PEEJA REVISADO

43
PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - PEEJA - IRARÁ- BA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 1

Transcript of PEEJA REVISADO

Page 1: PEEJA REVISADO

PLANO ESTRATÉGICO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

- PEEJA -

IRARÁ- BA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2010

1

Page 2: PEEJA REVISADO

Sumário

Apresentação

1-Perfil do municipio -Localização geoespacial do municipio e condiçoes de acesso. -Caracteristicas demograficas. -Organização e ação sócio-política 2-Diagnóstico da realidade educacional -Caracteristica do atendimento por modalidade de ensino -Oferta por nivel e modalidade de ensino. -Docente por nivel ensino. -Legislação, normatização atual, estadual e municipal em relação a Educação de Jovens e Adultos. -Turmas da EJA ( média de alunos).

3-Condições e Estratégias de Oferta da Educação de Jovens e Adultos no Municipio -Objetivo geral. -Problemas -Metas -Objetivo especifico 4-Plano de Ações (Ações, recursos e cronograma de execução).5-Monitoramento e avaliação.6- Anexo

2

Page 3: PEEJA REVISADO

APRESENTAÇÃO

O município de Irará fazia parte da Capitania de Todos os santos, na sesmaria de Garcia D’ Àvila. Tno como primeiros habitantes os Índios Paiaiás as terras foram exploradas pelos padres Jesuítas que chegaram pelo norte, municipio de Água Fria. Duas correntes favoreceram o desbravamento dessa região, uma na direção Oeste, pela serra de Irará (na busca de ouro e pedras preciosas) e outra a leste, na caça ao gentio. Essas bandeiras deixaram uma igreja na Vila de Bento Simões e um templo no arraial da Caroba.Em meados de 1717 se registram as primeiras explorações das terras no centro do atual município, onde Antonio Homem Fonseca Correia edificou uma capela sob o orago de do pai. Ao lade do templo, foi erguida uma casa da fazenda, dando inicio ao povoado de Purificação dos Campos. Em meados 27 de maio de 1842, pela lei Provincial 173, foi criado a Vila da Purificação dos Campos. Em 8 de agosto de 1895 a Vila da purificação foi elevada a categoria de cidade com o nome de Irará pela lei Estadual n°. 100. Onome Irará tem origem indígena e sginifica “nascida da luz do dia”.Ao longo dos anos tems observado que variáveis educacionais, como a cultura da repetência somada a variáveis não educacionais, tais como exclusão, econômica e cultural além de desajustes familiares, são, entre outros, os responsáveis pela incidência das elevadas taxas de distorção idade/série no nosso município. Como alternativa para a correção dessa distorção, vários jovens matriculam-se na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Esse fato acaba por desembocar num outro problema: a descaracterização dessa modalidade de ensino. Diante disso, acreditamos que se faz necessário desenvolver ações que visem a melhoria da qualidade de ensino, a partir da perspectiva da aprendizagem , promovendo práticas pedagógicas que garantam a progressão escolar a partir de uma etsrutura didática que oportunize a recuperação de estudos no ensino fundamental em idade própria, possibilitando-lhes avanços reais e gradativos.Nessa perpectiva, a oferta de educação para jovens e adultos não pode perder de vista que a maioria dos que procurram a escola para darem continuidade ao que foi interrompido no passado pelos mais variados motivos é oriunda das classes populares, trabalhadores empregados ou não, que ao longo de sua tragetória de vida foram construindo saberes com os quais chegam novamente à escola. Quase sempre voltam à escola por acreditarem que ela é capaz de permitir a ascensão social ou sócio-econômica que alejam, estes educandos trazem uma auto-estima abalada pela internalização de fracassos anteriores em experiências co a própria escola. Entretanto é nela que confiam a realização de seus sonhos, pis é a escola a responsável pela socialização dos conhecimentos científicos produzidos pela humanidade ao longo do tempo. Então, cabe à escoal criar possibilidades para entender aos anseios deste público.Diante dissso a gestão da educação do município de Irará é feita com importante participção, dos colegiados da Educação, em especial o Conselho Municipal de Educação, pelo seu caráter deliberativo, na busca-se de uma postura democrática e participativa. Foi nesse contexto que recentemente, elaboramos o PAR (Plano de Ações articuladas) juntamente com o Ministério da Educação com vistas a intensificar nossa atuação nas áreas identificadas como críticas. Além disso, através da adesão ao Programa Brasil Alfabetizado esperamos minimizar o alto

3

Page 4: PEEJA REVISADO

índice de jovens e adultos analfabetos, o que, aliás, é um dos grandes desafios desafios para a educação brasileira.Isso promoverá o fortalecimento da educação de Jovens e Adultos – EJA no município, visando o fortalecimento do nosso compromisso frente a Educaçãode Qualidade e o redimensionamento da mesma para implementação em comunidades ainda não atendidas, contribuindo assim, intensamente para o desenvolvimento integral dos jovens, e adultos tornando-os capazes de xercer a cidadania e posicionar-se na sociedade de forma reflexiva.

4

Page 5: PEEJA REVISADO

PERFIL DO MUNICÍPIO

1. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE IRARÁ

Localização geoespacial do município e condições de acesso ao município.

O município de Irará está situado geograficamente numa faixa de transição

entre o agreste e o sertão, com uma área total correspondente a 239.659 Km2 e

população de 25. 012 habitantes, de acordo com o último censo demográfico de

2007. Considerando sua regionalização, pertencem a microrregião de Feira de

Santana e a mesorregião do Norte Baiano.

