Perfil Do Ecoturista e Turista de Aventura No Brasil Mar2010
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MARO 2010
PERFIL DO
TURISTA DE AVENTURANO BRASIL
ECOTURISTAE DO
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EXPEDIENTERepblica Federativa do Brasil
Luiz Incio Lula da SilvaPresidente da Repblica
Ministrio do TurismoLuiz Eduardo Pereira Barretto FilhoMinistro de Estado do Turismo
Mrio Augusto Lopes MoyssSecretrio Executivo
Frederico Silva da CostaSecretrio Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo
Carlos Alberto da SilvaSecretrio Nacional de Polticas de Turismo
Jeanine PiresPresidente da Embratur
Associao Brasileira das Empresasde Ecoturismo e Turismo de AventuraJean-Claude Marc RazelPresidente
Daniel Blum SpinelliVice-presidente
Patrick Daniel MullerDiretor Tcnico
Gelderson dos Anjos PinheiroDiretor de Capacitao
Israel Henrique WaligoraDiretor Socioambiental
Eduardo Folley CoelhoDiretor de Marketing
Gustavo Fraga TimoCoordenador Geral
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Anamb-azulHomem, 30 anos, solteiro, mora com amigos,administrador, So Paulo
Viajar prazer, aventura, distrao, renovao, o mais importante da vida. proporcionar
alguns resgates de memria, te deixa bem fsica,mental e espiritualmente. Remete sua infncia,ao seu futuro, te d paz, tranquilidade, muitaesperana, uma coisa que vale a pena. (...)Quando voc faz uma viagem dessas, voc volta infncia, porque voc brinca muito. Voc meio adolescente, meio criana. a naturezaque voc tinha quando era criana... (...) Turismode natureza renovao. Estar muito prximoda vida de verdade, nada artificial feito pelohomem.
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Ao realizar esta pesquisa, a ABETA contribui para que o turismo brasileiro tenha cada
vez mais inormaes sobre os comportamentos, hbitos, pers, indicadores sociais
e de consumo dos turistas brasileiros. Dessa orma, ajuda o Pas a construir um banco
de dados sobre o mercado turstico domstico.
Trata-se de um acervo que constitui uma importante erramenta para o planejamento
estratgico das aes a serem desenvolvidas pelo poder pblico e pela iniciativa
privada, que trabalham de maneira articulada para melhorar a inraestrutura, a
segurana, a qualidade dos servios e a competitividade dos prossionais e empresas
ligados ao setor.
A ABETA uma tradicional parceira do Ministrio do Turismo. a entidade executora
do Programa Aventura Segura, que visa estruturao, qualicao e ao
ortalecimento do Ecoturismo e do Turismo de Aventura no Brasil. Desenvolvido em
parceria com o Sebrae Nacional, o programa est presente em 16 destinos de 13
estados brasileiros, mobilizando, ao todo, 100 municpios.
Nos ltimos anos, estruturamos e disponibilizamos normas, criamos programas
de certicao e qualicao prossional e construmos bases slidas para o
desenvolvimento do Ecoturismo e do Turismo de Aventura no Brasil em curto, mdio e
longo prazo.
A qualidade do nosso trabalho extrapolou ronteiras. O Brasil oi escolhido para
coordenar o Grupo de Trabalho Internacional sobre o Turismo de Aventura no
mbito da ISO, que ir elaborar as normas mundiais para o segmento. Desse modo,
imprimimos ao mundo que estamos na ponta das discusses sobre o Turismo de
Aventura.
Vamos continuar nesse caminho, mantendo as parcerias que nos zeram chegar at
aqui. Boa leitura a todos.
Luiz BarrettoMinistro de Estado do Turismo
MENSAGEM DO MINISTRO DE ESTADO DO TURISMO
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Pela primeira vez, o segmento de Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil realizou
uma pesquisa de hbitos de consumo do turista. Qualitativa e quantitativa, a pesquisa
uma novidade e um elemento claro de maturidade do segmento.
Uma leitura atenciosa vai proporcionar ao leitor uma verdadeira imerso no segmento
e vai abrir novos horizontes de refexo e de inovao. Perl do turista, motivos da
viagem, atividades praticadas, tendncias, modo de locomoo, exposio a mdia etc.:
a inormao disponvel de uma riqueza incomparvel para quem souber analisar.
Esta pesquisa reora os laos entre a ABE TA e o Ministrio do Turismo, e az parte
do conjunto de aes de Promoo e Comercializao do segmento considerado
prioritrio no cenrio turstico brasileiro. A ABETA tambm cumpre seu papel de
associao empenhada em proporcionar benecios para a sociedade, o mercado, os
consumidores e seus associados, ganhando todos com a pesquisa, que uma valiosa
onte de inormao para o desenvolvimento dos negcios e do Pas.
Uma inormao essencial dessa pesquisa a capacidade do Ecoturismo e do Turismo
de Aventura resgatarem nos turistas sensaes e vivncias da inncia. Ela mostra o
quanto as atividades ao ar livre azem parte da bagagem que cada um leva na vida.
