Pequenas Ou Não Tão Grandes Casas Na Arquitetura Conteporanea Brasileira
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Pequenas ou não tão grandes casas na arquitetura contemporânea brasileira:
ideias para amanhã? Ana Elísia da Costa
Componentes do Grupo
BRENNO THALES RODRIGUES LIMA
DANIEL FERNANDO ALMEIDA
LEYDE DAYANE COSTA SANTOS
MICHEL BARRETO
VINICIUS ALMEIDA DE JESUS
Pequenas (ou não tão grandes) casas na arquitetura contemporânea brasileira: ideias para amanhã?
Devido a uma emergência de uma nova sociedade, não mais baseada no conceito de família tradicional e seus inúmeros filhos, o tema casa compacta ganha uma relevância diferente no contemporâneo.
Workshops e concursos de projetos realizados em vários países tentam adotar o tema como objeto de estudo.
Diferente do século XX, hoje não se trata apenas de uma habitação social com restrições financeiras, mas sim um desejo de tornar o espaço mais amplo, versátil e dinâmico.
PROJETO UNIVERSIDADE
Cinco universidades participaram de uma pesquisa cujo tema abordado era “Casa Contemporânea Brasileira”.
Sendo analisada nessa pesquisa a produção de 25 escritórios de jovens arquitetos que em 2010 foram eleitos como a nova geração de arquitetos brasileiros. 1º - As famílias continuam adotando moradias como se
adotavam na metade do séc. XX, com três ou mais dormitórios.
2º - Poucas são as casas isoladas compactas e as maiorias são de casas não urbanas e de uso esporádico.
PROJETO UNIVERSIDADE
Após o ano 2000 menos da metade dos escritórios pesquisados produziram casas com menos de 150m2.
Foram identificados cerce de 18 projetos, sendo 08 deles casas-refugio, 03 casas urbanas em terrenos de grandes e pequenas dimensões; 06 casas-protótipo e habitações sociais e 01 projeto de casa-Studio.
Casa-Protótipo: afirmação de um caminho experimental em arquitetura, ou seja, criar um projeto diferente não se prendendo muito nas formas já geralmente utilizadas, como por exemplo:
Protótipo de casa “verde” criado em Catalunha – Espanha para uma Conferência solar realizada na capital dos EUA.
Casa-Refugio: Um local utilizado para descansar, muitas vezes para se isolar, de interação com a natureza e consigo mesmo.
Casa-Refugio Sustentável, localizada em Sonoma – Califórnia.
Casa-Studio: O estúdio ainda é um conceito de moradia pouco conhecido dos brasileiros. Caracteriza-se pela excelente localização, por oferecer serviços diferenciados de room service, academia, piscina, entre outros.
Edifício residencial localizado em Florianópolis.
A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA O tema da casa mínima tem suas origens no segundo
CIAM (1929), que buscou estabelecer parâmetros mínimos para o habitar. A partir daí, começou a ser discutida a relação entre a área dos ambientes e as necessidades físicas e psicológicas. Também foram discutidos parâmetros de salubridade, decorrente da ventilação e iluminação dos ambientes. A discussão subsidiou, principalmente, experiências de habitação social e coletiva. Merece destaque o pioneirismo dos conjuntos habitacionais de Stuttgart (1927), Viena (1929 e 1934) e Frankfurt (1929-1930). Mais tarde, as Unidades de Habitação de Le Corbusier também se transformaram em emblemas da habitação coletiva moderna.
A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA No conjunto, foram construídas habitações de 21m2 para
pessoas solteiras; de 40m2, com dois dormitórios; e de 57m2, com três. Discutia-se que a área mínima para uma pessoa deveria variar de 2,5 a 14m2. Além da área reduzida, uma série de estratégias projetuais caracterizam a habitação mínima. Fonseca (2013) destaca: 1) a planta livre, integrando os ambientes sociais e permitindo
a compartimentação por móveis e painéis deslizantes; 2) a sobreposição ou simultaneidade de usos num mesmo
espaço; 3) a compartimentação do banheiro, com individualização do
vaso sanitário, permitindo o uso simultâneo do mesmo; 4) a compactação das cozinhas, independente do número de
moradores.
A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA
Além das estratégias destacadas, pode-se mencionar ainda as soluções com mezanino. Dispondo dormitórios no pavimento superior e ambientes sociais e de serviço no pavimento inferior, a solução busca amenizar a falta de privacidade que a sobreposição de funções impõe nas áreas restritas, como na Casa para Artesãos (1924) (Figura 1) e na Unidade de Habitação de Marselha (1947-1953), de Le Corbusier. As estratégias da habitação mínima social e coletiva também foram incorporas em habitações isoladas, nas quais não havia necessariamente restrições econômicas.
A HABITAÇÃO COMPACTA MODERNA
Conjunto habitacional Weissenhof Siedlung - STUTTGART
Conjunto habitacional Reumannhof, construído 1924-1926 - VIENA
A CASA COMPACTA ISOLADA Existem dois arranjos espaciais principais:
A organização da planta em faixas, com áreas compartimentadas e planta livre;
A inserção isolada dos núcleos hidráulicos na planta livre.
