Pequi Magazine #1

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Distribuição Gratuita | Nº 1 | Maio/2008 www.pequi.tv magazine Economia Rural Pág 10 Responsabili- dade Social Pág 16 Turismo Surge um novo canal de comunicação Pág 25 Econom Rural g

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Primeira Colheita da revista Pequi Magazine

Transcript of Pequi Magazine #1

Page 1: Pequi Magazine #1

Distribuição Gratuita | Nº 1 | Maio/2008

www.pequi.tv

m a g a z i n e

Economia

Rural

Pág 10

Responsabili-

dade Social

Pág 16

Turismo

Surge um

novo canal de

comunicação

Pág 25

Econom

Rural

Pág

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Rua Joaquim Felicio, 19 - Centro - Curvelo - (38) 3722-2158

Page 3: Pequi Magazine #1
Page 4: Pequi Magazine #1

Dissertar sobre o Pequi seria mais

do que um desafi o de descrever bota-

nicamente sobre seus dotes, sobre sua

importância como vegetal, como fruto

ou semente (afi nal há essa dúvida na

nossa cabeça de leigo no assunto). Seria

mais que apenas falar da sua enorme

relevância no conjunto da fl ora do cer-

rado brasileiro. Certamente seria como

que tivéssemos a responsabilidade de

descer na cisterna de nosso inconsciente

e buscar algo que se perdeu, ou que está

se perdendo, mas que incrivelmente ao

mesmo instante não perde sua força, sa-

bendo que mesmo na sua ausência ainda

existe uma forte presença.

E a presença do Pequi na nossa

vida é de fato marcante. Mesmo que

venhamos a apenas destacar no seu

lado folclórico, sua importância na nossa

gastronomia, como sabor exótico, sua

versatilidade em se fazer combinações

e seu poder afrodisíaco. Seria também

mais importante que saber dos seus

preciosos valores nutritivos, para os quais

tanto se dissertou como a “carne dos

pobres” do sertão. Seria também mais

importante até que reforçar o incansável

discurso ecológico e preservacionista ao

denunciar a ameaça do desmatamento

que o coloca no rol dos espécimes com

risco de extinção.

Talvez sua maior importância seja

a de um orgulho em que nós, nativos,

desse sertão, somos acometidos ao des-

cobrir que esse vegetal, de certa forma,

nos une. Até mesmo quando escutamos

desencontrados discursos críticos em tor-

no dessa preciosidade sertaneja. Quem

nunca teve a sensação de, ao dividir

um elogio ao Pequi como se fosse um

passaporte, uma senha de identifi cação

regional, se sentir realmente em casa? “Se

ele ou ela gostam de Pequi, então são

um dos nossos...”

Afi nal, sempre houve essa relação

com o fruto-caroço-semente de “amá-lo”

ou de “odiá-lo”. Seja pelo seu aroma pecu-

liar, seja pela difi culdade em degustá-lo.

O fenômeno se completa quando faze-

mos um certo mea-culpa acalentados

por uma manta de esperança de que mesmo

aqueles que “ainda” não o apreciam, um dia

descobriram essa chave do paraíso, esse selo de

qualifi cação, essa prova de amor inconsciente

às nossas raízes.

Esse lado temperamental da relação com

o Pequi faz parte do grande conjunto fi losófi co

contido nas entrelinhas naturalistas e ultra-

humanas do homem do sertão. Ele é polêmico,

rançoso, deliciosamente sedutor. Numa feira

nunca passará despercebido. O fato de ter o

cuidado necessário para não se ferir ao sabore-

ar-lhe uma dentada é quase uma metáfora da

natureza. Ela exige cautela em tudo, carinho em

tudo. Ela, por não dar saltos, não nos deixa per-

der o melhor e tão pouco irmos além dos seus

limites. São as regras do amor duradouro que

também não abre mão dos espinhos. Sempre

há uma castanha poderosa, poderosamente

protegida por ela, a natureza.

E, falando em metáfora, a primeira que

me veio à cabeça foi a do Pequi como o nosso

“ouro” do sertão. Nossa riqueza, muito menos

pelo seu lado “vil”, mas, sobretudo pelo que

ele mobiliza em torno de si como patrimônio,

como bem, como preciosidade, como sonho de

poder conceitual. Se o metal traz em si a mística

que os homens atribuíam ao vil-metal ama-

relo e sua reluzência, reproduzindo nele um

conceito de preciosidade, valor econômico e

certamente um símbolo de poder e excelência,

por que não fazermos o mesmo com o pequi,

mas agora de outra forma... ?

Que seja a forma inversa, a de anti-poder,

de ter em si um poder, mas justamente pela sua

fragilidade, generosidade e simplicidade, mas

de presença tão marcante em nossas vidas...

Se Guimarães Rosa fez isso em sua obra, se ele

reproduziu conceitos triviais de elementos da

nossa natureza como ícones de nosso imaginá-

rio, com replicações inconscientes muito maio-

res que os de visão curta poderiam alcançar,

por que não fazer o mesmo?

Portanto, que este magazine que se lança

hoje como publicação de forma homônima

seja agraciado com os conceitos mais precio-

sos que conseguirmos tirar dessa nossa nova

refl exão sobre o precioso Pequi. Que ele possa

servir de senha, de ponte, de referência a esta

e às futuras gerações sobre o que podemos

lembrar, divulgar e defender com delicioso bom

gosto, (sempre com gosto e aroma exótico, mas

sempre forte). E que venha a nutrir nossa alma

e potencializar a energia de nossos sentimentos

muito além dos conceitos banais e desavisados

daqueles que ainda não o souberam degustar.

Minha previsão é que ela, a revista, como

a fruta, vai ser tão resistente às críticas e ao

poder devastador do mercado e durar ainda

centenas de milhares de anos.

Vivam “a” e “o” Pequi!

Carlos Ribas, psicanalista, produtor e diretor de televisão.

04Quatro

Page 5: Pequi Magazine #1

05Cinco

Expediente

Agradecimentos

SumárioSumário

Diretor / Editor Responsável

Alexandre Benony

Jornalista ResponsávelAna Carolina Valdés Lucena

DRT 12.313

Diretor de Criação

Alexandre Benony

Diretor de ArteMauro Ribeiro Jr.

Minele Oliveira

Thiago Seba

Diagramação / Imagens

Mauro Ribeiro Jr

ColunistasCarlos Ribas, Mauro Ribeiro Jr.,

Silvio Ribas, Uriel Mortimer

Revisão

Newton Vieira

Fotografi a e tratamento digital

Oscar Santos

Departamento Comercial

Meire Sampaio

Publicidade

Meta Propaganda e Marketing - 38.3721-8081

Periodicidade

Trimestral

Impressão

Gráfi ca Guia Prático – Belo Horizonte

Atendimento ao Leitorwww.pequi.tv

[email protected]

38.3721-8081

A Revista Pequi Magazine não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e

artigos assinados. As pessoas que constam no expediente não têm autorização

para falar em nome da Revista Pequi Magazine ou de retirar qualquer tipo

de material se não tiverem em seu poder autorização expressa do editor

responsável do expediente.

