Percurso Das Necessidades Em Cuidados de Enfermagem Nos Clientes Submetidos a Artroplastia Da Anca

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    Introduo:

    A artroplastia da anca uma interveno cirrgica,na qual o cliente precisar de 4 a 6 meses para sereabilitar e voltar sua vida. Contudo, o internamentopoder decorrer de 8 a 10 dias, o que implica que nomomento da alta o cliente ainda apresente um grandenvel de dependncia. Para garantir a continuidade decuidados e o bem-estar do cliente, o enfermeiro deveidenticar, o mais cedo possvel, as necessidades emcuidados e desenvolver com a participao do cliente/famlia e de todos os prossionais de sade envolvidosum planeamento da alta ecaz. A continuidade decuidados deve ser o produto nal desejvel de todo oprocesso da alta, que habilitar os clientes a maximizaro seu potencial de bem-estar (Santos, 2002). Para tal,o enfermeiro deve ir ao encontro das necessidades docliente, famlia e/ou prestador de cuidados.Porm asnecessidades identicadas pelos prossionais de sadepodem no ser as mesmas que os clientes sentem.Ao analisar esta problemtica questionamo-nos se aprtica de enfermagem estaria a responder ecazmentes necessidades do cliente. Este estudo teve em vistacontribuir para a melhoria da qualidade dos cuidadosprestados ao cliente submetido a artroplastia da anca.Reconhecendo a importncia da continuidade doscuidados e os benefcios que da resultam para estesclientes, foram denidos os seguintes objectivos:- Analisar a congruncia dos cuidados de enfermageme as necessidades expressas pelos clientes;- Descrever as caractersticas do contexto do ensinopraticado pelos enfermeiros;- Conhecer o grau de satisfao dos clientes submetidosa artroplastia da anca, perante os cuidados deenfermagem, prestados ao longo do internamento;- Identicar os elos de ligao entre os enfermeiros,clientes e acompanhantes numa perspectiva deparceria.Reectir sobre as prticas de enfermagem ao clientesubmetido a artroplastia da anca; nomeadamente nombito da continuidade de cuidados.

    Artroplastia da AncaQualidade na assistncia de

    enfermagem, em meio hospitalar:O percurso sobre as necessidades dos clientesem cuidados de enfermagem em meio hospitalar

    encaminha-nos para a anlise de alguns conceitos,que progressivamente foram construindo oenquadramento terico deste estudo. O nosso temaenquadrou-se no mbito da enfermagem, hospital,qualidade, enfermagem e artroplastia da anca queabordaremos de modo sucinto. Os hospitais tm sofrido grandes evolues aolongo dos tempos. Devido grande complexidadedesta organizao, aos elevados custos inerentes aoseu funcionamento e aos riscos da hospitalizaoprolongada, surge uma nova forma de gesto hospitalar,procurando devolver rapidamente o cliente ao seumeio. A tendncia para a deshospitalizao da sade.(Grande, 1996), contudo os hospitais continuam aser um lugar privilegiado na assistncia em Portugal.O Hospital representa uma organizao bastantecomplexa, cuja principal funo consiste em darresposta s necessidades em cuidados diferenciados dapopulao. A Hospitalizao constitui na maior partedas vezes uma situao de crise para o cliente, sendodescrito como despersonalizado ou impessoal. So noentanto visveis mudanas a este nvel revelando umapreocupao crescente com a qualidade dos cuidadosde sade oferecidos populao.A Qualidade em sade hoje uma responsabilidadecrescente. O Ministrio da Sade salienta que aqualidade em sade apresenta, no entanto, algumascaractersticas, que a diferem da qualidade noutrasreas que consiste em () satisfazer e diminuir asnecessidades e no responder procura, oferecendosempre mais, () tendo uma atitude proactiva,para prevenir e dar resposta s necessidades e nopara procurar novas oportunidades de mercado(.). (Ministrio da Sade, 1998).Ainda no mbitoda qualidade: o ndice de satisfao do cliente umimportante indicador da qualidade dos cuidadospermitindo avaliar os resultados dos cuidados. Pal etal., descrevem () a satisfao como o resultadofeito em funo da realizao das necessidadespercebidas, das expectativas e dos resultadosobtidos() (Pal et al., 1999:p.53)No caso concreto dos clientes submetidos aartroplastia da anca, procura-se que o cliente regresseo mais rapidamente ao domiclio. O Plano Nacionalde Sade salienta a pertinncia da preocupao comestes clientes ao referir que: As doenas articulares,nomeadamente as artroses e a osteoporose peloaumento da sua prevalncia e pelas incapacidadesque geram merecem ateno do sistema de sade.

