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Conceito de pedagogia
O termo pedagogia, do grego antigo paidagogós, era
inicialmente composto por paidos (“criança”) e gogía
(“conduzir” ou “acompanhar”). Outrora, o conceito fazia
portanto referência ao escravo que levava os meninos à
escola.
Actualmente, a pedagogia é considerada como sendo
o conjunto de saberes que compete à educação enquanto
fenómeno tipicamente social e especificamente humano.
Trata-se de uma ciência aplicada de carácter psicossocial,
cujo objecto de estudo é a educação. A pedagogia recebe
influências de diversas ciências, como a psicologia, a
sociologia, a antropologia, a filosofia, a história e a
medicina, entre outras.
Em todo o caso, convém destacar que há autores para
os quais a pedagogia não é nenhuma ciência, mas antes
um saber ou uma arte.
A pedagogia pode ser categorizada segundo vários
critérios. A tendência é falar-se em pedagogia geral
(relacionada com questões universais e globais da
investigação e da acção sobre a educação) ou em
pedagogias específicas (que têm sistematizado um
diferente corpo do conhecimento em função de diversas
realidades históricas vividas). Também há que distinguir a
pedagogia tradicional da pedagogia contemporânea.
É importante distinguir a pedagogia como sendo a
ciência que estuda a educação e a didáctica como sendo a
disciplina ou o conjunto de técnicas que facilitam a
aprendizagem. Como tal, pode-se dizer que a didáctica é
apenas uma disciplina dentro da pedagogia.
A pedagogia também tem sido relacionada com a
andragogia, a disciplina educativa que se encarrega de
instruir e educar permanentemente o homem em qualquer
período do seu desenvolvimento e em função da sua vida
cultural e social.
Pedagogia
Inicialmente, tomemos conhecimento da etimologia da palavra
pedagogia que vem de paidos (crianc a) e agode (conduc ão), assim
paidagogos era o escravo responsável por conduzir a crianc a até o
conhecimento – a escola. Os primeiros estudos acerca da pedagogia
questionaram “como e o que é melhor ensinar?”, considerando que o
homem passa a ser visto como um agente de transformac ão, livre
para pensar, assim como a reflexão e o pensamento crítico passam a
embasar os estudos inerentes à educac ão.
No que tange a tradic ão grega, temos quatro tipos de
educac ão, a saber: homerica que prezava a família, a moral e cívica
e a formac ão corte s do nobre; espartana que visava formar soldados
e cidadãos leais; ateniense que considerava importante a família, o
Estado, a escola e, sobretudo, a formac ão intelectual; e por fim a
helenistica que defendia a universalizac ão da cultura, os aspectos
intelectuais e a memorizac ão.
Os principais educadores gregos foram Socrates, considerado
o grande educador da história, Platao e Aristoteles. O primeiro,
respectivamente, era um filósofo ateniense que reunia as pessoas em
prac a publica informalmente. Já o segundo, Platão, foi discípulo de
Sócrates e propo s uma reflexão pedagógica vinculada à política,
ocupando-se de temas como ética, metafísica, Teoria do
Conhecimento e Política. Este filósofo ministrava suas aulas em
ginásios, chamados de Academia. Por ultimo, Aristóteles, discípulo de
Platão, ministrava suas aulas no Liceu e tinha uma teoria pedagógica
mais voltada para a realidade, o devir e as causas, ao contrário de
seu mestre que era muito idealista.
É necessário compreender os primeiros estudos referentes às
práticas educativas para então refletir sobre as práticas atuais. “A
história [da Pedagogia e da Educac ão] não é portanto um simples
olhar deitado sobre o passado; pode ser uma das ferramentas
poderosas da compreensão do presente e pertence deste modo de
direito à família das cie ncias da educac ão.” (MIALARET, Gaston, As
cie ncias da educac ão, Lisboa, Moraes Editores, 1976)
Leia mais: Conceito de pedagogia - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/pedagogia#ixzz2wyTaqg7m
PedagogiaPedagogia é a ciência que tem por objeto de estudo a Educação, o processo de ensino e aprendizagem. O sujeito é o ser humano enquanto educando .
Origem
A palavra Pedagogia tem origem etimológica, na Grécia antiga, do termo παιδές (paidés, "criança") e ἄγο, (ago, "conduzir", pelo "aio").
História da Pedagogia
A Grécia clássica pode ser considerada berço da Pedagogia, pois é na Grécia que nascem as primeiras ideias acerca da ação pedagógica, ponderações que vão influenciar, por muitos anos, a educação e cultura ocidentais e vincular a imagem do Pedagogo à formação das crianças.
Nos séculos XVII e XVIII inicia-se uma era de debates, no campo da educação, tendo como foco a importância de atualizar os processos pedagógicos e rever o próprio conceito de infância. Nomes importantes deste período são Comenius e Rousseau.
No final do século XIX e princípios do século XX os debates sobre educação e, principalmente, as novas pesquisas no campo da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, com ênfase na criança, levarão a que um grande número de profissionais, de diversos campos, desenvolvam reflexões, pesquisas e experiências pedagógicas envolvendo métodos de ensino, as relações pedagógicas e as possibilidades e limites dos diferentes contextos educativos, dando corpo a vários movimentos, dentre eles o da Escola Nova e a Pedagogia Waldorf. Estas experiências são, até hoje, chamadas Pedagogias ou Métodos pedagógicos e alguns nomes importantes deste período são conhecidos como Pedagogos.
No restante século XX a Pedagogia vai se institucionalizar como campo de conhecimento científico e profissional e a formação passará a ocorrer nas Universidades em cursos superiores2 .
Pedagogia e Didáctica: duas ciências independentes
1. Resumo 2. Introdução 3. Origens da Pedagogia e da didáctica 4. Conceitos de Educação, Ensino e Instrução 5. Pedagogia 6. Didáctica 7. Considerações Finais 8. Referências
RESUMO
A Pedagogia e a Didáctica são ciências particulares
autônomas? É a Didáctica um ramo da Pedagogia, ou suas
inter-relações são parte do próprio materialismo-dialético?
Qual é, não a hipotética, mas a verdadeira relação entre
Educação e Ensino? Essas e muitas outras interrogantes
serão respondidas sucintamente neste trabalho, que a sua
vez é uma síntese de uma obra maior, que levou mais de
10 anos de pesquisas: Pedagogia e Didáctica: duas ciências
autônomas. Reflete-se sobre as origens, as categorias, leis,
princípios e métodos de pesquisas de cada uma destas
ciências. Conclui-se com uma valoração prática da
importância desta distinção.
PALVRAS CHAVES: Pedagogia, Didáctica, Educação,
Ensino, Instrução.
1. INTRODUÇÃO
Até hoje, primeira década do século XXI, em muitos
países, a Pedagogia é questionada como ciência
independente, e a Didáctica é considerada, no melhor dos
casos, como uma disciplina ou ramo dela. Por que essa
situação, ainda, persiste ao longo dos tempos? Será que
tem a ver com a consideração histórica de confundir os
termos de educação vs instrução, educação vs ensino e
instrução vs ensino?
Alguém se refere à Física ou à Química como ramos ou
disciplinas matemáticas? É possível o desenvolvimento de
estudos e pesquisas na Física ou na Química sem o auxilio
da matemática? Não obstante, dessa dependência, os
cientistas, professores, pesquisadores, não consideram uma
a disciplina ou o ramo da outra. È claro que a ciência não
tem fronteiras, nem divisões; é o consenso dos estudiosos,
pesquisadores, cientistas que a dividem para poder
aprofundar no complexo mundo científico-tecnológico. Essa
taxonomia é necessária, não há duvida disso. Mas, por que
uma consideração funciona para uns e não para outros?
Esse breve questionamento, utilizando essas
perguntas retóricas, tem a finalidade de provocar uma
reflexão sobre a constante referência da Didáctica como
disciplina da Pedagogia, quando a relação entre ambas
muitas vezes é forçada, ambígua e artificial.
Para dar respostas, ou ao menos tentar satisfazer aos
leitores com reflexões adequadas sobre o assunto, este
trabalho abordará, em primeiro lugar, as origens da
Pedagogia e da Didáctica. Podendo perceber que ainda com
aspectos comuns, elas não têm a mesma origem, como
ciências particulares. A Pedagogia surge como ciência
particular, a partir do século XIX, enquanto, a Didáctica
esperaria mais um século.
A seguir, se procura desvendar o porquê dessa
"quase" obrigatória relação direta entre a Pedagogia e a
Didáctica. Uma forma encontrada é analisar as
tergiversações a partir dos conceitos educação, ensino e
instrução. O objetivo fundamental aqui é considerar a
diferença entre educação e ensino e valorar a falsa unidade
entre educação e instrução.
Para poder aprofundar nas diferenças, se aborda, por
um lado, a Pedagogia, seu objeto de estudo, seu sistema de
conhecimentos científicos: expressados, fundamentalmente
em categorias, leis e princípios, e os principais métodos de
pesquisa, que sustentam a cientificidade desses
conhecimentos. Logo a seguir, faz-se o mesmo com a
Didáctica, abordando-se seu objeto de estudo, sistema de
conhecimentos científicos, métodos de pesquisa e se
conclui com as Considerações Finais, destacando-se a
importância prática da necessária independência destas
ciências.
2. ORIGENS DA PEDAGOGIA E DA DIDÁCTICA
Diferente da Pedagogia que tem seu reconhecimento
como ciência particular a partir do século XIX, a Didáctica
em muitos países, ainda não é reconhecida como ciência
independente. É considerada, erroneamente, uma disciplina
técnica da Pedagogia, ou como ramo desta. Não obstante,
felizmente, são muitas as comunidades científicas que a
partir do século XX, deram luz verde à Didáctica como
ciência particular. A seguir uma breve referência às origens
destas duas ciências em questão.
Origem da Pedagogia
A Pedagogia, como ciência, tem uma longa história. Os
seus primeiros estudos e aportes emergiram, com a origem
e o desenvolvimento da própria civilização. Como também
aconteceu com outras ciências, a Pedagogia viu seus
primeiros grandes estudos nas obras dos clássicos da
antiguidade: Platão (427-347), Aristóteles (384-322), entre
outros.
Seu surgimento sustenta-se a partir da definição de
seu objeto de estudo: a educação. O progresso da educação
não poderia se fundamentar só com experiências do dia-a-
dia e conjecturas dos pensadores. Era necessário o
surgimento de uma ciência que desse a esse objeto de
estudo, uma sustentação científico-tecnológico.
As obras de Comenius, Rousseau, Kant, Hegel,
Herbart, Chernichevski, Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski,
entre outros intelectuais, ajudaram à independência da
Pedagogia como ciência particular. Os clássicos do
Materialismo-Histórico e Dialético, Marx e Engels,
elaboraram os fundamentos que permitiram sustentar a
cientificidade desta. Dessa forma, aos poucos, a Pedagogia
vai-se diferenciando, como resultado de um longo período e
processo histórico, da Teologia e da Filosofia.
A seguir uma citação da interessante obra Pedagogia
de um coletivo de autores alemães que sintetiza a origem
da ciência da educação, e confirmam assim, de forma
sucinta, que a Pedagogia surgiu como ciência particular a
partir do século XIX.
A Pedagogia tem uma longa história. Surge como
ciência no momento dela ser um reflexo da manifestação
social objetiva da educação. Na Antigüidade, ela tem sido
encerrada em complexas apreciações sobre o mundo e o
homem (Por exemplo, em Aristóteles). No Feudalismo e no
Capitalismo, a Pedagogia vai-se diferenciando
paulatinamente, em correspondência com a necessidade
social, da Teologia e da Filosofia. No século XVI e no século
XVII, nasce o primeiro sistema pedagógico como resultado
da divisão, do até então estreito vínculo entre a Teologia e
a Filosofia. Esta é a expressão e o resultado da luta da
burguesia florescente contra o Feudalismo. Não obstante, a
Pedagogia continua sua relação com a filosofia, como por
exemplos: Rousseau, Kant, Hegel, Herbart e Chernichevski,
ela se erige cada vez mais, como uma ciência
independente, nos séculos XVIII e XIX, aproximadamente
com Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski, entre outros.
(NEUNER,G. et al, 1981, p. 100).
As opiniões expressas em todos os documentos
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de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para
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Origem da Didáctica
Ainda que nas obras dos filósofos da antiguidade
existam referências às formas que deveriam ser seguidas
no ensino na escola, com grandes contribuições ao
Desenho Curricular (currículo) como parte importante da
Didáctica, é com a obra "Didáctica Magna" do eminente
checo João Amós Comênio, que surge a Didáctica, como
uma incipiente área de conhecimento. Não obstante, o
termo tinha sido utilizado, anteriormente, pelo alemão
Wolfgang Ratke, que foi o primeiro quem abordou as duas
partes da Didáctica: Desenho Curricular ou Currículo e a
Dinâmica do Ensino, quando, segundo Sandino Hoff,
Universidade do Contestado, explicitou:
Em seus princípios teóricos, captados do período de
trabalho em Cöthen, Ratke fez distinção entre "ensinos" e
"arte de ensinar": os primeiros incluem conteudos extraídos
de uma totalidade enciclopedicamente organizada de
conhecimentos, e a segunda, de uma teoria que configura o
processo pedagógico.
Em outros termos, os "ensinos" são compostos com
base na estrutura global das ciências e da filosofia; e a arte
de ensinar relaciona-se com normas e métodos extraídos
das idéias de harmonia entre a fé, a natureza e as línguas.
(HOFF, S. 2007, p.147)
Voltando ao assunto da origem da Didáctica, se tem
que no século XIX, Herbart, intentando criar todo um
sistema científico da educação, colocou a Didáctica dentro
da Pedagogia, como teoria da instrução. Pode ser que a
partir daqui, a Didáctica sempre seja vista como isso, uma
disciplina da Pedagogia. Outro aspecto que poderia ter
influenciado sobre o assunto foi a utilização ambígua dos
termos: Educação, Instrução e Ensino, para denotar uma
mesma realidade ou fenômeno.
Já no século XX, a Didáctica passou por muitos
questionamentos, como também tinha acontecido,
anteriormente, com a Biologia, a Física, a Química, e outras
ciências no século XIX. É importante destacar que toda
ciência, independentemente do seu objeto de estudo: seja
da natureza, da sociedade ou do pensamento, passa por
esses períodos críticos, onde sua estrutura conceitual fica
comprometida e duvidosa. Ás vezes, novos descobrimentos
ou novas teorias estremecem a base ou fundamentação
teórica de uma determinada ciência. Voltando ao assunto
da origem, é a partir deste século XX, que começa o
tratamento da Didáctica, como uma ciência particular.
Depois desses períodos de crises, a Didáctica dá um
salto qualitativo no seu desenvolvimento. Como ciência
particular, com autonomia científica, está neste momento
do século XXI, dando esse salto significativo com grandes
aportes à sociedade. Claro que, como toda ciência,
enriqueceu seus fundamentos, categorias, conceitos, leis,
corolários e princípios a partir da contribuição de cientistas
de outras áreas de conhecimento. Mas não existem duvidas
que a Didáctica já tem sua autonomia.
1. CONCEITOS DE EDUCAÇÃO, ENSINO E
INSTRUÇÃO.
Uma das problemáticas neste campo de conhecimento
é a ambigüidade da terminologia. Claro que ciência não é
como os neopositivistas consideraram, "colocar na língua
científica o conhecimento popular". Não obstante, o sistema
de conhecimento de qualquer ciência está determinado
pelas categorias e os termos que descrevem e
fundamentam a estrutura base de seu objeto de estudo. E
tudo isso se logra com uma adequada utilização da língua
científica, em especial sua terminologia.
Uma das complexidades tanto para a Pedagogia, como
para a Didáctica são seus respectivos objetos de estudo,
pois qualquer leigo se acha no "direito" de "dissertar" sobre
educação ou ensino. Por exemplo. Quem fala sobre Física
Quântica? Ou sobre Biologia Molecular? Não é suficiente
saber contar para ser matemático! Este fato leva a que
existam trabalhos, "resultados de pesquisas" que no
conteudo deles têm uma mistura de conhecimentos
acientíficos e anticientíficos que pouco ajudam na prática
social e no desenvolvimento destas ciências.
Um exemplo neste contexto é o posicionamento do
ilustre Jean Piaget que segundo um dos seus discípulo,
Gadotti, M (1988, p. 64) considerava que
Quando a maioria dos institutos de ciências, hoje,
ainda se mantêm fechados em pequenas capelas, fechados
num linguajar hermético, Piaget sempre concebeu o estudo
científico como uma interseção de disciplinas. Não se pode
fazer Psicologia sem a física, sem a Matemática, sem as
Ciências Sociais.
Aliás, o sucesso das teorias de Piaget sobre
desenvolvimento da inteligência nas crianças deve-se, em
grande parte, à rigorosa fundamentação físico-matemática
e bioquímica. Ele sempre soube escolher, nesse sentido, os
melhores pesquisadores das áreas. Era um homem que
sabia ouvir.
Piaget não gostava de responder a perguntas sobre
educação. Limitava-se a dizer que não havia pesquisado
esse campo do saber. Perguntaram num programa de Radio
Suisse Romande, por que não investigara a afetividade.
Respondeu que não tinha tempo para tratar da inteligência
e da afetividade ao mesmo tempo. Preferiu optar pelo
estudo da inteligência.
Já pensou que educando, aluno, estudante, discente,
criança, escolar, aprendiz, são a mesma coisa? Ao final não
são sinônimos? Sim. Essas palavras são sinônimas na
utilização do dia-a-dia, mas não na língua científica, pois
cada palavra mencionada expressa um conceito distinto. No
caso da Pedagogia, educando e escolar, seriam importantes
termos dentro do campo de estudo e pesquisa. Já para a
Didáctica referiria melhor os termos de aluno, estudante e
discentes, e assim por diante.
A língua científica deve ser objetiva, não deve permitir
ambigüidades. Outro exemplo poderia ser o fato que o
professor não tem "Didáctica", o que o docente pode e deve
ter é competência Didáctica. Quando no dia-a-dia, alguém
diz: -"Esse professor tem uma boa Didáctica", na língua
científica deve considerar-se que aquele profissional de
referência, tem domínio dos aspectos ou dimensões
Didácticas necessárias que conformam essa competência.
Se importante é a adequada utilização da terminologia
de uma ciência, imagine o que acontece quando o assunto
em questão é o próprio objeto de estudo? Então,
considerando que na língua científica não se admite a
sinonímia, se pode dizer, cientificamente "falando", que
educação, ensino e instrução não são sinônimos.
O que e educaçao?
Desde a época de Platão, o termo educação foi centro
dos debates. Para ele era dar ao corpo e a alma toda beleza
e perfeição que seja possível. Émile Durkheim a
considerava a preparação para a vida. Para Pestalozzi, a
educação do ser humano deve responder às necessidades
de seu destino e ás leis de sua natureza. Para José Martí, é
depositar em cada homem toda a obra da humanidade
vivida, é preparar o ser humano para a vida.
Segundo o ICCP (1988) se entende por educação o
conjunto de influências que exerce a sociedade sobre o
indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante
toda a vida.
A educação consiste, ante todo, em um fenômeno
social historicamente condicionado e com um marcado
caráter classista. Através da educação se garantirá a
transmissão de experiências de uma geração à outra. (ICCP,
1988, p.31)
Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é
uma categoria geral e eterna, pois é parte inerente da
sociedade desde seu surgimento. Também, a educação
constitui um elo essencial no sucessivo desenvolvimento
dessa sociedade, a ponto de não conceber progresso
histórico-social sem sua presença.
Para Martins,J (1990) a educação é um processo de
ação da sociedade sobre o educando, visando entregá-lo
segundo seus padrões sociais, econômicos, políticos, e seus
interesses. Reconhece-se aqui a necessária preparação
para a vida, já referida em outras definições e que só se
logra a através de convicções fortes e bem definidas de
acordo com esses padrões. Por isso é tão importante, mas
que uma definição o mais precisa possível, a caracterização
deste objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia.
Para uns, Educação é processo, para outros é
categoria, ou fenômeno social, ou preparação, ou conjunto
de influências, e muitos conceitos mais. Ainda seguindo a
linha de pensamento de J. Martins, se concorda que:
A educação tem os seguintes caracteres:
o É fato histórico, pois se realiza no tempo;
o É um processo que se preocupa com a formação
do homem em sua plenitude;
o Busca a integração dos membros de uma
sociedade ao modelo social vigente;
o Simultaneamente, busca a transformação da
sociedade em beneficio de seus membros;
o É um fenômeno cultural, pois transmite a cultura
de um contexto de forma global;
o Direciona o educando para a autoconsciência;
o É ao mesmo tempo, conservadora e inovadora.
(MARTINS, J, 1990, p.23)
Deve-se analisar que a educação, mais que processo,
mais que conjunto de influências, e outras, é uma atividade.
Como toda atividade tem orientação, por tanto pode ser
planejada. É processo, pois está constituída por ações e
operações que devem ser executadas no tempo e no
espaço concreto. É resultado que expressa ou manifesta
uma cultura, como fato sócio-histórico.
Mas, o que é educação? A definição a seguir não
pretende ser exaustiva, nem focalizada nessa palavra
desde a perspectiva da lingüística textual, onde
claramente, o significado sempre estará dependendo de
seu contexto. Aqui só se esta definindo a categoria geral e
eterna, como objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia.
Portanto, a Educação é uma atividade social, política e
econômica, que se manifesta de diversas formas e que seu
sistema de ações e operações exercem influências na
formação de convicções para o desenvolvimento humano
do ser social e do ser individual.
Neste ultimo aspecto vale destacar que o ser humano
que se pretende construir, desde a óptica como ser social
deve ser
Desenvolvido simultaneamente nos planos, físico e
intelectual, que tem consciência clara de suas
possibilidades e limitações. Um homem munido de uma
cultura que lhe permita conhecer, compreender e refletir
sobre o mundo. (MARTINS,J 1990, p. 22)
Isso significa que a educação pode ser direcionada,
considerando a expressão social que deve refletir na
consciência de cada pessoa. Por outro lado, se deve
também trabalhar, nessas influências que exerce a
sociedade e o estado na formação humana do ser
individual, onde:
O homem independente, mas não isolado, que
conhecendo suas capacidades físicas, intelectuais e
emocionais, e senhor de uma visão crítica da realidade, seja
capaz de atuar de forma eficaz e eficiente nessa realidade.
(MARTINS,J 1990, p. 22)
Resumindo, a educação, como fenômeno inerente à
sociedade, é orientação, é processo e expressão de uma
cultura sócio-política. Pois como atividade, está constituída
por esses aspectos. Por outro lado, sabe-se que o ser
humano se realiza culturalmente em tempo e espaço, e que
a complexidade dos fenômenos sociais e a quantidade de
cultura emanada de muitas gerações, precisam ser
otimizadas no tempo. Por isso, e em busca de seu
aperfeiçoamento social e individual, surge o processo
pedagógico, que não deve confundir-se com o processo
docente, com educação, ou com o processo educativo.
O processo pedagógico, como aspecto consciente
dentro do planejamento educacional, surge a partir das
mudanças sofridas pela sociedade e com o objetivo de
construir determinado protótipo de ser humano. Por isso,
um dos meios importante para influir na construção desse
novo ser, é através do adequado planejamento educacional.
Os programas, planos, e projetos, resultado dessas
atividades de gestão educativa, sejam introduzidos e
generalizados como forma ideal para orientar, executar e
controlar o trabalho educativo.
O que e ensino?
Antes de entrar-se na definição do objeto de estudo e
pesquisa da Didáctica, lembre-se das palavras de J. Martins
(1990, p. 23) quando expressou que "desde seu surgimento
a palavra Didáctica, significou a ciência de ensinar". Pode
ser questionado o termo ciência, mas a idéia fica clara que
o objeto é o ensino. Não se deve esquecer que na época
que se utiliza o termo, ciência era só as áreas de
conhecimentos da natureza. O termo "art" era utilizado
para as atividades das atuais e reconhecidas áreas das
ciências sociais. Mas, então por que, ainda hoje, é
questionada a utilização do termo: ensino, substituindo-o
por ensino-aprendizagem? Seria interessante considerar a
seguinte analogia que ajudará a entender o ensino, como
objeto e não o ensino como categoria, termo ou uma
simples palavra.
Quando alguém denomina um homem de pai,
utilizando o termo de pai com a significação de pai
biológico, é porque esse ser humano masculino, tem, como
mínimo um filho. Portanto, qualquer homem não é pai, só
aquele que gerou um descendente. Algo parecido, salvando
a analogia, sucede com a palavra ensino. Se um
determinado professor realiza uma atividade que não gere
uma "aprendizagem" objetivada, essa atividade não pode
ser denominada de ensino. Por tanto, se não é lógico
utilizar a palavra composta pai-filho, para designar um ser
humano masculino que gerou um descendente dele,
também é ilógico supor que a palavra composta "ensino-
aprendizagem", substitua o objeto: ensino.
Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é
"um processo bilateral de ensino e aprendizagem". Daí, que
seja axiomático explicitar que não existe ensino sem
"aprendizagem". Seu posicionamento sempre foi muito
claro, quando estabeleciam entre ensino e aprendizagem,
uma unidade dialética.
Para Neuner, G. et al (1981, p. 254) "a linha
fundamental do processo de ensino é a transmissão e
apropriação de um sólido sistema de conhecimentos e
capacidades duradouras e aplicáveis." Destaca-se, por um
lado, neste conceito a menção de "um sólido sistema de
conhecimento", e por outro lado, as "capacidades
duradouras e aplicáveis". No primeiro caso, referindo-se ao
processo de instrução que procura atingir a superação dos
discentes e o segundo caso ao treinamento, como forma de
desenvolver as capacidades.
O ICCP (1988, p. 31) define "o ensino como o processo
de organização da atividade cognoscitiva" processo que se
manifesta de uma forma bilateral: a aprendizagem, como
assimilação do material estudado ou atividade do aluno, e o
ensino como direção deste processo ou atividade do
professor.
Considerando estas idéias, fica claro que não é preciso
a utilização da composição léxica "ensino-aprendizagem"
para destacar a importância da "aprendizagem" neste
processo, pois ela é inerente ao ensino. A palavra
aprendizagem neste contexto, não esta sendo utilizada
desde a perspectiva terminológica que distinguiria
semanticamente os termos: aprendência, aprendizado e
aprendizagem.
Portanto, o ensino, como objeto de estudo e pesquisa
da Didáctica, é uma atividade direcionada por docentes à
formação qualificada dos discentes. Por isso, na
implementação do ensino se dão a instrução e o
treinamento, como formas de manifestar-se,
concretamente, este processo na realidade objetiva.
Diferenciando Educação, de Ensino, seria interessante
refletir com as palavras de J.M. Guyau, quando diz que
"educar a um homem não é ensinar alguma coisa que não
sabia, senão fazer dele o homem que não existia." (GUYAU,
J apud. ISÓIS, J. 1976, p. 14)
O que e instruçao?
Este é um termo que tem sido utilizado
indistintamente para se referir ao que se define como
educação, e também tem sido empregado com a denotação
dada aqui de ensino. Isso traz consigo um grande dilema.
Suma-se a essa ambigüidade do termo, o fato de erros de
tradução de um idioma a outro. Mas como o objetivo não é
fazer a história das denotações desta palavra, se passa a
delimitar sua concepção neste trabalho.
Segundo Baranov, S.P. et al. (1989, p. 22) "a instrução
constitui o aspecto da educação que compreende o sistema
de valores científicos culturais, acumulados pela
humanidade". Nesta perspectiva nota-se a coincidência
com o próprio termo de educação. A instrução, não é
diretamente um aspecto da educação, mas bem, deve ser
considerado como um elemento que aperfeiçoa o processo
educativo, o que é diferente. A instrução não é inerente à
educação, através da instrução pode-se desenvolver a
educação. Se estes autores estiveram certos, não existiriam
pessoas bem instruídas, pessoas já formadas, más
educadas. Ou também, não existiriam analfabetos, sem
alguma instrução, com uma boa educação.
É muito mais preciso, desde a óptica deste trabalho, o
conceito de instrução valorado pelos alemães Neuner, G, et
al. (1981, p. 112) enfatizando que na literatura pedagógica
o conceito de instrução se emprega, na maioria das vezes,
com a significação de ministrar e assimilar conhecimentos e
habilidades, com a formação de interesses cognoscitivos e
talentos, e com a preparação para as atividades
profissional.
O ICCP (1988), também valora a instrução com essa
mesma perspectiva profissionalizante quando expressa
que:
O conceito expressa o resultado da assimilação de
conhecimentos, hábitos, e habilidades; se caracteriza pelo
nível de desenvolvimento do intelecto e das capacidades
criadoras do homem. A instrução pressupõe determinado
nível de preparação do individuo para sua participação
numa ou outra esfera da atividade social. (ICCP, 1988, p.
32)
Portanto, a instrução não forma parte do conceito de
educação, nem existe uma denominada lei de unidade da
instrução e a educação. A instrução, como manifestação
concreta do ensino, é uma ação Didáctica que desenvolve o
intelecto e a criatividade dos seres humanos com
conhecimentos e habilidades que os prepara para
desenvolver atividades sócio-culturais.
Como se colocou na introdução deste trabalho é
possível que uma das causas pela qual a Didáctica seja
considerada uma disciplina da Pedagogia consiste na falsa
concepção de que a educação leva implícita dentro de si o
processo de ensino. Por tanto, como se expresso
anteriormente que na língua científica não admite a
sinonímia, Educação, Ensino e Instrução designam
realidades diferentes. A Educação se centra na formação do
ser humano, especificamente na construção da
personalidade, enquanto o Ensino reflete o processo de
otimização da aprendizagem, a qual ajuda na formação do
ser humano, mas não o define. Já a Instrução é uma forma
de manifestar se o ensino, onde se focaliza os aspectos de
conhecimentos e saberes da realidade objetiva e subjetiva.
1. PEDAGOGIA: OBJETO DE ESTUDO, SISTEMA
DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E MÉTODOS DE
PESQUISA.
Neste item se abordará os aspectos que demonstram
a cientificidade da Pedagogia. Mas antes de referir-se a
esses aspectos é bom considerar que a ciência, como
atividade universal, não tem verdadeiramente, fronteiras
entre as ciências particulares. Essa divisão existe pelas
limitações do ser humano em poder abarcar grandes
campos do saber, e também, uma forma de avançar em
áreas priorizadas. Portanto sempre existirão termos de uma
ciência, utilizados em outra. Ainda, uma mesma palavra
utilizada em diferentes campos do saber expressa
diferentes noções. Pois, em uma ciência, essa palavra pode
ser um simples lexema para possibilitar a comunicação
científica; enquanto em outra, essa mesma palavra pode
ser um termo, formando parte das palavras chaves dessa
área de conhecimento: terminologia. Em outra ciência, essa
mesma palavra pode ser uma categoria, e em outra pode
ser o próprio objeto de estudo.
Ainda, as contribuições de uma ciência, sempre serão
bem-vindas em outras, por essa inter-relação dialética que
existem entre elas, aqui se tratará sobre o objeto de estudo
e de pesquisa que não deve ser objeto de outra ciência. Por
isso, a definição do objeto de estudo da Pedagogia, não é a
definição de uma simples palavra, que será utilizada como
lexemas em outras ciências, senão a delimitação conceitual
dessa megacategoria. Depois da definição do objeto, se
sustentará, sinteticamente, o sistema de conhecimento
científico que fundamenta a Pedagogia como ciência
particular, através de suas categorias gerais, leis e
princípios. Por ultimo, neste item, se mencionará alguns
métodos empregados nas pesquisas pedagógicas. O objeto
de estudo, o sistema de conhecimentos científicos e os
métodos, nessa ordem, são os três requisitos básicos que a
comunidade científica exige para determinar se uma
determinada área de conhecimento é uma ciência
particular autônoma.
