Pelé, 80 Belmar Fidalgo viu Pelé marcar os gols 710, 711 e ...2020/10/23  · A Copa de 2018, na...

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A Copa de 2018, na Rússia, foi a primeira que Pelé não acompanhou ao vivo como jogador, comentarista ou garoto-propaganda desde 1954, quando tinha 13 anos. Mas ele já faz planos para estar no Catar em 2022. Há negociações em andamento para que viaje ao país a con- vite do comitê organizador. O tricampeão mundial com a seleção disse que será sua última, e vislumbra viajar como espectador, um turista. Quem o conhece reage com desconfiança. Acre- ditam que, enquanto puder, Pelé estará sempre no Mun- dial, não importa a idade. E é impossível que seja um cidadão comum. A ida ao torneio vai de- pender também dos des- dobramentos da pandemia do coronavírus. “Ele pode querer ir para a Copa do Mundo como um fã normal, mas isso nunca vai acontecer. Pelé sempre vai estar no centro das atenções, as pes- soas vão sempre querer falar com ele. Sem a pandemia, o plano é ir ao Catar e estar lá, ser parte do evento. Ele teria que aceitar que não conseguiria ser uma pessoa normal assistindo à Copa do Mundo”, diz Fraga. Seus amigos acreditam que o futuro de Pelé será manter-se ativo, viajando o quanto for possível e em contato com pessoas. “Para ele, é difícil ficar muito tempo dentro de casa. Ele nunca foi assim, embora tenha sido obrigado a se acostumar”, afirma Edinho. Depressão? Não se trata apenas de questão comercial, mas de ser mais feliz e se sentir idolatrado, algo com o que se habituou desde que era adolescente. O humor de Pelé tem altos e baixos, e ele não superou ainda a morte do irmão Zoca, em março, aos 77 anos, que era sua compa- nhia para ver futebol na TV nos últimos tempos. Edinho chegou a dizer em fevereiro que o pai estava deprimido. Foi desmentido por Pelé dias depois, em nota oficial. O tema se tornou delicado. É como se o cidadão Edson precisasse voltar a ser Pelé, seguindo a diferenciação do sujeito comum do astro do futebol que ele próprio cul- tivou. “Depois do aniversário, faremos muita coisa com a Fundação Pelé. Vamos re- lançar algumas iniciativas. Temos uma ligação muito boa com Mbappé. Neymar provavelmente quebrará o recorde de gols pela seleção. É uma boa oportunidade para eles estarem conectados”, finaliza Fraga, que virou o maior guardião da imagem do mito Pelé. Quando ele não está pre- sente, a função é de Pepito Fornos, amigo e assessor de longa data do ex-jogador. O futuro de Pelé só não lhe permitiu tornar realidade a promessa que fez em 2010, quando chegou aos 70 anos. Na ocasião, ele garantiu que, quando atingisse os 80, faria um gol no Maracanã. “Aos 90, ele vai fazer”, finaliza Pepito. (Folhapress) B1 Campo Grande-MS |Sexta-feira, 23 de outubro de 2020 ESPORTES Pelé, 80 Maior jogador de futebol da história passou pela Capital há 55 anos Belmar Fidalgo viu Pelé marcar os gols 710, 711 e 712 de sua carreira Sem a pandemia, o plano é ir ao Catar, ser parte do evento Joe Fraga, empresário PMCG/Divulgação Ídolo e eterno garoto-propaganda Nome completo: Edson Arantes do Nascimento Data de nascimento: 23 de outubro de 1940 Local de nascimento: Três Corações, Minas Gerais, Brasil Nacionalidade: brasileiro Altura: 1,73 m Período em atividade: 1956–1974, 1975–1977 Clubes de juventude: 1952–1956 Bauru-SP Clubes, jogos (gols) Santos: 1956–1974, 1.116 (1.091) New York Cosmos: 106, 1975–1977 (64) Seleção nacional: 1957–1971 92 (77) Títulos: Santos Campeonato Brasileiro Série A: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968 Copa Libertadores da América: 1962, 1963 Copa Intercontinental: 1962, 1963 Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968 Campeonato Paulista de Futebol: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973 Torneio Rio–São Paulo: 1959, 1963, 1964 New York Cosmos North American Soccer League: 1977 Seleção Brasileira Copa do Mundo Fifa: 1958, 1962, 1970 NÚMEROS DE REI Luciano Shakihama Quando a praça de esportes Belmar Fidalgo ainda era “so- mente” um estádio, o campo localizado no centro de Campo Grande foi palco dos gols 710, 711 e 712 da carreira de Pelé. Ou Edson Arantes do Nascimento, como o próprio ídolo frisava para externar suas opiniões, a depender do assunto. Uma coisa é certa, ambos concordam com a extraordinária marca de 1.281 gols. Nesta sexta-feira (23), o maior ídolo do futebol mun- dial completa 80 anos. E vale dizer que a Capital sul-mato- -grossense também faz parte da história do eterno camisa 10. No Belmar Fidalgo, o já consagrado Santos passou pelo local