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    (Plano Nacional de Sade, 2004:p.69). Na presena dedoena articular, quando a dor se torna insuportvel,no cedendo ao uso de frmacos, associado aoaumento do nvel de incapacidade, leva ao recursoa uma artroplastia, o processo de dependncia surgeinicialmente devido doena crnica e posteriormentedevido interveno cirrgica.Os enfermeiros dispem de meios valiosos paraintervir junto dos clientes submetidos a umaartroplastia da anca e sua famlia. Os padres dequalidade dos cuidados de enfermagem citamestratgias importantes entre outras para fazer face readaptao funcional, do cliente:A continuidade do processo de prestao decuidados de enfermagem; o planeamento da altados clientes internados em instituies de sade deacordo com as necessidades dos clientes os recursosda comunidade; o mximo aproveitamento dosdiferentes recursos da comunidade; a optimizaodas capacidades do cliente e conviventessignicativos para gerir o regmen teraputico

    prescrito e o ensino, a instruo e o treino do clientesobre a adaptao individual requerida face readaptao funcional. (Ordem dos enfermeiros,2001,p.14)

    A interveno de enfermagem tem por m o autocuidado, ou seja intervenes que auxiliem o clientea atingir o mximo de independncia possvel. Estaconcepo encontra-se presente na teoria do dcede auto cuidado desenvolvido por Dorothea Orem(1980), intitulada assim, porque explicativa darelao entre as capacidades dos indivduos e as suasnecessidades de auto cuidado.Estes aspectos revestem-se de particular interesseneste estudo, porque nos clientes submetidos aartroplastia da anca, a readaptao funcional constituio ponto de relevo da actuao de enfermagem. Ainterveno de enfermagem deve tambm visara continuidade dos mesmos atravs da parceriade todos os elementos envolvidos nos cuidados,apresentando todos eles, equipa multidisciplinar,cliente, famlia e outras instituies de sade, umpapel predominantemente activo. O cliente deveser o alvo principal de todas as intervenes. Paratal torna-se necessrio um planeamento da altaecaz, identicando as necessidades em cuidadosdos clientes. No entanto isto coloca-nos peranteuma questo, que necessidades sero essas? Sero as

    mesmas necessidades identicadas pelos enfermeirosque lhes prestam cuidados, no caso concreto dosclientes submetidos a artroplastia da anca? Nestesentido questionmo-nos:Qual a discrepncia entre os cuidados deenfermagem prestados e as necessidades do clientesubmetido a artroplastia da anca, na continuidadede cuidados a estes clientes?