Objeto de estudo e pesquisa da Pedagogia
Para N.A. Konstantinov (apud. ISÒIS, J, 1976), o objeto
de estudo da Pedagogia é a educação como fenômeno
social. José C. Libâneo é muito mais explicito e direto
quando expressa que:
Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se
ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato
educativo, da pratica educativa concreta que se realiza na
sociedade como uns dos ingredientes básicos da
configuração da atividade humana. (LIBÂNEO, J. C.1999, p.
25)
Portanto fica claro que o objeto de estudo da
Pedagogia é a educação. Esta Educação, vista como
atividade sócio-cultural, política e econômica, que se
manifesta de diversas formas e que seu sistema de ações e
operações, exercem influências na formação de convicções
para um desenvolvimento humano, consciente do papel do
ser social e do ser individual.
Considerar a Educação como atividade, implicará que
nela se dêem as orientações, os processos, os resultados,
entre outras muitas coisas que são inerentes à atividade.
Daí que o objeto seja amplo, onde os diversos processos e
os diversos contextos sejam também áreas fronteiriças com
outras ciências. Neste ponto, Libâneo é novamente
convincente:
...o campo educativo é bastante vasto, porque a
educação ocorre na família, no trabalho, na rua, na fábrica,
nos meios de comunicação, na política. Com isso, cumpre
distinguir diferentes manifestações e modalidades de
prática educativa tais como a educação informal, não
formal e formal. (LIBÂNEO, J. C.1999, p. 25)
Segundo Libâneo, J (1999, p.126) "na mentalidade, de
muitos educadores, a Pedagogia ainda continua tendo o
sentido de metodologia, de organização do ensino". Isto
explica, em boa parte, os dilemas enfrentados, ao longo dos
anos, pelo reconhecimento oficial, em muitos paises, da
independência cognoscitiva e da autonomia da Pedagogia
como ciência particular. A Pedagogia é, sem duvida alguma,
a ciência que tem como objeto de estudo e pesquisa a
Educação.
Sistema de conhecimentos cientificos:
categorias da Pedagogia
Toda ciência tem seu sistema de conhecimento
científico que constitui a estrutura base para, a partir daí,
erguer toda uma produção de novos conhecimentos, como
resultado da atividade científica. Essas novas contribuições
podem ser de uma mesma ciência, ou de outras a fins, que
também colaboram na construção da estrutura sistêmica.
Essa estrutura base, sistêmica e sistemática, se sustenta
com as categorias gerais, com as leis e os princípios.
Os principais pilares de toda ciência são as categorias
gerais dela. A Pedagogia tem quatro categorias gerais que
devem, dialeticamente, interagir entre si. São categorias: a
escola, a família, a comunidade e a convicção.
Escola
A escola, ao dizer de E.Krieck (apud. ISÒIS, J. 1976), só
pode realizar uma parte da educação. Essa parte que se
refere é a que se denomina educação escolar. Isso
acontece por ser a escola o elo essencial do estado. A
escola representa quem tem o poder, quem governa. A
escola, ao contrário do que se pensa e se divulgou por
muito tempo, não é inerente à educação. Ela, a escola, tem
uma natureza social, como a educação, mas se consagrou
como privilégios dos que ostentam o poder.
Portanto, a escola surgiu como instituição social, ao
longo da história, à medida que a organização das
sociedades foi se tornando mais complexa, a tecnologia
mais avançada e as aquisições culturais mais vastas e
sistematizadas. (HAYDT, R. 1997, p. 12)
A escola como instituição social, é o nucleo básico que
o estado tem para poder influenciar na educação da
sociedade, na formação de novas gerações de seres
humanos.
Familia
A família desde uma perspectiva sociológica é vista
como a cédula da sociedade, e sem duvida alguma, o
nucleo básico da educação. É um erro histórico, pensar que
a escola substitui à família na configuração educativa de
seus membros. A escola poderia, e deve ter um papel cada
vez mais preponderante nos processos educativos, mas
nunca substitui à família, pois é inerente à educação, é o
nucleo fundamental. Portanto, desde a perspectiva
pedagógica, a família é responsável pela educação de seus
membros. Isso é independentemente do sistema sócio-
político governando.
Comunidade
Esta categoria, pouco estudada pedagogicamente, é a
concretização da sociedade. Neste trabalho é vista como
um sistema de seres vivos inter-relacionados que habitam
um mesmo lugar. Devem-se destacar com significativa
importância os elementos que conformam determinada
comunidade. Entre esses aspectos estão:
Habitantes residentes,
Flora local,
Fauna local,
Geografia local,
História local, comunitária e familiar,
Cultura local, comunitária e familiar.
A comunidade pode subdividir-se em duas: a
comunidade externa, que implicará todo contexto que
abrange a influencia de uma escola ou várias escolas. Isso
significa o espaço sócio-cultural, político e econômico onde
a escola ou as escolas estão instaladas, como estrutura
físicas. Essa relação da escola com a comunidade implica
necessariamente outras relações com instituições, fábricas,
hospitais, clínicas, rádio local ou comunitária, etc. que
estejam dentro do contexto comunitário. A outra é a
comunidade interna. Essa comunidade será vista através da
relação de uma escola com os familiares, amigos,
conhecidos dos discentes matriculados.
Existe uma unidade indissoluvel entre estas três
categorias: escola, família e comunidade. Daí que seja
considera uma unidade dialética tripartida. Essa unidade
permite a construção social dos sujeitos. Não ver essas
relações, não incidir nessas relações é uma das grandes
causas do fracasso educacional. Esta concepção é um
corolário da primeira lei pedagógica: relação dinâmico-
participativa entre o estado, a educação e a sociedade.
Quando essas relações são estimuladas e controladas
conscientemente, com a intervenção de todos os
envolvidos, resulta na construção de convicções bem
definidas e duradouras. Daí que a convicção seja uma
categoria essencial e determinante de uma educação real,
objetiva e verdadeira.
Convicçao
Ainda que a filosofia estude a convicção, não é
filosofando que a mesma se forma. Só se forma uma
convicção, a partir da educação. Constrói-se uma convicção
quando, nela se dão os elementos que a conformam: valor,
sentimento, qualidade do caráter, formas da conduta
segundo o temperamento, ideologia, e atitude. Quando não
se tem convicção de algo, ante esse algo se atua
intuitivamente, só pelo instinto. Por isso, se é através das
convicções que o sujeito se humaniza, e o objetivo da
educação sempre refere à formação da personalidade, essa
personalidade deve estar convicta de seus atos e
pensamentos. Então, neste contexto, convicção é a certeza
adquirida por fatos ou razões, como resultado do processo
educativo de uma determinada sociedade.
Sistema de conhecimentos cientificos: leis
pedagogicas
A lei, desde a perspectiva científica, é considerada a
relação básica, constante e necessária entre os fenômenos
dentro do objeto de estudo e pesquisa de uma determinada
ciência. No caso especifico das leis pedagógicas se
estabelecem essas relações, ou se manifestam através das
relações de causas e efeitos dos processos educacionais e
dos processos educativos. Ainda existem trabalhos que
abordam esta temática, Alvarez,C (1995), ICCP (1988),
entre outros, aqui se enfatiza a presencia na Pedagogia, de
três leis gerais que referem à relação entre estado,
educação e sociedade; uma segunda lei que refere à
autonomia educativa e sua influência diversificada; e uma
terceira que refere às condições socioculturais e genética
sobre o desenvolvimento social e individual.
1.- Lei da relação dinâmico-participativa entre o
estado, a educação e a sociedade.
A dinâmica, nesta lei, parte da sociedade que
determina o tipo de estado a se formar; por sua vez, o
estado determinará o tipo de educação que se aplicará,
enquanto a educação determinará o tipo de sociedade que
se constrói. Essa relação cíclica estabelece sua forma de
concretizar-se, através da relação comunidade, escola e
família; onde cada um, respectivamente, refere aos
componentes básicos desta lei.
Sendo assim, para que essa lei se cumpra, é a
comunidade quem deve determinar o tipo de escola que
deseja ter no seu contexto. A escola deveria desenvolver
um profundo trabalho educativo com as famílias, para
determinar o tipo de família que deveria ter, e então a
família, genericamente falando, deveria influir na
comunidade, para configurar o tipo de comunidade a se
construir.
Infelizmente, esta é a primeira lei pedagógica, e é
também, geralmente, a primeira a ser violentada. Esta é a
principal causa do grande problema social que existe nos
paises que não consideram esta importante lei. Pior ainda,
são as poucas perspectivas que têm esses paises para
resolver essas inumeras situações sociais de calamidade.
Pois, sem aplicação conseqüente desta lei não será possível
reverter essas situações. Já existe uma resposta bem
enérgica da natureza aos erros do ser humano às
constantes violações das leis da natureza: Suname, El Nino,
Desertificação, entre muitas outras respostas. E a
sociedade? Será que já se está aproximando sua resposta?
Será tão enérgica que conduza a sua própria
autodestruição?
2. Lei da autonomia educativa e suas influências
diversificadas na formação da consciência.
Para a existência de uma convicção, se deve ter
consciência do fato ou da razão em questão. Neste sentido,
se devem observar quais são as influências que melhor
configuram uma determinada pessoa, ou uma determinada
comunidade. As influências na construção do ser humano
se manifestam em diversos contextos e em diversas
modalidades. A educação, a formação de convicções, se
desenvolve não só na escola, mas também no lar, na rua,
na igreja, na fábrica, no bar, nos meios de comunicação, e
outros lugares. Dentro das influências que se devem
observar e propiciar estão: educação física & mental,
educação ético & laboral, educação moral & axiológica,
educação política & ideológica, educação artística &
estética e educação intelectual & criativa.
Quando não se observam os aspectos que configuram
a regularidade desta lei, o resultado educativo é,
geralmente, um caos. Esta lei se relaciona com a primeira.
É necessário seguir bem de perto o desenvolvimento dessa
inter-relação. Pois, a família, por natureza, é
responsabilizada com a educação de seus membros;
contudo, caberia ao estado, através da escola, preparar a
família nos conhecimentos sobre os diversos tipos de
educação que existem, naturalmente, de uma forma
prática. Não é só com a pretendida educação intelectual
através do processo de "ensino-aprendizagem", no contexto
escolar, que se logra uma educação consciente. Precisa-se
da chamada "escola da vida".
Para desenvolver uma educação consciente, integral e
dinâmico-participativa, é fundamental criar as condições
sócio-culturais que beneficiem a formação de convicções.
Para isso, devem-se observar os princípios e corolários
desta segunda lei, que está interligada à primeira e à
terceira, ainda preservando sua autonomia educativa e
suas influências diversificadas. É importante que sempre
que seja possível estejam presentes pessoas observadoras
dessas influências para verificar os efeitos em cada
educando. Pois, uma influência pode ter resultados
diferentes, segundo a diversidade do publico alvo.
3. Lei das condições sócio-culturais e genéticas sobre
o desenvolvimento social e individual.
O desenvolvimento humano, expressado na sociedade
ou nos indivíduos, dependerá das condições sócio-culturais;
que à sua vez deverá considerar os aspectos genéticos para
modificar ou transformar esse contexto social e cultural,
que permita as vias adequadas para melhor configurar uma
nova sociedade, com indivíduos cada vez mais humanos,
menos egoístas, e pensando sempre no aperfeiçoamento
da sociedade por encima dos interesses individuais.
Também, essa sociedade deverá ser, cada dia, mais
respeitosa com as diversidades e com os interesses de seus
membros. Deve-se estabelecer um balanço entre os
interesses sociais e os interesses individuais. Só se logrará,
sem violência, quando a escola, como gestora da tríade,
exerça sua influência maior nas famílias e nas
comunidades. Daí a importância cardinal de que os projetos
pedagógicos das escolas incluam, independentemente da
participação das famílias e das representações
comunitárias, projetos de escolas melhores desenhadas
arquitetonicamente, com variadas infra-estruturas e
respeitando seu contexto meio ambientalista.
Sistema de conhecimentos cientificos: principios
pedagogicos
O princípio científico é uma doutrina que emerge de
uma ou várias leis. A teoria sobre educação permite uma
estruturação de um sistema de princípios como resultado
de pesquisas de diversas ciências e em especial da
Pedagogia. Segundo ICCP (1988) estes princípios têm sua
base nas leis do materialismo-dialético e histórico. São
idéias verificadas cientificamente a partir do papel da
prática na formação da personalidade, a influência do
homem sobre a natureza, a relação da educação com a
prática social e a função do coletivo na formação das
qualidades da personalidade.
Os princípios pedagógicos orientam a definição dos
objetivos educativos que a sua vez determinam o conteudo
e a forma (direção) da educação de uma sociedade.
1. Unidade indissoluvel entre escola, família e
comunidade como via natural de formar convicções.
2. Papel diretor da escola na relação tripartida.
3. Relação entre as modalidades de educação:
informal, não-formal e formal.
4. Relação das influências diversificadas com a
tipologia educacional: educação física & mental, educação
ético & laboral, educação moral & axiológica, educação
política & ideológica, educação artística & estética e
educação intelectual & criativa.
5. Instruir e treinar, otimizam a formação de
convicções, mas não a determinam.
6. Determinação das condições sócio-culturais e de
relações econômicas na formação da personalidade.
7. Caráter dominante dos grupos e coletivos sobre os
indivíduos.
8. Respeito ao indivíduo na formação do ser social.
9. Vinculação, da formação de convicções com a vida,
o meio social e o trabalho.
10. O conhecimento, por si só, não determina a
formação de uma convicção.
11. Influências subliminares, intuitivas, só serão
dominadas por convicção.
Metodos de Pesquisa Pedagogica
Neste contexto, método científico é a forma racional
ordenada, objetiva e social de desenvolver uma atividade,
que estabelece o caminho, através de técnicas,
procedimentos, e passos com marcado nível de
probabilidades de verificação científica para atingir um
objetivo definido.
As formas concretas de realizar as ações do método
científico constituem-se nas técnicas científicas desse
método. Por outro lado, as operações concretizar-se-ão nos
passos que dão lugar ao procedimento. Ficando a relação
de implicação de passos forma o procedimento,
procedimento forma a técnica e esta técnica forma o
método.
Considerando as técnicas segundo este sentido
específico, a relação existente entre método científico e
técnica científica parece clara. Sua natureza é a mesma.
Ambos são procedimentos, formas de atuação científica.
Sua diferenciação consiste na abrangência do método, além
disso, a relação filosófica do geral e o particular entre estes
dois termos. A seguir, se expõem métodos e técnicas de
pesquisa desde as perspectivas práticas e das teóricas que
se empregam com sucesso na Pedagogia.
Os métodos práticos que mais se aplicam são: a
observação, a experimentação e a sondagem
(levantamento). A observação é o método de recopilação
de informação educacional primária mediante a percepção
direta dos elementos do objeto estudado ou pesquisado.
Consiste no registro sistemático, válido e confiável de
comportamentos ou condutas manifestas. O experimento é
o método onde se cria uma situação, já no laboratório, já no
contexto escolar, já na sociedade ou natureza, com a
finalidade de observar, sob controle, a relação que existe
entre os fenômenos educacionais. A sondagem, também
conhecida como, levantamento, é o método onde a
informação requerida procura-se através da respostas a
perguntas orais, escritas no momento da pesquisa ou já
recolhida com anterioridade. Existem três técnicas deste
método: fonte bibliográfica, questionário e entrevista.
Os métodos teóricos permitem revelar as relações
essenciais do objeto de pesquisa, não observáveis
diretamente. Os métodos teóricos cumprem uma função
epistemológica importante, já que possibilitam as condições
para ir além das características superficiais da realidade
objetiva. Também permitem explicar os fatos e aprofundar
nas relações essenciais e qualidades dos processos, fatos e
fenômenos educacionais. Os métodos mais usados são:
Método analítico: a análise é um procedimento
teórico mediante o qual um todo complexo se descompõe
nas suas diversas partes ou elementos.
Método sintético: a síntese estabelece
mentalmente a união entre as partes previamente
analisadas e possibilita descobrir as relações essenciais e
características gerais entre elas.
Método abstrato: a abstração é um método
mediante o qual se destaca a propriedade ou relação das
coisas e fenômenos desde a perspectiva subjetiva.
Método concreto: é a síntese de muitos conceitos
e por conseguinte, das partes. As definições abstratas
conduzem à reprodução do concreto por médio do
pensamento. O concreto, no pensamento, é conhecimento
mais profundo e de maior conteudo essencial.
Método indutivo: A indução é um procedimento
mediante o qual, a partir de fatos particulares, se passa a
proposições gerais. Este método sempre está unido ao
processo mental dedução, ambos são momentos do
conhecimento dialético da realidade condicionado entre si.
Método dedutivo: A dedução é um procedimento
que se apóia nas asseverações generalizadoras a partir das
quais se realizam demonstrações ou inferências
particulares.
Método histórico: este se vincula ao
conhecimento das distintas etapas dos objetos em sua
sucessão cronológica. É o estudo diacrônico dos fenômenos
educacionais.
Método modelativo: a modelação opera em forma
teórica e prática com o objeto, não diretamente, mas
através de um sistema auxiliar. Existe no procedimento
deste método uma estrita relação entre a realidade
educacional e o modelo ideado para substituir, na pesquisa,
essa realidade.
Método sistêmico: procura revelar o sistema
existente, a partir da estrutura e as funções de seus
componentes.
Método comparativo: consiste, naquele método,
aonde se vão seguindo determinados padrões ou princípios
comuns a dois ou mais elementos. Estabelece os aspectos
distintivos e os aspectos similares para os objetos
comparados.
1. DIDÁCTICA: OBJETO DE ESTUDO, SISTEMA
DE CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E MÉTODOS DE
PESQUISA.
A seguir se explicita uma série de aspectos que fazem
da Didáctica uma ciência particular, com autonomia,
expressado na grande produção de conhecimentos
científicos que existem no ensino. Dessa forma se obtém
base teórica sólida, e bem sustentada, que permitirá se
situar dentro do contexto didático, facilitando o
entendimento de sua estrutura base.
A Didáctica, como toda ciência particular, tributa
conhecimentos científicos à tecnologia, que atende a essa
demanda, e que através da interface recria outros produtos
e serviços a serem aplicados no contexto social. A Didáctica
não é uma tecnologia, mas nela existe uma tecnologia
Didáctica.
Por que se pode afirmar categoricamente que a
Didáctica é uma ciência particular? Será que ela tem seu
próprio objeto de estudo? Existe nesse objeto, toda uma
estrutura base organizada com conhecimentos científicos
que a sustentem como tal? Existem métodos e técnicas
com um alto teor científico que fundamente e verifique os
resultados das pesquisas nesta área com suficiente
credibilidade para toda uma comunidade científica?
Objeto de estudo e pesquisa da Didáctica
Ainda existem autores, geralmente autodidatas, que
escrevem sobre o objeto da Didáctica como a práxis
pedagógica ou como o normativo das atividades escolares.
Também têm outros que consideram a Didáctica como o
estudo da teoria geral da instrução, ou como a arte de
ensinar, ou como o processo de ensino-aprendizagem, ou
como o conhecimento, ou como o processo docente-
educativo, entre muitas outras concepções. Não obstante,
existe um consenso, desde sua origem: a Didáctica estuda
o ensino.
Portanto, se o objeto de estudo e pesquisa da
Didáctica é o ensino, e se o ensino é entendido como
atividade direcionada por docente na formação qualificada
dos discentes, é lógico que se reflita sobre o que e como se
deve ensinar. As respostas, ao que ensinar, são estudadas
e pesquisadas pela parte da Didáctica, denominada
Desenho Curricular, também conhecida, simplesmente,
como currículo. As respostas ao como ensinar, ficam na
responsabilidade da Dinâmica do Ensino, a outra parte em
que se divide esta ciência.
Sistema de conhecimentos cientificos:
categorias da Didáctica
Depois de delimitar o objeto de estudo e pesquisa da
Didáctica, o ensino, é fundamental explicitar os aspectos
que conformam a estrutura base desta ciência particular.
Sobre o ensino existe toda uma estrutura sistemática e
sistematizada de conhecimentos científicos que permitem a
independência dela. Esta ciência tem suas próprias
categorias, suas leis e seus princípios que a sustentam.
Muitos manuais de Didáctica abordam o objetivo,
conteudo, método, meio, avaliação entre outros elementos
do processo de ensino, como categorias Didácticas. Ainda
elas sejam tratadas como categorias, poderiam ser mais
bem denominadas como componentes didáticos da aula.
Pois elas não são categorias gerais, senão categorias
elementares da aula. As três categorias gerais da Didáctica
são: a docência, a aula, e a aprendência. Dentro da
estrutura de cada categoria geral existem outras categorias
menores. Naturalmente, existe uma importante inter-
relação entre elas. Isso fundamenta a dialética da dinâmica
do processo ensinante.
Docência: ação estruturada na concretização do
processo de ensino, com ativa participação dos docentes e
discentes. Não deve confundir-se com outros processos que
acontecem na escola, mas que não configuram totalmente
dentro da docência: processo extra-escolar, processo extra-
docente e processo docente-educativo. Seus componentes
básicos são o processo docente, o docente e o discente. "A
docência é uma prática educativa, mas nem toda prática
educativa é docência, por ex. relações familiares."(I
ENCUP,2007).
Aula: operação docente celular aonde se concretiza o
desenho curricular e a dinâmica do ensino. É uma operação
docente, pois forma parte da ação docência, que a sua vez
forma parte da atividade ensino. É celular, pois como
cédula fundamental do processo de ensino se configura a
partir de uma determinada unidade de tempo, num marco
delimitado de espaço. Sua aplicação prática deverá
permitir, com seus componentes, a consecução dos
princípios didáticos. Formam parte da estrutura de uma
aula os seguintes componentes: objetivo, conteudo, tática
(método, forma e meio), e controle (avaliação).
Aprendência: interação entre ensinante e aprendente
que permite ao aprendente ser autor de seu próprio
desempenho. É o processo mediante o qual volitivamente
se leva à cognição, provocando mudança no aprendente
produzido pelo aprendizado. São componentes da
aprendência o desempenho, autoria e aprendizado.
Sistema de conhecimentos cientificos: leis
Didácticas
Segundo o ICCP (1988, p. 185) "o ensino é um
processo complexo e contraditório regido por leis objetivas,
assim como pelas contradições fundamentais que
possibilitam sua concreção". A lei, neste contexto segue a
linha desses autores, e considerada como o reflexo do
essencial na dinâmica Didáctica, onde se expressam as
relações mais gerais necessárias, reiteradas e
relativamente constantes da realidade objetiva. Tem vários
autores que consideram uma grande amálgama de leis, que
na verdade constituem princípios ou corolários destas que
se mencionam aqui.
1.- Lei das contradições dicotômicas internas do
processo docente.
A complexidade do processo de ensino reside,
fundamentalmente, pelas suas contradições internas. É
precisamente essa, uma das características que permitem
diferenciar esta atividade, das muitas outras atividades que
realiza o ser humano. Para o sucesso do processo docente
devem-se conhecer as principais contradições dicotômicas,
entre elas: ensinar-aprender, grupo-indivíduo, cultura
universal-currículo, teoria-prática, material-racional,
discente-docente, ensinante-aprendente, instrução-
superação, treinamento-capacitação, formação-
qualificação.
2.- Lei da otimização educativa do ensino.
O ensino, como atividade preparada, organizada e
planejada, permite a otimização do processo educativo. Daí
que surge o processo docente-educativo. Pois não existe
uma unidade dialética entre essas atividades, não são
inerentes entre si, mas constituem a forma ideal de
aperfeiçoar o processo. Isto será possível, quando se
concretizem, adequadamente, todos os processos básicos
do ensino: instrução, treinamento e formação qualificada, e
que no currículo, sempre estejam colocados os aspectos
pedagógicos necessários para configurar as convicções que
conformam parte do modelo de personalidade que se
deseja construir.
3.- Lei da aula como nucleo da atividade docente.
Qualquer atividade, ação ou operação desenvolvida
pelo professor, por si só, não constitui uma aula. Para que
uma determinada ação seja considerada com tal, deve
permitir que os componentes que a conformam interajam
possibilitando o cumprimento de seus princípios didáticos.
Por tanto, uma atividade sem objetivo definido, ou sem um
conteudo que refere a esse objetivo, ou sem métodos
determinados pelo conteudo, ou sem um meio que
expresse as condições sócio-culturais que permita a
aplicação dos métodos selecionados, ou sem recursos
didáticos configurando o conteudo selecionado, ou sem um
controle da consecução do objetivo proposto, essa
atividade não pode ser reconhecida como aula.
A aula, como nucleo da atividade docente, deve
possibilitar o cumprimento dos princípios didáticos. Entre
maior coesão entre os componentes da aula, maiores serão
as possibilidades de sucesso da docência.
Sistema de conhecimentos cientificos: principios
didáticos
Os princípios didáticos constituem os fundamentos
essências no planejamento didático e em seu
desenvolvimento. É a base para selecionar os meios de
ensino, atribuir tarefas e avaliar aprendizagens. Sem o
cumprimento deles uma determinada ação desenvolvida
pelo docente perde a consideração de ser uma aula. Como
também acontecem com as categorias e as leis, diversos
autores consideram uma grande variedade de princípios
que, de certa forma, convergem nestes sete principais
princípios didáticos.
1.- Princípio da tecno-cientificidade: consiste em que
todo conteudo do ensino deve ter um caráter tecnológico,
artístico ou científico, apoiado na realidade objetiva. Deve
ser sistêmico e, como reflexo dessa realidade deve ficar
vinculado à prática social, como critério da verdade.
2.- Princípio holístico do currículo: cada uma das
matérias, disciplinas ou temas de qualquer etapa docente
deve abordar, como mínimo, conhecimentos previamente
estruturados e planejados, de maneira que o discente os
integre como parte de um todo: transdisciplinaridade.
3.- Princípio da otimização docente: inter-relação dos
processos mentais. Este consiste na necessidade de
vincular os fatos reais, concretos, com as abstrações e
generalizações, através de operações planejadas que levem
à cognição: apropriação dos conteudos pelos discentes.
4.- Princípio da metacognição: é o que diz respeito ao
caráter consciente e à atividade independente dos
discentes, através da direção de um docente que viabilize
estratégias e táticas para condicionar o aprendizado.
(aprender a aprender).
5.- Princípio da acessibilidade: constitui a exigência de
que o conteudo do ensino seja compreensível e possível de
acordo com as características individuais do discente.
Consiste em conhecer o nível intelectual e acadêmico do
alvo do ensino ou da media do grupo para o planejamento
didático seja objetivo.
6.- Princípio da vinculação do individual com o coletivo,
e vice-versa: deve unir os interesses do grupo e os de cada
um de seus membros, com a finalidade de lograr os
objetivos propostos nas tarefas planejadas. Não se deve
dinamizar a aula para um discente, e sim para todos os
membros do grupo. Converter os grupos em coletivos,
observando as características individuais. Deve permitir o
atendimento diferenciado.
7.- Princípio da solidez dos conteudos: consiste no
trabalho sistemático e consciente durante o processo
docente, no qual o discente deve assimilar os
conhecimentos, as habilidades, os hábitos e os valores,
interiorizá-los, guardá-los na memória e utilizá-los a longo
prazo.
Metodos de pesquisas Didácticas
Nas pesquisas Didácticas, o método científico é a
forma racional, ordenada e objetiva que estabelece o
caminho, através de técnicas com marcado nível de
probabilidades de verificação científica para atingir o
objetivo definido. As vias para realizar as ações do método
da pesquisas científicas constituem-se nas técnicas desse
método. A seguir, se expõem métodos e técnicas de
pesquisas desde as perspectivas práticas e teóricas que se
empregam com sucesso na Didáctica. Os métodos que se
empregam na Pedagogia e em outras ciências particulares
são muito parecidos, a principal diferença está nas técnicas
desses métodos.
A natureza do método e da técnica é a mesma: ambos
são procedimentos, formas de atuação científica. Mas
existe, entre eles, uma grande diferença. Sua diferenciação
consiste na abrangência do método, que refere ao geral,
enquanto a técnica refere ao particular. Por isso, se tem,
em alguns casos, um mesmo método, com diversas
técnicas. A seguir se expõem métodos e técnicas de
pesquisa, desde as perspectivas práticas e das teóricas que
se empregam com sucesso na Didáctica.
Os métodos práticos com maior freqüência de uso na
Didáctica, como acontecem nas ciências sociais, são: a
observação, a experimentação e a sondagem
(levantamento). A observação é o método de recopilação
de informação docente mediante a percepção direta,
principalmente, através da observação de aulas, as
denominadas Visitas Técnicas, como uma técnica de
observar os elementos do campo de ação do objeto
estudado ou pesquisado. Outra técnica específica da
Observação Didáctica consiste no registro sistemático,
válido e confiável de comportamentos ou condutas
manifestadas nas aulas metodológicas: instrutivas,
demonstrativas e abertas.
Outro método prático, para as pesquisas Didácticas,
menos utilizado que o anterior, é o experimento. A prática
experimental é o método onde se cria uma situação, já no
laboratório, no contexto escolar, na sociedade ou natureza,
com a finalidade de observar, sob controle, a relação que
existe entre os fenômenos que configuram o objeto
estudado. Outra técnica deste mesmo método é a
experimentação, onde se desenvolvem atividades sem os
estreitos controles das variáveis. Nesta técnica não se
utiliza a comparação entre os grupos de controle e o grupo
experimental. Centra-se mais no controle de variáveis
semânticas ou significativas do próprio campo de ação da
pesquisa.
O terceiro e ultimo método prático é muito utilizado
nas pesquisas Didácticas, ainda que não supere o primeiro,
é a sondagem, também conhecido como, levantamento. A
sondagem é o método onde a informação requerida
procura-se através das respostas a perguntas orais, escritas
no momento da pesquisa ou já recolhida com anterioridade.
Existem três técnicas deste método prático: sondagem por
fonte bibliográfica, questionário e entrevista.
Uma das grandes dificuldades das pesquisas
Didácticas está na inadequada utilização dos métodos
teóricos, deixando-se de fazer uma maior contribuição à
ciência. Essa inadequada utilização, também cria uma série
de questionamentos e duvidas da cientificidade dos
resultados. Não obstante, esses métodos são muito
importantes, já que permitem revelar as relações essenciais
do ensino, não observáveis diretamente ou a simples
olhares.
Os métodos teóricos didáticos cumprem uma função
epistemológica importante, pois possibilitam ir além das
características fenomênicas ou superficiais da realidade.
Também permitem explicar os fatos e aprofundar nas
relações essenciais e qualidades dos processos, fatos e
fenômenos docentes. Os métodos mais usados são: o
analítico, o sintético, o abstrato, o concreto, o indutivo, o
dedutivo, o histórico, o modelativo, o sistêmico e o
comparativo.