Seu clima é tropical variando de úmido a subúmido, com períodos curtos de

seca. A vegetação predominante é tabuleiro e caatinga com um resquício de mata

Atlântica. A atividade econômica é a agricultura, tendo a mandioca como principal

produto. Embora o município se caracterize por uma economia eminentemente

agrícola, o setor de serviços nas suas modalidades (marcenaria, serralheria,

garçom, entre outros) o serviço comercial e o micro empresarial têm se mostrado

como uma tendência razoável de crescimento e consequente necessidade de mão-

de-obra qualificada.

Distancia-se da capital (Salvador) cerca de 128 km, Feira de Santana 46 km e

de Alagoinhas 48 km .Possui um índice de 74,1 % de pessoas alfabetizadas e seu

IDH é 0,647.

O município possui uma rede composta de 40 escolas, sendo que nove delas

estão localizadas na sede e as demais distribuídas pela zona rural.Oferecendo

matrícula total de 7705 alunos. Sendo 935 na Educação Infantil; Ensino

Fundamental 5265 (1º a 8ª série): 1.437 na EJA e 45 na Educação Especial e 23

no atendimento educacional especial.

5

Page 6: PEEJA REVISADO

Características da população do município segundo dados estatístico e

informacionais.

Situação de Domicílio Faixa Etária Ano

Total (Pessoas)

Homens (Pessoas)

Mulheres (Pessoas)

Rural 00 a 04 anos 2008 925 483 442Rural 05 a 09 anos 1163 595 568Rural 10 a 14 anos 1519 759 760Rural 15 a 19 anos 1539 789 750Rural 20 a 39anos 4001 2.126 1875Rural 40 a 49 anos 1277 629 648Rural 50 a 59 anos 975 443 532Rural 60 anos ou + 1712 774 938Urbana 00 a 04 anos 2008 908 482 426Urbana 05 a 09 anos 1201 621 584Urbana 10 a 14 anos 1490 738 752Urbana 15 a 19 anos 1454 717 737Urbana 20 a 39 anos 4613 2202 2411Urbana 40 a 49 anos 1437 643 794Urbana 50 a 59 anos 1043 433 600Urbana 60 anos ou + 1603 634 964TOTAL 26864 13078 13786

Fonte: SIAB, 2008

Atendimento do Programa Bolsa Família.O município de Irará registra 5.579 famílias cadastradas no Programa Bolsa Família do

Governo Federal. Destas, 4.275 recebem, efetivamente recursos do referido programa,

segundo dados do (a) PNAD, 2010.

Informações Étnicas do municípioSegundo o censo do IBGE(2007) a Bahia é o quarto estado mais populoso do Brasil com

aproximadamente 14 milhões de habitantes. Esse total é composto por várias etnias que são

respectivamente 62,9% de pardos, 20,9% de brancos, 15,7% de pretos e 0,6% de amarelos

ou indígenas.

A Bahia destaca-se culturalmente por abrigar maior concentração afro-brasileira, pois a

maioria da população é de origem africana e há um elevado número de mulatos. Assim, a

população iraraense é formada pela junção desses três troncos raciais: indígenas, oriunda

das tribos Paiaiás; branca, formada pelos fazendeiros que se apropriaram das sesmarias e

negros remascentes de quilombos. Segundo o IBGE 2000 , o município de Irará tem a

seguinte formação étnica:

Pardos – 17.19Amarelos/Indígenas – 20/11Sem Declaração- 167

6

Page 7: PEEJA REVISADO

Característica do atendimento educacional no município

Atendimento por modalidade de ensino/nível educacional.

MODALIDADE Nível de Ensino

Quantidade de Matrícula (Und)RURAL URBANA

Educação de Jovens e Adultos Segmento I (1ªa 4ª Série) 352 181Educação de Jovens e Adultos Segmento II (5ª a 8ª Série) 345 559

Educação Infantil  Pré-escola e Creche 526 409

Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 1º a 5° Ano 1995 878Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série 1356 1036Educação Especial Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano -------- 45Atendimento a Ed. Especial Ens. Fund.1º a 5º Ano e 5ª a 8ª Série 23TOTAL 4574 3131

Fonte: Secretaria Municipal de Educação/2010. EDUCACENSO 2010

Educação Remanescente de Quilombo atende 9 escolas do ensino fundamental de 1º ao 5º ano 5ª a 8ª série e EJA na zona rural.

Educação Especial Inclusiva (5ª a 8ª série) no Escola Municipal São Judas Tadeu.

Turnos de oferta da escolarização estão assim configurados.

MODALIDADE Nível de EnsinoTurnos de Oferta

Manhã Tarde NoiteEducação de Jovens e Adultos Segmento I (1ª a 4ª Série) XEducação de Jovens e Adultos Segmento II (5ª a 8ª Série) X X

 Educação Infantil   Pré-escola e Creche X X   Ensino Fundamental Ensino Fundamental de 1º ao 5º Ano X XEnsino Fundamental Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série X X X   

Fonte: Secretaria Municipal de Educação.

7

Page 8: PEEJA REVISADO

Docentes por nível de ensino no município.

