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    Pequeno dicionrio gramscista

    ESCRITO POR FLIX MAIER | 26 JULHO 2012

    A doutrina fascista de Gramsci e de outros intelectuais europeus, como os integrantes da Escola deFrankfurt, modificou por completo toda a estrutura cultural do Ocidente nas ltimas dcadas - para pior.

    No Brasil, vivemos, atualmente, em um verdadeiro sistema fascista, em que h a cooptao de todos ossetores da sociedade pelo poder central de Braslia, no havendo nenhum tipo de oposio poltica aoesquema. o que eu batizei de "fascismo gay" (veja verbete abaixo), j que todos esto alegres emviver em tal sistema - gramscista-fascista em sua estrutura -, recebendo uma bolsa aqui, outra ali, todossatisfeitos em viver numa sociedade em que h apenas direitos, no deveres. Hoje, at empresrios sedizem "socialistas", como o capitalista Paulo Skaff, presidente da Fiesp, que se candidatou nas eleiespassadas pelo Partido Socialista Brasileiro para o governo de So Paulo, perdendo para Geraldo

    Alckmin.

    Gramsci deve estar muito orgulhoso de seus escritos feitos no crcere! Afinal, se tinha algum queentendia verdadeiramente de fascismo, essa pessoa era Antonio Gramsci.

    Os verbetes abaixo faro parte do meu livro A LNGUA DE PAU - Uma histria da intolerncia e dadesinformao.

    Aparelhamento - a infiltrao de um partido ou classe social em todos os rgos do Estado, com ointuito de controle total a servio de sua ideologia ou convenincias. O sucessor de FHC criou mais de20.000 cargos de confiana para a companheirada, dentro da doutrina gramscista de ocupao deespaos. Alm do aparelhamento do Estado, feito com vagar e vigor desde o incio da Nova Repblica,o objetivo duplo: angariar votos (cada emprego garante, no mnimo, cinco votos para candidatos dopartido) e fazer caixa para o PT, j que todo filiado tem obrigao de contribuir com o dzimo para aigreja petista, que pode chegar a 20% do salrio. O fascismo gay do sucessor de FHC ampliou oaparelhamento do partido em antigos institutos, como o IBGE e o IPEA, que primavam pela seriedade ehoje tm a mesma credibilidade de um instituto cubano ou norte-coreano, ou seja, zero. A mentalidadeburocrtica -que, de acordo com Brentano, a nica caixa de ressonncia da Associao para aPoltica Social- considera construtiva e positiva apenas a ideologia que exija o maior nmero dereparties pblicas e de funcionrios. E quem procura reduzir o nmero de agentes do Estado tachado de pessimista ou de inimigo do Estado (MISES, 1987: 86). Se no existisse oaparelhamento esquerdista da mdia, o sucessor de FHC teria sofrido impeachmentpor conta domensalo.

    Cadernos do Crcere - Antonio Gramsci foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em1921. Cadernos do Crcere sua obra-prima, escrita durante sua priso na Itlia, de 1926 a1935. Esta publicao, difundida em vrios continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, queviram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, semque fosse necessrio o derramamento de sangue, como ocorreu na Rssia, na China, em Cuba, noLeste Europeu, na Coreia do Norte, no Camboja e no Vietn do Norte. (...) Gramsci professava que aimplantao do comunismo no deve se dar pela fora, como aconteceu na Rssia, mas de formapacfica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionria. (...) A originalidade da tese

    de Gramsci reside na substituio da noo de ditadura do proletariado por hegemonia doproletariado e ocupao de espaos, cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigentee dominante. Defendia que toda tomada de poder s pode ser feita com alianas e que o trabalho daclasse revolucionria deve ser, primeiramente, poltico e intelectual(Anatoli Oliynik, in A Tomada doPoder -Gramsci e a Comunizao do Brasil-http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/, acesso em 9/6/2011).

    http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13272-pequeno-dicionario-gramscista.htmlhttp://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13272-pequeno-dicionario-gramscista.htmlhttp://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13272-pequeno-dicionario-gramscista.html
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    Paradoxal e surpreendentemente, a primeira publicao no Brasil dos Cadernos do Crcere, docomunista italiano Antonio Gramsci - uma iniciativa de nio Silveira e de sua Editora CivilizaoBrasileira -veio luz entre 1966 e 1968, com uma reedio em 1970, em plena ditadura. Um cochiloda censura ou amordaa no era to severa como muitos na poca e ainda hoje querem fazer crer?Isto a confirmao do que afirmou Olavo de Carvalho, ao dizer que por uma coincidncia das maisirnicas, foi a prpria brandura do governo militar que permitiu a entronizao da mentira esquerdistacomo histria oficial quando o governo, influenciado pela teoria golberiana, jamais fez o mnimo esforo

    para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos(Gen Div Negro TorresHistria Oral do Exrcito/1964, Tomo 14, pg. 80).