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPORTÂNCIA
PRÁTICA DA DISTINÇÃO
Referente às origens destas ciências particulares
analisadas neste trabalho pode se concluir que a Pedagogia
surgiu primeiro que a Didáctica. A Pedagogia nasce no
século XIX e teve seu grande desenvolvimento no século
XX. No caso da Didáctica, surgiu no final do século XX, e
talvez por isso, ainda neste século XXI, em alguns paises,
institucionalmente, não é considerada como tal. Daí que
não receba o apoio governamental, e seu desenvolvimento
fica comprometido, só a expensas dos trabalhos e esforços
individuais de cientistas didáticos.
Por outro lado, é significativo ressaltar que a
Pedagogia, igualmente à Didáctica, não estabelecem
normas, diretrizes, ou quaisquer outras considerações ao
respeito. Elas, como qualquer outra ciência particular,
estudam e pesquisam o objeto delas, e dentro desse objeto,
o campo de ação, que corresponde aos problemas
científicos que solucionam através da atividade
investigativa. Logo, o resultado divulgado como um novo
conhecimento científico entrará no processo de interface,
para converter esse novo saber, num produto ou serviço,
norma ou diretriz que será aplicado na prática, através dos
processos de introdução e generalização dos resultados
científico-tecnológicos. Esses resultados na prática social
provocarão uma inquestionável melhoria ao processo de
construção do ser humano (formação da personalidade), no
caso da Pedagogia e ao processo docente, no caso da
Didáctica.
Independentemente da necessária aplicação de
resultados científicos e tecnológicos, a educação, sendo
uma atividade sócio-cultural, política e econômica, pode e
deve ser desenvolvida através da inter-relação entre
escola, família e comunidade, onde a escola exerça seu
papel mediador, sem tomar a responsabilidade e
obrigatoriedade que tem a família sobre a educação de
seus membros. Para isso, a escola deve assumir maior
autonomia, através da participação da família e a
comunidade na gestão educacional.
Reconhecer as diferenças entre educação e ensino,
possibilitará fazer um melhor planejamento, e de fato, um
melhor trabalho educativo, complementando os objetivos
instrutivos das disciplinas com os objetivos educativos. É
"lutar" para que o desenho curricular seja concebido
transdisciplinarmente. É propiciar no planejamento
educacional e no planejamento didático, a possibilidade de
educar ensinando e de ensinar educando.
Não deve existir uma unidade forçada entre educação
e ensino. Por isso Haydt, R (1997, p.12) expressa que
"enquanto a educação pode se processar tanto de forma
sistemática, como assistemática, o ensino é uma ação
deliberada e organizada" Para que exista educação no
processo de ensino se deve desenhar um currículo que
inclua os aspectos educativos desejados. Por isso, aspectos
de cidadania, tais como etiqueta, educação ambiental,
educação no trânsito, ética, moral, legislação, entre muitos
outros, devem ser inseridos no processo docente, desde
bem cedo na escola. Portanto, não existe uma unidade,
como lei ou princípio, entre educação e ensino, e si uma
"relação necessária" ao dizer de J. Araujo. (ARAUJO, J. 2002,
p. 92).
Se a escola cria as condições sócio-culturais, tomando
em consideração as condições genéticas dos educandos, se
a escola permite a participação dinâmico-participativa da
família e a comunidade na sua gestão didático-pedagógica,
essa escola estará construindo um ser humano convencido
de seu papel protagônico na sociedade. Neste sentido, será
um ser humano menos egoísta, menos individualista,
menos agressivo, e pensará e dará maior valor aos
aspectos do coletivo. Estará construindo um ser humano
superior em todos os sentidos sociais.
REFERÊNCIASÁLVAREZ ZAYAS, C. La escuela en la vida. La Habana: Pueblo y
Educación, 1995.
ARAUJO, J. As intencionalidades como diretrizes da prática
pedagogicas. Em Pedagogia Universitária São Paulo: Papirus, 2002.
BARANOV, S.P. et al. Pedagogia. La Habana: Pueblo y Educación,
1989.
GADOTTI,M. Educaçao e Compromisso. 3.ed. Campnas: Papirus,
1988
GARCIA, R O fazer e pensar dos supervisores e orientadores
educacionais. 9 ed. São
Paulo: Loyola, 2004
HAYDT, R. Curso de Didáctica Geral. 3.ed. São Paulo: Ática, 1997.
HOFF, S. Fundamentos filosoficos dos livros didáticos
elaborados por Ratke, no seculo XVII. Em Revista Brasileira de
Educação pág. 147. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rbedu/n25/n25a12.pdf . Acesso em: 18/11/2007.
ICCP. Pedagogia. La Habana: Pueblo y Educación, 1988.
I ENCUP. I Encontro Nacional de Coordenadores das
Universidades Públicas Brasileiras. Disponível em:
http://ced.ufsc.br/nova/encontro_reforma_pedagogia/GT2.htm. Acesso
em 30/11/2007
ISÓIS, J. Pedagogia Rimada. Ciudad de México: NGMPM, 1976.
LIBÂNEO, J. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez,
1999.
_______ et al. Pedagogia, ciência da educaçao? 3.ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
LUAIZA, B.A. Pedagogia e Didáctica: duas ciências autônomas.
Imperatriz: BeniRos, 2008
MARTINS, J Didáctica Geral. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1990
NASSIF, R. Pedagogia General. Buenos Aires: Kapelusz,1958.
NEUNER,G. et al, Pedagogia. La Habana: libros para la
educación,1981.
* Este é um trabalho que sintetiza as principais idéias da obra:
Pedagogia e Didáctica: duas ciências autônomas, resultados de
mais de 10 anos de pesquisas. Enviado a Monografia.com nesta data:
12/01/2008.
**Prof DrC. Benito Almaguer Luaiza, é atualmente o Diretor-
Presidente do Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento
Humano – CEPEDH. Foi membro do Comitê Científico do IV Encontro
de Pesquisas na Educação do Curso de Mestrado em Educação da
UFPI (2006); Assessor Acadêmico e Professor-pesquisador em várias
Instituições de Ensino Superior em vários paises. Professor do
Mestrado em Ciências da Educação. Convênio–IPLAC/UEMA; Autor de
livros e artigos científicos publicados em Argentina, Haiti, Inglaterra,
Cuba e Brasil.
As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e
não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de
responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação
bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.
PEDAGOGIA
PEDAGOGIA
É a área que trata dos princípios e métodos de ensino, na
administração de escolas e na condução dos assuntos
educacionais. O pedagogo, que trabalha para garantir e
melhorar a qualidade da educação, tem dois grandes
campos de atuação: a administração e o magistério, de
modo que pode tanto gerenciar e supervisionar o sistema
de ensino quanto orientar os alunos e os professores. Em
órgãos do governo, estabelece e fiscaliza a legislação de
ensino em todo o país. Em escolas, orienta e dirige os
professores, com o objetivo de assegurar a qualidade do
ensino. Também é ele quem verifica se os currículos estão
sendo cumpridos e se condizem com as leis educacionais.
Acompanha e avalia, ainda, o processo de aprendizagem e
as aptidões de cada aluno. Pode trabalhar também com
portadores de deficiências físicas ou intelectuais, auxiliando
em sua inclusão na sociedade, ou com educação a
distância.
As Novas Tecnologias como Instrumentos de
Aprendizagens dos Conteúdos Escolares
Autor: Juliete de Souza Fernandes.
RESUMO
O presente projeto de pesquisa, fundamentado em
pesquisa bibliográfica visa atender as séries iniciais do
ensino fundamental de escolas publicas. A prática do
projeto será uma forma eficaz de reforço no ensino,
podendo contribuir com o desenvolvimento e melhoria do
rendimento escolar de alunos. O despertar pelo interesse
deste projeto, deve-se ao avanço das novas tecnologias e a
sua introdução no contexto escolar. Sabemos que a
educação é o melhor caminho para o desenvolvimento
social, deste modo, a análise do currículo adequado para a
realização do projeto é fundamental para uma correta
introdução da tecnologia como um meio para melhorar a
qualidade de ensino.
Palavras-chave: Tecnologia, currículo, educação.
I. INTRODUÇÃO
As tecnologias no ambiente escolar podem contribuir para a
melhoria das condições de acesso à informação, minimizar
limitações relacionadas ao tempo e ao espaço e auxilia na
comunicação entre professores e alunos nas instituições de
ensino. Além disso, os recursos tecnológicos da informática
na educação escolar vieram a contribuir na inovação da
prática do professor em seu trabalho diário em sala de aula.
Atualmente, tem-se um leque de possibilidades: bibliotecas
online, base de dados, sites especializados, filmes,
imagens, livros eletrônicos (e-books), enfim, os recursos
são inesgotáveis para acesso e consulta ampliando
largamente as fontes de informação. A informática está
presente em salas de aula e em outros ambientes
educacionais. Educandos utilizam computadores para
inumeras tarefas devido à facilidade de comunicação e
acesso às informações na realização de pesquisas e
trabalhos escolares. (FORESTI, 2013).
Por meio desses recursos as aulas são mais interativas
incentivando uma maior participação dos alunos nas
atividades escolares proporcionando benefícios na
aprendizagem. Por meio desse projeto será possível provar
que essas tecnologias auxiliam na aprendizagem dos
conteudos das disciplinas escolares.
II. REFERENCIAL TEÓRICO
O currículo Construtivista proposto para o projeto
caracteriza-se, segundo LIBÂNEO (2004), pelo nível de
desenvolvimento intelectual dos alunos e o estímulo à suas
capacidades cognitivas e sociais, como um modo de
possibilitar a construção pessoal de conhecimentos. Em
relação ao construtivismo educacional, o ensino com
métodos e uma tecnologia educativa, tendo como
finalidade acentuar saberes, visa desenvolver as
habilidades dos alunos sobre os recursos tecnológicos e
fazer uso deles para aprimorar facilitar a aprendizagem dos
conteudos escolares com a introdução de técnicas mais
refinadas de transmissão dos conhecimentos, incluindo,
hoje, os computadores e mídias.
De acordo com LIBÂNEO (2004, p.186), "A qualidade social
do currículo se expressa no provimento das condições
pedagógico-didáticas que asseguram melhor qualidade
cognitiva das experiências da aprendizagem". Esse
princípio aborda a concepção de currículo citada
anteriormente, sendo que se refere às novas práticas
pedagógicas e as novas metodologias de ensino vistas pelo
autor como conhecimentos sistematizados, uma clara
alusão aos recursos tecnológicos introduzidos em meio
escolar.
A inserção de ferramentas tecnológicas para facilitar e
diminuir às dificuldades de aprendizagem da criança na
escola auxiliarão os professores ajudando na educação
escolar dos alunos na sala de aula. Os alunos se sentirão
estimulados a buscar e socializar com esses recursos de
forma a melhorar seu desempenho escolar.
A tecnologia numa interação social é um elemento que
ajuda o aluno a aprender e nesse contexto provoca
enormes transformações, modificando essa relação escola
e aluno. Ela é um ótimo recurso na hora de aprender algo
novo e nesse processo o professor deve está inserido de
forma a adquirir e transmitir conhecimento. O contato com
essas tecnologias amplia os horizontes dos professores e
acena novas possibilidades de pedagógicas.
III. ANO DE ESCOLARIDADE
1. Tema
O projeto será desenvolvido com crianças das séries iniciais
do ensino fundamental de escolas publicas, a fim de
proporcionar ao aluno a oportunidade de tornar-se um
cidadão crítico, consciente do seu papel na sociedade
utilizando de diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos.
O tema proposto pelo projeto "As novas tecnologias como
instrumentos de aprendizagens dos conteudos escolares",
será desenvolvido nas disciplinas de Língua portuguesa,
Matemática, Ciências, História e Geografia.
2. Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Os objetivos do projeto é aproximar os alunos aos novos
recursos tecnológicos, ensiná-los a fazerem bom uso deles
e através dessas tecnologias trabalhar os conteudos das
disciplinas de forma interativa e prática.
2.2 Objetivos Especificos
Dinamizar o ensino, buscando inserir as novas tecnologias
no âmbito escolar;
Introduzir os computadores na vida escolar das crianças;
Estimular a mente da criança com o uso das tecnologias;
Promover aulas mais criativas, motivadoras e dinâmicas;
Oportunizar ao professor diferentes formas e recursos de
melhorar o ensino;
Aumentar a qualidade de ensino e consequentemente a
aprendizagem;
Expandir o acesso a informação.
IV. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais
uma ferramenta na construção de conhecimentos. Através
deste projeto os professores devem reconhecer que estão
gerando autonomia e facilitando a aprendizagem.
O conhecimento prévio sobre as novas tecnologias abre um
leque de oportunidades, facilitando a transmissão dos
saberes de professor para aluno que podem ser
desenvolvidos em várias áreas do ensino com crianças de
3º ano. As tecnologias inseridas em sala de aula despertam
no aluno a curiosidade estimulando o desenvolvimento
cognitivo para uma melhora na aprendizagem.
Em Computadores encontramos aplicativos básicos para
editar textos, softwares de apresentação (PowerPoint) e
recursos na internet em tempo real como mapas
atualizados e notícias do mundo todo.
Envolver os alunos em métodos atuais como laboratórios de
informática e apresentações em multimídia, programas ou
jogos educativos com áudio e vídeo, auxilia na
aprendizagem dos conteudos das disciplinas de forma
rápida e prática. Lembrando que o professor deve ser
mediador na aproximação das crianças com as TICs
(tecnologias da informação e comunicação), ensinando-as a
fazerem bom uso delas.
Para melhor eficácia do trabalho de inclusão das
tecnologias no interior das escolas, devem ser adotadas
algumas atitudes e métodos em relação às práticas
pedagógicas já desenvolvidas:
1. Analisar o comportamento dos alunos, a fim de detectar
as dificuldades no decorrer da realização do projeto.
2. Separar pequenos grupos de alunos que tenham
dificuldades semelhantes, promovendo melhor interação
entre eles e facilitando o trabalho do professor.
3. Os gestores devem avaliar se os professores estão
conseguindo atender os alunos com eficiência, caso
contrário, é necessária a atuação de auxiliares de
informática.
4. Promover a conscientização da comunidade escolar,
promovendo palestras no interior da escola com
professores, pais e alunos.
Ao fim dos estudos sobre as tecnologias podemos através
de exposição de objetos utilizados na escola antigamente e
os novos da atualidade e fazer uma comparação de como a
tecnologia hoje em dia está muito avançada. Podemos
trabalhar a aprendizagem sobre a tecnologia através de
cartazes com textos, recortes de jornais e revistas sobre o
assunto, produzidos pelos alunos.
VI. SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO
As avaliações serão mais produtivas se forem variadas,
através de testes podemos observar os resultados
desenvolvidos pelos alunos em pesquisas e no dia a dia em
sala de aula. Devemos acompanhá-los durante as
atividades desenvolvidas, analisando possíveis mudanças
em relação aos objetivos propostos no projeto.
Muitas vezes a prova omite o que o aluno realmente sabe.
Tudo deve ser avaliado:
As atividades escolares e extraescolares;
O comportamento e a participação nas aulas;
As avaliações orais;
Trabalhos expositivos.
Não devemos esquecer as provas, que também são
métodos de avaliação. É preciso estar atento à forma como
realizamos para que essa seja bem recebida pelos alunos.
O acompanhamento pedagógico é fundamental para
auxiliar alunos e professores. Uma equipe de pedagogos e
psicopedagogos especializados deve desenvolver um plano
de ação pedagógica onde são confeccionados relatórios
sobre o desenvolvimento do aluno que serão discutidos no
interior da escola e com as famílias.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).
NBR-IOS 8402. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas
Transversais. Brasília/DF: MEC, SEF, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. O planejamento escolar e o projeto
pedagógico-curricular. IN: _____. Organização e gestão da
escola: teoria e prática. 5. ed. revista e ampliada. Goiânia:
Editora Alternativa, 2004.
FORESTI, Andressa. Informática como tecnologia de
aprendizagem. Disponível em:
<http:// www.oficinanet.com.br/post/10541-informatica-
como-tecnologia-de-aprendizagem>.
Acesso em: 30 de maio de 2013.
LIÇÕES DE PEDAGOGIA EMPRESARIAL
Profa. Maria Luiza Marins Holtz
MH Assessoria Empresarial Ltda.
Rua Ubirajara, 446
18090-520 Sorocaba SP
1
Índice
APRESENTAÇÃO.................................................................5
INTRODUÇÃO......................................................................8
O PEDAGOGO E A PEDAGOGIA.....................................10
Um breve histórico..........................................................10
FOCO DO TRABALHO DO PEDAGOGO EM QUALQUER
AMBIENTE...................................15
Responsabilidades do Pedagogo Empresarial.................16
O Pedagogo Empresarial e os Chefes Líderes
Educadores...............................................18
Ciências que auxiliam o Pedagogo na eficácia do seu
trabalho............................................... 21
PEDAGOGIA, CIÊNCIA E ARTE ..................................... 32
EDUCAÇÃO NA EMPRESA..............................................38
Influências da educação familiar na empresa ................41
O Pedagogo Empresarial - a Hetero-educação e Auto-educação ...............................44
Diferenças entre educação e instrução na empresa ........47
Comparação entre educação e instrução ........................48
O Pedagogo Empresarial e a educação integral..............50
A PRODUTIVIDADE DA PESSOA HUMANA................53
As frustrações bloqueiam a nossa produtividade............55
As nossas necessidades geram as nossas motivações.....60
Atividades que reconquistam a nossa auto-estima e
desbloqueiam a nossa produtividade natural..................63
Sugestões de exercícios.................................................. 65
2
A APRENDIZAGEM NO ENSINO-TREINAMENTO
EMPRESARIAL.................................................................. 73
Como as mudanças acontecem....................................... 75
A eficiência das mudanças por aprendizagem................76
Caminho para conseguirmos as mudanças por
aprendizagem..................................................................79
TRANSMISSÃO DA EDUCAÇÃO - ENSINO
TREINAMENTO ................................................................ 84
Treinamento dos profissionais........................................ 84
Ensino e treinamento coletivo e individualizado ...........85
MÉTODOS, PROCESSOS e TÉCNICAS de ENSINAR....88
1ª. Treinamento no ensino - prática e automatização......88
2ª. O método de projetos - Ensino através e durante a
execução de um projeto.................................................. 93
3ª. Palestra - aula de reprodução por demonstração.......96
4ª. Aula expositiva - palestra/conferência.....................100
5ª. Técnicas de trabalho em grupo................................ 104
6ª. Instrução Programada.............................................. 111
7ª. O Ensino por meio de perguntas - trabalho mental
estimulado.....................................................................117
8ª. Recursos audiovisuais..............................................121
ALGUNS ASPECTOS PRÁTICOS DA PEDAGOGIA
EMPRESARIAL................................................................ 127
Só treinamento conduz à vitória................................... 127
Ninguém é “burro”........................................................131
A “imagem” de uma empresa....................................... 134
A força da amizade na empresa.................................... 138
A produtividade aumenta, estimulando a recreação.....142
Os poderes da alegria natural........................................145
Aumentando continuamente as vendas.........................150
“Por favor, preste mais atenção”...................................153
Elogiar é descobrir talentos escondidos........................157
“Não foi isso que eu quis dizer...” Dificuldade de
comunicação................................................................. 161
3
“Isso é falta de ética”.................................................... 165
Podemos anular o “stress”............................................ 169
Comunicação Humana - Relações Humanas e Relações
Públicas.........................................................................172
A espiritualidade do pensamento nas Relações Humanas
...................................................................................... 180
A Fé nas Relações Humanas.........................................182
A Inteligência nas Relações Humanas.......................... 185
A Perseverança nas Relações Humanas........................189
A qualidade do pensamento nas Relações Humanas....191
O Perdão nas Relações Humanas..................................193
A força dos gestos nas Relações Humanas................... 196
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA................................201
4
APRESENTAÇÃO
Pedagogia Empresarial, casamento perfeito.
Sempre acreditei que a Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas
têm o mesmo objetivo em relação às pessoas, especialmente nos tempos atuais.
Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com o
objetivo definido de produzir, liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, que dirige e
lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos produtivos, também definidos.
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um
programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades
da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos. A Pedagogia
também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realiza-los, de acordo com
uma determinada concepção de vida.
Vejam, tanto a Empresa como a Pedagogia agem em direção a realização de ideais e objetivos
definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas. Esse processo
de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um objetivo definido,
chama-se aprendizagem. E aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo.
Para a Empresa conseguir as mudanças desejadas no comportamento das pessoas, os meios
utilizados têm que ser adequados aos seus objetivos e ideais de alta produtividade.
Desde 1976, quando fundamos a MH Assessoria e Treinamento, hoje MH Assessoria
Empresarial, iniciamos as atividades de treinamento e consultoria empresariais, adotando
postura pedagógica. Nunca utilizamos pacotes prontos de treinamento ou de reorganização.
Consideramos essenciais os conhecimentos da filosofia de vida e dos ideais do Empresário e
conseqüentemente da empresa, para aplicação dos meios mais adequados e eficazes. Nossos
programas de ação sempre visam a orientação, o aperfeiçoamento e o estímulo das faculdades
humanas, especialmente a produtividade.
Maria Luiza Marins Holtz
INTRODUÇÃO
Acredito na Pedagogia Empresarial, há muitos anos, quando conheci as verdadeiras funções
do Pedagogo, como condutor do comportamento das pessoas em direção a um objetivo
determinado e da Pedagogia como a ciência e arte da Educação, o processo de influências que
formam a personalidade humana.
Ainda lecionava, nos cursos de Magistério, de Aperfeiçoamento de Professores e
Administração Escolar e posteriormente, no Departamento de Pedagogia da Faculdade de
Filosofia de Sorocaba, (hoje UNISO), nas cadeiras de Metodologia do Ensino e Prática de
Ensino, e já percebia que além da Escola, as Empresas seriam as grandes beneficiadas pelos
trabalhos e atividades pedagógicas.
Sempre incentivei meus alunos da faculdade a elaborarem projetos pedagógicos, como
trabalho de avaliação, e os oferecerem às empresas. Sentia que só a Escola era muito pouco
em relação à amplitude das funções do pedagogo.
Em 1976 quando criamos a empresa de Treinamento e Consultoria empresariais, e no nosso
trabalho, até hoje, tenho comprovado cada vez mais:
• A necessidade dos trabalhos pedagógicos dentro das empresas
• A admiração dos empresários pelos nossos trabalhos e seus resultados.
Sei que tanto as empresas como a Pedagogia têm os mesmos ideais. Ambas agem em direção
à realização de objetivos definidos, no trabalho com as mudanças no comportamento das
pessoas.
“Lições de Pedagogia Empresarial”, nasceu da necessidade de material que ajude no trabalho
do pessoal responsável pelas relações humanas nas empresas. Até hoje nada parecido existe
sobre o assunto.
Desejo ajudar esses profissionais, que para mim se dedicam ao aspecto mais lindo da vida
empresarial, a satisfação e realização profissional das pessoas, ao manifestarem seus dons e
talentos através do trabalho.
Sorocaba, março de 1999.
Maria Luiza Marins Holtz
O PEDAGOGO E A PEDAGOGIA
Um breve histórico Durante séculos e séculos, o problema educativo (a formação do caráter e
da personalidade das pessoas) foi objeto de estudo e de meditação, sem que houvesse
atribuído a este conjunto de conhecimentos, mais ou menos sistematizados qualquer
designação específica.
Eram os filósofos que estudavam os problemas educativos. Porém, entre a realidade prática ea
filosofia havia uma grande distância.
Aos poucos, foram surgindo pessoas que começaram a se relacionar diretamente com as
questões práticas educativas, - os PEDAGOGOS.
Na Grécia e em Roma, chamava-se PEDAGOGO ao servo ou escravo que era guardião,
conduzia e acompanhava as crianças. O próprio termo significa, aquele que conduz a criança.
Com o tempo, o PEDAGOGO, que começou como simples condutor ou guardião da criança,
acabou por se transformar, em Roma, num Preceptor (mestre encarregado da educação no
lar).
Quando Roma (que era guerreira), conquistou a Grécia, entre os prisioneiros reduzidos à
escravidão, vieram muitos atenienses cultos e ilustrados, com habilidades e conhecimentos
que causavam muita admiração aos romanos.
Juvenal, em Roma, escreveu a respeito dos gregos atenienses:
“Eles têm gênio galhofeiro, audácia pronta, linguagem fluente. Imaginais que seja um único
indivíduo? Pois oculta, dentro de si, uma infinidade. É ao mesmo tempo gramático, geômetra,
pintor, adivinho, médico, mágico, sabe tudo quanto quer saber, compreende tudo quanto quer
compreender”.
Diante desta multiplicidade de conhecimentos, os romanos entregaram a educação dos seus
filhos aos gregos, seus escravos, muitos dos quais eram sábios, filósofos, sofistas, oradores,
matemáticos, pintores, etc... - Os PEDAGOGOS-ESCRAVOS.
Com o desaparecimento da escravatura, sob influência do Cristianismo, o Pedagogo-Escravo
deixou de existir.
Passaram, então, a receber o nome de PEDAGOGOS, os estudantes pobres, que aprendiam
com os filósofos e se instalavam, nos castelos senhoriais e nos solares (morada de famílias
nobres), servindo de PRECEPTORES (professores encarregados da educação das crianças no
lar) dos filhos dos fidalgos e dos grandes senhores. Enquanto estudavam, ensinavam.
Recebiam em paga, pequenas importâncias. Na maioria dos casos, ensinavam a troco de
hospedagem, alimentação, luz e roupa lavada.
Com o tempo, e como a instrução era de difícil acesso, estes PEDAGOGOS-ESTUDANTES
começaram -com autorização dos respectivos senhores -a reunir aos filhos do palácio onde
trabalhavam, outras crianças de famílias conhecidas da redondeza.
Assim surgiram as primeiras escolas particulares.
Nessa época, a palavra PEDAGOGO, começou a ser usada como sinônimo de MESTRE-
ESCOLA.
Como estes Pedagogos passaram a se apresentar com “ares doutorais” de superioridade, o
público passou a atribuir à palavra PEDAGOGO, durante muito tempo, o significado de
PEDANTE (aquele que ostenta conhecimentos que na verdade não tem).
Foi da palavra PEDAGOGO que derivou, o termo PEDAGOGIA, vocábulo que aparece para
designar uma ciência e uma arte que tinha raízes antiquíssimas, quase tão velhas como a
própria humanidade - a da educação das pessoas.
No século XVIII surge, pela primeira vez, no Dicionário da Língua Francesa, o vocábulo
PEDAGOGIA, como Ciência da Educação, que já se usava na linguagem corrente.
Com a formação definitiva da Ciência da Educação, o vocábulo PEDAGOGIA se enobreceu e
enobreceu a palavra e a profissão de PEDAGOGO.
• Hoje o PEDAGOGO é o especialista em PEDAGOGIA, a Ciência e a Arte da Educação.
• Hoje o PEDAGOGO é o especialista em conduzir o comportamento da “criança que existe na
personalidade das pessoas”, o seu aspecto espontâneo, emotivo, alegre, descontraído e
equilibrador, para uma mudança em direção aos objetivos da Educação, o processo de
formação da personalidade humana equilibrada e ajustada.
Mudança provocada no comportamento humano, chama-se aprendizagem.
FOCO DO TRABALHO DO PEDAGOGO EM QUALQUER AMBIENTE
Como especialista em Aprendizagem e especialista em Educação, na sua ação educativa em
qualquer ambiente, o PEDAGOGO procura resolver às seguintes questões educacionais.
1. Qual a verdadeira linha de conduta moral e ética a seguir como base, para todas as
situações e em todas as circunstâncias da vida?
2. Como empregar todas as nossas faculdades, para o nosso bem e também para o bem das
outras pessoas?
3. Como dirigir a nossa inteligência emocional, a nossa capacidade de vencer dificuldades?
4. Como agir diante das situações estressantes, naturais da vida?
5. Como, de que maneira, as pessoas devem utilizar-se de todas as fontes de felicidade que o
Criador concede ao ser humano?
6. Como respeitar e tratar o nosso corpo e preservar a nossa vitalidade?
7. Como conduzir o comportamento das pessoas para viverem uma vida
realizadora?
8. Qual o objetivo que cada um deve ter ao educar sua família de maneira equilibrada?
9. Como e porque cada pessoa deve cumprir seus deveres de cidadão?
10. Como dar direção social adequada aos negócios?
Onde quer que o PEDAGOGO trabalhe, esses devem ser os fundamentos para o foco do seu
trabalho.
Responsabilidades do Pedagogo Empresarial
1. Encontrar as soluções práticas pedagógicas para as questões que envolvem a
otimização da produtividade das pessoas humanas - o objetivo de toda Empresa.
2. Conhecer e trabalhar fielmente na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa
onde trabalha.
3. Conduzir o comportamento das pessoas que trabalham na Empresa -dirigentes e
funcionários -na direção dos objetivos humanos educacionais e os definidos pela Empresa,
sempre com atividades práticas.
4. Planejar para promover as atividades práticas necessárias ao desenvolvimento integral das
pessoas -treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc.,
influenciando-as beneficamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a
produtividade pessoal.
5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para
com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento das
relações humanas harmoniosas e da produtividade empresarial.
6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de atividades e ações pedagógicas
educativas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da
produtividade pessoal.
O Pedagogo Empresarial e os Chefes Líderes -Educadores A primeira tarefa do Pedagogo
Empresarial é fazer, cuidadosamente, com que o empresário, perceba com nitidez, que o seu
ideal de vida, suas aspirações e objetivos pessoais e suas condutas morais influenciam de
maneira decisiva nas questões éticas, organizacionais e sociais da empresa, bem como nos
seus resultados econômico-financeiros.
Importante -Os melhores empresários e os melhores chefes conseguem resultados brilhantes
porque possuem características de Líder Educador.
1. O líder educador-o melhor chefe age, sem
saber e sem querer, apenas por causa das
suas intenções e dos seus exemplos de
18
conduta. Esta é a sua mais importante ação,
a mais impressionante e a mais eficaz. Ser
líder educador -ser o melhor chefe -é um
dom, uma qualidade, um talento que pode
ser desenvolvido, cultivado e treinado.
2.
O líder educador- o melhor chefe impõe-se,
acima de tudo pela sua maneira de ser. E
por intermédio do seu comportamento,
antes de mais nada, é que ele consegue a
autoridade para conduzir beneficamente o
comportamento das pessoas.
3.
O líder educador -o melhor chefe é
naturalmente admirado, respeitado e
imitado pelas suas idéias, pela sua energia,
pela coerência das suas atitudes e palavras,
pela lição constante dos seus gestos, do seu
comportamento.
4.
O líder educador-o melhor chefe, através
do seu modo de ser e do seu prestígio
provoca, o entusiasmo e estimula a
imitação e o treinamento. Nunca emprega a
discussão ou a pressão.
5.
O líder educador -o melhor chefe -é um
estimulador das qualidades das pessoas, um
incentivador positivo, pois a vida em grupo
é feita de influências e sugestões
19
recíprocas.
6.
O líder educador -o melhor chefe influencia
e convence as pessoas com
facilidade, pela sua coerência e exemplo,
levando-as a viverem os conhecimentos
que transmite.
7.
O líder educador -o melhor chefe usa com
eficácia, as técnicas de relacionamento e
contagia pelo seu modo de ser. Não dá
“lições” ou faz “sermões”.
8.
O líder educador -o melhor chefe -motiva
o desejo de uma vida mais produtiva e
realizadora. De conseguir oportunidades de
formação e de treinamento.
Importante -O líder educador -o melhor chefe pode
ser desenvolvido e treinado pelo trabalho do
Pedagogo Empresarial, com a atualização
constante dos seus conhecimentos a respeito do
comportamento humano.
