a MH Assessoria e Treinamento, hoje MH Assessoria

Empresarial, iniciamos as atividades de treinamento e consultoria empresariais, adotando

postura pedagógica. Nunca utilizamos pacotes prontos de treinamento ou de reorganização.

Consideramos essenciais os conhecimentos da filosofia de vida e dos ideais do Empresário e

conseqüentemente da empresa, para aplicação dos meios mais adequados e eficazes. Nossos

programas de ação sempre visam a orientação, o aperfeiçoamento e o estímulo das faculdades

humanas, especialmente a produtividade.

Maria Luiza Marins Holtz

INTRODUÇÃO

Acredito na Pedagogia Empresarial, há muitos anos, quando conheci as verdadeiras funções

do Pedagogo, como condutor do comportamento das pessoas em direção a um objetivo

determinado e da Pedagogia como a ciência e arte da Educação, o processo de influências que

formam a personalidade humana.

Ainda lecionava, nos cursos de Magistério, de Aperfeiçoamento de Professores e

Administração Escolar e posteriormente, no Departamento de Pedagogia da Faculdade de

Filosofia de Sorocaba, (hoje UNISO), nas cadeiras de Metodologia do Ensino e Prática de

Ensino, e já percebia que além da Escola, as Empresas seriam as grandes beneficiadas pelos

trabalhos e atividades pedagógicas.

Page 65: Pedagogia e didática.docx

Sempre incentivei meus alunos da faculdade a elaborarem projetos pedagógicos, como

trabalho de avaliação, e os oferecerem às empresas. Sentia que só a Escola era muito pouco

em relação à amplitude das funções do pedagogo.

Em 1976 quando criamos a empresa de Treinamento e Consultoria empresariais, e no nosso

trabalho, até hoje, tenho comprovado cada vez mais:

• A necessidade dos trabalhos pedagógicos dentro das empresas

• A admiração dos empresários pelos nossos trabalhos e seus resultados.

Sei que tanto as empresas como a Pedagogia têm os mesmos ideais. Ambas agem em direção

à realização de objetivos definidos, no trabalho com as mudanças no comportamento das

pessoas.

“Lições de Pedagogia Empresarial”, nasceu da necessidade de material que ajude no trabalho

do pessoal responsável pelas relações humanas nas empresas. Até hoje nada parecido existe

sobre o assunto.

Desejo ajudar esses profissionais, que para mim se dedicam ao aspecto mais lindo da vida

empresarial, a satisfação e realização profissional das pessoas, ao manifestarem seus dons e

talentos através do trabalho.

Sorocaba, março de 1999.

Maria Luiza Marins Holtz

O PEDAGOGO E A PEDAGOGIA

Um breve histórico Durante séculos e séculos, o problema educativo (a formação do caráter e

da personalidade das pessoas) foi objeto de estudo e de meditação, sem que houvesse

atribuído a este conjunto de conhecimentos, mais ou menos sistematizados qualquer

designação específica.

Eram os filósofos que estudavam os problemas educativos. Porém, entre a realidade prática ea

filosofia havia uma grande distância.

Aos poucos, foram surgindo pessoas que começaram a se relacionar diretamente com as

questões práticas educativas, - os PEDAGOGOS.

Na Grécia e em Roma, chamava-se PEDAGOGO ao servo ou escravo que era guardião,

conduzia e acompanhava as crianças. O próprio termo significa, aquele que conduz a criança.

Com o tempo, o PEDAGOGO, que começou como simples condutor ou guardião da criança,

acabou por se transformar, em Roma, num Preceptor (mestre encarregado da educação no

lar).

Quando Roma (que era guerreira), conquistou a Grécia, entre os prisioneiros reduzidos à

escravidão, vieram muitos atenienses cultos e ilustrados, com habilidades e conhecimentos

que causavam muita admiração aos romanos.

Juvenal, em Roma, escreveu a respeito dos gregos atenienses:

“Eles têm gênio galhofeiro, audácia pronta, linguagem fluente. Imaginais que seja um único

indivíduo? Pois oculta, dentro de si, uma infinidade. É ao mesmo tempo gramático, geômetra,

Page 66: Pedagogia e didática.docx

pintor, adivinho, médico, mágico, sabe tudo quanto quer saber, compreende tudo quanto quer

compreender”.

Diante desta multiplicidade de conhecimentos, os romanos entregaram a educação dos seus

filhos aos gregos, seus escravos, muitos dos quais eram sábios, filósofos, sofistas, oradores,

matemáticos, pintores, etc... - Os PEDAGOGOS-ESCRAVOS.

Com o desaparecimento da escravatura, sob influência do Cristianismo, o Pedagogo-Escravo

deixou de existir.

Passaram, então, a receber o nome de PEDAGOGOS, os estudantes pobres, que aprendiam

com os filósofos e se instalavam, nos castelos senhoriais e nos solares (morada de famílias

nobres), servindo de PRECEPTORES (professores encarregados da educação das crianças no

lar) dos filhos dos fidalgos e dos grandes senhores. Enquanto estudavam, ensinavam.

Recebiam em paga, pequenas importâncias. Na maioria dos casos, ensinavam a troco de

hospedagem, alimentação, luz e roupa lavada.

Com o tempo, e como a instrução era de difícil acesso, estes PEDAGOGOS-ESTUDANTES

começaram -com autorização dos respectivos senhores -a reunir aos filhos do palácio onde

trabalhavam, outras crianças de famílias conhecidas da redondeza.

Assim surgiram as primeiras escolas particulares.

Nessa época, a palavra PEDAGOGO, começou a ser usada como sinônimo de MESTRE-

ESCOLA.

Como estes Pedagogos passaram a se apresentar com “ares doutorais” de superioridade, o

público passou a atribuir à palavra PEDAGOGO, durante muito tempo, o significado de

PEDANTE (aquele que ostenta conhecimentos que na verdade não tem).

Foi da palavra PEDAGOGO que derivou, o termo PEDAGOGIA, vocábulo que aparece para

designar uma ciência e uma arte que tinha raízes antiquíssimas, quase tão velhas como a

própria humanidade - a da educação das pessoas.

No século XVIII surge, pela primeira vez, no Dicionário da Língua Francesa, o vocábulo

PEDAGOGIA, como Ciência da Educação, que já se usava na linguagem corrente.

Com a formação definitiva da Ciência da Educação, o vocábulo PEDAGOGIA se enobreceu e

enobreceu a palavra e a profissão de PEDAGOGO.

• Hoje o PEDAGOGO é o especialista em PEDAGOGIA, a Ciência e a Arte da Educação.

• Hoje o PEDAGOGO é o especialista em conduzir o comportamento da “criança que existe na

personalidade das pessoas”, o seu aspecto espontâneo, emotivo, alegre, descontraído e

equilibrador, para uma mudança em direção aos objetivos da Educação, o processo de

formação da personalidade humana equilibrada e ajustada.

Mudança provocada no comportamento humano, chama-se aprendizagem.

FOCO DO TRABALHO DO PEDAGOGO EM QUALQUER AMBIENTE

Como especialista em Aprendizagem e especialista em Educação, na sua ação educativa em

qualquer ambiente, o PEDAGOGO procura resolver às seguintes questões educacionais.

Page 67: Pedagogia e didática.docx

1. Qual a verdadeira linha de conduta moral e ética a seguir como base, para todas as

situações e em todas as circunstâncias da vida?

2. Como empregar todas as nossas faculdades, para o nosso bem e também para o bem das

outras pessoas?

3. Como dirigir a nossa inteligência emocional, a nossa capacidade de vencer dificuldades?

4. Como agir diante das situações estressantes, naturais da vida?

5. Como, de que maneira, as pessoas devem utilizar-se de todas as fontes de felicidade que o

Criador concede ao ser humano?

6. Como respeitar e tratar o nosso corpo e preservar a nossa vitalidade?

7. Como conduzir o comportamento das pessoas para viverem uma vida

realizadora?

8. Qual o objetivo que cada um deve ter ao educar sua família de maneira equilibrada?

9. Como e porque cada pessoa deve cumprir seus deveres de cidadão?

10. Como dar direção social adequada aos negócios?

Onde quer que o PEDAGOGO trabalhe, esses devem ser os fundamentos para o foco do seu

trabalho.

Responsabilidades do Pedagogo Empresarial

1. Encontrar as soluções práticas pedagógicas para as questões que envolvem a

otimização da produtividade das pessoas humanas - o objetivo de toda Empresa.

2. Conhecer e trabalhar fielmente na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa

onde trabalha.

3. Conduzir o comportamento das pessoas que trabalham na Empresa -dirigentes e

funcionários -na direção dos objetivos humanos educacionais e os definidos pela Empresa,

sempre com atividades práticas.

4. Planejar para promover as atividades práticas necessárias ao desenvolvimento integral das

pessoas -treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc.,

influenciando-as beneficamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a

produtividade pessoal.

5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para

com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento das

relações humanas harmoniosas e da produtividade empresarial.

6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de atividades e ações pedagógicas

educativas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da

produtividade pessoal.

O Pedagogo Empresarial e os Chefes Líderes -Educadores A primeira tarefa do Pedagogo

Empresarial é fazer, cuidadosamente, com que o empresário, perceba com nitidez, que o seu

ideal de vida, suas aspirações e objetivos pessoais e suas condutas morais influenciam de

maneira decisiva nas questões éticas, organizacionais e sociais da empresa, bem como nos

seus resultados econômico-financeiros.

Importante -Os melhores empresários e os melhores chefes conseguem resultados brilhantes

Page 68: Pedagogia e didática.docx

porque possuem características de Líder Educador.

1. O líder educador-o melhor chefe age, sem

saber e sem querer, apenas por causa das

suas intenções e dos seus exemplos de

18

conduta. Esta é a sua mais importante ação,

a mais impressionante e a mais eficaz. Ser

líder educador -ser o melhor chefe -é um

dom, uma qualidade, um talento que pode

ser desenvolvido, cultivado e treinado.

2.

O líder educador- o melhor chefe impõe-se,

acima de tudo pela sua maneira de ser. E

por intermédio do seu comportamento,

antes de mais nada, é que ele consegue a

autoridade para conduzir beneficamente o

comportamento das pessoas.

3.

O líder educador -o melhor chefe é

naturalmente admirado, respeitado e

imitado pelas suas idéias, pela sua energia,

pela coerência das suas atitudes e palavras,

pela lição constante dos seus gestos, do seu

comportamento.

4.

O líder educador-o melhor chefe, através

do seu modo de ser e do seu prestígio

provoca, o entusiasmo e estimula a

imitação e o treinamento. Nunca emprega a

discussão ou a pressão.

5.

O líder educador -o melhor chefe -é um

estimulador das qualidades das pessoas, um

incentivador positivo, pois a vida em grupo

é feita de influências e sugestões

19

recíprocas.

6.

O líder educador -o melhor chefe influencia

e convence as pessoas com

Page 69: Pedagogia e didática.docx

facilidade, pela sua coerência e exemplo,

levando-as a viverem os conhecimentos

que transmite.

7.

O líder educador -o melhor chefe usa com

eficácia, as técnicas de relacionamento e

contagia pelo seu modo de ser. Não dá

“lições” ou faz “sermões”.

8.

O líder educador -o melhor chefe -motiva

o desejo de uma vida mais produtiva e

realizadora. De conseguir oportunidades de

formação e de treinamento.

Importante -O líder educador -o melhor chefe pode

ser desenvolvido e treinado pelo trabalho do

Pedagogo Empresarial, com a atualização

constante dos seus conhecimentos a respeito do

comportamento humano.

20

Ciências que auxiliam o Pedagogo

na eficácia do seu trabalho

A PEDAGOGIA considera a pessoa humana, na

sua vida integral, individual e social.

O PEDAGOGO tem necessidade de conhecer tudo

quanto diz respeito à pessoa humana, para ter

condições de conduzir eficazmente o seu

comportamento e encontrar soluções práticas para

os problemas e as dificuldades que a aflige, no

aspecto espiritual, mental, social e material.

Para isso, utiliza-se de todas as Ciências Humanas

nos seus diversos campos de estudo.

1

Ciências do homem considerando a si

próprio

1.1 Psicologia Educacional

1.2 Ciências Biológicas

1.3 Antropologia

2

Ciências do homem considerado em grupo

2.1 Sociologia

Page 70: Pedagogia e didática.docx

2.2 Geografia Humana

2.3 Estatística

2.4 Administração - (da Empresa)

2.5 Comunicação.

3

Ciências Filosóficas

21

3.1 Filosofia

3.2 Filosofia da Educação

A Psicologia Educacional

Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em

Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia

Educacional. Cada dificuldade pedagógica que

surge, é simultaneamente uma dificuldade

psicológica. Para conduzir a mentes humanas, é

preciso conhecê-las, nas suas manifestações

conscientes e inconscientes.

A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa

humana, na sua evolução natural, e só diante desse

conhecimento é possível formular doutrinas e

atividades pedagógicas consistentes e métodos e

processos educacionais eficazes.

A Psicologia Educacional leva naturalmente ao

conhecimento das leis pedagógicas e, os sistemas e

atividades educativas só tem aplicação prática,

quando os processos psíquicos das pessoas deixam

de oferecer resistência ou defesa, facilitando ao

pedagogo a necessária ação pedagógica.

22

As ciências biológicas

Biologia -se dedica ao estudo da estrutura, da

atividade, da origem, da classificação, das relações

e posições dos seres vivos no espaço e no tempo.

Aprofunda-se no estudo das leis biológicas, para

que a vida, que tanto nos preocupa, possa produzir

tudo quanto pode e deve produzir. Fornece

informações indispensáveis sobre as leis da vida.

Fisiologia - estuda a função e o funcionamento dos

órgãos, dos músculos, dos nervos, da circulação

sangüínea, da respiração, etc... Permite relacionar

Page 71: Pedagogia e didática.docx

as funções orgânicas com as funções psíquicas e a

base fisiológica da mente. Esse é o conhecimento

que comprova o trabalho insubstituível e a função

da Educação Física, garantindo a eficácia do

processo pedagógico e educativo.

Anatomia -estuda a estrutura dos seres

organizados. em especial, ossos, articulações,

músculos, sistema vascular, (coração, circulação,

capilares), sistema linfático, sistema nervoso

central, sistema nervoso autônomo...todos os

aspectos trabalhados também pela Educação

Física.

Medicina psicossomática -ciência avançada, que

detecta através de sintomas orgânicos, distúrbios

de comportamento como, preguiça, maldade,

estupidez, perversão de caráter, inveja, etc... Sabe

23

se, por exemplo, que sentimento de inveja,

sentimento de orgulho... podem provocar

alterações fisiológicas, doenças no fígado...

Higiene -pesquisa e estuda os meios que devem

ser utilizados para conservar a saúde e evitar as

doenças. O eficácia da aprendizagem também

depende das condições de higiene e saúde, de

quem deve aprender, isto é, de quem deve mudar o

comportamento.

Por exemplo:

1.

Edifícios e suas condições físicas

higiênicas/sanitárias -limpeza, cor das

paredes e portas, iluminação, ventilação,

mobiliário adequado, dimensão e cubagem

das salas, dos banheiros, do refeitório, das

áreas de movimentação, dos locais de

práticas de exercícios físicos, da piscina...

Uso dos produtos adequados e eficazes de

higiene e limpeza, etc...

2.

Funcionários e suas condições de trabalho organização

dos horários, tempo de

Page 72: Pedagogia e didática.docx

repouso, exercícios físicos, banhos,

medidas profiláticas, equilíbrio entre o

tempo de recreação e o tempo de trabalho,

exame médico e mental dos funcionários,

vestuário, asseio corporal, etc...

24

A Antropologia

É a ciência do homem. Faz a história da espécie

humana: sua origem, raças, desenvolvimento,

evolução e adaptação ao meio, dimensões do

corpo, seus usos e costumes, etc... Fornece valiosa

contribuição para orientação e aplicação correta

das atividades físicas, culturais, sociais, de acordo

com os usos e costumes da região onde se situa a

empresa.

A Sociologia Educacional

O Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a

solução dos problemas da Educação dos

funcionários, principalmente no aspecto social, da

vida em grupo.

A sociologia estuda o comportamento da pessoa

humana nos diversos grupos sociais, desde a sua

família e as influências na formação da

personalidade. Estuda o papel da Educação nas

sociedades de hoje e a relação entre a Família e as

diversas instituições sociais de um lado e o local

de trabalho de outro.

25

Não é possível conhecer o desenvolvimento da

personalidade sem ser em função do meio em que

vive. É o meio social, e suas “pressões”, que

apresenta à pessoa, as situações de relacionamento

mais complexas e mais difíceis.

A Geografia Humana

Estuda as mútuas influências existentes entre o

homem, de um lado, e o solo, o clima e a

vegetação do outro lado. Mostra como as

condições geográficas podem exercer influencia no

desenvolvimento dos usos e costumes, da cultura

dos vários tipos de sociedades.

Page 73: Pedagogia e didática.docx

A Estatística

“Quanto maior é o número de indivíduos

que observamos, tanto mais, as

particularidades individuais, querem

físicas ou morais, se apagam e deixam

predominar a série de fatos genéricos, em

26

virtude dos quais a sociedade existe e se

conserva” (Quételet).

A estatística mede, por meio de métodos

científicos de observação, a freqüência dos fatos

ocorridos. Por exemplo:

1.

De que maneira um determinado sistema

de treinamento funciona na melhoria da

produtividade, numa mesma localidade,

nos diferentes momentos do dia ou mesmo

do ano, nas diferentes regiões?

2.

De que maneira a produtividade das

mulheres reage a um determinado tipo de

treinamento, assim como, também a dos os

homens, de uma determinada localidade ou

região, etc...?

3.

Qual é o horário que mais favorece a

eficácia das mudanças de comportamento a

aprendizagem -numa localidade ou

região, etc...?

27

A Filosofia da Educação

O Pedagogo sempre tem como base de

trabalho os diversos sistemas

educacionais, com sua Filosofia da

Educação. (Gonçalves Viana)

A Filosofia é a ciência que estuda e procura dar

explicações mais profundas do Universo, suas

origens e seus fins, os pensamentos, as razões e as

causas últimas que geram os acontecimentos.

O Pedagogo diante do problema educativo, seja na

Page 74: Pedagogia e didática.docx

empresa ou em outro ambiente, depara-se com as

seguintes questões filosóficas:

Quem é o ser humano no Universo?

Qual é o destino e função do ser humano

no Universo?

Como devo proceder corretamente com o

ser humano?

Que caminho mais seguro devo tomar?

Qual a razão por que devo seguir um

determinado caminho e não outro?

São perguntas filosóficas que só encontram

28

respostas na Filosofia da Educação.

Sabemos que a opinião do Pedagogo sobre

Educação depende da opinião dele sobre o ser

humano, sua natureza, seu destino, seu fim...

A Filosofia estuda a Ética (Moral), a Lógica, a

Matemática -que fornecem preciosas

contribuições para o esclarecimento do porquê das

grandes soluções pedagógicas.

A Ética em especial estuda a moral, que é base de

toda a Educação, seja ela de que natureza for. A

ética estuda as consequências pessoais e sociais

das condutas corretas ou corruptas, construtivas ou

destrutivas. A ação essencial da Educação consiste

em formar a consciência moral das pessoas (a

consciência do bem e do mal para si próprio, para

o seu grupo social e para a sociedade como um

todo).

Os grandes Educadores concordam em fazer duas

afirmações básicas que garantem o sucesso na

formação da personalidade, na Educação:

A educação moral é a higiene eficaz da

sociedade.

Page 75: Pedagogia e didática.docx

O desenvolvimento da coragem é acima

de tudo, um fenômeno moral.

29

Na base da própria Educação Física, encontra-se

a Moral, que ensina o homem a proceder

corretamente e construtivamente dentro do seu

grupo social.

Uma Educação Moral é base sólida para que o

homem seja bem sucedido, se desenvolva bem

fisicamente e evite vícios destruidores da sua saúde

porque o conduzem à ruína espiritual, mental,

física e social.

A Lógica -estuda as leis do pensamento em

direção à verdade. A sua necessidade na obra

educativa se refere ao mecanismo das

demonstrações, das definições e do ensino,

respeitando os critérios da verdade.

A Metafísica -estuda os problemas mais

transcendentes da vida, como:

O Conhecimento (a consciência de si

mesmo),

A Justiça (julgar segundo a consciência e o

direito),

A Religião (processo de ligação ao Ser

Criador).

As experimentações de um grande filósofo

30

educador obrigaram-no a afirmar:

“A religião é o mais primitivo de todos os

fenômenos sociais; no princípio tudo é

religioso. É a religião que representa a

melhor solução, pois admite o

desconhecido, que é tanto do agrado da

pessoa humana; além disso, a religião é

terapêutica, porque proporciona

esperanças e consolos profundamente

Page 76: Pedagogia e didática.docx

animadores e acima de tudo, saudáveis”

(Otto Rank)”.

31

PEDAGOGIA, CIÊNCIA E ARTE

Conhecimentos que fundamentam a ação

do Pedagogo Empresarial

“A PEDAGOGIA, não é uma ciência exata,

não é uma ciência de fatos, mas sim, de

possibilidades da alma do educando (ou

funcionário) em submeter-se às influências

educativas.” (Wilbois)

Quem pretende educar (orientar, influenciar,

ensinar, provocar mudanças benéficas), só

consegue com os conhecimentos de PEDAGOGIA

que é o conjunto das experiências práticas e

estudos sistematizados do fato educativo.

A PEDAGOGIA é definida como a ciência e a

arte da educação.

Ciência, quando investiga, analisa, sistematiza e

define -mediante observação e experimentação

prática - qual deve ser o objetivo da Educação.