    Cooptao poltica - Processo pelo qual o Estado trata de submeter sua tutela formas autnomas departicipao. Por exemplo, no Governo Vargas, a criao do Ministrio do Trabalho e do sistemaprevidencirio foram transformados em capital poltico do PTB. Com o governo petista, firmou-se noBrasil o fascismo gay, de base gramscista.

    Escola de Frankfurt - Famosa escola (de pau) de pesquisa sociolgica alem da dcada de 1920, deunfase, entre outras pesquisas, personalidade autoritria da sociedade e teoria crtica oucontracultura, de modo a destruir instituies tradicionais, como a famlia e a religio, dentro do conceito

    politicamente correto. Tinha entre seus tericos Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Eric Fromm,Walter Benjamin, Marx Horkheimer, Jrgen Habermas, Eric Hobsbawn, Umberto Eco. Tomando comoideal o homem livre (um tema sem teor cientfico, um mero sonho), deveria explicar por que, depois doIluminismo e de Marx agora, que pela primeira vez na histria, a sociedade industrial estavafinalmente organizada socialmente, o mundo produzia ainda tantas personalidades autoritrias,lderes e seus vassalos. A chamada Escala F do livro Personalidade Autoritria(coproduzido por MaxHorkheimer) media os traos da personalidade autoritria: 1) passividade automtica ante os valoresconvencionais; 2) cega sujeio autoridade; 3) inimigo da introspeo; 4) rgido; 5) pensamentomediante clichs; enfim, tudo se destinava a determinar e quantificar o antissemitismo, o racismo, oconservadorismo econmico etc. Horkheimer e Adorno foram diretores da Escola. Na dcada de 1930,a Escola transferiu suas atividades para os EUA, fugindo do Nazismo, primeiro para a Universidade de

    Colmbia, em Nova York, e depois para a Califrnia. Aps a II Guerra Mundial, a Escola voltou a seulugar de origem, Frankfurt.

    A Escola de Frankfurt foi erguida com o dinheiro de Hermann Weil, capitalista e explorador do trigo (eda mo-de-obra barata) argentino. Da ctedra da Escola, os seus integrantes mais notveis (algunsdeles filhos de banqueiros e milionrios), diante da crescente supremacia do capitalismo, atiramsofisticados petardos contra o que julgam ser a estrutura dominante da sociedade industrialcontempornea. Um dos seus mais destacados mentores, Theodor Adorno (1903-1969) - que morreude enfarte aps uma aluna ter ficado nua na sala de aula para testar o grau de sinceridade do mestrepelas liberdades individuais por ele proclamadas -, era taxativo em afirmar (Dialtica Negativa, 1966),por meio da nfase dramtica, que o mundo e as conscincias viviam alienados e no tinham mais

    salvao, apontando a concentrao do capital, o planejamento burocrtico e a mquina reificadora dacultura de massa como foras destruidoras das liberdades individuais (vindo da, naturalmente, todo oarsenal crtico mais pretensioso contra Hollywood)(PONTES, 2003: 42).

