Pensamento criativo

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Pensamento criativo: a prática gráfica à mão livre e a tecnicidade "How do I know what I think until I see what I say?" (E. M. Foster) May 22, 2011 às 14:09 Hoje, nossos modos de pensar e de criar são fortemente condicionados pela técnica. Este panorama indica um alerta, dada a forma com que a tecnicidade está naturalizada no mundo contemporâneo. De um lado, a tecnologia está imbuída de uma esperança salvadora, trazendo, com tantas inovações, soluções para muitos dos problemas contemporâneos. Por outro lado, ela carrega um caráter apocalíptico, de certa forma até inocente, pela visão fantasiosa de que as inovações tecnológicas destruirão o homem, à modelo das mais elaboradas ficções científicas cinematográficas. É necessário esclarecer a diferença entre técnica e tecnologia. A técnica está relacionada com a habilidade e procedimentos que se aprendem e desenvolvem. A própria fala é uma técnica incorporada pelo homem. Sendo ela uma técnica, o

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Pensamento criativo: a prática gráfica à mão livre e a tecnicidade. (E. M. Foster)

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Pensamento criativo: a prtica grfica mo livre e a tecnicidade

Pensamento criativo: a prtica grfica mo livre e a tecnicidade"How do I know what I think until I see what I say?" (E. M. Foster)May 22, 2011 s 14:09

Hoje, nossos modos depensare decriarso fortemente condicionados pelatcnica. Este panorama indica um alerta, dada a forma com que a tecnicidade est naturalizada no mundo contemporneo. De um lado, a tecnologiaest imbuda de uma esperana salvadora, trazendo, com tantas inovaes, solues para muitos dos problemas contemporneos. Por outro lado, ela carrega um carter apocalptico, de certa forma at inocente, pela viso fantasiosa de que as inovaes tecnolgicas destruiro o homem, modelo das mais elaboradas fices cientficas cinematogrficas.

necessrio esclarecer adiferena entre tcnica e tecnologia. A tcnica est relacionada com a habilidade e procedimentos que se aprendem e desenvolvem. A prpria fala uma tcnica incorporada pelo homem. Sendo ela uma tcnica, o limite entre o natural e o artificial extremamente tnue. J a tecnologia inclui a tcnica e vai alm, pois est presente onde quer que haja um dispositivo maqunico que incorpore um saber tcnico ou um conhecimento cientfico. Arquitetos, designers e artistas fazem parte de um grupo de indivduos do qual se espera contribuies inovadoras e criativas, portanto intimamente conectados com as conseqncias da mudana que vem acontecendo. Partindo do pensamento deHeidegger, o qual assegura queo problema no a tecnologia em si, mas o nosso modo de sermos humanos que nos faz ser cada vez mais interpelados pelo pensamento tecnolgico, essa pesquisa procurou investigar, atravs de estudo bibliogrfico e pesquisas de campo, se ocorrem perdas criativas decorrentes da nova relao entre homem e tecnologia.

Notamos hoje adisseminao de softwarescujo uso, por vezes, acaba por engessar o processo criativo, visto que se trabalha comprecisoese perde a rapidez que o desenho mo livrepossibilita. As ferramentas utilizadas na concepo de um projeto arquitetnico no so neutras e, no caso de instrumentos como softwares (AutoCAD, SketchUp) tem-se uma forma de conceitualizar e desenhar diferente, visto que estes programas obrigam o desenhista a uma preciso prematura. Softwares, a despeito de sua real utilidade em determinadas situaes, esto abaixo das necessidades dos projetos arquitetnicos, sendo a elas inferior, um verdadeiro retrocesso pode-se assim chamar frente ao desenho mo-livre.

