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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS CFCH FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA ATIVIDADES Aluna: Joseane de Souza Ramos Geografia/licenciatura manhã 4º período

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS – CFCH

FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA

ATIVIDADES

Aluna: Joseane de Souza Ramos

Geografia/licenciatura – manhã

4º período

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1º Atividade

Resumo do artigo Geomorfologia e Pedologia

A geomorfologia e pedologia apesar de tratarem de elementos naturais

comuns seguem caminhos diferentes. Só podem-se relacionar essas ciências

da Terra a partir de um conhecimento sobre as relações de seus objetos de

estudo, ou seja, os solos e os relevos. Essas duas ciências citadas são

vinculadas em seu intimo com outra ciência da Terra: a geologia, devido às

semelhanças dos seus estudos e origem. E ainda mantém vínculos com outros

ramos das ciências da Natureza, o que confirma que geomorfologia e

pedologia existem mais convergências do que divergências do que se pode

imaginar.

O resultado da história da geomorfologia e pedologia reflete nos caminhos

diferentes percorridos por ambas. Verifica-se na revisão bibliográfica

contradições, pois no século XIX o solo era mais importante para

geomorfologia do que o relevo para a pedologia, no entanto isso não é

confirmado nas bibliografias pois nitidamente é negligenciado a importância

dos solos para a formação do relevo.

Os estudo do solo a partir das contribuições de Dokuchaiev esteve

ligado aos problemas de sua utilização agrícola, buscando apoio nas ciências

exatas e naturais. Com isso a Pedologia foi encarada de duas maneiras, uma

no âmbito das Ciências Exatas, outra nas Ciências Naturais, o que levou

pesquisadores a refletir a cerca da epistemologia da pedologia em busca da

sua autoafirmação, diferindo da Geomorfologia na sua busca por afirmação

devido a seu vínculo com as Ciências da Natureza. Vale ressaltar o fato de que

ambas apesar de epistemologia distintas, elas nasceram do geólogo Davis,

mas se distanciaram e vincularam-se a outras ciências, trazendo até hoje em

sua gênese as contribuições do geólogo citado.

Os geomorfologos no século XX, perceberam a necessidade de

aprofundar seus conhecimentos, estudando as formações superficiais das

vertentes, relacionada às alterações das rochas.

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Pedólogos e Geomorfólogos estão em consenso que a própria história

do relevo está ligada as histórias do solo, atribuído a ele apenas uma

participação secundária sendo parte superficial de um sistema controlado pela

estratigrafia, geomorfologia e hidrologia.

Através da cronossequência seria analisado no solo ganhos e perdas

das superfícies geomórficas, relevante para sua interpretação na evolução das

formas de relevo, analisando o grau de evolução e desenvolvimento, e as

sequências de intemprerismos.

Essa correspondência entre idades de solos citado, foi aplicada nas

regiões tropicais visando explicar e interpretar as diferenças geomorfológica e

pedologia diversas. Foram empregados no Brasil esses princípios de

cronossequência com o solo assumindo papel de importância na interpretação

da evolução das paisagens. Essas interpretações entre a relação dos solos e o

relevo no Brasil seguiu na seguinte direção: posição dos perfis na paisagem;

diferenciações verticais no interior dos perfis do solo; pelo estabelecimento

cronossequência, através dos resultados de analise e de interpretação da

morfologia dos perfis; pela presença de corpos ferruginosos, resultado de

processos antigos de intemperismo.

A análise estrutural da cobertura pedológica no Brasil ultrapassou a

visão verticalista da pedólogo, introduzindo a análise tridimensional da

cobertura pedológica ao longo das vertentes. Esse procedimento permite

mostrar a participação dos processos superficiais na diferenciação lateral da

cobertura pedológica; possibilita perceber o papel e a importância dos

processos geoquímicos e pedológicos na evolução do relevo. Com a utilização

de tais procedimento, foi possível mostrar que ao longo da vertente a cobertura

pedológica é contínua.

Nas considerações finais é tratado sobre a importância de dar atenção a

outros fatores no estudo da relação entre o relevo e solo : a circulação interna

da água é responsável por ações geoquímicas que elimina e redistribui os

elementos das vertentes, gerando modificações nas feições e acelerando o

processo erosivo, ocasionando diferenciações laterais nas coberturas

pedologias, tais situações causadas por desequilíbrios hídricos.