Dados como esses reoram a conscincia dos associados ABETA da importncia do
seu papel na sociedade, proporcionando prazerosas e seguras atividades de aventura
e de natureza e contribuindo para o bem-estar e o respeito ao meio ambiente. Cada
vez mais, estamos orgulhosos de provar na prtica a pertinncia da nossa viso da
sustentabilidade que harmonizar as exigncias econmicas, sociais e ambientais do
mundo moderno.
Boa leitura a todos!
Jean-Claude Marc RazelPresidente da ABETA
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA ABETA
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SUMRIO1. Preparativos para a viagem: vamos conhecer nosso turista 10
1.1. Cont ext o geral 131.2. Nossos objetivos 15
1.3. Por onde comeamos: alguns modelos conceituais e outras experincias 16
1.4. Quem pesquis amos 18
1.5. Metodologia: os caminhos escolhidos para a pesquisa 19
2. Necessidades contemporneas e envolvimento com a natureza 282.1. Necessidades contemporneas 30
2.2. O sentido da viagem 31
2.3. Consumo: o essencial e o suprfuo 34
2.4. Envolvimento com a natureza 352.5. Turismo de Aventura e Ecoturismo: brincar e interagir 38
3. Viajando pelo Brasil: comportamentos do turista de aventura e do ecoturista 403.1. Viagem e cultura: as principais ormas de se divertir 42
3.2. gua: uma paixo nacional 44
3.3. Regies preeridas para viagens de naturez a e aventura 46
3.4. Meios de transpor te 47
3.5. Quando viajam 48
3.6. Quando viajam e para onde 49
3.7. As melhores companhias 503.8. Percepe s sobre qualidade em servios e cert icao 52
3.9. Atividades mais praticads e avaliaes 53
3.10. Atividades mais desejadas 55
3.11. Matr iz de valor: o que desejam e como avaliam as viagens no Brasil 56
3.12. Envolviment o com mdias 58
3.13. A atrat ividade da internet e da TV 59
3.14. Envolvimento com internet : o que usa, tem e as compras pela rede 60
4. Turistas de aventura e ecoturistas: semelhanas e dierenas entre perfs 62
4.1. Segmentao por processo decisrio, comportament o de compra e estilo de vida 644.1.1. O grupo de Comandantes (57% da amostra) 65
4.1.2. O Grupo de Dependentes (43% da amostra) 67
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4.2. Segmentao pelo envolvimento com atividades de aventur a e de Ecoturismo 70
4.2.1. Quem so os Turistas Topa-tudo (4% da amostra) 73
4.2.2. Quem so os Turistas Abert os (68% da amostra) 73
4.2.3. Quem so os Turistas Virgens (28% da amostra) 74
4.3. Cruzando as duas segmentaes: relao entre perl decisrio, comportamento de compra, estilo de vida e envolvimento
com atividades de aventur a e Ecoturismo 83
5. Consideraes fnais 845.1. O sentido (cdigo) da viagem no Brasil 86
5.2. A chave 87
5.3. A ameaa 88
5.4. Estmulos ocalizados 88
5.5. Adequao da oert a 89
5.6. Explorao da oert a 90
5.7. Turismo de Aventura e Ecoturismo: a oportunidade concreta de ugir 91
Reerncias 92
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O gosto pelo mar veio de uma poca que o meupai, um militar, foi transferido para uma ilha ,em Santa Catarina, em So Francisco do Sul.
Morei a minha infncia l (...) O contato com omar, pescarias, passarinhos foi se formando ali.(...) Era um paraso, tudo conspirava a favorde me despertar esse esprito de aventura, depasseio.
GralhoHomem, 49 anos, casado, sem lhos,gerente de projetos, Porto Alegre
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1. PREPARATIVOS PARA AVIAGEM: VAMOS CONHECERNOSSO TURISTAEste documento apresenta os resultados da pesquisa
realizada para conhecer o perl do turista de aventura
e do ecoturista no Brasil. Trata-se de um projeto que
integra o Programa de Promoo e Comercializao
Nacional (PPCN). Foi possvel, a partir dele, conhecer
as caractersticas desse turista, de modo a ornecersubsdios para a elaborao do Plano de Comunicao
para estimular a demanda por Turismo de Aventura e
Ecoturismo no Pas. um esoro do Ministrio do Turismo
e da Associao Brasileira das Empresas de Ecoturismo
e Turismo de Aventura (ABETA), que rmaram convnio
para empreender o PPCN, dando sequncia ao Programa
Aventura Segura (PAS) apoiado pelo Ministrio do Turismo
(MTur) e pelo Servio Brasileiro de Apoio s Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), em parceria com aABETA, para ortalecimento, qualicao e estruturao
do Ecoturismo e do Turismo de Aventura no Brasil.