20
Ciências que auxiliam o Pedagogo
na eficácia do seu trabalho
A PEDAGOGIA considera a pessoa humana, na
sua vida integral, individual e social.
O PEDAGOGO tem necessidade de conhecer tudo
quanto diz respeito à pessoa humana, para ter
condições de conduzir eficazmente o seu
comportamento e encontrar soluções práticas para
os problemas e as dificuldades que a aflige, no
aspecto espiritual, mental, social e material.
Para isso, utiliza-se de todas as Ciências Humanas
nos seus diversos campos de estudo.
1
Ciências do homem considerando a si
próprio
1.1 Psicologia Educacional
1.2 Ciências Biológicas
1.3 Antropologia
2
Ciências do homem considerado em grupo
2.1 Sociologia
2.2 Geografia Humana
2.3 Estatística
2.4 Administração - (da Empresa)
2.5 Comunicação.
3
Ciências Filosóficas
21
3.1 Filosofia
3.2 Filosofia da Educação
A Psicologia Educacional
Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em
Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia
Educacional. Cada dificuldade pedagógica que
surge, é simultaneamente uma dificuldade
psicológica. Para conduzir a mentes humanas, é
preciso conhecê-las, nas suas manifestações
conscientes e inconscientes.
A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa
humana, na sua evolução natural, e só diante desse
conhecimento é possível formular doutrinas e
atividades pedagógicas consistentes e métodos e
processos educacionais eficazes.
A Psicologia Educacional leva naturalmente ao
conhecimento das leis pedagógicas e, os sistemas e
atividades educativas só tem aplicação prática,
quando os processos psíquicos das pessoas deixam
de oferecer resistência ou defesa, facilitando ao
pedagogo a necessária ação pedagógica.
22
As ciências biológicas
Biologia -se dedica ao estudo da estrutura, da
atividade, da origem, da classificação, das relações
e posições dos seres vivos no espaço e no tempo.
Aprofunda-se no estudo das leis biológicas, para
que a vida, que tanto nos preocupa, possa produzir
tudo quanto pode e deve produzir. Fornece
informações indispensáveis sobre as leis da vida.
Fisiologia - estuda a função e o funcionamento dos
órgãos, dos músculos, dos nervos, da circulação
sangüínea, da respiração, etc... Permite relacionar
as funções orgânicas com as funções psíquicas e a
base fisiológica da mente. Esse é o conhecimento
que comprova o trabalho insubstituível e a função
da Educação Física, garantindo a eficácia do
processo pedagógico e educativo.
Anatomia -estuda a estrutura dos seres
organizados. em especial, ossos, articulações,
músculos, sistema vascular, (coração, circulação,
capilares), sistema linfático, sistema nervoso
central, sistema nervoso autônomo...todos os
aspectos trabalhados também pela Educação
Física.
Medicina psicossomática -ciência avançada, que
detecta através de sintomas orgânicos, distúrbios
de comportamento como, preguiça, maldade,
estupidez, perversão de caráter, inveja, etc... Sabe
23
se, por exemplo, que sentimento de inveja,
sentimento de orgulho... podem provocar
alterações fisiológicas, doenças no fígado...
Higiene -pesquisa e estuda os meios que devem
ser utilizados para conservar a saúde e evitar as
doenças. O eficácia da aprendizagem também
depende das condições de higiene e saúde, de
quem deve aprender, isto é, de quem deve mudar o
comportamento.
Por exemplo:
1.
Edifícios e suas condições físicas
higiênicas/sanitárias -limpeza, cor das
paredes e portas, iluminação, ventilação,
mobiliário adequado, dimensão e cubagem
das salas, dos banheiros, do refeitório, das
áreas de movimentação, dos locais de
práticas de exercícios físicos, da piscina...
Uso dos produtos adequados e eficazes de
higiene e limpeza, etc...
2.
Funcionários e suas condições de trabalho organização
dos horários, tempo de
repouso, exercícios físicos, banhos,
medidas profiláticas, equilíbrio entre o
tempo de recreação e o tempo de trabalho,
exame médico e mental dos funcionários,
vestuário, asseio corporal, etc...
24
A Antropologia
É a ciência do homem. Faz a história da espécie
humana: sua origem, raças, desenvolvimento,
evolução e adaptação ao meio, dimensões do
corpo, seus usos e costumes, etc... Fornece valiosa
contribuição para orientação e aplicação correta
das atividades físicas, culturais, sociais, de acordo
com os usos e costumes da região onde se situa a
empresa.
A Sociologia Educacional
O Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a
solução dos problemas da Educação dos
funcionários, principalmente no aspecto social, da
vida em grupo.
A sociologia estuda o comportamento da pessoa
humana nos diversos grupos sociais, desde a sua
família e as influências na formação da
personalidade. Estuda o papel da Educação nas
sociedades de hoje e a relação entre a Família e as
diversas instituições sociais de um lado e o local
de trabalho de outro.
25
Não é possível conhecer o desenvolvimento da
personalidade sem ser em função do meio em que
vive. É o meio social, e suas “pressões”, que
apresenta à pessoa, as situações de relacionamento
mais complexas e mais difíceis.
A Geografia Humana
Estuda as mútuas influências existentes entre o
homem, de um lado, e o solo, o clima e a
vegetação do outro lado. Mostra como as
condições geográficas podem exercer influencia no
desenvolvimento dos usos e costumes, da cultura
dos vários tipos de sociedades.
A Estatística
“Quanto maior é o número de indivíduos
que observamos, tanto mais, as
particularidades individuais, querem
físicas ou morais, se apagam e deixam
predominar a série de fatos genéricos, em
26
virtude dos quais a sociedade existe e se
conserva” (Quételet).
A estatística mede, por meio de métodos
científicos de observação, a freqüência dos fatos
ocorridos. Por exemplo:
1.
De que maneira um determinado sistema
de treinamento funciona na melhoria da
produtividade, numa mesma localidade,
nos diferentes momentos do dia ou mesmo
do ano, nas diferentes regiões?
2.
De que maneira a produtividade das
mulheres reage a um determinado tipo de
treinamento, assim como, também a dos os
homens, de uma determinada localidade ou
região, etc...?
3.
Qual é o horário que mais favorece a
eficácia das mudanças de comportamento a
aprendizagem -numa localidade ou
região, etc...?
27
A Filosofia da Educação
O Pedagogo sempre tem como base de
trabalho os diversos sistemas
educacionais, com sua Filosofia da
Educação. (Gonçalves Viana)
A Filosofia é a ciência que estuda e procura dar
explicações mais profundas do Universo, suas
origens e seus fins, os pensamentos, as razões e as
causas últimas que geram os acontecimentos.
O Pedagogo diante do problema educativo, seja na
empresa ou em outro ambiente, depara-se com as
seguintes questões filosóficas:
•
Quem é o ser humano no Universo?
•
Qual é o destino e função do ser humano
no Universo?
•
Como devo proceder corretamente com o
ser humano?
•
Que caminho mais seguro devo tomar?
•
Qual a razão por que devo seguir um
determinado caminho e não outro?
São perguntas filosóficas que só encontram
28
respostas na Filosofia da Educação.
Sabemos que a opinião do Pedagogo sobre
Educação depende da opinião dele sobre o ser
humano, sua natureza, seu destino, seu fim...
A Filosofia estuda a Ética (Moral), a Lógica, a
Matemática -que fornecem preciosas
contribuições para o esclarecimento do porquê das
grandes soluções pedagógicas.
A Ética em especial estuda a moral, que é base de
toda a Educação, seja ela de que natureza for. A
ética estuda as consequências pessoais e sociais
das condutas corretas ou corruptas, construtivas ou
destrutivas. A ação essencial da Educação consiste
em formar a consciência moral das pessoas (a
consciência do bem e do mal para si próprio, para
o seu grupo social e para a sociedade como um
todo).
Os grandes Educadores concordam em fazer duas
afirmações básicas que garantem o sucesso na
formação da personalidade, na Educação:
•
A educação moral é a higiene eficaz da
sociedade.
•
O desenvolvimento da coragem é acima
de tudo, um fenômeno moral.
29
Na base da própria Educação Física, encontra-se
a Moral, que ensina o homem a proceder
corretamente e construtivamente dentro do seu
grupo social.
Uma Educação Moral é base sólida para que o
homem seja bem sucedido, se desenvolva bem
fisicamente e evite vícios destruidores da sua saúde
porque o conduzem à ruína espiritual, mental,
física e social.
A Lógica -estuda as leis do pensamento em
direção à verdade. A sua necessidade na obra
educativa se refere ao mecanismo das
demonstrações, das definições e do ensino,
respeitando os critérios da verdade.
A Metafísica -estuda os problemas mais
transcendentes da vida, como:
•
O Conhecimento (a consciência de si
mesmo),
•
A Justiça (julgar segundo a consciência e o
direito),
•
A Religião (processo de ligação ao Ser
Criador).
As experimentações de um grande filósofo
30
educador obrigaram-no a afirmar:
“A religião é o mais primitivo de todos os
fenômenos sociais; no princípio tudo é
religioso. É a religião que representa a
melhor solução, pois admite o
desconhecido, que é tanto do agrado da
pessoa humana; além disso, a religião é
terapêutica, porque proporciona
esperanças e consolos profundamente
animadores e acima de tudo, saudáveis”
(Otto Rank)”.
31
PEDAGOGIA, CIÊNCIA E ARTE
Conhecimentos que fundamentam a ação
do Pedagogo Empresarial
“A PEDAGOGIA, não é uma ciência exata,
não é uma ciência de fatos, mas sim, de
possibilidades da alma do educando (ou
funcionário) em submeter-se às influências
educativas.” (Wilbois)
Quem pretende educar (orientar, influenciar,
ensinar, provocar mudanças benéficas), só
consegue com os conhecimentos de PEDAGOGIA
que é o conjunto das experiências práticas e
estudos sistematizados do fato educativo.
A PEDAGOGIA é definida como a ciência e a
arte da educação.
Ciência, quando investiga, analisa, sistematiza e
define -mediante observação e experimentação
prática - qual deve ser o objetivo da Educação.
Arte, quando define a execução, aplica e põe em
prática, de maneira mais bela, inteligente e
eficaz, as tecnologias, o resultado das
32
investigações das teorias conhecidas pelo
pedagogo, para atingir os objetivos da Educação.
A PEDAGOGIA estabelece :
•
Aquilo que se deve executar.
•
Estuda os meios de o executar.
•
Põe em prática aquilo que estabeleceu.
Então -A Pedagogia estuda e aplica doutrinas e
princípios para um programa de ação, com os
meios mais eficazes de formação,
aperfeiçoamento e estímulo das faculdades da
personalidade humana, de acordo com ideais e
objetivos adequados a uma determinada
concepção de vida.
Os objetivos da Pedagogia como Ciência, são:
•
Investigar todas as dificuldades referentes
ao funcionário (o educando), ao chefe (o
educador) e ao ambiente.
•
Elaborar hipóteses, teorias, princípios e
atividades.
•
Estudar e apurar os resultados da
33
atividade especulativa.
•
Experimentar na prática.
Os objetivos da Pedagogia como Arte, são:
•
Preparar o funcionário (o educando), para
uma vida mais produtiva e realizadora.
•
Cultivar as faculdades e os talentos do ser
humano, funcionário (o educando) de
maneira agradável, programada e
progressiva.
•
Procurar ajustar o ser humano a si mesmo e
às condições do meio em que vive e
convive (lar, escola, empresa...).
•
Agir com atividades educativas, de maneira
agradável, rendosa, formativa e
disciplinadora.
LEMBREMOS QUE
A PEDAGOGIA É PRÁTICA
Fazendo as comparações dos exemplos abaixo
34
temos idéia da característica essencial da
PEDAGOGIA, a sua função prática.
1.
A Biologia pesquisa e ensina as leis do
desenvolvimento do nosso organismo
como um todo;
A Pedagogia ensina como fazer para cuidar
do nosso corpo, seus órgãos e suas funções,
para mantê-lo sempre sadio, ágil e belo.
2.
A Psicologia pesquisa e ensina sobre as
nossas faculdades mentais e o nosso
comportamento;
A Pedagogia ensina como fazer para
desenvolvê-las plenamente e equilibrar
nosso comportamento.
3.
A Lógica ensina sobre a demonstração da
verdade, com pensamento humano;
A Pedagogia ensina como usar as regras do
pensamento para comunicá-lo claramente
dentro da verdade.
35
4.
A Antropologia observa pesquisa e estuda o
homem como ser sociável, inteligente, seus
usos e costumes e a consciência das suas
ações;
A Pedagogia ensina como fazer para
exercer a sua função, como ser humano
consciente do seu ambiente, da sua cultura,
usos e costumes
5.
A Higiene pesquisa e ensina os meios de
evitar as doenças e conservar a saúde do
corpo e do ambiente;
A Pedagogia ensina como fazer para viver
de maneira saudável.
6.
A Religião pesquisa e ensina sobre a
ligação do homem com o Criador.
A Pedagogia ensina como fazer para viver
a ligação diária do homem com o Criador.
36
Então, a função da Pedagogia é mostrar COMO
AGIR de maneira mais construtiva e produtiva
para si, para os outros e para a sociedade. A
Pedagogia apresenta atividades práticas que
conduzem ao objetivo determinado.
37
EDUCAÇÃO NA EMPRESA
Conceituações sobre educação
Para orientação do trabalho do Pedagogo
Empresarial
As influências, das pessoas e do ambiente,
recebidas pelos participantes de uma
Empresa, durante todo o tempo em que
trabalha nela, é um processo de Educação.
O que é Educação?
É fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja
consciente de que a Educação, puramente humana,
por mais requintada que seja, não realiza
totalmente o homem, e isto porque “o homem tem
aspirações de Infinito”. Demonstra-se
metafisicamente e historicamente que o homem,
em toda parte e sempre, “mesmo quando nega o
Infinito, sente a atração do Infinito. A
arreligiosidade é fenômeno anormal, contrário às
aspirações mais íntimas da natureza humana.”
38
Deste modo:
“uma verdade domina a Educação: Toda a
dignidade do homem reside no
pensamento, livre no seu ato, e perfeito no
seu objetivo. O pleno desenvolvimento da
pessoa humana realizar-se-á na livre
adesão do espírito à Bondade, à Beleza, à
Verdade Suprema, isto é, à Deus.” (Rey
Herme)
A este fim último todos as outras definições de
educação devem subordinar-se.
•
Educação é o processo de formação da
personalidade humana, durante toda a sua
vida.
•
Não há Educação sem o ideal de um
mundo melhor. Não há educador pedagogo
-que possa dispensar-se de
cultivar a nobreza da alma.
•
Educação é o conjunto de ações, de
influências e de sugestões -exercidas sobre
os indivíduos no sentido de aproveitar
metódica e progressivamente -todas as
possibilidades -físicas, psíquicas e
espirituais -no interesse individual e no
interesse coletivo -para que eles se tornem
39
capazes de viverem bem, no ambiente
físico e social de que fazem parte, contribuindo,
na medida do possível, para o
seu bem estar e progresso da sociedade em
que vive.
•
A Educação, digna de tal nome, não só
prepara a pessoa humana para cumprir seus
deveres gerais de cidadão, mas também
para o desempenho de uma atividade ou
profissão, tomando por base diversos
aspectos: -conhecimentos, aptidão,
vocação, interesse, classe social, situação
econômica, etc...
•
A boa Educação deve, atender aos
interesses espirituais, morais e materiais. O
educador realiza a obra educativa por
intermédio do espírito, e não conseguiria
realizá-la se compreendesse que essa ação
promove apenas o desenvolvimento e a
cultura dos interesses materiais.
•
Educar é ajustar o educando (funcionário) à
cultura (usos e costumes sociais e éticos-
morais) do seu tempo, do seu grupo social
e habituá-lo a viver com eficiência e
eficácia.
•
A Educação trabalha com as experiências
40
úteis do passado e com os conhecimentos
que ensinam construir o futuro. Então,
procura desenvolver e utilizar todas as
potencialidades da pessoa humana, através
de atividades práticas educativas, isto é,
que sejam construtivas.
Influências da educação familiar na
empresa
Conhecimentos úteis para recrutamento,
seleção e treinamento
Na verdade, cabe à família o dever e a
importantíssima missão de dar os alicerces seguros
da educação isto é, da formação da personalidade.
É ela que fornece, à pessoa desde a infância, as
primeiras noções das coisas e os primeiros
conhecimentos básicos da vida pessoal e da vida
social.
Até certa idade, ainda imatura, é a Família que
41
orienta e dirige a pessoa. É a Família quem a educa
bem ou mal, de acordo com a qualidade das suas
influências, especialmente dos exemplos.
Numa boa educação, os pais cumprem o dever de
vigiar e cuidar a todo o instante da vida dos filhos.
Acompanham o seu desenvolvimento, ensinamlhes
a falar, impõem-lhes hábitos e disciplina,
fixam-lhes reflexos, ensinam-lhes conceitos de
relacionamento e responsabilidade, etc...
Mas infelizmente, a Educação Familiar nem
sempre cumpre seu dever, e as consequências são
sentidas, posteriormente, na escola, no trabalho e
na vida social.
Vejamos três dificuldades muito comuns nos
ambientes sociais especialmente no trabalho:
1.
A insubordinação -Os desacordos
constantes entre o pai e a mãe, fazem com
que os filhos vivam no meio de contínuas
contradições. A criança nunca sabe em
quem deve acreditar e obedecer, acabando
por se convencer que é melhor fazer o que
quiser, sem atender às ordens, advertências
ou conselhos dos pais, os primeiros
modelos de autoridade da sua vida.
42
Depois, repete esse comportamento de
insubordinação, com as outras autoridades
(dirigentes,chefes...), tanto na escola, como
no trabalho e na sociedade.
2.
Ausência de experiências sociais básicas Os
pais, por mais cultos que sejam, não
conseguem, sozinhos, proporcionar aos
filhos, experiência social, aquele conjunto
de noções, experiências e conhecimentos
adquiridos na relacionamento com outras
pessoas. É necessário e importante que
proporcionem aos filhos experiência social
escolar desde muito cedo, para que
aprendam a administrar as dificuldades de
relacionamento humano, que viverão
posteriormente na vida adulta familiar e
profissional.
3.
Condescendência exagerada da mãe ou dos
pais -As crianças, acostumadas às
condescendência constantes da mãe, ou dos
pais, tornam-se, pessoas orgulhosas,
voluntariosas e indisciplinadas. Sem a
consciência do seu comportamento
inadequado, não aceitam as regras, a
organização e disciplina de uma instituição,
têm dificuldade de convivência, exigem e
esperam condescendência, que nunca terão.
43
O Pedagogo Empresarial -a Heteroeducação
e Auto-educação
Origem das influências recebidas
Sabendo que Educação é um processo de
influências, positivas ou negativas, na formação da
personalidade humana, podemos dizer então, que a
pessoa humana é educada:
•
Pelos outros (hetero-educação)
•
Por si própria (auto-educação).
Hetero-Educação
Estamos continuamente recebendo dos grupos
sociais em que vivemos (os outros) uma influência
enorme. A todo o momento estamos recebendo, as
mais diversas influências, que vão marcando traços
fortes na nossa personalidade:
•
Os exemplos das pessoas da nossa
convivência: -pais, parentes, professores,
44
amigos, colegas, vizinhos, conhecidos,
ídolos, etc...
•
os programas de TV,
•
as revistas que vemos e lemos,
•
os objetos que nos cercam,
•
os espetáculos que presenciamos,
•
as palavras que ouvimos,
•
os cartazes que vemos,
•
os quadros que admiramos,
•
as atividades das quais participamos,
•
etc...
Essa ação formadora da personalidade, exercida
pela sociedade (os outros) sobre nós manifesta-se
de dois modos diferentes:
•
Espontâneo e automático, que
inconscientemente nos convence por meio
dos usos e costumes, da tradição e dos
45
hábitos...
•
Intencional, por meio da organização dos
grupos sociais aos quais pertencemos,
especialmente o grupo de trabalho
profissional.
Auto-Educação
Quando a nossa personalidade é influenciada pelos
elementos buscados por nós mesmos, de dois
modos:
•
Não intencional -por meio das várias
participações em brincadeiras,
divertimentos, festas, reuniões de lazer, e
outras atividades espontâneas em grupo...
•
Intencional -por meio da busca de
conhecimentos, através de livros, vídeos,
DVDs, filmes, revistas, internet, de visitas
a museus, visitas à feiras ou exposições
especializadas, participação em congressos,
etc...etc...
46
Diferenças entre educação e
instrução na empresa
Se considerarmos que o ser humano é
naturalmente criativo, que produz, elabora,
questiona, inventa e realiza...É necessário e
imprescindível para a otimização da aprendizagem
e da produtividade, contar com a personalidade
dinâmica e positiva do monitor ou chefe líder-
educador.
Já está provado que a aplicação meticulosa dos
métodos de ensino, mesmo com o melhor material
didático do mundo, é processo insuficiente e que
não podemos esperar resultados “mágicos” de
processos de ensino, de livros didáticos, de
ilustrações, de laboratórios, de herbários, de
transparências, de vídeos, etc.
Como na empresa, há necessidade de se conseguir
mudança de comportamento com o objetivo
definido de melhorar a produtividade pessoal, o
processo que deve se realizar é o processo
educativo e não somente instrutivo.
O simples ato de instruir, não satisfaz aos objetivos
do processo educativo, de influenciar
positivamente e provocar a mudança de
comportamento (aprendizagem).
47
Aqueles que se limitam a instruir, sejam eles, pais,
monitores, professores ou chefes..., não cumprem
integralmente a missão de educar, isto é, de
estimular, através de experiências vividas, as
mudanças de comportamento necessárias que
contribuem para otimizar a formação da
personalidade, a qualidade de vida e a
produtividade.
Comparação entre educação e
instrução
1.
Educação -Processo de influenciar
pessoas para desenvolver a sua
personalidade, levando-a a usar os
conhecimentos, de dentro para fora, através
de experiências vividas. (tarefa do
pedagogo).
Instrução -Processo de fornecer
informações de fora para dentro (tarefa do
instrutor).
2.
Educação -Provoca o desenvolvimento
integral da personalidade e a satisfação das
necessidades pessoais e sociais, através de
48
experiências vividas (tarefa do pedagogo).
Instrução -Provoca apenas acúmulo de
informações. (tarefa do instrutor).
3.
Educação -É o processo de atingir as
motivações pessoais, sugerindo e
convencendo, através de experiências
vividas. (tarefa do pedagogo).
Instrução -É um processo de explicação
ou demonstração teórica. (tarefa do
instrutor).
4.
Educação -Aplicação prática de regras e
princípios éticos-morais básicos, através de
experiências vividas, indispensáveis e
necessárias ao ser humano, em todas as
circunstâncias, e em qualquer profissão ou
função (tarefa do pedagogo).
Instrução -Dá explicações teóricas para
alguém ainda inexperiente, em relação a
conduta em uma profissão, função, tarefa
ou uma determinada missão (tarefa do
instrutor).
49
5.
Educação -Proporciona atividades para
formação integral de personalidade,
através de experiências vividas, que
envolvam todos os aspectos da
personalidade: espiritual, mental, físico...
(tarefa do pedagogo).
Instrução -Oferece informações teóricas,
culturais e científicas, nas formas mais
elevadas e mais nobres, sem necessidade de
experiências (tarefa do instrutor).
O Pedagogo Empresarial e a
educação integral
Condição indispensável para melhorar a
produtividade
A Educação Profissional é excessivamente
unilateral e restrita em relação à personalidade
humana integral.
O Pedagogo Empresarial deve lembrar sempre que
50
o homem é um microcosmo, um ser complexo e
que para desenvolver a sua faculdade inata de
produzir necessita do desenvolvimento integral da
sua personalidade.
O Pedagogo Empresarial deve demonstrar, na
empresa, com o seu trabalho prático, os efeitos
benéficos da adoção das várias atividades
educativas.
O Pedagogo Empresarial, com a prática de
atividades recreativas (recriativas), enfrenta, na
empresa, o desafio de contrabalançar os efeitos
desequilibradores da especialização profissional,
limitante e muitas vezes castradora.
A atenção do Pedagogo Empresarial, à Educação
Integral, isto é, ao processo de influenciar e
sugestionar positivamente os funcionários em
todos os aspectos da sua personalidade vai
proporcionar o desenvolvimento da produtividade
pessoal nas mais diversas atividades.
Embora não atinja a perfeição ideal, pode
encontrar a perfeição humanamente possível, com
boa vontade, conhecimento centífico, persistência
e perseverança, dedicação e principalmente muita
criatividade.
A necessidade de influenciar positivamente e de
desenvolver a pessoa humana na sua personalidade
51
integral, e na tentativa de atingi-lo completamente
proporcionando-lhe auto-realização, fez com que o
processo educativo fosse separado em várias partes
que são atingidas com sucesso, pelas atividades
recreativas.
Por isso, encontramos várias denominações para o
único processo de educar.
Vejam que interessante:
Educação Artística -Educação Científica Educação
Cívica -Educação Corretiva -Educação
Doméstica -Educação dos Sentimentos Educação
Econômica -Educação Escolar Educação
Feminina -Educação Filosófica Educação
Física -Educação Funcional -Educação
Intelectual -Educação Literária -Educação Moral
Educação Popular -Educação Pré-Escolar Educação
Preventiva -Educação Profissional Educação
Religiosa -Educação Sexual -Educação
Social - Educação Supletiva - etc...
São denominações para os vários aspectos do
único processo -Educação -com a intenção e
esforço de dedicar atenção especial, a cada aspecto
da personalidade integral da pessoa humana. A
Educação integral através das atividades
recreativas, promove o desbloqueio da
produtividade inata da pessoa humana.
52
A PRODUTIVIDADE DA
PESSOA HUMANA
Produtividade é a faculdade inata da pessoa
humana, de produzir, de ser rendosa, de ser
proveitosa, de ser criativa, de ser elaboradora, de
ser realizadora.
Sendo uma faculdade humana inata, é natural que
sejamos produtivos, em tudo que já sabemos fazer,
seja em atividades pessoais em casa, seja em
atividades profissionais no trabalho, seja em
atividades sociais e voluntárias.
Então, não precisamos aprender produtividade,
devemos sim, desenvolvê-la, isto é, eliminar o que
a está envolvendo. Seja o desconhecimento da
atividade, ou mesmo fatores emocionais, para
descobrirmos porque em alguns dias somos
produtivos e em outros dias, não.
A PNI -Psiconeuroimunologia – e a Psicologia
Educacional comprovam com resultados de
pesquisas, que o nosso estado emocional, influi de
maneira decisiva na nossa capacidade natural de
aprender, de produzir, como também na nossa
vitalidade.
53
Se estivermos satisfeitos e alegres, somos
naturalmente muito produtivos, e se estivermos
frustrados e tristes... nossa produtividade é baixa.
Está comprovado que a alegria é a emoção que
produz a energia mais necessária ao nosso
equilíbrio e produtividade. Aliás, ser alegre, na
realidade, é o nosso natural, que podemos
perfeitamente manter, comandar e controlar. Estar
triste e preocupado é um estado artificial,
passageiro, e só nos causa prejuízos de toda
espécie.
William James, dos mais famosos psicólogos norte
americano, descobriu, nos seus trabalhos de
pesquisa, que podemos recriar o tempo todo, o
nosso estado permanente de alegria, porque a
nossa mente é influenciada pela expressão do
nosso próprio rosto. Então, rindo
propositadamente, e mantendo conscientemente
um ar de riso conseguimos permanecer no estado
natural alegre. Descobriu também, que de tanto
provocarmos conscientemente a alegria, através do
riso consciente, passamos a ser espontaneamente
alegres e os efeitos benéficos sobre a nossa
produtividade são sentidos imediatamente.
Se somos alegres, a nossa “Luz” brilha. Todas as
nossas qualidades, espirituais, mentais e físicas e a
nossa produtividade se manifestam livremente e
54
intensamente.
Existem atividades especiais para desbloquear a
nossa produtividade que podemos e devemos
praticar diariamente. Ajudam a desenvolver a
nossa alegria natural, as nossas qualidades e a
nossa produtividade, tirando tudo o que está
envolvendo e impedindo a sua manifestação.
Lembremos mais uma vez de que desenvolver é
tirar o que está envolvendo, o que está
escondendo.
As frustrações bloqueiam a nossa
produtividade
Na Psicologia Educacional aprendemos que
frustração, é um sentimento de insatisfação das
nossas necessidades naturais. Quando nos
sentimos insatisfeitos, frustrados, a direção do
nosso comportamento fica fixada no sentimento de
frustração, escondendo o brilho da nossa “luz”,
bloqueando a nossa capacidade natural de
produzir.
Para facilitar o estudo, vamos rever rapidamente as
55
nossas necessidades naturais que foram reunidas
pela Psicologia Educacional em 2 grupos:
As Necessidades Fisiológicas -são mais simples
de serem satisfeitas.
•
Fome (necessidade de alimento);
•
Sede (necessidade de líquido);
•
Sono (necessidade de desintoxicar nosso
organismo e recarregar as energias);
•
Repouso (necessidade de atividades
relaxantes);
•
Atividade (necessidade de ação, de
produzir, de ser útil);
•
Abrigo e temperatura (necessidade de
roupas e habitação);
•
Convivência sexual (necessidade de
convivência e relacionamento expontâneo e
natural com o sexo oposto).
As Necessidades Psicológicas -não tão simples de
serem satisfeitas:
56
•
Afeto (necessidade de atenção, de calor
humano...);
•
Ser aceito (necessidade de segurança
emocional, de ser aceito do nosso jeito,
pelas pessoas importantes da nossa vida);
•
Aprovação social (necessidade de ser
admirado, elogiado, reconhecido e
aprovado nos grupos de nossa
convivência);
•
Independência (necessidade de ter opiniões
e idéias próprias);
•
Realização (necessidade de realizar os
próprios sonhos e planos);
•
Auto-Estima (necessidade de gostar de si
mesmo)... a mais forte de todas.
Enquanto estivermos frustrados, insatisfeitos em
alguma ou várias dessas necessidades,
principalmente na auto estima, ficamos
dominados pelo impulso de satisfazê-las. Nesse
estado de frustração, a nossa produtividade e as
nossas qualidades, permanecem bloqueadas, até
que nos sintamos satisfeitos.
57
De todas as necessidades humanas, a Auto-Estima
é a mais forte e mais abrangente. Se conseguirmos
satisfazer a nossa necessidade de auto-estima, de
gostarmos de nós mesmos, conseguiremos
facilmente satisfazer as outras necessidades. A
grande maioria das pessoas sente frustração na
Auto-estima, isto é, sente Auto-rejeição (dificuldade
em gostar de si mesmo).
Hoje, todas as ciências que estudam o
comportamento humano, especialmente a
Psicologia Educacional, a PNI -
Psiconeuroimunologia, a Psicocibernética
reconhecem, que satisfazer a Auto-Estima (gostar
de si mesmo), é essencial para uma vida saudável
produtiva e realizadora. A Medicina mais
avançada, já considera a satisfação da auto-estima
como condição de boa saúde, e a auto-rejeição
favorecendo o aparecimento de doenças.
“Amarás o teu próximo,
como a ti mesmo”
Esta afirmação está na Bíblia e nos avisa há
milhares de anos, que amaremos o outro, da
mesma maneira como amamos a nós mesmos.