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A análise estrutura da cobertura pedológica não só estar abrindo

caminhos para os estudos da pedogênese, como também é um instrumento

para o estudo da gênese e evolução do relevo.

Tema, o objetivo, os conceitos básicos, a metodologia e resultados:

O artigo trata sobre duas ciências relacionadas à Geomorfologia e a

Pedologia, ele traz suas bases conceituas e suas ligações e dependências

para o seus estudos efetivos, esse é o objetivo do artigo relacionar essas

ciências a partir de suas gêneses e dependências deixando claro que o

relevo é responsável pela formação do solo, mas que o solo é componente

importante para o estudo da gênese e evolução do relevo. Sendo a

geomorfologia ligada as Ciências Naturais e a Pedologia pelo seu caráter

mais técnico nos componentes do solo estar mais ligada as Ciências Exatas.

Para o autor chegar às conclusões expostas no artigo, ele fez uma

revisão bibliográfica, no qual cita grandes referências das áreas, buscando

entender as ciências desde as suas gêneses e suas aplicações nos estudos

dos ambientes. Relacionou-as, vendo pontos em comum e citou o caminho

que cada uma delas percorreu. Resgatou também os resultados obtidos

através de pesquisas nos últimos 20 anos da análise estrutural das

coberturas pedológicas, identificando a relação entre geomorfologia e

pedologia, e a importância da pedogênese na formação do relevo.

A importância do tema para a geografia, e possível interação sobre

pesquisas:

O artigo traz a importância desse tema para geografia, que mesmo

ambas as ciências tratadas terem sido criadas pelas mãos de um geólogo elas

se vincularam a geografia, principalmente a Geomorfologia devido a sua

ligação mais intima com as ciências naturais. Visto que a Geografia é tida como

ciência síntese ela apropria-se dessas ciências para explicar vários que a

geografia por si só não explicaria. Por para realizar determinadas pesquisas na

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área da Geografia precisa estudar e analisar vários fatores e várias outras

ciências que complementa e integra a Geografia.

Avaliar como seria possível utilizar o tema e/ou tipo/método de pesquisa

para o ensino de pedologia e/ou do tema específico:

Como esse artigo traz bases conceituais é bem simples de trabalhá-los,

já que ele deixa bem definido o que é cada ciência e o que ela significa de

forma distinta, mas também deixa clara a interação de uma com a outra. Há

inúmeras possibilidade de lidar com esse assunto/artigo em sala de aula,

podendo gerar discussões sobre os tema, debates.

Referencia do artigo:

NETO, J. P. Q. Geomorfologia e Pedologia. Revista Brasileira de

Geomorfologia, São Paulo,v. 1, n. 1, p. 59-67, 2000.

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2º Atividade

1. Quais são os fatores e processos de formação dos solos, defina e

explique cada um deles.

São cinco fatores principais atuantes na formação dos Solos: Material de

origem; clima; organismos; topografia; tempo.

Material de origem: constitui num fator de resistência a formação e ao

desenvolvimento dos solos, o que define a velocidade com que o solo se

desenvolverá, sendo materiais derivado de rochas claras(rochas ígneas

intrusivas ácidas , metamorficas), rochas ígneas escuras, sedimentos

consolidados, sedimentos inconsolidados.

Clima: é fator mais influente do intemperismo, determinando a velocidade com

que ocorre o intemperismo numa determinada região. A precipitação e a

temperatura regulam velocidade das reações químicas, a temperatura

condicionando a ação da água acelera as reações químicas e aumenta a

evaporação. Sendo assim, os principais elementos responsáveis por essas

reações são: água e gás carbônico.

Organismos:atuam na diferenciação dos perfis de solo, com a função de

produzir humos, as plantas protegem o solo contra erosiva das chuvas, quando

escassa o ambienta apresenta maior suscetibilidade; em ambientes úmidos a

pedogênese predomina sobre a morfogênese.

Topografia: atua como regulador da velocidade do escoamento superficial das

águas superficiais controlando a quantidade que infiltra nos perfis, ocorrendo

as reações químicas mais intensamente nos compartimentos do relevo onde

ocorre boa infiltração e percolação por tempo suficiente das águas pluviais.

Com encostas íngremes a água escoa rapidamente e não dar tempo de ocorrer

a percolação e infiltração da água suficiente para ocorrer as reações químicas

necessárias, influenciando na profundidade do solo, teor de matéria orgânica,

drenagem do perfil.