MODALIDADE NIVEL DE ENSINO NÚMERO DE DOCENTES

CONTRATAÇÃO

EFETIVO CONTRATO

Educação Infantil Pré e Creche 3812 26

Ensino Fundamental I 1º ao 5º Ano 124 76 48

Ensino Fundamental II 5ª a 8ª Série 89 46 43

Educação de Jovens e Adultos I Seg I (1ª a 4ª Série) 20 03 17

Educação de Jovens e Adultos I Seg II (5ª a 8ª Série) 54 27 27Fonte: Secretaria Municipal de Educação/ ano: 2010

Formação dos Docentes Efetivos no Município

FORMAÇÃO ACADÊMICA NUMERO DE PROFESSORES

2ª Grau Completo 46Graduando 11Graduando 149

Pós-Graduado 43Mestrado 03

Total 251Fonte: Secretaria Municipal de Educação/ ano: 2010

BASES LEGAIS

Constitui-se base legal desse documento a Constituição Federal que em seu

artigo 205 determina como princípio que “toda e qualquer educação visa o pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho” além de estabelecer no artigo 211 a competência de

cada instância governamental bem como o regime de colaboração que deve existir

entre os sistemas a fim de assegurar a universalização do ensino obrigatório.

Corroborando o estabelecido no texto constitucional, a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional – 9394/96 estabelece no Titulo III do Direito a

Educação e do Dever de Educar, artigo 4°, inciso VII:

1

Page 9: PEEJA REVISADO

“oferta de educação escolar regular para jovens para jovens e adultos, com

características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades,

garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência

na escola.”

Na seção V – Da Educação de Jovens e Adultos, artigo 37 estabelece:

“A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram

acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio em idade

própria.”

Além dos textos acima, constitui-se também base legal do presente

documento:

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos.

Parecer CNE/CEB nº 11/2000

Resolução CEE 138/2001 – Estabelece diretrizes para Educação

Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

Lei Federal nº 10.639 – Educação Anti-Racista.

PRINCIPÍOS E DIRETRIZES POLITICO-PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

A Secretaria Municipal de Educação de Irará através desta Proposta Curricular

para a Educação de Jovens e Adultos – EJA estabelece os princípios e diretrizes

para essa modalidade educativa, os quais trazem embutidos no seu bojo a

concepção de homem, sociedade e mundo que se almeja.

Adotamos como princípio maior e fundante para as ações na EJA o direito ao

ensino fundamental para todos, independente de idade, uma vez que este é

direito público subjetivo auto aplicável, de relevância capital que prescinde de

maiores explicações.

Entretanto, outros princípios se articulam com esse de forma a constituírem um

todo coeso capaz de nortear as ações nas diferentes áreas do conhecimento. Eles

2

Page 10: PEEJA REVISADO

garantem a unidade de concepção da EJA, alem de conferirem ampla liberdade

para se fazer opções, tomar decisões, escolher alternativas metodológicas e

garantir o pluralismo e a diversidade de resposta às necessidades dos sujeitos da

educação de jovens e adultos. São eles:

Pluralismo e diversidade

A sociedade tem cada vez mais se firmado como plural e diversificada,

abrigando em seu seio as mais variadas formas de pensar, viver e atuar no mundo

no âmbito sócio-cultural, étnico racial, etária, afetivo social e de gênero. Presente

na escola, essa diversidade de pensamentos e ações, exigem de todos os

envolvidos com a educação dos jovens e adultos, liberdade para criar alternativas

que respondam competentemente as exigências dos grupos populacionais/etários

a que atendem. Com base nesse pluralismo e diversidade as propostas de EJA

devem contemplar a produção de saberes que perpassarão a oferta educativa

apresentada a esses sujeitos de forma a possibilitar cada vez mais a aproximação

de suas necessidades, expectativas e saberes cotidianos.

Trabalho

Como atividade que está na gênese da civilização, quando o homem deixa a

vida nômade de coletor, o trabalho vem sofrendo mudanças ao longo do tempo e

exatamente por isso tem exigido da humanidade capacidade de adaptação para

acompanhar essas transformações muitas vezes vertiginosas. Entretanto, embora

mude o trabalho existirá enquanto existirmos e através dele o ser humano não só

transforma a natureza, mas é transformado por ele, num processo constante de

reconstrução da vida humana.

Além de transformador da natureza e do homem, o trabalho também e

produtor de cultura, pois ao produzir seu sustento o ser humano também produz

arte, ciência, tecnologia, economia, história, numa relação dialética entre o saber e

o fazer, o transformar e ser transformado num movimento constante de elaboração

e reelaboração da vida. Nesse contexto a educação se insere como elemento de

diálogo tanto intra quanto inter gerações e garante que homens e mulheres

compartilhem seus conhecimentos uns com os outros resgatando, ressignificando

e revelando valores humanos.

Crença na Capacidade de Transformação do Homem

3

Page 11: PEEJA REVISADO

A história da humanidade tem demonstrado ao longo do tempo que o ser

humano é ser que transforma e é transformado. Portanto a ação do homem e da

mulher como construtores de história os coloca na condição de quem está em

constante mudança. Sedo assim o mundo é construído e reconstruído pelos

humanos permanentemente, logo ele não está pronto, acabado, portanto não é

está sendo. Nessa perspectiva convém refletirmos sobre as palavras do professor

Paulo Freire “O homem não é apenas objeto da história, mas seu sujeito de

ocorrência cujo papel neste mundo não é apenas de constatar o que ocorre, mas

também o que intervém.”

Ação Coletiva

A ação coletiva quando desenvolvida na escola ajuda não apenas a

repensá-la junto com todos que a compõem como também serve para solidificar as

decisões tomadas, uma vez que essas são fruto de uma ação colegiada e por isso

mesmo traz em seu bojo compromisso e responsabilidade de todos os envolvidos

no processo.