Caríssimos leitores,

Há alguns anos venho querendo criar um canal de comunicação em

Curvelo. Quando convidei Cacá(Carlos Ribas) pra discutirmos o assunto,

acabamos indo parar num boteco - eu, ele e Luiz Nelson(Dentista).

Minha idéia era fundar um jornal. Revista parecia sonho impossível,

caro, inatingível. No fi nal, convencido por Caca e Luiz, saí da conversa

sonhando de novo, desta vez ainda mais alto. É... a Pequi Magazine é

um sonho que está se realizando através de mãos voadoras, sonhadoras

de amigos que toparam arregaçar as mangas para juntos produzirmos

algo que pudesse fazer jus a um grande orgulho: Contribuir para o

desenvolvimento da nossa região da melhor maneira que conhecemos

com ética e responsabilidade social.

Obrigado Cacá, meu amigo Carlos Ribas - Produtor e diretor de TV!

Obrigado, Silvio Ribas - Jornalista!

Obrigado, Mauro – Diretor de Arte!

Obrigado, Thiago - Designer!

Obrigado, Minele - Designer!

Obrigado, Meire - Comercial!

Obrigado, Zé Alves – Jornalista!

Obrigado, Oscar – Fotógrafo!

Obrigado, Uriel – Sociólogo!

Obrigado, Idene - Colaboradora!

Obrigado, Juliana - Colaboradora!

Obrigado, Janaína – Colaboradora!

Obrigado, Sinara – Colaboradora!

Obrigado, Luiz Nelson - Colaborador!

Obrigado, June – Publicitária !

Obrigado, Marco Antônio – Editora Guia Prático!

Obrigado, muito obrigado ao nossos anunciantes!

Obrigado, enfi m a todos os nossos leitores e pessoas que direta ou

indiretamente contribuíram para que Pequi se tornasse uma realidade.

Alexandre Benony

Matéria de Capa

Jota Questpag 06

Economina Ruralpag 10

Políticapag 18

Culináriapag 22

Resp. Socialpag 16

Turismopag 20

Internetpag 24

Entrevista

Paulo Jr (PJ)pag 08

A Revista Pequi Magazine

é uma publicação da Meta

Propaganda, localizada à Rua

Riachuelo,45 – Centro

Curvelo – MG. 38.721-8081

www.agenciameta.com

Page 6: Pequi Magazine #1

Não seria nenhuma maldade nossa ou mesmo per-

cebermos mais um sintoma dos dias efêmeros de hoje, se

pensássemos que uma banda que ganhou rios de dinheiro

nesse último verão com seu “dês-créu-ssado” sucesso, tives-

se um certeiro destino chamado anonimato no verão do

ano que vem. Afi nal a célebre frase dos Titãs que dissertou

sobre a “melhor banda dos últimos tempos da última sema-

na” só poderia ser cunhada por uma banda que sabe o que

é permanecer anos após anos sem se desfazer ou mesmo

despontar do anonimato.

E também não será nenhuma novidade se nos pegás-

semos pensando, seja com uma pontinha de perversão

ou com o interesse elevado de aprendermos a receita da

longevidade, sobre o que faz uma banda sobreviver a tan-

tas armadilhas do mercado fonográfi co, dos humores do

dia-a-dia e, sobretudo, à chamada maldição do sucesso.

Nas artes geralmente o que faz perdurar anos após

anos uma obra ou uma carreira é a qualidade delas.

Já em se tratando do universo musical, onde os

exemplos são raros, como também os grupos e muito mais

ainda no segmento pop, só podemos entender que uma

banda venha a sobreviver depois de uma geração (normal-

mente a medimos por uma década) acolhendo a tese da

qualidade que se reforça.

Mas como medimos ou avaliamos esse conceito de

qualidade?... Bons músicos, boas composições, estrutura

de produção, comportamento de seus integrantes, enfi m...

Ainda continua o mistério. O mais próximo que consegui-

mos chegar é que esses caras que sobrevivem há mais de

uma década são, no mínimo, muito inteligentes, intuitivos

e, claro, gostam muito do que fazem e parece que gostam

de fazer juntos.

Conviver é muito complicado até para artista em

carreira solo, imagine cinco caras juntos nesses anos todos.

Egos em confl ito, dinheiro, manias, logística, neuroses e

todos os impasses afetivos, até mesmo as mulheres ajudam

muito a transbordar os cálices desse banquete de vaidades.

Aí é que entra a inteligência, nem que seja na abstração

ao trabalho, nem que seja na busca seletiva para eleger o

melhor de todos, num objetivo comum que é continuar na

estrada, fazendo discos e ajudando a cantar os melhores e

talvez menos melhores momentos das vidas das pessoas.

Assim é essa banda Jota Quest. Meninos que não en-

traram nas estatísticas do IBGE como oriundos das classes

menos favorecidas, mas também estão longe de serem

“mauricinhos”. Nem precisaram abraçar causas rebeldes,

nem se alinhar à estética da pobreza, nem mudar de estilo,

nem “melar a cueca” tanto, nem provocar escândalos. Ape-

nas trabalharam e continuam trabalhando muito para tirar

a moçada do chão e fazer background de vários romances.

A banda mineira talvez tenha escolhido a receita

certa para ter essa trajetória de sucesso há tanto tempo.

Certamente escolheram ser verdadeiros com seu público,

profi ssionais no trato do seu ofício como músicos, souberam

escolher as pessoas certas para trabalharem ao longo do ca-

minho, o lugar certo na hora certa e, claro, os sons, palavras e

atitudes certas para ouvidos, mentes e corações certos.

Mas também escolheram ser nacionais, com

referências internacionais, mas sem perder seu vínculo

regional. Não estou me referindo a parceria do Flausino

com Paulinho Pedra Azul e nem também pela sua musi-

calidade quando falo do regional. Afi nal, Minas não tem

nenhuma tradição no black-music-pop-rock-disco-funk

que os camaradas fazem tão bem. Mas Minas é sem

dúvida a pátria pop-rock nacional e os “Jotaquests” não só

resolveram morar, compor, gravar e continuar respirando

os ares mineiros por serem simplesmente os caras com as

“caras” dessa pátria. Talvez só aqui eles poderiam ser o que

são. Só Minas conseguiu dar o signo cosmopolita aos seus

movimentos mais relevantes, sejam os Inconfi dentes, seja

Guimarães Rosa, os caras do Clube da Esquina, Zuzu Angel,

Drummond...enfi m. Nossa marca regional é por natureza

vocacionada ao destino externo, de uma necessidade de

sair do refúgio das montanhas e das imensidões dos vales.

Afi nal o sertão é (ou não é) o mundo...

E falando em sertão, Curvelo – Portal do Sertão, terra

central do estado mais central e brasileiro desta nação,

é terra do baixista da banda, o Sr. Paulo Jr. E que saibam

os desavisados que esse rapaz, por mais famigerado que

seja como homem de “poucas palavras”, não tem nada de

menos no conjunto da obra dos “J”. Seus “Grooves” falam

demais e ele compõe barbaramente. PJ é sem dúvida um

dos maiores baixistas da música brasileira e é considerado

pelos críticos um dos três melhores do pop-rock nacional.

