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    Captulo6

    A integrao das linguagens por meio de projetos

    A criana dotada de muitos talentos e habilidades, alguns dos quais so revelados principalmente nas atividades desenvolvidas na instituio escolar. O trabalho com projetos uma metodologia privilegiada no esforo de estimular a curiosidade infantil e a aprendizagem, alm de permitir a expresso da criana em suas mltiplas linguagens e a construo de conhecimentos em um ambiente ldico e dinmico.

    P odemos afirmar com total certeza que um dos prin-cpios que devem reger o planejamento curricular de qualquer instituio de ensino a articulao entre a educao que ali se promove e a comunidade na qual ela se constri. Quando est presente essa conscincia, fica mais clara a direo que as propostas pedaggicas devem tomar.

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    Ao contrrio, quando falta essa noo, encontramos um currculo e as prticas educativas que dele decorrem dissociado da realidade vivida pelos alunos.

    desse ponto de partida que queremos dar incio s reflexes que vamos fazer e que pretendemos ajud-lo a fazer ao tratarmos do tema projetos. Entendemos que muito importante sabermos por que devemos fazer e aonde queremos chegar para que saibamos como devemos fazer, utilizando-nos de nossa auto-nomia e de nossa capacidade criativa, de forma que no precise-mos ficar presos a modelos e receitas prontas.

    O trabalho com projetos na Educao Infantil pode se consti-tuir em uma metodologia capaz de promover uma aprendizagem significativa, que contribua efetivamente para a transformao que uma educao de qualidade pode ensejar.

    Por que trabalhar com projetos?

    Estamos na era da informao, que iniciou na dcada de 80 do sculo XX. uma poca marcada pela globalizao, que conta, entre suas caractersticas mais expressivas, com um amplo e quase ilimitado acesso informao, possibilitado pelos vrios avanos tecnolgicos na rea da comunicao.

    Por meio da internet, os vrios dispositivos tecnolgicos dos quais dispomos em nosso dia a dia, como computadores, celu-lares e outras mdias mveis, nos mantm conectados com a populao mundial, fornecendo-nos informaes sobre os mais variados fatos e realidades, s vezes mesmo estas que no nos interessem diretamente na dinmica do nosso cotidiano. Como consequncia, a sociedade experimenta um fluxo de mudanas muito mais rpido em todos os seus setores, uma vez que as cer-tezas ficam mais instveis.

    Nesse contexto, a funo da educao e do educador precisa ser repensada. A escola agora concorre com muitos outros meios to ou mais poderosos que ela no exerccio do papel de ponte de acesso ao conhecimento. O professor, por sua vez, deve rever sua posio nesse novo cenrio: de transmissor do conhecimento

    Dica

    A expresso aprendizagem significativa foi criada pelo psiclogo

    cognitivista David Ausubel (1918-2008), para quem

    a aprendizagem deve fazer sentido para o aluno

    e estar ancorada no que ele j sabe. Para

    que a aprendizagem seja, realmente, significativa,

    importante que o aluno tenha interesse

    em aprender e que participe da construo

    do conhecimento, ou seja, que no receba

    tudo pronto do professor. O trabalho com projetos, nesse sentido, voltado para uma aprendizagem

    significativa, pois o saber construdo

    paulatinamente com as crianas.

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    acumulado a mediador no processo de construo do conheci-mento, com a tarefa de ensinar a aprender. O aumento da veloci-dade na transmisso das informaes exige do cidado do sculo XXI que ele busque uma frequente atualizao dos seus saberes e uma habilidade para o trabalho cooperativo na construo do conhecimento. Em sntese, como explica Andrade (2003, p. 59),

    A educao ideal do homem da sociedade do conhecimento passa a ser a educao do aprendizado continuado ao longo da vida, do conheci-mento atualizado, da formao de indivduos para adaptar-se a mudan-as rpidas e aceleradas, e do desenvolvimento pedaggico baseado na prtica reflexiva. Estes pressupostos estariam de acordo com as formas como as pessoas aprendem e constroem conhecimento e com as necessidades de cidadania e trabalho cada vez mais permeados pela presena digital e pelos ambientes de trabalho do conhecimento.

    Essa nova dinmica social exige uma nova dinmica na aprendizagem escolar, que considere a prtica colaborativa na construo do conhecimento e as experincias dos indivduos e dos grupos em que eles se encontram. Essa transformao social e pedaggica no algo que est por vir, ou seja, somos ns os sujeitos dessa mudana; logo, devemos agir como seus protagonistas, e no como meros espectadores, que se pem margem do processo, alheios s necessidades atuais ou resis-tentes imerso nessa nova dinmica. Estamos vivenciando o que se chama de mudana de paradigma, ou seja, mudana dos modelos que nos guiavam na produo e na aquisio do conhe-cimento.

    Esse novo paradigma no corresponde a um modelo de educao tradicional, em que o professor ensina e o aluno aprende, ou supostamente aprende, em que esses dois sujei-tos ocupam posies fixas e hierarquicamente muito distintas. Por outro lado, o currculo no pode mais comportar apenas a previso do ensino de contedos estanques e predetermina-dos, indiferente s mudanas por que passa hoje a sociedade. Alm dessa evidente incoerncia entre esse formato curricular e a realidade emergente, devemos considerar ainda o quanto um currculo engessado contribui para o desenvolvimento de uma prtica pedaggica em que falta uma boa dose de criatividade,

    Estamos considerando a definio de currculo tal como proposta por Almeida e Fonseca Jnior (1999, p. 13, grifo do original): um conjunto de atividades que os planejadores educacionais organizam, intencionalmente, para formar um tipo de cidado e de ser humano. Com isso, queremos ressaltar que o currculo tem tudo a ver com a educao que queremos e com nossa concepo de ensino-aprendizagem.

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    motivao, disposio para a aprendizagem e envolvimento do professor, do aluno e de toda a comunidade escolar.

    ento na busca por uma prtica educacional criativa, estimulante e envolvente que se destaca o trabalho com projetos. Visto assim, no se trata de um modismo ou simplesmente de um novo modo de dar aula. Trata-se de uma prtica que no altera apenas o como ensinar/aprender, mas tambm, e principalmente, outras dimenses que sustentam a concepo da prtica educativa: os contedos (o qu?), os motivos (por qu?), as finalidades (para qu?).

    Entre as orientaes didticas oferecidas pelo Referencial Cur-ricular Nacional para a Educao Infantil (RCNEI), est a utilizao de projetos de trabalho, uma das modalidades de organizao do tempo na rotina das creches. Os projetos so assim definidos pelo RCNEI:

    [...] so conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos especficos construdos a par tir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver ou um produto final que se quer obter. Possui uma durao que pode variar conforme o objetivo, o desenrolar das vrias etapas, o desejo e o interesse das crianas pelo assunto tratado. Compor tam uma grande dose de impre-visibilidade, podendo ser alterados sempre que necessrio, tendo inclu-sive modificaes no produto final. (BRASIL, 1998a, p. 57)

    Com base nessa descrio, fica evidenciado o aspecto que est no cerne da concepo de um projeto: ele sempre elabo-rado a partir da proposio de um problema, que, por sua vez, vai levantar a discusso em torno de algumas crenas, mas tam-bm de dvidas e questes a serem respondidas.

    A atividade de elaborao de um projeto, portanto, deve consistir na busca de solues para um problema. Logo, no h projeto se no existe um problema, se no se identifica uma questo que surge diante da inquietao do aluno em face de um aspecto atrelado sua realidade e que o leva formulao de algumas hipteses para solucion-la. Esse pressuposto nos revela, ainda, que no desenvol-vimento de um projeto so considerados os conhecimentos que o aluno j domina, as experincias que ele j acumulou e os interesses que seu ambiente lhe suscita.

    No volume 2 do RCNEI, so apresentadas algumas sugestes de projetos que podem ser desenvolvidos

    com crianas na Educao Infantil. As ideias propostas

    incluem trabalhos que envolvem o faz de conta, a

    identidade cultural brasileira e a diversidade tnica

    e religiosa. Acesse: .

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    A criana aprende porque se envolve na resoluo de um problema, porque

    est motivada para isso e, ainda, porque na Educao Infantil

    os projetos apresentam um carter ldico, aproximando-se dos jogos

    e das brincadeiras infantis.

    Escolhido o tema e identificado o problema a ser resolvido, o caminho a ser percorrido o da pesquisa e da reflexo. O trabalho por projetos envolve, assim, a busca de dados e infor-maes que ajudem a criana a refletir melhor sobre o problema em questo. E bom lembrar que a busca pelo conhecimento pode ser sentida como uma atividade prazerosa. Em especial no caso da criana, pesquisar ganha a dimenso de uma brinca-deira e de uma prtica que agua a curiosidade, to prpria do ser humano, principalmente na infncia. A criana naturalmente curiosa, motivada e persistente em seu desejo de encontrar res-postas s suas perguntas. Ana Cristina Cury e Luciana de Luca Dalla Valle (2010, p. 20) observam que o esprito de investiga-o que impulsiona a pesquisa est presente em qualquer idade, inclusive na primeira infncia.