Apartir do levantamento bibliogrfico e do estudo do pensamento heideggeriano, entendido como fio condutor da investigao, pode-se formar um repertrio slido para a anlise do tema. Foram estudadas obras de autores comoIvan Izquierdo, Pierre Lvy, Lcia Santaella, Manfredo Massironi, Francisco RdigereErnildo Stein.Em seu livroMemria, Izquierdo concentra-se nos mecanismos biolgicos dos processos mnemnicos, utiliza abordagens experimentais que vo desde a psicobiologia comportamental neuroqumica, sobretudo focando-se no desempenho em diferentes tarefas comportamentais. A partir dos estudos de Izquierdo, pode-se fazer uma conexo entre as perdas criativas estudadas.

A memria de curta durao estende-se at 6 horas aps o aprendizado; este o tempo que a memria de longa durao leva para ser construda. Seu papel alojar temporariamente a memria, enquanto se constri a casa da memria de longa durao.(IZQUIERDO, 2002).

Asobras deLcia Santaella, pesquisadora cujo trabalho est voltado para astecnologias da inteligncia, alm de estudos atravs de um vis sociocultural das manifestaes diversas das tecnologias e do que chamaps-humano,contriburam largamente na compreenso do tecnolgico e proporcionaram uma reflexo acerca das tendncias futuras, suas provveis evolues, relao com o ser humano e conseqncias disto.

Pierre Lvy, em sua obraAs tecnologias da Intelignciadiscute sobre a informtica da simulao, uma tecnologia intelectual que tem a capacidade de estender a memria de trabalho. Sua principal funo a atuar como um mdulo externo e suplementar para a faculdade deimaginar. Asimulao por computadorpermite que o indivduo explore modelos mais complexos e em maior nmero do que se estivesse limitado aos recursos de sua imagstica mental e de sua memria de curto prazo, mesmo com o auxlio esttico do papel.A simulao, portanto no remete a qualquer pretensa irrealidade do saber, mas antes a uma melhoria dos poderes da imaginao e da intuio.Ela desempenha importante papel de comunicao e persuaso, principalmente se o modelo visualizado for em uma tela. No se deve esquecer, jamais, queas tecnologias intelectuais no substituem o pensamento vivo.A obraVer pelo desenhodo arquitetoManfredo Massironi, pesquisador que tambm empreendeu estudos nos campos da psicologia e da percepo, enfatiza queo desenho gera diversificados resultados cognitivos.A tcnica do desenho articula-se para obter resultados diferentes e funcionais em diferentes necessidades de comunicao e expresso. Contudo, no podemos esquecer quetoda representao grfica , sobretudo, uma interpretao uma tentativa codificada de explicar a realidade e, como tal, requer escolhas. A mente humana contm algo que se pode chamar de sistema conceptual que organiza o conhecimento, os critrios, as relaes entre significados, e assim por diante. Massironi enfatiza a necessidade de integrar os estudos psicolgicos aos semiolgicos, de forma que um funcionasse como esquema de referncia do outro.

OfilsofoFrancisco Rdigeraborda a questo da tcnica em Heidegger em seu livro e afirma que, para o filsofo alemo,a tcnica, encarnada no homem e na mquina, tornou-se o signo mais evidenciado de nossa relao com o mundo e a fora a partir da qual se procura articular a sociedade contempornea.A preocupao de Heidegger fundamenta-se no fato de que, em virtude do predomnio do pensamento calculador, o pensar reflexivo foi posto de lado.

A metodologia empregada para o desenvolvimento da pesquisa fundamentou-se em duas etapas: inicialmente, houve o estudo da bibliografia indicada, cujas obras possuem relao com o tema a ser estudado. Em sequncia, realizou-se uma pesquisa de campo com estudantes, atravs de um questionrio com perguntas objetivas e dissertativas, por meio das quais se realizaram anlises quantitativas e qualitativas. Para a realizao da mesma, os sujeitos respondentes foram escolhidos pelo critrio da similaridade; a amostra desejada deveria ser representativa dentro da populao, ou seja, os respondentes grupo de 78 estudantes de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS, com experincia no desenvolvimento de projetos, tendo em vista a o currculo vigente do curso formam um grupo que delineia um perfil passvel de ser generalizado por representar bem o universo estudado.