Portanto, é essencial a satisfação da auto-estima,
gostarmos de nós mesmos, para que tenhamos as
58
condições de boas relações humanas, de convívio
harmonioso com os outros e de amá-los. Só assim,
vencemos nossas dificuldades de relacionamento
com as pessoas e então, a nossa produtividade e
todas as outras nossas qualidades se manifestam
livremente e naturalmente sem bloqueios.
O ponto de partida para a satisfação da nossa auto-
estima é a anulação do sentimento de auto-rejeição
(não gosto de mim) gerado pela ausência absoluta
de elogios e incentivos e pelo acúmulo exagerado
de críticas negativas, condenações acusações e
correções recebidas, na nossa infância e
adolescência.
Todos os trabalhos realizados com pessoas
participantes de organizações empresariais ou
sociais, para anulação do sentimento de auto-
rejeição comprovam a eficácia indiscutível dos
estudos religiosos e da prática diária de atividades
religiosas.
Esses estudos e atividades religiosas desenvolvem
o conhecimento e a consciência, da realidade de
que somos “Criaturas feitas à imagem e
semelhança de Deus”, e também do nosso imenso
potencial.
Alem disso, a prática diária de “exercícios de
reconquista da auto-estima”(veremos adiante), tem
59
apresentado excelentes resultados no tratamento,
na anulação e na “cura” do sentimento de auto-
rejeição, com o consequente desbloqueio da auto
estima e da produtividade natural.
As nossas necessidades geram as
nossas motivações
Além das necessidades naturais, também sentimos
motivações. São os motivos das nossas ações.
As motivações são adquiridas por nós, nas
experiências da vida, ligadas à satisfação, ou não,
das nossas necessidades naturais. As motivações já
existem no ser humano e não há necessidade de
criá-las, mas sim, atingí-las.
Para conseguirmos uma mudança de
comportamento (aprendizagem), desenvolver a
nossa produtividade e manifestar as nossas
qualidades livremente, temos que:
•
Conhecer as nossas necessidades
naturais (acima) e
•
Atingir as nossas motivações.
60
A Psicologia Educacional mostra que a maior de
todas as motivações humanas é...
o desejo de felicidade.
Para conseguir atingi-la, criamos várias outras
motivações que podem ser reunidas em 3 grupos:
•
Desejo de saúde
•
Desejo de riqueza
•
Desejo de sucesso
Esses nossos desejos, são os motivos para a nossa
ação -as nossas motivações . São “impulsos”
interiores que estão ligados a nossos sonhos,
nossas intenções e nossas metas.
Repare que as motivações estão sempre ligadas à
satisfação das necessidades naturais.
Motivação ................................. Desejo de Saúde,
para satisfazer as necessidades naturais...
•
Fome
•
Sede
•
Abrigo
61
•
Temperatura
•
Sono
•
Repouso
•
Convivência Sexual
•
Auto-Estima
Motivação .............................. Desejo de Riqueza,
para satisfazer as necessidades naturais...
•
Realização
•
Independência
•
Aprovação Social (status)
•
Ser Aceito (Segurança Emocional)
•
Auto-Estima
Motivação ............................... Desejo de Sucesso,
para satisfazer as necessidades naturais...
•
Afeto
•
Ser aceito
•
Aprovação Social
•
Realização
•
Independência
62
•
Convivência Sexual
•
Auto-Estima
Atividades que reconquistam a
nossa auto-estima e desbloqueiam a
nossa produtividade natural
Para conseguir o desbloqueio e o equilíbrio da
nossa produtividade, que é um processo de
mudança de comportamento, precisamos das
condições básicas que o conhecimento sobre as
necessidades e motivações humanas nos dão.
A frustração da necessidade psicológica de auto-
estima, o sentimento de auto-rejeição (não gosto
de mim), nos faz mal. Ao nos sentirmos cheios de
“defeitos” e incapacidades, atraímos para nós,
situações de “castigo”, porque acreditamos que
não merecemos coisas boas.
Segundo a PNI atraímos com freqüência, como
“castigos” na nossa vida, produtividade baixa,
relacionamentos humanos difíceis, dificuldades
profissionais, dificuldades financeiras, saúde
instável, ...
A Psicologia Educacional e a Pedagogia
apresentam exercícios e atividades equilibradoras
63
que geram satisfação da auto-estima, promovem
alegria, anulação da auto rejeição e o desbloqueio
da produtividade.
São atividades que devem ser praticadas
diariamente, porque funcionam como
“alimentação”. São exercícios que vão
proporcionando o nosso equilíbrio mental e físico,
estimulando cérebro a liberar hormônios benéficos,
como as endorfinas, que anestesiam as dores,
fortalecem nosso sistema imunológico, relaxam os
músculos, regularizam o funcionamento do
aparelho digestivo, oxigenam todas as células e
produzem bem estar. A nossa produtividade, o
nosso desempenho e as nossas qualidades vão
sendo liberadas, permitindo que a nossa “luz”
brilhe.
Afinal recebemos uma ordem...
“Brilhe sua luz diante dos homens, para
que vejam suas boas obras e glorifiquem a
Deus...” Mateus 5,16.
64
Sugestões de exercícios
Através da repetição gravamos no nosso cérebro a
Verdade sobre o a pessoa humana, “Imagem e
Semelhança de Deus” que desbloqueia a nossa
produtividade. “Apagamos” então do nosso
cérebro, as gravações negativas de auto-rejeição
que a estão bloqueando.
1. Lista de Qualidades
Faça uma lista escrita das suas 10 maiores
qualidades, iniciando cada uma com “EU SOU”.
(repita e amplie a lista diariamente)
Por exemplo:
•
“EU SOU imagem e semelhança de Deus”
•
“EU SOU bondoso”
•
“EU SOU alegre”
•
“EU SOU capaz”
•
etc...
65
2. Exercícios no Espelho
Fale com você durante 5 minutos diariamente, ao
levantar, sorrindo abertamente em frente ao
espelho, uma, ou mais, das seguintes afirmações:
•
“EU SOU criatura de Deus, Deus é
perfeito. Tudo que Ele faz é perfeito. Deus
amplia os meus talentos de modo
maravilhoso e muitas pessoas são
cumuladas com o que eu tenho para
oferecer. É maravilhoso!”
•
“Exalto a perfeição de Deus em mim,
capaz de curar, restaurar e ampliar o meu
bem de incontáveis maneiras. É
maravilhoso!”
•
“EU SOU filho de Deus. A vitória Dele é
minha. O triunfo Dele é meu. O sucesso
Dele é meu. A riqueza Dele é minha. A
harmonia Dele é minha. Deus é meu Pai. É
maravilhoso!”
•
“EU SOU filho do Deus. Deus é Pai e me
ama e cuida de mim. Sou saudável,
perfeito(a), harmonioso(a) e amável. Sou
inspirado(a) do Altíssimo! Deus opera
maravilhas através de mim. É
maravilhoso!”.
66
•
“EU SOU Unidade com Deus. EU SOU
Energia e Poder. EU SOU a Alegria e a
Felicidade. EU SOU a Harmonia e a Paz.
EU SOU a Beleza e a Perfeição. EU SOU
a Justiça e a Verdade. EU SOU a Luz e a
Inteligência. EU SOU a Natureza e a Vida.
EU SOU Você e o Amor. . É maravilhoso!”
•
“EU SOU criatura de Deus. Eu (seu nome)
sou um(a) profissional excepcional. Eu
(seu nome) sou criado(a) como um sucesso
tremendo. Eu (seu nome) ganho R$
(escreva o valor que você espera)... por
mês. É maravilhoso!”
•
“EU SOU filho(a) de Deus perfeito,
imagem e semelhança divina. Sou forte,
corajoso(a) e destemido(a). Sou alegre,
feliz e satisfeito(a). Sou absolutamente
sadio(a). Sou amoroso(a), carinhoso(a),
atencioso(a) e bondoso(a). Sou
generoso(a), portanto, próspero(a) e
rico(a). Sou dinâmico(a) e independente. É
maravilhoso!”
Observação: Você pode criar o seu exercício,
inspirado nestes acima, falando as qualidades que
mais deseja desenvolver.
67
3. Limpeza do Espírito
Eliminando emoções negativas, em três etapas,
com o uso da imaginação. (repetir 3 vezes ao dia).
Sentado(a) numa posição confortável, solte todos
os músculos, deixe os braços soltos para baixo,
com as mãos soltas em direção ao chão, como se
fossem “fios terra”.
1.
Imagine uma energia poluída (cor de cinza)
escoando para a terra, através dos seus
braços e mãos e desaparecendo.
Diga: “Com a ajuda de Deus eu esvazio,
agora, o meu espírito de todas as
preocupações, medos, ansiedades,
insegurança, dúvidas, culpas,
ressentimentos, tristezas, ciúmes,
mágoas...” (5 vezes)...
2.
Em seguida, na mesma posição, imagine
uma luz totalmente branca.
Diga: “Sei que Deus já esvaziou
completamente o meu espírito de todas as
preocupações, medos, ansiedades,
inseguranças, dúvidas, culpas e
ressentimentos, tristezas, ciúmes,
mágoas...” (5 vezes)...”
68
3.
Em seguida, levante as mãos em direção à
cabeça e imagine uma energia dourada e
reluzente saindo das suas mãos e
penetrando em você.
Diga:-“Agora, Deus enche o meu espírito
com muita fé, força, coragem, vitalidade,
energia incansável, plenitude, beleza,
alegria infinita...” (10 vezes)
Atenção: Este exercício deve ser feito
inteiro, isto é, seguindo as 3 partes;
esvaziar, imaginar vazio e encher.
4. Treino do Riso
O riso é por si só expressão (pressão para fora) da
alegria que habita em nós. O riso provoca a
liberação de endorfinas pelo cérebro, fortalecendo
o sistema imunológico (das defesas orgânicas),
equilíbrio físico e mental, eliminação de dores,
oxigenação das células, relaxamento muscular e
bem estar.
William James descobriu que a nossa mente é
influenciada pelas expressões do nosso rosto. Ao
provocarmos o riso, podemos recriar em nós o
natural estado de alegria. Então, ele aconselha que,
69
para voltarmos ao equilíbrio, devemos rir mais,
quanto mais tristes estivermos e conseguiremos
sair do estado de tristeza para o de alegria.
•
Olhando no espelho (de preferência),
inspire profundamente, e ao expirar, ria em
gargalhadas, altas ou silenciosas (10
vezes).
5. Recreação
(Re – crear – ação) -São atividades livres e
espontâneas que tem a propriedade de criar
novamente -re-criar -o nosso estado original e
natural de alegria e bem estar, eliminando os
vários tipos de tensão e sensação de estresse.
Devem ser praticadas diariamente durante pelo
menos 30 minutos, para a conservação e
manutenção do equilíbrio físico e mental. As
atividades recreativas estão reunidas em três
grupos:
•
As Atividades Religiosas -atividades que
promovem a ligação permanente (religação)
do nosso pensamento em Deus, oÚnico Poder Criador de Tudo
70
Participe de cerimônias religiosas, de
grupos de orações cantadas, reuniões para
orações específicas, retiros com exercícios
espirituais, faça orações individuais,
leituras espirituais, etc... (1 hora, todos os
dias).
•
Atividades artísticas -atividades que
manifestam “o Belo” em todas as coisas.
Dance, cante, faça artesanato, trabalhe
com flores, pratique jardinagem, etc... (1
hora todos os dias)
•
Atividades Físicas Esportivas -atividades
que trabalham o corpo físico, nas suas
funções e desempenho, através dos
movimentos corporais.
Caminhe todos os dias ao ar livre, dance,
jogue bola, nade, pratique jardinagem,
ginástica, etc... (1 hora todos os dias).
6. Treino de Elogios
Criando o hábito de elogiar e nunca focalizar os
defeitos das pessoas atraímos elogios para nós.
Diariamente, onde estiver, procure perceber as
71
qualidades das outras pessoas, especialmente os
familiares, e expresse em palavras diretamente a
elas (não minta). Além de ampliar e estimular a
permanência dessas qualidades nas pessoas, você
atrairá elogios para você, ajudando na satisfação
da auto-estima.
Existem muitas outras fontes e sugestões para
exercícios de reconquista da auto-estima. Procure
conhecê-las.
72
A APRENDIZAGEM NO ENSINOTREINAMENTO
EMPRESARIAL
Mudanças do comportamento humano
para aumentar a produtividades pessoal
As únicas coisas certas na nossa vida são as
mudanças constantes. Elas acontecem diariamente
e permanentemente, mesmo que não tenhamos
consciência delas. Temos que compreender que as
mudanças são inevitáveis.
Existem duas maneiras das mudanças acontecerem
na nossa vida.
1.
Mudanças por maturação, que acontecem
naturalmente, à medida do nosso
amadurecimento, nosso crescimento e
desenvolvimento natural.
2.
Mudanças por aprendizagem, que
acontecem no nosso comportamento, de
forma estimulada ou provocada. São
mudanças sempre desejáveis e resultantes
de experiências, programadas para serem
vividas. Na empresa é o desenvolvimento
da produtividade.
73
Então,
Aprendizagem é um processo de
mudanças desejáveis, no nosso
comportamento, resultantes de
experiências programadas e vividas.
As mudanças por aprendizagem são desejáveis,
porque devem nos tornar mais capazes de lidar, em
outros ambientes, com situações semelhantes às
experimentadas durante o processo de ensino ou
treinamento.
É importante saber que as mudanças por
aprendizagem são:
•
Sempre progressivas
•
Raramente bruscas
•
Raramente imediatas
•
Raramente completas
Portanto, sempre levam um tempo para ocorrerem.
74
Como as mudanças acontecem
Para mudarmos nosso comportamento por
aprendizagem e desenvolver a nossa
produtividade, precisamos de 4 condições:
1.
Desejar algo, que satisfaça nossas
necessidades naturais, nossos motivos,
nossas intenções.
2.
Observar algo, que satisfaça nossas
necessidades naturais, nossos motivos,
nossas intenções.
3.
Fazer algo, que satisfaça nossas
necessidades naturais, nossos motivos,
nossas intenções.
4.
Obter algo, que satisfaça nossas
necessidades naturais, nossos motivos,
nossas intenções.
Já está comprovado, que as mudanças por
aprendizagem só acontecem através da repetição
de três tipos de experiências: Por exemplo:
Imagine aprender a dançar ou executar uma tarefa.
1.
Aprendemos a dançar ou executar uma
tarefa como resultado das tentativas
repetidas de satisfazermos nossas
75
necessidades naturais, nossos motivos e
nossas intenções.
2.
Aprendemos a dançar ou executar uma
tarefa através de repetidas e sucessivas
apresentações de uma mesma dificuldade a
ser vencida.
3.
Aprendemos a dançar ou executar uma
tarefa através de repetidos esforços para
vencer as dificuldades de maneira mais
perfeita, eficiente, uniforme, precisa,
correta, direta à finalidade de dançar bem.
A REPETIÇAO é o que caracteriza um
treinamento-ensino, porque só assim se constrói
um hábito e muda-se um comportamento.
A eficiência das mudanças por
aprendizagem
Influências
Para que as mudanças de comportamento por
aprendizagem sejam eficientes e eficazes é preciso
76
considerar três fatores de forte influência,
especialmente no desenvolvimento da
produtividade:
1.
A personalidade do monitor, professor
ou administrador -tem que ser otimista,
incentivadora e entusiasta, porque está
comprovado que é a personalidade do
monitor que contagia as personalidades dos
“alunos-funcionários”, que consegue
educar e que provoca mudanças. Não são
os materiais, os recursos audiovisuais ou
multisensoriais. Estes servem, apenas como
meios para ajudar na comunicação clara de
um assunto.
2.
A atmosfera do ambiente -tem que ser
positiva, alegre e animadora. O processo da
aprendizagem, as mudanças desejáveis na
produtividade dos alunos-funcionários é
nulo, no ambiente de medo, de ameaças, de
condenações, de críticas negativas, de
impaciência, de irritabilidade, etc... São
emoções que bloqueiam a receptividade de
quem deve mudar.
3.
O método utilizado – o caminho correto
das três fases seqüentes do ensino (já
citadas anteriormente), que devem ser
respeitadas -concreta, semi-concreta,
77
abstrata -fases estas, pelas quais
obrigatoriamente, toda pessoa humana tem
que viver para aprender qualquer coisa.
Relembrando...
•
Concreta -apresentação do aspecto
concreto do assunto, da tarefa...em
situações reais da vida cotidiana.
•
Semi-concreta -apresentação do assunto
em forma de representações, usando os 5
órgãos dos sentidos (visão, audição, tato,
olfato, paladar) através de desenhos,
pinturas, gravuras, filmes, vídeos, músicas,
objetos representativos, alimentos
relacionados, odores ligados ao assunto,
etc... existentes em outros locais de
trabalho.
•
Abstrata -apresentação do assunto nas
formas abstratas: através de teorias,
históricos, resultados de pesquisas,
cálculos, gráficos, estatísticas, etc...
78
Caminho para conseguirmos as
mudanças por aprendizagem
O caminho a percorrer no processo de mudança de
comportamento por aprendizagem (ensinar e
aprender), tem que passar, necessariamente, por 5
etapas.
Generalização
Reforço ou recompensa
Respostas aos obstáculos
Obstáculos a vencer
Prontidão
1ª. Etapa do caminho
Prontidão – O reconhecimento de que o “alunofuncionário
está pronto e amadurecido para as
experiências novas que irá viver, porque a ausência
79
de prontidão provoca desinteresse e derrotismo,
diante de experiências novas.
A nossa prontidão depende de 3 fatores:
•
Do nosso desenvolvimento fisiológico -o
nosso organismo está pronto? -órgãos dos
sentidos, sistema nervoso, glândulas,
necessidades fisiológicas...
•
Do nosso desenvolvimento psicológico conseguimos
a satisfação das nossas
necessidades psicológicas? Afeto, ser
aceito... Auto-estima desenvolvida?
•
Do nível de experiências anteriores –
verificar se as informações básicas já foram
obtidas, habilidades necessárias já foram
adquiridas, os novos conceitos já foram
aprendidos?
2ª Etapa do caminho
Obstáculos a Vencer -Para estimular a força da
vontade devem ser apresentados aos “alunosfuncionários”
obstáculos e desafios transponíveis e
estimulantes, sempre ligados à satisfação das
necessidades naturais, nunca acima da capacidade
ou prontidão, para não causar desistência e
80
indiferença. São as situações problemas que devem
ser necessariamente resolvidas, desafios a serem
vencidos.
3ª Etapa do Caminho
Respostas para Vencer os Obstáculos - São todas
as ações dirigidas pelo desejo de satisfazer as
necessidades naturais, através do esforço para
resolver as situações problemas, obstáculos e
desafios propostos. São os exercícios de repetição
para treinar, criar ou mudar hábitos.
Estas respostas podem ser dadas de algumas
maneiras:
•
Por Tentativa e Erro -quando procuramos
responder aos obstáculos sem
compreensão.
•
Por Compreensão -quando as respostas
aos obstáculos, já contém em si o porquê.
Preenche as intenções e os sentimentos, e
favorece a aquisição, a retenção e a
transferência do conhecimento.
•
Por Processo Mental -quando as respostas
aos obstáculos são através de pesquisas, de
maneiras e atitudes científicas.
81
•
Por Produto -quando as respostas aos
obstáculos conseguem desenvolver
habilidades, atitudes, soluções e
transferências de conhecimentos.
•
Por Aprendizagem Formal -quando a
resposta aos obstáculos é feita através de
situações programadas, para obtê-las da
maneira mais natural possível, jamais
forçada. (aulas, treinamentos, exercícios...)
•
Por Aprendizagem Incidental -quando a
resposta aos obstáculos é conseguida
através de atividades indiretas. Por ex.:
realização de um projeto através do qual se
consegue a resposta necessária.
4ª Etapa do Caminho
Reforço ou Recompensa imediata -São
indispensáveis e insubstituíveis as expressões de
alegria e de aprovação, os aplausos, os prêmios...
para a satisfação das necessidades pessoais pelas
respostas corretas conseguidas. O reforço ou
Recompensa é o grande segredo da fixação da
aprendizagem, isto é, das mudanças desejáveis e
duradouras no comportamento dos “alunosfuncionários”.
82
5ª Etapa do Caminho
Generalizações -Capacidade de integrar as
respostas aprendidas a outras situações
semelhantes em outros ambientes, na vida
cotidiana. As generalizações confirmam o sucesso
das mudanças por aprendizagem. Se não houver
essa integração, não houve fixação da
aprendizagem. É necessário que as etapas sejam
reiniciadas.
83
TRANSMISSÃO DA EDUCAÇÃO
-ENSINO -TREINAMENTO
Programa de influências positivas para os
participantes da empresa.
Treinamento dos profissionais.
Ensinar e treinar é acima de tudo, relacionamento
humano sincero e emotivo, com o objetivo de fazer
manifestar mudanças positivas e definitivas nas
pessoas.
Ensino e treinamento são processos de se
conseguir aprendizagem. Aprendizagem é
mudança duradoura de comportamento, como
resultado do que foi ensinado.
Os educadores mais famosos e revolucionários,
como a médica Maria Montessori, sempre
afirmaram que “se o aluno não aprendeu (não
mudou), é porque o professor, de fato, não
ensinou”.
Está comprovado que a pessoa inexperiente, tendo
a consciência de que não sabe, e que necessita
84
saber, subordina-se ou sujeita-se
inconscientemente ao ensino ou às ordens dos mais
experientes, quando percebe alguma vantagem.
Chega até a imitá-los. Cabe ao pedagogo
empresarial mostrar-lhes as vantagens.
Outras, porém, por motivos de ordem moral e
emocional ou até dificuldade de inteligência,
reagem contra o ambiente, contra o ensino e
treinamento oferecido, procuram seguir outro
caminho, adotar outra atitude e proceder de outro
modo. Estas devem ser encaminhadas, pelo
pedagogo empresarial a um profissional
especializado em comportamento humano.
Ensino e treinamento coletivo e
individualizado
Já sabemos que no processo de ensino e
treinamento, o objetivo principal é mudar o
comportamento de quem está recebendo as
“lições”, de forma positiva e duradoura, isto é,
conseguir aprendizagem.
Na empresa, as mudanças de comportamento
devem acontecer, sempre com o objetivo de
85
melhorar a produtividade pessoal e
consequentemente a empresarial.
O processo de ensino -treinamento consiste
sempre em transmitir às pessoas, repetidamente,
uma série de conhecimentos, habilidades,
pensamentos, usos e costumes, através de
experiências que provoquem mudanças capazes de
melhorar e evoluir suas vidas.
Pode ser ministrado de duas maneiras: Ensino treinamento
coletivo e Ensino -treinamento
individualizado.
O ensino-treinamento coletivo
é ministrado em grupo, com vantagens no que se
refere à integração do ser humano com os grupos
sociais da sua convivência, com as pessoas da
família e do trabalho, com as regras de disciplina
grupal, com a interdependência social, combate ao
exclusivismo, etc... Porém, o ensino-treinamento
ministrado coletivamente, apesar da repetição
indispensável, pode não atingir o nível de
aprendizagem individual desejado.
O ensino-treinamento individualizado
é ministrado, repetidamente, a cada pessoa, com
86
vantagens no que se refere ao respeito a
individualidade, porque não há duas pessoas
iguais. Cada uma tem diferenças na velocidade de
compreensão, nas dificuldades de comunicação de
palavras conhecidas ou não, nas experiências
anteriores, etc...
Importante -Para conseguir melhores resultados, o
ensino individualizado, pode ser ministrado em
grupos, para que atinja também as vantagens do
ensino coletivo.
Procedimento: -O monitor faz, coletivamente, a
apresentação do assunto a ser ensinado, de
preferência de maneira prática, através de
experiências, e depois, fica à disposição do que for
necessário para qualquer ajuda ou informação
individual. Todo o conteúdo a ser ensinado é
preparado em forma de fichas, quadros ou vídeos,
com indicação de fontes de consulta que estejam a
disposição, que possam ser utilizadas
individualmente, respeitando o ritmo de cada
pessoa na sua velocidade. Dessa maneira o ensino
é de boa qualidade e a a aprendizagem é mais
satisfatória.
87
MÉTODOS, PROCESSOS e
TÉCNICAS de ENSINAR
Antes de mostrar alguns métodos, processos e
técnicas de ensinar é importante lembrar que...
Método significa - Caminho a percorrer.
Processo significa: Maneiras de proceder.
Procedimentos.
Técnicas significa: Habilidade especial de executar
algo.
1ª. Treinamento no ensino -prática e
automatização
Treinar significa praticar - repetir.
Treinamento ou prática serve para a automatização
das funções psíquicas. É necessária em todo
ensino, porque sem ela, os conhecimentos
permanecem apenas “na superfície”, uma teoria
88
sem utilidade, sem função educativa de
transformação e mudança desejável no
comportamento.
O conhecimento teórico de princípios e regras não
é o que mais importa, e sim, a capacidade de sua
aplicação automática.
Os conhecimentos, devem ser executados e
aperfeiçoados, isto é, treinados, repetidos, para
que passem a fazer parte da nossa personalidade e
da nossa vida. Por isso, são chamados de
exercícios de treinamento.
Saber fazer só se consegue pela prática,
exercitando, treinando através de repetições de
experiências, e de comprovações repetidas de
maneira certa. É a isso que chamamos de
produtividade. Uma ação realizada da melhor
maneira, no menor tempo possível e com o maior
rendimento.
O nosso rendimento, a nossa produtividade se
desenvolve com mais rapidez, com o maior
número de repetições que devem ser sempre
intercaladas com repouso.
“A prática faz o mestre.”
89
Atenção ao repouso
A tendência que se vê nos treinamentos não
pedagógicos é levar o treinando à exaustão. Não
pode! Não promove aprendizagem.
Sem um período de repouso, a nossa produtividade
inata, o nosso rendimento potencial pode ser
reduzido pelo cansaço e pela saturação de
exercícios repetidos. Durante o repouso, o cansaço
desaparece e então se efetua o processo de
aprendizagem. O recomeço “descansado”,
favorece o nosso mais alto rendimento da natural
produtividade.
Já foi comprovado milhares de vezes que
exercícios práticos espaçados, intercalados com
repouso levam a uma aprendizagem mais rápida e
eficiente e à melhor conservação, na memória, dos
conhecimentos adquiridos.
O êxito na aprendizagem representa uma das
maiores motivações para o funcionário-aluno
porque estimula o processo de maiores mudanças
de comportamento, assim como, o insucesso
desencoraja e reduz o rendimento.
O sucesso obtido é que motiva uma pessoa a
prosseguir e a intensificar uma atividade.
A pessoa fortemente motivada, satisfeita nas suas
90
necessidades naturais, esforça-se e mobiliza-se,
porque ela sente interesse pela ação e a alegria
decorrente do êxito.
O interesse e a alegria são as duas emoções chaves
da motivação, produzidas pela intensidade da
ambição de sentir satisfação, alcançar um desejo, e
atingir um objetivo.
Procedimentos
Os participantes têm que conhecer as vantagens,
do treinamento, da prática dos exercícios para a
vida dele. É imprescindível conseguir que eles se
entusiasmem pela “coisa”.
Os participantes precisam sentir motivos para a
ação, isto é, estarem motivados. A atividade que o
participante realiza a contra gosto é perda de
tempo.
Deve-se treinar, praticar um conhecimento sempre
no seu todo de uma vez, para depois se dedicar àspartes. É mais econômico e mais eficiente
para o
êxito na aprendizagem, do que iniciar pela práticadas partes. É o “método do todo”. Na prática
por
partes, podem surgir associações falsas que
prejudicam a aprendizagem do todo.
As repetições e a prática das partes sem a
compreensão do todo, favorece o desinteresse, a
91
saturação e o cansaço.
A regra fundamental é: Repetições distribuídas no
tempo. Treinar, praticar intensamente durante
pouco tempo, da maneira mais perfeita... e
repousar.
As repetições espaçadas, até que a ação esteja
aperfeiçoada, provocarão a mudança de
comportamento.
O monitor--professor deve acompanhar a prática
dos exercícios, para evitar ao máximo o número de
erros.
Para fixar uma mudança positiva conseguida no
comportamento, são insubstituíveis as
recompensas - elogios, aplausos, premiação... - que
devem ocorrer imediatamente após o acerto. Se
ocorrerem depois de um tempo, pouco ou nenhum
efeito produzirão.
Os exercícios devem ser organizados de modo que
os participantes possam executá-los, com certa
facilidade. Maiores dificuldades devem ser
apresentadas, aos poucos, para evitar insucesso e
conseqüente desencorajamento. O excesso de
tensão ou estresse, causa bloqueio psíquico,
prejudica o sucesso do monitor-professor e reduz a
produtividade.
92
Durante o treinamento, as disputas de
produtividade são excelentes estímulos para o
aperfeiçoamento das práticas, porque mobilizam
forças interiores motivadoras, como: satisfação de
necessidades naturais, desejo de valorização, de
auto-estima, de aprovação social, etc. São ótimas
atividades para dar atenção e oportunidade aos
mais tímidos.
A qualidade do monitor-professor e do treinamento
ou prática de um conhecimento, é medida pelo
número de execuções aperfeiçoadas que cada
participante realiza individualmente e não em
conjunto.
2ª. O método de projetos -Ensino
através e durante a execução de um
projeto
Aprender fazendo
Nesse método, o processo de ensino é
essencialmente prático. O ensino é ministrado
através e durante a execução efetiva do projeto de
construção de algo concreto, e não apenas teórico
93
de representação mental, visualização ou
imaginação.
O projeto escolhido pelo grupo deve fazer todos os
participantes vibrarem. Deve ser um projeto capaz
de envolvê-los a ponto de assumirem todas as
etapas da execução, desde a decisão sobre o objeto
de projeto, da elaboração do planejamento
detalhado de tudo que é necessário para a sua
realização concreta. Por ex.: a realização de uma
excursão, a construção de um local para eventos, a
realização de uma festa comemorativa, a execução
de um local para realização de eventos, etc...
Neste método de ensino, o tempo mínimo para que
um projeto seja bem sucedido é de 4 meses. “A
pressa impede a perfeição”
O ensino-treinamento (dos assuntos ou disciplinas) vai
sendo ministrado, pelo(s) monitor(es) ou
professor(es), durante as atividades, a medida que
as necessidades aparecem. As aulas são
denominadas de reuniões. O(s) monitor(es)
faz(em) o papel de coordenador(es) e
orientador(es) das atividades do projeto. Para isso,
não devem economizar tempo na fase de
planejamento (preparação e imaginação). Tudo que
o projeto exigir, deverá ser pesquisado e estudado,
através de todos os meios disponíveis na
comunidade.
94
O(s) monitor(es) ou professor(es) devem saber
usar técnicas atualizadas de trabalho em grupo
para não impor suas soluções e apenas coordenar
as soluções do grupo, que deve eleger um ou mais
secretários que façam os relatórios das reuniões.
(Conhecimentos da Língua Portuguesa)
O(s) monitor(es) devem perceber e usar todas as
oportunidades que o projeto oferece para
multiplicar os conhecimentos.
As tarefas para a execução do projeto, devem ser
relacionadas cuidadosamente, com muitos
detalhes, sempre em conjunto com os
participantes.
Depois de relacionadas, as tarefas devem ser
ordenadas em seqüência e organizadas, em
conjunto com os participantes, e distribuídas em
seguida, por escrito, entre todos. Ninguém podeficar sem tarefa.(É um mutirão)
Os problemas surgidos tem que ser solucionados
em conjunto com os participantes.