Por ser colegiada a ação coletiva estabelece uma articulação entre o

individual e o coletivo além de valorizar e potencializar diferentes formas de pensar

dando mais transparência ao processo que levará a tomada de decisão. Na prática

educativa agir coletivamente é imprescindível para fortalecer e legitimar o fazer

pedagógico de todos.

DIRETRIZES DO CURSO

Continuidade de estudos

Assim como o acesso e permanências, a possibilidade de continuidade de

estudos para os estudantes da EJA é um compromisso que se impõe a todas as

envolvidas com essa modalidade de educação, considerando-se que muitas vezes

o atendimento aos estudantes em diferentes localidades exige alternativas que as

estruturas formais nem sempre dispõem. A possibilidade de continuidade de

estudos relaciona-se tanto com a coerência da proposta pedagógica quanto com a

inserção dos estudantes no sistema de forma que esses possam manter uma

regularidade em sua vida escolar.

4

Page 12: PEEJA REVISADO

Inserção Orgânica no Sistema

Os estudantes matriculados regularmente na EJA fazem parte do Sistema

Municipal de Ensino ainda que as classes em que estudam funcionem em lugares

não convencionais como igrejas, sindicatos, associações, sede de fazendas e

outros não citados. Entretanto, deverão estar vinculados a uma escola que

garantirá a certificação de todos mantendo a regularidade do atendimento e o

cumprimento da oferta do direito além de auxiliar no processo de auto-estima do

estudante reconhecidamente inserido no sistema como sujeito de direito.

Circulação de estudos

Sendo a EJA uma modalidade de educação oferecida pelo Sistema

Municipal, está assegurada aos estudantes a circulação de estudos entre todos os

projetos e programas da rede pública, o que significa dizer que a todos é dado o

direito de circular, tanto passando da modalidade EJA para o de oferta regular,

quanto o contrário. É importante salientar que como modalidade a educação de

jovens e adultos é um modo de organizar e adequar o currículo, segundo

características desses sujeitos garantindo-lhes o acesso ao conhecimento de forma

a assegurar-lhes as condições necessárias para agirem conscientemente na

sociedade, sem, contudo, negar-lhes o direito de, a qualquer tempo, optarem por

outra modalidade de atendimento, sem prejuízo da que seguiram até então.

Coerência pedagógica

Princípio que demonstra a preocupação que se tem quanto à coerência

interna do projeto segundo princípios e fundamentos claramente definidos, quanto

pelo fato de, ao propor o projeto, faze-lo de acordo com o que se propõe para os

estudantes. Nesse sentido, todos os envolvidos no processo, professores, diretores

escolares ou de departamentos participam como sujeitos do repensar pedagógico

para que as práticas educativas estejam em consonância com os anseios dos

educandos e as exigências do mundo contemporâneo para a inserção social.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A proposta pedagógica que ora estamos construindo pretende atender aos

anseios dos professores que atuam com esse seguimento de ensino e é fruto das

discussões feitas nos encontros quinzenais desses profissionais nos quais vieram

à tona as concepções sobre EJA, além das trocas de experiências que sempre

5

Page 13: PEEJA REVISADO

acontecem em reuniões dessa natureza, o que confere ao documento a

característica de construção coletiva.

O que se pretende para educação de jovens e adultos em Irará passa

necessariamente pela construção e reconstrução dos processos e das práticas

educativas, ancorados na concepção construtiva do conhecimento e no princípio

de que os seres humanos se educam num processo de interação com outros seres

humanos e com o meio que nesse contexto de aprendizagem têm papeis bem

demarcados (educador e educando).

Para garantir que o processo educativo dos jovens e adultos atendidos pelo

Sistema Municipal de Ensino tenha a qualidade esperada por todos os envolvidos

faz-se necessário eleger alguns marcos referenciais necessários para nortear uma

práxis educacional emancipatória, além de servir para clarificar as aprendizagens

pretendidas. São eles:

Respeito à identidade cultural dos sujeitos

Ao contrário da homogeneização de conhecimentos que se preconiza na

concepção tradicional, a educação emancipatória tem como um dos seus

pressupostos fundamentais a heterogeneidade de culturas e sujeitos com os quais

ela deverá lidar. Nessa perspectiva a diferença se constitui como um elemento

tanto de tolerância quanto de problematização e por esse motivo uma rica fonte de

construção de conhecimento uma vez que conceitos como gênero, etnia, geração,

origem socioeconômica entre outros podem servir como ponto de partida para o

trabalho educacional.

Construção e produção de conhecimentos significativos que

possibilitem aos sujeitos envolvidos a compreensão e

transformação da realidade.

O desafio que aqui se impõe está diretamente ligado necessária sensibilidade para

escolha de conteúdos e metodologias que ajudem o estudante a aprender tendo

como referencia a educação emancipatória que preconiza a construção coletiva

envolvendo, portanto todos os sujeitos do processo visando o seu enriquecimento

pedagógico-cultural. Assim professores, professoras e escolas devem propiciar o

ambiente e a mediação necessários a essa construção.

6

Page 14: PEEJA REVISADO

Democratização das relações entre comunidade e escola, sendo

esse o espaço privilegiado de valorização e recriação da cultura

popular.

