PEDOLOGIA
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PEDOLOGIA 2013
PEDOLOGIA
A pedologia é a parte da geografia destinada ao estudo do solo.
Solo: No ponto de vista agrícola, o solo é a camada arável da terra, com espessura de 30 a 40 centímetros. Geograficamente o solo é a camada mais externa da litosfera. É resultado do intemperismo que promoveu a desagregação e desintegração das rochas por meios de agentes físicos, químicos e biológicos.
FORMAÇÃO DO SOLO
A formação do solo pode ser expressa em duas etapas:
1° ETAPA: Desintegração e decomposição das rochas.
2° ETAPA: Incorporação e decomposição de organismos (animais e vegetais).
PERFIL DO SOLO
À medida que os processos físicos, químicos e biológicos vão ocorrendo, o solo começa a desenhar camadas.
Imaginando-se um corte vertical no solo, da camada mais externa até a rocha mãe, vai ser percebido que ele é dividido em camadas, denominadas horizontes do solo. É válido lembrar que quando um solo é maduro, os seus horizontes estão bem desenvolvidos ou visíveis. Porém, quando um solo é considerado jovem os horizontes não são tão desenvolvidos assim, podendo até, muitas vezes, não possuir alguns dos horizontes.
HORIZONTES DO SOLO
HORIZONTE O:
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É o mais superficial. Constituído por folhas e galhos que caem das árvores. É comum em solos de matas ou florestas.
HORIZONTE A:
É o solo propriamente dito, onde a rocha está totalmente decomposta. É rico em microorganismos e materiais orgânicos. Neste horizonte encontramos as raízes dos vegetais. É muito permeável, devido a isso, com a infiltração da água, muitos minerais acabam sendo levados para as camadas inferiores.
HORIZONTE B:
É a rocha em decomposição. Aí se dá a concentração de material lixiviado. Esse horizonte apresenta menor permeabilidade em relação ao horizonte A e cor geralmente vermelha ou amarela.
HORIZONTE C:
É o maior horizonte e mais grosseiro. É a rocha matriz um pouco debilitada e pouco afetada por organismos vivos.
HORIZONTE D OU R:
Representa a rocha inalterada.
CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
A classificação do solo pode ser feita por alguns pontos de vista.
QUANTO À ORIGEM:
Zonais ou Eluviais: Formados pela decomposição da rocha matriz. O clima é o principal fator de formação.
Azonais ou Aluviais: Formados pelo acúmulo de sedimentos. A rocha é o principal fator de formação. Não possuem o horizonte B. Ex: várzea e loess.
Orgânicos: Solo formado pela decomposição da matéria orgânica.
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QUANTO À COLORAÇÃO:
Brancos: Pobre em matéria orgânica e óxido de ferro. (Regiões praianas)
Escuros: Ricos em matéria orgânica. (Regiões úmidas)
Avermelhados: Rico em óxido de ferro. (Região tropical)
Cinzentos: Presença constante de água. (Regiões de mangue)
QUANTO À ESTRUTURA:
Arenosos: Elevada granulometria, apresenta grande permeabilidade, forma lençóis freáticos, típico de lugares com alta amplitude térmica, como os desertos e o semi-árido.
Argilosos: Baixa granulometria, pouca permeabilidade, típico de clima úmido.
Argiloarenosos: Média granulometria, média permeabilidade, típico de zonas temperadas.
PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO
Terraceamento:
É uma técnica usada em solos com certa inclinação, geralmente em encostas, com o intuído de evitar a erosão e o possível deslizamento de terra. São criados “degraus” nivelados, onde, aumenta a absorção da água pelo solo e
evita a enxurrada em que a água desce em alta velocidade causando deslizamentos. É típica do sudoeste da Ásia e usada principalmente na produção de arroz.
Curvas de nível:
São criadas valetas niveladas em sentido circular, aumentando o nível de absorção dá água por parte do solo, evitando assim, deslizamento de terra.
Reflorestamento:
Evita que o solo fique desnudo, protegendo-o assim da força da chuva e de outros agentes.