O planejamento só será alterado, com o
consentimento do grupo, quando algum
participante trouxer uma idéia inesperada e
original.
A data de encerramento do projeto deve ser
95
marcada com tempo suficiente para que todos os
participantes aprendam a fazer o relatório dos
conhecimentos proporcionados pelo projeto com
comentários e depoimentos, oral e por escrito,
sobre tudo o que aprenderam -acertos e erros ocorridos
durante a realização do projeto
(Conhecimentos da Língua Portuguesa),
O encerramento, a concretização do projeto, deve
ser celebrada/festejada/inaugurada, pois é o
momento da vitória e da satisfação da
produtividade natural e realização dos resultados
dos trabalhos.
A avaliação da aprendizagem é feita nas duas ou
mais reuniões finais. Na última dessas reuniões, é
declarado oficialmente o encerramento do projeto.
3ª. Palestra -aula de reprodução por
demonstração
O auditório executa por imitação
Mostrar e imitar
É a forma de comunicação de conhecimentos que
se realiza com menor risco de problemas de
96
compreensão. É usada para a transmissão dos
conhecimentos, de habilidades e técnicas , por
demonstrações repetidas (treinamento) feitas pelo
monitor-professor ou palestrista, para o auditório
reproduzir ou imitar.
Esta forma de comunicação é usada quando o
funcionário ou “aluno” deve aprender o
desempenho correto de uma atividade.
Deve ser utilizado para o ensino: de línguas
estrangeiras, de canto, de ginástica, de
artesanato, de dança, de mudanças de
comportamento diante da simulação de uma
situação determinada, do refinamento de gestos
rotineiros, da aquisição de novos hábitos, do
manuseio de máquinas ou equipamentos, etc..
Procedimento
Quando o professor-monitor ou palestrista faz a
demonstração prática do assunto, o “aluno”
primeiro imita interiormente para em seguida
reproduzir.
A qualidade das reproduções é diretamente
proporcional à intensidade de observação do
“aluno-funcionário”. Por isso, o “aluno” deve
primeiro assistir sem imitar, para depois reproduzir
97
ou imitar. A reprodução ou imitação juntamente
com a demonstração é caso raro. A imitação
interior ajuda muito na posterior execução da
atividade.
Quando o “aluno-funcionário” observa
atentamente a demonstração do monitor-professor,
realizam-se processos de percepção que não ficam
restritos somente àquilo que está sendo ensinado.
O “aluno-funcionário” percebe pormenores que
influenciam na imitação interior:-os movimentos
do monitor-professor, o seu vestuário, seu cabelo,
os seus gestos, o tipo de personalidade...Tudo faz
parte do resultado final.
Cuidados
A atenção do “aluno-funcionário” durante a
demonstração, não pode ser prejudicada por
fatores que atrapalhem a boa reprodução ou
imitação. Para isso, o professor-monitor ou
palestrista, deve seguir as seguintes “dicas”:
•
Explicar demonstrando os objetivos finais,
logo no início dos trabalhos melhora
sensivelmente o aproveitamento dos
“alunos-funcionários”.
98
•
Distribuir cuidadosamente os “alunosfuncionários”
na sala, favorece a boa visão
de todos, para o que está sendo
demonstrado.
•
Iniciar somente depois de assegurar-se de
que todos estejam bem atentos.
•
Lembrar que cada pessoa tem um ritmo
individual próprio.
•
Assegurar-se da clareza da sua
demonstração e da sua execução.
•
Demonstrar com exatidão, todos os
detalhes, sempre com movimentos lentos,
repetidos e insistentes executados com um
certo exagero, “em câmera lenta”, nos seus
detalhes principais, para que o resultado
seja correto.
•
Deixar os “alunos-funcionários” imitarem
ou reproduzirem logo no início, verificando
se observaram atentamente o que deveria
ser observado. Demonstrar possíveis erros
na execução para evitar experiências de
insucesso que criam desânimo e
desinteresse.
99
•
Repetir a demonstração quando o “alunofuncionário”,
demonstrando que não
entendeu, não consegue a imitação ou
reprodução correta.
•
Rejeitar com firmeza as reproduções ou
imitações defeituosas.
•
Se as dificuldades persistirem, utilizar a
decomposição dos movimentos, em suas
partes e após cada decomposição de um
conjunto de movimentos, deve seguir a
exibição do todo.
A Psicologia da Aprendizagem ensina que
períodos curtos de exercícios intensos, intercalados
com repouso, são mais produtivos do que longos
períodos de exercício.
4ª. Aula expositiva palestra/
conferência
Narração e exposição
São as formas mais simples de transmissão de
100
informações e conhecimentos.
É a forma empregada pela mãe e pelo pai, ao
transmitirem aos filhos, usos, costumes e valores
morais que são passados de uma geração à outra.
Algumas metodologias, sugestionadas pelas idéias
de “reforma” e de “novas descobertas”,
desprezaram esta forma milenar de ensino, que
formou a grande maioria das personalidades
expoentes da humanidade. Todos os graus de
ensino sempre se basearam sobre a narração e
exposição.
As narrações e exposições são das mais eficientes
e elementares formas de ensinar, quando
acompanhadas de emoção e bom conhecimento do
assunto, porque fazem a imaginação trabalhar.
O bom narrador ou expositor, consegue envolver
os ouvintes, “alunos-funcionários”, numa
participação emotiva, fruto da compreensão e não
apenas do entendimento.
As mudanças do comportamento do “alunofuncionário”
ouvinte, a efetiva aprendizagem, após
uma boa narração ou exposição, estão diretamente
relacionadas com o brilho das emoções e dos
conhecimentos do narrador ou expositor, durante a
narração, palestra, conferencia, etc...
101
Perceber o nível de experiências dos ouvintes
“alunos-funcionários” é outra qualidade essencial
do bom narrador ou expositor, adequando sua
linguagem, a fim de ser compreendido claramente
e se comunicar eficientemente.
Importante: Somente com envolvimento
emocional, o narrador
mudanças comportamfuncionários”ouvintes.
ou
entais
expositor,
nos
consegue
“alunos-
Procedimentos
… que ajudam a perceber o nível de experiências
do auditório, durante a narração ou exposição:
•
O diálogo aberto, com os ouvintes “alunosfuncionários”
permite descobrir o nível das
perguntas e ajuda perceber, se está se
fazendo compreender ou se precisa mudar
a linguagem.
•
Pedir a opinião dos “alunosfuncionários”
ouvintes ajuda a descobrir
algum aspecto que deve ser ressaltado.
•
Pedir a repetição (pelo menos 3 vezes) de
palavras ou conceitos chaves, pelos
“alunos” ouvintes.
102
•
Dramatizar simulando fatos importantes
sobre o assunto, com a ajuda de alguns
“alunos-funcionários” ouvintes.
Atenção
•
Quanto menor a experiência de vida dos
“alunos-funcionários” ouvintes, mais
simples e emotiva deve ser a narração ou
exposição.
•
Quanto mais vivida emocionalmente for a
exposição ou narração, maior a
possibilidade de envolvimento e mudança
de comportamento dos ouvintes “alunosfuncionários”.
•
A exposição ou narração lida ou decorada
favorece as conversas paralelas, atitudes
dispersivas e impede a participação e
envolvimento dos ouvintes “alunosfuncionários”.
103
5ª. Técnicas de trabalho em grupo
Auxiliares para aulas expositivas do monitor
Grupos cruzados
… atua como “quebra gelo” e estimula o
relacionamento.
Dinâmica – Formar 04 grupos de “alunosfuncionários”
para responder 01 pergunta diferente
formulada para cada grupo. Cada pergunta deve
ser escrita em uma cor diferente de papel. Depois
de respondidas com a participação de todos do
grupo, reagrupar todo o pessoal em grupos que
contenham as 04 cores, para apresentação dos
resultados do trabalho feito no grupo anterior.
‘’Phillips 66”
Para aplicar em auditório.
… atua como “quebra gelo” e estimula o
relacionamento.
104
Dinâmica – Elaborar perguntas chaves para grupo
de 6 pessoas. Esses grupos devem ser formados
com 03 pessoas da fileira da frente, viradas para 03
pessoas da fileira de traz
Depois de um tempo marcado (20 minutos +/-) para
discussão e elaboração da resposta, um
participante de cada grupo apresenta, em plenário,
o resultado do trabalho. Cada apresentação deve
ser seguida de aplauso.
“Cochicho” + “Pequenos grupos”
… atua como “quebra gelo” e estimula o
relacionamento.
Dinâmica – Elaborar uma única pergunta para ser
respondida em cochicho, pelos ouvintes em pares
02 a 02.,durante 10 minutos.
Em seguida, formar grupos de 08 pessoas,
trocando os pares, para apresentação dos
resultados do cochicho.
Apresentar este último resultado em plenário,
seguida de aplausos.
105
“Grandes grupos” com “Cochichos”
… atua como “quebra gelo” e estimula o
relacionamento.
Dinâmica – Formar 02 grandes grupos com uma
pergunta diferente formulada para cada um, para
ser respondida.
Durante 15 a 20 minutos. Em seguida, formar
pares com 01 pessoa de cada grupo grande, para
apresentarem os resultados em “cochicho”.
“Telefone sem fio”
… atua para demonstrar as distorções da
comunicação verbal.
Dinâmica – Escrever uma mensagem no flip
chart, de costas para o auditório. Em seguida,
chamar um pessoa para ler a mensagem que deverá
cochichá-la no ouvido de outra. Esta também deve
cochichar no ouvido de uma terceira ...e assim por
diante, até todos os participantes receberem a
mensagem. No final, comparar com a mensagem
escrita no flip chart.
106
“Pedacinho de papel”
… atua para demonstração das distorções da
comunicação verbal.
Dinâmica -Pedir aos participantes que rasguem
um pedacinho de papel. Depois disso, recolher ao
pedaços e compará-los diante de todos, para
demonstrar a variação do conceito de “pedacinho”.
Em seguida, deixar claro que em qualquer
comunicação, todos os conceitos são diferentes
para cada pessoa.
“Desenho da estrela”
… atua para demonstração das diferenças de
critérios de avaliação.
Dinâmica – Pedir a um dos participantes que vá
até o quadro e desenhe uma estrela. Em seguida,
pedir aos demais participantes que escrevam num
papal a nota que deram ao desenho da estrela (de 0
a 10). Recolher os papéis e comparar as diferenças
de critério para o mesmo desenho, no mesmo
local, para a mesma pessoa. Mostrar que a
avaliação é um critério pessoal.
107
“Eu estou Ok, você está Ok”
… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras
no relacionamento.
Dinâmica – Pedir aos participantes que, em pé,
formem uma coluna em cada fileira virados para a
direita. Em seguida, com as mãos abertas em
posição de palmas encontradas, massagear os dois
ombros do companheiro da frente, indo da
esquerda para a direita, e vice-versa, dizendo “Eu
estou Ok, Você está Ok”. Depois de
aproximadamente 30 segundos, pedir aos
participantes em coluna, que virem para o lado
esquerdo, repetindo a massagem durante 30
segundos, dizendo “Eu estou Ok, Você está Ok”.
Pode ser executada várias vezes.
“Bandeira brasileira”
… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras
no relacionamento, demonstração dos efeitos
relaxantes da recreação.
Dinâmica – Pedir aos participantes, que formem
um círculo. Em seguida, dar a cada um, uma cor da
bandeira brasileira (pode ser oral). Cada vez que
falar uma das cores, as pessoas que estão com ela,
108
devem trocar de lugar no círculo. Quando você
falar “Bandeira brasileira”, todos, ao mesmo
tempo, devem mudar de lugar no círculo. O
monitor deve ser rápido. (esta recreação pode ser
feita, substituindo a bandeira, por “Salada de
frutas”).
“Música alegre”
… atua para demonstração dos efeitos relaxantes
da recreação.
Dinâmica -Pedir aos participantes, que fechem os
olhos, relaxem os músculos, soltando o corpo na
cadeira. Em seguida, colocar uma música
instrumental (sem ser cantada) que seja alegre, e
deixar tocar até o fim. Depois de terminar, pedir
aos participantes que digam o que sentiram.
“Pirulito que bate-bate”
… atua como “quebra gelo”, derrubada de
barreiras nas relações, demonstração dos efeitos
relaxantes da recreação.
109
Dinâmica – Pedir aos participantes que formem
um círculo, e fiquem aos pares virados de frente,
um para o outro. Em seguida, cantando “ Pirulito
que bate bate; Pirulito que já bateu; Quem
gosta de mim é ela e quem gosta dela sou eu”, os
participantes devem bater as mãos abertas a cada
frase, na coxa, nas palmas das mãos e nas palmas
das mãos do companheiro... Em seqüência os
participantes podem dançar aos pares, girando,
com os braços entrelaçados. Repetir, enquanto
houver entusiasmo na participação.
“Marchando com deus”
… atua como “quebra gelo” derrubada de barreiras
nas relações, demonstração dos efeitos relaxantes
da recreação.
Dinâmica – Pedir aos participantes que formem
uma única coluna. Em seguida, marchar em volta
da sala, declamando em ritmo de marcha:
“Deus é Alegria;/ Deus é Harmonia;/ Deus é
Amor;/ Deus é Paz;
Deus é Felicidade;/ Deus é Prosperidade;/ Deus é
Beleza;/
Deus é Perfeição.”
110
* Repetir enquanto houver entusiasmo na
participação.
6ª. Instrução Programada
Ensino individualizado sem monitor
Técnica especial para Ensino Individualizado à
distância, que tem como característica, ensinar,
fixar, reforçar e avaliar ao mesmo tempo.
Para isso, à medida que o texto de ensino vai sendo
apresentado ao aluno, também são intercalados
pequenas questões com a função de fixar, reforçar
e avaliar a sua compreensão e portanto as
mudanças de comportamento, a aprendizagem.
Essas questões já apresentam a resposta correta
imediatamente, na margem ao lado da página,
antes da apresentação do novo conceito a ser
ensinado.
Na Instrução Programada, à medida que o aluno
estuda, faz auto-avaliação ao mesmo tempo,
usando uma “máscara” (uma tira de papel), para
111
cobrir as respostas corretas que devem ser escritas,
de preferencia, na margem da página.
Exemplo:
Apresentação do conceito que se quer ensinar:
O cliente é uma pessoa humana que
merece toda a nossa atenção especial,
porque é a razão da existência da empresa
na qual trabalhamos.
Vamos ver como que faz para ensinar esse texto,
sem o professor:
Ensino programado
Vamos partir, dividir o texto que se quer ensinar
(exemplo acima) em várias partes, de várias
maneiras diferentes e deixar o aluno responder
exercitando os vários aspectos do conceito.
Resposta
(sob máscara) Fixação do conceito
A pessoa humana mais importante
Cliente para a empresa na qual
trabalhamos é o _______
112
Pessoa
humana
Clientes
Atenção
Empresa na
qual trabalho
O cliente merece a minha atenção
especial porque é uma ______
A empresa na qual trabalho existe
porque existem pessoas humanas
que confiam nela. São os
Os clientes precisam receber a
minha _______ especial para que
continuem a confiar na empresa na
qual trabalho.
Dando atenção especial ao cliente,
estou colaborando para que a
progrida e eu permaneça
trabalhando.
A sensação de quem está recebendo a instrução
deve ser de 'facilidade', para que eu não sinta
desânimo e desinteresse, porque esses são dois
bloqueios da aprendizagem.
– Ah! Mas isto é muito fácil. Deverá dizer o
aprendiz, pelo método Instrução Programada.
À medida que apresentamos o conceito a ser
aprendido, vamos usando maneiras diferentes de
apresenta-lo para fixar e reforçar a aprendizagem.
113
Quanto mais repetirmos de maneiras diferentes o
assunto a ser aprendido, melhor será o ensino,
melhor a aprendizagem. Ao mesmo tempo que o
aluno verifica se preencheu os espaços vazios
corretamente, faz auto-avaliação.
As questões da instrução programada podem
também ser resolvidas com
( ) sim ( ) não
Porém, prefira a técnica de preencher espaços
vazios, porque obriga a escrever os conceitos ou
palavras chaves.
Há possibilidade de criarmos outros tipos de
questões. É importantíssimo que sejam claros e
fáceis de resolver, porque o aluno está estudando
sozinho, sem ninguém que lhe dê melhores
explicações. E ele tem que aprender sem
desanimar.
Como elaborar:
•
Na elaboração da Instrução Programada,
em primeiro lugar temos que selecionar e
elaborar os textos a serem ensinados de
maneira que se tornem fáceis e concisos,
114
contendo conceitos claros sem palavras
desnecessárias.
•
A seguir, dividimos o texto em parágrafos.
•
Cada parágrafo deve ser repetido (repisado)
no mínimo 3 vezes de maneiras diferentes,
com espaços vazios variados, a serem
preenchidos com a resposta correta,
proporcionando fixação, reforço e
avaliação da aprendizagem.
•
A resposta correta deve ficar na margem ao
lado do texto, de maneira que o aluno possa
cobrí-las com a “máscara” (tira de papel)
enquanto estuda, antes de verificar se
acertou.
Cuidados na elaboração
•
Lembrar que a Instrução Programada é
para ensino à distância.
115
•
Experimentar a Instrução Programada com
colegas ou amigos, verificando se o texto
está suficientemente simples e claro, antes
de aplicar ao pessoal destinado, para que os
“alunos-funcionários”, realmente aprendam
sozinhos.
•
Trabalhar sempre um parágrafo de cada
vez.
•
Remanejar o mesmo conceito várias vezes
para que o aluno responda com várias
palavras chaves diferentes.
•
Somente em seguida, passar para o
parágrafo seguinte.
•
Fazer avaliações extras com o objetivo de
melhorar os conhecimentos do pessoal,
quando os “alunos-funcionários” da
Instrução Programada, são da mesma
empresa.
•
A aprendizagem não é atingida quando os
“alunos-funcionários” pedem a outras
116
pessoas para “estudarem” por elas. Isso é
muito freqüente no ensino individualizado
à distância. Neste caso, abandonar a
Instrução Programada
7ª. O Ensino por meio de perguntas
-trabalho mental estimulado
Desafio com perguntas didáticas
A atitude de perguntar tem um papel
importantíssimo na transmissão de conhecimentos.
O processo de ensino através de perguntas, sempre
foi praticado nas escolas desde a Idade Média e até
hoje consegue muito sucesso na aprendizagem.
Porém, no início do Século XX, reformistas
pedagogos obcecados, iniciaram ataques à esse
método de ensino, e até hoje não silenciaram
afirmando que “é absurdo aquele que conhece,
perguntar a quem não conhece”. Defendem o
ensino sem perguntas, o “trabalho mental livre”.
É bom lembrar que a finalidade de todo e qualquer
método (caminho) de ensino é tornar o aluno
117
mentalmente independente.
Por isso, é necessário alguns esclarecimentos em
relação aos mal-entendidos e confusões
pedagógicas sobre o método por meio de
perguntas.
A pergunta deve ser didática
A pergunta didática é aquela que o monitor faz
como desafio, para conduzir a observação e para
aguçar a curiosidade dos participantes, (como num
jogo de adivinhação).
A pergunta didática estimula o trabalho mental dos
alunos, e leva-os a buscar dentro de si mesmos,
respostas conhecidas que se relacionem com o
assunto apresentado.
A pergunta didática cria um ambiente natural,
descontraído, estimulante e favorável para a
aprendizagem. Além disso, favorece também ao
monitor, o conhecimento do nível de experiências
dos participantes para saber de que ponto deve
partir para iniciar o novo assunto a ser ensinado.
Com a pergunta didática, o monitor incentiva a
conquista de conhecimentos e nunca fornece
resultados prontos.
118
“É importante lembrar que todas as
invenções dos seres humanos são respostas
a alguma pergunta didática, desafiadora,
que estimula a busca de uma determinada
resposta ou solução”. Aebli
Procedimentos ao fazer a pergunta
•
O monitor deve ter conduta muito
respeitosa, sem atitudes irônicas ou
debochadas, porém, descontraída e
entusiasmada, que estimule nos
participantes a coragem de se manifestar.
•
Ficar atento aos gestos e olhares dos
participantes que demonstram desejo de
falar e estimular a sua participação,
•
Evitar o excesso de ajuda que causa
desagrado e rebeldia, nos participantes,
porque faz com que se sintam
menosprezados, incapazes e usados como
brincadeira.
•
Chamar, de vez em quando, os
participantes silenciosos, de maneira suave
e respeitando o seu silencio, para ajudá-los
119
a se integrarem no grupo.
•
Iniciar pelos mais tímidos, quando vários
participantes apresentam desejo de
responder as perguntas.
•
Mudar, variar, completar, esclarecer...sem
ajudar em excesso, nem menosprezar os
participantes, se a pergunta não foi bem
compreendida.
•
Deixar sempre um tempo para os
participantes pensarem, antes de
interromper com novas formas de
perguntas.
•
Não tomar posição logo na primeira
resposta apresentada diante de várias
respostas. Deixar que outros falem, para
animar a participação.
•
Seja estimulante, tirando sempre algo de
bom de cada resposta apresentada, mesmo
que não seja a resposta esperada.
•
Corrija as respostas totalmente erradas,
sem fazer comentários, que menosprezam.
•
Peça aos participantes, completarem as
120
respostas já apresentadas, para estimular a
atenção.
8ª. Recursos audiovisuais
A visualização e o ver - segundo Aebli
Ver e reproduzir
Recursos audiovisuais são todos os meios não-
verbais de comunicação que podemos usar, através
da audição e da visão dos “alunos-funcionários”
para nos auxiliar na transmissão de
conhecimentos: -objetos, lugares, imagens,
gráficos, melodias, formas geométricas, etc...
Melhoram muito a qualidade da comunicação,
evitam distorções, e favorecem as mudanças de
comportamento - a aprendizagem.
Para utilizá-los de maneira eficaz, o monitor
responsável pela transmissão de conhecimentos,
tem que saber a respeito de alguns aspectos sobre a
visualização e o “ver”.
121
•
Visualização é o processo de representação
clara da percepção das características de
um objeto - cor, forma, tamanho, etc...
•
“Ver” está ligado à compreensão do objeto
que é um processo mais complicado do que
pode parecer à primeira vista. “Ver” e
pensar acontecem juntos. O modo de “ver”,
é um pensamento a respeito do objeto,
influenciado por pensamentos e
representações das nossas experiências
passadas. Sabe-se que a presença de um
objeto perante um observador não garante
que este o “vê”.
Por exemplo:
É raríssima a pessoa que sabe desenhar o
mostrador do seu relógio, apesar de “vê-lo” muitas
vezes por dia.
Para trabalhar com os recursos audiovisuais,
enfocamos os estudos sobre o ato de “ver”, que
envolve vários fatores:
1.
A participação de todos os órgãos sentidos,
além da visão e da audição... o tato, o
paladar, o olfato, que participam da
122
concentração da atenção e da compreensão
mais perfeita do objeto.
Por exemplo: Apalpando um tecido, um
pedaço de madeira, um metal, saboreando
uma fruta,...”vemos”, isto é,
compreendemos melhor esses objetos.
2.
Experiências vividas anteriormente
interferem no nosso modo de “ver”. Nunca
existe um recebimento passivo das imagens
das coisas, porque elas sempre lembram
alguma experiência passada.
Por exemplo: Um animal é “visto” de
modo diferente pelo habitante da cidade e
pelo habitante do campo. Pode estar ligado
à lembrança de emoções, alegria ou medo...
mudando o modo de “ver”, a compreensão
deles.
3.
A imitação interior, o colocar-se no seu
lugar, favorece a a compreensão da
atividade de uma pessoa e conseguimos
“ver”, isto é, compreender com exatidão.
Sem imitá-la,colocando-nos em seu lugar
poderemos visualizar a roupa, o penteado,
os gestos, a máquina,... e não “vemos” a
atividade propriamente dita.
4.
As visualizações interiores. Quando
123
observamos e visualizamos qualquer coisa,
uma paisagem, uma pessoa, um objeto... O
nosso modo de “ver” é influenciado pelas
características, das coisas ou pessoas
semelhantes, que conhecemos
anteriormente.
5.
A simplificação ou decomposição em
partes de um objeto ou imagem complexa,
facilita a nossa compreensão, o nosso modo
de “ver”.
Procedimentos na reprodução
O reproduzir é insubstituível e indispensável para
provar o que foi assimilado e como foi a
compreensão do objeto de ensino, o processo de
“ver”. Reproduzir intensifica o processo de
compreensão. Pode ser através de desenhos,
descrições escritas ou orais, representações
cênicas, gráficos, etc...
Ao reconhecer as falhas de compreensão, no modo
de “ver”, o monitor deve voltar ao assunto ou ao
objeto de ensino.
Para ajudar a compreensão, o modo de “ver” o
assunto ou do objeto de ensino, o monitor deve
124
proporcionar um contato bem amplo, através de
imagens, lugares, materiais afins, melodias, etc... A
simples presença de objetos ou imagens não é
suficiente para a sua compreensão.
Para garantir mudanças de comportamento, isto é,
a aprendizagem, com o uso de recursos audiovisuais,
o monitor deve obedecer a sequência
correta das fases do processo de ensinar, um
assunto ou objeto de ensino:
1.
Fase concreta -Apresentar o assunto ou o
objeto, concretamente, como parte da vida
real cotidiana, através da observação “ao
vivo”. Levar os participantes ao assunto ou
objeto de observação, através de excursões.
visitas, passeios...
Para dirigir o modo de “ver, isto é, a
compreensão, e evitar que a aprendizagem
dos participante seja nula, todos os
participantes, antes de entrar em contato
real com o assunto, devem ser previamente
orientados, estarem bem distribuídos para
que ninguém se disperse durante a
atividade.
2.
Fase semi-concreta -Representar o assunto
ou o objeto real, através de filmes,
gravuras, desenhos, etc... Quando houver
125
uso do quadro negro (ou branco),
apresentar, aos poucos, através de desenhos
ou formas geométricas, de acordo com o
aparecimento das partes do assunto ou das
partes do objeto de ensino até chegar ao
seu todo. Nunca colocar no quadro, o
assunto ou objeto no seu todo.
3.
Fase abstrata -Somente depois das duas
fases anteriores apresentar as teorias,
históricos, gráficos, estatísticas, etc... sobre
o assunto ou objeto.
Quando o ensino é apenas verbalístico, sem a
sequência correta, sem uso de técnicas de
comunicação, sem recursos áudio visuais, sem a
indispensável reprodução... a aprendizagem é nula.
126
ALGUNS ASPECTOS
PRÁTICOS DA PEDAGOGIA
EMPRESARIAL
Só treinamento conduz à vitória
Todas as empresas, sem exceção, almejam a
vitória.
Vitória é o sucesso realizado. É o “ato de vencer
qualquer competição, triunfo e êxito brilhante em
qualquer campo de ação”. Aurélio
Somente treinamentos constantes conduzem à
vitória. Os campeões em todos os campos de ação
só conseguem a vitória, treinando
permanentemente.
“Treinar é tornar apto, capaz para determinadaatividade ou tarefa. É habilitar, adestrar.
Também
é exercitar-se para algum fim”. Aurélio
Treinamentos são todas as ações dirigidas
repetidamente para desenvolver as nossas aptidões,
as nossas habilidades e capacidades para
127
determinada atividade, e conduzem seguramente
aos três componentes da vitória:
•
a qualidade,
•
a tranqüilidade e
•
a produtividade.
Atividade Pedagógica
Criar treinamentos que estimulem os funcionários
perceberem que todos nós temos qualidades
pessoais, talentos, dons.
1 - Qualidade
“Qualidade é a propriedade, o atributo ou
condição das pessoas ou coisas, capaz de
distinguí-las das outras. É o que permite
avaliar, e consequentemente aprovar,
aceitar ou recusar, qualquer coisa. É o
dom, a virtude que distingue”. Aurélio
Toda a pessoa humana possui a sua qualidade.
Tudo aquilo que a distingue das outras pessoas.
Tudo o que a caracteriza.
128
A nossa qualidade é aquilo que nos diferencia dos
outros. O nosso talento, o nosso dom, nosso modo
de ser, a nossa maneira simpática de falar, o nosso
jeito agradável de nos comunicar, a nossa
aparência, a nossa educação, a nossa posição
social, a nossa distinção... Aquilo que temos ou
apresentamos de diferente e que podemos por em
evidência em relação às outras pessoas, com
treinamentos contínuos.
A qualidade se manifesta plenamente quando a
pessoa está segura, feliz e realizada
profissionalmente.
Os treinamentos devem ser a grande oportunidade
para que os alunos-funcionários consigam o
desenvolvimento e a expressão da própria
qualidade.
Hoje no mundo empresarial, a qualidade, aquilo
que faz a diferença, é seriamente exigida pelos
clientes internos e externos. Qualidade pessoal,
qualidade dos serviços, qualidade do atendimento,
qualidade do produto, qualidade total.
2 -Tranquilidade -é o estado mental em que
sentimos segurança, calma, equilíbrio, sossego e
paz. Nesse estado, somos especialmente
produtivos no trabalho e atraímos situações
favoráveis, tanto para a nossa vida pessoal, como
129
profissional.
Nossa mente é muito produtiva em estado de
tranqüilidade e bloqueada em estado de agitação.
O estado emocional de tranquilidade, serenidade, e
segurança está diretamente ligado ao
desenvolvimento da nossa auto estima e nos dá as
condições de exibir a nossa qualidade em todas as
nossas atividades, especialmente as profissionais.
A tranquilidade impede o estresse que desgasta a
energia vital, estimula o “ fazer bem feito”, a
alegria de realizar um trabalho, a segurança de ser
competente na atividade profissional.
Os bons treinamentos ensinam técnicas de
relaxamento e proporcionam a tranquilidade
imprescindível para a conquista da vitória.
3 -Produtividade é a faculdade inata do ser
humano, de produzir, de ser rendoso, de ser
proveitoso, de ser criativo, de ser elaborador, de
ser realizador em tudo que sabe fazer.
A nossa produtividade alta é natural quando
sabemos executar algum trabalho. Por isso,
dependemos de treinamentos, exercícios repetidos
que favoreçam a nossa aprendizagem.
A nossa produtividade alta é proporcional ao nosso
130
estado de tranqüilidade, alegria e serenidade. Em
estado de tensão, a nossa produtividade fica
bloqueada.
Desde de 1976, tenho acompanhado com orgulho e
satisfação, empresas alcançarem a Vitória com
treinamentos permanentes.
A perseverança e a persistência nos treinamentos,
permitiram que essas empresas descobrissem a sua
própria qualidade, através da qualidade dos seus
colaboradores -ganhassem a tranqüilidade do
controle do estresse e consequentemente atingissem
a vitória da alta produtividade.
Ninguém é “burro”
Não existe pessoa “burra”.
As dificuldades que um “aluno-funcionário” tem
de aprender uma tarefa ou atividade na empresa,
estão ligadas às dificuldades daquele que deve
ensiná-lo. A Pedagogia ensina isso, e quanto mais
conhecemos a respeito do processo de
aprendizagem, mais isso fica comprovado.
A Psicologia Educacional mostra com muita
clareza, que mesmo as pessoas com deficiência
131
mental ou física, aprendem com facilidade, se
usarmos técnicas de ensino adequadas. É apenas
questão de qualidade de ensino e qualidade
profissional do professor-monitor.