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    Conforme o estgio de desenvolvimento das pessoas, a pesquisa pode ser realizada de maneiras diversas e pode ser sofisticada em qualquer nvel de ensino. A cada fase do desenvolvimento humano, a pesquisa atinge horizontes prprios e capaz de ser requintada at mesmo sendo realizada na Educao Infantil. O grande diferencial que com o avan-ar dos nveis de estudo a pesquisa vai adquirindo o dever de se tornar cada vez mais complexa.

    Para estimular o gosto pela pesquisa, fundamental que a criana esteja suficientemente motivada para investigar o pro-blema identificado, e isso possvel no contexto do trabalho com projetos porque a proposio desse problema partiu de um interesse que genuno, uma vez que foi revelado pela prpria criana.

    Na definio proposta pelo RCNEI, podemos identificar tam-bm o sentido etimolgico do termo projeto, que designa a ao de lanar para a frente (HOUAISS; VILLAR, 2009). De fato, pela sua estreita relao com a realidade do aluno e com os inte-resses que ele demonstra, o projeto tem uma evoluo e uma concluso que no esto completamente delineadas desde o seu incio, e o planejamento mais um norteador para as ativida-des desenvolvidas. Trata-se de um percurso que trilhado no apenas de acordo com um plano, mas sobretudo de acordo com as decises e as descobertas de seus autores, os alunos. Ou seja, o projeto vai sendo delineado medida que vai se desen-volvendo.

    Para entender adequadamente o conceito de projeto presente no RCNEI, importante diferenciar ensino por projeto de aprendi-zagem por projeto. esta ltima denominao que melhor corres-ponde proposta descrita nesse documento. O quadro a seguir bastante elucidativo.

    Dica

    Na publicao do Ministrio da Educao (MEC) intitulada Prmio Qualidade na Educao Infantil 2004: projetos premiados (BRASIL, 2005), constam os relatos referentes ao desenvolvimento de 24 projetos premiados, com o registro e a descrio detalhada do trabalho executado por professores que atuam na Educao Infantil, em creches e pr-escolas pblicas, nas diversas regies brasileiras. Entre os projetos descritos, destacamos os que foram desenvolvidos especificamente com crianas na fase da primeira infncia:Navegando com Britinho

    (faixa etria atendida pelo projeto: 2 e 3 anos)

    Arte: conhecimento que expressa liberdade para a vida (faixa etria atendida pelo projeto: 3 a 6 anos)

    Aprender inteirando-se com o mundo social: passeando tambm se aprende (faixa etria atendida pelo projeto: 1 a 3 anos)

    Arte tambm se l (faixa etria atendida pelo projeto: 2 a 3 anos)

    Boi de mamo (faixa etria atendida pelo projeto: 7 meses a 1 ano e meio)

    A primeira roda (faixa etria atendida pelo projeto: 1 a 2 anos)

    Para conhecer os projetos, acesse: .

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    Ensino por projetosAprendizagem por projetos

    Autoria.Quem escolhe o tema?

    Professores, coordenao pedaggica

    Alunos e professores indi-vidualmente e, ao mesmo tempo, em cooperao

    ContextosArbitrado por critrios externos e formais

    Realidade da vida do aluno

    A quem satisfaz?Arbtrio da sequncia de contedos do currculo

    Curiosidade, desejo, vontade do aprendiz

    Decises Hierrquicas Heterrquicas

    Definies de regras, direes e atividades

    Impostas pelo sistema, cumpre determinaes sem optar

    Elaboradas pelo grupo, consenso de alunos e professores

    ParadigmaTransmisso do conhecimento

    Construo do conhecimento

    Papel do professor Agente Estimulador/orientador

    Papel do aluno Receptivo AgenteFONTE: FAGUNDES; SATO; MAADA, 1999, p. 17.

    Vejamos como se encaixam na escola os projetos, na viso bas-tante precisa de Almeida e Fonseca Jnior (1999, p. 14, grifo nosso):

    Os projetos tm sido a forma mais organizativa e viabilizadora de nova modalidade de ensino, que essencialmente curricular mas busca sem-pre escapar das velhas limitaes do currculo. Os projetos so assim porque abrem uma brecha naquela coisa meio morna do dia a dia da sala de aula. Criam possibilidades de ruptura por se colocarem como espao corajoso, onde possvel juntar a Matemtica com a Biologia, a Qumica com a Histria, o Por tugus com a formao de uma iden-tidade cultural. uma forma de facilitar a atividade, a ao, a parti-cipao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais, de trocar informaes, enfim, de construir conhecimento.

    Da citao acima importa aqui destacar a referncia ao projeto como forma de escapar das velhas limitaes do currculo, dadas a instabilidade, a flexibilidade e a imprevisibilidade que o caracterizam. Nesse sentido, ao planejar um projeto, o educador deve ter em vista

    Voc j havia pensado na distino entre ensinar por projetos e aprender por projetos? Ter a percepo dessa diferena pode ajud-lo a dar novos direcionamentos em sua prtica como educador? Na sua experincia, como voc conduz o seu trabalho com projetos: pela perspectiva do ensino ou da aprendizagem?

    Heterrquicas As aes so tomadas em conjunto e no partem de uma nica pessoa.

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    que, nesse momento inicial, ele no pode prever na totalidade quais sero o ponto de partida e o ponto de chegada da ao pedaggica. Isso porque um projeto, embora tenha como base um plano, no se resume a este, sendo construdo aos poucos e em colaborao com os alunos. Essa , pois, uma prtica que requer do educador uma disponibilidade para a reflexo sobre o fazer e uma abertura para o aprendizado contnuo e para o trabalho colaborativo.

    Outra caracterstica do projeto a de ser um espao corajoso, o que se relaciona ao seu carter interdisciplinar, supondo uma ruptura com a concepo de saber fragmentado em disciplinas, na busca por fazer da escola um lugar que tenta aproximar-se da din-mica que verdadeiramente caracteriza o processo de construo do conhecimento: no linear, aberto, imprevisvel, espontneo. A inter-disciplinaridade propiciada pelo trabalho com projetos supe ento a integrao das vrias reas do saber e est associada construo contextualizada de conhecimentos (ANDRADE, 2003, p. 63).

    De acordo com Katia Siqueira Freitas (2003, p. 20-21), possvel identificar as origens do trabalho com projetos nas teorias educacionais progressivas, as quais buscaram a ruptura com o modelo da escola tradicional. Essas teorias surgiram a partir do final do sculo XIX, na Europa e nos Estados Unidos, em um cenrio caracterizado por expressivos avanos cientficos e tecnolgicos. Entre elas, deve-mos destacar a influncia do movimento chamado de Escola Nova, cujo principal representante foi John Dewey, para quem a escola deveria ser marcada pelos prin-cpios da cooperao, da participao e da contextualizao dos contedos, a fim de preparar a criana para a construo de uma sociedade democrtica.

    No Brasil, a Escola Nova surgiu no comeo do sculo XX e foi uma corrente liderada por Ansio Teixeira. O movimento criticava os mtodos passivos empre-gados na escola tradicional e defendia a adoo de uma metodologia de ensino--aprendizagem que comportasse a experimentao, a participao do aluno, a pesquisa e a descoberta. O objetivo era democratizar a educao e promover a for-mao do aluno para a vida em sociedade e o engajamento no mundo do trabalho.

    Segundo Cacilda Lages Oliveira (2006, p. 31), os principais precursores da metodologia de projetos foram, alm de Dewey, nos Estados Unidos, os educadores relacionados a seguir.

    Dica

    Acesse o link e leia o texto 10 sugestes

    didticas para soluo de problemas. Os itens

    comentados contribuem para o entendimento

    da dinmica pedaggica que tem como ponto

    de partida a identificao de um problema, com

    orientaes sobre como possvel aproveitar essa

    situao para estimular a curiosidade da criana

    e sua capacidade de resolver problemas.

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    Ovide Decroly, na Frana, que concebeu os Centros de Interesse.

    Maria Montessori, na Itlia, que criou a Casa de Crianas.

    William Kilpatrick, discpulo de Dewey, que props um trabalho integrado com projetos.

    Celestin Freinet, na Frana, que lanou a pedagogia de projetos.

    Porm, como explica o educador espanhol Fernando Hernndez, um defensor do trabalho com projetos, a perspectiva desse novo modelo de educao atende a uma realidade histrica e a um mo -delo de sociedade e de escola que so peculiares ao sculo XXI:

    [...] ns estamos em uma sociedade ps-fordista (ps-industrial), na qual temos outros saberes sobre o aprender, sobre os sujeitos pedag-gicos, e novos desafios que a escola pode enfrentar nestes tempos de incer teza e esperana que estamos vivendo. A perspectiva educativa dos projetos de trabalho se situa nos esforos de repensar a escola e sua funo educadora em um mundo de complexidades, onde h outras formas de consentir a informao que no passam pelo livro didtico. uma sociedade na qual o corpo e no apenas a mente uma refern-cia essencial para aprender, desde o dilogo at a relao com o outro e com ele mesmo. Uma sociedade na qual aprender a dar sentido se conver te em um desafio. Os projetos de trabalho tratam de superar a gramtica da escola que foi definida no final do sculo XIX e comeo do XX, que divide os tempos, os espaos, as disciplinas e os sujeitos de forma hierrquica e seguindo um modelo de controle social que pouco tem a dizer sobre as sociedades atuais. (HERNNDEZ, 2004)

    De todo modo, as concepes propostas por aqueles estu-diosos do sculo XX esto na base do que hoje identificado como metodologia de projetos: relao mais prxima entre pro-fessor e aluno, educao integral, processo educativo mais din-mico, intermediado pelo professor, participao mais efetiva do aluno, que ocupa o papel central na construo do conhecimento.