    Fascismo gay - Trata-se do fascismo brasileiro, de tempero gramscista, consolidado pelo sucessor deFHC, o gay fascism. Nesse modelo, no existe oposio e todos os setores da sociedade, inclusiveempresrios, esto alegremente (gay) cooptados com as benesses do Poder Central. O pensamentode Marx (e de seus seguidores) continua a causar estragos e at a apresentar-se como hegemnico,sobremodo em algumas partes da descarnada Amrica Latina. puro non -sense. Mas pelo menos noBrasil inquestionvel a supremacia da dogmtica marxista, pois o pas tornou-se o espao vital ondemilhares e milhares de militantes esquerdistas, comandados por uma mquina bem-azeitada e nutrida o

    mais das vezes nos fundos pblicos (subtrados a muque do bolso do trabalhador e dos empresrioscontribuintes), atuam sistemtica e proficuamente nas ctedras, parlamentos, plpitos, quartis, mdias,associaes civis e militares, sindicatos, prises, palcos, telas e at nos prostbulos, com o objetivonico e irreversvel de socializar a nao(PONTES, 2003: 42-3). Na medida em que crescem, deforma galopante as escorchantes tributaes sobre os bens privados, do trabalhador e dos empresrios,

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    aumenta em proporo geomtrica o nmero dos excludos, pois uma coisa decorre da outra: oEstado (com suas elites, suas agncias, instituies e burocracia em geral) que se apropria, por forada violncia legal (e da inrcia ou ignorncia da populao), da riqueza produzida pela sociedade parausufruto diuturno de privilgios(idem, pg. 43).

    No Brasil, os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e os aparelhos urbanos pelas viasdemocrticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros do governo, ecologistas,professores, comentaristas da mdia, e outros tranformaram-se simplesmente em lderes religiosos e

    integrantes ativos das ONGs, constitudas por vasto contingente de intelectuais orgnicos muito bemremunerados com recursos do prprio governo e de grupos e empresas internacionais. A estratgiademocraticamente adotada para tornar o Brasil uma Repblica Popular Socialista a da revoluopassiva, extrada dos Cadernos do Crcere de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do ComitCentral do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente das teses revolucionrias de Lnin epregava a tomada do poder pela ao hegemnica dos intelectuais infiltrados no aparelho do Estado esuas instituies(idem, pg. 57).

    O mercado no d a menor bola para esse tipo de debate. Ele no quer saber qual a ideologia dopetismo. A sua pergunta sempre ser a seguinte: o modelo rende? Rende. Ento tudo est no seudevido lugar(AZEVEDO, 2008: 138). Somos mais governados pelo PT que no vemos do que por

    aquele que vemos. (...) A mina de ouro est nas diretorias e nos milhares de cargos das estatais. aque est alojado o PT. por isso que eles lamentam tanto as privatizaes do governo FHC. Imaginemse essa gente tivesse, por exemplo, a Telebrs nas mos: 27 presidncias regionais, mais os milharesde cargos de confiana. Mais a Vale, a CSN, a Embraer...(AZEVEDO, 2008: 124-5). Dezenas dejornalistas aguardavam uma definio na portaria do edifcio Rocha. Por pouco no desci para dizer-lhes que no haveria mais a chapa PT-PL. Quando j ia pegar o elevador, fui chamado de volta. Asnegociaes haviam recomeado, agora no quarto do anfitrio. Embora sempre procurasse me manter distncia nessas horas, esperando por uma deciso para comunic-la imprensa, estava claro paratodos que o impasse se dava na questo da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazersua campanha. Somentetrs anos depois, quando estourou o escndalo do mensalo, eu ficariasabendo que o valor solicitado era de 10 milhes de reais. No incio da noite, os dirigentes dos dois

    partidos anunciaram que a aliana estava selada, como queriam Lula e Alencar(KOTSCHO, 2006:223).

    Gramscismo - Gramsci, incapaz de se ver no papel de lder, tirou de Maquiavel no a idia de umprncipe individual, como Mussolini o fez, mas sim a de um coletivo: o prncipe moderno, o prncipe mito,no pode ser uma pessoa real, um indivduo concreto -ele s pode ser uma organizao(JOHNSON,1994:78).Gramsci, que queria o partido como o Moderno Prncipe, dizia que ele deveria ser oimperativo categrico da sociedade e que tudo deveria existir e ser feito em funo de suasnecessidades. At mesmo a crtica deveria ser autorizada por ele e t-lo como referncia. Em certossetores da imprensa, j experimentamos algo parecido. S se aceita que petistas contestempetistas(AZEVEDO, 2008: 26-7). O pacto urbano, em decorrncia, soldado pela participao do

    intelectual, para usar uma expresso de Gramsci(GENRO, 1982: 30).