Arte, quando define a execução, aplica e põe em

prática, de maneira mais bela, inteligente e

eficaz, as tecnologias, o resultado das

32

investigações das teorias conhecidas pelo

pedagogo, para atingir os objetivos da Educação.

A PEDAGOGIA estabelece :

Aquilo que se deve executar.

Estuda os meios de o executar.

Põe em prática aquilo que estabeleceu.

Então -A Pedagogia estuda e aplica doutrinas e

princípios para um programa de ação, com os

meios mais eficazes de formação,

aperfeiçoamento e estímulo das faculdades da

personalidade humana, de acordo com ideais e

objetivos adequados a uma determinada

Page 77: Pedagogia e didática.docx

concepção de vida.

Os objetivos da Pedagogia como Ciência, são:

Investigar todas as dificuldades referentes

ao funcionário (o educando), ao chefe (o

educador) e ao ambiente.

Elaborar hipóteses, teorias, princípios e

atividades.

Estudar e apurar os resultados da

33

atividade especulativa.

Experimentar na prática.

Os objetivos da Pedagogia como Arte, são:

Preparar o funcionário (o educando), para

uma vida mais produtiva e realizadora.

Cultivar as faculdades e os talentos do ser

humano, funcionário (o educando) de

maneira agradável, programada e

progressiva.

Procurar ajustar o ser humano a si mesmo e

às condições do meio em que vive e

convive (lar, escola, empresa...).

Agir com atividades educativas, de maneira

agradável, rendosa, formativa e

disciplinadora.

LEMBREMOS QUE

A PEDAGOGIA É PRÁTICA

Fazendo as comparações dos exemplos abaixo

34

temos idéia da característica essencial da

PEDAGOGIA, a sua função prática.

1.

A Biologia pesquisa e ensina as leis do

Page 78: Pedagogia e didática.docx

desenvolvimento do nosso organismo

como um todo;

A Pedagogia ensina como fazer para cuidar

do nosso corpo, seus órgãos e suas funções,

para mantê-lo sempre sadio, ágil e belo.

2.

A Psicologia pesquisa e ensina sobre as

nossas faculdades mentais e o nosso

comportamento;

A Pedagogia ensina como fazer para

desenvolvê-las plenamente e equilibrar

nosso comportamento.

3.

A Lógica ensina sobre a demonstração da

verdade, com pensamento humano;

A Pedagogia ensina como usar as regras do

pensamento para comunicá-lo claramente

dentro da verdade.

35

4.

A Antropologia observa pesquisa e estuda o

homem como ser sociável, inteligente, seus

usos e costumes e a consciência das suas

ações;

A Pedagogia ensina como fazer para

exercer a sua função, como ser humano

consciente do seu ambiente, da sua cultura,

usos e costumes

5.

A Higiene pesquisa e ensina os meios de

evitar as doenças e conservar a saúde do

corpo e do ambiente;

A Pedagogia ensina como fazer para viver

de maneira saudável.

6.

A Religião pesquisa e ensina sobre a

ligação do homem com o Criador.

A Pedagogia ensina como fazer para viver

a ligação diária do homem com o Criador.

36

Page 79: Pedagogia e didática.docx

Então, a função da Pedagogia é mostrar COMO

AGIR de maneira mais construtiva e produtiva

para si, para os outros e para a sociedade. A

Pedagogia apresenta atividades práticas que

conduzem ao objetivo determinado.

37

EDUCAÇÃO NA EMPRESA

Conceituações sobre educação

Para orientação do trabalho do Pedagogo

Empresarial

As influências, das pessoas e do ambiente,

recebidas pelos participantes de uma

Empresa, durante todo o tempo em que

trabalha nela, é um processo de Educação.

O que é Educação?

É fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja

consciente de que a Educação, puramente humana,

por mais requintada que seja, não realiza

totalmente o homem, e isto porque “o homem tem

aspirações de Infinito”. Demonstra-se

metafisicamente e historicamente que o homem,

em toda parte e sempre, “mesmo quando nega o

Infinito, sente a atração do Infinito. A

arreligiosidade é fenômeno anormal, contrário às

aspirações mais íntimas da natureza humana.”

38

Deste modo:

“uma verdade domina a Educação: Toda a

dignidade do homem reside no

pensamento, livre no seu ato, e perfeito no

seu objetivo. O pleno desenvolvimento da

pessoa humana realizar-se-á na livre

adesão do espírito à Bondade, à Beleza, à

Verdade Suprema, isto é, à Deus.” (Rey

Herme)

A este fim último todos as outras definições de

educação devem subordinar-se.

Educação é o processo de formação da

personalidade humana, durante toda a sua

Page 80: Pedagogia e didática.docx

vida.

Não há Educação sem o ideal de um

mundo melhor. Não há educador pedagogo

-que possa dispensar-se de

cultivar a nobreza da alma.

Educação é o conjunto de ações, de

influências e de sugestões -exercidas sobre

os indivíduos no sentido de aproveitar

metódica e progressivamente -todas as

possibilidades -físicas, psíquicas e

espirituais -no interesse individual e no

interesse coletivo -para que eles se tornem

39

capazes de viverem bem, no ambiente

físico e social de que fazem parte, contribuindo,

na medida do possível, para o

seu bem estar e progresso da sociedade em

que vive.

A Educação, digna de tal nome, não só

prepara a pessoa humana para cumprir seus

deveres gerais de cidadão, mas também

para o desempenho de uma atividade ou

profissão, tomando por base diversos

aspectos: -conhecimentos, aptidão,

vocação, interesse, classe social, situação

econômica, etc...

A boa Educação deve, atender aos

interesses espirituais, morais e materiais. O

educador realiza a obra educativa por

intermédio do espírito, e não conseguiria

realizá-la se compreendesse que essa ação

promove apenas o desenvolvimento e a

cultura dos interesses materiais.

Educar é ajustar o educando (funcionário) à

cultura (usos e costumes sociais e éticos-

Page 81: Pedagogia e didática.docx

morais) do seu tempo, do seu grupo social

e habituá-lo a viver com eficiência e

eficácia.

A Educação trabalha com as experiências

40

úteis do passado e com os conhecimentos

que ensinam construir o futuro. Então,

procura desenvolver e utilizar todas as

potencialidades da pessoa humana, através

de atividades práticas educativas, isto é,

que sejam construtivas.

Influências da educação familiar na

empresa

Conhecimentos úteis para recrutamento,

seleção e treinamento

Na verdade, cabe à família o dever e a

importantíssima missão de dar os alicerces seguros

da educação isto é, da formação da personalidade.

É ela que fornece, à pessoa desde a infância, as

primeiras noções das coisas e os primeiros

conhecimentos básicos da vida pessoal e da vida

social.

Até certa idade, ainda imatura, é a Família que

41

orienta e dirige a pessoa. É a Família quem a educa

bem ou mal, de acordo com a qualidade das suas

influências, especialmente dos exemplos.

Numa boa educação, os pais cumprem o dever de

vigiar e cuidar a todo o instante da vida dos filhos.

Acompanham o seu desenvolvimento, ensinamlhes

a falar, impõem-lhes hábitos e disciplina,

fixam-lhes reflexos, ensinam-lhes conceitos de

relacionamento e responsabilidade, etc...

Mas infelizmente, a Educação Familiar nem

sempre cumpre seu dever, e as consequências são

sentidas, posteriormente, na escola, no trabalho e

na vida social.

Vejamos três dificuldades muito comuns nos

ambientes sociais especialmente no trabalho:

Page 82: Pedagogia e didática.docx

1.

A insubordinação -Os desacordos

constantes entre o pai e a mãe, fazem com

que os filhos vivam no meio de contínuas

contradições. A criança nunca sabe em

quem deve acreditar e obedecer, acabando

por se convencer que é melhor fazer o que

quiser, sem atender às ordens, advertências

ou conselhos dos pais, os primeiros

modelos de autoridade da sua vida.

42

Depois, repete esse comportamento de

insubordinação, com as outras autoridades

(dirigentes,chefes...), tanto na escola, como

no trabalho e na sociedade.

2.

Ausência de experiências sociais básicas Os

pais, por mais cultos que sejam, não

conseguem, sozinhos, proporcionar aos

filhos, experiência social, aquele conjunto

de noções, experiências e conhecimentos

adquiridos na relacionamento com outras

pessoas. É necessário e importante que

proporcionem aos filhos experiência social

escolar desde muito cedo, para que

aprendam a administrar as dificuldades de

relacionamento humano, que viverão

posteriormente na vida adulta familiar e

profissional.

3.

Condescendência exagerada da mãe ou dos

pais -As crianças, acostumadas às

condescendência constantes da mãe, ou dos

pais, tornam-se, pessoas orgulhosas,

voluntariosas e indisciplinadas. Sem a

consciência do seu comportamento

inadequado, não aceitam as regras, a

organização e disciplina de uma instituição,

têm dificuldade de convivência, exigem e

esperam condescendência, que nunca terão.

Page 83: Pedagogia e didática.docx

43

O Pedagogo Empresarial -a Heteroeducação

e Auto-educação

Origem das influências recebidas

Sabendo que Educação é um processo de

influências, positivas ou negativas, na formação da

personalidade humana, podemos dizer então, que a

pessoa humana é educada:

Pelos outros (hetero-educação)

Por si própria (auto-educação).

Hetero-Educação

Estamos continuamente recebendo dos grupos

sociais em que vivemos (os outros) uma influência

enorme. A todo o momento estamos recebendo, as

mais diversas influências, que vão marcando traços

fortes na nossa personalidade:

Os exemplos das pessoas da nossa

convivência: -pais, parentes, professores,

44

amigos, colegas, vizinhos, conhecidos,

ídolos, etc...

os programas de TV,

as revistas que vemos e lemos,

os objetos que nos cercam,

os espetáculos que presenciamos,

as palavras que ouvimos,

os cartazes que vemos,

os quadros que admiramos,

as atividades das quais participamos,

Page 84: Pedagogia e didática.docx

etc...

Essa ação formadora da personalidade, exercida

pela sociedade (os outros) sobre nós manifesta-se

de dois modos diferentes:

Espontâneo e automático, que

inconscientemente nos convence por meio

dos usos e costumes, da tradição e dos

45

hábitos...

Intencional, por meio da organização dos

grupos sociais aos quais pertencemos,

especialmente o grupo de trabalho

profissional.

Auto-Educação

Quando a nossa personalidade é influenciada pelos

elementos buscados por nós mesmos, de dois

modos:

Não intencional -por meio das várias

participações em brincadeiras,

divertimentos, festas, reuniões de lazer, e

outras atividades espontâneas em grupo...

Intencional -por meio da busca de

conhecimentos, através de livros, vídeos,

DVDs, filmes, revistas, internet, de visitas

a museus, visitas à feiras ou exposições

especializadas, participação em congressos,

etc...etc...

46

Diferenças entre educação e

instrução na empresa

Se considerarmos que o ser humano é

naturalmente criativo, que produz, elabora,

questiona, inventa e realiza...É necessário e

imprescindível para a otimização da aprendizagem

e da produtividade, contar com a personalidade

Page 85: Pedagogia e didática.docx

dinâmica e positiva do monitor ou chefe líder-

educador.

Já está provado que a aplicação meticulosa dos

métodos de ensino, mesmo com o melhor material

didático do mundo, é processo insuficiente e que

não podemos esperar resultados “mágicos” de

processos de ensino, de livros didáticos, de

ilustrações, de laboratórios, de herbários, de

transparências, de vídeos, etc.

Como na empresa, há necessidade de se conseguir

mudança de comportamento com o objetivo

definido de melhorar a produtividade pessoal, o

processo que deve se realizar é o processo

educativo e não somente instrutivo.

O simples ato de instruir, não satisfaz aos objetivos

do processo educativo, de influenciar

positivamente e provocar a mudança de

comportamento (aprendizagem).

47

Aqueles que se limitam a instruir, sejam eles, pais,

monitores, professores ou chefes..., não cumprem

integralmente a missão de educar, isto é, de

estimular, através de experiências vividas, as

mudanças de comportamento necessárias que

contribuem para otimizar a formação da

personalidade, a qualidade de vida e a

produtividade.

Comparação entre educação e

instrução

1.

Educação -Processo de influenciar

pessoas para desenvolver a sua

personalidade, levando-a a usar os

conhecimentos, de dentro para fora, através

de experiências vividas. (tarefa do

pedagogo).

Instrução -Processo de fornecer

informações de fora para dentro (tarefa do

instrutor).

2.

Page 86: Pedagogia e didática.docx

Educação -Provoca o desenvolvimento

integral da personalidade e a satisfação das

necessidades pessoais e sociais, através de

48

experiências vividas (tarefa do pedagogo).

Instrução -Provoca apenas acúmulo de

informações. (tarefa do instrutor).

3.

Educação -É o processo de atingir as

motivações pessoais, sugerindo e

convencendo, através de experiências

vividas. (tarefa do pedagogo).

Instrução -É um processo de explicação

ou demonstração teórica. (tarefa do

instrutor).

4.

Educação -Aplicação prática de regras e

princípios éticos-morais básicos, através de

experiências vividas, indispensáveis e

necessárias ao ser humano, em todas as

circunstâncias, e em qualquer profissão ou

função (tarefa do pedagogo).

Instrução -Dá explicações teóricas para

alguém ainda inexperiente, em relação a

conduta em uma profissão, função, tarefa

ou uma determinada missão (tarefa do

instrutor).

49

5.

Educação -Proporciona atividades para

formação integral de personalidade,

através de experiências vividas, que

envolvam todos os aspectos da

personalidade: espiritual, mental, físico...

(tarefa do pedagogo).

Instrução -Oferece informações teóricas,

culturais e científicas, nas formas mais

elevadas e mais nobres, sem necessidade de

experiências (tarefa do instrutor).

O Pedagogo Empresarial e a

Page 87: Pedagogia e didática.docx

educação integral

Condição indispensável para melhorar a

produtividade

A Educação Profissional é excessivamente

unilateral e restrita em relação à personalidade

humana integral.

O Pedagogo Empresarial deve lembrar sempre que

50

o homem é um microcosmo, um ser complexo e

que para desenvolver a sua faculdade inata de

produzir necessita do desenvolvimento integral da

sua personalidade.

O Pedagogo Empresarial deve demonstrar, na

empresa, com o seu trabalho prático, os efeitos

benéficos da adoção das várias atividades

educativas.

O Pedagogo Empresarial, com a prática de

atividades recreativas (recriativas), enfrenta, na

empresa, o desafio de contrabalançar os efeitos

desequilibradores da especialização profissional,

limitante e muitas vezes castradora.

A atenção do Pedagogo Empresarial, à Educação

Integral, isto é, ao processo de influenciar e

sugestionar positivamente os funcionários em

todos os aspectos da sua personalidade vai

proporcionar o desenvolvimento da produtividade

pessoal nas mais diversas atividades.

Embora não atinja a perfeição ideal, pode

encontrar a perfeição humanamente possível, com

boa vontade, conhecimento centífico, persistência

e perseverança, dedicação e principalmente muita

criatividade.

A necessidade de influenciar positivamente e de

desenvolver a pessoa humana na sua personalidade

51

integral, e na tentativa de atingi-lo completamente

proporcionando-lhe auto-realização, fez com que o

processo educativo fosse separado em várias partes

que são atingidas com sucesso, pelas atividades

recreativas.

Page 88: Pedagogia e didática.docx

Por isso, encontramos várias denominações para o

único processo de educar.

Vejam que interessante:

Educação Artística -Educação Científica Educação

Cívica -Educação Corretiva -Educação

Doméstica -Educação dos Sentimentos Educação

Econômica -Educação Escolar Educação

Feminina -Educação Filosófica Educação

Física -Educação Funcional -Educação

Intelectual -Educação Literária -Educação Moral

Educação Popular -Educação Pré-Escolar Educação

Preventiva -Educação Profissional Educação

Religiosa -Educação Sexual -Educação

Social - Educação Supletiva - etc...

São denominações para os vários aspectos do

único processo -Educação -com a intenção e

esforço de dedicar atenção especial, a cada aspecto

da personalidade integral da pessoa humana. A

Educação integral através das atividades

recreativas, promove o desbloqueio da

produtividade inata da pessoa humana.

52

A PRODUTIVIDADE DA

PESSOA HUMANA

Produtividade é a faculdade inata da pessoa

humana, de produzir, de ser rendosa, de ser

proveitosa, de ser criativa, de ser elaboradora, de

ser realizadora.

Sendo uma faculdade humana inata, é natural que

sejamos produtivos, em tudo que já sabemos fazer,

seja em atividades pessoais em casa, seja em

atividades profissionais no trabalho, seja em

atividades sociais e voluntárias.

Então, não precisamos aprender produtividade,

devemos sim, desenvolvê-la, isto é, eliminar o que

a está envolvendo. Seja o desconhecimento da

atividade, ou mesmo fatores emocionais, para

descobrirmos porque em alguns dias somos

produtivos e em outros dias, não.

A PNI -Psiconeuroimunologia – e a Psicologia

Page 89: Pedagogia e didática.docx

Educacional comprovam com resultados de

pesquisas, que o nosso estado emocional, influi de

maneira decisiva na nossa capacidade natural de

aprender, de produzir, como também na nossa

vitalidade.

53

Se estivermos satisfeitos e alegres, somos

naturalmente muito produtivos, e se estivermos

frustrados e tristes... nossa produtividade é baixa.

Está comprovado que a alegria é a emoção que

produz a energia mais necessária ao nosso

equilíbrio e produtividade. Aliás, ser alegre, na

realidade, é o nosso natural, que podemos

perfeitamente manter, comandar e controlar. Estar

triste e preocupado é um estado artificial,

passageiro, e só nos causa prejuízos de toda

espécie.

William James, dos mais famosos psicólogos norte

americano, descobriu, nos seus trabalhos de

pesquisa, que podemos recriar o tempo todo, o

nosso estado permanente de alegria, porque a

nossa mente é influenciada pela expressão do

nosso próprio rosto. Então, rindo

propositadamente, e mantendo conscientemente

um ar de riso conseguimos permanecer no estado

natural alegre. Descobriu também, que de tanto

provocarmos conscientemente a alegria, através do

riso consciente, passamos a ser espontaneamente

alegres e os efeitos benéficos sobre a nossa

produtividade são sentidos imediatamente.

Se somos alegres, a nossa “Luz” brilha. Todas as

nossas qualidades, espirituais, mentais e físicas e a

nossa produtividade se manifestam livremente e

54

intensamente.

Existem atividades especiais para desbloquear a

nossa produtividade que podemos e devemos

praticar diariamente. Ajudam a desenvolver a

nossa alegria natural, as nossas qualidades e a

nossa produtividade, tirando tudo o que está

Page 90: Pedagogia e didática.docx

envolvendo e impedindo a sua manifestação.

Lembremos mais uma vez de que desenvolver é

tirar o que está envolvendo, o que está

escondendo.

As frustrações bloqueiam a nossa

produtividade

Na Psicologia Educacional aprendemos que

frustração, é um sentimento de insatisfação das

nossas necessidades naturais. Quando nos

sentimos insatisfeitos, frustrados, a direção do

nosso comportamento fica fixada no sentimento de

frustração, escondendo o brilho da nossa “luz”,

bloqueando a nossa capacidade natural de

produzir.

Para facilitar o estudo, vamos rever rapidamente as

55

nossas necessidades naturais que foram reunidas

pela Psicologia Educacional em 2 grupos:

As Necessidades Fisiológicas -são mais simples

de serem satisfeitas.

Fome (necessidade de alimento);

Sede (necessidade de líquido);

Sono (necessidade de desintoxicar nosso

organismo e recarregar as energias);

Repouso (necessidade de atividades

relaxantes);

Atividade (necessidade de ação, de

produzir, de ser útil);

Abrigo e temperatura (necessidade de

roupas e habitação);

Convivência sexual (necessidade de

convivência e relacionamento expontâneo e

natural com o sexo oposto).

Page 91: Pedagogia e didática.docx

As Necessidades Psicológicas -não tão simples de

serem satisfeitas:

56

Afeto (necessidade de atenção, de calor

humano...);

Ser aceito (necessidade de segurança

emocional, de ser aceito do nosso jeito,

pelas pessoas importantes da nossa vida);

Aprovação social (necessidade de ser

admirado, elogiado, reconhecido e

aprovado nos grupos de nossa

convivência);

Independência (necessidade de ter opiniões

e idéias próprias);

Realização (necessidade de realizar os

próprios sonhos e planos);

Auto-Estima (necessidade de gostar de si

mesmo)... a mais forte de todas.

Enquanto estivermos frustrados, insatisfeitos em

alguma ou várias dessas necessidades,

principalmente na auto estima, ficamos

dominados pelo impulso de satisfazê-las. Nesse

estado de frustração, a nossa produtividade e as

nossas qualidades, permanecem bloqueadas, até

que nos sintamos satisfeitos.

57

De todas as necessidades humanas, a Auto-Estima

é a mais forte e mais abrangente. Se conseguirmos

satisfazer a nossa necessidade de auto-estima, de

gostarmos de nós mesmos, conseguiremos

facilmente satisfazer as outras necessidades. A

grande maioria das pessoas sente frustração na

Auto-estima, isto é, sente Auto-rejeição (dificuldade

em gostar de si mesmo).

Page 92: Pedagogia e didática.docx

Hoje, todas as ciências que estudam o

comportamento humano, especialmente a

Psicologia Educacional, a PNI -

Psiconeuroimunologia, a Psicocibernética

reconhecem, que satisfazer a Auto-Estima (gostar

de si mesmo), é essencial para uma vida saudável

produtiva e realizadora. A Medicina mais

avançada, já considera a satisfação da auto-estima

como condição de boa saúde, e a auto-rejeição

favorecendo o aparecimento de doenças.