    Mtodos:

    Tendo em conta os objectivos e caractersticas dainvestigao enveredmos por um estudo de casodo tipo descritivo, relacional de medidas repetidas. Aamostra foi constituda aleatoriamente por 30 clientessubmetidos a artroplastia total da anca pela primeiravez, por cirurgia programada no servio em estudo. Atcnica de amostragem foi por convenincia, selecodas pessoas () mais prontamente disponveis,

    como sujeitos de um estudo, tambm conhecidacomo amostragem acidental. ( Polit e Hungler,1995,p.358). Aps as primeiras reexes e estudosconsultados, partimos de um conjunto de questesque nos orientaram na consecuo deste estudo:1. Ser que os enfermeiros registam os ensinos dosautos cuidados aos clientes submetidos a atroplastiada anca?2. Os cuidados de enfermagem estaro a corresponders necessidades sentidas pelo cliente submetido aartroplastia da anca?3. Ser que as intervenes dos enfermeiros contri-buem para a satisfao do cliente?4. Que prticas especcas desenvolvem os enfermeirosna programao da alta do cliente submetido aartroplastia da anca, em parceria com ele e/ou com afamlia?5. Ser que o cliente submetido a artroplastia da anca,sente ao longo do internamento necessidade de seracompanhado por um familiar, face continuidadede cuidados? Que actividades deseja o cliente que seatribuam ao seu familiar?A anlise e reexo sobre as prticas dos cuidadosde enfermagem e as necessidades dos clientes socondio necessria para a implementao de umanova dinmica de organizao dos servios. Tendoem conta os objectivos deste estudo, bem como ocampo em que ele iria se desenvolver e os actoresque nele iramos implicar, procurmos escolher

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    para a sua consecuo, os instrumentos de recolhade dados, mais adequados. O tipo de instrumentoseleitos foi: o inqurito, escalas de medida (ndicede Barthel e escala de Satisfao) e observao doregisto dos cuidados documentados. Ao longo dopercurso realizado junto dos clientes que integraramo estudo (n=30), nas diferentes fases (anterior aointernamento, 3 dia de Ps-op e alta), foram sendocomparadas as necessidades destes mesmos clientes,com a informao documentada pelos enfermeiros.O inqurito por questionrio consiste, segundo Quivye Campenhoudt (1995:p.188), () em colocar a umconjunto de inquiridos, geralmente representativosde uma populao, uma srie de perguntas relativas sua situao social, prossional ou familiar, as

    suas opinies, a sua atitude em relao a opes ouquestes humanas e sociais, as suas expectativas, oseu nvel de conhecimentos ou de conscincia de

    um acontecimento ou de um problema, ou aindasobre qualquer outro ponto que interesse aosinvestigadores.O inqurito foi aplicado na consultade enfermagem anterior ao internamento, duranteo internamento (3 dia de ps-operatrio) e nomomento da alta.O ndice Modicado de Barthel (Shah et al., 1989) um dos instrumentos mais amplamente utilizados paraa independncia funcional, uma medida genricaque valoriza o nvel de independncia do cliente emrelao a determinadas actividades bsicas de vida.Este ndice permite uma graduao entre a mximadependncia (0 pontos) e mxima independncia(100 pontos). Os clientes com pontuao abaixo de70 necessitam de superviso ou assistncia para amaioria das actividades.Incontestvel parece-nos a ideia de que a satisfao um importante indicador da qualidade dos cuidadosprestados. (Pisco, 2001; Cardoso, 2002; Ribeiro 2003)O cliente s car satisfeito se os servios forem deacordo com as suas necessidades e expectativas. Da,a pertinncia da utilizao de uma escala de satisfao.Elegemos como instrumento o SUCCEH21 elaboradopor Ribeiro (2003). Este um instrumento capaz desistematizar e avaliar a satisfao dos clientes com oscuidados de enfermagem em qualquer contexto decuidados ou rea geogrca de Portugal. (Ribeiro,2005) O formulrio SUCCEH21, avalia as seguintesdimenses: Eccia na comunicao, utilidade da

    informao, qualidade no atendimento, a prontidona assistncia, a manuteno do ambiente

    teraputico e a promoo da continuidade doscuidados.(Ibidem, 2005,p.178)Recorreu-se ainda, consulta da informaodocumentada pelos enfermeiros relativos a estesclientes, no SAPE (Suporte de Apoio Praticade Enfermagem), com base na linguagem CIPE.Polit e Hungler (1995,p.189) refere que () ospesquisadores em enfermagem so particularmentefelizes na quantidade e qualidade dos dados,existentes e disponveis a eles para investigao.