para um amistoso com o Comercial, que, como o futebol estadual da época, ainda flertava com o semiamadorismo. Em 11 de maio de 1965, Pelé fez três dos quatro gols do Peixe sobre o então “Manda Brasa” ou “Saci”, como era conhecido o Colorado de Campo Grande (in- felizmente, o clube tenta apagar os apelidos populares e histó- ricos na tentativa de emplacar o Lobo Guará como novo mascote/ símbolo comercialino). “Era um baita negão, a gente nem via a cor da bola”, disse Bráulio Paraguaio, na época um dos jogadores da defesa do Comercial. Quando da en- É difícil ele ficar em casa, diz o filho trevista dada a este repórter para o diário “Folha do Povo”, no fim da década de 90, o atleta que teve a oportunidade de enfrentar um dos maiores de todos os tempos lembrou desse tempo de futebol raiz em frente da pequena porta de seu comércio, que se localizava na Rua 7 de Setembro. Outro personagem daquele jogo que também vestiu a ca- misa alvirrubra e jogou diante do Rei foi Tachinhas, que se- guiu no ramo esportivo. Já Pelé teve a companhia de Cláudio, Carlos Alberto, Mauro, Geraldo, Arnaldo, Peixinho, Mengálvio (Abel), Coutinho, Toninho Guerreiro, e Lima. Imagens e recortes de jor- nais daquele dia de 1965 estão abrigadas no memorial espor- tivo inaugurado ano passado na Belmar Fidalgo. Atual- mente, o espaço está fechado para visitação em razão da pandemia de coronavírus. Alex Sabino e Bruno Rodrigues Folhapress Edinho fez uma ligação de vídeo para o pai durante encontro com Rogério Caboclo, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no último dia 6. O dirigente da entidade perguntou a Pelé como ele estava. “Estou bem. Só não vai dar para jogar nesta semana”, brincou o ex-atacante, ao citar o jogo de estreia da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa de 2022, disputada três dias depois. Com 80 anos a ser completados hoje (23), Pelé afirma a familiares e amigos que seu futuro será conciliar o futebol com mais tempo dedicado à família. Também continuará a ser o que sempre foi desde que pendurou as chuteiras, em 1977: um dos mais valorizados e procurados garotos-propaganda do mundo. O Rei do Futebol não cogita a aposentadoria nessa área e já disse mais de uma vez que parar não é uma opção. “Ele quer passar mais tempo com os filhos, com os netos, com a família. Acho que precisa disso”, afirma Edinho, 50, fruto do primeiro casamento do jogador, com Rosemeire Cholby. Da relação entre eles, também nasceram Kelly Cristina, 53, e Jennifer, 42. Pelé é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, 24, nascidos do relacionamento com a cantora gospel Assíria Lemos. Flávia Christina, 52, e Sandra Regina, morta em 2006, foram reconhecidas por ele como filhas mais tarde, esta última após uma batalha judicial e comprovação da paternidade. Marketing Para colocar em prática seus planos para o futuro, ele usa a tecnologia. É pelo celular que conversa com os filhos quase todos os dias, algo pouco comum nos tempos em que estava mais dentro de aviões do que em casa. Será cada vez mais virtualmente que ele administrará seus compromissos publicitários. A celebração dos 80 anos começa como exemplo disso. Ao longo da semana, haverá uma série de postagens, depoimentos de famosos e jogadores, e estratégias de marketing não só para o cidadão Edson Arantes do Nascimento, mas para a marca Pelé. Segundo o estadunidense Joe Fraga, seu empresário, foram pelo menos 200 pedidos de entrevistas no mundo todo. “O principal foco agora é a mídia social. Nós tínhamos shows programados [para celebrar a data], mas já no início do ano percebemos que não poderíamos fazer. Ninguém sabia que a COVID-19 afetaria tanto a vida das pessoas. Mas tomamos a decisão de que o Pelé precisa de uma celebração, precisa ser honrado”, diz Fraga, que planeja eventos digitais sobre a vida e o legado do jogador eleito pela revista “France Football” em 1981 como o Atleta do Século. O americano entrou em contato com representantes de Maradona, que fará 60 anos no fim do mês, e pediu um depoimento do argentino. Fraga disse não poder confirmar nem desmentir a possibilidade de um rival histórico de Pelé gravar um vídeo em homenagem ao brasileiro. Compromissos digitais poderiam ser estranhos para um senhor quase octogenário. Em 2018, em entrevista à “Folha”, Pelé disse ainda estar se acostumando ao “bichinho sem fio”, como definiu o telefone celular. “Esquece. Ele já sabe mexer em tudo”, constata o filho Edinho. (Folhapress) Fonte: Wikipédia Aparição de Pelé por Campo Grande está retratada em Memorial da Praça Belmar Fidalgo