Com base na pesquisa bibliogrfica, foram analisadas as respostas dos alunosem busca de uma tendncia entre os mesmos no que concerne ao uso da tecnologia no desenvolvimento de projetos arquitetnicos, bem como a investigao da relevncia do desenho mo livre nos dias atuais.A pesquisa quantitativa apropriada para a medio de variveis e inferncias a partir de amostras numricas, buscando uma tendncia relacionada ao conceito.

O croqui mo livre como catalisador da criatividade no lanamento das idiasfoi considerado fundamental por 74% dos estudantes entrevistados. Apenas 19% responderam que no fundamental, e sim preferencial a presena dos croquis; a porcentagem dos estudantes que considera razoavelmente importante nfima. No houve resposta para a alternativa que caracteriza o croqui como irrelevante. 64% deles dizem sempre iniciar um estudo de arquitetura com croquis; 25% preferencialmente iniciam o estudo utilizando-se de croquis, e no houve resposta afirmando que jamais utiliza o croqui como ferramenta inicial.

No tocante relevncia do croqui aps o lanamento do partido, ou seja, durante o desenvolvimento do mesmo, os estudantes que consideram fundamental a presena do croqui no desenrolar do projeto somam 32%; 28% responderam que preferencial, mas no fundamental; 24% dizem ser razoavelmente desejvel e 15% no acreditam ser necessrio. Contudo, no houve resposta para a opo totalmente irrelevante.

Segundo os estudos de Izquierdo, entendidos atravs de seu livro Memria, a memria de trabalho, ou seja, aquela ativada quando precisamos armazenar uma informao por alguns instantes, breve, fugaz, imediata. Serve para gerenciar a realidade. No deixa traos, no produz arquivos. comum que, na etapa do lanamento do partido, o estudante tenha vrias idias oriundas de fontes diversas, independente do momento ou da situao em que ele se encontre.Quando perguntados,42% dos estudantes afirmaram que ocasionalmente esqueceram alguma idia referente ao projeto por no terem a registrado imediatamente.9% deles dizem nunca ter esquecido.

No que se refere aodesenvolvimento integral do projeto utilizando apenas softwares, excluindo-se a utilizao inicial de croquis, notvel a diferena entre os estudantes que nunca o fizeram e sempre o fazem:10% deles dizem que sempre desenvolvem o projeto apenas com a ferramenta do software, em contrapartida, 61% jamais o fez.Atualmente, est em voga a discusso sobre arelevncia do desenho na profisso de arquiteto. H quem afirme que com as tecnologias contemporneas, saber desenhar como forma de expressar as idias desnecessrio, visto que se tem maior preciso com o uso de programas especficos. Todavia, grande o nmero de profissionais e acadmicos que preza pela habilidade de fazer-se entender de imediato com poucos traos mo livre. Dos alunos pesquisados, 65% consideram fundamental que o profissional saiba desenhar; em contrapartida, 5% no consideram necessariamente importante. 25% dos estudantes responderam que preferencialmente deve-se saber desenhar, mas nenhum deles diz ser totalmente irrelevante o ato de desenhar.

O termmetro das expectativas dos futuros profissionais em relao evoluo das tecnologias existentes, no caso, os softwares que auxiliam no desenvolvimento dos projetos:nenhum dos estudantes acredita que haver a substituio absoluta do croquina etapa inicial do desenvolvimento do projeto, ou seja, h por parte dos estudantes o reconhecimento da importncia do desenho a mo livre.31% deles dizem que jamais haver a substituio absoluta.A maioria dos respondentes acredita que ficar a critrio do arquiteto escolher a forma de projetar, seja por meio de softwares principalmente ou com um estudo maior de possibilidades mo-livre. E por fim, 24% dos pesquisados acreditam que haver o aperfeioamento dos atuais programas, sem que isso acarrete o abandono do croqui.