“Amarás o teu próximo,

como a ti mesmo”

Esta afirmação está na Bíblia e nos avisa há

milhares de anos, que amaremos o outro, da

mesma maneira como amamos a nós mesmos.

Portanto, é essencial a satisfação da auto-estima,

gostarmos de nós mesmos, para que tenhamos as

58

condições de boas relações humanas, de convívio

harmonioso com os outros e de amá-los. Só assim,

vencemos nossas dificuldades de relacionamento

com as pessoas e então, a nossa produtividade e

todas as outras nossas qualidades se manifestam

livremente e naturalmente sem bloqueios.

O ponto de partida para a satisfação da nossa auto-

estima é a anulação do sentimento de auto-rejeição

(não gosto de mim) gerado pela ausência absoluta

de elogios e incentivos e pelo acúmulo exagerado

de críticas negativas, condenações acusações e

correções recebidas, na nossa infância e

adolescência.

Todos os trabalhos realizados com pessoas

participantes de organizações empresariais ou

sociais, para anulação do sentimento de auto-

rejeição comprovam a eficácia indiscutível dos

estudos religiosos e da prática diária de atividades

religiosas.

Esses estudos e atividades religiosas desenvolvem

o conhecimento e a consciência, da realidade de

que somos “Criaturas feitas à imagem e

Page 93: Pedagogia e didática.docx

semelhança de Deus”, e também do nosso imenso

potencial.

Alem disso, a prática diária de “exercícios de

reconquista da auto-estima”(veremos adiante), tem

59

apresentado excelentes resultados no tratamento,

na anulação e na “cura” do sentimento de auto-

rejeição, com o consequente desbloqueio da auto

estima e da produtividade natural.

As nossas necessidades geram as

nossas motivações

Além das necessidades naturais, também sentimos

motivações. São os motivos das nossas ações.

As motivações são adquiridas por nós, nas

experiências da vida, ligadas à satisfação, ou não,

das nossas necessidades naturais. As motivações já

existem no ser humano e não há necessidade de

criá-las, mas sim, atingí-las.

Para conseguirmos uma mudança de

comportamento (aprendizagem), desenvolver a

nossa produtividade e manifestar as nossas

qualidades livremente, temos que:

Conhecer as nossas necessidades

naturais (acima) e

Atingir as nossas motivações.

60

A Psicologia Educacional mostra que a maior de

todas as motivações humanas é...

o desejo de felicidade.

Para conseguir atingi-la, criamos várias outras

motivações que podem ser reunidas em 3 grupos:

Desejo de saúde

Desejo de riqueza

Desejo de sucesso

Esses nossos desejos, são os motivos para a nossa

Page 94: Pedagogia e didática.docx

ação -as nossas motivações . São “impulsos”

interiores que estão ligados a nossos sonhos,

nossas intenções e nossas metas.

Repare que as motivações estão sempre ligadas à

satisfação das necessidades naturais.

Motivação ................................. Desejo de Saúde,

para satisfazer as necessidades naturais...

Fome

Sede

Abrigo

61

Temperatura

Sono

Repouso

Convivência Sexual

Auto-Estima

Motivação .............................. Desejo de Riqueza,

para satisfazer as necessidades naturais...

Realização

Independência

Aprovação Social (status)

Ser Aceito (Segurança Emocional)

Auto-Estima

Motivação ............................... Desejo de Sucesso,

para satisfazer as necessidades naturais...

Afeto

Page 95: Pedagogia e didática.docx

Ser aceito

Aprovação Social

Realização

Independência

62

Convivência Sexual

Auto-Estima

Atividades que reconquistam a

nossa auto-estima e desbloqueiam a

nossa produtividade natural

Para conseguir o desbloqueio e o equilíbrio da

nossa produtividade, que é um processo de

mudança de comportamento, precisamos das

condições básicas que o conhecimento sobre as

necessidades e motivações humanas nos dão.

A frustração da necessidade psicológica de auto-

estima, o sentimento de auto-rejeição (não gosto

de mim), nos faz mal. Ao nos sentirmos cheios de

“defeitos” e incapacidades, atraímos para nós,

situações de “castigo”, porque acreditamos que

não merecemos coisas boas.

Segundo a PNI atraímos com freqüência, como

“castigos” na nossa vida, produtividade baixa,

relacionamentos humanos difíceis, dificuldades

profissionais, dificuldades financeiras, saúde

instável, ...

A Psicologia Educacional e a Pedagogia

apresentam exercícios e atividades equilibradoras

63

que geram satisfação da auto-estima, promovem

alegria, anulação da auto rejeição e o desbloqueio

da produtividade.

São atividades que devem ser praticadas

diariamente, porque funcionam como

Page 96: Pedagogia e didática.docx

“alimentação”. São exercícios que vão

proporcionando o nosso equilíbrio mental e físico,

estimulando cérebro a liberar hormônios benéficos,

como as endorfinas, que anestesiam as dores,

fortalecem nosso sistema imunológico, relaxam os

músculos, regularizam o funcionamento do

aparelho digestivo, oxigenam todas as células e

produzem bem estar. A nossa produtividade, o

nosso desempenho e as nossas qualidades vão

sendo liberadas, permitindo que a nossa “luz”

brilhe.

Afinal recebemos uma ordem...

“Brilhe sua luz diante dos homens, para

que vejam suas boas obras e glorifiquem a

Deus...” Mateus 5,16.

64

Sugestões de exercícios

Através da repetição gravamos no nosso cérebro a

Verdade sobre o a pessoa humana, “Imagem e

Semelhança de Deus” que desbloqueia a nossa

produtividade. “Apagamos” então do nosso

cérebro, as gravações negativas de auto-rejeição

que a estão bloqueando.

1. Lista de Qualidades

Faça uma lista escrita das suas 10 maiores

qualidades, iniciando cada uma com “EU SOU”.

(repita e amplie a lista diariamente)

Por exemplo:

“EU SOU imagem e semelhança de Deus”

“EU SOU bondoso”

“EU SOU alegre”

“EU SOU capaz”

etc...

65

2. Exercícios no Espelho

Page 97: Pedagogia e didática.docx

Fale com você durante 5 minutos diariamente, ao

levantar, sorrindo abertamente em frente ao

espelho, uma, ou mais, das seguintes afirmações:

“EU SOU criatura de Deus, Deus é

perfeito. Tudo que Ele faz é perfeito. Deus

amplia os meus talentos de modo

maravilhoso e muitas pessoas são

cumuladas com o que eu tenho para

oferecer. É maravilhoso!”

“Exalto a perfeição de Deus em mim,

capaz de curar, restaurar e ampliar o meu

bem de incontáveis maneiras. É

maravilhoso!”

“EU SOU filho de Deus. A vitória Dele é

minha. O triunfo Dele é meu. O sucesso

Dele é meu. A riqueza Dele é minha. A

harmonia Dele é minha. Deus é meu Pai. É

maravilhoso!”

“EU SOU filho do Deus. Deus é Pai e me

ama e cuida de mim. Sou saudável,

perfeito(a), harmonioso(a) e amável. Sou

inspirado(a) do Altíssimo! Deus opera

maravilhas através de mim. É

maravilhoso!”.

66

“EU SOU Unidade com Deus. EU SOU

Energia e Poder. EU SOU a Alegria e a

Felicidade. EU SOU a Harmonia e a Paz.

EU SOU a Beleza e a Perfeição. EU SOU

a Justiça e a Verdade. EU SOU a Luz e a

Inteligência. EU SOU a Natureza e a Vida.

EU SOU Você e o Amor. . É maravilhoso!”

“EU SOU criatura de Deus. Eu (seu nome)

sou um(a) profissional excepcional. Eu

Page 98: Pedagogia e didática.docx

(seu nome) sou criado(a) como um sucesso

tremendo. Eu (seu nome) ganho R$

(escreva o valor que você espera)... por

mês. É maravilhoso!”

“EU SOU filho(a) de Deus perfeito,

imagem e semelhança divina. Sou forte,

corajoso(a) e destemido(a). Sou alegre,

feliz e satisfeito(a). Sou absolutamente

sadio(a). Sou amoroso(a), carinhoso(a),

atencioso(a) e bondoso(a). Sou

generoso(a), portanto, próspero(a) e

rico(a). Sou dinâmico(a) e independente. É

maravilhoso!”

Observação: Você pode criar o seu exercício,

inspirado nestes acima, falando as qualidades que

mais deseja desenvolver.

67

3. Limpeza do Espírito

Eliminando emoções negativas, em três etapas,

com o uso da imaginação. (repetir 3 vezes ao dia).

Sentado(a) numa posição confortável, solte todos

os músculos, deixe os braços soltos para baixo,

com as mãos soltas em direção ao chão, como se

fossem “fios terra”.

1.

Imagine uma energia poluída (cor de cinza)

escoando para a terra, através dos seus

braços e mãos e desaparecendo.

Diga: “Com a ajuda de Deus eu esvazio,

agora, o meu espírito de todas as

preocupações, medos, ansiedades,

insegurança, dúvidas, culpas,

ressentimentos, tristezas, ciúmes,

mágoas...” (5 vezes)...

2.

Em seguida, na mesma posição, imagine

uma luz totalmente branca.

Diga: “Sei que Deus já esvaziou

completamente o meu espírito de todas as

Page 99: Pedagogia e didática.docx

preocupações, medos, ansiedades,

inseguranças, dúvidas, culpas e

ressentimentos, tristezas, ciúmes,

mágoas...” (5 vezes)...”

68

3.

Em seguida, levante as mãos em direção à

cabeça e imagine uma energia dourada e

reluzente saindo das suas mãos e

penetrando em você.

Diga:-“Agora, Deus enche o meu espírito

com muita fé, força, coragem, vitalidade,

energia incansável, plenitude, beleza,

alegria infinita...” (10 vezes)

Atenção: Este exercício deve ser feito

inteiro, isto é, seguindo as 3 partes;

esvaziar, imaginar vazio e encher.

4. Treino do Riso

O riso é por si só expressão (pressão para fora) da

alegria que habita em nós. O riso provoca a

liberação de endorfinas pelo cérebro, fortalecendo

o sistema imunológico (das defesas orgânicas),

equilíbrio físico e mental, eliminação de dores,

oxigenação das células, relaxamento muscular e

bem estar.

William James descobriu que a nossa mente é

influenciada pelas expressões do nosso rosto. Ao

provocarmos o riso, podemos recriar em nós o

natural estado de alegria. Então, ele aconselha que,

69

para voltarmos ao equilíbrio, devemos rir mais,

quanto mais tristes estivermos e conseguiremos

sair do estado de tristeza para o de alegria.

Olhando no espelho (de preferência),

inspire profundamente, e ao expirar, ria em

gargalhadas, altas ou silenciosas (10

vezes).

5. Recreação

(Re – crear – ação) -São atividades livres e

Page 100: Pedagogia e didática.docx

espontâneas que tem a propriedade de criar

novamente -re-criar -o nosso estado original e

natural de alegria e bem estar, eliminando os

vários tipos de tensão e sensação de estresse.

Devem ser praticadas diariamente durante pelo

menos 30 minutos, para a conservação e

manutenção do equilíbrio físico e mental. As

atividades recreativas estão reunidas em três

grupos:

As Atividades Religiosas -atividades que

promovem a ligação permanente (religação)

do nosso pensamento em Deus, oÚnico Poder Criador de Tudo

70

Participe de cerimônias religiosas, de

grupos de orações cantadas, reuniões para

orações específicas, retiros com exercícios

espirituais, faça orações individuais,

leituras espirituais, etc... (1 hora, todos os

dias).

Atividades artísticas -atividades que

manifestam “o Belo” em todas as coisas.

Dance, cante, faça artesanato, trabalhe

com flores, pratique jardinagem, etc... (1

hora todos os dias)

Atividades Físicas Esportivas -atividades

que trabalham o corpo físico, nas suas

funções e desempenho, através dos

movimentos corporais.

Caminhe todos os dias ao ar livre, dance,

jogue bola, nade, pratique jardinagem,

ginástica, etc... (1 hora todos os dias).

6. Treino de Elogios

Criando o hábito de elogiar e nunca focalizar os

defeitos das pessoas atraímos elogios para nós.

Diariamente, onde estiver, procure perceber as

71

qualidades das outras pessoas, especialmente os

Page 101: Pedagogia e didática.docx

familiares, e expresse em palavras diretamente a

elas (não minta). Além de ampliar e estimular a

permanência dessas qualidades nas pessoas, você

atrairá elogios para você, ajudando na satisfação

da auto-estima.

Existem muitas outras fontes e sugestões para

exercícios de reconquista da auto-estima. Procure

conhecê-las.

72

A APRENDIZAGEM NO ENSINOTREINAMENTO

EMPRESARIAL

Mudanças do comportamento humano

para aumentar a produtividades pessoal

As únicas coisas certas na nossa vida são as

mudanças constantes. Elas acontecem diariamente

e permanentemente, mesmo que não tenhamos

consciência delas. Temos que compreender que as

mudanças são inevitáveis.

Existem duas maneiras das mudanças acontecerem

na nossa vida.

1.

Mudanças por maturação, que acontecem

naturalmente, à medida do nosso

amadurecimento, nosso crescimento e

desenvolvimento natural.

2.

Mudanças por aprendizagem, que

acontecem no nosso comportamento, de

forma estimulada ou provocada. São

mudanças sempre desejáveis e resultantes

de experiências, programadas para serem

vividas. Na empresa é o desenvolvimento

da produtividade.

73

Então,

Aprendizagem é um processo de

mudanças desejáveis, no nosso

comportamento, resultantes de

experiências programadas e vividas.

As mudanças por aprendizagem são desejáveis,

Page 102: Pedagogia e didática.docx

porque devem nos tornar mais capazes de lidar, em

outros ambientes, com situações semelhantes às

experimentadas durante o processo de ensino ou

treinamento.

É importante saber que as mudanças por

aprendizagem são:

Sempre progressivas

Raramente bruscas

Raramente imediatas

Raramente completas

Portanto, sempre levam um tempo para ocorrerem.

74

Como as mudanças acontecem

Para mudarmos nosso comportamento por

aprendizagem e desenvolver a nossa

produtividade, precisamos de 4 condições:

1.

Desejar algo, que satisfaça nossas

necessidades naturais, nossos motivos,

nossas intenções.

2.

Observar algo, que satisfaça nossas

necessidades naturais, nossos motivos,

nossas intenções.

3.

Fazer algo, que satisfaça nossas

necessidades naturais, nossos motivos,

nossas intenções.

4.

Obter algo, que satisfaça nossas

necessidades naturais, nossos motivos,

nossas intenções.

Já está comprovado, que as mudanças por

aprendizagem só acontecem através da repetição

de três tipos de experiências: Por exemplo:

Imagine aprender a dançar ou executar uma tarefa.

Page 103: Pedagogia e didática.docx

1.

Aprendemos a dançar ou executar uma

tarefa como resultado das tentativas

repetidas de satisfazermos nossas

75

necessidades naturais, nossos motivos e

nossas intenções.

2.

Aprendemos a dançar ou executar uma

tarefa através de repetidas e sucessivas

apresentações de uma mesma dificuldade a

ser vencida.

3.

Aprendemos a dançar ou executar uma

tarefa através de repetidos esforços para

vencer as dificuldades de maneira mais

perfeita, eficiente, uniforme, precisa,

correta, direta à finalidade de dançar bem.

A REPETIÇAO é o que caracteriza um

treinamento-ensino, porque só assim se constrói

um hábito e muda-se um comportamento.

A eficiência das mudanças por

aprendizagem

Influências

Para que as mudanças de comportamento por

aprendizagem sejam eficientes e eficazes é preciso

76

considerar três fatores de forte influência,

especialmente no desenvolvimento da

produtividade:

1.

A personalidade do monitor, professor

ou administrador -tem que ser otimista,

incentivadora e entusiasta, porque está

comprovado que é a personalidade do

monitor que contagia as personalidades dos

“alunos-funcionários”, que consegue

educar e que provoca mudanças. Não são

os materiais, os recursos audiovisuais ou

multisensoriais. Estes servem, apenas como

Page 104: Pedagogia e didática.docx

meios para ajudar na comunicação clara de

um assunto.

2.

A atmosfera do ambiente -tem que ser

positiva, alegre e animadora. O processo da

aprendizagem, as mudanças desejáveis na

produtividade dos alunos-funcionários é

nulo, no ambiente de medo, de ameaças, de

condenações, de críticas negativas, de

impaciência, de irritabilidade, etc... São

emoções que bloqueiam a receptividade de

quem deve mudar.

3.

O método utilizado – o caminho correto

das três fases seqüentes do ensino (já

citadas anteriormente), que devem ser

respeitadas -concreta, semi-concreta,

77

abstrata -fases estas, pelas quais

obrigatoriamente, toda pessoa humana tem

que viver para aprender qualquer coisa.

Relembrando...

Concreta -apresentação do aspecto

concreto do assunto, da tarefa...em

situações reais da vida cotidiana.

Semi-concreta -apresentação do assunto

em forma de representações, usando os 5

órgãos dos sentidos (visão, audição, tato,

olfato, paladar) através de desenhos,

pinturas, gravuras, filmes, vídeos, músicas,

objetos representativos, alimentos

relacionados, odores ligados ao assunto,

etc... existentes em outros locais de

trabalho.

Abstrata -apresentação do assunto nas

formas abstratas: através de teorias,

históricos, resultados de pesquisas,

Page 105: Pedagogia e didática.docx

cálculos, gráficos, estatísticas, etc...

78

Caminho para conseguirmos as

mudanças por aprendizagem

O caminho a percorrer no processo de mudança de

comportamento por aprendizagem (ensinar e

aprender), tem que passar, necessariamente, por 5

etapas.

Generalização

Reforço ou recompensa

Respostas aos obstáculos

Obstáculos a vencer

Prontidão

1ª. Etapa do caminho

Prontidão – O reconhecimento de que o “alunofuncionário

está pronto e amadurecido para as

experiências novas que irá viver, porque a ausência

79

de prontidão provoca desinteresse e derrotismo,

diante de experiências novas.

A nossa prontidão depende de 3 fatores:

Do nosso desenvolvimento fisiológico -o

nosso organismo está pronto? -órgãos dos

sentidos, sistema nervoso, glândulas,

necessidades fisiológicas...

Do nosso desenvolvimento psicológico conseguimos

a satisfação das nossas

necessidades psicológicas? Afeto, ser

aceito... Auto-estima desenvolvida?

Do nível de experiências anteriores –

verificar se as informações básicas já foram

obtidas, habilidades necessárias já foram

adquiridas, os novos conceitos já foram

aprendidos?

2ª Etapa do caminho

Obstáculos a Vencer -Para estimular a força da

vontade devem ser apresentados aos “alunosfuncionários”

Page 106: Pedagogia e didática.docx

obstáculos e desafios transponíveis e

estimulantes, sempre ligados à satisfação das

necessidades naturais, nunca acima da capacidade

ou prontidão, para não causar desistência e

80

indiferença. São as situações problemas que devem

ser necessariamente resolvidas, desafios a serem

vencidos.

3ª Etapa do Caminho

Respostas para Vencer os Obstáculos - São todas

as ações dirigidas pelo desejo de satisfazer as

necessidades naturais, através do esforço para

resolver as situações problemas, obstáculos e

desafios propostos. São os exercícios de repetição

para treinar, criar ou mudar hábitos.

Estas respostas podem ser dadas de algumas

maneiras:

Por Tentativa e Erro -quando procuramos

responder aos obstáculos sem

compreensão.

Por Compreensão -quando as respostas

aos obstáculos, já contém em si o porquê.

Preenche as intenções e os sentimentos, e

favorece a aquisição, a retenção e a

transferência do conhecimento.

Por Processo Mental -quando as respostas

aos obstáculos são através de pesquisas, de

maneiras e atitudes científicas.

81

Por Produto -quando as respostas aos

obstáculos conseguem desenvolver

habilidades, atitudes, soluções e

transferências de conhecimentos.

Por Aprendizagem Formal -quando a

resposta aos obstáculos é feita através de

Page 107: Pedagogia e didática.docx

situações programadas, para obtê-las da

maneira mais natural possível, jamais

forçada. (aulas, treinamentos, exercícios...)

Por Aprendizagem Incidental -quando a

resposta aos obstáculos é conseguida

através de atividades indiretas. Por ex.:

realização de um projeto através do qual se

consegue a resposta necessária.

4ª Etapa do Caminho

Reforço ou Recompensa imediata -São

indispensáveis e insubstituíveis as expressões de

alegria e de aprovação, os aplausos, os prêmios...

para a satisfação das necessidades pessoais pelas

respostas corretas conseguidas. O reforço ou

Recompensa é o grande segredo da fixação da

aprendizagem, isto é, das mudanças desejáveis e

duradouras no comportamento dos “alunosfuncionários”.

82

5ª Etapa do Caminho

Generalizações -Capacidade de integrar as

respostas aprendidas a outras situações

semelhantes em outros ambientes, na vida

cotidiana. As generalizações confirmam o sucesso

das mudanças por aprendizagem. Se não houver

essa integração, não houve fixação da

aprendizagem. É necessário que as etapas sejam

reiniciadas.

83

TRANSMISSÃO DA EDUCAÇÃO

-ENSINO -TREINAMENTO

Programa de influências positivas para os

participantes da empresa.

Treinamento dos profissionais.

Ensinar e treinar é acima de tudo, relacionamento

humano sincero e emotivo, com o objetivo de fazer

manifestar mudanças positivas e definitivas nas

pessoas.