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Tempo: o fator tempo depende dos outros fatores que controlam o

intemperismo, quando esses fatores são poucos agressivos a rocha mais

tempo em contato com esses eles até desenvolver um perfil de alteração.

Processos Pedogenéticos: os fatores citados acima causam alterações

Adição: compreende na adição de matéria externa ao perfil do solo, essa

matéria abrange como restos de animais e vegetais, materiais depositados

pelas enchentes, movimento de massa das encostas, poeira trazida pelo vento.

Perda: é a perda de gases, liquidos ou sólidos numa determinada porção do

solo, podendo ocorrer tanto superficialmente, quanto em profundidade

Translocação: tem como característica o movimento de materiais de um ponto

para outro num mesmo perfil do solo. Pode-se citar como translocação

movimentos de argilas e/ou solutos de um horizonte para o outro no perfil.

Transformação: é processo que consiste na transformação física, química e

biológica dos componentes do solo, envolve síntese e decomposição. A

transformação física quebra de rochas e minerais, a química compreende a o

intemperismo químico.

Halomorfismo: também conhecido como salinização, como o próprio nome já

diz é processo que apresenta na formação do solo a acumulação de sais.

Esses solos estão associados a planícies e depressões onde a drenagem é

deficiente e a precipitação pluviométrica é menor do que a evapotranspiração.

São exemplos desse processo os solos encontrados no Nordeste Brasileiro e

no Pantanal Mato-grossense.

Hidromorfismo: neste processo alguns horizontes do solo estão sujeitos a

submersão contínua.

2. Explique a relação da topografia com a formação e localização dos

solos a partir da imagem abaixo. Defina o que poderia representar

as três cores apresentadas, e como seriam os solos (profundos,

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rasos, com características especiais) nos locais apontados pelas

setas.

A topografia controla a intensidade do escoamento superficial das

águas da chuva, controlando também a quantidade de água que infiltra nos

perfis do solo, o relevo pode favorecer, ou não ao intemperismo, as reações

químicas ocorrem mais intensamente onde a topografia favorece a infiltração

da água e a percolação dela por tempo suficiente para a realização das

reações e drenagem para lixiviação dos produtos do solúveis. A imagem acima

ilustra como ocorre a dinâmica da água de acordo com terreno, na parte

vermelha há boa infiltração e boa drenagem da água favorecendo ao

intemperismo químico; na parte verde há boa infiltração e má drenagem, não

favorece ao intemperismo químico; na cinza há má infiltração e má drenagem,

desfavorece ao intemperismo químico. De um modo geral em áreas há

bastante infiltração e pouco escoamento, resulta a solo profundo; em áreas

declivosas, a erosão é maior que a infiltração, havendo bastante remoção do

solo formado, resulta a solos rasos; em baixadas planas, há acúmulo de água e

sedimento coluvial e aluvial, resulta a solos medianamente desenvolvidos.

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3. Qual é a relação da granulometria e da cor da rocha em relação a

termoclastia? Exemplifique as relações e características utilizando

o granito e o basalto.

A termoclastia é uma ação do intemperismo físico no qual não ocorre alteração

na composição dos componentes da rocha, só a desagregação através da

variação de temperatura e a granulometria define através de medições o

tamanho dos grãos das rocha que sofreram desagregação, pode-se dizer que é

o tamanho dos grãos após sofrerem termoclastia.

Basalto e granito são rochas ígneas. O basalto se forma nas dorsais oceânicas,

o Granito se forma no subsolo dos continentes levando mais tempo para se

resfriar, permitindo que seus cristais sejam vistos a olho nu, rocha silicática

com quartzo em sua composição sendo esse o mais abundante, não apresenta

clivagem nem pontos fracos, portanto, mas resistente a alteração; o basalto,

seu segundo mineral mais abundante é a piroxena, possui 90 graus de

clivagem se quebrando facilmente, além desse componente “frágil” essa rocha

possui outro que é a plagióclase que também possui clivagem de 90 graus e

uma aparência quebradiça, as fraturas ocorrem verticalmente. Conclui-se a

partir dessas informações que o basalto é uma rocha suscetível ao

intemperismo devido a “fragilidade” de seus componentes que se desagregam

mais facilmente permitindo que entre em ação o intemperismo químico.