    Tomando como base as concluses apresentadas por Cury e Dalla Valle (2010), Andrade (2003), Freitas (2003), Almeida e Fon-seca Jnior (1999), podemos delinear alguns direcionamentos para o trabalho com projetos.

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    O elemento central do processo o aluno; o professor assume a funo de mediador, facilitando ou orientando o processo.

    O ponto de partida a identificao de um problema que se refere rea-lidade do aluno, podendo estar relacionado com diferentes reas. O mais importante que o problema surja a partir do lanamento de perguntas que sejam, de fato, relevantes para o aluno. por essa razo que o pro-blema no deve ser definido antecipadamente pelo educador e imposto s crianas. Os temas podem at ser sugeridos pela escola ou estar con-templados no currculo, mas o problema deve ser apontado pelos alunos.

    Todo projeto deve ser impulsionado por uma intencionalidade, ou seja, deve existir uma inteno que orienta o projeto e o que o aluno vai apren-der. A motivao, o interesse e os desejos das crianas devem estar asso-ciados intencionalidade.

    Essa intencionalidade deve ser materializada na forma de um plano de trabalho. Essa proposta formal deve funcionar como a espinha dorsal do projeto e ser aberto complementao medida que ele se desenvolve.

    A definio de um problema leva formulao de hipteses, ao exerccio do esprito de investigao, na busca pelo entendimento de uma dada realidade.

    A pesquisa o caminho natural que surge diante da necessidade de validar ou descartar as hipteses levantadas. Outras estratgias e aes tambm podem ser empregadas com o intuito de adequar da melhor forma possvel os procedimentos aos objetivos fixados inicialmente. Na Educao Infantil, devido pouca idade das crianas, a pesquisa pode ser substituda pela reflexo das crianas ou pela presena dos pais ou de outros convidados que possam visitar a escola para aprofundar determi-nado assunto.

    Um bom projeto construdo sob o princpio do aprender fazendo, ou seja, fundamental que o trabalho contemple a realizao de atividades prticas, que possibilitem a vivncia de situaes reais de experincia, pois isso que d sentido aprendizagem, que a torna significativa.

    A realizao de um projeto deve propiciar a investigao em torno de um problema em sua totalidade, devendo-se analis-lo sob a perspectiva de vrias reas do conhecimento, ou seja, o trabalho interdisciplinar.

    O trabalho com projetos deve favorecer a vivncia de situaes que este-jam relacionadas efetivamente com a realidade do educando, pois nessa interao que os conhecimentos so construdos.

    necessrio prever os recursos que sero necessrios ao desenvolvimento do projeto. Podem ser livros, vdeos, computador, fotos etc.

    Dica

    No site Projetos Pedaggicos Dinmicos, voc encontra um vasto

    material de apoio para desenvolver o trabalho

    com projetos. Esto disponveis artigos

    sobre temas variados em educao, relato

    de projetos que obtiveram xito, informaes sobre

    os mais importantes educadores e pensadores,

    sugestes de atividades que podem ser aplicadas

    em vrias reas do conhecimento e nos vrios nveis de ensino,

    alm de textos que trazem importantes reflexes

    sobre estratgias de ensino. Acesse: .

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    Durante o desenvolvimento de um projeto, as crianas realizam vrias atividades

    procura de solues para a situao-problema definida inicialmente. Nesse percurso,

    possvel constatar o que elas j dominam e o

    que ainda precisam aprender para atingir os objetivos

    estabelecidos no momento de concepo do projeto.

    Como educador, preciso que voc aja como mediador nesse processo, contribuindo

    para que os alunos faam suas prprias descobertas.

    Um projeto deve chegar etapa de finalizao, no podendo durar indefinidamente.

    A realizao de um projeto deve prever a adoo de diferentes tipos de avaliao.

    Os trabalhos que resultarem das vrias atividades desenvolvidas ao longo do projeto devem ter como destino a divulgao entre os membros da comunidade escolar.

    Como elaborar um projeto?

    Para que um projeto produza resultados satisfatrios, impor-tante que ele seja suficientemente planejado e que os alunos recebam os direcionamentos e as orientaes necessrias para que possam desenvolver as atividades com autonomia.

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    Antes de dar incio ao desenvolvimento de um projeto, fun-damental prever alguns aspectos que influem bastante na boa consecuo do trabalho. Veja a seguir.

    Tendo como referncia os interesses e as dvidas das crianas, estabe-lea os objetivos educacionais que voc quer alcanar com seus alunos. A clareza quanto a esse aspecto contribui para que o projeto mantenha unidade ao longo de seu desenvolvimento.

    Em conjunto com as crianas e com outros membros da comunidade escolar, defina quais sero as fontes de informao, como livros, filmes, vdeos, entrevistas, visitas, passeios.

    Elabore as atividades que sero realizadas ao longo do trabalho. Analise quais situaes podero, de fato, propiciar a aprendizagem, de acordo com a faixa etria das crianas, o contexto sociocultural em que elas vivem e os interesses que elas manifestam. No deixe de registrar tudo o que for feito como forma de acompanhar todos os conhecimentos que forem sendo construdos pelas crianas.

    Avalie quais recursos (fsicos, materiais e humanos) sero necessrios para a promoo das atividades e procure providenci-los com antece-dncia. Se voc quiser, por exemplo, convidar um especialista sobre o tema tratado para conversar com as crianas, preciso antes identificar esse profissional, verificar se ele estar disponvel para fazer essa visita escola e agendar uma data para esse evento.

    Conceba as formas que sero empregadas para fazer a avaliao dos tra-balhos realizados ao longo do projeto e estabelea os critrios que sero usados nesse processo. Considere tambm que voc deve acompanhar os trabalhos para ter informaes sobre o que as crianas esto aprendendo e tambm para inform-las sobre isso.

    Existem vrios caminhos que podem ser seguidos para conce-ber, planejar e executar um projeto. De todo modo, h consenso de que a elaborao de um projeto deve prever os passos que seguem.

    1. Defina o tema que ser trabalhado.

    2. Faa um levantamento do que as crianas j sabem sobre o tema escolhido.

    3. Converse com as crianas e oriente-as a definir um pro-blema a ser estudado, que seja do interesse delas.

    4. Faa com as crianas um levantamento de hipteses sobre como esse problema poderia ser solucionado.

    Dica

    Em 2005, o Prmio Qualidade na Educao Infantil e o Prmio Incentivo Educao Fundamental foram unificados na proposta do Prmio Professores do Brasil. No documento-sntese intitulado Prmio Professores do Brasil 2005 experincias premiadas (BRASIL, 2006), voc encontra o registro de projetos que abrangem toda a Educao Bsica, entre os quais destacamos os desenvolvidos especificamente com crianas na fase da primeira infncia:Arte Naf e outras artes

    na Educao Infantil (desenvolvido com crianas de 3 a 5 anos)

    Disponvel em: .

    Descobrindo-se e movimentando-se (desenvolvido com crianas de 3 a 6 anos)

    Pequenos aprendizes: pintando o sete A arte que ousamos mostrar (desenvolvido com crianas de 6 meses a 1 ano e 7 meses)

    Construindo identidades (desenvolvido com crianas de 11 meses a 2 anos)

    Disponveis em: .

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    Um bom projeto educacional motivado por uma inteno clara

    e pela aproximao com a realidade do aluno, tendo

    seu desenvolvimento orientado por uma proposta materializada em um plano.

    Alm disso, construdo com base na realizao

    de atividades prticas e interdisciplinares, que

    se pautam pelo princpio do aprender fazendo

    e propiciam a investigao do tema escolhido

    sob o ponto de vista de diferentes contedos.

    5. Promova a realizao de vrias atividades que contribuiro para que as crianas confirmem ou descartem as hipte-ses levantadas anteriormente.

    6. Organize um evento para divulgar os trabalhos realizados ao longo do desenvolvimento do projeto.

    Para finalizar nossas discusses aqui sobre o trabalho com projetos, importante que voc tenha convico de que, embora talvez para alguns a metodologia de projetos possa ser mais tra-balhosa e desafiadora, os benefcios que ela acarreta para o pro-cesso educativo so em grande nmero e bastante significativos (CURY; DALLA VALLE, 2010; INTEL EDUCATION, 2011):

    desenvolvimento da capacidade da criana de aprender a aprender, atendendo necessidade de educao permanente caracterstica do sculo XXI;

    aumento da participao do aluno na dinmica escolar; estmulo da capacidade de aprendizagem colaborativa;

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    aumento da autoconfiana do aluno; oportunidade de desenvolvimento de habilidades complexas, como reso-

    luo de problemas e comunicao; promoo de maiores chances de aprendizagem na escola, propiciando a

    utilizao de mltiplas linguagens e de diferentes modos de aprender; promoo da aprendizagem significativa, que extrapola os limites da

    escola; desenvolvimento da capacidade de leitura crtica das informaes encon-

    tradas em diferentes mdias, aguando o olhar e a conscincia; possibilidade de criar uma dinmica escolar em que o aluno ocupa um

    papel mais ativo, diferentemente do ensino tradicional; superao da fragmentao dos conhecimentos em disciplinas, o que

    favorece o trabalho interdisciplinar.

    importante lembrar que na primeira infncia os contedos e os temas a serem trabalhados devem estar integrados rotina da criana na instituio educacional, vinculados aos interesses e s necessidades infantis e adaptados realidade de cada regio, de modo a propiciar a ampliao dos saberes da criana sobre si mesma e sobre o ambiente em que ela vive. Todas as ativi-dades propostas devem ser concebidas de forma a assegura-rem uma aprendizagem ldica, em que o brincar seja entendido como aspecto norteador na Educao Infantil. Vale lembrar que, no trabalho com projetos, o aprendiz est no centro do processo ensino-aprendizagem, que assim se torna mais dinmico, criativo e atrelado dimenso da curiosidade infantil.