    () O uso de Informao a partir de registos trazvantagens ao pesquisador, porque eles constituemuma fonte econmica de informao (). Almdisso o pesquisador no precisa preocupar-se emobter a colaborao dos participantes.A consultada informao documentada pelos enfermeiros,tal como a aplicao do inqurito, foi realizada nastrs fases. (na consulta de enfermagem anterior aointernamento, durante o internamento 3 dia de ps-operatrio e no momento da alta).A aplicao dos instrumentos de recolha de dados,junto dos sujeitos deste estudo, assim como, aconsulta do processo de enfermagem destes clientes,foi submetida a autorizao da comisso de tica dohospital onde se realizou este estudo, tendo obtidoparecer positivo.

    Resultados:

    Reservamos para esta fase a discusso dos resultadosobtidos, confrontando-os entre si e com o quadroterico, tendo por base as questes de investigao.O Estudo foi realizado com clientes submetidos aartroplastia da anca por cirurgia programada num totalde 30, de Maro a Dezembro de 2007, num hospitaldo norte do pas. Observou-se uma predominnciado sexo masculino, com a seguinte distribuio: 17do sexo masculino e 13 do sexo feminino. Os clientespertencentes nossa amostra foram maioritariamenteidosos, 20 dos mesmos tm idades superiores a 65anos, a mdia de idades foi de 67,2 anos. O papel deprestador de cuidados foi na maior parte das vezes,assumido pelo cnjuge ou lho/a, existem no entanto,trs inquiridos que referiram no ter ningum. Otempo de internamento variou de 5 a 27 dias, sendo amdia de 11,2 dias.De modo a obtermos uma ideia global do valor dadependncia destes indivduos, ao longo das trs

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    ausncia de registo. de todo provvel existir algumacontinuidade nos cuidados se o objectivo dos cuidadosno disser respeito ao conhecimento que o clientenecessita para fazer face situao (Martins, 2005).

    Ao longo da anlise realizada no internamento,constatou-se no existir por parte dos enfermeirosdistino na documentao entre os focos de ateno:conhecimento e aprendizagem.

    Embora estes sejam os resultados da informaodocumentada pelos enfermeiros, quando seobservaram os ensinos referidos pelo cliente no mbitodo auto cuidado (s), ao 3 dia de ps-operatrio e alta,os resultados foram discordantes (Grco 3 e 4).

    Nos Grcos 3 e 4, referentes aos ensinos, ao 3dia deps-operatrio e no momento da alta, de acordo como cliente, os mesmos revelaram uma maior frequnciada prtica educativa dos enfermeiros, principalmenteno mbito do transferir, posicionar e andar. Ou seja,alguns ensinos so realizados mas no documentados,embora essa realidade se encontre mais presente no

    GRFICO 2 Distribuio do ensino registado pelo enfermeiro no internamento

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    N

    Higiene Vesturio Alimentar Beber Uso

    sanitrio

    Transf er ir Posi cionar A ndar

    Ausncia

    Diagnsticos

    S nas intervenes

    momento da alta. Num estudo realizado por Martins(2005:p.132), no mesmo local deste estudo, sobreo foco conhecimento, a autora arma que a ()frequncia de documentao encontrada aindano condizente com a prtica no servio, o que foi

    validado pelos enfermeiros. Leal salienta que dadapouca relevncia prtica educativa na intervenode enfermagem peri-operatria (2006). Por isso, premente registar, necessrio documentar todo otipo de cuidados prestados, garantir a continuidadedos cuidados, assim como permitir avaliao daqualidade dos mesmos.