    Guerra de Movimento - Concepo gramscista, equivalente revoluo permanente de Marx eEngels, adotada pelos comunistas contra os Estados absolutistas ou despticos do tipo Oriental etambm contra os Estados liberais elitistas da 1 metade do Sculo XIX, para implantao dosocialismo.

    Guerra de Posio - Concepo gramscista, mais adequada contra os Estados modernos edemocrticos do tipo Ocidental, para conquista do socialismo. Essa concepo est sendo implantadacom sucesso no Brasil, desde a redemocratizao (1979), com a atuao das esquerdas em todos osrgos nacionais, governamentais ou no - especialmente na Educao e nos meios culturais.

    Hegemonia cultural - A hegemonia consiste na criao de uma mentalidade uniforme em torno dedeterminadas questes, fazendo com que a populao acredite ser correta esta ou aquela medida, esteou aquele critrio, esta ou aquela anlise de situao, de modo que quando o comunismo tiver tomadoo poder, j no haja qualquer resistncia. Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de

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    diretrizes indicadas pelo intelectual coletivo (o partido), que as dissemina pelos intelectuais orgnicos(ou formadores de opinio), sendo estes constitudos de intelectualides de toda sorte, comoprofessores principalmente universitrios (porque o jovem um caldo de cultura excelente para isso),a mdia (jornalistas tambm intelectualides) e o mercado editorial (autores de igual espcie), os quais,ento, se encarregam de distribu-las pela populao. (...) A outra tcnica gramsciana - a da ocupaode espaos - j dava mostras to evidentes de visibilidade entre ns, com a nomeao de 20 mil cargosde confiana pelo PT em todo o territrio nacional (s para cargos federais!), que nem mesmo precisariaser novamente denunciada. O que faltava, entretanto, era fazer a conexo com a primeira tcnica - a

    hegemonia.(Dra. Marli Nogueira, Juza do TRT em Braslia, in Tcnica Gramsciana e o Partido dosTrabalhadores, 13/6/2005).

    Nesse livro[O Reprter e o Poder, do jornalista Jos Carlos Bardawwil], ele d vrios depoimentos quemostrou o poder imenso que, j na dcada de 1970, o Partido[PCB] tinha sobre a classejornalstica(Otto Maria Carpeaux - HOE/1964, Tomo 3, pg. 122). Gramsci agora est convencido deque parase tornar classe dirigente, para triunfar naquela estratgia mais complexa de longo alcance, oproletariado no pode se limitar a controlar a produo econmica, mas deve tambm exercer suadireo poltico-cultural sobre o conjunto das foras sociais que, por essa ou aquela razo, desse oudaquele modo, se opem ao capitalismo(COUTINHO, 1989: 36). As principais causas da corrupo

    so velhas conhecidas: instituies frgeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governofederal emprega 90000 pessoas em cargos de confiana. Nos Estados Unidos, h 9051. Na Gr-Bretanha, cerca de 300. Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e no para o povo,prejudicando severamente a eficincia do estado, diz Claudio Weber Abramo, diretor da TransparnciaBrasil(Revista Veja,inA vingana contra os corruptos, 26/10/2011, pg. 80).

    Intelectual orgnico - Trata-se de intelectual orgnico ao Partido dos Trabalhadores, muito comum naUSP (Emir Sader, Marilena Chau, Maria Aparecida Aquino), na Unicamp e na UnB (Marcos Bagno,reitor Jos Geraldo Sousa, o Z do MST). A expresso foi criada por Gramsci para qualificar omilitante marxista existente na cultura e no magistrio. Quem ler qualquer revista ou jornal, ou livrosacadmicos, ou vir o vestibular (da USP, da UFPR, da UNICAMP) no demorar muito at encontrar

    frases do tipo a explorao dos trabalhadores pelos capitalistas ou o capitalismo baseia-se naexplorao de uns pelos outros (PEREIRA, 2003: 271). Marcuse usava uma expressoabsolutamente fantstica: dizia que a estratgia deveria ser no a de atacar o sistema, mas a de fazersua decomposio difusa. Isto , voc espalharia, por tudo quanto lado, militantes e intelectuais - semligao aparente uns com os outros - que iriam corroendo, aos poucos, todos os valores, instituiesetc. e destruindo sua estrutura de dentro para fora(Otto Maria Carpeaux -HOE/1964, Tomo 3, pg. 118-9).