“Se alguém não aprendeu é porque alguém não
ensinou. Se o ensino for de boa qualidade, não
há possibilidade de uma pessoa não aprender”,
afirmava Maria Montessori, médica italiana, uma
das maiores e mais revolucionárias educadoras do
Ocidente, que trabalhava com pessoas deficientes
mentais e físicos e para comprovar suas
afirmações, fazia que seus alunos competissem em
concursos públicos com pessoas normais.
Ensinar é uma ciência e também uma arte.
É Ciência porque exige técnicas fundamentadas
em conhecimentos de Psicologia Educacional,
adquiridos com observações, hipóteses,
experiências e comprovações.
É Arte porque exige capacidade de criar emoções,
sensações e estados de espírito, nas pessoas que as
conduzam a uma mudança desejável de
comportamento. Exige amor, dedicação e
entusiasmo na realização desse processo. É
aplicação de tecnologia.
132
Atividade Pedagógica
Ensinar e treinar com eficiência -Ensinar é
vocação, é dom, é talento. Não é qualquer pessoa
que tem “jeito” para ensinar, para conseguir
aprendizagem, isto é, para conseguir mudanças
desejáveis e duradouras, para a vida toda, no
comportamento dos “alunos-funcionários”.
Ensinar é acima de tudo, relacionamento humano
sincero e emotivo, com o objetivo de fazer
manifestar essas mudanças positivas e definitivas
nas pessoas. Essa qualidade de relacionamento é
influenciado fortemente:
•
Pela personalidade otimista de quem
ensina.
•
Pelo ambiente agradável e alegre do local.
•
Pelo profundo conhecimento a respeito do
assunto a ser ensinado.
Para assegurar a ocorrência do processo de
mudança por aprendizagem é necessário que o
ensino obedeça a um caminho certo, com uma
seqüência determinada de etapas:
1.
Etapa concreta
133
2. Etapa semi-concreta
3. Etapa abstrata.
Quando essa sequência é desprezada, ou mudada, a
aprendizagem não acontece.
Os profissionais de Treinamento Empresarial são
especialistas no processo de aprendizagem e
geralmente são pessoas vocacionadas. Treinam
muito para conseguirem o aumento da
produtividade pessoal e dos alunos funcionários
procuram desenvolver a sua qualidade, pois têm a
responsabilidade de agradar as empresas clientes a
permanecerem longo tempo no mercado.
A “imagem” de uma empresa
“Imagem” é o conceito genérico resultante de
todas as experiências, impressões, opiniões e
sentimentos que temos em relação a uma pessoa,
uma empresa, um produto ...
A “Imagem” que o público tem de uma Empresa é
seguramente, um dos pontos chaves, que
contribuem para o seu sucesso ou malogro.
134
Está comprovado cientificamente, que o ponto de
partida para a construção da Imagem -positiva ou
negativa -de uma Empresa no público, é sempre
subjetivo, de dentro das pessoas, de dentro da
empresa, e nunca de fora dela.
O início da construção da “Imagem” positiva ou
negativa da Empresa se dá nos pensamentos, nos
sentimentos e nas opiniões dos seus donos, dos
seus diretores dos seus funcionários, dos seus
fornecedores, dos seus clientes e de todas as
pessoas que se relacionam com ela.
Tudo o que as pessoas pensam e sentem a respeito
da empresa, naturalmente expressam na
convivência do seu dia a dia e está contribuindo
para a construção da sua “Imagem”.
Quando a imagem é positiva, aos poucos, os
comentários vão se divulgando, se alastrando, se
ampliando, e finalmente se concretizam através do
aumento do interesse e entusiasmo dos
funcionários, da produtividade pessoal deles, da
credibilidade da clientela, da atração de novos
clientes... conseqüências naturais da força oculta e
poderosa da comunicação “boca a boca”.
Há uma crença enganosa de que a“imagem”
positiva de uma empresa pode ser criada pelo
caminho inverso, dedicando muitos recursos
135
materiais para trabalhar a aparência, os aspectos
externos, o prédio, a fachada, o uniforme, as
funcionárias bonitas, os móveis finos, tapetes,
cortinas...
Porém, percebe-se depois de um tempo, que apesar
do impacto inicial das aparências, o interesse e
entusiasmo dos funcionários, a produtividade
deles, a atração de novos clientes, não melhorou.
Procura-se então, enganosamente, novos atrativos
externos como publicidade, impressos diferentes,
novo logotipo...
É essencial ter consciência de que os aspectos
externos devem ser sempre os complementos do
ambiente interno. Devem nascer como
consequência do ambiente psicológico, de todo o
pessoal interno, do “vestir a camisa” da empresa.
Atividade Pedagógica
Pedagogos Empresariais especializados em
mudanças de comportamento e no
desenvolvimento de relações humanas sabem que
é imprescindível realizar antes de tudo, muitas
atividades estimulantes de emoções positivas com
o pessoal que compõe a empresa, diretores e
funcionários e com os que se relacionam com a ela
externamente... fornecedores, clientes...
136
Essas atividades devem enfocar três aspectos:
•
Conhecimento da empresa onde trabalha e
seus objetivos sociais.
•
O bem estar dos funcionários.
•
A atividade ou tarefa profissional e a
responsabilidade de cada funcionário
dentro da empresa para que ela alcance
suas metas e objetivos.
O caminho mais seguro na construção da
“imagem” positiva da empresa, tão sonhada pelo
seu empresário é utilizar a força poderosa da
comunicação e relacionamento amável com as
pessoas que estão, direta ou indiretamente,
participando da Empresa, clientes internos e
externos, estimulando os sentimentos agradáveis e
entusiastas, formando a sua opinião positiva.
Programar e organizar vários treinamentos,
reuniões festivas, eventos para as famílias,
passeios, excursões, feiras, benefícios, etc...
Criar grandes murais nas áreas de circulação,
ressaltando os aspectos positivos com fotos:
•
das várias atividades profissionais e
recreativas,
137
•
das qualidades dos funcionários, que
merecem reconhecimento, muitas vezes
desapercebidos, pela própria empresa e
pelos seus colegas,
•
etc...
É fundamental lembrar que todas as pessoas
humanas, sem exceção, possuem qualidade. Ao
investir no desenvolvimento da qualidade e da
satisfação dos funcionários, todos saem ganhando.
É a Vitória do “jogo do ganha-ganha” através do
marketing do “boca a boca”.
A força da amizade na empresa
Sabemos que pessoas unidas pelo sentimento da
amizade constituem uma força “mágica”
invencível.
Se a Empresa conseguir desenvolver nos seus
participantes a força da amizade, raramente
passará por problemas de difícil solução.
“Amizade é um sentimento fiel de afeição,
138
simpatia, estima, ternura e camaradagem
entre pessoas que geralmente não são
ligadas por laços da família nem por
atração sexual”. Aurélio
Estou convencida pelos resultados das inúmeras
pesquisas, de que os estímulos ao desenvolvimento
do sentimento da amizade entre os participantes de
uma Empresa, de um grupo social ou de uma
família, num programa de ação perseverante, são o
segredo para que ela consiga naturalmente atingir
seus objetivos e vencer suas dificuldades.
Quando conseguimos sentir e viver a Amizade:
•
Floresce naturalmente o entendimento, a
concordância, a compreensão e a
fraternidade no relacionamento humano.
•
Diminui sensivelmente a acusação, a
disputa, a condenação, a discordância, os
desentendimentos.
•
Melhora muito a qualidade do ambiente
porque nasce a benevolência e a bondade
e... Como conseqüência natural, aumenta a
produtividade e nasce a prosperidade
permanente.
139
Atividade Pedagógica
Para atingirmos o ideal da Amizade, todas as ações
devem ser dirigidas para programas recreativos
que reunam todos os funcionários da Empresa, se
possível com as famílias, desde os diretores até
porteiros e vigias...
Essas reuniões deverão incentivar e estimular o
relacionamento entre as pessoas, num ambiente
recreativo de descontração, (nunca de tensão ou
qualquer outro tipo de pressão), sempre enfocando
a natureza alegre do ser humano e desenvolvendo
a compreensão principalmente em relação a dois
aspectos:
•
À igualdade das necessidades emocionais e
motivações em todas as pessoas
•
O conhecimento sobre o desenvolvimento
da força da vontade, do “querer é poder”,
na realização dos sonhos pessoais.
Essas reuniões com atividades recreativas
relaxantes são os maiores estimulantes do
relacionamento humano harmônico e
especialmente eficazes para a construção e o
cultivo da Amizade.
140
Algumas sugestões já experimentadas:
•
Cerimônias religiosas ecumênicas
•
Atividades físicas e esportivas
•
Atividades artísticas com música
instrumental e canto coral
•
Coquetéis
•
Churrascos
•
Palestras de desenvolvimento pessoal
•
Sessão de Filmes
•
Passeios
•
Reuniões festivas de comemoração
•
Feiras e Exposições
•
etc...
141
A produtividade aumenta,
estimulando a recreação.
Produtividade é a faculdade inata da pessoa
humana ser produtiva, isto é, de ser rendosa, ser
proveitosa, ser criativa, ser elaboradora e ser
realizadora em tudo que sabe fazer.
Nas pequenas tarefas e até nas grandes, somos
naturalmente produtivos, desde que aprendamos a
executá-las. É muito bom saber que já nascemos
assim e, portanto não precisamos aprender
produtividade, mas sim, desenvolvê-la.
Já está comprovado que a nossa produtividade é
diretamente proporcional ao nosso estado de
alegria e satisfação. Quanto mais alegres somos,
mais produtivos somos. E ser alegre é o natural da
pessoa humana.
Recreação (re-crear-ação) é a “ação de criar de
novo” o nosso estado natural de alegria, quandosaímos dele por algum motivo. É a ação
educativa
por excelência.
Recreação é toda atividade que diverte ou entretém
as pessoas em participação ativa, pelo bem estar,
pela livre escolha, pela espontaneidade e liberdade.
A recreação tem força propulsora de estímulo à
142
formação da personalidade integral e tem
influência positiva sobre o funcionamento do
cérebro e do sistema imunológico. Contribui,
portanto, para o aperfeiçoamento total,
aproximando mais, a pessoa humana do Criador.
A recreação dá à pessoa humana, um corpo mais
preparado para obedecer aos seus comandos e
possibilita o desenvolvimento da vitalidade, no
aspecto físico e consequentemente mental e
espiritual.
Como a recreação utiliza a “Energia Vital” que
emana do nosso interior, é capaz de desbloquear a
nossa alegria e desenvolver a nossa auto-estima.
Atividade Pedagógica
Incentivar e estimular a Recreação
Provocar o prazer por atividades recreativas em
todas as pessoas, através da montagem de
ambientes recreativos.
Esse estímulo deve atingir principalmente aquelas
pessoas, que por ignorância, consideram a
recreação como atividade de vagabundos e
desocupados,
143
As atividades recreativas estão reunidas em três
grandes grupos:
•
Atividades Religiosas
•
As Atividades Artísticas
•
As Atividades Físicas e Esportivas
Nas Atividades Religiosas, estão todas as
atividades que fazem a re-ligação do nosso
pensamento com o Criador, através de cerimônias
religiosas, palestras, reuniões religiosas, grupos de
oração, etc...(durante pelo menos 20 minutos por
dia). Todas as atividades religiosas eliminam o
medo, as preocupações, as tensões e recriam o
estado de confiança e alegria.
Nas Atividades Artísticas, estão as atividades que
exaltam o “Belo”, em todas as suas manifestações:
-Música -Canto -Dança - Artesanato... (durante
60 minutos diários) As experiências têm
comprovado, a sua eficiência na transformação
positiva do estado emocional das pessoas e pelas
facilidades de realização.
Nas Atividades Físicas e Esportivas, estão as
atividades que trabalham o corpo físico das
pessoas com movimentos alongamentos e
musculação.
144
A caminhada feita ao ar livre, diariamente, em
ritmo de marcha, (se possível com música) pelos
menos durante 30 minutos diários, promove
excelente equilíbrio físico e mental, ajuda a
eliminar as tensões do estresse ligadas ao medo e
às preocupações, proporciona alegria, estimula a
produtividade e o funcionamento do sistema
imunológico.
Os poderes da alegria natural
A Alegria Natural é a força “poderosa” que a
pessoa humana precisa para ter excelente
qualidade de vida.
A Alegria Natural equilibra nosso estado
emocional e físico, amplia nossos sentimentos
construtivos -compreensão, boa vontade, paz,
paciência, otimismo... e elimina nossos
sentimentos destrutivos -raiva, ressentimento,
ciúmes, vingança, medo, preocupação...
A Alegria Natural proporciona mais vitalidade e
saúde em todos os aspectos e relacionamentos
humanos agradáveis.
145
Descobertas da PNI -Psiconeuroimunologia ciência
criadora da Terapia do Riso, que estuda a
influência dos pensamentos e emoções no
desempenho do sistema imunológico, mostra que o
riso é a expressão (pressão para fora) da nossa
alegria natural, estimula o cérebro a liberar
hormônios benéficos, como as endorfinas, que
estimulam o fortalecimento do sistema
imunológico, anestesiam as dores, promovem total
oxigenação, relaxamento e bem estar...
Em estado de Alegria Natural, nós conseguimos
realizar nossas atividades com mais, eficiência e
rapidez. A nossa produtividade, nossa faculdade
inata de sermos rendosos, proveitosos, criativos,
elaboradores e realizadores, atinge alto nível. Tudo
que fazemos dá certo quando somos alegres.
Atualmente, as empresas mais evoluídas
empenham-se em cultivar um ambiente
empresarial alegre para conseguirem melhores
resultados na produtividade dos funcionários.
Atividades Pedagógicas
Criar oportunidades para a prática de exercícios
especiais que desenvolvem e mantém o nosso
estado de Alegria Natural.
146
Algumas sugestões:
Treino do Riso -William James, um dos mais
famosos psicólogos norte americanos, descobriu
que “podemos desenvolver e manter o estado de
alegria natural, se praticarmos conscientemente,
de propósito, o riso constante, construindo assim,
o hábito de sorrir sempre”. Não precisamos
depender de motivos ou estímulos externos para
sentir Alegria Natural. Ela já está em nós. Ele
aconselha que “procuremos rir sempre e quanto
mais triste estivermos, para nos mantermos
alegres e equilibrados”, porque o riso é o
poderoso energético restaurador do desgaste
físico e mental.
Nunca devemos nos deixar dominar pela tristeza,
que enfraquece a nossa energia vital e provoca
estresse. A Terapia do Riso comprova
cientificamente que “Rir é o melhor remédio”
mesmo. Hoje ela é aplicada amplamente em
hospitais para acelerar o sistema imunológico e a
cura dos pacientes.
Como praticar -Respirar profundamente e ao
expirar, rir em gargalhadas (com som ou sem
som). Repetir no mínimo 5 vezes.
Novamente insisto na prática da Recreação...
Atividades Religiosas -São aquelas que
147
promovem a re-ligação do nosso pensamento com
o Pai Criador. Quando praticadas diariamente na
empresa eliminam o medo e criam paz de espírito,
coragem, segurança, fé, tranqüilidade,
despreocupação e conseqüente Alegria Natural de
viver.
Como praticar -Com todos os funcionários
reunidos, fazer orações faladas ou cantadas,
leituras da Bíblia, meditações com comentários,
durante 20 a 30 minutos diariamente.
Atividades Físicas e Esportivas -São todas as
atividades físicas que movimentam e exercitam o
nosso corpo, equilibram a nossa respiração e
circulação sanguinea, a nossa musculatura, o nosso
cérebro, o nosso organismo...estimulam o
relaxamento, o bem estar... desbloqueiam a Alegria
Natural.
A vida sedentária acumula muita pressão e tensão estresse
-e muitos pensamentos e emoções
destrutivas. Vários Administradores de Cidades
que estão proporcionando à população, grande
quantidade de atividades físicas e esportivas
orientadas e dirigidas, estão conseguindo diminuir
e chegam até a eliminar admiravelmente a
criminalidade e a violência, consequências de
pensamentos e emoções destrutivas.
148
Como praticar -Organizar caminhadas ao ar livre,
dança, ginástica, bicicleta, natação, jardinagem,
etc... durante pelo menos 30 minutos diários
Atividades Artísticas -São todas aquelas que
promovem a ligação e exaltação do Belo em todas
as coisas e em todos os lugares. Têm força
equilibradora e, por isso conseguem com eficácia,
promover o desbloqueio da Alegria Natural e
descarregar tensões e emoções destrutivas.
“Quem canta, seus males espanta” -Já está
comprovado cientificamente por experiências em
inúmeras empresas e instituições do mundo que a
produtividade pessoal e a atmosfera do ambiente
melhoram muito depois de organização de
conjuntos de canto-coral com os seus
colaboradores. Essas instituições conseguem
aumentar de maneira “mágica”, a amizade, a
Alegria Natural e a produtividade...
Em empresas de origem oriental, são praticadas
com muita frequência as atividades relacionadas
com a música - o Belo dos sons.
Como praticar-Organizar grupos para cantar e
assobiar canções alegres, ouvir música, dançar,
tocar instrumentos musicais...Fazer artesanatos...
A prática de atividades artísticas faz parte da vida
das pessoas mais bem sucedidas.
149
Aumentando continuamente as
vendas
Pensando bem...
– A empresa não existe, sem clientes. É claro!
– A empresa cresce quando aumenta o número declientes. É claro!
– O número de clientes aumenta quando as vendasaumentam. É claro!
– E para aumentar continuamente as vendas?
Quando os dirigentes de uma empresa, têm a
consciência de que os clientes são a razão da sua
existência -tanto clientes externos, como clientes
internos -assumem com empenho o dever de
oferecer aos seus participantes e colaboradores,
melhor formação, atualização de conhecimentos e
treinamentos contínuos nas ações para uma
qualidade total do Atendimento. Oferecem assim,
vários estímulos que atuam no desbloqueio e
desenvolvimento da produtividade pessoal.
150
Os funcionários precisam saber para lembrar
sempre que:
Todos nós também somos clientes e que quando
fazemos compras, não estamos tão necessitados do
objeto da compra, mas sim, em satisfazer com
aquele objeto, as nossas necessidades naturais
psicológicas ou fisiológicas e atingir as nossas
motivações. Porque o objeto da compra sempre
significa “algo mais” profundo e mais forte...a
satisfação de uma necessidade...de uma carência.
Para isso, é indispensável que o conhecimento das
necessidades naturais (psicológicas e fisiológicas)
e motivações do ser humano sejam conhecidas e
ensinadas, como condição básica, para qualquer
funcionário ser bem sucedido no seu trabalho e no
relacionamento com as pessoas (vendas,
atendimento, família, amigos...).
Saber que todos nós buscamos a todo custo a
satisfação das nossas necessidades naturais de
alimento, de líquido, de sono, de atividade, de
abrigo e temperatura, de afeto, de ser aceito, de
aprovação social, de independência, de
realização... e principalmente de auto-estima.
Saber que todos temos uma grande motivação na
vida, -o desejo de felicidade -e que para atingí-la,
criamos outras motivações, como desejo de saúde,
151
desejo de riqueza e desejo de sucesso.
É imprescindível que todos os funcionários da
empresa, sem exceção, participem dos
treinamentos e das atividades de formação e
desenvolvimento profissional, para um excelente
atendimento. Porque está provado e comprovado
que somente “o ótimo atendimento é que vende
cada vez mais”. É o grande segredos do sucesso de
uma empresa.
Atividades Pedagógicas
Promover treinamentos que proporcionem a todos
participantes da empresa:
1.
Conhecimentos sobre o comportamento
humano, necessários para vencerem as
dificuldades da vida pessoal, da vida
profissional, e da vida social.
2.
Conhecimentos detalhados sobre a empresa
onde trabalham e sobre o seu produto.
3.
Conhecimentos que ajudem no bom
desempenho de suas funções e tarefas... E,
a melhorarem as técnicas específicas do seu
trabalho.
152
4.
Oportunidades de ampliarem o
relacionamento humano e o círculo de
amizade.
Nessas atividades de formação e treinamento,
deve-se praticar muitos exercícios de simulação
de:
•
Um “Atendimento excelente”.
•
“Vendas bem sucedidas”.
•
‘‘Relacionamento com os colegas de
trabalho”...
Todos esses conhecimentos desenvolvem
seguramente a arte de vender qualquer coisa produtos,
serviços ou idéias -e favorecem
admiravelmente o aumento do número de clientes.
São Treinamentos para o desenvolvimento da
Qualidade Total do Atendimento ao Cliente.
“Por favor, preste mais atenção”
A pessoa atenciosa tem personalidade atraente e
153
afetuosa porque é competente e capaz de dar
atenção aos outros. Sempre é muito querida nos
grupos em que convive porque sempre supera as
expectativas. Surpreende a todos com atitudes
agradáveis e inesperadas... momentos mágicos.
A pessoa atenciosa já descobriu, que o tempo
dedicado à dar atenção aos outros, é um
investimento espetacular. Foi treinando muito que
aprendeu a ouvir as pessoas atenciosamente. Com
isso, a sua capacidade de concentrar a atenção foi
ampliada, até para outros tipos de atividade.
Todos nós sentimos a nossa necessidade de afeto
satisfeita, através da atenção que recebemos das
pessoas.
É profundamente decepcionante a insatisfação que
sentimos quando temos algo importante para
contar ou perguntar a alguém (chefe, pai, mãe,
esposa, marido, amigo, colega de trabalho...) e esse
alguém, nem sequer olha para nós, continua
fazendo o que está fazendo, sai andando... dizendo
que “escuta com o ouvido e não com os olhos”.
São as pessoas tipicamente desatenciosas.
A Psicologia Educacional ensina que a insatisfação
que sentimos com a falta de atenção dos outros é
um sentimento de frustração afetiva. Normalmente
iniciada na infância quando o adulto, que é
154
importante para nós “não tem tempo”, de nos dar
atenção, ouvir nossas perguntas, ajudar a resolver
nossas dúvidas e ansiedades, tão naturais e
freqüentes durante a vida.
A Psicologia Educacional ensina ainda, que as
pessoas desatenciosas, por terem sentido ausência
de atenção na infância, inconscientemente repetem
o mesmo comportamento desatencioso. São
justamente essas pessoas que mais exigem atenção
especial dos outros, quando chegam a algum lugar
e quando estão falando. E, se não forem o centro
das atenções fogem dos relacionamentos ou são
agressivas Não percebem, que tem com as pessoas,
a mesma atitude que detestam nos outros. Projetam
a sua “sombra”. Como não receberam atenção, não
aprenderam a dar.
Dificilmente as pessoas desatenciosas são bem
sucedidas nos relacionamentos humanos, são
agressivas, tem poucos amigos, e sentem muita
rejeição. Vivem frustradas.
O segredo para a solução definitiva dessas
dificuldades está nos treinamentos contínuos da
prática da “Lei de Ouro”.
A Lei de Ouro é bíblica e universal, escrita
também em vários livros sagrados e inúmeros
livros de comportamento humano.
155
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a
eles; porque esta é a LEI”. Mateus 7, 12.
(“Lei de Ouro”)
Atividade Pedagógica
Treinamentos servem para mudar a nossa vida para
melhor.
-Organizar treinamentos com a prática da “Lei de
Ouro” para conseguir a consciência das
desatenções e as mudanças nas atitudes e
comportamentos.
Esses treinamentos devem simular repetidamente
diversas situações de relacionamento humano em
que procuramos...
•
Ouvir as pessoas com atenção, evitando
interrompê-las.
•
Ouvir alguém relatar uma história, um
acontecimento... com muitos detalhes...
sem interrompe-la.
•
Ouvir as queixas de uma pessoa... etc.
156
Experimente. O resultado é surpreendente.
Nesse tipo de treinamento percebemos que é dando
atenção às pessoas que recebemos muita atenção
delas... além do esperado. Somos estimulados a
continuar sempre e com maior perfeição sentir o
prazer de ouvir e dar atenção aos outros e de
experimentar ser bem sucedidos nos
relacionamentos, dentro e fora de casa.
Treinando assim, conseguimos facilmente superar
nossa frustração afetiva, mesmo que na nossa
infância, tenhamos sentido ausência de atenção.
Elogiar é descobrir talentos
escondidos
Elogiar é enaltecer, elevar, exaltar as qualidades
humanas para as próprias pessoas humanas.
A maioria de nós reconhece inúmeras qualidades
no cônjuge, nos filhos, nos colegas de trabalho, nos
amigos e em si mesmo e não aprendeu, e por isso
não sabe, como expressá-las.
Essa dificuldade nossa, vem do hábito educacional,
157
muito antigo, de exaltar somente o que está errado,
o defeito, o que não deu certo, os fracassos...
Hábito que gera inúmeras dificuldades de
insegurança emocional, interferindo negativamente
na nossa vida pessoal e profissional com o
“drama” da auto-rejeição (eu não gosto de mim).
Tantas vezes nos ressentimos da ausência de
reconhecimento das pessoas queridas. Esperamos
tanto receber elogios delas, porém, não sabemos
elogiar. Não sabemos ajudar as outras pessoas a
ficarem mais seguras, e “convencidas” das próprias
qualidades. Por isso, também não somos ajudados,
não recebemos elogios.
Existem treinamentos para pessoas que estão em
atividades de liderança -pais, diretores, gerentes,
professores, administradores... que ensinam a
“Prática do Elogio”.
Está comprovado que o elogio alivia o sentimento
de frustração, satisfaz a necessidade natural de
aprovação social, diminui a agressividade e o
isolamento e desenvolve a auto-estima e a
produtividade.
Parece incrível, mas precisamos treinar, para
conseguirmos dar aos outros, algo que tanto
desejamos receber.
Nas experiências realizadas nos treinamentos com
158
elogios, o que surpreende é que a pessoa elogiada
em apenas uma qualidade, passa a manifestá-la
juntamente com outras qualidades. A força do
elogio é tão intensa, que parece extrair do interior
da pessoa, a qualidade exaltada e outras que
estavam “escondidas”.
Inúmeras vezes, essas qualidades permanecem
“escondidas”, porque nunca foram focalizadas.
Muitos talentos estão sendo descobertos nas
empresas, nas escolas, e nos trabalhos
voluntários... Com a “Prática do Elogio”.
O “Treino do Elogio”, isto é, a repetição dessa
conduta está fundamentada na “Lei de Ouro” das
relações humanas:
“Tudo aquilo, portanto, que quereis que os
homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois
esta é a Lei”. Mateus 7, 12.
Esse treinamento promove mudanças admiráveis
no ambiente empresarial. Desenvolve a auto-
estima e elimina a destrutiva auto-rejeição que
bloqueia a capacidade inata de produzir.
Além disso... Otimiza o relacionamento humano
na vida cotidiana, porque o “Treino do Elogio”
desenvolve a nossa capacidade de reconhecer
qualidades nas pessoas da nossa convivência e
aprender a expressar diretamente a elas o que
159
verdadeiramente reconhecemos.
Atividade Pedagógica
O Pedagogo Empresarial promove reuniões
especiais para o “Treino do Elogio”. Para isso deve
criar um clima favorável no ambiente explicando
antes, os fundamentos da força do elogio e seus
efeitos benéficos no desenvolvimento da
produtividade. Deve deixar claro que esse treino
tem a função de criar nos participantes, o hábito de
procurar reconhecer qualidades nas pessoas e
expressá-las diretamente a elas.
Pode-se dispor as pessoas em círculos, em duplas...
ou uma de cada vez na frente do grupo, para
elogiar alguém.
Atenção -Nunca podemos mentir quando
elogiamos porque a falsidade é percebida
claramente pelas pessoas.
O “Treino do Elogio“ gera a “Prática do Elogio” e
traz retornos maravilhosos para todos.
160
“Não foi isso que eu quis dizer...”
Dificuldade de comunicação
As dificuldades de comunicação entre as pessoas,
não são falta de amor ou de compreensão. Elas
aparecem, quase diariamente na vida conjugal, no
trabalho, na família, nas amizades... Afinal,
estamos nos comunicando o tempo todo, em todos
os lugares, com muitas pessoas, mesmo que não
estejamos falando.
Nos comunicamos de inúmeras maneiras: com
gestos, expressão facial, expressão corporal,
aparência, silêncio, entonações... e com palavras.
A comunicação entre as pessoas é uma “arte”, (e
uma ciência), fácil de aprender e praticar, se
soubermos como funciona.
Afinal... Temos muita necessidade de compreender
e sermos compreendidos... Precisamos viver em
harmonia para nos sentirmos bem conosco... E é
somente quando estamos bem conosco, que tudo o
que fazemos dá certo.
Aprendendo sobre o processo da comunicação
entre as pessoas conseguimos viver mais
harmoniosamente e estamos nos proporcionando
maior desenvolvimento.
161
No processo de comunicação, há 4 componentes:
1.
Mensagem (aquilo que deve ser
comunicado)
2.
Emissor (quem envia a mensagem).
3.
Receptor (quem deve receber bem a
mensagem)
4.
Ruídos (tudo que interfere ou causa
distorção na comunicação clara da
mensagem).
Se a mensagem enviada pelo emissor, foi bem
recebida pelo receptor, houve bom entendimento e
compreensão, sem distorções... a comunicação foi
harmônica, sem “ruídos”. Então, houve
comunicação propriamente dita.
Se isso não acontece, a mensagem foi distorcida e
incompreendida... não houve comunicação
propriamente dita. Houve “ruídos” na
comunicação.
Conseguimos melhorar muito as nossas relações
com as pessoas, entendê-las melhor e sermos
entendidos por elas, evitando situações graves de
incompreensão, reconhecendo o quanto e como os
“ruídos” dificultam as nossas relações pessoais.
162
Há inúmeros “ruídos” que interferem na nossa
comunicação, causando desentendimentos graves,
muitas vezes atrapalhando a nossa convivência.
Vejamos alguns...
•
Emoções negativas -quando emitimos ou
recebemos mensagens de maneira
agressiva, antipática, com desinteresse,
com desprezo... sempre quando não
estamos felizes conosco.
•
Idiomas diferentes -que impedem
totalmente a compreensão da mensagem.
•
Linguagem confusa -quando usamos
palavras e termos desconhecidos ou pouco
usados... com falta de palavras, deixando a
mensagem incompleta... difícil de entender.
•
Diferença de significados -quando uma
mesma palavra, um gesto ou um objeto,
traz as lembranças e experiências negativas
do passado, distorcendo o seu significado.
•
Deficiências físicas -surdez, mudez,
cegueira...
•
Gestos desagradáveis -quando eles
163
simbolizam imagens ou conceitos
negativos, ofensivos e agressivos.
•
Valores diferentes -quando os usos,
costumes e valores morais adquiridos em
sociedades diferentes interferem nas
expressões verbais e não verbais.
•
Outros ruídos que você já detectou...
Os participantes da empresa, devem saber que os
conhecimentos sobre comunicação humana,
promovem a compreensão entre as pessoas,
proporcionando uma vida mais serena, mais
tranqüila, mais feliz...e produtiva.
Atividade Pedagógica
Lembre-se sempre da Regra Básica: “Conversando
a gente se entende”
Realizar treinamentos com encenações simulando
situações de relações humanas difíceis, com vários
“ruídos”, convencendo a todos que, cada vez mais,
devemos nos explicar e nos desculpar uns aos
outros, pelos mal entendidos.
– “O que foi que você entendeu?”
164
– “Não foi isso que eu quis dizer”
– “Diga-me porque que eu ofendi.”
Na maioria das vezes os problemas de
desentendimentos são apenas de “ruídos” na
comunicação.