    GRFICO 3 Distribuio do ensino proporcionado pelo enfermeiro, segundo o cliente, ao 3dia

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    Hig iene Vesturio A limentar Beber Usosanitrio

    Transferir Posicionar Andar

    N Muito

    Pouco

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    Das necessidades aos cuidadosdocumentados

    As necessidades so complexas e distintas deindivduo para indivduo. Perante a complexidadedas necessidades humanas a misso da enfermeira exigente (Adam, 1994). Os cuidados de enfermagemdevem-se adequar a cada cliente, indo ao encontro dassuas necessidades, ao longo do internamento, tendosempre presente a identicao das necessidades emcuidados para depois da alta.Ao 3 dia de ps-operatrio a dependncia foi elevadaem maior parte dos itens, os que obtiveram menordependncia foram o auto cuidado alimentar e o AutoCuidado: Beber(Grco 5). No entanto, no momentoda alta o cliente, apresenta um grau de dependnciaelevado para diversas actividades, nomeadamente noauto cuidado higiene e vesturio. Brito (2000,p.197)

    num estudo realizado com clientes submetidos aartroplastia total da anca refere que A necessidadede higiene e calar, uma actividade em que osinquiridos referiram diculdades.

    Analisando a informao documentada pelosenfermeiros ao 3 dia de ps-operatrio e no momentoda alta, relativamente aos autos cuidados, observa-sedo Grco 5 que existiram auto cuidados que no sediferenciaram muito no grau de dependncia ao longodas duas fases. (Higiene, vesturio, transferir). Martins(2005, p.97) justica referindo: A sistemtica dadocumentao uma outra dimenso do problema.Vericou-se que os diagnsticos, sobretudo as

    alteraes na sua condio, e consequentemente,as intervenes de enfermagem para lhes darresposta, no eram sistematicamente registados. Istovericou-se durante o internamento e no momento

    da alta clnica do doente.

    GRFICO 4 Distribuio do ensino proporcionado pelo enfermeiro segundo o cliente, na alta

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    Higiene Vestur io Al imentar Beber Uso sani tr io Transf er i r Posicionar Andar

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    GRFICO 5 Comparao do grau e tipo de necessidade de auto cuidado documentado pelos enfermeirosao 3 dia de ps-operatrio e alta

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    Higiene Vesturio Alimentar Beber Uso sanitrio Transferir Posicionar Andar

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    3 dia- Grau Elevado Alta- Grau Elevado

    3 dia- Grau Moderado Alta- Grau Moderado

    3 dia- Grau Reduzido Alta- Grau Reduzido

    3 dia- Nenhuma Alta- Nenhuma

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    Na prtica, estes clientes passam de independentes,para completamente dependentes e depois voltam arecuperar gradualmente a independncia, se tivermosem conta que tudo isto pode ocorrer em menosde 5 dias, fcil ser compreender que complicadoproduzir registos completos e que demonstrem comexactido todos os dados relevantes. (Leal, 2006)Ao longo deste item so comparados os cuidados deenfermagem prestados, tendo por base a informaodocumentada pelos enfermeiros, e as necessidadesidenticadas pelo cliente no 3 dia de ps-operatrioe na alta, no mbito do auto cuidado (s) e alguns focosde ateno no domnio da funo. O Quadro 1 ilustra-nos com clareza a discrepncia entre as mesmas.

    Salientando-se os seguintes aspectos:As diferenas foram mais acentuadas ao 3 dia de ps-operatrio do que na alta;As necessidades que obtiveram maior discrepnciano 3 dia de ps-operatrio foram: beber, posicionar,sono, dor, vesturio, eliminao, higiene, usosanitrio;As necessidades que obtiveram maior discrepncia naalta foram: eliminao, beber, sono, dor e posicionar;O grau de dependncia atribudo na informaodocumentada pelos enfermeiros, em mdiainferior s necessidades identicadas pelos clientes, excepo da eliminao no 3 dia de ps-operatrio, ena alta, do uso sanitrio, transferir e andar.