Como instituição social inserida num contexto de vida real a escola é um locus

privilegiado para construir e divulgar conhecimentos, embora atualmente estes não

dêm conta do que o mundo vem nos cobrando para que possamos viver

plenamente o cotidiano num processo constante de valorização e recriação da

cultura popular e construção das ferramentas intelectuais necessárias na relação

dos sujeitos com o mundo. Dessa forma a democratização das relações entre

escola e comunidade devem ser um dos pressupostos básicos para a

concretização da educação, que pretende contribuir para a inserção do jovem e do

adulto nessa sociedade cada vez mais globalizada e competitiva de forma que

venha a compreendê-la e transforma-la. É a interação e o pacto da escola com a

comunidade e da comunidade com a escola que pode produzir um outro ambiente

de formação, uma verdadeira comunidade de aprendizagem, onde se pode

vivenciar efetivamente a cidadania.

Aquisição e sistematização de conhecimentos tomando como

referencial o contexto das vidas dos sujeitos na sua relação com

“seus mundos” e o mundo.

Toda educação tem seus referenciais, como tudo na vida do ser humano, sujeito

real da história. Reconhece-los e problematizá-los é fundamental para que se

possa produzir a capacidade de interrogação e renovação de si mesmo, da

sociedade e da história. Saber de onde estamos falando e agindo e de onde nosso

interlocutor fala e age, em uma perspectiva antropológica de conhecimento do

outro e reconhecimento de si mesmo, constitui-se numa das bases com a qual se

deve operar.

Assim, ao realizar a sistematização de conhecimentos a escola deve tomar como

referencial o contexto das vidas dos sujeitos, deve partir das vivências concretas

que apresentam, esforçando-se para elucida-las e transforma-las, pois o que está

em questão é a renovação dos próprios sujeitos, da sociedade e da história.

7

Page 15: PEEJA REVISADO

Considerando-se que o principal fundamento da função educativa aqui

apresentada é a crença num ser humano integral que pensa e, por isso, é capaz de

agir, sentir, transformar, transcender na direção de múltiplas construções, a práxis

pedagógica deve levar em conta: o contexto do estudante jovem ou adulto; suas

práticas sociais; buscando para tanto clareza de certos contextos/noções

fundamentais, na perspectiva de repensá-los e reconstruí-los no processo de

construção de saberes e conhecimentos, de forma dialética. Assim é preciso ter

clara a compreensão do que vem a ser e de como devem ser considerados na

escola conceitos como:

a) Cotidiano e diversidade sócio-cultural – para Certeau (1994)

“cotidiano é lugar da invenção das práticas cotidianas, estratégias e

táticas”. Na implicação que o dia-a-dia do ser humano tem com a sua

realidade sócio cultural, pode-se fazer uso do que diz Berger (1985)

“cotidiano é a realidade a ser interpretada pelos sujeitos e

subjetivamente dotada de sentido para eles, formando um mundo

relativamente coerente”. Para os educadores de jovens e adultos é tudo

que estes sujeitos têm a dizer a respeito de suas informações e saberes,

formas de se expressar, a partir de suas experiências e expectativas com

relação à vida, na qual se inclui a escola que deve ir ao encontro da

riqueza que o cotidiano dos educandos podem agregar ao processo de

ensino e aprendizagem.

b) Experiências,referencias,trajetórias – “O importante não era estar ali

parado... o importante foi ter vindo, o importante é o caminho que se faz,

a jornada que se andou...” (Saramago 2001). P O pensado o vivido, o

produzido no mundo e sobre o mundo é a referencia para todo o trabalho

educativo, sempre objetivando a busca de novos caminhos, novas

vivências, novas construções. É a incompletude do ser humano que o

mobiliza para o novo. E é essa incompletude a fonte de toda a

curiosidade e de toda a criatividade que os sujeitos colocam em ação no

dia-a-dia, em suas experiências e trajetórias.

c) Criticidade, logicidade e criatividade – É necessário que o processo

educativo considere como ser integral que aprende através de diferentes

linguagens de forma crítica e criativa, sem desconsiderar as referências

que perpassam sua integralidade. Nesse sentido deve-se sempre

8

Page 16: PEEJA REVISADO

considerar o lugar de onde se olha, fala, ouve e age e de onde se é

olhado, falado, ouvido e interpretado. É preciso que a escola, o

professor, a professora possibilitem outros espaços e tempos de

formação, através das diferentes linguagens que estão à disposição do

ser humano e consequentemente de sua formação. Para tanto a escola

deve ir para além das linguagens que comumente usa possibilitando aos

estudantes o contato e o envolvimento com àquelas de difícil acesso.

Dessa forma a escola passa a ser também um espaço de aprendizado e

prazer.

d) Dialética, dialogicidade e interdisciplinaridade – A concepção

educativa em questão leva em conta que a construção do conhecimento

se dá a partir dos diferentes, dos conflitos, problemas, desafios, o que se

torna possível no diálogo e na certeza de que não se hierarquiza

conhecimentos, mas há uma inter-relação implícita: cada conhecimento

contém ou aponta tantos outros, cada sujeito existe em dependência

colaborativa com outros sem os quais fica impossível a construção do

entendimento.

A sala de aula e da escola são espaços privilegiados para o aprendizado e o

exercício do diálogo, seja entre campos do saber, seja entre sujeitos partícipes o

processo de ensino e aprendizagem. É nessa co-existência colaborativa que se

constrói o espaço democrático e a própria cidadania; o diálogo exige tempo-espaço

para falar e para ouvir, para oferecer e para receber a compreensão.

O papel do educador não é propriamente falar ao educando recitando aulas

ou fazendo discursos persuasivos sobre seu modo de interpretar e compreender o

mundo procurando impor-lhes sua visão. Sua função é problematizar a realidade

concreta do educando, problematizando-se ao mesmo tempo. (Vera Barreto,

1998).