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A Copa de 2018, na Rússia, foi a primeira que Pelé não acompanhou ao vivo como jogador, comentarista ou garoto-propaganda desde 1954, quando tinha 13 anos. Mas ele já faz planos para estar no Catar em 2022. Há negociações em andamento para que viaje ao país a con-vite do comitê organizador. O tricampeão mundial com a seleção disse que será sua última, e vislumbra viajar como espectador, um turista.

Quem o conhece reage com desconfiança. Acre-ditam que, enquanto puder, Pelé estará sempre no Mun-dial, não importa a idade. E é impossível que seja um cidadão comum.

A ida ao torneio vai de-pender também dos des-dobramentos da pandemia do coronavírus. “Ele pode querer ir para a Copa do Mundo como um fã normal, mas isso nunca vai acontecer. Pelé sempre vai estar no centro das atenções, as pes-soas vão sempre querer falar com ele. Sem a pandemia, o plano é ir ao Catar e estar lá, ser parte do evento. Ele teria que aceitar que não conseguiria ser uma pessoa normal assistindo à Copa do Mundo”, diz Fraga.

Seus amigos acreditam que o futuro de Pelé será manter-se ativo, viajando o quanto for possível e em contato com pessoas. “Para ele, é difícil ficar muito tempo dentro de casa. Ele nunca foi assim, embora tenha sido obrigado a se acostumar”, afirma Edinho.

Depressão?Não se trata apenas de

questão comercial, mas de ser mais feliz e se sentir idolatrado, algo com o que se habituou desde que era adolescente. O humor de Pelé tem altos e baixos, e ele não superou ainda a morte do irmão Zoca, em março, aos 77 anos, que era sua compa-nhia para ver futebol na TV nos últimos tempos. Edinho chegou a dizer em fevereiro que o pai estava deprimido. Foi desmentido por Pelé dias depois, em nota oficial. O tema se tornou delicado.