4. Qual é a importância da vegetação na formação e caracterização

dos solos?

As plantas elas protegem o solo da ação erosiva da chuva. Áreas de escassa

vegetação deixa o ambiente suscetível a isso o que favorece a lixiviação, pois o

solo perde seus componentes devido as chuvas.

Já em ambientes de extrema umidade os processos pedogenéticos

predominam sobre a morfogênese, quando não alterados pela ação antrópica.

(cópia)

5. Quais os processos intempéricos mais comuns em ambientes

quentes e úmidos? Por quê?

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No ambientes quentes e úmido (tropicais), predomina o inteperismo químico, a

água abundante e temperaturas altas favorecem as reações químicas. A água

um poderoso solvente natural para reações com minerais primários

considerando as condições do clima tropical, ocorrendo devido a essas

condições os seguintes processos: hidratação, dissolução, hidrólise e oxidação.

6. Em ambientes quentes e secos podem ser encontrados solos muito

intemperizados? Explique.

O índice do inteperismo químico nas regiões quente e secas é baixo, pois

mesmo havendo altas temperaturas o volume das chuvas é pequeno, e sem

água há um retardo das reações e consequentemente pouco intemperismo,

conclui-se então que os solos em regiões quentes e secas são pouco

intemperizados.

7. O que é um solo jovem? Explique os fatores que podem definir a

“idade” de um solo.

Um solo jovem é um solo pouco desenvolvido com aproximadamente 30 cm de

espessura, no qual os processos pedogenético ainda não levaram a

modificações expressivas, são constituído por materiais minerais e matérias

orgânicos pouco espessura.

8. Um solo muito intemperizado pode ser mais novo que um solo

pouco intemperizado? Explique.

Não. É justamente o contrário, um solo muito intemperizado é um solo

desenvolvido, consequentemente um solo “velho”.

9. Quais são os tipos de hidrólise e as características de cada uma? E

exemplifique quais tipos de solo são geradas a partir delas?

Hidrólise total: ocorre em ambientes com alto índice pluviométrico

proporcionando a eliminação 100% da sílica e do potássio, a sílica apesar de

pouco solúvel na faixa de pH da hidrólise, podendo ser totalmente eliminadas

se as soluções permanecerem diluídas o que só ocorrem com alta

pluviosidade. Na hidrolise total ocorre dois fenômenos a alitização e

ferratilização. Gerando aos Latossolos Amarelos.

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Hidrólise parcial: devido as condições de drenagem menos eficiente, apenas

parte da sílica é eliminada, o potássio pode ser, parcial ou totalmente

eliminado. Ocorre no acúmulo parcial de silica e de potássio, dando origem a

argilominerais.Na hidrólise parcial ocorre os fenômenos sialitização e

bissialitização. Pode-se citar como exemplo desse processo o Latosso

Caulínico e o Luvisso Crônico

10. O que é lixiviação? Qual a diferença entre lixiviação e erosão?

A lixiviação é perda de nutrientes por infiltração; é simplesmente a migração de

substâncias solúveis, sob a forma de sais. É o tipo de fenômeno comum em

regiões com alto índice de pluviosidade, por isso ocorre com freqüência nas

regiões intertropicais, e com o desmatamento deixando o solo desprotegido vai

ocorrendo essa migração de componentes empobrecendo o solo.

A diferença entre erosão e lixiviação é que na lixiviação há a “lavagem” dos

componentes do solo, uma migração como já foi citado, e na erosão ocorre a

desagregação das partículas do solo, pela ação da água, vento, gelo. É um

processo natural responsável pela alteração do relevo, modelando o mesmo.

Antes da erosão ocorrer, primeiro ocorre o fenômeno da lixiviação.

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3º Atividade

1. Quais são os tipos de minerais secundários presentes nos

solos? Dê um exemplo de cada tipo e subtipo e detalhe-os.

São: argilominerais e oxihidróxidos.

os oxihidroxidos: não apresenta silicatos; são representado por óxidos de ferro,

óxido de aluminio; sendo comuns em solos tropicais. Possui baixa Capacidade

de Troca Catiônica.

os argilominerais são representados por minerais silicatados; relação sílicio e

alumínio; Caulinita – argila 1:1 não expansiva; Esmectita – argila 2:1 expansiva;

Vermiculita – argila 2:1 decomposição de mica. Possui alta Capacidade de

Troca Catiônica

2. Diferencie as argilas expansivas das não expansivas e

explique o processo de expansão e retração.