    Politicamente correto - No se deve chamar um homem baixo de ano. Nem de baixinho. politicamente correto cham-lo de negativamente avantajado. Preto brasileiro deve ser chamado deafro-brasileiro (e Gustavo Kuerten e Giselle Bnchen, de teuto-brasileiros). Infanticdio no existe

    mais, apenas aborto, um direito da mulher dispor de seu prprio corpo. Prostituta no maisprostituta, empresria do sexo. Papa-defunto virou empresrio do luto. Pederasta, palavra quetentaram riscar do atual Cdigo Civil, passou a ser o inofensivo gay. Os proprietrios do DicionrioWebster foram obrigados a riscar vrias palavras, como crioulo. Uma deputada distrital do PT, noGoverno Cristvam Buarque, apresentou projeto semelhante, visando riscar do Dicionrio Aurliopalavras julgadas ofensivas. (Na mesma poca, o PT negou a Pel o ttulo de cidado brasiliense.)Com essa bobagem semntica - a novalngua -, o movimento do politicamente correto, dominadopelas esquerdas, se assenhorou da mdia e aproveita para distorcer fatos que lhe so antipticos edourar a plula que todos devem engolir. Politicamente correto no nada mais do que marxismocultural ou multiculturalismo e tem por objetivo destruir a cultura ocidental e a religio crist, com acontribuio importante de Georg Lukacs (terrorismo cultural), Antonio Gramsci (longa marcha nas

    instituies, ou seja, o domnio das escolas, mdia, at igrejas, para influenciar a cultura) e osintegrantes da teoria crtica da Escola de Frankfurt, que inicialmente seria chamada de Instituto para oMarxismo: Max Horkheimer, Theodor Adorno, Eric Fromm, Wilhelm Reich e Herbert Marcuse.Acorreo poltica a carrancuda vingana do rancoroso, intolerante e mal-intencionado idiota sobre tudoaquilo que tem vida no mundo. No nada mais do que o recurso insincero e desprovido de humor de

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    mentes to medocres, que, para eles, o ressurgimento do stalinismo prefervel dor de um vislumbredo Ser - o ltimo vestgio da besta que Nietzsche identificava como ressentimento. Tais mentes tiramsua melanclica noo de prazer - como as fantasiosas erees de eunucos centenrios - maquiando opouco que desejam conhecer da Histria para pessoas que parecem no se conformar com os padresartificiais dos mais ineptos governos do sculo XX(SEYMOUR-SMITH, 2002: 84-5).

    Um dos objetivos da "novilngua" (vide Orwell) apagar as emoes e tornar tudo pasteurizado,andino, sem emoo. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete. Tome cuidado com

    o que fala. Otermo crioulo pode enquadr-lo na Lei Ca (cujo apelido nos tempos da UNE eraCrioulo). Tudo depende de como se fala, embora a descrio passou por aqui, era um crioulo sejaadequada. Mas, se fosse vivo, Adolfo Caminha teria problemas com O bom crioulo (Fritz Utzeri, inOPoliticamente correto).At o Exrcito Brasileiro se rendeu lngua do PC: no se realizam mais grupos de trabalho para tratarde Recursos Humanos, mas de Talentos Humanos. Nos EUA, o jornalista Bernard Goldberg lanou olivro Bias - A CBS Insider Exposes How the Media Distort the News(Tendencioso - Um Conhecedor daCBS Mostra Como a Mdia Distorce as Notcias). Logo, Goldberg foi tachado de mentiroso, extremistade direita. Uma das teses polmicas de Goldberg se refere aos doentes da AIDS, cujos nmeros foramescondidos para agradar ao lobby dos homossexuais e das minorias raciais dos EUA (negros ehispnicos), para acelerar as pesquisas de remdios. Por exemplo, dos aidticos mostrados na TV, 6%