    Dica

    Na pgina 164, voc encontra um exemplo

    de projeto que pode ser adaptado a qualquer

    tema. Aproveite a ideia e use sua criatividade

    para enriquecer seu planejamento e suas

    aulas com projetos variados e significativos

    para as crianas.

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    Atividades prticas

    A seguir, apresentamos algumas atividades prticas que voc pode desenvolver com os alunos. Elas esto sepa-radas por categorias: linguagens, musicalizao, arte, brincadeiras, movimento, psicomotricidade, natureza e sociedade, identidade e autonomia. Considere a possibi-lidade de aprofundamento dessas atividades e adapte-as s necessidades e caractersticas de sua turma.

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  • 123

    Quem est aqui?

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 6 meses a 3 anos.

    Material: Tecido (pode ser TNT)

    Como trabalhar:Na sala de aula, organize os pequenos para que fiquem na

    sua frente e brinque de se esconder atrs do pano. Repita essa ao entre as crianas, escondendo uma de cada vez. Ao escon-der uma criana, fale alto: Quem est aqui? ou Cad (nome da criana escondida)?.

    A atividade pode ser ampliada escondendo-se objetos de uso das crianas ou brinquedos como bolas, bonecas ou bichinhos de pelcia.

    Ling

    uag

    ens

    123

    Arm

    in H

    anis

    ch/S

    tock

    .XCH

    NG

  • 124

    Linguag

    ens

    Festa fantasia

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 1 ms a 3 anos.

    Material: Roupas de adultos

    Fantasias de tecido

    Outros tipos de fantasia e acessrios feitos com sucata

    Como trabalhar:Organize em sala de aula um canto para o cabide das fanta-

    sias ou a mala das fantasias.

    Acompanhe as crianas at o espao organizado na sala de aula para ser o canto da fantasia e deixe-as escolher o que desejam vestir. Converse com elas sobre as roupas: a cor, o modelo e o nome das peas de cada uma. Depois que estiverem vestidas, pea-lhes que se olhem em um espelho de corpo inteiro e contem como esto se sentido e quem so com a fantasia que esto usando.

    Podem ser utilizadas pinturas no rosto com tinta apropriada para teatro (antes, necessrio investigar se alguma criana

    alrgica a essa tinta).

    Mel

    odi T

    /Sto

    ck.X

    CHN

    G

  • 125

    Ling

    uag

    ens

    Parlendas

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 2 a 3 anos.

    Parlendas so rimas fceis, muito populares, que fazem parte do folclore brasileiro. Alm de divertidas, ajudam no desenvolvi-mento da linguagem e da memorizao.

    Como trabalhar:O ideal brincar com uma parlenda de cada vez, para que as

    crianas possam memoriz-las. Cada parlenda pode ser traba-lhada de um jeito diferente: marchando, brincando com objetos, movimentando o corpo. O professor deve repetir a parlenda vrias vezes, motivando as crianas a repetirem com ele.

    125

    SerrA, SerrA, SerrAdorSerra, serra,

    Serrador,

    Quantos paus nen serrou?

    Serra, serra,

    Serrador,

    Serra o papo do vov.

    Uni dUni tUni duni t

    Salam mingu

    Um sorvete color

    O escolhido foi voc

    Crdito das parlendas: Domnio pblico

    Becc

    o El

    iaci

    k/St

    ock.

    XCH

    NG

  • 126126

    Linguag

    ensCorre, CUtiACorre, cutia

    Na casa da tia.

    Corre, cip

    Na casa da av.

    teMPoO tempo perguntou pro tempo

    Quanto tempo o tempo tem.

    O tempo respondeu pro tempo

    Que no tem tempo pra responder.

    SAbiVoc sabia que o sabi

    No sabe assobiar

    Mas a me do sabi

    Sabia assobiar? Sabia?

    bAtAtinhABatatinha quando nasce

    Se esparrama pelo cho.

    Nenezinho quando dorme

    Pe a mo no corao.

    hoje doMingoHoje domingo,

    Pede cachimbo.

    O cachimbo de ouro,

    Bate no touro.

    O touro valente,

    Bate na gente.

    A gente fraco,

    Cai no buraco.

    O buraco fundo,

    Acabou-se o mundo.

    doCeO doce perguntou pro doce

    Qual o doce mais doce.

    O doce respondeu pro doce

    Que o doce mais doce

    o doce da batata doce.

    UM, doiSUm, dois, feijo com arroz.

    Trs, quatro, feijo no prato.

    Cinco, seis, falar francs.

    Sete, oito, comer biscoito.

    Nove, dez, comer pastis.

    Crdito das parlendas: Domnio pblico

    Ocu

    lo/S

    hutte

    rsto

    ck

    Mad

    len/

    Shut

    ters

    tock

    .com

  • 127

    Mus

    ical

    iza

    o

    127

    Muitos sons!

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 6 meses a 3 anos.

    Material: CD com sons de instrumentos musicais e aparelho de som

    Como trabalhar:Em uma sala ampla, organize as crianas de modo que fiquem

    sentadas em crculo e todas possam observar voc.

    Apresente-lhes sons de instrumentos musicais. Fale o nome de cada um deles e, em seguida, imite seu som. Faa com que elas, aos poucos, relacionem cada som ao respectivo instrumento. Solicite s crianas de 2 anos em diante que repitam em voz alta o nome do instrumento aps ouvi-lo.

    Ilker

    /Sto

    ck.X

    CHN

    G

  • 128

    Musicalizao

    128

    Meu corpo: um instrumento musical

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 10 a 18 meses.

    Material: Ilustraes de objetos, como carro e telefone, e de animais,

    como cachorro, gato, galo etc., que faam parte do coti-diano das crianas e produzam som (em vez de ilustra-es, podem ser usados animais de pelcia, brinquedos, fantoches ou dedoches)

    Como trabalhar:Em uma sala ampla, organize as crianas de modo que

    fiquem sentadas em crculo e todas possam enxergar voc bem. Mostre-lhes uma imagem por vez, primeiro explorando o objeto/animal a ser apresentado e, depois, o som que cada um produz. Reproduza com a voz, ento, o som relativo a cada objeto/animal e, na sequncia, pea-lhes que faam o mesmo.

    Esta mesma atividade pode ser desenvolvida tambm com crianas de 2 e 3 anos. Para isso, pode-se sugerir que faam imi-taes que exijam um pouco mais de abstrao e ateno (como o barulho de uma pessoa batendo porta ou escovando os den-tes) e utilizem diferentes partes do corpo para tentar recriar os sons. Outra possibilidade trabalhar as ilustraes ou os brinque-dos juntamente com a msica O stio do seu Lobato.

    Bria

    n La

    w/S

    tock

    .XCH

    NG

  • 129

    Mus

    ical

    iza

    o

    129

    trenzinho

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 18 meses.

    Material: Ilustrao de trem ou trens de brinquedo

    Como trabalhar:No ptio ou na sala de aula, mostre s crianas uma ilustrao

    de trem ou um trenzinho de brinquedo. Pergunte-lhes que objeto aquele e, em seguida, conte-lhes o que um trem, perguntando se algum j viu um. Depois, pergunte-lhes sobre o som que o trem faz e pea-lhes que o imitem.

    Cante para elas a msica O trem de ferro. Convide-as a cantar junto e, em duplas ou trios, com as mos sobre os ombros do colega da frente, a andar como o trem, seguindo o ritmo e a letra da msica.

    treM de FerroO trem de ferro quando sai de Pernambuco

    Vai fazendo fuco-fuco

    At chegar no Cear.

    O trem de ferro quando sai de Pernambuco

    Vai fazendo fuco-fuco

    Com vontade de parar!

    Youk

    ai S

    tudi

    o

    Domnio pblico

  • 130

    Musicalizao

    130

    danando com o beb

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 4 a 18 meses.

    Material: CD de msicas infantis e aparelho de som

    Como trabalhar:Na sala de aula, pegue os bebs no colo e dance com eles

    pelo espao da sala. Faa diferentes movimentos com o corpo, obedecendo ao ritmo das msicas.

    Com crianas maiores, coloque a msica e trabalhe passos e movimentos simples, para que elas se soltem. Use sua criativi-dade e invente uma pequena coreografia, ajudando as crianas mais inibidas a se soltarem gradativamente.

    Aproveite e cante para as crianas.

    Rober t Proksa/ Stock.XCHNG

    Mar

    ia B

    ell/S

    hutte

    rsto

    ck.c

    om

  • 131

    Mus

    ical

    iza

    o

    131

    Quem est cantando?

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 2 a 3 anos.