As argilas expansivas são aquelas quando molhadas incorporam água a

suas moléculas cristalinas, ocorrendo a expansão, o aumento do volume da

argila, as não expansivas são justamente o processo inverso, ou seja, neste

caso elas perdem água das suas moléculas no processo de secagem,

havendo um redução de seu volume, portanto retração. De modo geral

podem-se classificar as argilas expansivas de molhadas e as não

expansivas de secas.

3. Quais são os horizontes solos e suas características?

Os solos evoluídos possuem várias camadas sobrepostas, pela ação do

intemperismo químico, físico e biológico, essas camadas diferenciam-se entre

si através da cor, textura, e teor de argilas. O horizonte do solo divide-se em:

horizonte O, horizonte A, horizonte B, horizonte C, horizonte E e horizonte R.

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Horizonte O: é caracterizado é presença de matéria orgânica em vários

estágios de decomposição, é portanto, a camada superior do solo. Apresenta

uma grande quantidade de folhas em decomposição e quase nada em

minerais.

Horizonte A: é camada mineral superficial próxima ao horizonte O. Nela ocorre

grande atividade biológica justificando a cor escura. Existe diferentes tipos de

horizontes A, pois depende do seu ambiente de formação. Esta camada

apresenta mais matéria orgânica que os horizontes que se encontram por baixo

dela.

Horizonte B: são camadas minerais podendo apresentar concentrações de

argila, ferro ou alumínio. Apresenta pouca quantidade de matéria orgânica.

Horizonte E: é uma camada composta em sua maior parte por silicatos, o que

lhe garante uma tonalidade pálida. Quando ocorrem entre os horizontes A e B

se apresentam em solos mais velhos.

Horizonte C: tem essa denominação porque se apresenta após o horizonte A e

de B dentro do mesmo perfil. É pouco intemperizado podendo apresentar

fragmentos das rochas matrizes.

Horizonte R: se encontra na base do perfil do solo. Compreende a massa

contínua da rocha matriz, ou seja, compreende a primeira fase do

intemperismo.

4. Qual é a textura de um solo que apresente as seguintes

porcentagens para areia, silte e argila, 60%-25%-15%

respectivamente? E de um solo com porcentagens de 30%-50%-

20%?

Apresenta um solo arenoso, pelo alto teor de areia. Os segundos dados

pode-se classificar como um solo siltoso, pois apresenta um alto teor de

silte.

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5. Escolha uma carta de solos na escala de 1:100.000 do Estado

de Pernambuco, elaboradas pela EMBRAPA. A partir dessa carta

identifique quais são as classes de solo existentes, e faça a

correlação da nomenclatura antiga, utilizada nesses mapeamentos,

com a nomenclatura atual. Por ultimo tente enquadrar essas

classes no sistema de classificação U.S.SoilTaxonomy.

Nomenclatura usada no mapa Nomenclatura Atual

Latossolo Amarelo Latossolos Amarelos

Podzólico Amarelo Argissolos Amarelos

Podzólico Vermelho Argissolos Vermelhos

Terra Roxa Nitossolos

Podzol Espodossolos

Bruno Não Cálcico Luvissolos

Planossolo Planossolos

Solos de Mangue

Vertissolo Vertissolos

Gleissolo Gleissolos

Solos Aluviais Neossolos Flúvicos

Regossolo Neossolos Regolíticos

Areias Quartzosas

Solos Litólicos Neossolos Litólicos

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6. Escolha duas classes de solo diferentes, que apareçam na

carta escolhida na questão anterior, e as detalhe. Colocando todas

as características dessas classes, bem como explicando cada uma

das características.

Latossolo Amarelo: é caracteriza-se por ser típico de áreas de vegetação de

florestas e de campo cerrado é predominante geograficamente aqui no

Brasil em relação aos outros tipos de solo, pode-se atribuir ao fato de

ocorrer em grande extensão na Amazônia. Nesses solos o horizonte B

apresenta um avançado estágio de intemperização; argila de baixa

atividade; baixa capacidade catiônica (CTC); cores vivas; boa agregação;

estrutura comumente granular. São solos profundos, ácidos, porosos e

permeáveis, com a textura variando da média a muito argilosa. Os

latossolos de um modo geral diferem na cor, na atração magnética, no teor

de ferro e nos valores de Ki.