“Isso é falta de ética”
É freqüente ouvirmos comentários, sobre atitudes
desagradáveis de colegas, parentes e amigos, com
a expressão:
– “Isso é falta de ética.”
Mas, o que será Ética?
“ÉTICA é o estudo dos juízos de
apreciação, referentes à conduta humana,
suscetível de qualificação do ponto de vista
do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo
absoluto”. Aurélio
A Ética então, nos apresenta resultados de estudos
165
da conduta humana positiva ou negativa, com as
respectivas conseqüências para o bem ou para o
mal, em curto ou longo prazo.
Assim como a Lei da Gravidade é irrevogável e
funciona em todo o planeta, do qual somos parte,
assim também relembramos mais uma vez, mais
uma delas, a “Lei de Ouro”.
Tudo quanto, pois, quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a
eles; pois esta é A Lei.” Mateus 7, 12.
Relatórios de grandes empresas internacionais de
Consultoria Empresarial comprovam que as
condutas Anti-Éticas, aquelas que lesam e
prejudicam as pessoas humanas (mentiras,
corrupção, roubo, fraudes, falsificações, etc. etc..)
são as causadoras dos fracassos dos
empreendimentos, das organizações e também de
profissionais, que não conseguem permanecer no
mercado, ou na sociedade, apesar da aparente
prosperidade no início de sua vida. São os efeitos
da Lei de Ouro.
Essas empresas internacionais de Consultoria
Empresarial atingiram seu grande porte, depois de
duras e sofridas experiências, concluindo que
somente condutas Éticas levam ao sucesso
duradouro e à prosperidade contínua, pessoal e
166
profissional.
A “falta de Ética”, ou a conduta anti-ética além de
condenável, é desperdício de energia, é prejudicial
e fatalmente destruidora de qualquer profissional
ou atividade organizacional, em curto ou longo
prazo. Não conseguem conduzir à vitória
permanente.
É muito conhecido um famoso “Teste de Ética”
usado por empresas vencedoras, com muito
sucesso no mundo empresarial para detectar quais
são as condutas Éticas e se nossas condutas
pessoais, profissionais e empresariais são Éticas ounão. Se forem Éticas, estaremos
assegurando nosso
sucesso e progresso duradouro, tanto pessoal como
profissional.
Atividade Pedagógica
1 - Aplicação do “Teste de Ética”
O Pedagogo Empresarial deve utilizar nos
trabalhos de orientação e seleção de funcionários,
para as diversas funções, o “Teste de Ética” e o
“Código de Ética.”
167
TESTE DE ÉTICA
(Extraído do Livro “O Poder da Administração
Ética” dos Consultores internacionais Kenneth
Blanchard/Norman V. Peale.)
Antes de tomar qualquer decisão você costuma
fazer as seguintes perguntas?
1.
Esta decisão é legal? (Do ponto de vista
civil, criminal e em relação à política e aos
princípios da empresa ou da profissão?).
2.
Esta decisão é imparcial? (Todos os
envolvidos serão ganhadores? Não deve
haver nenhum perdedor).
3.
Esta decisão fará me sentir moralmente
bem comigo mesmo? (Se for publicado nos
jornais? Se a minha família e meus amigos
souberem?)
Observação: Qualquer resposta negativa ou
duvidosa provocará retornos desastrosos e
destruidores, em curto ou longo prazo.
2 - Elaboração de um “Código de Ética”.
Baseado nesse teste, elaborar um “Código de
168
Ética”, obrigatório para toda a hierarquia dos
funcionários e condição de permanência na
Organização.
Cada funcionário deve tomar conhecimento do
“Código de Ética” da empresa e se comprometer
com ele no momento da sua admissão, assinando
um documento de “Adesão e Obediência”.
Podemos anular o “stress”
“stress” ou estresse significa, pressão. É resultado
de um processo mental.
Enganosamente, costumamos usar o termo “stress”
ou estresse para indicar que estamos apresentando
desequilíbrios orgânicos, provenientes do excesso
de trabalho.
Porém, na verdade, é um processo mental, com
excesso de pensamentos, sentimentos e
imaginações de -medos e preocupações
constantes,-que depois de repetido durante um
bom tempo, passa a se manifestar como
desequilíbrio orgânico.
169
As preocupações são “ocupações mentais
antecipadas com algo que não aconteceu”.
As preocupações são compostas de pensamentos,
sentimentos e imaginações de combate, de
discórdia, de “guerra”, de resistência diante das
pressões “negativas” comuns, que todos nós
recebemos no dia a dia da nossa vida.
Estudos sobre o comportamento humano mostram
que 99% das nossas preocupações não acontecem.
São desperdícios da nossa energia vital.
Está comprovado que o trabalho realizado e as
ocupações produtivas não causam “stress” ou
pressão e sim canalizam e aliviam as pressões.
A Sabedoria Oriental ensina, que devemos
enfrentar as dificuldades da vida, imitando os
bambus durante os vendavais. Eles não quebram,
como as outras árvores, porque se curvam, durante
o vendaval... deixam ele passar e continuam em
pé, vitoriosos.
Como as leis da física, valem também para a
metafísica, sabemos que, a pressão exercida sobre
alguma coisa é sempre maior, quanto maior
resistência se impuser a ela. Assim, as pressões
mentais, o “stress”, terão mais força sobre nós,
quanto mais rígidos permanecermos em relação a
elas, com pensamentos e sentimentos de combate,
170
de luta, de discórdia, de medo, de resistência.
Sem combater nem resistir contra as dificuldades,
o “stress”, e as pressões são anuladas rapidamente.
É mais fácil do que imaginamos.
É imprescindível saber, que os acontecimentos
chamados “negativos” são sensores automáticos,
avisando que devemos mudar alguma coisa -as
nossas atitudes, o nosso modo de pensar, a nossa
direção... e corrigir nossa trajetória.
Quando compreendemos a função deles, de
“negativos” transformam-se em positivos e
passamos a sentir gratidão por eles, pois estão
procurando evitar a repetição dos mesmos erros no
caminho da nossa vida.
Então, a sabedoria do vencedor está na obediência
à “Lei da não resistência”. A Lei da Vitória.
O treinamento da não-resistência pode facilmente
anular a pressão mental, o “stress”.
A não resistência, é conseguida com o uso da força
e o poder admirável dos pensamentos de gratidão,
de compreensão e aceitação, na transformação e na
solução das dificuldades da vida. O interessante é
que ao agradecer as dificuldades elas desaparecem.
171
Atividade Pedagógica
Nos treinamentos, o Pedagogo Empresarial deve
procurar tranqüilizar as pessoas, mostrando que se
não impusermos resistência às pressões mentais de
medo e preocupação, deixarmos que elas passem,
como fazem os bambus diante dos vendavais, elas
forçosamente enfraquecerão e desaparecerão
diante da nossa flexibilidade.
Treinar a gratidão pelas dificuldades através da
repetição, compreendendo o porquê das
preocupações e dos medos, e reconhecendo a
necessidade da mudança da nossa trajetória, logo
estaremos reagindo automaticamente diante de
todas as dificuldades e a “Lei da Não Resistência”,
a “Lei da Vitória” passa a reger a nossa vida.
Comunicação Humana -Relações
Humanas e Relações Públicas
Relações Humanas -a comunicação entre as
pessoas
O processo de comunicação entre as pessoas é um
movimento de mensagens sempre em duas
172
direções, de ida e volta. Isso significa que uma
mensagem é considerada comunicada, somente
quando, quem a recebe compreende claramente
aquilo que está sendo emitido. Apenas emitir uma
mensagem não significa que houve comunicação.
Repetindo com mais detalhes o que já foi exposto
em páginas anteriores em “Não foi isso que eu
quis dizer”, vamos lembrar, que o processo de
comunicação envolve quatro elementos:
1. O Emissor – quem emite a mensagem
2.
A Mensagem - aquilo que é transmitido
3.
O Receptor – quem recebe a mensagem
4.
Os “Ruídos” – tudo que perturba e interfere
na comunicação
Durante a comunicação de uma mensagem, o
emissor e o receptor usam:
•
a linguagem verbal (palavra oral ou
escrita),
•
a linguagem não verbal (gestos, posições
do corpo, movimentos...)
•
os órgãos dos sentidos (visão, audição,
173
olfato, tato, paladar... com imagens, sons,
odores, contatos, sabores...)
Foi a percepção da presença dos “ruídos”
interferindo na comunicação entre as pessoas, que
exigiu atenção especial para tudo que distorce e
atrapalha a compreensão clara de uma mensagem.
Recapitulando, vamos lembrar os “ruídos” mais
comuns que perturbam a comunicação e
prejudicam o relacionamento humano harmonioso.
•
Emoções negativas – Quando o emissor ou
o receptor estão envolvidos pela
agressividade, antipatia, desinteresse,
tristeza, medo, preocupação, ansiedade,
culpa, insegurança, ressentimentos,
mágoas, auto-rejeição... a mensagem fica
distorcida e contaminada por essas
emoções.
•
Idiomas diferentes -Quando emissor e
receptor falam idiomas diferentes é
necessário um excelente tradutor e
interprete para que a mensagem seja
comunicada claramente.
•
Linguagem confusa – A comunicação não
acontece quando as mensagens são
emitidas com linguagem desconhecida,
174
usando palavras difíceis ou pouco usadas,
ou até com omissão ou excesso de
palavras.
•
Diferença de imagens e significados –
Todas as palavras que ouvimos tem para
nós, uma imagem representativa de
experiências vividas no passado. Até as
palavras mais simples tem significados
diferentes para cada pessoa. Ao emitir ou
receber uma mensagem, sempre corremos
o risco de encontrar esse tipo de “ruído”,
porque a interpretação das palavras causa
distorção da mensagem e desentendimento
entre as pessoas.
•
Ambiente barulhento -A emissão ou a
recepção de uma mensagem oral, ou
mesmo escrita, efetuada sem o silêncio
necessário, freqüentemente é feita com
distorções.
•
Sensações não verbais -São tipos de
“ruídos” que aparecem durante uma
comunicação, tanto no emissor como no
receptor, que interferem na aceitação e
credibilidade da mensagem: -a aparência
desagradável das pessoas, os maus odores
que sentimos, os gestos agressivos e as
sensações táteis desagradáveis que
175
percebemos, os maus sabores que
experimentamos, ... são linguagens não
verbais negativas que influenciam e
perturbam muito a emissão e a recepção da
mensagem.
•
Há possibilidade de surgirem outros tipos
de “ruídos” no processo de comunicação. É
bom estarmos atentos.
Os cientistas da comunicação, afirmam: “Quando
a nossa mensagem não foi compreendida
claramente, na realidade não houve comunicação.
É preciso eliminar ao máximo os 'ruídos' para que
ela aconteça. Assim conseguimos entender e
sermos entendidos.”
Relações Públicas -A comunicação entre o
público e a empresa.
No processo de comunicação entre a Empresa e o
Público também concorrem os 4 elementos acima
citados, que neste caso são:
1.
O Emissor – A Empresa
2.
A Mensagem -Os produtos da empresa, a
imagem que o público tem da empresa, a
176
credibilidade da empresa...
3.
O Receptor – O público
4.
Os “Ruídos” – Produtos de má qualidade, a
falta de ética, o atendimento sem
qualidade. a imagem negativa da empresa
perante o público...
Os piores “ruídos” nas Relações Públicas nascem
no ambiente interno desagradável de uma
organização, que é a causa mais forte da formação
da imagem negativa da empresa perante o público:
o descontentamento e a desarmonia entre os
funcionários, a displicência do dono, a disputa de
liderança dos dirigentes (diretores, gerentes,
chefes...), o desrespeito e o mau atendimento aos
clientes (internos e externos) e fornecedores...
As pessoas que se relacionam com uma empresa,
comentam os seus dissabores (ou suas satisfações),
em todos os lugares que freqüentam, ampliando de
maneira incomensurável a imagem, negativa (ou
positiva), que fazem dela.
São os “ruídos” que promovem os
desentendimentos e as incompreensões no
relacionamento entre as pessoas. Os estudos da
ciência da Comunicação mostram várias
providências que podem ser tomadas com sucesso,
pelo Pedagogo Empresarial, na eliminação dos
177
“ruídos”.
A principal conduta a ser cultivada nas Relações
Humanas e nas Relações Públicas é procurar todas
as possibilidades de eliminar ao máximo os
“ruídos” de comunicação nos dois campos,
Está evidente que as boas Relações Públicas são
dependentes das boas Relações Humanas.
Atividade Pedagógica
Eliminar “Ruídos”
Organizar treinamentos usando simulação de
situações de desentendimentos, que desenvolvam
nos funcionários e dirigentes os hábitos -de
perguntar quando não entendeu, -de se explicar e fazer-
se entender.
Esses treinamentos devem ter conteúdos que
abordem:
•
Compreensão do comportamento humano –
Treinamentos com o estudo dos
determinantes do comportamento humano,
(as necessidades humanas e as motivações
humanas), porque proporcionam a
178
compreensão das dificuldades das pessoas
com relação às suas frustrações interferindo
nas suas mensagens e nos seus
relacionamentos.
•
Empenho na qualidade da comunicação –
Com o conhecimento dos determinantes do
comportamento humano, o Pedagogo
Empresarial tem todas as condições de
elaborar treinamentos que pratiquem a
emissão de mensagens claras, que
satisfaçam as necessidades e atinjam as
motivações das pessoas, evitando os
“ruídos” já conhecidos e os resultados
desastrosos das frustrações e
incompreensões.
•
Capacidade de compreensão do poder
terapêutico do perdão e da compreensão Treinamentos
que desenvolvem essas duas
condutas “mágicas”, conseguem eliminar
todos os tipos de “ruídos”.
O conhecimento científico, citado acima, das
necessidades e motivações das pessoas, dados pela
Psicologia, fundamentam o poder terapêutico do
perdão.
Esse conhecimento permite que consigamos nos
colocar no lugar do outro, e sentir o sentimento do
179
outro e só então seremos capazes de evitar os
“ruídos” da comunicação nas Relações Humanas e
nas Relações Públicas.
A espiritualidade do pensamento
nas Relações Humanas
Uma coisa que nos chama atenção, até com muito
espanto, é a mudança de vida das pessoas
conhecidas que começam a freqüentar e se integrar
num movimento religioso ou em uma religião.
À medida que o nosso pensamento vai se
espiritualizando, o nosso coração vai mudando, a
nossa vida vai simplificando e muitas coisas, antes
consideradas importantes, tornam-se sem
importância e desinteressantes.
Passamos gradualmente a conhecer pessoas
diferentes, ler livros diferentes, passar o tempo de
maneira diferente e melhora muito a qualidade da
nossa conversa.
Todas essas mudanças vêm sempre depois da
mudança do coração e nunca antes.
180
“...as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas...” ll Corintios 5-17
Descobrimos que a opinião das outras pessoas, que
antes considerávamos importantíssima, parece
agora, sem nenhuma importância.
Os aplausos por nossos atos exteriores passam a
ter uma força muito fraca e efêmera, porque
reconhecemos que os resultados que valem a pena
são aqueles obtidos na nossa consciência.
Quando espiritualizamos nosso pensamento, a
nossa motivação mais forte, o desejo de felicidade,
começa a ser atingida. A nossa autentica natureza
religiosa de ser humano sente a atração do seu
Criador. Por isso mudamos tanto...
Atividade Pedagógica
O Pedagogo Empresarial deve organizar e realizar
atividades religiosas a serem praticadas durante,
pelo menos 20 minutos, antes do expediente...
Momentos de meditação sobre as verdades divinas
com leituras bíblicas e canções de natureza
religiosa, seguidas dos depoimentos dos
participantes em relação ao que tocou o seu
coração.
Experiências com a prática desses momentos em
181
inúmeras empresas surpreendem pela mudança
positiva da produtividade das pessoas e da
empresa.
A Fé nas Relações Humanas
Segurança íntima e confiança
Está comprovado que há uma coincidência em
todos os relacionamentos humanos. As pessoas que
têm fé são as mais produtivas, as que mais
progridem e conseguem grandes realizações.
Aliás, a fé é o elemento fundamental das
realizações. É a energia poderosa da concretização
dos nossos sonhos.
Em matéria de fé, vejam o que ensina o maior
“best seller” do comportamento humano, no
mundo - a Bíblia.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam, e uma certeza das coisas
que não se vê” Hebreus 11 –1
“Vai, e como creste te será feito”. Mateus
182
8-13
“Por que tens medo, homens de pouca
fé?” Mateus 8-26.
Existem algumas características que se repetem em
todas as pessoas de fé, que comprovam a verdade
dos ensinamentos bíblicos sobre esse
comportamento humano...
•
Elas são pessoas diferentes da maioria e
conseguem anular facilmente a presença do
medo, que é sintoma da ausência de fé.
•
Elas sabem e acreditam que toda a força e
todo poder vem somente de Deus.
•
Elas estão cientes da onipresença de Deus.
Sabem que Ele vive nelas e elas Nele.
•
Elas sabem que tudo o que acontece a elas
é sempre o melhor para elas... apesar das
aparências.
•
Elas sabem e confiam profundamente na
bondade inesgotável de Deus.
•
Elas são convictas da disponibilidade de
Deus para com elas.
183
•
Elas sentem que a vida é sempre benfazeja
e que as dificuldades são apenas “sensores
automáticos” avisando para mudar a
trajetória.
•
Elas conseguem sentir-se felizes em todas
as circunstâncias. Vivem intimamente
seguras e confiantes, tem atitudes serenas e
tranquilas. Vivem com a certeza da
supremacia do Bem.
Atividade Pedagógica
Exercitando a fé
Organizar vários treinamentos de 1 hora, que
ajudem os funcionários a exercitarem a fé através
da imaginação...
O filósofo e teólogo norte americano Emmet Fox,
dá excelente sugestão:
“É um grande erro lutar para produzir fé
viva dentro de si. Isso só pode resultar em
fracasso. Deve-se, isso sim, agir como se
tivesse fé. Represente (na imaginação)
repetidas vezes, o que você deseja que
aconteça, e estará expressando fé
184
verdadeira. Esta é a maneira certa de usar
a vontade de ter fé, compreendida
cientificamente”.
Todas as pessoas que experimentam, persistem e
perseveram, conseguem resultados admiráveis que
as estimulam a continuar sempre.
A Inteligência nas Relações
Humanas
Inteligência é a nossa capacidade de vencer
dificuldades
A Psicologia Educacional mostra com muita
clareza que “não existe pessoa burra”.
As dificuldades que uma pessoa tem de aprender
uma tarefa ou qualquer outra atividade, estão
ligadas às dificuldades daquele que deve ensiná-la.
Mesmo pessoas excepcionais com deficiência
mental ou física, conseguem aprender, se usarmos
tecnologia adequada para ensiná-las.
A solução para a questão da aprendizagem está
185
apenas na qualidade e competência de quem
ensina.
Maria Montessori, a primeira médica do Ocidente,
que foi uma educadora revolucionária na Europa,
afirmava e provava: “Se alguém não aprendeu é
porque ninguém soube ensinar”. Seus alunos,
eram crianças excepcionais, que ela os fazia
concorrer com crianças normais nos concursos
públicos, e sempre eram aprovados. Seu método,
com todo o material adequado e especial para o
ensino, criado por ela, é até hoje aplicado em
escolas de elite em todos os países e consegue,
além de ensinar, refinar as atitudes e
comportamentos dos alunos.
É bom lembrar que - Ensinar é Ciência e Arte.
Ciência, porque exige tecnologia fundamentada
nos conhecimentos de Psicologia Educacional.
Arte, porque exige capacidade de criar nas
pessoas, sensações e estados de espírito que levem
a uma mudança desejável e duradoura de
comportamento, isto é, à aprendizagem.
Ensinar é, acima de tudo, relacionamento humano
sincero e emotivo.
186
Ensinar exige amor, dedicação e entusiasmo de
quem ensina, seja onde for -no trabalho, na
família, na escola - em qualquer lugar...
Sabemos que o objetivo de qualquer ensino sempre
é promover a manifestação de mudanças positivas
e duradouras no comportamento de quem aprende.
Essas mudanças são conseguidas, seguramente,
durante o processo de -ensinar - aprender... mudar,
com a atitude interior de sinceridade e doação, de
quem ensina.
Além disso, essas mudanças por aprendizagem
como resultado do ensino exigem condições
indispensáveis...
•
A personalidade otimista e entusiasta de
quem ensina,
•
O ambiente agradável e alegre do local,
•
O conhecimento profundo a respeito do
assunto a ser ensinado.
Na ausência dessas condições, as pessoas não
aprendem, não por falta de inteligência, e sim,
porque não houve verdadeiramente ensino.
O objetivo principal de mudança do
187
comportamento na empresa é melhorar a
produtividade pessoal dos funcionários e
consequentemente da empresa.
Atividade Pedagógica
Ao organizar os treinamentos o Pedagogo
Empresarial deve criar as condições “chaves” que
favorecerão as mudanças desejáveis:
1.
Preparar um ambiente no local de
treinamento com atmosfera agradável,
alegre e aconchegante.
2.
Assegurar-se de que o monitor que
pretende ensinar tem as atitudes interiores
de -sinceridade, amor, dedicação e
entusiasmo, para que o ensino seja eficaz
nas mudanças desejáveis e duradouras.
3.
Verificar se o monitor que pretende ensinar,
tem conhecimento amplo do assunto.
Experimente. Sinta a satisfação e a alegria da
vitória que isso proporciona. Todos saem
ganhando.
188
A Perseverança nas Relações
Humanas
Constância e persistência
É admirável como encontramos nos
relacionamentos humanos, pessoas que nasceram
para vencer. Parece que essas pessoas “nasceram
com a estrela”, “são de muita sorte”, tudo dá certo
para elas.
Porém, é sabido que quando não conseguimos
encontrar explicações para as atitudes das pessoas
bem sucedidas, usamos com freqüência a palavra
“sorte”.
Resultados de pesquisas com pessoas
empreendedoras bem sucedidas, mostram a
existência de algumas características, que
costumamos chamar de “sorte”, e que são comuns
a todas elas:
•
Têm um objetivo bem definido e acreditam
nele. Sabem que a realização do objetivo
não vem imediatamente, e que um objetivo
de alto nível se concretiza com maior
rapidez. Aquele objetivo que realiza o bem-
estar de todos e que pode “curar” o mal-
estar da nossa vida e da vida das pessoas.
189
•
Sabem que o trabalho mental continuado é
uma ação da fé. Programam mentalmente a
realização do objetivo em detalhes escritos.
•
Imaginam continuamente, com detalhes, o
objetivo já realizado e persistem até que se
concretize. Sabem que a fé, a convicção e a
perseverança sempre conduz á vitória. São
disciplinadas e concentradas na
constância... Prosseguem, insistem e não
desistem da visualização do objetivo já
realizado, que assegura a sua
concretização.
•
Enfrentam os obstáculos serenamente, até
vencê-los. Sabem que a inconstância, o
desânimo, a indecisão e a desistência são
os os grandes inimigos da realização e
significam ausência de fé.
“Não pense essa pessoa que o Senhor dará
o que quer que seja a um homem que
esteja dividido e indeciso em todo o seu
proceder.” Tiago, 1,7-8.
Está evidente, que as realizações das pessoas bem
sucedidas não acontecem sem dedicação, apenas
pela simples”sorte”.
190
Atividade Pedagógica
Organizar treinamentos contínuos, de 1 hora, com
exercícios de imaginação criativa, em relação aos
desejos que se sonha realizar, baseados nos
ensinamento bíblicos sobre a fé...
“A fé é um modo de possuir desde agora o
que se espera, um meio de conhecer as
realidades que não se vêem.” Hebreus 11,1
A qualidade do pensamento nas
Relações Humanas
“Aquilo em que você pensa, cresce” – É um
ditado oriental que resume, muito bem, a lei
fundamental da mente humana sobre a força do
pensamento.
Muitas vezes nos perguntamos porque certas
pessoas têm tanto “azar” e têm tanta dificuldade de
deslanchar na vida. Quando as coisas parecem que
estão melhorando para elas, mais dificuldades
aparecem.
A explicação científica é:-“Seja bom ou mau o
191
assunto do nosso pensamento constante faz com
que a condição se acentue.” É uma lei básica que
abrange os ensinamentos psicológicos e
metafísicos.
Qualquer assunto que mantemos longe da nossa
mente tende a diminuir em nossa vida, porque
simplesmente, tudo enfraquece e degenera, quando
não é usado... Até o pensamento.
Quanto mais pensarmos lembrando nas coisas boas
que já tivemos, e que temos, mais coisas boas nos
virão.
Quanto mais pensarmos em nossas dificuldades ou
nas injustiças que sofremos, mais dificuldades
teremos.
É por isso que o Cristianismo através da Bíblia
ensina como promover e manter a nossa
fortaleza...
“Finalmente, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo
o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa
fama, ...seja isso o que ocupe o vosso
pensamento” Filipenses 4,8
192
Atividade Pedagógica
Organizar treinamentos com atividades que
promovam a conscientização e o reconhecimento
da qualidade (boa ou má) do pensamento constante
das pessoas.
Criar exercícios que consigam descobrir os vícios
de pensar negativamente, de reclamar, de lamentar,
de focalizar o mal... Em nós ou no outro.
Criar exercícios que ensinem a prática diária de
escrever uma relação de todos os bens já recebidos
para ler e ampliá-la todos os dias (bens espirituais,
mentais e materiais)... Essa prática promove a
formação de hábitos positivos de gratidão pela
vida, de reconhecimento do que é bom, e de
mudança de atitude interior.
Experimente. Sinta como “as coisas” mudam.
O Perdão nas Relações Humanas
O ano 2000 foi declarado “Ano do Perdão”.
Interessante reconhecer que a ausência de
193
conhecimentos faz com que seja importante
determinar um tempo especial para perdoar e pedir
perdão.
Existe uma lei mental irrevogável. “ Se quisermos
superar nossas dificuldades e fazer progresso em
todos os aspectos da nossa personalidade e da
nossa vida, nós temos de pedir perdão e perdoar os
outros”.
Os conhecimentos científicos mostram que
devemos perdoar todas as ofensas, das maiores às
menores, em nosso coração e não apenas com
palavras. E devemos fazer isso por nossa própria
causa, e não por causa da outra pessoa.
A Medicina avançada atualmente reconhece a
importância vital do perdão na prevenção e cura de
doenças. Talvez, para nós, não seja tão claro à
primeira vista, mas podemos ter certeza de que não
é por acaso, que todos os grandes sábios da
humanidade, até o dia de hoje, insistem muito na
prática do perdão... Sempre.
O ressentimento, o hábito de ficarmos lembrando
repetidamente o sentimento de ofendidos, a
condenação, a raiva, a vingança... São
pensamentos que corroem a nossa força vital,
portanto a nossa saúde.
Esses pensamentos re-sentidos prendem os
194
problemas a nós e em decorrência, criam uma
força de atração de muitos outros problemas
semelhantes.
Atividade Pedagógica
Organizar treinamentos com exercícios de perdão.
As técnicas que ensinam a perdoar, afirmam que
temos que perdoar o ofensor primeiro
mentalmente, até que possamos imaginá-lo em
nossa mente sem nenhum sentimento negativo.
Depois disso, o perdão está realmente dado e
sentiremos a reação dos efeitos benéficos,
primeiramente em nossa própria pessoa e nossa
própria vida.
É admirável que ao encontrarmos com o ofensor
posteriormente, não sentiremos mais nada de ruim.
A recomendação de trabalharmos intensamente
com a nossa mente, se baseia na dificuldade da
pessoa que ofendeu ou a ofendida não estarem
preparadas para compreender a nossa atitude
pessoal de perdão.
Experimente como a prática diária desse exercício
mental de perdão intensifica a nossa força vital.
195
A força dos gestos nas Relações
Humanas
A linguagem do corpo
Os cientistas da comunicação não-verbalista são
pesquisadores do comportamento humano, que se
dedicam a estudar as atuações não-verbais dos
seres humanos, durante um relacionamento,
através dos gestos e movimentos.
O conhecimento da linguagem do corpo é
imprescindível para se conseguir harmonia nas
relações com todas as pessoas... Esposa, marido,
filhos, secretárias, pessoal de atendimento ao
cliente, assessores, diretores, chefes, vendedores,
etc...
A grande maioria das pessoas ignora a existência
da linguagem do corpo nas relações humanas.
Ignora que o nosso corpo também “fala’.
Gestos e movimentos das mãos, dos braços, das
pernas, do olhar, posições do corpo, etc...
comunicam normalmente a verdade que as
palavras não conseguem dizer.
196
Raramente nós temos consciência de nossos gestos
e movimentos durante um relacionamento. Eles
estão sempre presentes e podem estar contando
uma história, enquanto nossa voz está contando
outra.
Os gestos são a linguagem do inconsciente e
dificilmente conseguimos controlá-los. As palavras
são a linguagem do consciente e podemos ter
controle sobre elas.
Para estudar a impressão forte de uma nossa
mensagem causada nas pessoas, os cientistas nãoverbalistas
apresentam resultados de pesquisas,
que medem o impacto total causado por uma
mensagem, num relacionamento:
1.
Quando a mensagem é enviada de um
emissor para um grupo de pessoas,
as palavras escritas tem um impacto de
7%,
as palavras faladas, incluindo tom de voz,
inflexões e outros sons tem um impacto de
38%,
os gestos e movimentos tem um impacto
de 55%.
2.
Quando a mensagem é enviada de um
197
emissor para um receptor, numa conversa
frente a frente,
as palavras faladas tem um impacto de
35%,
os gestos e movimentos tem um impacto
de 65%.
A maioria dos cientistas não verbalistas concordam
em 5 aspectos como resultado das pesquisas nos
seus trabalhos:
1.
A comunicação verbal usando apenas
palavras faladas ou escritas, serve apenas
para transmitir informações rápidas.
2.
Independente da cultura, as palavras os
gestos e os movimentos sempre acontecem
juntos.
3.
A comunicação não verbal, gestos e
movimentos, amplia o conteúdo da
mensagem verbal, harmoniza atitudes e
comportamentos entre as pessoas e
frequentemente consegue substituir a
mensagem verbal.
4.
A mentira é percebida, quando os gestos e
movimentos, a linguagem não-verbal do
corpo, não estão de acordo com as palavras
198
faladas, a linguagem verbal.
5.
As mulheres, por serem mais perceptivas,
têm mais habilidade para interpretar e
decifrar gestos e movimentos, os sinais não
verbais, e possuem olho acurado para
perceber e sentir mentiras.
Importante: O Pedagogo Empresarial deve
conhecer muito bem a linguagem não-verbal, os
sinais, o significado dos gestos e movimentos,
procurando leituras ou cursos de comunicação ou
ainda, a ajuda de um profissional de comunicação
não verbal.
Atividade Pedagógica
Organizar treinamentos com exercícios que
desenvolvam a observação dos próprios gestos e
dos gestos dos outros com a interpretação que
damos para eles.
Simulando...
situações de relacionamento no trabalho, que
focalizem especialmente a linguagem não-verbal
(gestos e movimentos) comparada com a
linguagem verbal (palavras);
199
cenas cotidianas na família, entre colegas, que
exercitem e desenvolvam a capacidade de...
•
observação dos próprios gestos durante o
relacionamento
•
o significado desses gestos em relação às
palavras faladas
•
a coerência ou incoerência das duas
linguagens... Palavras que dizem o que os
gestos e movimentos contradizem... A
constatação da mentira na comunicação.
200
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