    Como trabalhar:Nessa faixa etria, as crianas tendem a memorizar a letra

    das msicas cantadas no cotidiano. Por isso, nesta atividade, aproveite uma msica bastante explorada no dia a dia da turma, como gua na biquinha, que pode ser cantada durante a rotina de higiene das crianas.

    Pea que um dos pequenos fique de costas para o restante da turma enquanto cantam um trecho da cano. Depois, solicite que uma nica criana conclua a letra. Por fim, pergunte a quem estava de costas qual colega terminou a msica.

    Ateno: Em atividades como esta, essencial respeitar a individualidade. H crianas que no se sentem vontade para cantar sozinhas e outras que no se incomodam.

    Rogu

    eDes

    ign/

    Shut

    ters

    tock

    .com

  • 132

    bandinha da turma

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 18 meses.

    Material:Para o chocalho Uma lata de refrigerante vazia, limpa e seca Pedrinhas Fita adesiva

    Para o tambor Uma luva de ltex Uma lata vazia de leite em p, achocolatado ou fruta

    em calda Fita adesiva Tesoura

    Para o pandeiro Um prato de vaso de planta Oito tampinhas de refrigerante achatadas Um prego Martelo Arame

    Confeco do material:Para o chocalho

    Coloque dentro da lata de refrigerante as pedrinhas, enchendo, aproximadamente, um tero dela. Tampe o furo da lata com fita adesiva.

    Musicalizao

    132

    Max

    x-St

    udio

    /Shu

    tters

    tock

    .com

  • 133

    Para o tambor

    Corte a luva de ltex na forma de um crculo cujo dimetro exceda o da tampa da lata. Ento, dispense a tampa, estique o pedao de luva sobre a lata e prenda-o bem com fita adesiva.

    Para o pandeiro

    Com uma serrinha manual, faa quatro fendas, com um espao de aproximadamente 10 cm entre uma e outra, no prato de vaso de planta. Fure, com o prego, acima e abaixo de cada fenda e as tampinhas de garrafa. Passe o arame pelas tampinhas e prenda-o nos buracos inferiores de cada fenda.

    Como trabalhar:Para esta atividade, voc deve confeccionar os instrumen-

    tos com antecedncia, pois os materiais empregados podem ser perigosos para as crianas. Entregue a cada criana um instru-mento musical e deixe-as tocar livremente. Voc pode solicitar, por exemplo, que s as crianas com chocalho toquem, pois assim elas podem comear a identificar os nomes de cada instrumento.

    Mus

    ical

    iza

    o

    133

    Lore

    lyn

    Med

    ina/

    Shut

    ters

    tock

    .com

  • Musicalizao

    134

    Cantigas de roda

    neStA rUASe esta rua, se esta rua fosse minha

    Eu mandava, eu mandava ladrilhar

    Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante

    Para o meu, para o meu amor passar

    Nesta rua, nesta rua, tem um bosque

    Que se chama, que se chama Solido

    Dentro dele, dentro dele mora um anjo

    Que roubou, que roubou meu corao

    Se eu roubei, se eu roubei seu corao

    porque tu roubaste o meu tambm

    Se eu roubei, se eu roubei teu corao

    porque, porque

    Te quero bem!

    A CAnoA viroUA canoa virou

    Pois deixaram ela virar

    Foi por causa do(a) [nome da criana]

    Que no soube remar

    Se eu fosse um peixinho

    E soubesse nadar

    Eu tirava o(a) [nome da criana]

    Do fundo do mar

    CirAndA, CirAndinhACiranda, cirandinha

    Vamos todos cirandar

    Vamos dar a meia-volta

    Volta e meia vamos dar

    O anel que tu me deste era vidro e se quebrou

    O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou

    Por isso, [nome da criana] entre dentro desta roda

    Diga um verso bem bonito

    Diga adeus e v-se embora

    Crdito das msicas: Domnio pblico

    Ceci

    le G

    raat

    /Sto

    ck.X

    CHN

    G

  • 135

    Mus

    ical

    iza

    o

    135

    o CrAvo e A roSAO Cravo brigou com a Rosa

    Debaixo de uma sacada.

    O Cravo ficou ferido

    E a Rosa despedaada.

    O Cravo ficou doente

    A Rosa foi visitar.

    O Cravo teve um desmaio,

    E a Rosa ps-se a chorar.

    MeUS dedinhoSMeus dedinhos

    Meus dedinhos onde esto?

    aqui esto

    Eles se sadam

    Eles se sadam

    E se vo e se vo. (bis)

    CAChorrinhoCachorrinho est latindo

    L no fundo do quintal

    Fique quieto, cachorrinho

    Deixe meu benzinho entrar

    PezinhoAi bota aqui

    Ai bota aqui o seu pezinho

    Seu pezinho bem juntinho com o meu (bis)

    E depois no v dizer

    Que voc se arrependeu! (bis)

    PirUlito QUe bAte-bAtePirulito que bate-bate

    Pirulito que j bateu

    Quem gosta de mim ela

    Quem gosta dela sou eu

    Pirulito que bate bate

    Pirulito que j bateu

    A menina que eu gostava

    No gostava como eu

    Crdito das msicas: Domnio pblico

    Mic

    hael

    Lor

    enzo

    /Sto

    ck.X

    CHN

    GD

    klip

    i/Sto

    ck.X

    CHN

    G

  • 136

    dobraduras

    Atividades com dobraduras simples podem ser trabalhadas com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Papel para dobradura

    Como trabalhar:Entregue para a criana o papel do tamanho ideal para fazer a

    dobradura do gato ou do cachorro e ajude-a a faz-la. Pergunte a ela o que est faltando e incentive-a a descobrir (olhos, boca, bigodes, focinho). Na presena da criana, complete a dobradura com os olhos, a boca, os bigodes e o focinho do gato ou do cachorro e deixe que ela a decore com a sua ajuda.

    Construa estas e outras dobraduras simples com a criana, como tulipa, janelinha e sanfona, para expor no mural da sala de aula.

    Arte

    136

    CACHORRO GATO

    Bian

    ca C

    rista

    ldi

  • 137

    Art

    e

    137

    Colagens com texturas

    Esta atividade plstica poder ser trabalhada com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Materiais com texturas diferentes (papis, tecidos, fitas,

    botes)

    Cola

    Papel-carto com uma camiseta impressa (ver modelo)

    Como trabalhar:Oferea criana materiais diversos, para que ela perceba as

    texturas. Solicite que escolha alguns desses materiais e cole-os na camiseta impressa na folha.

    Depois disso, deixe as crianas sentirem as diferentes textu-ras com as pontas dos dedos. Tenha muito cuidado para que os elementos no se soltem, pois as crianas podem ingeri-los.

    Bian

    ca C

    rista

    ldi

  • 138

    decorando animais

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 2 a 3 anos.

    Material: Cola

    Imagens de animais (podem ser usadas tambm imagens de flores ou objetos)

    Papis, tecidos, fitas, botes

    Como trabalhar:Oferea diferentes materiais s crianas para que elas possam

    col-las sobre as imagens. Se preferir, elas podem pint-las com tinta, usando os dedos.

    Seguem sugestes de imagens de animais.

    Arte

    138

    Mr

    cia

    Brau

    n N

    ovak

  • 139

    brincando com fantoches

    Atividade para ser trabalhada com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Pacote de pipoca

    Imagens de animais

    Cola

    Como trabalhar:Antes de fazer a atividade plstica, organize uma visita para

    um local que tenha animais domsticos, para que as crianas conheam alguns animais e tenham a oportunidade de interagir com eles. Solicite s crianas que imitem o som dos animais que observaram, fazendo brincadeiras utilizando a voz. Pea-lhes que mudem o tom de voz, o ritmo, a intensidade e assim por diante, explorando o som e dramatizando a locomoo dos animais.

    Promova um teatro e momentos de faz de conta, que so importantes para o desenvolvimento global da criana. Depois, construa com elas os fantoches dos animais.

    Art

    e

    139

    Bian

    ca C

    rista

    ldi e

    Mr

    cia

    Brau

    n N

    ovak

  • 140

    Arte

    140

    jogo de sombras

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 18 meses.

    Material: Folha grande de papel transparente ou um lenol fino

    Figuras de animais e objetos que sejam do conhecimento das crianas

    Papel escuro (preto, preferencialmente)

    Palitos de sorvete

    Lanterna

    Cola

    Tesoura

    Confeco do material:Transfira as figuras de animais e objetos para o papel escuro.

    Recorte-os e cole-os em palitos de sorvete.

    Como trabalhar:Deixe a sala aconchegante e as crianas bem acomodadas.

    Informe a elas que voc estar atrs do papel ou do lenol e que devero adivinhar qual o ser ou objeto que ser mostrado.

    V para trs do lenol, acenda a lanterna e mostre-lhes, uma por vez, as figuras, segurando-as pelos palitos. Caso demons-trem dificuldade, voc pode dar dicas, como os sons dos animais mostrados.

    Guarde as figuras para, em outra ocasio, fazer um teatro de sombras.

    Imag

    ens:

    Mic

    hael

    Zac

    harz

    ewsk

    i/Sto

    ck.X

    CHN

    G

  • 141

    Fazendo bolas de papel

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Folhas de papel usadas

    Como trabalhar:Apresente s crianas a msica Minha bola de papel, que

    uma pardia de Cai a gua na biquinha. Entregue para cada criana um pedao de papel, para que elas o amassem enquanto cantam a msica, at formar uma bola de papel.