Na Educação de Jovens e Adultos para que todos os princípios possam

ganhar vida na proposta curricular deve-se considerar que os saberes em rede não

se segmentam em áreas ou disciplinas, mas se enredam, enlaçam pelos fios do

conhecimento. Dessa forma, nessa proposta fez-se a opção por um modo de

organização didático-metodológica a partir de temáticas através das quais se

desenvolvem os projetos de cursos, são elas: trabalho, cultura, e meio ambiente;

9

Page 17: PEEJA REVISADO

identidades e linguagens; direitos humanos, meio ambiente e cidadania;

democracia, ética e cidadania.

Os temas escolhidos remetem ao sentido final do projeto educativo, ou seja,

a formação da cidadania, com domínio dos instrumentos básicos que facilitam o

interferir e agir criticamente sobre o mundo a leitura, a escrita, o pensamento lógico

e as relações sociais.

Essa forma de conceber o currículo tem sua sustentação na dialogicidade,

uma vez que, para dar-lhe sentido lança-se mão de conhecimentos relativos aos

DIREITOS HUMANOS

MEIO AMBIENTE

E

CIDADANIA

CIDADANIA

ci

CIDADANIA

IDENTIDADES

E

LINGUAGENS

EJA

FORMAÇÃO INTEGRAL

DO SER

TRABALHO

CULTURA

E

MEIO AMBIENTE

DEMOCRADIA

ÉTICA

E

CIDADANIA

10

Page 18: PEEJA REVISADO

diferentes campos do saber, que com eles dialogam, exigindo uma reorganização

dos conhecimentos científicos de cada área, de modo a se conectarem com os

demais e com os produzidos na prática social, pela experiência.

DIRETRIZES METODOLÓGICAS

Esse curso adota a metodologia do ensino com avaliação no processo e sua

dinâmica tanto para o planejamento, como para a avaliação, está pautada numa

prática pedagógica em que o aproveitamento do aluno é dimensionado pelos

objetivos alcançados.

Trabalha com as seguintes diretrizes metodológicas que norteiam a prática

pedagógica:

O ambiente escolar deve conter e considerar a diversidade do mundo

da escrita;

O processo de educando tem que ser respeitado;

A heterogeneidade da classe favorece a aprendizagem;

O erro deve ser considerado elemento natural na construção do

conhecimento;

A educação para o êxito do aluno tem que ser contextualizada;

A prática pedagógica deve ser problematizadora;

A relação educação e trabalho como ferramenta de inserção social, a

partir do sentido de cidadania;

Material didático adequado à realidade do aluno.

Estrutura e Funcionamento do Curso

Curso: Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos

Nível: Educação de Jovens e Adultos

Equivalência: 1ª a 8ª Série

Para atendimento às especificidades da população contemplada pelo projeto, o curso

será desenvolvido em 05 anos de forma presencial e por níveis conforme quadro abaixo:

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

11

Page 19: PEEJA REVISADO

EJA I Equivalência

PBA Alfabetização

Estágio I 1º

Estágio II 2º e 3º

Estágio III 4º

EJA II Equivalência

Estágio IV 5ª e 6ª

Estágio V 7ª e 8ª

Carga Horária do Curso

Carga horária mínima anual – 800 horas

Número de dias letivos – 200

Número de semanas letivas – 40

Número de horas/aula semanais:

Séries iniciais (EJA I) – mínima 20 horas

Séries finais (EJA II) – mínima 20 horas

Número de aulas diárias:

Séries iniciais (EJA I) – 04 (mínimo)

Séries finais (EJA II) – 05 (mínimo)

Carga horária total do curso:

Séries iniciais (EJA I) 2400 horas

Séries finais (EJA II) 1680 horas

Total geral – 4080 horas

RECURSOS

Humanos

Para implantação da Educação de Jovens e Adultos – EJA, o Governo

Municipal através da Secretaria Municipal de Educação Cultura Esporte e Lazer

SEMEC, assegurou a constituição de uma equipe técnico-pedagógica, responsável

pelo segmento nas unidades escolares que oferecem essa modalidade de

12

Page 20: PEEJA REVISADO

educação, contando com professores habilitados e capacitados nas disciplinas que

compõem as diferentes áreas do conhecimento.

A SEMEC numa ação coletiva e em consenso com os coordenadores

pedagógicos, gestores das unidades escolares e professores definiram que a

formação continuada dar-se-á ao longo do ano letivo, através das seguintes

estratégias: cursos, seminários, formação em serviço nos encontros de

coordenação, além de acompanhamento técnico-pedagógico, de forma

sistemática, pela equipe da Secretaria de Educação.

Financeiro

A implantação da EJA no município deu-se pelo reconhecimento do direito

público subjetivo, estando, portanto assegurado no orçamento municipal a

alocação de recursos financeiros para que a Secretaria de Educação possa

desenvolver as ações pertinentes ao bom desenvolvimento dessa modalidade de

ensino.

O Governo Federal através do MEC/FNDE, também definiu financiamento

para a EJA através do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e Valorização do Magistério – FUNDEB.

Materiais

Didático

Além dos recursos didáticos assegurados pelo MEC, a Secretaria de

Educação garante a existência do material didático pedagógico para professores e

alunos, condizentes com as reais necessidades da demanda.

Consumo

A maioria das unidades escolares que oferecem a modalidade EJA

encontram-se devidamente equipadas com material permanente e de consumo,

visando o bom desenvolvimento das ações que permeiam essa modalidade de

ensino.