Ensino e treinamento são processos de se

conseguir aprendizagem. Aprendizagem é

Page 108: Pedagogia e didática.docx

mudança duradoura de comportamento, como

resultado do que foi ensinado.

Os educadores mais famosos e revolucionários,

como a médica Maria Montessori, sempre

afirmaram que “se o aluno não aprendeu (não

mudou), é porque o professor, de fato, não

ensinou”.

Está comprovado que a pessoa inexperiente, tendo

a consciência de que não sabe, e que necessita

84

saber, subordina-se ou sujeita-se

inconscientemente ao ensino ou às ordens dos mais

experientes, quando percebe alguma vantagem.

Chega até a imitá-los. Cabe ao pedagogo

empresarial mostrar-lhes as vantagens.

Outras, porém, por motivos de ordem moral e

emocional ou até dificuldade de inteligência,

reagem contra o ambiente, contra o ensino e

treinamento oferecido, procuram seguir outro

caminho, adotar outra atitude e proceder de outro

modo. Estas devem ser encaminhadas, pelo

pedagogo empresarial a um profissional

especializado em comportamento humano.

Ensino e treinamento coletivo e

individualizado

Já sabemos que no processo de ensino e

treinamento, o objetivo principal é mudar o

comportamento de quem está recebendo as

“lições”, de forma positiva e duradoura, isto é,

conseguir aprendizagem.

Na empresa, as mudanças de comportamento

devem acontecer, sempre com o objetivo de

85

melhorar a produtividade pessoal e

consequentemente a empresarial.

O processo de ensino -treinamento consiste

sempre em transmitir às pessoas, repetidamente,

uma série de conhecimentos, habilidades,

pensamentos, usos e costumes, através de

experiências que provoquem mudanças capazes de

Page 109: Pedagogia e didática.docx

melhorar e evoluir suas vidas.

Pode ser ministrado de duas maneiras: Ensino treinamento

coletivo e Ensino -treinamento

individualizado.

O ensino-treinamento coletivo

é ministrado em grupo, com vantagens no que se

refere à integração do ser humano com os grupos

sociais da sua convivência, com as pessoas da

família e do trabalho, com as regras de disciplina

grupal, com a interdependência social, combate ao

exclusivismo, etc... Porém, o ensino-treinamento

ministrado coletivamente, apesar da repetição

indispensável, pode não atingir o nível de

aprendizagem individual desejado.

O ensino-treinamento individualizado

é ministrado, repetidamente, a cada pessoa, com

86

vantagens no que se refere ao respeito a

individualidade, porque não há duas pessoas

iguais. Cada uma tem diferenças na velocidade de

compreensão, nas dificuldades de comunicação de

palavras conhecidas ou não, nas experiências

anteriores, etc...

Importante -Para conseguir melhores resultados, o

ensino individualizado, pode ser ministrado em

grupos, para que atinja também as vantagens do

ensino coletivo.

Procedimento: -O monitor faz, coletivamente, a

apresentação do assunto a ser ensinado, de

preferência de maneira prática, através de

experiências, e depois, fica à disposição do que for

necessário para qualquer ajuda ou informação

individual. Todo o conteúdo a ser ensinado é

preparado em forma de fichas, quadros ou vídeos,

com indicação de fontes de consulta que estejam a

disposição, que possam ser utilizadas

individualmente, respeitando o ritmo de cada

pessoa na sua velocidade. Dessa maneira o ensino

é de boa qualidade e a a aprendizagem é mais

satisfatória.

Page 110: Pedagogia e didática.docx

87

MÉTODOS, PROCESSOS e

TÉCNICAS de ENSINAR

Antes de mostrar alguns métodos, processos e

técnicas de ensinar é importante lembrar que...

Método significa - Caminho a percorrer.

Processo significa: Maneiras de proceder.

Procedimentos.

Técnicas significa: Habilidade especial de executar

algo.

1ª. Treinamento no ensino -prática e

automatização

Treinar significa praticar - repetir.

Treinamento ou prática serve para a automatização

das funções psíquicas. É necessária em todo

ensino, porque sem ela, os conhecimentos

permanecem apenas “na superfície”, uma teoria

88

sem utilidade, sem função educativa de

transformação e mudança desejável no

comportamento.

O conhecimento teórico de princípios e regras não

é o que mais importa, e sim, a capacidade de sua

aplicação automática.

Os conhecimentos, devem ser executados e

aperfeiçoados, isto é, treinados, repetidos, para

que passem a fazer parte da nossa personalidade e

da nossa vida. Por isso, são chamados de

exercícios de treinamento.

Saber fazer só se consegue pela prática,

exercitando, treinando através de repetições de

experiências, e de comprovações repetidas de

maneira certa. É a isso que chamamos de

produtividade. Uma ação realizada da melhor

maneira, no menor tempo possível e com o maior

rendimento.

O nosso rendimento, a nossa produtividade se

desenvolve com mais rapidez, com o maior

número de repetições que devem ser sempre

intercaladas com repouso.

Page 111: Pedagogia e didática.docx

“A prática faz o mestre.”

89

Atenção ao repouso

A tendência que se vê nos treinamentos não

pedagógicos é levar o treinando à exaustão. Não

pode! Não promove aprendizagem.

Sem um período de repouso, a nossa produtividade

inata, o nosso rendimento potencial pode ser

reduzido pelo cansaço e pela saturação de

exercícios repetidos. Durante o repouso, o cansaço

desaparece e então se efetua o processo de

aprendizagem. O recomeço “descansado”,

favorece o nosso mais alto rendimento da natural

produtividade.

Já foi comprovado milhares de vezes que

exercícios práticos espaçados, intercalados com

repouso levam a uma aprendizagem mais rápida e

eficiente e à melhor conservação, na memória, dos

conhecimentos adquiridos.

O êxito na aprendizagem representa uma das

maiores motivações para o funcionário-aluno

porque estimula o processo de maiores mudanças

de comportamento, assim como, o insucesso

desencoraja e reduz o rendimento.

O sucesso obtido é que motiva uma pessoa a

prosseguir e a intensificar uma atividade.

A pessoa fortemente motivada, satisfeita nas suas

90

necessidades naturais, esforça-se e mobiliza-se,

porque ela sente interesse pela ação e a alegria

decorrente do êxito.

O interesse e a alegria são as duas emoções chaves

da motivação, produzidas pela intensidade da

ambição de sentir satisfação, alcançar um desejo, e

atingir um objetivo.

Procedimentos

Os participantes têm que conhecer as vantagens,

do treinamento, da prática dos exercícios para a

vida dele. É imprescindível conseguir que eles se

entusiasmem pela “coisa”.

Page 112: Pedagogia e didática.docx

Os participantes precisam sentir motivos para a

ação, isto é, estarem motivados. A atividade que o

participante realiza a contra gosto é perda de

tempo.

Deve-se treinar, praticar um conhecimento sempre

no seu todo de uma vez, para depois se dedicar àspartes. É mais econômico e mais eficiente

para o

êxito na aprendizagem, do que iniciar pela práticadas partes. É o “método do todo”. Na prática

por

partes, podem surgir associações falsas que

prejudicam a aprendizagem do todo.

As repetições e a prática das partes sem a

compreensão do todo, favorece o desinteresse, a

91

saturação e o cansaço.

A regra fundamental é: Repetições distribuídas no

tempo. Treinar, praticar intensamente durante

pouco tempo, da maneira mais perfeita... e

repousar.

As repetições espaçadas, até que a ação esteja

aperfeiçoada, provocarão a mudança de

comportamento.

O monitor--professor deve acompanhar a prática

dos exercícios, para evitar ao máximo o número de

erros.

Para fixar uma mudança positiva conseguida no

comportamento, são insubstituíveis as

recompensas - elogios, aplausos, premiação... - que

devem ocorrer imediatamente após o acerto. Se

ocorrerem depois de um tempo, pouco ou nenhum

efeito produzirão.

Os exercícios devem ser organizados de modo que

os participantes possam executá-los, com certa

facilidade. Maiores dificuldades devem ser

apresentadas, aos poucos, para evitar insucesso e

conseqüente desencorajamento. O excesso de

tensão ou estresse, causa bloqueio psíquico,

prejudica o sucesso do monitor-professor e reduz a

produtividade.

92

Page 113: Pedagogia e didática.docx

Durante o treinamento, as disputas de

produtividade são excelentes estímulos para o

aperfeiçoamento das práticas, porque mobilizam

forças interiores motivadoras, como: satisfação de

necessidades naturais, desejo de valorização, de

auto-estima, de aprovação social, etc. São ótimas

atividades para dar atenção e oportunidade aos

mais tímidos.

A qualidade do monitor-professor e do treinamento

ou prática de um conhecimento, é medida pelo

número de execuções aperfeiçoadas que cada

participante realiza individualmente e não em

conjunto.

2ª. O método de projetos -Ensino

através e durante a execução de um

projeto

Aprender fazendo

Nesse método, o processo de ensino é

essencialmente prático. O ensino é ministrado

através e durante a execução efetiva do projeto de

construção de algo concreto, e não apenas teórico

93

de representação mental, visualização ou

imaginação.

O projeto escolhido pelo grupo deve fazer todos os

participantes vibrarem. Deve ser um projeto capaz

de envolvê-los a ponto de assumirem todas as

etapas da execução, desde a decisão sobre o objeto

de projeto, da elaboração do planejamento

detalhado de tudo que é necessário para a sua

realização concreta. Por ex.: a realização de uma

excursão, a construção de um local para eventos, a

realização de uma festa comemorativa, a execução

de um local para realização de eventos, etc...

Neste método de ensino, o tempo mínimo para que

um projeto seja bem sucedido é de 4 meses. “A

pressa impede a perfeição”

O ensino-treinamento (dos assuntos ou disciplinas) vai

sendo ministrado, pelo(s) monitor(es) ou

professor(es), durante as atividades, a medida que

Page 114: Pedagogia e didática.docx

as necessidades aparecem. As aulas são

denominadas de reuniões. O(s) monitor(es)

faz(em) o papel de coordenador(es) e

orientador(es) das atividades do projeto. Para isso,

não devem economizar tempo na fase de

planejamento (preparação e imaginação). Tudo que

o projeto exigir, deverá ser pesquisado e estudado,

através de todos os meios disponíveis na

comunidade.

94

O(s) monitor(es) ou professor(es) devem saber

usar técnicas atualizadas de trabalho em grupo

para não impor suas soluções e apenas coordenar

as soluções do grupo, que deve eleger um ou mais

secretários que façam os relatórios das reuniões.

(Conhecimentos da Língua Portuguesa)

O(s) monitor(es) devem perceber e usar todas as

oportunidades que o projeto oferece para

multiplicar os conhecimentos.

As tarefas para a execução do projeto, devem ser

relacionadas cuidadosamente, com muitos

detalhes, sempre em conjunto com os

participantes.

Depois de relacionadas, as tarefas devem ser

ordenadas em seqüência e organizadas, em

conjunto com os participantes, e distribuídas em

seguida, por escrito, entre todos. Ninguém podeficar sem tarefa.(É um mutirão)

Os problemas surgidos tem que ser solucionados

em conjunto com os participantes.

O planejamento só será alterado, com o

consentimento do grupo, quando algum

participante trouxer uma idéia inesperada e

original.

A data de encerramento do projeto deve ser

95

marcada com tempo suficiente para que todos os

participantes aprendam a fazer o relatório dos

conhecimentos proporcionados pelo projeto com

comentários e depoimentos, oral e por escrito,

sobre tudo o que aprenderam -acertos e erros ocorridos

Page 115: Pedagogia e didática.docx

durante a realização do projeto

(Conhecimentos da Língua Portuguesa),

O encerramento, a concretização do projeto, deve

ser celebrada/festejada/inaugurada, pois é o

momento da vitória e da satisfação da

produtividade natural e realização dos resultados

dos trabalhos.

A avaliação da aprendizagem é feita nas duas ou

mais reuniões finais. Na última dessas reuniões, é

declarado oficialmente o encerramento do projeto.

3ª. Palestra -aula de reprodução por

demonstração

O auditório executa por imitação

Mostrar e imitar

É a forma de comunicação de conhecimentos que

se realiza com menor risco de problemas de

96

compreensão. É usada para a transmissão dos

conhecimentos, de habilidades e técnicas , por

demonstrações repetidas (treinamento) feitas pelo

monitor-professor ou palestrista, para o auditório

reproduzir ou imitar.

Esta forma de comunicação é usada quando o

funcionário ou “aluno” deve aprender o

desempenho correto de uma atividade.

Deve ser utilizado para o ensino: de línguas

estrangeiras, de canto, de ginástica, de

artesanato, de dança, de mudanças de

comportamento diante da simulação de uma

situação determinada, do refinamento de gestos

rotineiros, da aquisição de novos hábitos, do

manuseio de máquinas ou equipamentos, etc..

Procedimento

Quando o professor-monitor ou palestrista faz a

demonstração prática do assunto, o “aluno”

primeiro imita interiormente para em seguida

reproduzir.

A qualidade das reproduções é diretamente

proporcional à intensidade de observação do

“aluno-funcionário”. Por isso, o “aluno” deve

Page 116: Pedagogia e didática.docx

primeiro assistir sem imitar, para depois reproduzir

97

ou imitar. A reprodução ou imitação juntamente

com a demonstração é caso raro. A imitação

interior ajuda muito na posterior execução da

atividade.

Quando o “aluno-funcionário” observa

atentamente a demonstração do monitor-professor,

realizam-se processos de percepção que não ficam

restritos somente àquilo que está sendo ensinado.

O “aluno-funcionário” percebe pormenores que

influenciam na imitação interior:-os movimentos

do monitor-professor, o seu vestuário, seu cabelo,

os seus gestos, o tipo de personalidade...Tudo faz

parte do resultado final.

Cuidados

A atenção do “aluno-funcionário” durante a

demonstração, não pode ser prejudicada por

fatores que atrapalhem a boa reprodução ou

imitação. Para isso, o professor-monitor ou

palestrista, deve seguir as seguintes “dicas”:

Explicar demonstrando os objetivos finais,

logo no início dos trabalhos melhora

sensivelmente o aproveitamento dos

“alunos-funcionários”.

98

Distribuir cuidadosamente os “alunosfuncionários”

na sala, favorece a boa visão

de todos, para o que está sendo

demonstrado.

Iniciar somente depois de assegurar-se de

que todos estejam bem atentos.

Lembrar que cada pessoa tem um ritmo

individual próprio.

Assegurar-se da clareza da sua

Page 117: Pedagogia e didática.docx

demonstração e da sua execução.

Demonstrar com exatidão, todos os

detalhes, sempre com movimentos lentos,

repetidos e insistentes executados com um

certo exagero, “em câmera lenta”, nos seus

detalhes principais, para que o resultado

seja correto.

Deixar os “alunos-funcionários” imitarem

ou reproduzirem logo no início, verificando

se observaram atentamente o que deveria

ser observado. Demonstrar possíveis erros

na execução para evitar experiências de

insucesso que criam desânimo e

desinteresse.

99

Repetir a demonstração quando o “alunofuncionário”,

demonstrando que não

entendeu, não consegue a imitação ou

reprodução correta.

Rejeitar com firmeza as reproduções ou

imitações defeituosas.

Se as dificuldades persistirem, utilizar a

decomposição dos movimentos, em suas

partes e após cada decomposição de um

conjunto de movimentos, deve seguir a

exibição do todo.

A Psicologia da Aprendizagem ensina que

períodos curtos de exercícios intensos, intercalados

com repouso, são mais produtivos do que longos

períodos de exercício.

4ª. Aula expositiva palestra/

conferência

Narração e exposição

São as formas mais simples de transmissão de

100

Page 118: Pedagogia e didática.docx

informações e conhecimentos.

É a forma empregada pela mãe e pelo pai, ao

transmitirem aos filhos, usos, costumes e valores

morais que são passados de uma geração à outra.

Algumas metodologias, sugestionadas pelas idéias

de “reforma” e de “novas descobertas”,

desprezaram esta forma milenar de ensino, que

formou a grande maioria das personalidades

expoentes da humanidade. Todos os graus de

ensino sempre se basearam sobre a narração e

exposição.

As narrações e exposições são das mais eficientes

e elementares formas de ensinar, quando

acompanhadas de emoção e bom conhecimento do

assunto, porque fazem a imaginação trabalhar.

O bom narrador ou expositor, consegue envolver

os ouvintes, “alunos-funcionários”, numa

participação emotiva, fruto da compreensão e não

apenas do entendimento.

As mudanças do comportamento do “alunofuncionário”

ouvinte, a efetiva aprendizagem, após

uma boa narração ou exposição, estão diretamente

relacionadas com o brilho das emoções e dos

conhecimentos do narrador ou expositor, durante a

narração, palestra, conferencia, etc...

101

Perceber o nível de experiências dos ouvintes

“alunos-funcionários” é outra qualidade essencial

do bom narrador ou expositor, adequando sua

linguagem, a fim de ser compreendido claramente

e se comunicar eficientemente.

Importante: Somente com envolvimento

emocional, o narrador

mudanças comportamfuncionários”ouvintes.

ou

entais

expositor,

nos

consegue

“alunos-

Page 119: Pedagogia e didática.docx

Procedimentos

… que ajudam a perceber o nível de experiências

do auditório, durante a narração ou exposição:

O diálogo aberto, com os ouvintes “alunosfuncionários”

permite descobrir o nível das

perguntas e ajuda perceber, se está se

fazendo compreender ou se precisa mudar

a linguagem.

Pedir a opinião dos “alunosfuncionários”

ouvintes ajuda a descobrir

algum aspecto que deve ser ressaltado.

Pedir a repetição (pelo menos 3 vezes) de

palavras ou conceitos chaves, pelos

“alunos” ouvintes.

102

Dramatizar simulando fatos importantes

sobre o assunto, com a ajuda de alguns

“alunos-funcionários” ouvintes.

Atenção

Quanto menor a experiência de vida dos

“alunos-funcionários” ouvintes, mais

simples e emotiva deve ser a narração ou

exposição.

Quanto mais vivida emocionalmente for a

exposição ou narração, maior a

possibilidade de envolvimento e mudança

de comportamento dos ouvintes “alunosfuncionários”.

A exposição ou narração lida ou decorada

favorece as conversas paralelas, atitudes

dispersivas e impede a participação e

envolvimento dos ouvintes “alunosfuncionários”.

103

5ª. Técnicas de trabalho em grupo

Page 120: Pedagogia e didática.docx

Auxiliares para aulas expositivas do monitor

Grupos cruzados

… atua como “quebra gelo” e estimula o

relacionamento.

Dinâmica – Formar 04 grupos de “alunosfuncionários”

para responder 01 pergunta diferente

formulada para cada grupo. Cada pergunta deve

ser escrita em uma cor diferente de papel. Depois

de respondidas com a participação de todos do

grupo, reagrupar todo o pessoal em grupos que

contenham as 04 cores, para apresentação dos

resultados do trabalho feito no grupo anterior.

‘’Phillips 66”

Para aplicar em auditório.

… atua como “quebra gelo” e estimula o

relacionamento.

104

Dinâmica – Elaborar perguntas chaves para grupo

de 6 pessoas. Esses grupos devem ser formados

com 03 pessoas da fileira da frente, viradas para 03

pessoas da fileira de traz

Depois de um tempo marcado (20 minutos +/-) para

discussão e elaboração da resposta, um

participante de cada grupo apresenta, em plenário,

o resultado do trabalho. Cada apresentação deve

ser seguida de aplauso.

“Cochicho” + “Pequenos grupos”

… atua como “quebra gelo” e estimula o

relacionamento.

Dinâmica – Elaborar uma única pergunta para ser

respondida em cochicho, pelos ouvintes em pares

02 a 02.,durante 10 minutos.

Em seguida, formar grupos de 08 pessoas,

trocando os pares, para apresentação dos

resultados do cochicho.

Apresentar este último resultado em plenário,

seguida de aplausos.

105

“Grandes grupos” com “Cochichos”

… atua como “quebra gelo” e estimula o

Page 121: Pedagogia e didática.docx

relacionamento.

Dinâmica – Formar 02 grandes grupos com uma

pergunta diferente formulada para cada um, para

ser respondida.

Durante 15 a 20 minutos. Em seguida, formar

pares com 01 pessoa de cada grupo grande, para

apresentarem os resultados em “cochicho”.

“Telefone sem fio”

… atua para demonstrar as distorções da

comunicação verbal.

Dinâmica – Escrever uma mensagem no flip

chart, de costas para o auditório. Em seguida,

chamar um pessoa para ler a mensagem que deverá

cochichá-la no ouvido de outra. Esta também deve

cochichar no ouvido de uma terceira ...e assim por

diante, até todos os participantes receberem a

mensagem. No final, comparar com a mensagem

escrita no flip chart.

106

“Pedacinho de papel”

… atua para demonstração das distorções da

comunicação verbal.

Dinâmica -Pedir aos participantes que rasguem

um pedacinho de papel. Depois disso, recolher ao

pedaços e compará-los diante de todos, para

demonstrar a variação do conceito de “pedacinho”.

Em seguida, deixar claro que em qualquer

comunicação, todos os conceitos são diferentes

para cada pessoa.

“Desenho da estrela”

… atua para demonstração das diferenças de

critérios de avaliação.

Dinâmica – Pedir a um dos participantes que vá

até o quadro e desenhe uma estrela. Em seguida,

pedir aos demais participantes que escrevam num

papal a nota que deram ao desenho da estrela (de 0

a 10). Recolher os papéis e comparar as diferenças

de critério para o mesmo desenho, no mesmo

local, para a mesma pessoa. Mostrar que a

avaliação é um critério pessoal.