    Brin

    cad

    eira

    s

    141

    MinhA bolA de PAPelAmassei a folha agora

    pra uma bola ela ficar

    A folha t redondinha

    e com a bola eu vou brincar

    Jogue a bola pro amigo

    l no alto vai pegar

    Mas cuidado, meu amigo

    Pra ela no desamassar.

    Uau!!!

    De novo!

    Hum

    bak/

    Shut

    ters

    tock

    .com

    Autoria: Dborah de Araujo Maia

  • 142

    bolas de meia para brincar

    Esta atividade pode ser feita com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Meias velhas

    Fita adesiva

    Jornal

    Confeco do material: Pegue algumas folhas de jornal e amasse-as, formando

    uma bola. Use fita adesiva para reforar.

    Coloque a bola dentro de uma meia, no fundo, e tora o tecido na base para fechar.

    Com a parte que sobrar, revista a bola novamente. Repita o movimento at que no sobre mais tecido.

    Arremate a bola com barbante ou linha e agulha.

    Como trabalhar:Antes da confeco das bolas de meia, apresente para a turma

    diversos tipos de bolas. Chame a ateno das crianas para as cores, o tamanho e o peso das bolas. Brinque com a turma em p, jogando diferentes tamanhos de bolas para cima, para baixo, para os lados, rolando-as. Solicite que cada criana deite com uma bola nas mos, que sente em cima dela, que a coloque na frente do seu corpo e atrs. Todas essas atividades favorecem as noes de lateralidade.

    Em seguida, faa as bolas de meia com as crianas. Elas podem ajudar amassando o jornal no formato de bola. Depois de prontas, deixe as crianas brincarem livremente.

    Brincad

    eiras

    142

    Imagens: Michel Zacharzewki/Stock.XCHNG, Rober t Horvath e Mira Pavlakovic/Stock.XCHNG, Wikimwedia.org, Rober t Horvath e Mira Pavlakovic/Stock.XCHNG, Stock.XCHNG e Jeff Osborn/Stock.XCHNG

  • 143

    Caando mosquinhas

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 1 ano.

    Material: Fotocpias de desenhos de moscas

    Palitos de sorvete

    EVA de diferentes cores

    Lpis

    Tesoura

    Cola para EVA

    Confeco do material:Contorne sua mo no EVA, recorte o desenho obtido e cole-o

    nos palitos de sorvete.

    Como trabalhar:Em uma sala ampla ou no ptio, onde no haja objetos no

    caminho, pendure em diferentes lugares as imagens fotocopia-das das moscas. Avise s crianas que a misso delas bater no mximo de moscas possvel e que, para isso, devero usar os mata-moscas que voc confeccionou. Antes de distribuir um para cada criana, mostre-lhes como realizar a atividade.

    Brin

    cad

    eira

    s

    143

    Youk

    ai S

    tudi

    o

  • 144

    imitando veculos

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 2 anos.

    Material: Sala com espelhos e brinquedos (carrinhos, avies, heli-

    cpteros etc.)

    Como trabalhar:Em uma sala com espelhos, proponha s crianas que imitem

    o movimento de diversos veculos, como carro, avio, bicicleta, helicptero, entre outros. Para que as crianas possam lembrar-se do movimento dos veculos, antes de iniciar a atividade, voc pode mostrar os brinquedos e imitar movimentos que cada um faz.

    Gel

    pi/S

    hutte

    rsto

    ck.c

    om

    Movim

    ento

    144

  • 145

    Her

    cule

    s Pa

    lass

    i/Sto

    ck.X

    CHN

    G

    Alfr

    edo

    Net

    to

    Mo, mo, p, p

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 6 meses a 1 ano.

    Material: Cartolina, papel de desenho ou sulfite

    Tinta guache

    Pincel ou rolinho de espuma

    Prato de plstico ou potinhos para despejar a tinta

    Como trabalhar:Nesta atividade, as mos e os ps das crianas so carimba-

    das no papel. Para as crianas poderem comparar o tamanho, interessante pedir a um adulto que tambm carimbe suas mos e ps em um papel. Se preferir, voc mesmo pode faz-lo. Dessa maneira, pode-se lanar as seguintes perguntas para as crianas: Quais so os seus ps? E os meus?.

    Mov

    imen

    to

    145

  • 146

    Movim

    ento

    146

    transpondo obstculos

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 2 anos.

    Material: Colchonetes ou tapetes de EVA

    Mesa

    Bancos

    Rampas

    Cordas

    Bambols

    Como trabalhar:Em uma sala ampla ou no ptio, forre o cho com colchonetes

    ou tapetes de EVA e monte um caminho com obstculos, a fim de que as crianas desenvolvam noes de espacialidade, laterali-dade, equilbrio, ritmo e ateno.

    Mostre a elas o caminho e como percorr-lo, enfatizando as noes de dentro e fora, em cima e embaixo, rpido e devagar, entre outras que julgar necessrias.

    A seguir, veja algumas sugestes de movimentos.

    Andar sobre a corda.

    Arrastar-se por baixo de mesas e bancos.

    Pular com os dois ps dentro dos bambols.

    Andar com passos curtos sobre a rampa.

    Des

    ign5

    6/Sh

    utte

    rsto

    ck.c

    om

    Afric

    a St

    udio

    /Shu

    tters

    tock

    .com

  • 147

    Mov

    imen

    to

    147

    A pisada pesada do gigante

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 2 e 3 anos.

    Material: Livro da histria Joo e o p de feijo

    Como trabalhar:Na sala de aula, em um cantinho destinado leitura, leia a

    histria Joo e o p de feijo. Durante a leitura, d nfase gran-diosidade do gigante da histria, procurando fazer movimentos amplos como seriam os de um gigante. Aps a leitura, convide as crianas para brincarem de a pesada pisada do gigante. Para isso, pea-lhes que fiquem em p e, enquanto voc retoma alguns excertos da histria, que elas imitem os gestos do gigante.

    Veja a seguir outra sugesto de abordagem da histria.

    L vem o grande gigante (as crianas colocam a mo na testa, fazendo sombra nos olhos e olhando para cima como se estivessem vendo o grande gigante vir de longe).

    Pisando forte no cho (tapam os ouvidos).

    Tururu, tum, tum (batem os ps no cho, imitando a pisada do gigante).

    Seu p bem grando (apontam para os ps).

    Quando bate (tapam os ouvidos), faz tremer o cho (fin-gem desequilibrar-se).

    Tururu, tum, tum (batem os ps no cho, imitando a pisada do gigante).

    Oliv

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    tock

    .XCH

    NG

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    Movim

    ento

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    borboleteando pela sala

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 1 ano.

    Material: Tiras de aproximadamente 25 cm de papel colorido

    ( crepom, celofane ou outro)

    Dois pratos de papelo por criana

    Cola

    Confeco do material:Cole as tiras de papel colorido nos pratos de papelo, de

    modo a formar pares iguais, que sero as asas das borboletas.

    Como trabalhar:D dois pratos a cada criana e pea-lhes que segurem cada

    um com uma mo. Ento, solicite que se movimentem como bor-boletas. Se quiser adaptar a atividade para alunos mais velhos, voc pode espalhar pelo ambiente figuras de flores e pedir s crianas que as procurem e pousem suas borboletas nelas.

    Billy

    Ale

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    tock

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    NG

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    Mov

    imen

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    Atividade com bolasEsta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 18 meses

    a 2 anos.

    Material: Bolas leves

    Como trabalhar:No ptio da escola, entregue uma bola para cada uma e d,

    em cada momento, diferentes comandos para as crianas. Veja, a seguir, algumas sugestes.

    Ergam a bola acima da cabea.

    Passem a bola para o colega ao lado.

    Chutem a bola para o amigo.

    Rolem a bola para o colega em frente.

    Dessa maneira, elas podem explorar o ambiente fsico externo e exercitar a ateno e a concentrao.

    Ehsa

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    amav

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    Psicom

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    e

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    brincando com canudos

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 2 anos.

    Material: Caixa com tampa

    Furador do tipo alicate

    Cola quente

    EVA

    Canudos de diferentes cores

    Tesoura

    Fita adesiva colorida

    Confeco do material:Antecipadamente, encape a caixa com EVA e cola quente.

    Em seguida, com o auxlio do furador do tipo alicate, faa furos em diversos locais da caixa. Se quiser um acabamento diferente, voc pode utilizar fitas adesivas coloridas nas emendas.

    Como trabalhar:Pea s crianas que encaixem os canudos na caixa. Para tor-

    nar a atividade mais instigante, explore conceitos de quantidade (Agora h, na caixa, mais ou menos canudos do que antes?) e as cores (Qual a cor do canudo que voc est encaixando agora? E antes deste?).

    Mar

    ia K

    alou

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    com

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    Pequenos arquitetos

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 1 a 2 anos.

    Material: Caixas diversas (de sapatos, eletrnicos etc.)

    Papis coloridos

    Tesoura

    Fita adesiva

    Como trabalhar:Oferea s crianas caixas encapadas com papis de dife-

    rentes cores. Elas podero brincar com esses grandes blocos, construindo, com sua ajuda:

    um muro;

    um poo;

    uma casinha;

    um castelo.

