Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

44
Pequenas ou não tão grandes casas na arquitetura contemporânea brasileira: ideias para amanhã? Ana Elísia da Costa

description

Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira: Ideias para amanhã? Ana Elísia da Costa

Transcript of Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Page 1: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Pequenas ou não tão grandes casas na arquitetura contemporânea brasileira:

ideias para amanhã? Ana Elísia da Costa

Page 2: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Componentes do Grupo

BRENNO THALES RODRIGUES LIMA

DANIEL FERNANDO ALMEIDA

LEYDE DAYANE COSTA SANTOS

MICHEL BARRETO

VINICIUS ALMEIDA DE JESUS

Page 3: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Pequenas (ou não tão grandes) casas na arquitetura contemporânea brasileira: ideias para amanhã?

Devido a uma emergência de uma nova sociedade, não mais baseada no conceito de família tradicional e seus inúmeros filhos, o tema casa compacta ganha uma relevância diferente no contemporâneo.

Workshops e concursos de projetos realizados em vários países tentam adotar o tema como objeto de estudo.

Diferente do século XX, hoje não se trata apenas de uma habitação social com restrições financeiras, mas sim um desejo de tornar o espaço mais amplo, versátil e dinâmico.

Page 4: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

PROJETO UNIVERSIDADE

Cinco universidades participaram de uma pesquisa cujo tema abordado era “Casa Contemporânea Brasileira”.

Sendo analisada nessa pesquisa a produção de 25 escritórios de jovens arquitetos que em 2010 foram eleitos como a nova geração de arquitetos brasileiros. 1º - As famílias continuam adotando moradias como se

adotavam na metade do séc. XX, com três ou mais dormitórios.

2º - Poucas são as casas isoladas compactas e as maiorias são de casas não urbanas e de uso esporádico.

Page 5: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

PROJETO UNIVERSIDADE

Após o ano 2000 menos da metade dos escritórios pesquisados produziram casas com menos de 150m2.

Foram identificados cerce de 18 projetos, sendo 08 deles casas-refugio, 03 casas urbanas em terrenos de grandes e pequenas dimensões; 06 casas-protótipo e habitações sociais e 01 projeto de casa-Studio.

Page 6: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Casa-Protótipo: afirmação de um caminho experimental em arquitetura, ou seja, criar um projeto diferente não se prendendo muito nas formas já geralmente utilizadas, como por exemplo:

Protótipo de casa “verde” criado em Catalunha – Espanha para uma Conferência solar realizada na capital dos EUA.

Page 7: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Casa-Refugio: Um local utilizado para descansar, muitas vezes para se isolar, de interação com a natureza e consigo mesmo.

Casa-Refugio Sustentável, localizada em Sonoma – Califórnia.

Page 8: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Casa-Studio: O estúdio ainda é um conceito de moradia pouco conhecido dos brasileiros. Caracteriza-se pela excelente localização, por oferecer serviços diferenciados de room service, academia, piscina, entre outros.

Edifício residencial localizado em Florianópolis.

Page 9: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA O tema da casa mínima tem suas origens no segundo

CIAM (1929), que buscou estabelecer parâmetros mínimos para o habitar. A partir daí, começou a ser discutida a relação entre a área dos ambientes e as necessidades físicas e psicológicas. Também foram discutidos parâmetros de salubridade, decorrente da ventilação e iluminação dos ambientes. A discussão subsidiou, principalmente, experiências de habitação social e coletiva. Merece destaque o pioneirismo dos conjuntos habitacionais de Stuttgart (1927), Viena (1929 e 1934) e Frankfurt (1929-1930). Mais tarde, as Unidades de Habitação de Le Corbusier também se transformaram em emblemas da habitação coletiva moderna.

Page 10: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA No conjunto, foram construídas habitações de 21m2 para

pessoas solteiras; de 40m2, com dois dormitórios; e de 57m2, com três. Discutia-se que a área mínima para uma pessoa deveria variar de 2,5 a 14m2. Além da área reduzida, uma série de estratégias projetuais caracterizam a habitação mínima. Fonseca (2013) destaca: 1) a planta livre, integrando os ambientes sociais e permitindo

a compartimentação por móveis e painéis deslizantes; 2) a sobreposição ou simultaneidade de usos num mesmo

espaço; 3) a compartimentação do banheiro, com individualização do

vaso sanitário, permitindo o uso simultâneo do mesmo; 4) a compactação das cozinhas, independente do número de

moradores.

Page 11: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA

Além das estratégias destacadas, pode-se mencionar ainda as soluções com mezanino. Dispondo dormitórios no pavimento superior e ambientes sociais e de serviço no pavimento inferior, a solução busca amenizar a falta de privacidade que a sobreposição de funções impõe nas áreas restritas, como na Casa para Artesãos (1924) (Figura 1) e na Unidade de Habitação de Marselha (1947-1953), de Le Corbusier. As estratégias da habitação mínima social e coletiva também foram incorporas em habitações isoladas, nas quais não havia necessariamente restrições econômicas.