Page 122: Pedagogia e didática.docx

107

“Eu estou Ok, você está Ok”

… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras

no relacionamento.

Dinâmica – Pedir aos participantes que, em pé,

formem uma coluna em cada fileira virados para a

direita. Em seguida, com as mãos abertas em

posição de palmas encontradas, massagear os dois

ombros do companheiro da frente, indo da

esquerda para a direita, e vice-versa, dizendo “Eu

estou Ok, Você está Ok”. Depois de

aproximadamente 30 segundos, pedir aos

participantes em coluna, que virem para o lado

esquerdo, repetindo a massagem durante 30

segundos, dizendo “Eu estou Ok, Você está Ok”.

Pode ser executada várias vezes.

“Bandeira brasileira”

… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras

no relacionamento, demonstração dos efeitos

relaxantes da recreação.

Dinâmica – Pedir aos participantes, que formem

um círculo. Em seguida, dar a cada um, uma cor da

bandeira brasileira (pode ser oral). Cada vez que

falar uma das cores, as pessoas que estão com ela,

108

devem trocar de lugar no círculo. Quando você

falar “Bandeira brasileira”, todos, ao mesmo

tempo, devem mudar de lugar no círculo. O

monitor deve ser rápido. (esta recreação pode ser

feita, substituindo a bandeira, por “Salada de

frutas”).

“Música alegre”

… atua para demonstração dos efeitos relaxantes

da recreação.

Dinâmica -Pedir aos participantes, que fechem os

olhos, relaxem os músculos, soltando o corpo na

cadeira. Em seguida, colocar uma música

instrumental (sem ser cantada) que seja alegre, e

deixar tocar até o fim. Depois de terminar, pedir

aos participantes que digam o que sentiram.

Page 123: Pedagogia e didática.docx

“Pirulito que bate-bate”

… atua como “quebra gelo”, derrubada de

barreiras nas relações, demonstração dos efeitos

relaxantes da recreação.

109

Dinâmica – Pedir aos participantes que formem

um círculo, e fiquem aos pares virados de frente,

um para o outro. Em seguida, cantando “ Pirulito

que bate bate; Pirulito que já bateu; Quem

gosta de mim é ela e quem gosta dela sou eu”, os

participantes devem bater as mãos abertas a cada

frase, na coxa, nas palmas das mãos e nas palmas

das mãos do companheiro... Em seqüência os

participantes podem dançar aos pares, girando,

com os braços entrelaçados. Repetir, enquanto

houver entusiasmo na participação.

“Marchando com deus”

… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras

nas relações, demonstração dos efeitos relaxantes

da recreação.

Dinâmica – Pedir aos participantes que formem

uma única coluna. Em seguida, marchar em volta

da sala, declamando em ritmo de marcha:

“Deus é Alegria;/ Deus é Harmonia;/ Deus é

Amor;/ Deus é Paz;

Deus é Felicidade;/ Deus é Prosperidade;/ Deus é

Beleza;/

Deus é Perfeição.”

110

* Repetir enquanto houver entusiasmo na

participação.

6ª. Instrução Programada

Ensino individualizado sem monitor

Técnica especial para Ensino Individualizado à

distância, que tem como característica, ensinar,

fixar, reforçar e avaliar ao mesmo tempo.

Para isso, à medida que o texto de ensino vai sendo

apresentado ao aluno, também são intercalados

pequenas questões com a função de fixar, reforçar

e avaliar a sua compreensão e portanto as

Page 124: Pedagogia e didática.docx

mudanças de comportamento, a aprendizagem.

Essas questões já apresentam a resposta correta

imediatamente, na margem ao lado da página,

antes da apresentação do novo conceito a ser

ensinado.

Na Instrução Programada, à medida que o aluno

estuda, faz auto-avaliação ao mesmo tempo,

usando uma “máscara” (uma tira de papel), para

111

cobrir as respostas corretas que devem ser escritas,

de preferencia, na margem da página.

Exemplo:

Apresentação do conceito que se quer ensinar:

O cliente é uma pessoa humana que

merece toda a nossa atenção especial,

porque é a razão da existência da empresa

na qual trabalhamos.

Vamos ver como que faz para ensinar esse texto,

sem o professor:

Ensino programado

Vamos partir, dividir o texto que se quer ensinar

(exemplo acima) em várias partes, de várias

maneiras diferentes e deixar o aluno responder

exercitando os vários aspectos do conceito.

Resposta

(sob máscara) Fixação do conceito

A pessoa humana mais importante

Cliente para a empresa na qual

trabalhamos é o _______

112

Pessoa

humana

Clientes

Atenção

Empresa na

qual trabalho

O cliente merece a minha atenção

especial porque é uma ______

A empresa na qual trabalho existe

porque existem pessoas humanas

Page 125: Pedagogia e didática.docx

que confiam nela. São os

Os clientes precisam receber a

minha _______ especial para que

continuem a confiar na empresa na

qual trabalho.

Dando atenção especial ao cliente,

estou colaborando para que a

progrida e eu permaneça

trabalhando.

A sensação de quem está recebendo a instrução

deve ser de 'facilidade', para que eu não sinta

desânimo e desinteresse, porque esses são dois

bloqueios da aprendizagem.

– Ah! Mas isto é muito fácil. Deverá dizer o

aprendiz, pelo método Instrução Programada.

À medida que apresentamos o conceito a ser

aprendido, vamos usando maneiras diferentes de

apresenta-lo para fixar e reforçar a aprendizagem.

113

Quanto mais repetirmos de maneiras diferentes o

assunto a ser aprendido, melhor será o ensino,

melhor a aprendizagem. Ao mesmo tempo que o

aluno verifica se preencheu os espaços vazios

corretamente, faz auto-avaliação.

As questões da instrução programada podem

também ser resolvidas com

( ) sim ( ) não

Porém, prefira a técnica de preencher espaços

vazios, porque obriga a escrever os conceitos ou

palavras chaves.

Há possibilidade de criarmos outros tipos de

questões. É importantíssimo que sejam claros e

fáceis de resolver, porque o aluno está estudando

sozinho, sem ninguém que lhe dê melhores

explicações. E ele tem que aprender sem

desanimar.

Como elaborar:

Na elaboração da Instrução Programada,

em primeiro lugar temos que selecionar e

Page 126: Pedagogia e didática.docx

elaborar os textos a serem ensinados de

maneira que se tornem fáceis e concisos,

114

contendo conceitos claros sem palavras

desnecessárias.

A seguir, dividimos o texto em parágrafos.

Cada parágrafo deve ser repetido (repisado)

no mínimo 3 vezes de maneiras diferentes,

com espaços vazios variados, a serem

preenchidos com a resposta correta,

proporcionando fixação, reforço e

avaliação da aprendizagem.

A resposta correta deve ficar na margem ao

lado do texto, de maneira que o aluno possa

cobrí-las com a “máscara” (tira de papel)

enquanto estuda, antes de verificar se

acertou.

Cuidados na elaboração

Lembrar que a Instrução Programada é

para ensino à distância.

115

Experimentar a Instrução Programada com

colegas ou amigos, verificando se o texto

está suficientemente simples e claro, antes

de aplicar ao pessoal destinado, para que os

“alunos-funcionários”, realmente aprendam

sozinhos.

Trabalhar sempre um parágrafo de cada

vez.

Remanejar o mesmo conceito várias vezes

para que o aluno responda com várias

palavras chaves diferentes.

Page 127: Pedagogia e didática.docx

Somente em seguida, passar para o

parágrafo seguinte.

Fazer avaliações extras com o objetivo de

melhorar os conhecimentos do pessoal,

quando os “alunos-funcionários” da

Instrução Programada, são da mesma

empresa.

A aprendizagem não é atingida quando os

“alunos-funcionários” pedem a outras

116

pessoas para “estudarem” por elas. Isso é

muito freqüente no ensino individualizado

à distância. Neste caso, abandonar a

Instrução Programada

7ª. O Ensino por meio de perguntas

-trabalho mental estimulado

Desafio com perguntas didáticas

A atitude de perguntar tem um papel

importantíssimo na transmissão de conhecimentos.

O processo de ensino através de perguntas, sempre

foi praticado nas escolas desde a Idade Média e até

hoje consegue muito sucesso na aprendizagem.

Porém, no início do Século XX, reformistas

pedagogos obcecados, iniciaram ataques à esse

método de ensino, e até hoje não silenciaram

afirmando que “é absurdo aquele que conhece,

perguntar a quem não conhece”. Defendem o

ensino sem perguntas, o “trabalho mental livre”.

É bom lembrar que a finalidade de todo e qualquer

método (caminho) de ensino é tornar o aluno

117

mentalmente independente.

Por isso, é necessário alguns esclarecimentos em

relação aos mal-entendidos e confusões

pedagógicas sobre o método por meio de

perguntas.

A pergunta deve ser didática

A pergunta didática é aquela que o monitor faz

Page 128: Pedagogia e didática.docx

como desafio, para conduzir a observação e para

aguçar a curiosidade dos participantes, (como num

jogo de adivinhação).

A pergunta didática estimula o trabalho mental dos

alunos, e leva-os a buscar dentro de si mesmos,

respostas conhecidas que se relacionem com o

assunto apresentado.

A pergunta didática cria um ambiente natural,

descontraído, estimulante e favorável para a

aprendizagem. Além disso, favorece também ao

monitor, o conhecimento do nível de experiências

dos participantes para saber de que ponto deve

partir para iniciar o novo assunto a ser ensinado.

Com a pergunta didática, o monitor incentiva a

conquista de conhecimentos e nunca fornece

resultados prontos.

118

“É importante lembrar que todas as

invenções dos seres humanos são respostas

a alguma pergunta didática, desafiadora,

que estimula a busca de uma determinada

resposta ou solução”. Aebli

Procedimentos ao fazer a pergunta

O monitor deve ter conduta muito

respeitosa, sem atitudes irônicas ou

debochadas, porém, descontraída e

entusiasmada, que estimule nos

participantes a coragem de se manifestar.

Ficar atento aos gestos e olhares dos

participantes que demonstram desejo de

falar e estimular a sua participação,

Evitar o excesso de ajuda que causa

desagrado e rebeldia, nos participantes,

porque faz com que se sintam

menosprezados, incapazes e usados como

brincadeira.

Page 129: Pedagogia e didática.docx

Chamar, de vez em quando, os

participantes silenciosos, de maneira suave

e respeitando o seu silencio, para ajudá-los

119

a se integrarem no grupo.

Iniciar pelos mais tímidos, quando vários

participantes apresentam desejo de

responder as perguntas.

Mudar, variar, completar, esclarecer...sem

ajudar em excesso, nem menosprezar os

participantes, se a pergunta não foi bem

compreendida.

Deixar sempre um tempo para os

participantes pensarem, antes de

interromper com novas formas de

perguntas.

Não tomar posição logo na primeira

resposta apresentada diante de várias

respostas. Deixar que outros falem, para

animar a participação.

Seja estimulante, tirando sempre algo de

bom de cada resposta apresentada, mesmo

que não seja a resposta esperada.

Corrija as respostas totalmente erradas,

sem fazer comentários, que menosprezam.

Peça aos participantes, completarem as

120

respostas já apresentadas, para estimular a

atenção.

8ª. Recursos audiovisuais

A visualização e o ver - segundo Aebli

Ver e reproduzir

Recursos audiovisuais são todos os meios não-

Page 130: Pedagogia e didática.docx

verbais de comunicação que podemos usar, através

da audição e da visão dos “alunos-funcionários”

para nos auxiliar na transmissão de

conhecimentos: -objetos, lugares, imagens,

gráficos, melodias, formas geométricas, etc...

Melhoram muito a qualidade da comunicação,

evitam distorções, e favorecem as mudanças de

comportamento - a aprendizagem.

Para utilizá-los de maneira eficaz, o monitor

responsável pela transmissão de conhecimentos,

tem que saber a respeito de alguns aspectos sobre a

visualização e o “ver”.

121

Visualização é o processo de representação

clara da percepção das características de

um objeto - cor, forma, tamanho, etc...

“Ver” está ligado à compreensão do objeto

que é um processo mais complicado do que

pode parecer à primeira vista. “Ver” e

pensar acontecem juntos. O modo de “ver”,

é um pensamento a respeito do objeto,

influenciado por pensamentos e

representações das nossas experiências

passadas. Sabe-se que a presença de um

objeto perante um observador não garante

que este o “vê”.

Por exemplo:

É raríssima a pessoa que sabe desenhar o

mostrador do seu relógio, apesar de “vê-lo” muitas

vezes por dia.

Para trabalhar com os recursos audiovisuais,

enfocamos os estudos sobre o ato de “ver”, que

envolve vários fatores:

1.

A participação de todos os órgãos sentidos,

além da visão e da audição... o tato, o

paladar, o olfato, que participam da

122

Page 131: Pedagogia e didática.docx

concentração da atenção e da compreensão

mais perfeita do objeto.

Por exemplo: Apalpando um tecido, um

pedaço de madeira, um metal, saboreando

uma fruta,...”vemos”, isto é,

compreendemos melhor esses objetos.

2.

Experiências vividas anteriormente

interferem no nosso modo de “ver”. Nunca

existe um recebimento passivo das imagens

das coisas, porque elas sempre lembram

alguma experiência passada.

Por exemplo: Um animal é “visto” de

modo diferente pelo habitante da cidade e

pelo habitante do campo. Pode estar ligado

à lembrança de emoções, alegria ou medo...

mudando o modo de “ver”, a compreensão

deles.

3.

A imitação interior, o colocar-se no seu

lugar, favorece a a compreensão da

atividade de uma pessoa e conseguimos

“ver”, isto é, compreender com exatidão.

Sem imitá-la,colocando-nos em seu lugar

poderemos visualizar a roupa, o penteado,

os gestos, a máquina,... e não “vemos” a

atividade propriamente dita.

4.

As visualizações interiores. Quando

123

observamos e visualizamos qualquer coisa,

uma paisagem, uma pessoa, um objeto... O

nosso modo de “ver” é influenciado pelas

características, das coisas ou pessoas

semelhantes, que conhecemos

anteriormente.

5.

A simplificação ou decomposição em

partes de um objeto ou imagem complexa,

facilita a nossa compreensão, o nosso modo

Page 132: Pedagogia e didática.docx

de “ver”.

Procedimentos na reprodução

O reproduzir é insubstituível e indispensável para

provar o que foi assimilado e como foi a

compreensão do objeto de ensino, o processo de

“ver”. Reproduzir intensifica o processo de

compreensão. Pode ser através de desenhos,

descrições escritas ou orais, representações

cênicas, gráficos, etc...

Ao reconhecer as falhas de compreensão, no modo

de “ver”, o monitor deve voltar ao assunto ou ao

objeto de ensino.

Para ajudar a compreensão, o modo de “ver” o

assunto ou do objeto de ensino, o monitor deve

124

proporcionar um contato bem amplo, através de

imagens, lugares, materiais afins, melodias, etc... A

simples presença de objetos ou imagens não é

suficiente para a sua compreensão.

Para garantir mudanças de comportamento, isto é,

a aprendizagem, com o uso de recursos audiovisuais,

o monitor deve obedecer a sequência

correta das fases do processo de ensinar, um

assunto ou objeto de ensino:

1.

Fase concreta -Apresentar o assunto ou o

objeto, concretamente, como parte da vida

real cotidiana, através da observação “ao

vivo”. Levar os participantes ao assunto ou

objeto de observação, através de excursões.

visitas, passeios...

Para dirigir o modo de “ver, isto é, a

compreensão, e evitar que a aprendizagem

dos participante seja nula, todos os

participantes, antes de entrar em contato

real com o assunto, devem ser previamente

orientados, estarem bem distribuídos para

que ninguém se disperse durante a

atividade.

2.

Page 133: Pedagogia e didática.docx

Fase semi-concreta -Representar o assunto

ou o objeto real, através de filmes,

gravuras, desenhos, etc... Quando houver

125

uso do quadro negro (ou branco),

apresentar, aos poucos, através de desenhos

ou formas geométricas, de acordo com o

aparecimento das partes do assunto ou das

partes do objeto de ensino até chegar ao

seu todo. Nunca colocar no quadro, o

assunto ou objeto no seu todo.

3.

Fase abstrata -Somente depois das duas

fases anteriores apresentar as teorias,

históricos, gráficos, estatísticas, etc... sobre

o assunto ou objeto.

Quando o ensino é apenas verbalístico, sem a

sequência correta, sem uso de técnicas de

comunicação, sem recursos áudio visuais, sem a

indispensável reprodução... a aprendizagem é nula.

126

ALGUNS ASPECTOS

PRÁTICOS DA PEDAGOGIA

EMPRESARIAL

Só treinamento conduz à vitória

Todas as empresas, sem exceção, almejam a

vitória.

Vitória é o sucesso realizado. É o “ato de vencer

qualquer competição, triunfo e êxito brilhante em

qualquer campo de ação”. Aurélio

Somente treinamentos constantes conduzem à

vitória. Os campeões em todos os campos de ação

só conseguem a vitória, treinando

permanentemente.

“Treinar é tornar apto, capaz para determinadaatividade ou tarefa. É habilitar, adestrar.

Também

é exercitar-se para algum fim”. Aurélio

Treinamentos são todas as ações dirigidas

repetidamente para desenvolver as nossas aptidões,

as nossas habilidades e capacidades para

Page 134: Pedagogia e didática.docx

127

determinada atividade, e conduzem seguramente

aos três componentes da vitória:

a qualidade,

a tranqüilidade e

a produtividade.

Atividade Pedagógica

Criar treinamentos que estimulem os funcionários

perceberem que todos nós temos qualidades

pessoais, talentos, dons.

1 - Qualidade

“Qualidade é a propriedade, o atributo ou

condição das pessoas ou coisas, capaz de

distinguí-las das outras. É o que permite

avaliar, e consequentemente aprovar,

aceitar ou recusar, qualquer coisa. É o

dom, a virtude que distingue”. Aurélio

Toda a pessoa humana possui a sua qualidade.

Tudo aquilo que a distingue das outras pessoas.

Tudo o que a caracteriza.

128

A nossa qualidade é aquilo que nos diferencia dos

outros. O nosso talento, o nosso dom, nosso modo

de ser, a nossa maneira simpática de falar, o nosso

jeito agradável de nos comunicar, a nossa

aparência, a nossa educação, a nossa posição

social, a nossa distinção... Aquilo que temos ou

apresentamos de diferente e que podemos por em

evidência em relação às outras pessoas, com

treinamentos contínuos.

A qualidade se manifesta plenamente quando a

pessoa está segura, feliz e realizada

profissionalmente.

Os treinamentos devem ser a grande oportunidade

para que os alunos-funcionários consigam o

desenvolvimento e a expressão da própria

qualidade.

Page 135: Pedagogia e didática.docx

Hoje no mundo empresarial, a qualidade, aquilo

que faz a diferença, é seriamente exigida pelos

clientes internos e externos. Qualidade pessoal,

qualidade dos serviços, qualidade do atendimento,

qualidade do produto, qualidade total.

2 -Tranquilidade -é o estado mental em que

sentimos segurança, calma, equilíbrio, sossego e

paz. Nesse estado, somos especialmente

produtivos no trabalho e atraímos situações

favoráveis, tanto para a nossa vida pessoal, como

129

profissional.

Nossa mente é muito produtiva em estado de

tranqüilidade e bloqueada em estado de agitação.

O estado emocional de tranquilidade, serenidade, e

segurança está diretamente ligado ao

desenvolvimento da nossa auto estima e nos dá as

condições de exibir a nossa qualidade em todas as

nossas atividades, especialmente as profissionais.

A tranquilidade impede o estresse que desgasta a

energia vital, estimula o “ fazer bem feito”, a

alegria de realizar um trabalho, a segurança de ser

competente na atividade profissional.

Os bons treinamentos ensinam técnicas de

relaxamento e proporcionam a tranquilidade

imprescindível para a conquista da vitória.

3 -Produtividade é a faculdade inata do ser

humano, de produzir, de ser rendoso, de ser

proveitoso, de ser criativo, de ser elaborador, de

ser realizador em tudo que sabe fazer.

A nossa produtividade alta é natural quando

sabemos executar algum trabalho. Por isso,

dependemos de treinamentos, exercícios repetidos

que favoreçam a nossa aprendizagem.

A nossa produtividade alta é proporcional ao nosso

130

estado de tranqüilidade, alegria e serenidade. Em

estado de tensão, a nossa produtividade fica

bloqueada.

Desde de 1976, tenho acompanhado com orgulho e

Page 136: Pedagogia e didática.docx

satisfação, empresas alcançarem a Vitória com

treinamentos permanentes.

A perseverança e a persistência nos treinamentos,

permitiram que essas empresas descobrissem a sua

própria qualidade, através da qualidade dos seus

colaboradores -ganhassem a tranqüilidade do

controle do estresse e consequentemente atingissem

a vitória da alta produtividade.

Ninguém é “burro”

Não existe pessoa “burra”.

As dificuldades que um “aluno-funcionário” tem

de aprender uma tarefa ou atividade na empresa,

estão ligadas às dificuldades daquele que deve

ensiná-lo. A Pedagogia ensina isso, e quanto mais

conhecemos a respeito do processo de

aprendizagem, mais isso fica comprovado.

A Psicologia Educacional mostra com muita

clareza, que mesmo as pessoas com deficiência

131

mental ou física, aprendem com facilidade, se

usarmos técnicas de ensino adequadas. É apenas

questão de qualidade de ensino e qualidade

profissional do professor-monitor.