    QUADRO 1 Discrepncia entre as necessidades de cuidados dos clientes e os registos dos enfermeiros.

    Necessidades

    Diferenas na distribuio das duasmedidas

    Mdia das diferenas entre osvalores

    3 dia de Pos-op. Alta3 dia de Pos-

    op.Alta

    Higiene Sim** No* -0,33 -0,10Vesturio Sim** No* -0,37 -0,2Alimentar No* No* -0,1 -0,27Beber Sim** Sim** -1,63 -1,2Uso sanitrio Sim** No* -0,33 0Transferir No* No* -0,18 +0,1

    Posicionar Sim** Sim** -0,93 -0,63Andar No* No* -0.03 +0,03Eliminao Sim** Sim** +0,37 -1,33Dor Sim** Sim** -0,70 -0,63Sono Sim** Sim** -0,8 -0,8Conforto No* No* -0,03 -0,03

    Podemos depreender da observao do quadro 1, que oque reconhecemos para o outro, ou seja para o cliente,pode no ser aquilo de que ele realmente necessita.

    Os enfermeiros devem estar conscientes destasdivergncias, reconhecendo o cliente de quem cuidam,como algum nico e mpar no processo de cuidados.

    A Satisfao como medida daqualidade dos Cuidados deenfermagem

    A avaliao feita pelos clientes permite aos prossionais

    de sade, identicar reas que necessitam deaperfeioamento indo ao encontro das necessidadesdos clientes, no sentido da melhoria dos cuidados.

    Dada a estreita relao entre a satisfao perante oscuidados e em que medida estes foram ao encontrodas necessidades do cliente, foi utilizada a escala de

    satisfao para os cuidados de enfermagem a nvelhospitalar (SUCEH21) de Ribeiro (2005).Da aplicao da escala aos clientes em estudo,observaram-se valores de satisfao acima dos50% nas dimenses em anlise, com excepo dadimenso continuidade de cuidados (Grco 6). Osvalores oscilaram entre 89,26% e 46,67%, a satisfaoglobal foi de 77;83%. As dimenses dos cuidados deenfermagem em que os clientes referiram estar menossatisfeitos foram a Promoo da continuidade dos

    cuidados(46,67%).Cabral et al.(2002) salienta que observam-se avaliaespositivas constantes, mesmo em sistemas de sade to

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    divergentes. Morrison (2001:p.117) justica referindoqueos doentes esto dependentes de outros, paratanta coisa, que queixar-se de qualquer aspecto doscuidados, correr o risco de afastar aqueles cujatarefa tratar deles num determinado contextohospitalar. Cabral et al. (2002) refora ainda que

    este desvio de positividade est ligado quilo a quecertos autores do o nome de Gratitude bias. Noentanto, na actualidade parece impensvel que osprossionais de sade funcionem apenas voltadospara si, abstraindo-se do que os utilizadores pensam eo impacto dos cuidados. (Ribeiro, 2005)

    numa fase tardia do internamento e que existemdiscrepncias entre as datas documentadas pelosenfermeiros, e as identicadas pelo cliente. Nainformao documentada pelos enfermeiros, a dataque obteve maior frequncia foi o Dia anterior(N=11), enquanto, que por parte dos clientesfoi Dois dias antes (N=23). Estes resultadosdemonstram aguardar-se por uma deciso exteriorpara que sejam dados como curados. As equipasde sade, devem promover aces programadasde ensino quer ao doente quer aos familiares(informao, demonstrao e treino), e informar eorientar o doente e os familiares sobre os recursosdisponveis na comunidade(Santos, 2002).