13

Page 21: PEEJA REVISADO

AVALIAÇÃO

No âmbito escolar, a avaliação deve ser tomada como alternativa para o

melhoramento do processo de ensino-aprendizagem devendo, portanto, se dar de

forma integrada e processual.

. Dessa forma o processo de avaliação deve:

Estar imerso numa pedagogia de inclusão multicultural que vislumbre a escola

como formadora de sujeitos articulados a um projeto de emancipação humana.

Basear-se na heterogeneidade do ser e da vida cotidiana, na natureza coletiva,

compartilhando o solidário do conhecimento.

Opor-se à pedagogia das respostas certas considerando a polissemia do real,

que aponta as possibilidades do ensinar e do aprender.

Diferente da prática tradicional a avaliação aqui concebida constituí-se num

valioso instrumento para o acompanhamento de todo o processo educacional além de

ser elemento decisivo no planejamento pedagógico. Assim a avaliação deve ser:

Diagnóstica: na medida em que caracteriza o desenvolvimento do aluno no processo

de ensino-aprendizagem, visando avanços e dificuldades, realizando ajustes, tomando

decisões necessárias às estratégias de ensino e ao desempenho dos sujeitos do

processo.

Processual: quando reconhece que a aprendizagem acontece em diferentes tempos,

através de processos singulares, complexos e particulares de cada sujeito e que tem

ritmos próprios e lógicas diversas, em função de experiências anteriores mediadas por

necessidades múltiplas e por vivências individuais que integram e compõem o

repertório a partir do qual realiza novas aprendizagens e ressignifica os antigos.

Formativa: na medida em que o educando tem consciência da atividade que

desenvolve, dos objetivos da aprendizagem, podendo participar na regulação da

atividade de forma consciente, segundo estratégias metacognitivas que precisam ser

compreendidas pelos professores.

Somativa: expressa o resultado referente ao desempenho do aluno no

bimestre/semestre através de menções, relatórios ou notas.

É importante salientar que não se deve reproduzir as exclusões vigentes no

sistema que reforçam fracassos já vivenciados e corroboram a crença já internalizada

14

Page 22: PEEJA REVISADO

pelos estudantes dessa modalidade de que não são capazes de aprender. Esse

modelo precisa ser substituído pela ratificação da autoestima positiva que um

processo de ensino- aprendizagem pode e deve produzir, reafirmando assim a

disposição da política em cumprir o dever de ofertar educação de qualidade a tantos

estudantes excluídos do acesso e permanência no processo educativo.

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO NAS UNIDADES ESCOLARES

A Secretaria Municipal de Educação através de sua equipe técnica

estabelecerá um sistema de acompanhamento e avaliação do curso, de modo a

dispor de um banco de dados que possibilite, após a análise, a construção de Projetos

de Intervenção Institucional com a finalidade de corrigir possíveis distorções tanto de

ordem didático metodológica quanto de estrutura e funcionamento do curso a fim de

que este possa realmente garantir a efetivação de uma educação de qualidade para

esse segmento.

Nessa perspectiva a idéia que aqui estamos preconizando é de uma

avaliação diagnóstica com a finalidade de intervir no processo educacional visando

reajustá-lo ao longo do tempo ou até modificá-lo, no que se fizer necessário, por

entendermos que educação de qualidade é algo que se constrói permanentemente e

para tanto, necessário se faz que o processo seja acompanhado sistematicamente.

Assim sendo é importante que todos os envolvidos nesse processo estejam

atentos para alguns indicadores que consideramos importantes para como

instrumentos de avaliação do curso, tais como;

Índice de evasão, principalmente no primeiro semestre do ano letivo;

adequação dos conteúdos trabalhados com as expectativas dos

estudantes;

segurança do estudante quanto à sua capacidade de construir

conhecimentos em diferentes linguagens, sustentando-se no objeto de

estudo das diversas áreas;

nível de satisfação dos estudantes que não abandonam o curso ao

longo do processo.

Entendemos que, entre outros, os indicadores acima podem servir de

balizadores para que o curso seja avaliado como um todo tendo em vista seu

redimensionamento e sua constante revisão no sentido de se continuar caminhando

em busca das soluções para sanar as dificuldades que porventura sejam apontadas.

15

Page 23: PEEJA REVISADO

É importante salientar que estamos cientes de que a complexidade

característica do mundo atual impõe aos estudantes, exigências educacionais cada

vez maiores e mais elaboradas a fim de que possam participar da luta diária por

melhores condições de vida do forma que possam exercerem plenamente sua

cidadania.

CONDIÇÕES E ESTRATÉGIAS DE OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS NO MUNICÍPIO

16

Page 24: PEEJA REVISADO

OBJETIVO GERAL

Assegurar aos estudantes com idade igual ou superior a quinze anos, acesso e

permanência ao Ensino Fundamental, tendo como princípio a formação do cidadão

participativo, consciente e capaz de transformar a realidade em que vive

possibilitando a continuidade de estudos em outros níveis.

PROBLEMAS

Evasão

Repetência

Falta de formação

continuada especifica

Proposta curricular

inadequada

METAS

Diminuir o índice de

evasão em 80%.

Reduzir o índice de

repetência em 80%.

Proporcionar formação

continuada especifica

para 100%. Dos

professores eu atuam

na educação de

jovens e adultos.

Implantar uma

propostas curricular

para EJA no prazo de

dois anos

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS

REDUZIR O Índice de

evasão nas escolas

Reduzir o índice de

repetência na EJA,

garantindo uma

aprovação de qualidade.