É como se o cidadão Edson

precisasse voltar a ser Pelé, seguindo a diferenciação do sujeito comum do astro do futebol que ele próprio cul-tivou. “Depois do aniversário, faremos muita coisa com a Fundação Pelé. Vamos re-lançar algumas iniciativas. Temos uma ligação muito boa com Mbappé. Neymar provavelmente quebrará o recorde de gols pela seleção. É uma boa oportunidade para eles estarem conectados”, finaliza Fraga, que virou o maior guardião da imagem do mito Pelé.

Quando ele não está pre-sente, a função é de Pepito Fornos, amigo e assessor de longa data do ex-jogador.

O futuro de Pelé só não lhe permitiu tornar realidade a promessa que fez em 2010, quando chegou aos 70 anos. Na ocasião, ele garantiu que, quando atingisse os 80, faria um gol no Maracanã.

“Aos 90, ele vai fazer”, finaliza Pepito. (Folhapress)

B1Campo Grande-MS |Sexta-feira, 23 de outubro de 2020ESPORTESPelé, 80

Maior jogador de futebol da história passou pela Capital há 55 anos

Belmar Fidalgo viu Pelé marcar os gols 710, 711 e 712 de sua carreira

Sem a pandemia, o plano é ir ao Catar, ser parte do eventoJoe Fraga, empresário

PMCG/Divulgação

Ídolo e eterno garoto-propaganda

Nome completo: Edson Arantes do NascimentoData de nascimento: 23 de outubro de 1940 Local de nascimento: Três Corações, Minas Gerais, BrasilNacionalidade: brasileiroAltura: 1,73 m

Período em atividade: 1956–1974, 1975–1977Clubes de juventude: 1952–1956 Bauru-SP

Clubes, jogos (gols)Santos: 1956–1974, 1.116 (1.091)New York Cosmos: 106, 1975–1977 (64)Seleção nacional: 1957–1971 92 (77)

Títulos: SantosCampeonato Brasileiro Série A: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968Copa Libertadores da América: 1962, 1963Copa Intercontinental: 1962, 1963Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968Campeonato Paulista de Futebol: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973Torneio Rio–São Paulo: 1959, 1963, 1964New York CosmosNorth American Soccer League: 1977Seleção BrasileiraCopa do Mundo Fifa: 1958, 1962, 1970

Campeonato Brasileiro Série A: 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968

Campeonato Paulista de Futebol: 1958, 1960, 1961, 1962, 1964,

NÚMEROS DE REI

Luciano Shakihama

Quando a praça de esportes Belmar Fidalgo ainda era “so-mente” um estádio, o campo localizado no centro de Campo Grande foi palco dos gols 710, 711 e 712 da carreira de Pelé. Ou Edson Arantes do Nascimento, como o próprio ídolo frisava para externar suas opiniões, a depender do assunto. Uma coisa é certa, ambos concordam com a extraordinária marca de 1.281 gols.

Nesta sexta-feira (23), o maior ídolo do futebol mun-dial completa 80 anos. E vale dizer que a Capital sul-mato--grossense também faz parte da história do eterno camisa 10. No Belmar Fidalgo, o já consagrado Santos passou pelo local para um amistoso com o Comercial, que, como o futebol estadual da época, ainda flertava com o semiamadorismo.

Em 11 de maio de 1965, Pelé fez três dos quatro gols do Peixe sobre o então “Manda Brasa” ou “Saci”, como era conhecido o Colorado de Campo Grande (in-felizmente, o clube tenta apagar os apelidos populares e histó-ricos na tentativa de emplacar o Lobo Guará como novo mascote/símbolo comercialino).

“Era um baita negão, a gente nem via a cor da bola”, disse Bráulio Paraguaio, na época um dos jogadores da defesa do Comercial. Quando da en-

É difícil ele ficar em casa, diz o filho

trevista dada a este repórter para o diário “Folha do Povo”, no fim da década de 90, o atleta que teve a oportunidade de enfrentar um dos maiores de todos os tempos lembrou desse tempo de futebol raiz em frente da pequena porta de seu comércio, que se localizava na Rua 7 de Setembro.