“Se alguém não aprendeu é porque alguém não

ensinou. Se o ensino for de boa qualidade, não

há possibilidade de uma pessoa não aprender”,

afirmava Maria Montessori, médica italiana, uma

das maiores e mais revolucionárias educadoras do

Ocidente, que trabalhava com pessoas deficientes

mentais e físicos e para comprovar suas

afirmações, fazia que seus alunos competissem em

concursos públicos com pessoas normais.

Ensinar é uma ciência e também uma arte.

É Ciência porque exige técnicas fundamentadas

em conhecimentos de Psicologia Educacional,

adquiridos com observações, hipóteses,

experiências e comprovações.

É Arte porque exige capacidade de criar emoções,

sensações e estados de espírito, nas pessoas que as

conduzam a uma mudança desejável de

Page 137: Pedagogia e didática.docx

comportamento. Exige amor, dedicação e

entusiasmo na realização desse processo. É

aplicação de tecnologia.

132

Atividade Pedagógica

Ensinar e treinar com eficiência -Ensinar é

vocação, é dom, é talento. Não é qualquer pessoa

que tem “jeito” para ensinar, para conseguir

aprendizagem, isto é, para conseguir mudanças

desejáveis e duradouras, para a vida toda, no

comportamento dos “alunos-funcionários”.

Ensinar é acima de tudo, relacionamento humano

sincero e emotivo, com o objetivo de fazer

manifestar essas mudanças positivas e definitivas

nas pessoas. Essa qualidade de relacionamento é

influenciado fortemente:

Pela personalidade otimista de quem

ensina.

Pelo ambiente agradável e alegre do local.

Pelo profundo conhecimento a respeito do

assunto a ser ensinado.

Para assegurar a ocorrência do processo de

mudança por aprendizagem é necessário que o

ensino obedeça a um caminho certo, com uma

seqüência determinada de etapas:

1.

Etapa concreta

133

2. Etapa semi-concreta

3. Etapa abstrata.

Quando essa sequência é desprezada, ou mudada, a

aprendizagem não acontece.

Os profissionais de Treinamento Empresarial são

especialistas no processo de aprendizagem e

geralmente são pessoas vocacionadas. Treinam

muito para conseguirem o aumento da

produtividade pessoal e dos alunos funcionários

Page 138: Pedagogia e didática.docx

procuram desenvolver a sua qualidade, pois têm a

responsabilidade de agradar as empresas clientes a

permanecerem longo tempo no mercado.

A “imagem” de uma empresa

“Imagem” é o conceito genérico resultante de

todas as experiências, impressões, opiniões e

sentimentos que temos em relação a uma pessoa,

uma empresa, um produto ...

A “Imagem” que o público tem de uma Empresa é

seguramente, um dos pontos chaves, que

contribuem para o seu sucesso ou malogro.

134

Está comprovado cientificamente, que o ponto de

partida para a construção da Imagem -positiva ou

negativa -de uma Empresa no público, é sempre

subjetivo, de dentro das pessoas, de dentro da

empresa, e nunca de fora dela.

O início da construção da “Imagem” positiva ou

negativa da Empresa se dá nos pensamentos, nos

sentimentos e nas opiniões dos seus donos, dos

seus diretores dos seus funcionários, dos seus

fornecedores, dos seus clientes e de todas as

pessoas que se relacionam com ela.

Tudo o que as pessoas pensam e sentem a respeito

da empresa, naturalmente expressam na

convivência do seu dia a dia e está contribuindo

para a construção da sua “Imagem”.

Quando a imagem é positiva, aos poucos, os

comentários vão se divulgando, se alastrando, se

ampliando, e finalmente se concretizam através do

aumento do interesse e entusiasmo dos

funcionários, da produtividade pessoal deles, da

credibilidade da clientela, da atração de novos

clientes... conseqüências naturais da força oculta e

poderosa da comunicação “boca a boca”.

Há uma crença enganosa de que a“imagem”

positiva de uma empresa pode ser criada pelo

caminho inverso, dedicando muitos recursos

135

materiais para trabalhar a aparência, os aspectos

Page 139: Pedagogia e didática.docx

externos, o prédio, a fachada, o uniforme, as

funcionárias bonitas, os móveis finos, tapetes,

cortinas...

Porém, percebe-se depois de um tempo, que apesar

do impacto inicial das aparências, o interesse e

entusiasmo dos funcionários, a produtividade

deles, a atração de novos clientes, não melhorou.

Procura-se então, enganosamente, novos atrativos

externos como publicidade, impressos diferentes,

novo logotipo...

É essencial ter consciência de que os aspectos

externos devem ser sempre os complementos do

ambiente interno. Devem nascer como

consequência do ambiente psicológico, de todo o

pessoal interno, do “vestir a camisa” da empresa.

Atividade Pedagógica

Pedagogos Empresariais especializados em

mudanças de comportamento e no

desenvolvimento de relações humanas sabem que

é imprescindível realizar antes de tudo, muitas

atividades estimulantes de emoções positivas com

o pessoal que compõe a empresa, diretores e

funcionários e com os que se relacionam com a ela

externamente... fornecedores, clientes...

136

Essas atividades devem enfocar três aspectos:

Conhecimento da empresa onde trabalha e

seus objetivos sociais.

O bem estar dos funcionários.

A atividade ou tarefa profissional e a

responsabilidade de cada funcionário

dentro da empresa para que ela alcance

suas metas e objetivos.

O caminho mais seguro na construção da

“imagem” positiva da empresa, tão sonhada pelo

seu empresário é utilizar a força poderosa da

comunicação e relacionamento amável com as

Page 140: Pedagogia e didática.docx

pessoas que estão, direta ou indiretamente,

participando da Empresa, clientes internos e

externos, estimulando os sentimentos agradáveis e

entusiastas, formando a sua opinião positiva.

Programar e organizar vários treinamentos,

reuniões festivas, eventos para as famílias,

passeios, excursões, feiras, benefícios, etc...

Criar grandes murais nas áreas de circulação,

ressaltando os aspectos positivos com fotos:

das várias atividades profissionais e

recreativas,

137

das qualidades dos funcionários, que

merecem reconhecimento, muitas vezes

desapercebidos, pela própria empresa e

pelos seus colegas,

etc...

É fundamental lembrar que todas as pessoas

humanas, sem exceção, possuem qualidade. Ao

investir no desenvolvimento da qualidade e da

satisfação dos funcionários, todos saem ganhando.

É a Vitória do “jogo do ganha-ganha” através do

marketing do “boca a boca”.

A força da amizade na empresa

Sabemos que pessoas unidas pelo sentimento da

amizade constituem uma força “mágica”

invencível.

Se a Empresa conseguir desenvolver nos seus

participantes a força da amizade, raramente

passará por problemas de difícil solução.

“Amizade é um sentimento fiel de afeição,

138

simpatia, estima, ternura e camaradagem

entre pessoas que geralmente não são

ligadas por laços da família nem por

atração sexual”. Aurélio

Estou convencida pelos resultados das inúmeras

Page 141: Pedagogia e didática.docx

pesquisas, de que os estímulos ao desenvolvimento

do sentimento da amizade entre os participantes de

uma Empresa, de um grupo social ou de uma

família, num programa de ação perseverante, são o

segredo para que ela consiga naturalmente atingir

seus objetivos e vencer suas dificuldades.

Quando conseguimos sentir e viver a Amizade:

Floresce naturalmente o entendimento, a

concordância, a compreensão e a

fraternidade no relacionamento humano.

Diminui sensivelmente a acusação, a

disputa, a condenação, a discordância, os

desentendimentos.

Melhora muito a qualidade do ambiente

porque nasce a benevolência e a bondade

e... Como conseqüência natural, aumenta a

produtividade e nasce a prosperidade

permanente.

139

Atividade Pedagógica

Para atingirmos o ideal da Amizade, todas as ações

devem ser dirigidas para programas recreativos

que reunam todos os funcionários da Empresa, se

possível com as famílias, desde os diretores até

porteiros e vigias...

Essas reuniões deverão incentivar e estimular o

relacionamento entre as pessoas, num ambiente

recreativo de descontração, (nunca de tensão ou

qualquer outro tipo de pressão), sempre enfocando

a natureza alegre do ser humano e desenvolvendo

a compreensão principalmente em relação a dois

aspectos:

À igualdade das necessidades emocionais e

motivações em todas as pessoas

O conhecimento sobre o desenvolvimento

Page 142: Pedagogia e didática.docx

da força da vontade, do “querer é poder”,

na realização dos sonhos pessoais.

Essas reuniões com atividades recreativas

relaxantes são os maiores estimulantes do

relacionamento humano harmônico e

especialmente eficazes para a construção e o

cultivo da Amizade.

140

Algumas sugestões já experimentadas:

Cerimônias religiosas ecumênicas

Atividades físicas e esportivas

Atividades artísticas com música

instrumental e canto coral

Coquetéis

Churrascos

Palestras de desenvolvimento pessoal

Sessão de Filmes

Passeios

Reuniões festivas de comemoração

Feiras e Exposições

etc...

141

A produtividade aumenta,

estimulando a recreação.

Produtividade é a faculdade inata da pessoa

humana ser produtiva, isto é, de ser rendosa, ser

proveitosa, ser criativa, ser elaboradora e ser

realizadora em tudo que sabe fazer.

Nas pequenas tarefas e até nas grandes, somos

Page 143: Pedagogia e didática.docx

naturalmente produtivos, desde que aprendamos a

executá-las. É muito bom saber que já nascemos

assim e, portanto não precisamos aprender

produtividade, mas sim, desenvolvê-la.

Já está comprovado que a nossa produtividade é

diretamente proporcional ao nosso estado de

alegria e satisfação. Quanto mais alegres somos,

mais produtivos somos. E ser alegre é o natural da

pessoa humana.

Recreação (re-crear-ação) é a “ação de criar de

novo” o nosso estado natural de alegria, quandosaímos dele por algum motivo. É a ação

educativa

por excelência.

Recreação é toda atividade que diverte ou entretém

as pessoas em participação ativa, pelo bem estar,

pela livre escolha, pela espontaneidade e liberdade.

A recreação tem força propulsora de estímulo à

142

formação da personalidade integral e tem

influência positiva sobre o funcionamento do

cérebro e do sistema imunológico. Contribui,

portanto, para o aperfeiçoamento total,

aproximando mais, a pessoa humana do Criador.

A recreação dá à pessoa humana, um corpo mais

preparado para obedecer aos seus comandos e

possibilita o desenvolvimento da vitalidade, no

aspecto físico e consequentemente mental e

espiritual.

Como a recreação utiliza a “Energia Vital” que

emana do nosso interior, é capaz de desbloquear a

nossa alegria e desenvolver a nossa auto-estima.

Atividade Pedagógica

Incentivar e estimular a Recreação

Provocar o prazer por atividades recreativas em

todas as pessoas, através da montagem de

ambientes recreativos.

Esse estímulo deve atingir principalmente aquelas

pessoas, que por ignorância, consideram a

recreação como atividade de vagabundos e

desocupados,

Page 144: Pedagogia e didática.docx

143

As atividades recreativas estão reunidas em três

grandes grupos:

Atividades Religiosas

As Atividades Artísticas

As Atividades Físicas e Esportivas

Nas Atividades Religiosas, estão todas as

atividades que fazem a re-ligação do nosso

pensamento com o Criador, através de cerimônias

religiosas, palestras, reuniões religiosas, grupos de

oração, etc...(durante pelo menos 20 minutos por

dia). Todas as atividades religiosas eliminam o

medo, as preocupações, as tensões e recriam o

estado de confiança e alegria.

Nas Atividades Artísticas, estão as atividades que

exaltam o “Belo”, em todas as suas manifestações:

-Música -Canto -Dança - Artesanato... (durante

60 minutos diários) As experiências têm

comprovado, a sua eficiência na transformação

positiva do estado emocional das pessoas e pelas

facilidades de realização.

Nas Atividades Físicas e Esportivas, estão as

atividades que trabalham o corpo físico das

pessoas com movimentos alongamentos e

musculação.

144

A caminhada feita ao ar livre, diariamente, em

ritmo de marcha, (se possível com música) pelos

menos durante 30 minutos diários, promove

excelente equilíbrio físico e mental, ajuda a

eliminar as tensões do estresse ligadas ao medo e

às preocupações, proporciona alegria, estimula a

produtividade e o funcionamento do sistema

imunológico.

Os poderes da alegria natural

A Alegria Natural é a força “poderosa” que a

pessoa humana precisa para ter excelente

Page 145: Pedagogia e didática.docx

qualidade de vida.

A Alegria Natural equilibra nosso estado

emocional e físico, amplia nossos sentimentos

construtivos -compreensão, boa vontade, paz,

paciência, otimismo... e elimina nossos

sentimentos destrutivos -raiva, ressentimento,

ciúmes, vingança, medo, preocupação...

A Alegria Natural proporciona mais vitalidade e

saúde em todos os aspectos e relacionamentos

humanos agradáveis.

145

Descobertas da PNI -Psiconeuroimunologia ciência

criadora da Terapia do Riso, que estuda a

influência dos pensamentos e emoções no

desempenho do sistema imunológico, mostra que o

riso é a expressão (pressão para fora) da nossa

alegria natural, estimula o cérebro a liberar

hormônios benéficos, como as endorfinas, que

estimulam o fortalecimento do sistema

imunológico, anestesiam as dores, promovem total

oxigenação, relaxamento e bem estar...

Em estado de Alegria Natural, nós conseguimos

realizar nossas atividades com mais, eficiência e

rapidez. A nossa produtividade, nossa faculdade

inata de sermos rendosos, proveitosos, criativos,

elaboradores e realizadores, atinge alto nível. Tudo

que fazemos dá certo quando somos alegres.

Atualmente, as empresas mais evoluídas

empenham-se em cultivar um ambiente

empresarial alegre para conseguirem melhores

resultados na produtividade dos funcionários.

Atividades Pedagógicas

Criar oportunidades para a prática de exercícios

especiais que desenvolvem e mantém o nosso

estado de Alegria Natural.

146

Algumas sugestões:

Treino do Riso -William James, um dos mais

famosos psicólogos norte americanos, descobriu

que “podemos desenvolver e manter o estado de

Page 146: Pedagogia e didática.docx

alegria natural, se praticarmos conscientemente,

de propósito, o riso constante, construindo assim,

o hábito de sorrir sempre”. Não precisamos

depender de motivos ou estímulos externos para

sentir Alegria Natural. Ela já está em nós. Ele

aconselha que “procuremos rir sempre e quanto

mais triste estivermos, para nos mantermos

alegres e equilibrados”, porque o riso é o

poderoso energético restaurador do desgaste

físico e mental.

Nunca devemos nos deixar dominar pela tristeza,

que enfraquece a nossa energia vital e provoca

estresse. A Terapia do Riso comprova

cientificamente que “Rir é o melhor remédio”

mesmo. Hoje ela é aplicada amplamente em

hospitais para acelerar o sistema imunológico e a

cura dos pacientes.

Como praticar -Respirar profundamente e ao

expirar, rir em gargalhadas (com som ou sem

som). Repetir no mínimo 5 vezes.

Novamente insisto na prática da Recreação...

Atividades Religiosas -São aquelas que

147

promovem a re-ligação do nosso pensamento com

o Pai Criador. Quando praticadas diariamente na

empresa eliminam o medo e criam paz de espírito,

coragem, segurança, fé, tranqüilidade,

despreocupação e conseqüente Alegria Natural de

viver.

Como praticar -Com todos os funcionários

reunidos, fazer orações faladas ou cantadas,

leituras da Bíblia, meditações com comentários,

durante 20 a 30 minutos diariamente.

Atividades Físicas e Esportivas -São todas as

atividades físicas que movimentam e exercitam o

nosso corpo, equilibram a nossa respiração e

circulação sanguinea, a nossa musculatura, o nosso

cérebro, o nosso organismo...estimulam o

relaxamento, o bem estar... desbloqueiam a Alegria

Natural.

Page 147: Pedagogia e didática.docx

A vida sedentária acumula muita pressão e tensão estresse

-e muitos pensamentos e emoções

destrutivas. Vários Administradores de Cidades

que estão proporcionando à população, grande

quantidade de atividades físicas e esportivas

orientadas e dirigidas, estão conseguindo diminuir

e chegam até a eliminar admiravelmente a

criminalidade e a violência, consequências de

pensamentos e emoções destrutivas.

148

Como praticar -Organizar caminhadas ao ar livre,

dança, ginástica, bicicleta, natação, jardinagem,

etc... durante pelo menos 30 minutos diários

Atividades Artísticas -São todas aquelas que

promovem a ligação e exaltação do Belo em todas

as coisas e em todos os lugares. Têm força

equilibradora e, por isso conseguem com eficácia,

promover o desbloqueio da Alegria Natural e

descarregar tensões e emoções destrutivas.

“Quem canta, seus males espanta” -Já está

comprovado cientificamente por experiências em

inúmeras empresas e instituições do mundo que a

produtividade pessoal e a atmosfera do ambiente

melhoram muito depois de organização de

conjuntos de canto-coral com os seus

colaboradores. Essas instituições conseguem

aumentar de maneira “mágica”, a amizade, a

Alegria Natural e a produtividade...

Em empresas de origem oriental, são praticadas

com muita frequência as atividades relacionadas

com a música - o Belo dos sons.

Como praticar-Organizar grupos para cantar e

assobiar canções alegres, ouvir música, dançar,

tocar instrumentos musicais...Fazer artesanatos...

A prática de atividades artísticas faz parte da vida

das pessoas mais bem sucedidas.

149

Aumentando continuamente as

vendas

Pensando bem...

Page 148: Pedagogia e didática.docx

– A empresa não existe, sem clientes. É claro!

– A empresa cresce quando aumenta o número declientes. É claro!

– O número de clientes aumenta quando as vendasaumentam. É claro!

– E para aumentar continuamente as vendas?

Quando os dirigentes de uma empresa, têm a

consciência de que os clientes são a razão da sua

existência -tanto clientes externos, como clientes

internos -assumem com empenho o dever de

oferecer aos seus participantes e colaboradores,

melhor formação, atualização de conhecimentos e

treinamentos contínuos nas ações para uma

qualidade total do Atendimento. Oferecem assim,

vários estímulos que atuam no desbloqueio e

desenvolvimento da produtividade pessoal.

150

Os funcionários precisam saber para lembrar

sempre que:

Todos nós também somos clientes e que quando

fazemos compras, não estamos tão necessitados do

objeto da compra, mas sim, em satisfazer com

aquele objeto, as nossas necessidades naturais

psicológicas ou fisiológicas e atingir as nossas

motivações. Porque o objeto da compra sempre

significa “algo mais” profundo e mais forte...a

satisfação de uma necessidade...de uma carência.

Para isso, é indispensável que o conhecimento das

necessidades naturais (psicológicas e fisiológicas)

e motivações do ser humano sejam conhecidas e

ensinadas, como condição básica, para qualquer

funcionário ser bem sucedido no seu trabalho e no

relacionamento com as pessoas (vendas,

atendimento, família, amigos...).

Saber que todos nós buscamos a todo custo a

satisfação das nossas necessidades naturais de

alimento, de líquido, de sono, de atividade, de

abrigo e temperatura, de afeto, de ser aceito, de

aprovação social, de independência, de

realização... e principalmente de auto-estima.

Saber que todos temos uma grande motivação na

vida, -o desejo de felicidade -e que para atingí-la,

Page 149: Pedagogia e didática.docx

criamos outras motivações, como desejo de saúde,

151

desejo de riqueza e desejo de sucesso.

É imprescindível que todos os funcionários da

empresa, sem exceção, participem dos

treinamentos e das atividades de formação e

desenvolvimento profissional, para um excelente

atendimento. Porque está provado e comprovado

que somente “o ótimo atendimento é que vende

cada vez mais”. É o grande segredos do sucesso de

uma empresa.

Atividades Pedagógicas

Promover treinamentos que proporcionem a todos

participantes da empresa:

1.

Conhecimentos sobre o comportamento

humano, necessários para vencerem as

dificuldades da vida pessoal, da vida

profissional, e da vida social.

2.

Conhecimentos detalhados sobre a empresa

onde trabalham e sobre o seu produto.

3.

Conhecimentos que ajudem no bom

desempenho de suas funções e tarefas... E,

a melhorarem as técnicas específicas do seu

trabalho.

152

4.

Oportunidades de ampliarem o

relacionamento humano e o círculo de

amizade.

Nessas atividades de formação e treinamento,

deve-se praticar muitos exercícios de simulação

de:

Um “Atendimento excelente”.

“Vendas bem sucedidas”.

Page 150: Pedagogia e didática.docx

‘‘Relacionamento com os colegas de

trabalho”...

Todos esses conhecimentos desenvolvem

seguramente a arte de vender qualquer coisa produtos,

serviços ou idéias -e favorecem

admiravelmente o aumento do número de clientes.

São Treinamentos para o desenvolvimento da

Qualidade Total do Atendimento ao Cliente.

“Por favor, preste mais atenção”

A pessoa atenciosa tem personalidade atraente e

153

afetuosa porque é competente e capaz de dar

atenção aos outros. Sempre é muito querida nos

grupos em que convive porque sempre supera as

expectativas. Surpreende a todos com atitudes

agradáveis e inesperadas... momentos mágicos.

A pessoa atenciosa já descobriu, que o tempo

dedicado à dar atenção aos outros, é um

investimento espetacular. Foi treinando muito que

aprendeu a ouvir as pessoas atenciosamente. Com

isso, a sua capacidade de concentrar a atenção foi

ampliada, até para outros tipos de atividade.

Todos nós sentimos a nossa necessidade de afeto

satisfeita, através da atenção que recebemos das

pessoas.