    GRFICO 6 Descrio das mdias das dimenses da satisfao dos clientes com os cuidados de enfermagem

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    77,83

    %

    Eficcia na comunicao Qualidade no atendimento Manuteno do ambiente teraputico

    Utilidade da informao Prontido na assistncia Promoo da continuidade dos cuidados

    Satisfao global

    Prticas especficasna preparao da alta

    Para garantir a continuidade de cuidados, deveexistir um plano de alta que deve ser institudoo mais precocemente possvel. O sucesso doplano de alta, independentemente do quadro doutente, vai depender dos prossionais envolvidos

    e principalmente do momento do seu incio.

    (Nogueira, 2003,p.76).A preparao da alta deve ser um processo contnuoque deve ser iniciado logo na admisso, ouanteriormente se possvel. No entanto no Grco7 observam-se, que este planeamento se realiza

    GRFICO 7 Relao entre a referncia ao registo da alta, por parte dos enfermeiros e conhecimento da datada alta pelo cliente.

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    > de dois dias Dois dias antes Dia anterior Prprio dia Nunca

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    Referncia alta nos registos Conhecimento da alta, segundo o Cliente

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    No Grco 8, verica-se uma baixa incidncia deensinos referentes a orientaes para a alta. Observa-se que realizada uma pequena abordagem aoassunto, na altura da consulta, e s na altura da altaesta orientao obtm uma frequncia mais elevada.

    Martins (2003:p.190) lembra, Que cada prossionalpresta cuidados indiferenciados no havendo nasua maioria inteno explcita de programao da

    alta, nem de continuidade de cuidados..

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    Consulta 3 dia de Ps.Op. Alta

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    GRFICO 8 Relao do ensino realizado pelo enfermeiro sobre a alta ao longo das trs fases,segundo o cliente.

    Perante a observao da informao documentadapelos enfermeiros no Grco 9 observam-se osdiagnsticos sobre o conhecimento/aprendizagemdocumentados pelos enfermeiros, o conhecimentosobre pr e o ps-operatrio (N=27) obtm umafrequncia elevada, no entanto reala-se, pela negativa,

    a baixa ocorrncia destes diagnsticos. Sobre estetema, Martins (2005) salienta que o objectivo doscuidados diz respeito ao conhecimento para gerir asituao. Este pode estar associado a todos os focos deateno desde que o cliente esteja consciente. Logo, afrequncia dos mesmos deveria ser mais elevada.

    GRFICO 9 Descrio dos diagnsticos sobre o conhecimento/aprendizagem documentados pelosenfermeiros

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    Co nh ec ime nto s ob re p r e p s -o pe ra t rio Co nh ec ime nt o s o br e Pr te s e d a A nc a

    A pr en diz ag em de c ap ac ida de s A nd ar Con he c imen to s ob re Tr an s f er n c ia

    Co n he c ime n to s ob r e a ut oc u ia dd o H ig ie n e Co nh e c im en to s ob r e A u t oc u id a do V es t u r io

    O esforo de reabilitar um deciente circunscreve-se sua reintegrao familiar devendo esta signicarno apenas a reincluso e permanncia do cliente emcasa, mas antes a sua reintroduo no sistema familiar,com todos os ajustes que se agurem necessrios aocumprimento das suas tarefas e retoma das suasfunes (Martins, 2002). Conscientes desta realidade

    e vericando-se neste estudo ocorrer dependnciasem alguns auto cuidados, fomos apurar como erao cuidador ou os cuidadores envolvidos nesteprocesso. A famlia o recurso mais acessvel prestao de cuidados tendo de facto, em muitascircunstncias, de os prestar devido escassez deservios organizados.(Nogueira, 2003,p.47).