Solos Aluviais: são aqueles encontrados nas margens dos rios, lagos,

terraços e deltas, são poucos evoluídos formado em depósitos aluviais

recentes, de cor amarelada ou acinzentada com textura argilosa, silto

argilosa ou média, são solos com potencialidade agrícola devido a sua

ocupação na paisagem.

Page 16: Pedologia-PDF

4º Atividade

1. Explique toda a dinâmica do ciclo hidrológico em ambiente com

vegetação densa.

De uma forma geral a vegetação densa impede que a água da chuva entre em

contado diretamente com o solo, pois ela fica retida nas arvores, o solo não

sofre tanto impacto. Usando como exemplo a Amazônia, ela tem condições

especiais, pela alta temperatura e pelo alto índice pluviométrico, devido sua

localização na zona equatorial em que o Sol incide diretamente, e são

justamente essas condições que matem a floresta viva, pois o ciclo do carbono

ocorre aceleradamente.

2. Explique todos os processos de erosão hídrica.

Efeito Splash: é tido como a fase inicial do processo erosivo das chuvas, pois

prepara as partículas que compõe o solo, para serem levadas pelo escoamento

superficial. É a erosão causada pelo impacto da chuva.

Erosão laminar: é o escoamento superficial não canalizado, ou seja, as águas

escoam de forma dispersa

Erosão linear: é o escoamento concentrado, nesse caso a água escoa

justamente pelas irregularidades do terreno formando filetes, essa erosão

provoca diversos danos ao solo podendo atingir o lençol freático formando a

voçoroca.

Movimento de massa: É material desagregado da rocha devido ao

intemperismo da rocha matriz, sofre ação da gravidade

3. Utilizando a mesma carta que foi escolhida no exercício

anterior, identifique características nos mesmos que indiquem

susceptibilidade para erosão/degradação.

Page 17: Pedologia-PDF

Solos encontrados no mapa Características de susceptibilidade

para erosão

Latossolo Amarelo São solos resistentes a erosão

devido a boa permeabilidade e

drenalidade e pouca diferenciação

no teor de argila do horizonte A

para B.

Podzólico Amarelo

Podzólico Vermelho

Apesar das suas características de

agregação e boa estruturação, os

processos erosivos são

intensificados devidos as

descontinuidades texturais e

estruturais ao longo do perfil

Terra Roxa Esse solo apresenta uma boa

permeabilidade o que o torna

menos susceptível a erosão, mas

em casos de má drenagem e

terrenos com declividade aumenta

a susceptibilidade desse solo.

Podzol

Bruno Não Cálcico Esse solo é característico de

regiões com longos períodos de

estiagem como o Sertão

Nordestino, mesmo assim

apresenta alta susceptibilidade á

erosão, em função da coesão e

consistência dura do horizonte A e

do forte gradiente textural entre os

horizontes A e B.

Planossolo Apresenta uma alta

Page 18: Pedologia-PDF

susceptibilidade a erosão, pois os

horizonte B repousa sob o

horizonte A ou E álbico, que são

extremamente lavado e arenoso, e

essa transição abrupta entre os

horizontes, em função dos

contrastes texturais e estruturais,

justificam sua vulnerabilidade a

erosão.

Solos de Mangue

Vertissolo Devido a baixa porosidade do

horizonte C vértico, apresenta a

drenabilidade ao longo do perfil

varia de moderada a imperfeita e

lenta permeabilidade, isso justiça a

alta erodibilidade desse solo.

Gleissolo Este solo é situado em áreas

planas, não favorecem o

escoamento superficial e não

apresenta limitações revelantes.

Solos Aluviais Esses solos de modo geral não

apresentam grandes riscos à

erosão devido a sua ocorrência em

áreas planas.

Regossolo Os regossolos que apresentam

textura arensosa são os mais

susceptíveis à erosão,

principalmente quando ocorrem em

terrenos declivoso. O predomínio

da fração grosseira no solo,

permite a infiltração rápida da

Page 19: Pedologia-PDF

água, ocorrendo a saturação do

perfil e conseqüente escoamento

do fluxo de água em superfície e

em subsuperfície.

Areias Quartzosas Quando esse solo se encontram

sem a cobertura vegetal, o que

agrava a situação de escassez de

materiais agregadores como a

argila e a matéria orgânica, o que

deixa o solo exposto também a

erosão eólica.