É profundamente decepcionante a insatisfação que

sentimos quando temos algo importante para

contar ou perguntar a alguém (chefe, pai, mãe,

esposa, marido, amigo, colega de trabalho...) e esse

alguém, nem sequer olha para nós, continua

fazendo o que está fazendo, sai andando... dizendo

que “escuta com o ouvido e não com os olhos”.

São as pessoas tipicamente desatenciosas.

A Psicologia Educacional ensina que a insatisfação

que sentimos com a falta de atenção dos outros é

um sentimento de frustração afetiva. Normalmente

iniciada na infância quando o adulto, que é

154

importante para nós “não tem tempo”, de nos dar

atenção, ouvir nossas perguntas, ajudar a resolver

Page 151: Pedagogia e didática.docx

nossas dúvidas e ansiedades, tão naturais e

freqüentes durante a vida.

A Psicologia Educacional ensina ainda, que as

pessoas desatenciosas, por terem sentido ausência

de atenção na infância, inconscientemente repetem

o mesmo comportamento desatencioso. São

justamente essas pessoas que mais exigem atenção

especial dos outros, quando chegam a algum lugar

e quando estão falando. E, se não forem o centro

das atenções fogem dos relacionamentos ou são

agressivas Não percebem, que tem com as pessoas,

a mesma atitude que detestam nos outros. Projetam

a sua “sombra”. Como não receberam atenção, não

aprenderam a dar.

Dificilmente as pessoas desatenciosas são bem

sucedidas nos relacionamentos humanos, são

agressivas, tem poucos amigos, e sentem muita

rejeição. Vivem frustradas.

O segredo para a solução definitiva dessas

dificuldades está nos treinamentos contínuos da

prática da “Lei de Ouro”.

A Lei de Ouro é bíblica e universal, escrita

também em vários livros sagrados e inúmeros

livros de comportamento humano.

155

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens

vos façam, assim fazei-o vós também a

eles; porque esta é a LEI”. Mateus 7, 12.

(“Lei de Ouro”)

Atividade Pedagógica

Treinamentos servem para mudar a nossa vida para

melhor.

-Organizar treinamentos com a prática da “Lei de

Ouro” para conseguir a consciência das

desatenções e as mudanças nas atitudes e

comportamentos.

Esses treinamentos devem simular repetidamente

diversas situações de relacionamento humano em

que procuramos...

Page 152: Pedagogia e didática.docx

Ouvir as pessoas com atenção, evitando

interrompê-las.

Ouvir alguém relatar uma história, um

acontecimento... com muitos detalhes...

sem interrompe-la.

Ouvir as queixas de uma pessoa... etc.

156

Experimente. O resultado é surpreendente.

Nesse tipo de treinamento percebemos que é dando

atenção às pessoas que recebemos muita atenção

delas... além do esperado. Somos estimulados a

continuar sempre e com maior perfeição sentir o

prazer de ouvir e dar atenção aos outros e de

experimentar ser bem sucedidos nos

relacionamentos, dentro e fora de casa.

Treinando assim, conseguimos facilmente superar

nossa frustração afetiva, mesmo que na nossa

infância, tenhamos sentido ausência de atenção.

Elogiar é descobrir talentos

escondidos

Elogiar é enaltecer, elevar, exaltar as qualidades

humanas para as próprias pessoas humanas.

A maioria de nós reconhece inúmeras qualidades

no cônjuge, nos filhos, nos colegas de trabalho, nos

amigos e em si mesmo e não aprendeu, e por isso

não sabe, como expressá-las.

Essa dificuldade nossa, vem do hábito educacional,

157

muito antigo, de exaltar somente o que está errado,

o defeito, o que não deu certo, os fracassos...

Hábito que gera inúmeras dificuldades de

insegurança emocional, interferindo negativamente

na nossa vida pessoal e profissional com o

“drama” da auto-rejeição (eu não gosto de mim).

Tantas vezes nos ressentimos da ausência de

reconhecimento das pessoas queridas. Esperamos

tanto receber elogios delas, porém, não sabemos

elogiar. Não sabemos ajudar as outras pessoas a

Page 153: Pedagogia e didática.docx

ficarem mais seguras, e “convencidas” das próprias

qualidades. Por isso, também não somos ajudados,

não recebemos elogios.

Existem treinamentos para pessoas que estão em

atividades de liderança -pais, diretores, gerentes,

professores, administradores... que ensinam a

“Prática do Elogio”.

Está comprovado que o elogio alivia o sentimento

de frustração, satisfaz a necessidade natural de

aprovação social, diminui a agressividade e o

isolamento e desenvolve a auto-estima e a

produtividade.

Parece incrível, mas precisamos treinar, para

conseguirmos dar aos outros, algo que tanto

desejamos receber.

Nas experiências realizadas nos treinamentos com

158

elogios, o que surpreende é que a pessoa elogiada

em apenas uma qualidade, passa a manifestá-la

juntamente com outras qualidades. A força do

elogio é tão intensa, que parece extrair do interior

da pessoa, a qualidade exaltada e outras que

estavam “escondidas”.

Inúmeras vezes, essas qualidades permanecem

“escondidas”, porque nunca foram focalizadas.

Muitos talentos estão sendo descobertos nas

empresas, nas escolas, e nos trabalhos

voluntários... Com a “Prática do Elogio”.

O “Treino do Elogio”, isto é, a repetição dessa

conduta está fundamentada na “Lei de Ouro” das

relações humanas:

“Tudo aquilo, portanto, que quereis que os

homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois

esta é a Lei”. Mateus 7, 12.

Esse treinamento promove mudanças admiráveis

no ambiente empresarial. Desenvolve a auto-

estima e elimina a destrutiva auto-rejeição que

bloqueia a capacidade inata de produzir.

Além disso... Otimiza o relacionamento humano

na vida cotidiana, porque o “Treino do Elogio”

Page 154: Pedagogia e didática.docx

desenvolve a nossa capacidade de reconhecer

qualidades nas pessoas da nossa convivência e

aprender a expressar diretamente a elas o que

159

verdadeiramente reconhecemos.

Atividade Pedagógica

O Pedagogo Empresarial promove reuniões

especiais para o “Treino do Elogio”. Para isso deve

criar um clima favorável no ambiente explicando

antes, os fundamentos da força do elogio e seus

efeitos benéficos no desenvolvimento da

produtividade. Deve deixar claro que esse treino

tem a função de criar nos participantes, o hábito de

procurar reconhecer qualidades nas pessoas e

expressá-las diretamente a elas.

Pode-se dispor as pessoas em círculos, em duplas...

ou uma de cada vez na frente do grupo, para

elogiar alguém.

Atenção -Nunca podemos mentir quando

elogiamos porque a falsidade é percebida

claramente pelas pessoas.

O “Treino do Elogio“ gera a “Prática do Elogio” e

traz retornos maravilhosos para todos.

160

“Não foi isso que eu quis dizer...”

Dificuldade de comunicação

As dificuldades de comunicação entre as pessoas,

não são falta de amor ou de compreensão. Elas

aparecem, quase diariamente na vida conjugal, no

trabalho, na família, nas amizades... Afinal,

estamos nos comunicando o tempo todo, em todos

os lugares, com muitas pessoas, mesmo que não

estejamos falando.

Nos comunicamos de inúmeras maneiras: com

gestos, expressão facial, expressão corporal,

aparência, silêncio, entonações... e com palavras.

A comunicação entre as pessoas é uma “arte”, (e

uma ciência), fácil de aprender e praticar, se

soubermos como funciona.

Afinal... Temos muita necessidade de compreender

Page 155: Pedagogia e didática.docx

e sermos compreendidos... Precisamos viver em

harmonia para nos sentirmos bem conosco... E é

somente quando estamos bem conosco, que tudo o

que fazemos dá certo.

Aprendendo sobre o processo da comunicação

entre as pessoas conseguimos viver mais

harmoniosamente e estamos nos proporcionando

maior desenvolvimento.

161

No processo de comunicação, há 4 componentes:

1.

Mensagem (aquilo que deve ser

comunicado)

2.

Emissor (quem envia a mensagem).

3.

Receptor (quem deve receber bem a

mensagem)

4.

Ruídos (tudo que interfere ou causa

distorção na comunicação clara da

mensagem).

Se a mensagem enviada pelo emissor, foi bem

recebida pelo receptor, houve bom entendimento e

compreensão, sem distorções... a comunicação foi

harmônica, sem “ruídos”. Então, houve

comunicação propriamente dita.

Se isso não acontece, a mensagem foi distorcida e

incompreendida... não houve comunicação

propriamente dita. Houve “ruídos” na

comunicação.

Conseguimos melhorar muito as nossas relações

com as pessoas, entendê-las melhor e sermos

entendidos por elas, evitando situações graves de

incompreensão, reconhecendo o quanto e como os

“ruídos” dificultam as nossas relações pessoais.

162

Há inúmeros “ruídos” que interferem na nossa

comunicação, causando desentendimentos graves,

muitas vezes atrapalhando a nossa convivência.

Page 156: Pedagogia e didática.docx

Vejamos alguns...

Emoções negativas -quando emitimos ou

recebemos mensagens de maneira

agressiva, antipática, com desinteresse,

com desprezo... sempre quando não

estamos felizes conosco.

Idiomas diferentes -que impedem

totalmente a compreensão da mensagem.

Linguagem confusa -quando usamos

palavras e termos desconhecidos ou pouco

usados... com falta de palavras, deixando a

mensagem incompleta... difícil de entender.

Diferença de significados -quando uma

mesma palavra, um gesto ou um objeto,

traz as lembranças e experiências negativas

do passado, distorcendo o seu significado.

Deficiências físicas -surdez, mudez,

cegueira...

Gestos desagradáveis -quando eles

163

simbolizam imagens ou conceitos

negativos, ofensivos e agressivos.

Valores diferentes -quando os usos,

costumes e valores morais adquiridos em

sociedades diferentes interferem nas

expressões verbais e não verbais.

Outros ruídos que você já detectou...

Os participantes da empresa, devem saber que os

conhecimentos sobre comunicação humana,

promovem a compreensão entre as pessoas,

proporcionando uma vida mais serena, mais

tranqüila, mais feliz...e produtiva.

Page 157: Pedagogia e didática.docx

Atividade Pedagógica

Lembre-se sempre da Regra Básica: “Conversando

a gente se entende”

Realizar treinamentos com encenações simulando

situações de relações humanas difíceis, com vários

“ruídos”, convencendo a todos que, cada vez mais,

devemos nos explicar e nos desculpar uns aos

outros, pelos mal entendidos.

– “O que foi que você entendeu?”

164

– “Não foi isso que eu quis dizer”

– “Diga-me porque que eu ofendi.”

Na maioria das vezes os problemas de

desentendimentos são apenas de “ruídos” na

comunicação.

“Isso é falta de ética”

É freqüente ouvirmos comentários, sobre atitudes

desagradáveis de colegas, parentes e amigos, com

a expressão:

– “Isso é falta de ética.”

Mas, o que será Ética?

“ÉTICA é o estudo dos juízos de

apreciação, referentes à conduta humana,

suscetível de qualificação do ponto de vista

do bem e do mal, seja relativamente a

determinada sociedade, seja de modo

absoluto”. Aurélio

A Ética então, nos apresenta resultados de estudos

165

da conduta humana positiva ou negativa, com as

respectivas conseqüências para o bem ou para o

mal, em curto ou longo prazo.

Assim como a Lei da Gravidade é irrevogável e

funciona em todo o planeta, do qual somos parte,

assim também relembramos mais uma vez, mais

uma delas, a “Lei de Ouro”.

Tudo quanto, pois, quereis que os homens

vos façam, assim fazei-o vós também a

eles; pois esta é A Lei.” Mateus 7, 12.

Relatórios de grandes empresas internacionais de

Page 158: Pedagogia e didática.docx

Consultoria Empresarial comprovam que as

condutas Anti-Éticas, aquelas que lesam e

prejudicam as pessoas humanas (mentiras,

corrupção, roubo, fraudes, falsificações, etc. etc..)

são as causadoras dos fracassos dos

empreendimentos, das organizações e também de

profissionais, que não conseguem permanecer no

mercado, ou na sociedade, apesar da aparente

prosperidade no início de sua vida. São os efeitos

da Lei de Ouro.

Essas empresas internacionais de Consultoria

Empresarial atingiram seu grande porte, depois de

duras e sofridas experiências, concluindo que

somente condutas Éticas levam ao sucesso

duradouro e à prosperidade contínua, pessoal e

166

profissional.

A “falta de Ética”, ou a conduta anti-ética além de

condenável, é desperdício de energia, é prejudicial

e fatalmente destruidora de qualquer profissional

ou atividade organizacional, em curto ou longo

prazo. Não conseguem conduzir à vitória

permanente.

É muito conhecido um famoso “Teste de Ética”

usado por empresas vencedoras, com muito

sucesso no mundo empresarial para detectar quais

são as condutas Éticas e se nossas condutas

pessoais, profissionais e empresariais são Éticas ounão. Se forem Éticas, estaremos

assegurando nosso

sucesso e progresso duradouro, tanto pessoal como

profissional.

Atividade Pedagógica

1 - Aplicação do “Teste de Ética”

O Pedagogo Empresarial deve utilizar nos

trabalhos de orientação e seleção de funcionários,

para as diversas funções, o “Teste de Ética” e o

“Código de Ética.”

167

TESTE DE ÉTICA

(Extraído do Livro “O Poder da Administração

Page 159: Pedagogia e didática.docx

Ética” dos Consultores internacionais Kenneth

Blanchard/Norman V. Peale.)

Antes de tomar qualquer decisão você costuma

fazer as seguintes perguntas?

1.

Esta decisão é legal? (Do ponto de vista

civil, criminal e em relação à política e aos

princípios da empresa ou da profissão?).

2.

Esta decisão é imparcial? (Todos os

envolvidos serão ganhadores? Não deve

haver nenhum perdedor).

3.

Esta decisão fará me sentir moralmente

bem comigo mesmo? (Se for publicado nos

jornais? Se a minha família e meus amigos

souberem?)

Observação: Qualquer resposta negativa ou

duvidosa provocará retornos desastrosos e

destruidores, em curto ou longo prazo.

2 - Elaboração de um “Código de Ética”.

Baseado nesse teste, elaborar um “Código de

168

Ética”, obrigatório para toda a hierarquia dos

funcionários e condição de permanência na

Organização.

Cada funcionário deve tomar conhecimento do

“Código de Ética” da empresa e se comprometer

com ele no momento da sua admissão, assinando

um documento de “Adesão e Obediência”.

Podemos anular o “stress”

“stress” ou estresse significa, pressão. É resultado

de um processo mental.

Enganosamente, costumamos usar o termo “stress”

ou estresse para indicar que estamos apresentando

desequilíbrios orgânicos, provenientes do excesso

de trabalho.

Porém, na verdade, é um processo mental, com

excesso de pensamentos, sentimentos e

imaginações de -medos e preocupações

Page 160: Pedagogia e didática.docx

constantes,-que depois de repetido durante um

bom tempo, passa a se manifestar como

desequilíbrio orgânico.

169

As preocupações são “ocupações mentais

antecipadas com algo que não aconteceu”.

As preocupações são compostas de pensamentos,

sentimentos e imaginações de combate, de

discórdia, de “guerra”, de resistência diante das

pressões “negativas” comuns, que todos nós

recebemos no dia a dia da nossa vida.

Estudos sobre o comportamento humano mostram

que 99% das nossas preocupações não acontecem.

São desperdícios da nossa energia vital.

Está comprovado que o trabalho realizado e as

ocupações produtivas não causam “stress” ou

pressão e sim canalizam e aliviam as pressões.

A Sabedoria Oriental ensina, que devemos

enfrentar as dificuldades da vida, imitando os

bambus durante os vendavais. Eles não quebram,

como as outras árvores, porque se curvam, durante

o vendaval... deixam ele passar e continuam em

pé, vitoriosos.

Como as leis da física, valem também para a

metafísica, sabemos que, a pressão exercida sobre

alguma coisa é sempre maior, quanto maior

resistência se impuser a ela. Assim, as pressões

mentais, o “stress”, terão mais força sobre nós,

quanto mais rígidos permanecermos em relação a

elas, com pensamentos e sentimentos de combate,

170

de luta, de discórdia, de medo, de resistência.

Sem combater nem resistir contra as dificuldades,

o “stress”, e as pressões são anuladas rapidamente.

É mais fácil do que imaginamos.

É imprescindível saber, que os acontecimentos

chamados “negativos” são sensores automáticos,

avisando que devemos mudar alguma coisa -as

nossas atitudes, o nosso modo de pensar, a nossa

direção... e corrigir nossa trajetória.

Page 161: Pedagogia e didática.docx

Quando compreendemos a função deles, de

“negativos” transformam-se em positivos e

passamos a sentir gratidão por eles, pois estão

procurando evitar a repetição dos mesmos erros no

caminho da nossa vida.

Então, a sabedoria do vencedor está na obediência

à “Lei da não resistência”. A Lei da Vitória.

O treinamento da não-resistência pode facilmente

anular a pressão mental, o “stress”.

A não resistência, é conseguida com o uso da força

e o poder admirável dos pensamentos de gratidão,

de compreensão e aceitação, na transformação e na

solução das dificuldades da vida. O interessante é

que ao agradecer as dificuldades elas desaparecem.

171

Atividade Pedagógica

Nos treinamentos, o Pedagogo Empresarial deve

procurar tranqüilizar as pessoas, mostrando que se

não impusermos resistência às pressões mentais de

medo e preocupação, deixarmos que elas passem,

como fazem os bambus diante dos vendavais, elas

forçosamente enfraquecerão e desaparecerão

diante da nossa flexibilidade.

Treinar a gratidão pelas dificuldades através da

repetição, compreendendo o porquê das

preocupações e dos medos, e reconhecendo a

necessidade da mudança da nossa trajetória, logo

estaremos reagindo automaticamente diante de

todas as dificuldades e a “Lei da Não Resistência”,

a “Lei da Vitória” passa a reger a nossa vida.

Comunicação Humana -Relações

Humanas e Relações Públicas

Relações Humanas -a comunicação entre as

pessoas

O processo de comunicação entre as pessoas é um

movimento de mensagens sempre em duas

172

direções, de ida e volta. Isso significa que uma

mensagem é considerada comunicada, somente

quando, quem a recebe compreende claramente

Page 162: Pedagogia e didática.docx

aquilo que está sendo emitido. Apenas emitir uma

mensagem não significa que houve comunicação.

Repetindo com mais detalhes o que já foi exposto

em páginas anteriores em “Não foi isso que eu

quis dizer”, vamos lembrar, que o processo de

comunicação envolve quatro elementos:

1. O Emissor – quem emite a mensagem

2.

A Mensagem - aquilo que é transmitido

3.

O Receptor – quem recebe a mensagem

4.

Os “Ruídos” – tudo que perturba e interfere

na comunicação

Durante a comunicação de uma mensagem, o

emissor e o receptor usam:

a linguagem verbal (palavra oral ou

escrita),

a linguagem não verbal (gestos, posições

do corpo, movimentos...)

os órgãos dos sentidos (visão, audição,

173

olfato, tato, paladar... com imagens, sons,

odores, contatos, sabores...)

Foi a percepção da presença dos “ruídos”

interferindo na comunicação entre as pessoas, que

exigiu atenção especial para tudo que distorce e

atrapalha a compreensão clara de uma mensagem.

Recapitulando, vamos lembrar os “ruídos” mais

comuns que perturbam a comunicação e

prejudicam o relacionamento humano harmonioso.

Emoções negativas – Quando o emissor ou

o receptor estão envolvidos pela

agressividade, antipatia, desinteresse,

tristeza, medo, preocupação, ansiedade,

culpa, insegurança, ressentimentos,

Page 163: Pedagogia e didática.docx

mágoas, auto-rejeição... a mensagem fica

distorcida e contaminada por essas

emoções.

Idiomas diferentes -Quando emissor e

receptor falam idiomas diferentes é

necessário um excelente tradutor e

interprete para que a mensagem seja

comunicada claramente.

Linguagem confusa – A comunicação não

acontece quando as mensagens são

emitidas com linguagem desconhecida,

174

usando palavras difíceis ou pouco usadas,

ou até com omissão ou excesso de

palavras.

Diferença de imagens e significados –

Todas as palavras que ouvimos tem para

nós, uma imagem representativa de

experiências vividas no passado. Até as

palavras mais simples tem significados

diferentes para cada pessoa. Ao emitir ou

receber uma mensagem, sempre corremos

o risco de encontrar esse tipo de “ruído”,

porque a interpretação das palavras causa

distorção da mensagem e desentendimento

entre as pessoas.

Ambiente barulhento -A emissão ou a

recepção de uma mensagem oral, ou

mesmo escrita, efetuada sem o silêncio

necessário, freqüentemente é feita com

distorções.

Sensações não verbais -São tipos de

“ruídos” que aparecem durante uma

comunicação, tanto no emissor como no

receptor, que interferem na aceitação e

Page 164: Pedagogia e didática.docx

credibilidade da mensagem: -a aparência

desagradável das pessoas, os maus odores

que sentimos, os gestos agressivos e as

sensações táteis desagradáveis que

175

percebemos, os maus sabores que

experimentamos, ... são linguagens não

verbais negativas que influenciam e

perturbam muito a emissão e a recepção da

mensagem.

Há possibilidade de surgirem outros tipos

de “ruídos” no processo de comunicação. É

bom estarmos atentos.

Os cientistas da comunicação, afirmam: “Quando

a nossa mensagem não foi compreendida

claramente, na realidade não houve comunicação.

É preciso eliminar ao máximo os 'ruídos' para que

ela aconteça. Assim conseguimos entender e

sermos entendidos.”