As Usonian Houses de Frank Lloyd Wrigh são exemplos de casas compactas e econômicas, a exemplo a George Sturges:
A CASA COMPACTA ISOLADA
Casa George Struges - Frank L. Wrigh
A CASA COMPACTA ISOLADA
Casa George Struges - Frank L. Wrigh
A CASA COMPACTA ISOLADA
Casa George Struges - Frank L. Wrigh
A CASA COMPACTA ISOLADA
Algumas referências que contribuíram com algumas soluções, aplicadas nas casas compactas contemporâneas:
Marcel Breuer;Mies Van der Rohe;Philip Johnson.
A CASA COMPACTA ISOLADA
Glass House - Philip Johnson
A CASA COMPACTA ISOLADA
Farnsworth - Mies Van der Rohe
A CASA COMPACTA ISOLADA
Planta da casa Farnsworth – Mies Van der Rohe
A CASA COMPACTA ISOLADA
Planta da casa Wise - Marcel Breuer
Algumas experiências da arquitetura moderna brasileira
A casa moderna brasileira, prioritariamente, possui grandes dimensões, três e mais dormitórios, e destinava-se a famílias de classe média e alta, que cultural e financeiramente tinha condições de assimilar os valores modernos de morar.
Algumas casas que merecem destaque
Casa Oswald de Andrade - Neimeyer
Algumas casas que merecem destaque
Casa Charles Ofaire - Neimeyer
Algumas casas que merecem destaque
Casa Jorge de Castro - Toledo
Algumas casas que merecem destaque
Neimeyer
Algumas casas que merecem destaque
Neimeyer
Casa Faria Goes – Irmãos Roberto.
Algumas casas que merecem destaque
Casa Valeria Cirrel - Bo Bardi
A casa compacta contemporânea brasileira A casa compacta brasileira não alcançou o objetivo
desejado podendo ser dito o mesmo com a casa contemporânea. Com a análise de 25 escritórios de arquitetos brasileiros foi revelado dois aspectos fundamentais:
1- A demanda de casas unifamiliares continua sendo elevado enquanto o número de casas pequenas é inexpressivo.
2- A maioria das casas pequenas foram projetadas para uso (esporádico) ou seja casas não-urbanas.
A casa compacta contemporânea brasileira As famílias mudaram, mas o programa residencial
ainda continuou os padrões da primeira metade do século XX. Mesmo não tendo muita experiência foi incluída casas refúgio, casas urbanas, entre outras. Apesar das diferenças programáticas, percebe-se estratégias projetuais condicionadas principalmente pela tentativa de reduzir áreas, estando está analisadas pelo numero de pavimentos.
CASAS TÉRREAS A maioria das casas estudadas com um pavimento
remete aos arranjos em faixas, variando essencialmente a disposição dos núcleos hidráulicos: 1) transversalmente dispostos na planta - entre sala
e quarto ou nos seus extremos; 2) longitudinalmente, integrando sala e quarto.
CASAS TÉRREAS No primeiro caso, a disposição do núcleo hidráulico
entre sala e quarto compromete a continuidade espacial e flexibilidade de uso em favor da privacidade do quarto.
CASAS TÉRREAS No segundo caso, a integração da sala e quarto responde,
potencialmente, mais ao ideal de integração e sobreposição de uso dos quartos com a sala.
CASAS TÉRREAS No segundo caso, a integração da sala e quarto responde,
potencialmente, mais ao ideal de integração e sobreposição de uso dos quartos com a sala.
CASAS TÉRREAS
Entre as casas térreas, também são encontradas
aquelas em que os núcleos hidráulicos configuram
blocos isolados na planta, compartimentando
virtualmente os diversos setores. O esquema de Mies,
pouco explorado na arquitetura moderna brasileira,
aparece em casas-protótipos, reproduzíveis e
transportáveis, o que exige um núcleo hidráulico
racionalizado. (TABELA 1.3)
CASAS TÉRREAS
DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS As casas com dois ou três pavimentos exploram
mezaninos, promovendo o isolamento do setor íntimo, como nos projetos de Le Corbusier. As plantas inferiores se organizam por faixas, que valorizam a integração dos ambientes do setor social e consolidam os núcleos hidráulicos, estes também concentrados verticalmente. São, portanto, casas que fundem dois esquemas – zoneamento por níveis e por faixas ou zoneamento por níveis e por blocos isolados, sendo este último esquema mais recorrente nas casas-protótipos ou habitações social.
CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS
CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS
CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS
CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS
CASAS COMPACTAS - DOIS OU TRÊS PAVIMENTOS
Na maioria dos projetos, explicita-se a volumetria
mais pura, com empenas cegas laterais. Essa
estratégia é usada para permitir que o edifício
“cole” nos limites estreitos dos lote ou a associação
entre unidades habitacionais.