Solos Litólicos É característica desse solo uma

pequena espessura , com isso o

fluxo de água em seu interior é

interrompido, facilitando os

escoamento superficial, gerado

pela rápida saturação do solo,

devido a essa situação ocorre

processos erosivos como

deslizamentos, se agravando nas

encostas íngremes sem a

cobertura vegetal.

4. Identifique quais são as potencialidades e limitações desses

solos. E quais tipos de uso e manejo devem ser adotados.

Page 20: Pedologia-PDF

Solos encontrados no mapa Potencialidades e limitações

Latossolo Amarelo Naturalmente apresentam

fertilidade de baixa a muito baixa,

são solos pobres quimicamente,

portanto, necessitam de adubação

e correção da acidez, para corrigir a

deficiência hídrica no qual esse solo

é predominante, é preciso de

irrigação, mas na Zona da Mata as

restrições climáticas são pequenas.

Na Zona da Mata, cuja região é

quente e úmida tem potencial para

cultura de cana-de-açúcar e

fruticultura em geral.

Podzólico Amarelo

Podzólico Vermelho

São solos de muito baixa a média

fertilidade natural. O potencial

desse solo no estado dizem

respeito a áreas de relevo plano ou

plano suave ondulado,

independentemente do clima.

Terra Roxa São solos de média potencialidade

agrícola, apresentam excelentes

condições físicas, porém com

restrições a baixa fertilidade natural.

Podzol A limitação desse solo em relação

aos aspectos agronômicos, dado a

textura arenoquatzosa, baixa

fixação nutrientes, lixiviação,

elevada permeabilidade,

ressecamento rápido, além dessas

limitações, quando hidromórficos,

Page 21: Pedologia-PDF

apresentam problemas de

drenagem especialmente no

período chuvoso. Com todas essas

limitações ele praticamente não é

us usado para agricultura e não tem

aptidão para cultura da cana-de-

açúcar, na maioria das vezes há

uma conservação da cobertura

vegetal.

Bruno Não Cálcico São solos com ótimas condições

químicas e mineralógicas, revela

uma elevada fertilidade e alta

produtividade, porém apresentam

restrições nas suas propriedades

físicas com horizontes poucos

profundos.

Planossolo

Solos de Mangue Sua limitação agrícola se concentra

no alto teor de sais, ao excesso de

umidades e ao caráter tiomórfico.

Sua potencialidade é devido a sua

relevância para a preservação da

fauna e a flora, devido a alta

atividade biológica, várias espécies

se reproduzem nesses ambientes

como alguns crustáceos.

Vertissolo Este solo apresenta boa fertilidade

natural, o que resulta o médio á alto

potencial agrícola. Sua limitação

estar na sua natureza física, muito

duros quando secos e muito

Page 22: Pedologia-PDF

pegajosos quanto molhado o que

resulta numa deficiência de

drenagem o que leva a ter

problemas de sodicidade ou

sanilidade, déficit hídrico no

contexto semi-árido.

Gleissolo Os gleissolos apresentam

limitações agrícolas, devido a forte

presença de lençol freático e riscos

de inundações ou alagamentos.

Com fertilidade natural baixa a

média, sem problemas com erosão,

mas com limitações a máquinas

agrícolas, em condições naturais,

devido ao excesso de água.

Solos Aluviais É um solo que apresenta

heterogeneidade de propriedades

físicas e químicas, podendo ser de

alto, médio e baixo potencial

agrícola e suas limitações se

concentram nos riscos de

inundação; níveis elevados de

salinidade e riscos de salinização.

Regossolo São solos fortes a moderadamente

ácidos, com teores de cálcio e

magnésio considerados médios e

baixos teores de fósforo

assimilável. O solo tem a seu favor

o relevo suave ondulado e plano e

a facilidade de serem trabalhados,

o que supri a sua baixa fertilidade

natural e da baixa retenção de

Page 23: Pedologia-PDF

água.

Areias Quartzosas São solos profundos e permeáveis,

mas como limitações na fertilidade

natural, pois esse nesse solo é

baixa e a textura muito arenosa.

Solos Litólicos São solos rasos, apresentam

limitações de uso em função do

relevo movimentado,

pedregosidade, rochosidade, riscos

de erosão. Portanto, são solos de

baixo de potencial agrícola.