Basta prestar atenção no seu desempenho, que mesmo o

leigo percebe seu diferencial.

No mais, o J. volta depois de anos a Curvelo onde

fez seus primeiros shows antes da conquista do planeta

(além dos macacos) chamado Brasil. E certamente Marco

(Guitarra), Márcio (Teclado), Paulinho (Bateria), PJ (Baixo) e

Rogério (Vocal) voltaram a fi ta de seu documentário para

o momento inicial de suas carreiras e encontraram nessa

terra algo de signifi cativo. Nem que seja uma experiência

particular para o PJ de retornar à terra natal. Sei lá...acho

que estou fi cando bairrista no fi nal dessas palavras, mas

é também outro fenômeno da mineiridade, o chamado:

“sentido da espera de reciprocidade”. Como ele, vivo fora

de minha terra natal há anos e ora sinto o mesmo e sinto

que sentem o mesmo de mim. “Vivemos esperando... dias

melhores... dias de paz...”.

06Seis

Banda volta literalmente às origens. Faz show em Curvelo neste mês de Maio. Cidade que nos primórdios do “J.Quest” serviu de “cobaia” para seus primeiros shows. Essa experiência deu muito certo.

Por: Carlos Ribas

Page 7: Pequi Magazine #1

07Sete

Page 8: Pequi Magazine #1

Por Carlos Ribas

[email protected]

08Oito

1 – Paulo, conte pra quem ainda não sabe, a sua rela-

ção com Curvelo, suas lembranças, suas raízes e agora

seu retorno à cidade depois do seu consagrado sucesso

como artista.

PJ: Nasci em Curvelo e minha família é de lá como muitos

sabem. Fui para Brasília aos 05 anos, mas sempre passei férias

em Curvelo. Essa cidade tem um signifi cado muito grande para

mim, pois me considero 100% “Curvelano”. Hoje vou menos à ci-

dade devido a minha vida profi ssional. Não existe nenhuma fase

de minha vida em que Curvelo não esteja presente. Afi nal foram

tantos carnavais, passagens de ano e férias, que é impossível

não ter Curvelo na mente!

2 - Qual foi o primeiro som (música) que você lembra

ter escutado na sua infância que serviu como determi-

nante para sua carreira de músico. E por acaso foi em

Curvelo essa experiência?

PJ: Olha, meu pai, o saudoso “Paulo Botão”, era uma pessoa que

ouvia muita música. Através dele conheci de Elvis a Martinho da

Vila, mas o primeiro som que me chamou atenção foi a banda

Queen. Eu tinha 11 anos quando comprei meu primeiro disco

(LP) e foi o “Greates Hits” do Queen.

3 - Como descobriu seus dons musicais e por que

escolheu o baixo?

PJ: Minha mãe me matriculou na Escola de Música de Brasília

quando eu tinha oito anos. Lógico que não deu certo, pois não

dei continuidade. Aos meus 15 anos, devido ao sucesso das

bandas de Brasília como Legião, Capital, entre outras, eu me in-

teressei outra vez por tocar algum instrumento. Daí eu pedi um

baixo de Natal para meu pai e ele, como sempre, me apoiou em

tudo, me deu um daqueles bem baratinhos. Assim foi o “start”!

4 - Quais são suas referências musicais, suas infl uên-

cias?

PJ: Infl uências musicais digo eu que cada hora mudam, pode

parecer estranho, mas me infl uencio mais por um tipo de som do

que por baixistas hoje em dia. Gosto muito de Rock n’ Roll, Disco

Music e Funk. Talvez hoje me infl uencio por estilos musicais e

bandas como ‘Chic”, Red Hot Chili Peppers, Samba de raiz, Bossa

Nova, e por aí vai...

5 - Você compõe temas instrumentais. Pensa em

realizar um trabalho paralelo à sua carreira da banda

como gravar um CD?

PJ: Todos nós no “Jota Quest” compomos. Como sou baixista, to-

dos devem achar que é mais difícil para eu compor... Mas não...

Não tenho nenhuma difi culdade em criar. Quanto a um trabalho

paralelo, ainda não penso nisso, pois minha vida é 100% JQ.

6 - Conte para os curiosos a ver-

dadeira história dos primeiros

shows do “J”, dentre eles, os que

fi zeram em Curvelo, ou isso é

uma lenda? Teve nesses shows

alguma curiosidade que você lembra?

PJ: Nossa! Tocamos uma ou duas vezes em Curvelo, no Curvelo

Clube, acho que em 94 ou 95. Meu irmão Mário, junto com

patrocinadores locais nos trouxeram. No Curvelo Clube nem

chegamos a tocar no palco, tocamos naquele espaço ao lado

e juntamos mesas para servir de palco! Além disso, meu pai,

com pena de quem não podia pagar, colocou muita gente para

dentro... He He! Quando me lembro disto, vejo como é bom

termos um sonho na vida e lutarmos por ele. Graças a meu pai,

que sempre me deu apoio, cheguei aonde cheguei. Ele sempre

dizia: “Não me importa o que você vai ser, lixeiro ou doutor, mas

seja o melhor que você puder”! Já dizia Paulo Botão!

8 - Sucesso consolidado há mais de uma década, reco-

nhecimento de público e crítica. Aonde a banda pensa

chegar? Ainda mais longe? Literalmente fazer sucesso

no exterior?

PJ: Tocamos várias vezes fora do Brasil, mas a Língua Portugue-

sa limita muito o poder de fogo dos artistas nacionais. Concordo

que isto não seja um problema, mas carreira Internacional

ainda é um sonho e vamos chegar lá sim, pode escrever isto aí...!

Já tocamos em NY, Boston, Miami, Newark, Londres, Lisboa, etc.

Quem sabe num futuro próximo seremos World Wide Stars?

9 - Guimarães Rosa é talvez o maior nome da literatura

brasileira com tanta proximidade com nossa realidade

regional. Nesse ano de seu centenário de nascimento,

você como o sertanejo (nascido no sertão das Gerais) e

componente de uma das mais importantes bandas da

história do pop-rock do Brasil, vê a possibilidade de ter

no repertório futuro do Jota Quest alguma referência

do Guimarães ou de sua obra?

PJ: Nossa, sou muito fã dele. Nossa família tinha um sitio na

estrada de Cordisburgo e várias pessoas mais velhas sempre

contavam casos do Guimarães Rosa. Nunca pensei nisto, mas

sabe que é uma boa idéia...!?

10 - Para encerrar, Paulo, Curvelo, terra de Alceu Pen-

na, Zuzu Angel, Lúcio Cardoso, Ângelo Antônio, Paulo

Jr, dentre outros talentos criados aqui, o que você acha

que a cidade, as instituições e, sobretudo, a população,

devem fazer para cuidar mais de seus valores artísticos

e culturais, para que amanhã possamos ver mais no-

mes expressivos como esses que citamos em destaque

na cultura nacional?

PJ: Olha, sempre cito estes nomes, pois acho a cultura de Curve-

lo muito forte e abrangente. Apesar de achar que o sucesso não

depende de onde você veio, mas sim de para onde você quer ir.