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    Na amostra em estudo, o papel de prestador decuidados foi vulgarmente assumido pela famlia. Osenfermeiros necessitam de ter presente a importnciado envolvimento da famlia no processo de cuidados.Destaca-se que dos 30 clientes inquiridos, 20 referiramque nunca foi esclarecido o seu prestador de cuidadossobre as suas necessidades para depois da alta, 9referiram s vezes e apenas um referiu sempre. Cabralet al.(2002,p.232) considerou existir ()um ntidodce de informao aos familiares dos pacientes

    internados nos hospitais pblicos.Os diagnsticos referentes ao prestador de cuidadosapresentam-se pouco documentados, sendo referido

    em 8 dos processos analisados (Grco 10), odiagnstico que obteve maior frequncia, foi oConhecimento sobre equipamento adaptativo andar.Segundo Martins (2003,p.191) Existe j algumapreocupao por parte dos enfermeiros em incluir afamlia nos cuidados (), seja de uma forma activa

    ou passiva, como forma do os preparar No entantoa documentao ainda no traduz regularmente essapreocupao. Sobre este tema Carapinheiro refere(1993,p.214) que () a famlia no integrada noprocesso de internamento como protagonista vlidode negociao com o hospital.

    GRFICO 10 Descrio dos diagnsticos sobre o papel de prestador de cuidados documentadospelos enfermeiros

    6

    3 3

    2

    1 1 1 1

    0

    1

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    3

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    5

    6

    N

    Conhecimento sobre equipamento adaptativo Andar Conhecimento sobre autocuiaddo HigieneConhecimento sobre Autocu idado Vestur io Conhecimento sobre Autocu idado Transferir -se

    Conhecimento sobre autocuiaddo Alimentar-se Conhecimento sobre Autocuidado Uso SanitrioConhecimento sobre movimento articular instvel Conhecimento sobre posicionamentos

    Na procura da continuidade de cuidados, asequipas de sade devem () desenvolver com aparticipao do doente e dos familiares planos decuidados apropriados que minimizem o risco dereadmisses ou de complicaes. (Santos, 2002:p.73)Os enfermeiros necessitam de ter presente a utilidadeda famlia no processo de cuidados. Contudo estarealidade ainda enfrenta grandes obstculos por partede alguns prossionais () que acreditam que apresena dos familiares junto do doente signica que

    o trabalho est a ser observado e avaliado, sentindo-se por isso ameaados ()(Cunha, 2003,p.62)Quando questionado o cliente sobre o desejo departicipao do acompanhante nos cuidados, dos29 que responderam a esta questo, 17 referiram svezes, 1 referiu Sempre, no entanto 11 referiram queNo. Num estudo realizado por Cunha (2003,p.139)sobre o tema, a autora refere que A participao do

    acompanhante nos cuidados no consensual entreos doentes, pois para uns seria positivo e para outrosno. Os aspectos identicados como positivos foramo maior -vontade, uma ajuda sempre disponvel parano ter que incomodar os prossionais; quanto aosaspectos negativos foram a falta de preparao doacompanhante, e o hospital possuir quem seja pagopara o efeito. (Ibidem, 2003)As dimenses em que o cliente desejava ter obtidoparticipao por parte do acompanhante, dos18 inquiridos que responderam questo, 16responderam o aprender a transferir, 7 o aprender aposicionar e 4 a higiene e alimentao. Estes aspectosdenotam necessidades no mbito do conhecimentoe aprendizagem de capacidades associadas prpriacirurgia, artroplastia da anca.Na opinio dos clientes () o facto de ver osenfermeiros a prestar determinado cuidado e

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    enfermeiro, que se revelam mais acentuadas ao 3 diade ps-operatrio do que na alta, e em geral, o grau dedependncia atribudo na informao documentadapelos enfermeiros em mdia inferior s necessidadesidenticadas pelos clientes. No entanto, os clientes nageneralidade encontram-se satisfeitos, porm essasatisfao no extensiva dimenso continuidadede cuidados.Em suma, podemos armar que existem discrepnciasentre o que o cliente necessita e o que lhe prestado,para colmatar esta realidade os enfermeiros necessitamde compreender e percepcionar as necessidades dosclientes. No resta outro caminho, h interveno deenfermagem, que no seja o de Caminhar com ooutro (Hesbeen, 2001), neste percurso realizado emcomum.

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