    eram gays, 16% eram negros e hispnicos e 2% eram drogados. Na verdade, 58% eram gays, 46%eram negros e hispnicos e 23% eram drogados (perodo estudado: 1992 a 1995). A Universidade deOxford, nos EUA, lanou uma verso politicamente correta do Novo Testamento (Novo Testamento eSalmos: uma verso no excludente), onde h alteraes, como: A expresso Deus Pai passa a serDeus Pai e Me; a orao Pai-Nosso recebe o nome de Pai e Me Nossos; foi excludo o termoescurido como sinnimo do mal por Ter conotao racista; eliminaram-se as acusaes de que osjudeus mataram Jesus Cristo; as mulheres deixam de ser sujeitas aos maridos e passam a sercompromissadas; as crianas devem prestar ateno aos pais, no obedec -los (Deus Pai eMe,inrevista Isto, 6/9/1995). Em qualquer pas, preconceitos e maneiras ofensivas de pensar ficamentranhados na linguagem e nas instituies sem s vezes nos darmos conta disso. O legado maispositivo do politicamente correto foi chamar ateno para esse fato e nos tornar mais atentos para as

    situaes em que ofendamos inadvertidamente um grupo ou uma minoria. (...) No ambiente acadmico,qualquer opinio deve passar pelo teste do debate, e ser mantida ou descartada por seus mritos, noporque algum disse que ela aceitvel ou inaceitvel a priori. O politicamente correto tentouestabelecer cdigos do que era apropriado pensar e dizer e, nesse sentido, foi muito nefasto(LawrenceSummers, reitor da Universidade de Harvard, entrevista a Veja, 31/3/2004, pg. 14). O politicamentecorreto consiste na observao da sociedade e da histria em termos maniquestas. O politicamentecorreto representa o bem e o politicamente incorreto representa o mal. O sumo bem consiste em buscaras opes e a tolerncia nos demais, a menos que as opes do outro no sejam politicamenteincorretas; o sumo mal encontra-se nos dados que precederiam opo, quer sejam estes de cartertnico, histrico, social, moral e sexual, e inclusive nos avatares humanos. O politicamente correto noatende igualdade de oportunidade alguma no ponto de partida, seno, ao igualitarismo nos resultados

    no ponto de chegada(Entrevista de Vladimir Volkoff a Marc Vittelio - site Mdia Sem Mscara,27/04/2004). O tpico intelectual exasperado de hoje defende sistematicamente reivindicaescontraditrias: liberao do aborto e represso ao assdio sexual, moralismo poltico e imoralismoertico, liberao das drogas e proibio dos cigarros, destruio das religies tradicionais e defesa dasculturas pr-modernas, democracia direta e controle estatal da posse de armas, liberdade irrestrita parao cidado e maior interveno do Estado na conduta privada, antirracismo e defesa de identidadesculturais sustentadas na separao das raas, e assim por diante(CARVALHO, 2000: 90-91). Porpresso de grupos LGBT, MPF e Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, do MJ, oministrio da Defesa ir propor aos legisladores tirar a palavra pederastia do Cdigo Penal Militar, queem seu art. 235 trata aquela prtica como crime.

    Revoluo Passiva - No Brasil, os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e osaparelhos urbanos pelas vias democrticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros dogoverno, ecologistas, professores, comentaristas da mdia, e outros transformaram-se simplesmente emlderes religiosos e integrantes ativos das ONGs, constitudas por vasto contingente de intelectuaisorgnicos muito bem remunerados com recursos do prprio governo e de grupos e empresas

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    internacionais. A estratgia democraticamente adotada para tornar o Brasil uma Repblica PopularSocialista a da revoluo passiva, extrada dos Cadernos do Crcere de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do Comit Central do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente dasteses revolucionrias de Lnin e pregava a tomada do poder pela ao hegemnica dos intelectuaisinfiltrados no aparelho do Estado e suas instituies(PONTES, 2003: 57).

    Senso comum - O mundo como conhecemos alicerado no senso comum dos povos. O marxismoquer superar esse conceito, criar uma ruptura. Gramsci denominava esse objetivo estratgico de

    superao do senso comum: exatamente a superao do senso comum que fez com que todosacreditassem piamente que a Contrarrevoluo de 1964 no passou de um ato impensado dos militaresque, na falta do que fazer, decidiram implantar uma ditadura(Marli Nogueira, Juza do TRT emBraslia, in "Tcnica Gramsciana e o Partido dos Trabalhadores", 13/6/2005). Segundo Srgio Augustode Avelar Coutinho, a superao do senso comum um empreendimento de profunda transformaocultural e psicolgica da sociedade e consiste em apagar certos valores tradicionais e uma partesignificativa da herana cultural da sociedade burguesa e substitu-la por conceitos novos epragmticos(PEDROSA: 2008, 73). Certamente, tal reviravolta, orientada pelas ideias de Gramsci,devia ser compreendida por intelectuais para a tomada do poder no lugar dos operrios, marinheiros,soldados e camponeses da velha ortodoxia leninista, stalinista ou maosta. Desta forma, o movimentoseria direcionado para a formao de mentalidades nas universidades e escolas, campos preferidos