Outro personagem daquele jogo que também vestiu a ca-misa alvirrubra e jogou diante do Rei foi Tachinhas, que se-

guiu no ramo esportivo. Já Pelé teve a companhia de

Cláudio, Carlos Alberto, Mauro, Geraldo, Arnaldo, Peixinho, Mengálvio (Abel), Coutinho, Toninho Guerreiro, e Lima.

Imagens e recortes de jor-nais daquele dia de 1965 estão abrigadas no memorial espor-tivo inaugurado ano passado na Belmar Fidalgo. Atual-mente, o espaço está fechado para visitação em razão da pandemia de coronavírus.

Alex Sabino e Bruno RodriguesFolhapress

Edinho fez uma ligação de vídeo para o pai durante encontro com Rogério Caboclo, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no último dia 6. O dirigente da entidade perguntou a Pelé como ele estava.

“Estou bem. Só não vai dar para jogar nesta semana”, brincou o ex-atacante, ao citar o jogo de estreia da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa de 2022, disputada três dias depois.

Com 80 anos a ser completados hoje (23), Pelé afirma a familiares e amigos que seu futuro será conciliar o futebol com mais tempo dedicado à família. Também continuará a ser o que sempre foi desde que pendurou as chuteiras, em 1977: um dos mais valorizados e procurados garotos-propaganda do mundo.

O Rei do Futebol não cogita a aposentadoria nessa área e já disse mais de uma vez que parar não é uma opção. “Ele quer passar mais tempo com os filhos, com os netos, com a família. Acho que precisa disso”, afirma Edinho, 50, fruto do primeiro

casamento do jogador, com Rosemeire Cholby. Da relação entre eles, também nasceram Kelly Cristina, 53, e Jennifer, 42.

Pelé é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, 24, nascidos do relacionamento com a cantora gospel Assíria Lemos. Flávia Christina, 52, e Sandra Regina, morta em 2006, foram reconhecidas por ele como filhas mais tarde, esta última após uma batalha judicial e comprovação da paternidade.

MarketingPara colocar em prática

seus planos para o futuro, ele usa a tecnologia. É pelo celular que conversa com os filhos quase todos os dias, algo pouco comum nos tempos em que estava mais dentro de aviões do que em casa. Será cada vez mais virtualmente que ele administrará seus compromissos publicitários.

A celebração dos 80 anos começa como exemplo disso. Ao longo da semana, haverá uma série de postagens, depoimentos de famosos e jogadores, e estratégias de marketing não só para o cidadão Edson Arantes do Nascimento, mas para a marca Pelé.

Segundo o estadunidense Joe Fraga,

seu empresário, foram pelo menos 200 pedidos de entrevistas no mundo todo. “O principal foco agora é a mídia social. Nós tínhamos shows programados [para celebrar a data], mas já no início do ano percebemos que não poderíamos fazer. Ninguém sabia que a COVID-19 afetaria tanto a vida das pessoas. Mas tomamos a decisão de que o Pelé precisa de uma celebração, precisa ser honrado”, diz Fraga, que planeja eventos digitais sobre a vida e o legado do jogador eleito pela revista “France Football” em 1981 como o Atleta do Século.

O americano entrou em contato com representantes de Maradona, que fará 60 anos no fim do mês, e pediu um depoimento do argentino. Fraga disse não poder confirmar nem desmentir a possibilidade de um rival histórico de Pelé gravar um vídeo em homenagem ao brasileiro.

Compromissos digitais poderiam ser estranhos para um senhor quase octogenário. Em 2018, em entrevista à “Folha”, Pelé disse ainda estar se acostumando ao “bichinho sem fio”, como definiu o telefone celular. “Esquece. Ele já sabe mexer em tudo”, constata o filho Edinho. (Folhapress)

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Aparição de Pelé por Campo Grande está retratada em Memorial da Praça Belmar Fidalgo