Atravs das questes dissertativas, foi possvel abordar os principais aspectos investigados na pesquisa e explorando mais detalhadamente as motivaes dos alunos em relao s respostas objetivas. A primeira pergunta, sobre oprocesso de criao utilizado ao iniciar um estudo de arquitetura, deu margem a uma gama de respostas e mtodos praticados pelos alunos.

Arepertorizaoe apesquisa de referenciaisesto entre os mtodos mais utilizados no incio de um projeto. Ocroquifoi mencionado em praticamente 100% das respostas, sendo empregado pela maioria dos estudantes at consolidar a ideia e, aps definido o partido geral, a principal ferramenta projetual passa a ser osoftware para confirmar hipteses e garantir preciso de medidas.

Plantas e volumes, desenhos bi e tridimensionais, esquematizaes, memoriais e notas e diagramas tambm so frequentemente utilizados pelos arquitetos em formao ao desenvolverem um projeto. Poucos estudantes afirmaram fazer uso de cortes longitudinais/transversais no incio da concepo. Inicialmente, alguns ainda buscam certa preciso geomtrica com instrumentos como esquadros, rgua, compasso e afins.

A pergunta com maior carga de opinio pessoal e at certo ponto polmica, questionavaa importncia do arquiteto profissional dominar a tcnica do desenho. De modo geral, as respostas mostram que oaluno entende o desenho como instrumento primordial dotado da funo de exprimir graficamente o que se imagina,sendo assim importante para os arquitetos que essa demonstrao ocorra com rapidez e clareza, satisfazendo os objetivos profissionais, ou seja, de comunicar ao cliente suas idias e intenes. Os respondentes mostraram-se bastante conscientes e atentos ao impacto que uma demonstrao ao vivo da idia de projeto por parte do profissional causa ao cliente.Consideram a capacidade de desenhar essencial para a profisso, por garantir domnio e fluidez no ato de transpor para o plano material o que foi previamente pensado.Outro ponto destacado nos questionrios foi o carter tcnico do desenho, em situaes imprevistas como explicar para o executor da obra algo que no foi bem entendido; ou seja, pode-se tambm enquadrar o croqui na funo de esclarecer para leigos aspectos tcnicos de um projeto.

importante ressaltar que em diversos casos, houve a associao errnea do croqui com um desenho meticuloso, renascentista, rico em detalhes, hiperrealista, por parte dos estudantes, que se mostraram inseguros/inaptos para desenvolver tal desenho artstico que mentalmente associavam. Alguns respondentes, em funo desta equivocada associao, subestimaram a importncia do croqui. A utilidade do desenho para o arquiteto, bem como sua qualidade, no esto relacionadas a tais equvocos.O trao seguro, expressivo, com as devidas propores o que de fato se busca para representar com um croqui uma idia projetual,seja para um cliente ou para o prprio registro pessoal instantneo de uma idia fugaz.

Lembremos das palavras de Pierre Lvy, quando discorre sobre a simulao por computador, reflexo que cabe muito bem no assunto em questo:a simulao por computador torna possvel para o indivduo explorar modelos mais complexos e em maior nmero do que se estivesse limitado aos recursos de sua imagstica mental e de sua memria de curta prazo, mesmo com o auxlio esttico do papel.A simulao desempenha importante papel de comunicao e persuaso, principalmente se o modelo visualizado for em uma tela.As tecnologias intelectuais no substituem o pensamento vivo, mas auxiliam a capacidade da imaginao e da intuio.Em acordo com o que foi respondido pelos mesmos,os softwares so utilizados, pela grande maioria dos estudantes, em etapas mais evoludas da concepo do projeto, aps definidos os aspectos criativos mais importantes e at mesmo alguns tcnicos do partido geral ao pr-dimensionamento de reas e zoneamentos. O AutoCAD largamente utilizado, como se pode averiguar em diversas respostas, na etapa dodetalhamento do projeto, confirmando a hiptese de ser extremamente til no que se refere preciso mxima de um projeto.