    para conscientizao do rumo das transformaes(idem, pg. 73). O fascismo gay brasileiro isso, amudana radical do senso comum antigo, da tica judaico-crist, uma quebra de paradigma das leissociais e econmicas, que devem dar vez a esse hbrido stalinista-gramscista, o comunofascismo.

    Socialismo do sculo XXI - Sistema neocomunista, em implantao na Venezuela (Hugo Chves), naBolvia (Evo Cocales), no Equador (Rafael Garcia), na Nicargua (Daniel Ortega), na Argentina (CristinaKirchner), no Brasil (Lula-Dilma), obedecendo ao objetivo estratgico do Foro de So Paulo (FSP), que comunizar toda a Amrica Latina. Segundo Viviana Padelin, do movimento Fraternidad LibertariaLatinoamericana, esse tipo de socialismo implantado em trs etapas (Cfr. Las fases delneocomunismo o socialismo de siglo XXI, disponvel na internet):

    1. Etapa - Governo populista: assistencialismo, aumento da quantidade de cargos pblicos, aumentode salrios, controle paulatino dos meios de comunicao e da cultura, corrupo, discriminao edireitos humanos, reviso da histria recente (governos militares), desvalorizao dos smbolos ptrios,aumento da delinquncia, desmantelamento progressivo das foras de segurana ou sua cooptaocom o novo regime, utilizao de menores de idade para delinquir, fragmentao da oposio, ataques Igreja Catlica, ocupao de fbricas e terras no produtivas, aumento de ONGs de esquerda,criao de grupos de choque, criao de novas universidades de orientao esquerdista, aumento deimpostos, aumento do consumo de drogas e narcotrfico, censo habitacional para conhecer osdomiclios desocupados, fragmentao da central sindical, quebra do sistema de sade;

    2. Etapa- Etapa de implantao e consolidao: quebra da classe mdia, reforma constitucional,aprovao de casamento homossexual, aprovao do aborto, lei da censura, perseguio miditica ejudicial, colapso do judicirio, a delinquncia governa as ruas, legalizao da maconha, destruiomoral e fsica das Foras Armadas e da Segurana Pblica, oposio fragmentada (incapaz de gestoeficaz, mesmo vencendo as eleies), elegem-se novos inimigos para serem combatidos pelos gruposde choque do sistema, diviso de municpios e estados, perseguio religiosa (especialmente contracatlicos e evanglicos), criao de milcias armadas;

    3. Etapa- Fase inicial do neocomunismo: expropriaes, presos e crimes polticos, ataque IgrejaCatlica, regime eleitoral feio do partido do governo, eleies esprias, espiral inflacionria.

    A autora se esqueceu de acrescentar o item desarmamento da populao. A Venezuela de HugoChvez o pas que est mais avanado na implantao do neocomunismo. Como visto acima, oBrasilisto do fascismo gay j queimou algumas das etapas previstas no Socialismo do Sculo XXI.Enquanto Chvez se utiliza da truculncia para implantar o socialismo, a esquerda brasileira se utilizada revoluo passiva e permanente preconizada por Gramsci, de modo a cooptar toda a sociedade em

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    torno de um partido-governo, o PT. A estratgia brasileira rumo ao socialismo, ao contrrio do queparece, muito mais insidiosa e perigosa do que a estratgia do brucutu Chvez, porque se este cair,cai tambm o bolivarianismo venezuelano. No Brasil, ao contrrio, seja quem foro presidente eleito, ofascismo gay vai seguir alegre como nunca, porque j existe uma grande ruptura na sociedadebrasileira e quebra de paradigmas no que se refere ao antigo senso comum, tica, religiosidade,fruto de nossa herana cultural judaico-crist, a qual ferozmente combatida pelo socialismo ateu.