Garantir através dos

encontros de AC e do

acompanhamento a

relação da teoria

estudada à pratica em

sala de aula

Promover a formação

continuada específica

para o melhor

desenvolvimento do

processo de ensino-

apredizagem no EJA.

Implantar uma proposta

curricular específica

para EJA.

PLANO DE AÇÃO

17

Page 25: PEEJA REVISADO

AÇÕES PARA FORTALECIMENTO DA EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

O QUE FAZER

(Estratégia)

COMO FAZER (Ações)

QUEM (Responsáv

el)RECURSOS

MÊS/ ANO 2010

Mar

Ab

r

Mai

Jun

Jul

Ag

o

Se

t

Ou

t

No

v

Dez

Desenvolver oficinas

profissionalizantes para os

alunos.

Oficinas profissionaliza

ntes de eletricista, mecânica, instalação hidráulica, culinária,

manicure e pedicure,

artesanato, corte e costura,

cabeleireira.

Coordenadores,

gestores e professores

de EJA .

SEMEC. Instituições escolares

Realizar palestras de auto-estima

com os alunos e professores;

Promover Palestras com profissionais qualificados para tratar

sobre o tema a cada trimestre

Gestores e Coordenad

ores de EJA.

PMI e Parceiros.

Promover a formação

continuada de professores

que atuam na EJA

Formação continuada

quinzenal com os

coordenadores de EJA

Coordenadores de

EJA

PMI

18

Page 26: PEEJA REVISADO

Realizar oficinas de

leitura com os alunos.

Oficinas de leitura com

profissionais

Gestores Professor,

funcionários da escola

e comunidad

e.

PMI e Parceiros

Realizar formação

complementar específica para

EJA

Formação especifica através de

contratação de consultoria

SEMEC. PMI

Realizar formação

complementar específica para

EJA

Formação especifica através de

contratação de consultoria

SEMEC. PMI

Doar Kits de material escolar

Entrega de um Kit contendo: caderno, lápis, borracha, régua, cola, lápis de cor, caneta. A cada aluno

SEMEC.PMI e

Parceiros

Realizar oficinas de cartografia

Oficinas cartográficas .

Professores e coordenadores

Gestores e SEMEC.

Buscar parcerias com as instituições sociais do município.

Palestra e oficinas

SEMEC, Supervisores e coordenadores

SEMEC

Mobilizar os alunos a cerca da importância dos estudos para a efetivação de matricula

Caravanas percorrendo localidades do município.Seminários.

SEMEC, Gestores, Professores e Coordenadores

SEMEC

19

Page 27: PEEJA REVISADO

Equipe da Secretaria Municipal de Educação responsável pela implantação/fortalecimento da EJA.

Nome: Andréa Mareques Santos Formação: Licenciatura em Letras com Ingles Experiência com EJA: 08 anos.Secretária de Educação

Nome: Cintia dos Santos MarinhoFormação: Licenciatura em Letras com Ingles Experiência com EJA: 10 anosDiretora Pedagógica

Nome: Maria Goret Martins da SilvaFormação: Pós-graduação em Políticas do Planejamento Pedagógico e Avaliação Experiência com EJA: 05 anos.Supervisora técnica : EJA I (1ª a 4ª Série).

Nome: Marilda Nogueira RamosFormação: Especialista em História da Bahia Experiência com EJA: 05 anos Supervisora Técnica: EJA II ( 5ª a 8ª Série)

Nome: Cristina Ferreira da SilvaFormação: Gestão, Coordenação e Orientação EducacionalExperiência com EJA: 10 anosCoordenadora Pedagógica do EJA I

Nome: Maria Anilce da Anunciação Formação: Licenciatura em HistóriaExperiência com EJA: 15 anosCoordenadora Pedagógica do EJA I

Nome: Lêda Oliveira da silva Formação: Licenciatura em Pedagógia Experiência com EJA: 10 anosCoordenadora Pedagógica do EJA IINome: Maria Graziela E. de Sousa Formação: Licenciatura em Letras VernáculasExperiência com EJA: 02 anosCoordenadora Pedagógica do EJA II

Nome: Ana Maria Portela Santos Formação: Licenciatura em Letras Vernáculas Experiência com EJA: 08 anosdo EJA

20

Page 28: PEEJA REVISADO

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

21

Page 29: PEEJA REVISADO

REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência. Introdução ao jogo e a suas regras. 6. São

Paulo: Loyola, 2003 (Leituras Filosóficas)

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Educação de jovens e adultos:

Proposta curricular para o 1º segmento do ensino fundamental. São Paulo:Ação

Educativa; Brasília: MEC, 1997.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A pergunta a várias mãos. – A experiência da

pesquisa de trabalho do educador. São Paulo: Cortez 2003.

BERGER, Peter L. e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 9

ed. Petrópolis: Vozes, 1985.

ESTEBAN, Maria Teresa(Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos

sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. – Em três artigos que se

completam. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1998.

__________. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 1996.

__________. Pedagogia da indignação. Cartas Pedagógicas e outros escritos.

São Paulo: Unesp, 2000.

__________. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra,.

OLIVEIRA, Inês Barbosa de; PAIVA, Jane. (Orgs.). Educação de jovens e adultos.

Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre, Artmed. 1998.

22

Page 30: PEEJA REVISADO

ANEXO

23

Page 31: PEEJA REVISADO

24

Page 32: PEEJA REVISADO

1