Rotação de cultura:
A área da plantação é dividida em partes, sendo que uma sempre fica em descanso. Após a colheita ocorre a rotação de culturas, a parte em descanso recebe uma cultura e uma das que estava em uso, fica em repouso. Evita-se assim o desgaste da terra.
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PROCESSOS DEGRADATIVOS
Lixiviação: Lavagem do solo pela chuva. Carrega os nutrientes (sais minerais) do solo deixando o solo ácido. Para a correção é aconselhável um tratamento adicionando cal (calagem).
Laterização: Concentração de ferrugem no solo. Remoção da sílica e concentração de ferro, conhecido como câncer do solo. É um processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem definidas (seca e chuvosa), essa característica favorece a concentração de hidróxido de ferro e alumínio no solo. A concentração desses minerais forma a laterita, que torna difícil o manejo do solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima do mesmo, deixando-o mais duro e compacto. A aração é uma técnica de correção para esse processo. As queimadas também contribuem para a laterização
Coivara, queimada, roça ou cultivo intinerante: Consiste na retirada da vegetação em um local e em seguida a queimada. O solo fica inicialmente fértil com a liberação do potássio, porém, quando chove forma uma papa de cinzas aumentando a laterização. Estraga o solo, pois destrói a matéria orgânica.
Compactação: Quando o solo é amassado por maquinas ou objetos pesados, tornando mais duro e dificultando a absorção de água e nutrientes.
Voçoroca: O solo desnudo e poroso quando é sujeito a chuva, a água penetra com facilidade alimentando o lençol freático. Começa a surgir as rachaduras ou estrias, denominadas ravinas. Chegando a um momento em que o solo não agüenta e despenca no lençol. O pH é menor que 7.
Acidez: O solo pode ser ácido naturalmente devido à própria pobreza das bases do material de origem ou por outros processos, como a lixiviação que lava os minerais do solo. Para combater a acidez do solo é feita a calagem que consiste em adicionar cal.
Alcalinidade: O solo alcalino é o solo que possui grande quantidade de minerais. Ocorre principalmente em solos que sofrem com a falta de chuva, onde os minerais tendem a reter no solo. A correção do solo alcalino é feita com gessagem, adicionando gesso, ou com substâncias ácidas. O pH é maior que 7.
Salinização: Solo da irrigação inadequada, pois levanta os sais para cima do solo.
Mineração: Contamina o solo com metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio.
CARACTERÍSTICAS DO SOLO EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE ÁGUA
Água abundante: Elevada acidez, solos profundos.
Água insuficiente: Elevada alcalinidade, solos rasos.
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PRINCIPAIS SOLOS ZONAIS DO PLANETA
Tchernozion: Solo mais fértil do mundo. Típico de estepes da Húngria.
Prairie: 2° mais fértil do mundo. Tipo das pradarias americanas, argentinas e gaúchas.
Podzol: Pobre em matéria orgânica é um solo típico de coníferas e mata dos pinhais. É fértil, porém ácido.
Lateríticos: Também chamado de latossolo, é típico do centro-oeste brasileiro a da Amazônia. É pobre para a agricultura, sofre muito com a lixiviação e laterização.
Solontchach: É o solo da caatinga, pobre em húmus e rico em sais minerais. São rasos, alcalinos, arenosos e pedregosos. Se for devidamente irrigado é útil para a agricultura.
Terra roxa: Foi o solo que propiciou a industrialização do Brasil. É o solo do sul de São Paulo e norte do Paraná. Solo mais fértil do Brasil. Típico da plantação do café.
Massapé: Favorece a plantação de cana, fumo e cacau. Surge na zona da mata nordestina, recôncavo baiano e sul da Bahia. É rico em húmus e tem coloração escura.
PRINCIPAIS SOLOS AZONAIS DO PLANETA
Várzea: Formado pela ação fluvial. Típico do arroz. Acumula os nutrientes do rio.
Loess: Formado pela ação eólica. É encontrado na Argentina e sudeste da Ásia.
O SOLO PERFEITO
O solo perfeito deve possuir boa quantidade de húmus, pH neutro, fácil penetração do ar e da água em seu interior e boa quantidade de nutrientes.