    Sociedade civil - Denominao utilizada pela primeira vez por Adam Ferguson, em 1767, em

    seu Ensaio sobre a histria da sociedade civil, no qual discorre sobre as virtudes do homem nasociedade civil, ou seja, a "sociedade civilizada", em oposio ao homem isolado e bruto. O marxistafrancs L. Althusser, aplicando a dialtica hegeliana, afirmou que em cada sociedade h embutidasduas sociedades diferentes e opostas: a sociedade poltica ou Estado (classe dominante) e a sociedadecivil (sociedade dominada ou povo), denominaes fartamente utilizadas por Antnio Gramsci. Gramsci,um dos fundadores do Partido Comunista da Itlia, Seo Italiana da Internacional Comunista, emsua Teoria Ampliada do Estadoconsidera duas esferas no interior das superestruturas:

    1) Sociedade Poltica, que ele chama de Estado em sentido estrito ou Estado-coero, que formada pelo conjunto de mecanismos atravs dos quais a classe dominante detm o monoplio legalda represso e da violncia, e que identifica com os aparelhos de coero sob controle das burocracias

    executiva e policial-militar; e

    2) Sociedade Civil: compreende as ONG, organizaes comunitrias, associaes de moradores,organizaes religiosas, partidos polticos, sindicatos, associaes profissionais, corporaes privadassem finalidades lucrativas, organizaes societrias (membros, scios), e todas as formas deorganizaes e instituies privadas, como fundaes, escolas, universidades, centros de pesquisas e aorganizao material da cultura (revistas, jornais, editoras, meios de comunicao de massa etc.).Entenda-se sociedade socialista, no pensamento de pau gramscista. Segundo Gramsci, aSociedade Civil, em sua guerra de posio nos estados democrticos modernos, que ir levar essespases conquista do socialismo. A guerra de movimento ou revoluo permanente, na acepo deMarx e Engels em 1850, ser adotada contra os estados absolutistas ou despticos, ou contra estados

    democraticamente fracos. O Brasil, desde o advento da Nova Repblica, em que o Estado coercitivotradicional est se tornando cada vez mais inoperante e intil, est pavimentando rapidamente ocaminho que levar ao paraso sonhado por Antonio Gramsci. Com o sucessor de FHC, consolida-se,enfim, o fascismo gay.

    USP - Universidade de So Paulo: fundada em 1934, no Governo de Armando Sales de Oliveira, enesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando HenriqueCardoso e Octvio Ianni, numa das matrizes de difuso do Marxismo. Em 1958, foi montado naFaculdade de Filosofia da USP o Seminrio Marx por Fernando Henrique Cardoso, Ruth Cardoso,Jos Artur Gianotti, Octvio Ianni, Paul Singer, Juarez Brando Lopes e Roberto Schwartz. Em 1966, osautores mais lidos eram Lebret, Mounier, Marx, Sartre, Teilhard de Chardin e o Pe. Henrique de LimaVaz, seguidos por Michel Quoist, Kalil Gilbran, Celso Furtado e Jos de Castro (que publicou, em1947, Geografia da Fome, e em 1951, Geopoltica da Fome). No foi Marcuse o nico guru dessagerao. Outros disputavam essa influncia, Mao, Guevara, Debray, o ptreo estalinista Lukacz,sobretudo Gramsci, os autores da Escola de Frankfurt - Walter Benjamin, Adorno, o ascendente jamaiscadente Eric Hobsbawn, marxista ingls, e o ento novio Umberto Eco, que ainda esperaria algunsanos pelas grandes tiragens da perversaO Nome da Rosa, e Althusser, que propunha nova leitura deMarx, nova interpretao teolgica dos santos livros. (...) A Revista Civilizao Brasileira, de Enio daSilveira, acolhia autores prestigiosos. Corria de mo em mo. Entre seus colaboradores o agora,avanado e liberal Alceu Amoroso Lima, o futuroso FHC, Ferreira Gullar, Paulo Francis, ao tempotrotskista depois, em boa hora, convertido democracia, por isso repudiado e mantido no escanteio,Nelson Werneck Sodr, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinhotodos crismados aprendizes deLukacz(Jos Arthur Rios in Razes do Marxismo Universitrio). Arthur Rios o criador de um axiomaimortal: Pais positivistas, filhos marxistas, netos terroristas.

    Bibliografia:

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