    Tony

    Byr

    ne/S

    tock

    .XCH

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    Psicom

    otricidad

    e

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    Causa e efeitoEsta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 6 meses

    a 1 ano.

    Material: Blocos de madeira ou plstico que no sejam muito

    pequenos, mas possam ser segurados pelas crianas com apenas uma mo.

    Como trabalhar:Alinhe os blocos ou construa um muro com eles. Pergunte s

    crianas o que acontece se uma das peas da base for empur-rada ou retirada. Com o auxlio dos pequenos, execute a ao, destacando seu efeito: Vejam, todas as peas esto caindo!.

    mar

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    ock.

    XCH

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    Psi

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    onde est o brinquedo?

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 1 ano.

    Material: Trs caixas de diferentes tamanhos e um brinquedo do

    cotidiano da criana que caiba nas caixas.

    Como trabalhar:Mostre o brinquedo para a criana e coloque-o em uma das

    trs caixas, que estaro enfileiradas lado a lado. Pergunte-lhe onde est o brinquedo. Com as crianas menores, levante a caixa e diga: O brinquedo est aqui!. Com as maiores, pea que levantem a caixa onde se encontra o brinquedo.

    JOAT

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    Wat

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    G

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    Psicom

    otricidad

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    Aberto, fechado, dentro e fora

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 6 meses.

    Material: Um brinquedo do cotidiano da criana (como um boneco

    ou urso de pelcia)

    Uma caixa de papelo com tampa

    Papis coloridos

    Tesoura

    Fita adesiva

    Canetas hidrogrficas

    Confeco do material:Encape a caixa de papelo com papis coloridos e, com as

    canetinhas hidrogrficas, desenhe janelas e telhado, formando uma casa. A porta corresponder abertura da caixa.

    Como trabalhar:Pegue um brinquedo que seja do cotidiano da criana

    e diga-lhe que o colocar dentro da caixa (se a criana for mais velha, voc pode pedir-lhe que faa isso). Ponha o objeto na caixa e fale para a criana que fechar a casinha

    para o boneco dormir. Depois, abra a caixa dizendo que o boneco j acordou e tire-o de dentro dela.

    Durante essas aes, enfatize as palavras dentro/fora e fechado/aberto. Se as crianas forem maiores, pea-lhes que dramatizem as aes, explicando o

    que esto fazendo.

    Youk

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    Psi

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    texturas e cores

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 2 a 3 anos.

    Material: Folhas de papel sulfite

    Gizo de cera

    Como trabalhar:Convide as crianas para um passeio pela escola e pea-lhes

    que sintam a textura das paredes, do cho e dos brinquedos do ptio, dizendo se so lisos, speros, frios, quentes etc.

    Para que visualizem as diferenas, solicite que coloquem o papel sulfite sobre essas superfcies e passem o gizo de cera sobre elas, imprimindo nele as ranhuras e caractersticas dos materiais. Se quiser, voc pode pedir que utilizem o giz ora dei-tado, ora na vertical, para que tambm notem a diferena na intensidade das cores. Pea-lhes que comparem as diferentes texturas.

    Tom

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    Natureza e socied

    ade

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    Pequenos naturalistas

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 18 meses a 3 anos.

    Material: Folhas de papel sulfite ou cartolina

    Furador de papel

    Fios de l ou linha colorida

    Cola

    Caneta hidrogrfica

    Baldinhos de plstico (um para cada criana)

    Confeco do material:Para montar o lbum no qual as crianas guardaro os

    registros do passeio, fure as folhas com o furador de papel e prenda-as com fios de l ou de linha colorida. Depois, em cada pgina, escreva o nome de cada aluno e cole os elementos que cada um coletou no passeio.

    Como trabalhar:Em um dia de clima agradvel, programe um passeio com a

    turma no ptio da escola. Entregue os baldinhos para as crian-as e pea-lhes que coletem os elementos (como folhas, gravetos, areia, pedrinhas etc.) de que mais gostarem no passeio. Depois de col-los no lbum, estimule os pequenos a passar a mo sobre os objetos e a explicar as sensaes que tiverem (se so speros, macios, duros, moles, as cores etc.).

    Imagens: Zsuzsanna Kilian/Sarah Williams/Marcelo Terraza/Billy Alexander/Stock.XCHNG

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    Domnio pblico

    A jAnelinhAA janelinha fecha

    Quando est chovendoA janelinha abre

    Quando o sol est aparecendo...

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    A janelinha

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 10 meses.

    Material: Pedaos de cartolina colorida e canetas hidrogrficas

    Como trabalhar:Em um pedao de cartolina, desenhe uma janela com vene-

    ziana, de maneira que seja possvel abri-la e fech-la. Cante com as crianas a msica A janelinha, enquanto abre e fecha a janela. Depois, pea-lhes que faam o mesmo.

    Se na turma houver crianas mais velhas, pea-lhes que acompanhem voc com o pau de chuva ou outros instrumentos, como chocalho e pandeiro.

    Youk

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    Natureza e socied

    ade

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    de noite, de dia

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 2 anos.

    Material: Ilustraes que representem a noite e o dia.

    Como trabalhar:Em uma sala com espelhos, organize as crianas em um

    grande crculo e mostre-lhes, inicialmente, a ilustrao que repre-senta o dia.

    Pergunte-lhes, ento, se na imagem dia ou noite e como conseguem saber isso. Faa o mesmo com a ilustrao que representa o perodo noturno.

    Em seguida, pea que fiquem de frente para o espelho e ajude-as a lembrar o que fazem em cada horrio.

    Durante o dia: acordar, espreguiar-se, escovar os dentes, tomar caf da manh, brincar etc.

    Durante a noite: conversar com os pais, jantar, dormir etc.

    TsipiLevin/Shutterstock.com

    Iwan

    Bei

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    Stoc

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    Billy Alexander/Stock.XCHNG

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    Sons da chuva

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 18 meses.

    Material: Um pacote de pregos Um martelo Caneta hidrogrfica Fita crepe Papis coloridos ou tinta guache (opcional) Um cano de PVC ou um rolo de papelo firme Dois copos de feijo (se desejar som mais grave) ou de

    arroz (para um som mais agudo)

    Confeco do material:Sem a presena das crianas, voc vai construir um instru-

    mento musical indgena chamado pau de chuva, que, ao ser balanado de um lado para o outro, faz um som parecido com o da chuva. Com o auxlio da caneta hidrogrfica, faa marcas no rolo de papelo, de acordo com a ilustrao. Nessas marcas, enfie os pregos com a ajuda do martelo, de modo que no ultrapassem o outro lado do rolo. Em seguida, vede um dos lados do rolo com fita crepe, de maneira que as crianas no consigam solt-la, e coloque o cereal escolhido. Por fim, feche, tambm firmemente, a outra extremidade do rolo. Est pronto o pau de chuva!

    Se quiser um pau de chuva decorado, voc pode forr-lo com papel colorido ou pint-lo com tinta guache.

    Como trabalhar:O pau de chuva pode ser utilizado em vrias atividades, como

    teatro e contao de histrias. Pergunte s crianas se j pres-taram ateno ao barulho da chuva. Pergunte-lhes se conhecem o som da garoa e o de um temporal. Em seguida, reproduza os sons balanando o pau de chuva, com diferentes intensidades.

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    Identid

    ade e autonom

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    o mestre mandou

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 18 meses.

    Material: Sala com espelhos

    Cadeiras pequenas

    Como trabalhar:Em uma sala com espelhos, d orientaes s crianas sobre

    aes que elas tm de executar. Antes de cada ordem, diga o mestre mandou.... Por exemplo:

    O mestre mandou tocar o nariz.

    O mestre mandou dar uma voltinha.

    O mestre mandou sentar na cadeira.

    O mestre mandou tocar o dedo do p.

    O mestre mandou andar at a parede.

    Para auxiliar as crianas menores, interessante que voc tam-bm realize os movimentos, mas apenas depois de dar o comando. Dessa forma, as crianas se mostraro mais atentas s instrues.

    Imag

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    Conhecendo o corpo

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 0 a 6 meses.

    Material: Colchonetes

    Trocador

    Como trabalhar:Deite os bebs sobre colchonetes ou sobre o trocador e, con-

    versando calmamente com eles, tome-lhes as mos e pergunte: Onde esto as mos do beb?. Faa o mesmo com os ps, a barriga, os dedos etc.

    interessante desenvolver essa atividade aps o banho, pro-movendo relaxamento e maior interao. Coloque um fundo musi-cal suave para o desenvolvimento da atividade.

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    Identid

    ade e autonom

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    jogo do espelho

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas a partir de 2 anos.

    Como trabalhar:Separe as crianas em duplas e pea que um dos mem-

    bros de cada dupla execute movimentos a serem imitados pelo companheiro de equipe. Em seguida, o integrante que imitava ordenar os movimentos.

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  • 163

    Iden

    tidad

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    Cad meus tnis?

    Esta atividade pode ser desenvolvida com crianas de 1 a 3 anos.

    Material: Caixa ou cesto

    Tnis

    Como trabalhar:Utilize uma caixa ou cesto para colocar os tnis das crianas.

    Misture-os e depois solicite a elas que tentem encontrar seus tnis dentro da caixa. Trabalhe neste momento as cores, os modelos dos tnis e o tamanho de cada um. Cada criana deve encontrar o seu par de tnis.