Acho que o valor de Curvelo para Minas e para o Brasil é muito

grande. Nunca conversei com o Ângelo Antônio, mas o admiro

muito. Eu o considero um dos atores brasileiros de maior carga

dramática que já vi. Ele realmente é um talento à parte. Zuzu

nem se fala, né !? Meus amigos, Curvelo realmente é um lugar

muito especial onde talento e Sol batem muito forte! Para onde

tenha Sol... é para lá que eu vou (e volto)!

A revista PEQUI conseguiu uma entrevista exclusiva com PJ, baixista do Jota Quest. Confi ra

abaixo essa entrevista que nos trouxe informações muito além das curiosidades triviais em

torno de um “Pop Star”. Uma declaração de amor a sua cidade natal e outras tantas revela-

ções afetivas que devem ser motivo de orgulho para os Curvelanos e sertanejos da região.Por: Carlos Ribas

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oucas cidades no mundo

têm uma história tão in-

terligada à pecuária como

Curvelo. O vilarejo fundado

no século 18 por um portentoso e inco-

mum criador de gado – o padre católico

Antônio Corvelo de Ávila – ainda hoje

é um dos municípios de destaque na

região central de Minas Gerais. Chegou

a ser capital brasileira dos zebuínos, e as

marcas desses tempos de glória estão

até na bandeira curvelana, que ostenta

uma cabeça de boi, símbolo da riqueza

local. São lucros obtidos a ferro e fogo,

mas que também partilham um pouco

da cultura sertaneja, do jeito audacioso

de vencer desafi os.

Passados mais de 300 anos, a

tradicional atividade econômica que

ajudou, junto com a mineração, a mol-

dar Minas Gerais, percorre novas trilhas

no sertão de João Guimarães Rosa, em

busca de oportunidades e sondando

futuros. Os números que interessam

agora não são necessariamente os das

cabeças de animais, mas os índices de

produtividade e qualidade genética. A

paisagem que se admirava com binó-

culos no passado vai dando lugar aos

horizontes vistos pelos microscópios de

modernos laboratórios do agronegócio.

Mas além da mudança de foco e

tecnologia, o Brasil campeão mundial

na exportação de carnes exige de seus

pecuaristas nas mesas de negócios a

mesma coragem que têm os vaqueiros

ao segurar um boi desgarrado. Alta dos

preços das matérias-primas, barreiras

comerciais de todo tipo e necessidade

de manter a sanidade animal em dia são

alguns dos desafi os encarados por em-

presários da região. Uma sintonia fi na

entre produtores, entidades de classe e

governos é obrigatória.

Os currais mineiros no geral ainda

têm de vencer problemas históricos,

como a necessidade de agregar valor e

mudar a realidade de se vender a maio-

ria de seu gado para fora das divisas

“em pé”, ou seja, antes do abatedouro.

Alguns avanços foram obtidos nos 28

municípios da região de Curvelo graças

à capacitação de órgãos como Empresa

de Assistência Técnica e Extensão Rural

do Estado de Minas Gerais (Emater-MG)

e Empresa de Pesquisa Agropecuária de

Minas Gerais (Epamig), além de pro-

gramas como a Assistência Técnica e

Extensão Rural (Ater).

NIÃO EUROPÉIA – De

volta aos desafi os maio-

res, a União Européia (UE)

suspendeu a importação

de carne brasileira a partir de 1º de

fevereiro, após rejeitar uma lista de 2.681

propriedades apresentadas pelo gover-

no brasileiro como aptas a exportar. Em

dezembro, o bloco econômico já havia

restringido a 300 o número de exporta-

dores, sob a desculpa de defi ciências na

certifi cação e rastreamento de origem

do gado. Os europeus condicionam o fi m

Sílvio Ribas*

10Dez

Page 11: Pequi Magazine #1

do embargo à plena adoção de medidas

de rastreabilidade (histórico do gado, ca-

beça por cabeça) e certifi cação bovina. As

importações só voltaram a ser autorizadas

em 27 de fevereiro, mas, mesmo assim, só

para poucas fazendas com certifi cação.

A bancada ruralista da Câmara dos

Deputados vem reagindo com fi rmeza

às críticas da Comissão de Agricultura e

Desenvolvimento Rural do Parlamento

Europeu em relação à carne do Brasil. Os

parlamentares defendem a qualidade do

produto nacional e lembraram nunca ter

havido no País casos da doença da vaca

louca, como na Europa. A questão é que

o Brasil, com mais 180 parceiros comer-

ciais, se tornou praticamente imbatível.

Com razões econômicas e não sanitá-

rias, o embargo da UE à carne brasileira

revela uma competição na qual o preço e

o volume da carne brasileira se impõem.

Isso, contudo, não signifi ca que o País

possa se dar ao luxo de descumprir as

regras de saúde animal. O descuido já

provocou desastres comerciais. Simples

falhas em controle de divisas deixaram

Estados inteiros fora de um mercado

mundial lucrativo e que, com a ascensão

dos gigantes asiáticos China e Índia, além

da Rússia, promete ainda mais.

Os parâmetros sanitários do Brasil são

baseados em normas internacionais. O

transporte para os frigorífi cos é todo

monitorado, e os animais destinados ao

mercado exterior são também inspe-

cionados pelo Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa). A

determinação segura da origem da carne

por meio de um “passaporte” que registra

toda a movimentação do gado, a ras-

treabilidade, já se tornou algo rotineiro.

O “brinco” identifi cador virou acessório

corriqueiro de bois e vacas.

Há ainda controle da movimentação de

animais no Brasil, feita com a autorização

do Mapa e exigência da nota fi scal do

transportador nos postos de fi scalização.

Animais marcados com o símbolo ou as

iniciais da propriedade rural ou do pro-

dutor garantem mecanismo seguro de

controle de origem. Pelo acordo fecha-

do com a UE, os Estados também serão

responsáveis pelas auditorias das pro-

priedades que pretendem exportar carne

bovina in natura para o bloco econômico.

A medida foi publicada no Diário Ofi cial

da União no dia 2 de maio, por meio

da Instrução Normativa da Secretaria

de Defesa Agropecuária do Ministério.

Além dos fi scais federais agropecuários,

11Onze

Page 12: Pequi Magazine #1
Page 13: Pequi Magazine #1

veterinários dos órgãos de defesa

agropecuária dos Estados e do Distrito

Federal poderão avaliar o sistema de

certifi cação e os procedimentos das

certifi cadoras credenciadas para che-

car se há conformidade com o sistema

de rastreabilidade (Sisbov).

REÇOS – A atual elevação

no preço da carne bovina

– que dos cerca de R$ 47

por arroba em 2007 pas-

sou para cerca de R$ 80 – deve-se à

recuperação do mercado interno, mas

também aos valores das rações cota-

das internacionalmente. A carne de

frango e a suína usam farelo de grãos

como matéria-prima da ração, sendo

afetadas pelo aumento dos preços das

matérias-primas agrícolas. No caso da

carne bovina, o principal custo des-

se aumento seria a alimentação dos

13Treze

rebanhos, sobretudo no exterior, onde

há maior confi namento. No Brasil,

apenas 10 milhões das 170 milhões

de cabeças fi ca em regime fechado,

quando os animais se alimentam com

ração. O restante é criado extensiva-

mente, nos pastos.