Page 12: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA

Page 13: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Conjunto habitacional Weissenhof Siedlung - STUTTGART

Page 14: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Conjunto habitacional Reumannhof, construído 1924-1926 - VIENA

Page 15: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA Existem dois arranjos espaciais principais:

A organização da planta em faixas, com áreas compartimentadas e planta livre;

A inserção isolada dos núcleos hidráulicos na planta livre.

As Usonian Houses de Frank Lloyd Wrigh são exemplos de casas compactas e econômicas, a exemplo a George Sturges:

Page 16: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Casa George Struges - Frank L. Wrigh

Page 17: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Casa George Struges - Frank L. Wrigh

Page 18: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Casa George Struges - Frank L. Wrigh

Page 19: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Algumas referências que contribuíram com algumas soluções, aplicadas nas casas compactas contemporâneas:

Marcel Breuer;Mies Van der Rohe;Philip Johnson.

Page 20: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Glass House - Philip Johnson

Page 21: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Farnsworth - Mies Van der Rohe

Page 22: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Planta da casa Farnsworth – Mies Van der Rohe

Page 23: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A CASA COMPACTA ISOLADA

Planta da casa Wise - Marcel Breuer

Page 24: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas experiências da arquitetura moderna brasileira

A casa moderna brasileira, prioritariamente, possui grandes dimensões, três e mais dormitórios, e destinava-se a famílias de classe média e alta, que cultural e financeiramente tinha condições de assimilar os valores modernos de morar.

Page 25: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Casa Oswald de Andrade - Neimeyer

Page 26: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Casa Charles Ofaire - Neimeyer

Page 27: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Casa Jorge de Castro - Toledo

Page 28: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Neimeyer

Page 29: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Neimeyer

Casa Faria Goes – Irmãos Roberto.

Page 30: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

Algumas casas que merecem destaque

Casa Valeria Cirrel - Bo Bardi

Page 31: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A casa compacta contemporânea brasileira A casa compacta brasileira não alcançou o objetivo

desejado podendo ser dito o mesmo com a casa contemporânea. Com a análise de 25 escritórios de arquitetos brasileiros foi revelado dois aspectos fundamentais:

1- A demanda de casas unifamiliares continua sendo elevado enquanto o número de casas pequenas é inexpressivo.

2- A maioria das casas pequenas foram projetadas para uso (esporádico) ou seja casas não-urbanas.

Page 32: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

A casa compacta contemporânea brasileira As famílias mudaram, mas o programa residencial

ainda continuou os padrões da primeira metade do século XX. Mesmo não tendo muita experiência foi incluída casas refúgio, casas urbanas, entre outras. Apesar das diferenças programáticas, percebe-se estratégias projetuais condicionadas principalmente pela tentativa de reduzir áreas, estando está analisadas pelo numero de pavimentos.

Page 33: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS A maioria das casas estudadas com um pavimento

remete aos arranjos em faixas, variando essencialmente a disposição dos núcleos hidráulicos: 1) transversalmente dispostos na planta - entre sala

e quarto ou nos seus extremos; 2) longitudinalmente, integrando sala e quarto.

Page 34: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS No primeiro caso, a disposição do núcleo hidráulico

entre sala e quarto compromete a continuidade espacial e flexibilidade de uso em favor da privacidade do quarto.

Page 35: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS No segundo caso, a integração da sala e quarto responde,

potencialmente, mais ao ideal de integração e sobreposição de uso dos quartos com a sala.

Page 36: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS No segundo caso, a integração da sala e quarto responde,

potencialmente, mais ao ideal de integração e sobreposição de uso dos quartos com a sala.

Page 37: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS

Entre as casas térreas, também são encontradas

aquelas em que os núcleos hidráulicos configuram

blocos isolados na planta, compartimentando

virtualmente os diversos setores. O esquema de Mies,

pouco explorado na arquitetura moderna brasileira,

aparece em casas-protótipos, reproduzíveis e

transportáveis, o que exige um núcleo hidráulico

racionalizado. (TABELA 1.3)

Page 38: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS TÉRREAS

Page 39: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS As casas com dois ou três pavimentos exploram

mezaninos, promovendo o isolamento do setor íntimo, como nos projetos de Le Corbusier. As plantas inferiores se organizam por faixas, que valorizam a integração dos ambientes do setor social e consolidam os núcleos hidráulicos, estes também concentrados verticalmente. São, portanto, casas que fundem dois esquemas – zoneamento por níveis e por faixas ou zoneamento por níveis e por blocos isolados, sendo este último esquema mais recorrente nas casas-protótipos ou habitações social.

Page 40: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS

Page 41: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS

Page 42: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS

Page 43: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS

Page 44: Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira

CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS

Na maioria dos projetos, explicita-se a volumetria

mais pura, com empenas cegas laterais. Essa

estratégia é usada para permitir que o edifício

“cole” nos limites estreitos dos lote ou a associação

entre unidades habitacionais.