    Bian

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  • Projeto

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    explorando os sentidos

    Professor, as orientaes a seguir so sugestes nas quais voc pode se inspirar para montar um projeto, conforme as neces-sidades e os interesses de seus alunos. Avalie os recursos de que sua escola dispe e o tempo que ter para aplic-lo, de acordo com seu planejamento, para fazer as adequaes necessrias sua realidade. Se for possvel, fotografe cada etapa do projeto para compor um mural na etapa final do trabalho.

    Tema: Experincias sensoriais.

    Idade: De 18 meses a 3 anos.

    Objetivo:

    Este projeto tem o objetivo de sensibilizar as crianas para a natureza e a arte, a partir de uma estimulao consciente de alguns sentidos do corpo: viso, tato, olfato, gustao e audio.

    Como trabalhar:

    Crianas muito pequenas precisam partir sempre da sua reali-dade concreta e de suas experincias para que o aprendizado se consolide. Por isso, d incio s atividades com um passeio pelo jar-dim (ou por uma praa, um parque), onde as crianas vo observar detalhadamente tudo o que veem e colher materiais com um baldi-nho (veja a atividade Pequenos naturalistas). Sugerimos que, antes da sada, em uma roda de conversa, voc passe para as crianas orientaes a respeito das atividades que elas iro desenvolver.

    No jardim, repita as orientaes que foram dadas na sala de aula e pergunte s crianas o que elas devem fazer. Aproveite esse espao ao ar livre para desenvolver os sentidos com as ati-vidades sugeridas a seguir.

    Observar e contemplar Contem as rvores; observem detalhadamente a variedade de flores, os tons de verde das folhagens e as cores das flores, os insetos que existem no ambiente, os pssaros. Trabalhe com as crianas a con-templao, orientando-as a olhar com ateno e interesse os pequenos detalhes da natureza.

    Pawe Zawistowski/Stock.XCHNG

  • 165

    Inalar e assimilar Sintam o cheiro das folhas e das flores, comparando-os. Oriente as crianas a respirarem fundo, enchendo os pulmes de ar puro. Chame a ateno para algum cheiro presente que se destaque: uma queimada prxima, o cheiro da chuva ou das plantas.

    Tocar e sentir Peguem pedrinhas, sentindo com os dedos o seu formato e textura; acariciem a grama, as folhas das plantas, os troncos das rvores. Passem as folhas nos braos, no rosto, como carcias. Guardem esses materiais nos baldinhos. Se for possvel, deitem na grama e sintam sua maciez e frescura. Se houver sol, diga para as crianas fecharem os olhos e sentirem o calor na pele, aquecendo seus corpos. Sintam o vento na pele e emaranhando os cabelos.

    Ouvir e valorizar Prestem profunda ateno aos sons da natureza: o canto dos pssaros, o barulho dos grilos, o latido dos ces. Pea s crianas que silenciem para ouvir e depois permita que elas troquem as experincias do que ouviram. Pea silncio novamente para que elas escutem o que no perceberam antes. Se houver barulhos urbanos, como motor de carros ou de um avio, um apito de trem, chame a ateno das crianas para esses rudos tambm, pedindo-lhes que os comparem com os sons da natureza.

    Provar e degustar Se o espao visitado tiver rvores frut-feras, aproveitem para provar as frutas, se houver. Se no houver, leve frutas para as crianas comerem no jardim. Podem ser morangos, amoras, ameixas, pedaos de manga, de preferncia frutas que as crianas no comem com fre-quncia e que estejam maduras e doces. Pea s crianas para saborearem as frutas e dizerem o que sentem em relao a cada uma, comparando os sabores e a textura na boca. Aproveite para falar sobre a importncia das fru-tas e dos alimentos frescos para a sade e pergunte se elas tm o hbito de comer esses alimentos.

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  • Brincar e valorizar Se houver espao e segurana no local, deixe as crianas brincarem livremente no jardim. Permita que corram, rolem, deitem, cantem, dancem e desfrutem o ambiente.

    Ao voltar para a sala, rena novamente as crianas em roda para compartilhar as experincias. Pergunte-lhes do que mais gostaram. Explique-lhes sobre a importncia de se cuidar do meio ambiente e de respeitar a natureza. Fale sobre a importncia de cuidar das plantas e dos animais. Aproveite para fazer colagens com os materiais que elas colheram. Pea aos pais para que faam passeios com a criana a um parque, uma praa ou um jardim e que registrem por escrito o passeio, pedindo criana para ilustrar o texto.

    Voc pode mostrar uma reproduo de um jardim pintada por um artista plstico. Monet, pintor impressionista francs, por exemplo, pintou uma variedade de jardins. Pea s crianas que digam o que veem na reproduo da tela: quais elementos (rvo-res, flores, pontes, pessoas etc.), cores, formas, luzes e sombras.

    Coloque uma msica suave, de preferncia com sons de ps-saros, e oriente-as a pintar com os dedos um jardim. Mostre as cores das tintas e pergunte a elas os nomes das cores.

    Se possvel, faa com as crianas uma horta na escola (no deixe as sementes ao alcance delas) ou, se a escola j tiver uma horta, v com elas at l para que possam cuidar das plantinhas, regando-as e tirando o mato. Procurem colher algumas hortalias que sero servidas s crianas nas refeies ou dadas de pre-sente aos pais. Se no houver uma horta, nem a possibilidade de criar uma, plante feijes no algodo. Acompanhem a germinao da plantinha dia a dia, regando-a sempre. Quando o broto esti-ver mais desenvolvido, voc pode plant-lo com as crianas no jardim ou em outro local, para que elas possam acompanhar seu desenvolvimento e colher as vagens.

    Cante com as crianas a msica Alecrim, de preferncia com o acompanhamento de um violo ou outro instrumento musical. Veja a letra a seguir.

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  • 167

    AleCriMAlecrim, alecrim dourado

    Que nasceu no campo

    Sem ser semeado

    Alecrim, alecrim dourado

    Que nasceu no campo

    Sem ser semeado

    Foi meu amor

    Que me disse assim

    Que a flor do campo o alecrim

    Foi meu amor

    Que me disse assim

    Que a flor do campo o alecrim

    Alecrim, alecrim dourado

    Que nasceu no campo

    Sem ser semeado

    Alecrim, alecrim dourado

    Que nasceu no campo

    Sem ser semeado

    Mostre s crianas folhas de alecrim. Oriente-as a sentir seu perfume. Explique a elas que muitas plantas so usadas como temperos e chs. Oferea-lhes chs de camomila, erva-doce, hor-tel e outras folhas, para que os provem e escolham seu prefe-rido. Voc pode sugerir uma pesquisa em casa sobre os chs e temperos que cada famlia costuma usar. Solicite que os pais enviem saquinhos dos chs mais usados pela famlia. Faa os chs na escola, para que sejam saboreados pelas crianas.

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    Domnio pblico

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    Lembre-se de que voc pode enriquecer este projeto de diversas formas, com atividades artsticas variadas: apresenta-es musicais, danas, teatrinhos, histrias, pinturas, recortes e colagens, pesquisas etc. A imaginao o limite! Mas sempre procure fazer antes um planejamento, prevendo a quantidade de aulas que vai precisar para desenvolver o projeto.

    Ao final do projeto, faa uma exposio na escola com os trabalhos das crianas e as fotos das atividades em um grande mural. Convide os pais para virem escola admirar os trabalhos produzidos e faa uma avaliao dos resultados obtidos.

    Bom projeto!

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  • 169

    referncias

    ALMEIDA, F. J. de; FONSECA JNIOR, F. M. Aprendendo com projetos. Braslia: MEC/SEED/ProInfo, 1999. (Coleo Informtica para a Mudana na Educao). Disponvel em: . Acesso em: 13 out. 2011.

    ALVES, R. Educao dos sentidos e mais... Campinas: Verus, 2005.

    ANDRADE, P. F. Aprender por projetos, formar educadores. In: VALENTE, J. A. (Org.). Formao de educadores para o uso da informtica na escola. Campi-nas: Unicamp/Nied, 2003. p. 58-83.

    ANTUNES, C. Guia para estimulao do crebro infantil: do nascimento aos 3 anos. Petrpolis: Vozes, 2009.

    AQUINO, L. M. L. Linguagens na Educao Infantil: coisas desimportantes de trans-ver o mundo. Disponvel em: . Acesso em: 6 set. 2011.

    BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio, Poder Legislativo, Braslia, DF, 16 jul. 1990. Disponvel em: . Acesso em: 19 ago. 2011.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Prmio Professores do Brasil: compartilhe o desafio de ensinar e aprender. Braslia, jun. 2006. Disponvel em: e . Acesso em: 13 out. 2011.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Prmio Qualidade na Educao Infantil 2004: projetos premiados. Braslia, 2005. Disponvel em: . Acesso em: 5 out. 2011.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Conselho Nacional de Educao. Cmara de Educao Bsica. Resoluo n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 18 dez. 2009a. Disponvel em: . Acesso em: 6 set. 2011.

    BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Coordenado-ria Geral de Educao Infantil. Prticas cotidianas na Educao Infantil: bases para a reflexo sobre as Orientaes Curriculares. Braslia, 2009b. Disponvel em: . Acesso em: 13 out. 2011.

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