A Europa pressiona para tentar forçar

uma queda do preço do produto no

mercado mundial, mas é difícil implan-

tar a rastreabilidade nos moldes exi-

gidos pelos europeus num país como

o Brasil onde quase todo o rebanho é

criado ao ar livre. Caso consiga supe-

rar esses obstáculos, o País tem largo

horizonte à frente, pois ainda está fora

de metade do mercado mundial. E

não alcançou consumidores atrativos

como os dos Estados Unidos, Canadá,

Japão e Coréia do Sul – justamente

os que melhor remuneram em todo o

mundo.

Page 14: Pequi Magazine #1

Ingred, nossa personagem, é aluna do CPCD e uma das muitas crianças bene-ficiadas através das ações sociais promovidas pela CEMIG e empregados.

Page 15: Pequi Magazine #1

A energia da CEMIG é uma grande força para o desenvolvimento da nossa região, mas a CEMIG vai além, ela também gera, transmite e distribui

bem-estar social.

m,

Page 16: Pequi Magazine #1

As transformações sócioeconômicas dos últimos

20 anos têm afetado profundamente o compor-

tamento de empresas até então acostumadas à

maximização do lucro. Mas, se, por um lado, o setor

privado cada vez mais se especializa em geração de

riqueza; por outro lado, é bem sabido que com gran-

de poder, vem grande responsabilidade.

Com o surgimento de novas demandas e maior

pressão por transparência nos negócios, empresas

se vêem adotando uma postura mais responsável

em suas ações: a responsabilidade social que anda

de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento

sustentável. Essa atitude responsável em relação

ao ambiente e à sociedade é capaz de suprir as

necessidades da geração atual, sem comprometer a

capacidade de atender às necessidades das futuras

gerações. Um desenvolvimento que não esgota os

recursos para o futuro. Essa talvez seja a principal

defi nição para o Desenvolvimento Sustentável.

Esse desenvolvimento não só se refere ao am-

biente, mas, por via do fortalecimento de parcerias

duráveis, promove a imagem da empresa como um

todo e, por fi m, leva ao crescimento orientado. Uma

postura sustentável é por natureza preventiva e pos-

sibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos

ambientais ou processos judiciais.

Independentemente de sua área de atuação, em-

presas estão se esforçando para conseguir a atenção

do “novo” consumidor e para satisfazer suas deman-

das. Mas quem é esse “novo” consumidor? Ele é, antes

de tudo, informado, consciente e preocupado com

todos os aspectos dos produtos que consome. Está

atento não somente ao produto fi nal, mas também à

forma como foi produzido e à responsabilidade social

da empresa que o produziu.

Curvelo tem dado passos largos por meio de pes-

soas e empresas que atuam no sentido de cumprirem

responsavelmente o seu papel investindo recursos

em projetos sociais.

Procurando criar condições para, juntamente

com seus empregados, atuar em tais projetos, a CE-

MIG criou em 2000 o Programa ASIN – Ações Sociais

Integradas, buscando proporcionar às pessoas e/ou

comunidades a oportunidade de serem protagonis-

tas de seu desenvolvimento.

O objetivo do Programa ASIN é transformar as

comunidades em parceiras e a vontade de ajudar

(voluntário) em iniciativas produtivas e bem direcio-

nadas, contribuindo para a melhoria da qualidade

de vida das comunidades, oferecendo informações

e ferramentas para que os programas propostos

tornem-se independentes e auto-sustentáveis.

E foi através do projeto AI 6% - que incentiva

os empregados da CEMIG a repassarem até 6% do

Imposto de Renda Devido para os Fundos da Infância

e Adolescência – FIAS e do repasse do 1% do IRPJ da

CEMIG, para as instituições cadastradas no Conselho 16Dezesseis

Page 17: Pequi Magazine #1

Municipal da Criança e da Adolescência –

CMDCA, vários projetos sociais de entidades

de nosso município e região vêm sendo

atendidos.

O objetivo geral é estimular, organizar e

apoiar a participação voluntária dos empre-

gados da CEMIG nas iniciativas sociais que

contribuam para melhoria de qualidade de

vida das comunidades e atender às institui-

ções que possuam projetos sociais desenvol-

vidos de forma sustentável.

Entidades de Curvelo como: APAE, Cen-

tro Social Achilles Diniz Couto (Projeto Irmã

Mônica), Sopro de Vida e CPCD, bem como a

ABC - Associação Benefi cente Cristã de Pira-

pora, APAE de Três Marias e Associação dos

Pequenos Artesãos de Três Marias são bene-

fi ciadas pelo programa desde sua criação. E

como os projetos têm gerado muitos frutos e

com o aumenta da demanda das entidades,

a cada ano os repasses vêm aumentando.

Em 2007 foram repassados pelos em-

pregados da CEMIG de Curvelo e região um

montante de mais de R$ 20.500,00 (Vinte mil

e quinhentos reais). Da CEMIG foram doados

R$ 40.000,00 (Quarenta mil reais) para os

FIAS de Curvelo, Pirapora e Três Marias.

Estas doações são direcionadas para as

contas do FIA dos municípios, e os Conse-

lhos Municipais da Criança e do Adolescente

– CMDCA’S repassam para as entidades que

são indicadas pelos empregados da CEMIG.

Os recursos são utilizados pelas enti-

dades para custear os projetos sociais que

foram aprovados pela CEMIG. Vários projetos

e melhorias já foram concluídos, desde o

início do programa, como ampliação de salas

e ofi cinas de artesanato, sala de informática,

construção de rampas de acesso de defi cien-

tes, salas de telemarketing, quadras, material

para uso em atividades de lazer e recreação,

bolsas de estudo para ofi cinas de artesanato,

etc.

No fi nal de cada ano, estas entidades be-

nefi ciadas apresentam a prestação de contas

dos recursos doados, para a apreciação da

CEMIG e dos seus empregados.

Além de proporcionar às crianças e

adolescentes, atendidos por estas entidades,

a oportunidade de educação, lazer, cultura e

cidadania, o produto realizado por estes jo-

vens, ou seja, o artesanato, é difundido entre

os empregados e em toda a empresa.

Ou seja, além de proporcionar um futuro

melhor para os jovens da nossa comunidade,

a CEMIG tem incentivado a cultura da nossa

região.

Por que então não dizer, aproveitando

o slogan da empresa: São ações como essas

que fazem da energia da CEMIG, a melhor

energia do Brasil?

Fontes:

http://www.wwf.org.br/

http://www.responsabilidadesocial.com/

Colaboração

Janaina Mendes dos Santos

17Dezessete

Page 18: Pequi Magazine #1

POLITICAGEM

POLITICA

&A PALAVRA POLÍTICA

que vem do grego antigo politeía tinha relação

com tudo que se destinava a pólis (cidade-esta-

do). Mas para uma melhor compreensão do que

seja realmente a política, é importante enten-

dermos algumas abordagens feitas por fi lósofos

e cientistas políticos sobre o tema. E ainda, para

esquentarmos um pouco mais a já apimentada

questão, que tal abordarmos a tão falada “politi-

cagem”?