Alguns estudantes utilizam softwares simultaneamente ao processo criativo, testando volumetrias no SketchUp, por exemplo. Muitos deles o fazem por sentirem-se mais seguros ao desenvolver um desenho volumtrico com o auxilio da computao grfica; isto se deve, em parte, falta de esclarecimento sobre o que vem a ser um desenho expressivo e de qualidade no tem relao com dons artsticos ou virtuosismo, apesar do mito que a profisso por vezes adquire.

Raros respondentes afirmaram ser totalmente dependentes dos softwares, ou utilizarem-se dos mesmos desde a concepo inicial do projeto em detrimento do croqui.

A pesquisa pde inferir alguns importantes aspectos fundamentais no que tange cena criativa contempornea, irreversivelmente contaminada pela iminente tecnologia e seus mais diversos e crescentes meios de propagao.

Para a atividade da Arquitetura, neste contexto novo e de conseqncias futuras ainda desconhecidas, um estudo direcionado sobre como so empregadas as tecnologias especficas como ferramentas auxiliares no desenvolvimento do trabalho e de que forma elas so percebidas, qual o grau de importncia que a elas conferido, bem como a freqncia e a dependncia dos usurios, entre outras questes abordadas, de interesse extremo para todos os indivduos envolvidos na citada rea do conhecimento, tanto profissionais atuantes como estudantes em formao talvez, para estes ltimos, as conjeturas tenham um significado mais especial, por estarem defronte ao incerto futuro e, prevenidos com alguns modestos prognsticos, possam estar cientes da diferena entre utilizar-se da tecnologia para benefcio prprio e serem por ela utilizados, ao sucumbirem ao pensamento tecnolgico, alertado h tempos atrs por Heidegger.

Os softwares mostraram-se excelentes ferramentas para o desenvolvimento com rapidez e preciso de um projeto em etapas mais avanadas. No foram apontados pelos alunos como fundamentais na etapa da criao, pelo contrrio: foi esclarecido que, aps definidas as diretrizes e elementos relativos criatividade e inovao, o AutoCAD e o SketchUp so largamente utilizados para a graficao do que foi determinado.

Nota-se, quando da utilizao excessiva do AutoCAD ou SketchUp, que muitas vezes est relacionada insegurana do estudante em desenhar, por crer que uma faculdade como a Arquitetura, voltada s Belas Artes exija um preciosismo e dom inerente. Tal pensamento um equvoco, visto que a funo primordial do croqui no a demonstrao de dotes artsticos, e sim orpido registro de ideiasque, mais tarde, possam ser evoludas. Lembremos de alguns mestres da Arquitetura, como Oscar Niemeyer: seu trao, embora tremido, transmite segurana no que se quer comunicar, guarda as devidas propores e a representao esttica bidimensional, em um suporte extremamente acessvel, de inquestionvel qualidade e beleza. Os aspectos genuinamente importantes de um esboo arquitetnico so, por vezes, esquecidos, em detrimento domito do dom de desenhar.

O temido automatismo infiltrado na atividade criativa, proporcionado pela larga utilizao de tecnologias, deve sim ser observado atentamente, embora os estudantes pesquisados tenham demonstrado certa conscincia, em sua maioria, sobre a importncia de deixar fluir livremente o pensamento, valorizando a inspirao e, pode-se dizer tambm, a intuio, engrenagens da inventividade. Isto tudo atravs de uma ferramenta simples, porm com um significado extremamente importante e simblico: o croqui.

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Este post relativo ao trabalho que desenvolvi durante o ano de 2010, juntamente com o Prof. Dr. Paulo Horn Regal em pesquisa dentro do programa de Iniciao Cientfica da PUCRS, a qual e procurou investigar a relao entre o uso dos meios tecnolgicos e a criatividade humana, de que forma o pensamento afetado por essa crescente tecnologia, maquinizao das funes criativas.