Relações Públicas -A comunicação entre o

público e a empresa.

No processo de comunicação entre a Empresa e o

Público também concorrem os 4 elementos acima

citados, que neste caso são:

1.

O Emissor – A Empresa

2.

A Mensagem -Os produtos da empresa, a

imagem que o público tem da empresa, a

176

credibilidade da empresa...

3.

O Receptor – O público

4.

Os “Ruídos” – Produtos de má qualidade, a

falta de ética, o atendimento sem

qualidade. a imagem negativa da empresa

perante o público...

Os piores “ruídos” nas Relações Públicas nascem

Page 165: Pedagogia e didática.docx

no ambiente interno desagradável de uma

organização, que é a causa mais forte da formação

da imagem negativa da empresa perante o público:

o descontentamento e a desarmonia entre os

funcionários, a displicência do dono, a disputa de

liderança dos dirigentes (diretores, gerentes,

chefes...), o desrespeito e o mau atendimento aos

clientes (internos e externos) e fornecedores...

As pessoas que se relacionam com uma empresa,

comentam os seus dissabores (ou suas satisfações),

em todos os lugares que freqüentam, ampliando de

maneira incomensurável a imagem, negativa (ou

positiva), que fazem dela.

São os “ruídos” que promovem os

desentendimentos e as incompreensões no

relacionamento entre as pessoas. Os estudos da

ciência da Comunicação mostram várias

providências que podem ser tomadas com sucesso,

pelo Pedagogo Empresarial, na eliminação dos

177

“ruídos”.

A principal conduta a ser cultivada nas Relações

Humanas e nas Relações Públicas é procurar todas

as possibilidades de eliminar ao máximo os

“ruídos” de comunicação nos dois campos,

Está evidente que as boas Relações Públicas são

dependentes das boas Relações Humanas.

Atividade Pedagógica

Eliminar “Ruídos”

Organizar treinamentos usando simulação de

situações de desentendimentos, que desenvolvam

nos funcionários e dirigentes os hábitos -de

perguntar quando não entendeu, -de se explicar e fazer-

se entender.

Esses treinamentos devem ter conteúdos que

abordem:

Compreensão do comportamento humano –

Treinamentos com o estudo dos

determinantes do comportamento humano,

Page 166: Pedagogia e didática.docx

(as necessidades humanas e as motivações

humanas), porque proporcionam a

178

compreensão das dificuldades das pessoas

com relação às suas frustrações interferindo

nas suas mensagens e nos seus

relacionamentos.

Empenho na qualidade da comunicação –

Com o conhecimento dos determinantes do

comportamento humano, o Pedagogo

Empresarial tem todas as condições de

elaborar treinamentos que pratiquem a

emissão de mensagens claras, que

satisfaçam as necessidades e atinjam as

motivações das pessoas, evitando os

“ruídos” já conhecidos e os resultados

desastrosos das frustrações e

incompreensões.

Capacidade de compreensão do poder

terapêutico do perdão e da compreensão Treinamentos

que desenvolvem essas duas

condutas “mágicas”, conseguem eliminar

todos os tipos de “ruídos”.

O conhecimento científico, citado acima, das

necessidades e motivações das pessoas, dados pela

Psicologia, fundamentam o poder terapêutico do

perdão.

Esse conhecimento permite que consigamos nos

colocar no lugar do outro, e sentir o sentimento do

179

outro e só então seremos capazes de evitar os

“ruídos” da comunicação nas Relações Humanas e

nas Relações Públicas.

A espiritualidade do pensamento

nas Relações Humanas

Uma coisa que nos chama atenção, até com muito

espanto, é a mudança de vida das pessoas

conhecidas que começam a freqüentar e se integrar

Page 167: Pedagogia e didática.docx

num movimento religioso ou em uma religião.

À medida que o nosso pensamento vai se

espiritualizando, o nosso coração vai mudando, a

nossa vida vai simplificando e muitas coisas, antes

consideradas importantes, tornam-se sem

importância e desinteressantes.

Passamos gradualmente a conhecer pessoas

diferentes, ler livros diferentes, passar o tempo de

maneira diferente e melhora muito a qualidade da

nossa conversa.

Todas essas mudanças vêm sempre depois da

mudança do coração e nunca antes.

180

“...as coisas antigas já passaram; eis que se

fizeram novas...” ll Corintios 5-17

Descobrimos que a opinião das outras pessoas, que

antes considerávamos importantíssima, parece

agora, sem nenhuma importância.

Os aplausos por nossos atos exteriores passam a

ter uma força muito fraca e efêmera, porque

reconhecemos que os resultados que valem a pena

são aqueles obtidos na nossa consciência.

Quando espiritualizamos nosso pensamento, a

nossa motivação mais forte, o desejo de felicidade,

começa a ser atingida. A nossa autentica natureza

religiosa de ser humano sente a atração do seu

Criador. Por isso mudamos tanto...

Atividade Pedagógica

O Pedagogo Empresarial deve organizar e realizar

atividades religiosas a serem praticadas durante,

pelo menos 20 minutos, antes do expediente...

Momentos de meditação sobre as verdades divinas

com leituras bíblicas e canções de natureza

religiosa, seguidas dos depoimentos dos

participantes em relação ao que tocou o seu

coração.

Experiências com a prática desses momentos em

181

inúmeras empresas surpreendem pela mudança

positiva da produtividade das pessoas e da

Page 168: Pedagogia e didática.docx

empresa.

A Fé nas Relações Humanas

Segurança íntima e confiança

Está comprovado que há uma coincidência em

todos os relacionamentos humanos. As pessoas que

têm fé são as mais produtivas, as que mais

progridem e conseguem grandes realizações.

Aliás, a fé é o elemento fundamental das

realizações. É a energia poderosa da concretização

dos nossos sonhos.

Em matéria de fé, vejam o que ensina o maior

“best seller” do comportamento humano, no

mundo - a Bíblia.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas

que se esperam, e uma certeza das coisas

que não se vê” Hebreus 11 –1

“Vai, e como creste te será feito”. Mateus

182

8-13

“Por que tens medo, homens de pouca

fé?” Mateus 8-26.

Existem algumas características que se repetem em

todas as pessoas de fé, que comprovam a verdade

dos ensinamentos bíblicos sobre esse

comportamento humano...

Elas são pessoas diferentes da maioria e

conseguem anular facilmente a presença do

medo, que é sintoma da ausência de fé.

Elas sabem e acreditam que toda a força e

todo poder vem somente de Deus.

Elas estão cientes da onipresença de Deus.

Sabem que Ele vive nelas e elas Nele.

Elas sabem que tudo o que acontece a elas

é sempre o melhor para elas... apesar das

aparências.

Page 169: Pedagogia e didática.docx

Elas sabem e confiam profundamente na

bondade inesgotável de Deus.

Elas são convictas da disponibilidade de

Deus para com elas.

183

Elas sentem que a vida é sempre benfazeja

e que as dificuldades são apenas “sensores

automáticos” avisando para mudar a

trajetória.

Elas conseguem sentir-se felizes em todas

as circunstâncias. Vivem intimamente

seguras e confiantes, tem atitudes serenas e

tranquilas. Vivem com a certeza da

supremacia do Bem.

Atividade Pedagógica

Exercitando a fé

Organizar vários treinamentos de 1 hora, que

ajudem os funcionários a exercitarem a fé através

da imaginação...

O filósofo e teólogo norte americano Emmet Fox,

dá excelente sugestão:

“É um grande erro lutar para produzir fé

viva dentro de si. Isso só pode resultar em

fracasso. Deve-se, isso sim, agir como se

tivesse fé. Represente (na imaginação)

repetidas vezes, o que você deseja que

aconteça, e estará expressando fé

184

verdadeira. Esta é a maneira certa de usar

a vontade de ter fé, compreendida

cientificamente”.

Todas as pessoas que experimentam, persistem e

perseveram, conseguem resultados admiráveis que

as estimulam a continuar sempre.

A Inteligência nas Relações

Humanas

Inteligência é a nossa capacidade de vencer

Page 170: Pedagogia e didática.docx

dificuldades

A Psicologia Educacional mostra com muita

clareza que “não existe pessoa burra”.

As dificuldades que uma pessoa tem de aprender

uma tarefa ou qualquer outra atividade, estão

ligadas às dificuldades daquele que deve ensiná-la.

Mesmo pessoas excepcionais com deficiência

mental ou física, conseguem aprender, se usarmos

tecnologia adequada para ensiná-las.

A solução para a questão da aprendizagem está

185

apenas na qualidade e competência de quem

ensina.

Maria Montessori, a primeira médica do Ocidente,

que foi uma educadora revolucionária na Europa,

afirmava e provava: “Se alguém não aprendeu é

porque ninguém soube ensinar”. Seus alunos,

eram crianças excepcionais, que ela os fazia

concorrer com crianças normais nos concursos

públicos, e sempre eram aprovados. Seu método,

com todo o material adequado e especial para o

ensino, criado por ela, é até hoje aplicado em

escolas de elite em todos os países e consegue,

além de ensinar, refinar as atitudes e

comportamentos dos alunos.

É bom lembrar que - Ensinar é Ciência e Arte.

Ciência, porque exige tecnologia fundamentada

nos conhecimentos de Psicologia Educacional.

Arte, porque exige capacidade de criar nas

pessoas, sensações e estados de espírito que levem

a uma mudança desejável e duradoura de

comportamento, isto é, à aprendizagem.

Ensinar é, acima de tudo, relacionamento humano

sincero e emotivo.

186

Ensinar exige amor, dedicação e entusiasmo de

quem ensina, seja onde for -no trabalho, na

família, na escola - em qualquer lugar...

Sabemos que o objetivo de qualquer ensino sempre

é promover a manifestação de mudanças positivas

Page 171: Pedagogia e didática.docx

e duradouras no comportamento de quem aprende.

Essas mudanças são conseguidas, seguramente,

durante o processo de -ensinar - aprender... mudar,

com a atitude interior de sinceridade e doação, de

quem ensina.

Além disso, essas mudanças por aprendizagem

como resultado do ensino exigem condições

indispensáveis...

A personalidade otimista e entusiasta de

quem ensina,

O ambiente agradável e alegre do local,

O conhecimento profundo a respeito do

assunto a ser ensinado.

Na ausência dessas condições, as pessoas não

aprendem, não por falta de inteligência, e sim,

porque não houve verdadeiramente ensino.

O objetivo principal de mudança do

187

comportamento na empresa é melhorar a

produtividade pessoal dos funcionários e

consequentemente da empresa.

Atividade Pedagógica

Ao organizar os treinamentos o Pedagogo

Empresarial deve criar as condições “chaves” que

favorecerão as mudanças desejáveis:

1.

Preparar um ambiente no local de

treinamento com atmosfera agradável,

alegre e aconchegante.

2.

Assegurar-se de que o monitor que

pretende ensinar tem as atitudes interiores

de -sinceridade, amor, dedicação e

entusiasmo, para que o ensino seja eficaz

nas mudanças desejáveis e duradouras.

3.

Verificar se o monitor que pretende ensinar,

Page 172: Pedagogia e didática.docx

tem conhecimento amplo do assunto.

Experimente. Sinta a satisfação e a alegria da

vitória que isso proporciona. Todos saem

ganhando.

188

A Perseverança nas Relações

Humanas

Constância e persistência

É admirável como encontramos nos

relacionamentos humanos, pessoas que nasceram

para vencer. Parece que essas pessoas “nasceram

com a estrela”, “são de muita sorte”, tudo dá certo

para elas.

Porém, é sabido que quando não conseguimos

encontrar explicações para as atitudes das pessoas

bem sucedidas, usamos com freqüência a palavra

“sorte”.

Resultados de pesquisas com pessoas

empreendedoras bem sucedidas, mostram a

existência de algumas características, que

costumamos chamar de “sorte”, e que são comuns

a todas elas:

Têm um objetivo bem definido e acreditam

nele. Sabem que a realização do objetivo

não vem imediatamente, e que um objetivo

de alto nível se concretiza com maior

rapidez. Aquele objetivo que realiza o bem-

estar de todos e que pode “curar” o mal-

estar da nossa vida e da vida das pessoas.

189

Sabem que o trabalho mental continuado é

uma ação da fé. Programam mentalmente a

realização do objetivo em detalhes escritos.

Imaginam continuamente, com detalhes, o

objetivo já realizado e persistem até que se

concretize. Sabem que a fé, a convicção e a

perseverança sempre conduz á vitória. São

Page 173: Pedagogia e didática.docx

disciplinadas e concentradas na

constância... Prosseguem, insistem e não

desistem da visualização do objetivo já

realizado, que assegura a sua

concretização.

Enfrentam os obstáculos serenamente, até

vencê-los. Sabem que a inconstância, o

desânimo, a indecisão e a desistência são

os os grandes inimigos da realização e

significam ausência de fé.

“Não pense essa pessoa que o Senhor dará

o que quer que seja a um homem que

esteja dividido e indeciso em todo o seu

proceder.” Tiago, 1,7-8.

Está evidente, que as realizações das pessoas bem

sucedidas não acontecem sem dedicação, apenas

pela simples”sorte”.

190

Atividade Pedagógica

Organizar treinamentos contínuos, de 1 hora, com

exercícios de imaginação criativa, em relação aos

desejos que se sonha realizar, baseados nos

ensinamento bíblicos sobre a fé...

“A fé é um modo de possuir desde agora o

que se espera, um meio de conhecer as

realidades que não se vêem.” Hebreus 11,1

A qualidade do pensamento nas

Relações Humanas

“Aquilo em que você pensa, cresce” – É um

ditado oriental que resume, muito bem, a lei

fundamental da mente humana sobre a força do

pensamento.

Muitas vezes nos perguntamos porque certas

pessoas têm tanto “azar” e têm tanta dificuldade de

deslanchar na vida. Quando as coisas parecem que

estão melhorando para elas, mais dificuldades

aparecem.

A explicação científica é:-“Seja bom ou mau o

191

Page 174: Pedagogia e didática.docx

assunto do nosso pensamento constante faz com

que a condição se acentue.” É uma lei básica que

abrange os ensinamentos psicológicos e

metafísicos.

Qualquer assunto que mantemos longe da nossa

mente tende a diminuir em nossa vida, porque

simplesmente, tudo enfraquece e degenera, quando

não é usado... Até o pensamento.

Quanto mais pensarmos lembrando nas coisas boas

que já tivemos, e que temos, mais coisas boas nos

virão.

Quanto mais pensarmos em nossas dificuldades ou

nas injustiças que sofremos, mais dificuldades

teremos.

É por isso que o Cristianismo através da Bíblia

ensina como promover e manter a nossa

fortaleza...

“Finalmente, irmãos, tudo o que é

verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo

o que é justo, tudo o que é puro, tudo o

que é amável, tudo o que é de boa

fama, ...seja isso o que ocupe o vosso

pensamento” Filipenses 4,8

192

Atividade Pedagógica

Organizar treinamentos com atividades que

promovam a conscientização e o reconhecimento

da qualidade (boa ou má) do pensamento constante

das pessoas.

Criar exercícios que consigam descobrir os vícios

de pensar negativamente, de reclamar, de lamentar,

de focalizar o mal... Em nós ou no outro.

Criar exercícios que ensinem a prática diária de

escrever uma relação de todos os bens já recebidos

para ler e ampliá-la todos os dias (bens espirituais,

mentais e materiais)... Essa prática promove a

formação de hábitos positivos de gratidão pela

vida, de reconhecimento do que é bom, e de

mudança de atitude interior.

Experimente. Sinta como “as coisas” mudam.

Page 175: Pedagogia e didática.docx

O Perdão nas Relações Humanas

O ano 2000 foi declarado “Ano do Perdão”.

Interessante reconhecer que a ausência de

193

conhecimentos faz com que seja importante

determinar um tempo especial para perdoar e pedir

perdão.

Existe uma lei mental irrevogável. “ Se quisermos

superar nossas dificuldades e fazer progresso em

todos os aspectos da nossa personalidade e da

nossa vida, nós temos de pedir perdão e perdoar os

outros”.

Os conhecimentos científicos mostram que

devemos perdoar todas as ofensas, das maiores às

menores, em nosso coração e não apenas com

palavras. E devemos fazer isso por nossa própria

causa, e não por causa da outra pessoa.

A Medicina avançada atualmente reconhece a

importância vital do perdão na prevenção e cura de

doenças. Talvez, para nós, não seja tão claro à

primeira vista, mas podemos ter certeza de que não

é por acaso, que todos os grandes sábios da

humanidade, até o dia de hoje, insistem muito na

prática do perdão... Sempre.

O ressentimento, o hábito de ficarmos lembrando

repetidamente o sentimento de ofendidos, a

condenação, a raiva, a vingança... São

pensamentos que corroem a nossa força vital,

portanto a nossa saúde.

Esses pensamentos re-sentidos prendem os

194

problemas a nós e em decorrência, criam uma

força de atração de muitos outros problemas

semelhantes.

Atividade Pedagógica

Organizar treinamentos com exercícios de perdão.

As técnicas que ensinam a perdoar, afirmam que

temos que perdoar o ofensor primeiro

mentalmente, até que possamos imaginá-lo em

nossa mente sem nenhum sentimento negativo.

Page 176: Pedagogia e didática.docx

Depois disso, o perdão está realmente dado e

sentiremos a reação dos efeitos benéficos,

primeiramente em nossa própria pessoa e nossa

própria vida.

É admirável que ao encontrarmos com o ofensor

posteriormente, não sentiremos mais nada de ruim.

A recomendação de trabalharmos intensamente

com a nossa mente, se baseia na dificuldade da

pessoa que ofendeu ou a ofendida não estarem

preparadas para compreender a nossa atitude

pessoal de perdão.

Experimente como a prática diária desse exercício

mental de perdão intensifica a nossa força vital.

195

A força dos gestos nas Relações

Humanas

A linguagem do corpo

Os cientistas da comunicação não-verbalista são

pesquisadores do comportamento humano, que se

dedicam a estudar as atuações não-verbais dos

seres humanos, durante um relacionamento,

através dos gestos e movimentos.

O conhecimento da linguagem do corpo é

imprescindível para se conseguir harmonia nas

relações com todas as pessoas... Esposa, marido,

filhos, secretárias, pessoal de atendimento ao

cliente, assessores, diretores, chefes, vendedores,

etc...

A grande maioria das pessoas ignora a existência

da linguagem do corpo nas relações humanas.

Ignora que o nosso corpo também “fala’.

Gestos e movimentos das mãos, dos braços, das

pernas, do olhar, posições do corpo, etc...

comunicam normalmente a verdade que as

palavras não conseguem dizer.

196

Raramente nós temos consciência de nossos gestos

e movimentos durante um relacionamento. Eles

estão sempre presentes e podem estar contando

uma história, enquanto nossa voz está contando

Page 177: Pedagogia e didática.docx

outra.

Os gestos são a linguagem do inconsciente e

dificilmente conseguimos controlá-los. As palavras

são a linguagem do consciente e podemos ter

controle sobre elas.

Para estudar a impressão forte de uma nossa

mensagem causada nas pessoas, os cientistas nãoverbalistas

apresentam resultados de pesquisas,

que medem o impacto total causado por uma

mensagem, num relacionamento:

1.

Quando a mensagem é enviada de um

emissor para um grupo de pessoas,

as palavras escritas tem um impacto de

7%,

as palavras faladas, incluindo tom de voz,

inflexões e outros sons tem um impacto de

38%,

os gestos e movimentos tem um impacto

de 55%.

2.

Quando a mensagem é enviada de um

197

emissor para um receptor, numa conversa

frente a frente,

as palavras faladas tem um impacto de

35%,

os gestos e movimentos tem um impacto

de 65%.

A maioria dos cientistas não verbalistas concordam

em 5 aspectos como resultado das pesquisas nos

seus trabalhos:

1.

A comunicação verbal usando apenas

palavras faladas ou escritas, serve apenas

para transmitir informações rápidas.

2.

Independente da cultura, as palavras os

gestos e os movimentos sempre acontecem

juntos.

Page 178: Pedagogia e didática.docx

3.

A comunicação não verbal, gestos e

movimentos, amplia o conteúdo da

mensagem verbal, harmoniza atitudes e

comportamentos entre as pessoas e

frequentemente consegue substituir a

mensagem verbal.

4.

A mentira é percebida, quando os gestos e

movimentos, a linguagem não-verbal do

corpo, não estão de acordo com as palavras

198

faladas, a linguagem verbal.

5.

As mulheres, por serem mais perceptivas,

têm mais habilidade para interpretar e

decifrar gestos e movimentos, os sinais não

verbais, e possuem olho acurado para

perceber e sentir mentiras.

Importante: O Pedagogo Empresarial deve

conhecer muito bem a linguagem não-verbal, os

sinais, o significado dos gestos e movimentos,

procurando leituras ou cursos de comunicação ou

ainda, a ajuda de um profissional de comunicação

não verbal.

Atividade Pedagógica

Organizar treinamentos com exercícios que

desenvolvam a observação dos próprios gestos e

dos gestos dos outros com a interpretação que

damos para eles.

Simulando...

situações de relacionamento no trabalho, que

focalizem especialmente a linguagem não-verbal

(gestos e movimentos) comparada com a

linguagem verbal (palavras);

199

cenas cotidianas na família, entre colegas, que

exercitem e desenvolvam a capacidade de...

observação dos próprios gestos durante o

Page 179: Pedagogia e didática.docx

relacionamento

o significado desses gestos em relação às

palavras faladas

a coerência ou incoerência das duas

linguagens... Palavras que dizem o que os

gestos e movimentos contradizem... A

constatação da mentira na comunicação.

200

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