Vamos partir assim de Aristóteles. Este

pensador escreveu uma obra intitulada “A

política”, onde analisa o estado como sendo algo

natural, ou seja, algo que faz parte na natureza

humana para que se viva em sociedade. De acor-

do com o fi lósofo, “toda cidade é uma espécie de

associação, e toda a associação se forma tendo

por alvo algum bem...” (p.13); este bem comum

para ele seria a cidade política. Tem-se que a

política seria uma forma de se estar na cidade, de

ser membro e de decidir as coisas de interesse

comum aos cidadãos1. Não se pode deixar de

observar, porém, que: ser cidadão na época de

Aristóteles era só para aqueles que faziam parte

de uma elite local, alguns poucos ricos deten-

tores de “posses”, bens que os dignifi cavam a

estarem em condições de fazer “política”.

Vamos avançar no tempo, século XVI. uma

inovação política vem a partir de Nicolau Ma-

quiavel (1469-1527). Com este grande pensador,

nasce a ciência política moderna. Sua obra “O

Príncipe” (1513) explicava como o governo deve-

ria ser exercido e como ele era de fato. Na prática,

o livro é um manual em que são apresentadas as

condutas necessárias a um bom governante para

alcançar e se manter no poder.

De acordo com o fi lósofo político italiano

Norberto Bobbio (1909-2004), durante séculos o

termo política foi empregado para indicar obras

dedicadas ao estudo daquela que seria a esfera de

atividade humana que de algum modo faz referên-

cia às coisas do Estado. Nesse

sentido, assim como Maquiavel

indicou, Bobbio também fará

referência ao Poder. Mas o que

realmente é o poder?

De acordo com defi nições de vários cien-

tistas políticos e fi lósofos, “Poder” seria a proba-

bilidade ou possibilidade da imposição de uma

autoridade. Consiste nos meios para se obter

alguma vantagem e levando-se em consideração

Bobbio, o mesmo expõe que “o poder não é fi m,

mas o meio para se obter alguma vantagem ou

os efeitos desejados”, isto em relação a alguma

situação para o interesse de todos.

O poder político é algo que se funda sobre

a posse dos instrumentos que serão utilizados

para o exercício da força e segundo Bobbio (2000),

o fato de o dirigente do estado possuir o seu uso,

ou seja, o uso da força não signifi ca, porém, que o

poder político se resuma à utilização da mesma.

Para o fi lósofo italiano, a força seria uma condição

necessária, mas não sufi ciente para a existência

de poder. Um governante não consegue atingir

os objetivos do Estado, ou seja, a sua direção, se

utilizar apenas a força. É evidente a necessidade

do consenso, sendo este de suma importância

para que as coisas do Estado fl uam em condições

de uma boa governabilidade.

“O PODER NÃO É FIM,

MAS O MEIO PARA SE

OBTER ALGUMA VAN-

TAGEM OU OS EFEITOS

DESEJADOS”

O pensador Antônio Gramsci, em seus

escritos demonstra que apenas o consenso

poderá fazer com que um governo funcione; mas

é importante salientar a idéia de que apenas a

classe trabalhadora poderia dirigir o Estado, e

que a Educação é o único meio de preparação

daquela para o alcançe do poder, para se torna-

rem a classe dirigente.

Falar em política é algo extremamente

complexo. Não é à toa que temos a ciência

política que é uma das ciências sociais respon-

sáveis por nortear; mostrar através da história e

de teorias políticas, a verdadeira intenção de se

governar e de exercer o poder em um Estado.

O sociólogo Max Weber, em seus escritos,

ao discutir política e moral, expôs que “A política

e a moral têm em comum o domínio sobre o qual

se estendem, que é o domínio da ação ou da

práxis humana”. Em outras palavras, Weber quis

mostrar a existência de uma relação intrínseca

entre ambas: política e moral. Aquilo que é obri-

gatório em moral, nem sempre o é em política.

Agora sim, podemos partir para um paralelo

entre o que é política e o que é a politicagem.

De acordo com o dicionário Koogan/Hou-

aiss, politicagem é: “política reles e mesquinha de

interesses pessoais. / Atos de politiqueiros.”. en-

quanto na política verdadeira o objetivo mestre

é atender aos interesses do Estado e às necessi-

dades dos cidadãos, o que não ocorre quando há

politicagem.

O Brasil é um bom exemplo de Estado

onde se pratica a politicagem de forma assus-

tadora. É claro que ações desta natureza aqui

abordada não são exclusividade nacional; em

qualquer Estado do mundo é possível encontrar

indivíduos que agem em conformidade aos seus

próprios interesses.

Na mídia brasileira, sempre são mostradas

situações de cidadãos que ao se elegerem para

cargos públicos passam a não praticar a política,

mas, ao contrário, tomam o Poder como simples

meio de satisfação pessoal, de enriquecimentos

ilícitos. No fi nal de tudo, fi ca a idéia de impu-

nidade e de insatisfação da população frente

a atitudes que vão de encontro à moralidade

estabelecida. Lembrando aqui Max Weber, em

política nem sempre moral é aquilo estabelecido

culturalmente na sociedade.

A verdade é que política é arte, é a arte de

governar, é arte de respeitar o objetivo princi-

pal que é atender aos anseios e necessidades

dos cidadãos e ao mesmo tempo conseguir um

consenso para que a governabilidade alcance os

objetivos do Estado.

Fato importante de se observar é a rela-

ção existente entre política e politicagem. Ambas

possuem características que as tornam peculia-

res; a primeira visa ao bem comum de todos, ao

passo que a segunda, a interesses pessoais.

18Dezoito

Page 19: Pequi Magazine #1

Neste ano de 2008, teremos a escolha de

nossos novos governantes, ou mesmo a manu-

tenção de cidadãos nas prefeituras e câmaras

municipais de todo o Brasil. É importante pres-

tarmos bastante atenção nos candidatos que

se apresentarão à concorrência aos cargos pú-

blicos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores

para não cairmos em “armadilhas” de promessas

falsas que não serão cumpridas; de escolhermos

pessoas que têm apenas o interesse de praticar

a politicagem.

“Abra os olhos”, cidadão. Escolha bem

seu candidato; não se iluda com promessas

de emprego, de benefícios, de utensílios e

presentes ganhos em períodos de campanha.

Seja cidadão de verdade e faça suas escolhas

amparadas na transparência, na legalidade e no

compromisso de uma política de fato.

-Aristóteles. A política. Editora Escala. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – Vol. 16.

-BOBBIO, Norberto; BOUERO, Michelangelo (org). Teoria Geral da Política: a fi losofi a política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

-GRUPPI, Luciano. O conceito de hegemonia em Gramsci. 4 ed. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1978.

-KOOGAN/HOUAISS. Enciclopédia e Dicionário Ilustrado. Rio de janeiro: Edições Delta.

-MAAR, Wolfgang Leo. O que é Política?. 15 ed. Editora Brasiliense, 1993.

-Maquiavel, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Editora Cultrix, 2001.

-QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Maria Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

* Sociólogo (Bacharel em Ciências Sociais) pela UNIMONTES; Especialista em Pedagogia Empresa-rial pela PUC Minas. Atua como Pesquisador Social e Professor Assistente na UNIPAC-Curvelo e na Faculdade de Administração de Curvelo. E-mail: [email protected]

1- Não será o objetivo do texto discutir a noção de cidadania. Porém, cidadão na Antiguidade grega “é aquele cuja especial característica é poder participar da administração da justiça e de cargos públicos.”

19Deznove

Você exige qualidade.A Moto Fire faz questãoabsoluta de atender.

A Moto Fire acaba de aumentar as instalações da sua moderna oficina proporcionando mais qualidade, conforto e agilida-de na entrega da sua moto.

Page 20: Pequi Magazine #1

Primeiro Circuito Turístico baseado em literatura, o Circuito

Turístico Guimarães Rosa é destinado àqueles que querem ver,

no sertão mineiro, os cenários da obra e vida de João Guimarães

Rosa. Pelos caminhos do sertão, apreciam-se o engenho e a arte

de viver do sertanejo, o som das violas e do berrante, as festas

tradicionais, cavalgadas, passeio de barco pelo Rio São Francisco

e ainda Encontros Culturais inspirados nos contos do escritor.

É formado por Araçaí, Buritizeiro, Cordisburgo, Corinto, Cur-

velo, Felixlândia, Inimutaba, Lassance, Morro da Garça, Pirapora,

Presidente Juscelino, Três Marias e Várzea da Palma, terras de

todas as histórias e estórias, e cada município tem as suas para

contar. Alguns começaram o seu aldeamento às margens de rios,

como o São Francisco e seus afl uentes; outros, onde os tropeiros

e boiadeiros paravam para descansar, surgindo ranchos; ou ain-

da ao longo da Estrada de Ferro. Todas com suas peculiaridades,

riquezas e características comuns do bem receber.

Dentre os variados atrativos que identifi cam o Circuito, des-

tacam-se o Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo (terra

natal do escritor), com a presença dos Contadores de Estórias

Miguilim, que narram trechos das obras nos locais onde as estó-

rias se passam, a Gruta do Maquiné; o Memorial Manuelzão, no

distrito de Andrequicé - município de Três Marias, com o acervo

das estórias e da vida do lendário vaqueiro; o Morro da Garça,

morro testemunho e cenário do conto “O Recado do Morro”, de

João Guimarães Rosa, “belo como uma palavra”. Alguns outros

atrativos presentes no sertão roseano também são destaques

pelo seu grande valor histórico, como: o Memorial Carlos Chagas

em Lassance, berço da pesquisa do cientista; o vapor Benjamin

Guimarães em Pirapora , a Igreja de Pedra em Barra do Guaicuí,

município de Várzea da Palma, a imagem de Nossa Senhora da

Piedade (atribuída a Aleijadinho), em Felixlândia e, em Curvelo, a

Basílica de São Geraldo, 2ª no mundo e única na América do Sul.

A culinária da região é envolvente e tipicamente mineira,

cujo sabor, cheiro e modo de fazer trazem à mesa a singela

herança sertaneja.

Circuito Turístico

Guimarães Rosa

Page 21: Pequi Magazine #1
Page 22: Pequi Magazine #1

Quem não sente saudades de sabores,

gostos e cheiros que nos acompanham

em nossas mais gostosas lembranças?! O

cheiro do café novinho invadindo toda

casa pela manhã, o cheiro da chuva,

da terra molhada, daquele feijãozinho

temperado no alho que só na cozinha de

casa a gente encontra igual.

São muitos sabores e odores agindo

como elementos de evocação da memó-

ria, estimulando a imaginação e desen-

cadeando emoções que se materializam

em importantes elos entre o nosso

ontem e o nosso hoje.

O sertão de João Rosa é chefe de uma

das principais receitas de sucesso da

natureza: o Pequi. Nenhum fruto do cer-

rado tem sabor ou odor mais incontestá-

vel, mais inconfundível. Forte ao ponto

de não se poder discutir: ou se ama ou

se odeia. Pois quando então de amor é o

caso, por natureza já de nascença é fi el e

verdadeiro, de união indissolúvel.

Quem ama o pequi, todo ano espera

com saudade o seu tempo de fartura e

normalmente guarda como preciosidade

o “ouro do cerrado” armazenado no frízer

de casa. Pois quem então tiver esse te-

souro guardado terá agora a oportunida-

de de fazer com ele um prato realmente

diferente de tudo que já se ouviu falar na

culinária. Um prato que bem poderia se

tornar um grande sucesso em qualquer

mercado do mundo gastronômico nacio-

nal e, por que não, internacional.

A PEQUI, é claro, não poderia deixar de

publicar uma receita produzida com o

nosso homônimo, ou melhor dizendo,

uma receita produzida com o fruto que,

por representar culturalmente nossa re-

gião, deu nome a essa revista que almeja

ser considerada um produto de integra-

ção regional.

Fizemos assim um convite à nossa amiga

Cida Cabral(Bistrô) para criar, com o

pequi, algo que fugisse do convencional.

E vejam no que deu: Cida foi realmente

fundo na questão. Criou especialmente

para você, leitor(a) dessa nossa edição

histórica de lançamento, um prato refi na-

do, de incontestável sofi sticação, decora-

do de maneira singular, proporcionando

uma degustação visual fantástica e uma

consubstanciação de aromas e sabores

absolutamente incomuns. Parabéns,

Cida! Você simplesmente arrasou.

Agora ė com você, querido(a) leitor(a).

Delicie-se!

Alexandre Benony

22Vinteedois

Page 23: Pequi Magazine #1

10 pequis cozidos e picados em lascas1.

Reservar 1 xícara de chá do caldo do cozimen-2.

to de pequi

2 dentes de alho picado3.

1 cebola pequena ralada4.

2 pedaços de palmito 5.

200 gr de mandioca cozida6.

300 gr de fi lé mignon7.

1 xícara de chá de leite de coco8.

2 colheres de azeite9.

1 colher sobremesa de manteiga10.

Cortar o fi lé em isca, temperar e fritar em óleo 1.

quente. Reservar.

Amassar a mandioca, derreter a margarina em 2.

uma frigideira, juntar a mandioca e o leite de

coco, 1 colher de cebola ralada. Verifi car o sal

e reservar.

Fritar o alho no azeite, juntar a cebola ralada, 3.

o caldo do cozimento do pequi, as lascas de

pequi. Verifi car o sal e reservar.

Em um prato colocar o palmito, o pirê de man-4.

dioca, o fi lé e acrescentar o molho de pequi,

salpicar salsa.

Rende 12 porções.5.

23Vinteetrês

Rua Juvenal Borges, 160 - CentroCurvelo/MG - 38.3721-6101

Page 24: Pequi Magazine #1

A TREINAR, além de ser uma escola de informá-

tica referência para os curvelanos, desenvolve um

trabalho pouco divulgado, mas muito valorizado por

aqueles que se benefi ciam dele: o TREINAR SOCIAL,

que é o desenvolvimento de projetos voltados para a

valorização humana.

O início do TREINAR SOCIAL deu-se quando a

empresa, em sua sede, durante 2 dias, realizou trabalho

para atender 72 crianças especiais.

A parceria feita com a APAE naquele ano de 2005

foi de vital importância para a empresa dar continui-

dade ao trabalho social.

Atualmente vários projetos estão em andamento,

objetivando benefi ciar pessoas de baixa renda: é a

conscientização social da equipe TREINAR.

Esses fatos são alguns dos motivos que fazem

da TREINAR escola referência em Curvelo e região

e servem de orgulho para sua equipe e alunos, que

comemoram cotidianamente os 3 anos da empresa

que muito faz e pouco aparece.

Quando fui convidado para escrever esta

coluna sobre Internet e tecnologia para a

revista Pequi Magazine, o primeiro pensa-

mento que pude analisar foi: “este povo está

maluco”! Mas passado o choque inicial, fui me

acostumando com a idéia. Então minha cabe-

ça foi invadida por um turbilhão de assuntos

que poderiam ser abordados. Desde os mais

teóricos, como: “O papel da Internet no mun-

do de hoje e como isto tem interferido no

comportamento dos indivíduos” (ufa!...), aos

mais práticos, como:’Navegar com segurança

e obtendo o máximo que a Internet tem para

nos oferecer’. Eu optei pelo segundo sentido,

é claro, pois acredito que artigos teóricos

há muitos e existe muita gente bem mais

capacitada do que eu para escrever sobre

este assunto.

Minha experiência com a Internet é prá-

tica e é isto que eu almejo passar aqui nesta

coluna para você, pois tenho a convicção de

que a Internet chegou para fi car, assim como

já está alterando, e muito, o modo de nos

relacionarmos tanto no trabalho como na

vida social. Não sou o dono da verdade nem

tenho a pretensão de sê-lo algum dia. Para

escrever aqui irei pesquisar muito e passar

minhas experiências, como espero que vocês

possam me passar as suas e assim aprender-

mos juntos.

E por que eu escolhi logo este título, para

usar na 1ª coluna sobre Internet e tecnologia?

Porque assim como foi no período das gran-

des navegações européias, a Internet hoje

é um mar de oportunidades que pede para

ser navegado. E também é este o termo que

se dá ao ato de usar a Internet. Quem já não

ouviu ou leu a frase ‘navegar pela Internet’?

E o número de internautas tem aumentado

de forma extraordinária nos últimos meses.

A prova disso está nas pesquisas que foram

reveladas recentemente.

Vamos aos números: vi esta semana na

versão on-line da Revista

INFO (info.abril.com.br)

que o IBOPE recentemente

divulgou um aumento

de 22,7 milhões de novos internautas nos

últimos 12 meses, o que representa um

crescimento de 40% em apenas um ano. Isto

é um numero recorde, assim como é recorde

o tempo de permanência on-line. O IBOPE

atribui esse aumento da base de usuários da

Internet à entrada quente da chamada “Clas-

se C” no assim chamado: “aumento do poder

de compra”, que tem disparado a venda de

computadores domésticos assim como a

freqüência nas Lan Houses, estabelecimentos

que, segundo relatório divulgado pelo CGI

(Comitê Gestor da Internet) em uma pesquisa

revelada no mês Março do corrente ano se

tornaram os locais mais utilizados para aces-

sar à Internet no país. O uso de centros públi-

cos de acesso pago saltou de 30% em 2006

para 49% em 2007, passando à frente do

domiciliar, que se manteve estável em 40%.

Nesta mesma pesquisa, o CGI revelou que

mais da metade da população brasileira com

mais de 10 anos (53%) informou já ter usado

um computador alguma vez na vida. Ou seja,

o Brasil possui mais de 186 milhões de habi-

tantes, o que revela que mais de 93 milhões

já tiveram no mínimo um primeiro contato

com computador, um numero assombroso.

E para terminar, uma noticia também muito

interessante, desta vez sobre a entrega da

declaração do IR. Segundo a Receita, 98% do

total fi zeram suas declarações pela WEB.

Mas hoje, infelizmente, apenas uma pe-

quena parcela dos internautas sabem usufruir

de um número maior de serviços on-line

existentes na rede. A grande maioria sim-

plesmente desconhece o bem que a Internet

pode nos trazer, facilitando tanto no trabalho

como no lazer e em diversos meios. O que eu

tenho visto por aí são pessoas que entram na

Internet para jogar ou fi cam no Orkut e MSN.

E fi cando nestes mesmos serviços por horas.

No máximo verifi cam seu e-mail (porque para

ter Orkut ou MSN é preciso ter um e-mail

cadastrado antes, risos...). Não que eu tenha

algo contra alguns desses serviços; muito

pelo contrario, eu usufruo deles sim e sei do

potencial que neles existe. Mas não só deles.

Sites de relacionamentos, Instant Messenger

e webmail existem uma infi nidade por ai, e

eles são só a pequena ponta do iceberg.

A existência de tanto desconhecimento,

dúvidas e tabus motivou o surgimento desta

coluna. Abordar os principais serviços da In-

ternet, comparando entre sites distintos que

os oferecem, mostrando seus pontos fortes e

fracos. Também tentarei mostrar novos servi-

ços que surgem todos os dias na grande rede

e que facilitam o nosso cotidiano.

A partir da próxima edição, vamos conhecer

um pouco mais dos serviços básicos, tais como:

01 - E-mail´s;

02 - Sites de relacionamentos;

03 - Sites de buscas;

04 - Sites de pesquisa de preços;

05 - Vídeos;

06 - Blogs;

07 - Instant Messenger;

08 - Álbuns de Fotos;

09 - Disco Virtuais;

10 - Browsers;

11 - Favoritos on-line;

12 - Feeds;

13 - Podcasts e VideoCasts;

14 - Web 2.0.

Analisando as maiores empresas do mercado

on-line hoje como:

Google (www.google.com.br),

Microsoft (www.live.com),

Yahoo (www.yahoo.com.br),

entre outras.

Espero que gostem da coluna e contribuam

mandando sugestões para meu e-mail.

Nos vemos na próxima edição.

Até lá.

Mauro Ribeiro Jr.Designer, WebDesigner

e um pesquisador fanático de

novas tecnologias.

[email protected]

Quer saber mais sobre este assunto? Visite www.pequi.tv/blogdomauro

Mauro Ribeiro Jr.

24Vinteequatro

O OUTRO LADO DA MOEDA

Page 25: Pequi Magazine #1
Page 26: Pequi Magazine #1

Idéias deoutro mundo

Rua Riachuelo, 45 - Centro - Curvelo - MG

(38) 3721-8081 / [email protected]

www.agenciameta.com

Page 27: Pequi Magazine #1

Ele ainda não sabe falar,mas esta imagem diz tudo!

Chegou em Curvelo o Ultrason 4D

Este lindo bebê é Gustavo Mi-guel da Silva Veiga, fi lho de Dilson Gonçalves Veiga e Uda Maria da Silva Veiga. A data de seu nascimento já está marcada para daqui a alguns dias.

Pça. Volutários da Pátria, 21 - Centro - Curvelo/MG - Tel.: (38) 3721-7711

Page 28: Pequi Magazine #1