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Neste primeiro captulo, contextualizamos o projeto,
apresentamos as reerncias tericas, os nossos
pesquisados, as estratgias metodolgicas e as
caractersticas gerais das amostras. No segundocaptulo, tratamos das necessidades contemporneas
dos turistas e de seu envolvimento com a natureza. No
terceiro, apresentamos o comportamento de compra
e consumo dos entrevistados, seu processo decisrio,
motivaes e avaliaes das experincias com viagens
e atividades de aventura e de Ecoturismo. O quarto
captulo traz as segmentaes de pers de turistas, em
duas perspectivas de anlise. Por m, traamos algumasconsideraes sobre os resultados, no captulo cinco.
1.1. CONTEXTO GERAL
Desde a dcada de 80, vrias refexes tm sido
realizadas sobre o conceito de Turismo de Aventura (TA).
Contudo, para eeito deste trabalho, consideraremos
a denio do Ministrio do Turismo (2008, p. 15):
Turismo de Aventura compreende os movimentos
tursticos decorrentes da prt ica de atividades de
aventura de carter recreativo e no-competitivo..
Os movimentos tursticos so entendidos como
os deslocamentos e estadas que pressupem a
eetivao de atividades consideradas tursticas. J
as prticas de aventura de carter recreativo e no
competitivopressupem determinado esoro e
riscos controlveis, e que podem variar de intensidade
conorme a exigncia de cada atividade e a capacidade
sica e psicolgica do turista.
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT ),
engajada no processo de normalizao do TA no
Brasil, tambm elaborou um conceito de atividades de
Turismo de Aventura (2006): atividades oerecidascomercialmente, usualmente adaptadas das
atividades de Turismo de Aventura, que tenham ao
mesmo tempo o carter recreativo e envolvam riscos
avaliados, controlados e assumidos.. Assim, ca
evidenciado que o turista de aventura deve ser um
comprador de atividades comercialmente oerecidas, ou
seja, os turistas totalmente autnomos no compem o
universo de pesquisa deste trabalho.
J o Ecoturismo oi denido pelo Ministrio do Turismo
(2008, p. 9) como o segmento da atividade turstica
que utiliza, de orma sustentvel, o patrimnio
natural e cultural, incentiva sua conservao e busca
a ormao de uma conscincia ambientalista por meio
da interpretao do ambiente, promovendo o bem-
estar das populaes. So atividades caractersticas
deste segmento: a observao de auna, de fora e
de ormaes geolgicas; a contemplao realizada
durante caminhadas, mergulhos, saris otogrcos e
trilhas interpretativas.
O primeiro documento produzido no Brasil sobre o TA
oi o Diagnstico do Turismo de Aventura no Brasil,
ruto de um estudo realizado pela ABETA, segundo
convnio rmado com o Ministrio do Turismo. Na poca,
detectou-se a necessidade de se abordar o segmento
do ponto de vista da demanda, j que aquele estudose concentrou na oerta, investigando empresas do
setor, entidades pblicas e outros atores que no os
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consumidores. Os dados sobre perl dos clientes oram
levantados em quinze destinos, segundo a percepo
dos entrevistados, de orma supercial, por no ser
o oco. Naquela pesquisa, oram consideradas vinte etrs atividades como sendo de TA, divididas em gua,
terra e ar, segundo o local de prtica. O interesse estava
no perl dos oertantes dessas atividades e no no
processo de compra e de consumo das mesmas.
Em relao demanda, segundo o Ministrio do
Turismo (2006, p. 21) apontar um nico perfl para o
TA uma tarea complexa, pois as diversifcadas e
dierenciadas prticas de aventura atraem pblicos
distintos. Apresentam, contudo, elementos comuns,
como o apreo pela emoo, pelo desafo, e por novas
experincias e sensaes. No geral, os estudos, at
ento, diziam que esse consumidor tem entre 18 e 40
anos, poder aquisitivo mdio, estudante de nvel
superior, tem hbito de viajar em grupos, permanece
aproximadamente dez dias em destinos internacionais e
quatro nos nacionais, contribui para o planejamento da
sua viagem, demonstra respeito pelo ambiente natural
e social, exige qualidade, segurana, acessibilidade e
inormao. As suas motivaes mais comuns seriam a
recreao ativa, os desaos e a emoo, as vivncias
e experincias memorveis; gosta da dierenciao em
relao escolha dos locais e da interao com outros
praticantes. Tratava-se apenas de uma percepo,
ainda no mensurada. No havia, at o momento, como
estabelecer pers dentr o do segmento, descreversuas caractersticas e o tamanho dos agrupamentos
de clientes. A ausncia de inormaes sistematizadas
sobre os consumidores de Turismo de Aventura e
Ecoturismo , certamente, um dos motivos da alta
de aes ecazes de comunicao no segmento, j
destacada por vrios autores.
A despeito da carncia de dados sistematizados sobre
o consumidor de TA e de Ecoturismo, sabe-se que ele
tem se tornado mais exigente em relao aos servios
oertados. A experincia acumulada nas atividades
de aventura, a maior disponibilidade de inormaes e
a melhoria do nvel de servios do mercado como um
todo elevam, a cada dia, as expectativas, azendo-o
demandar mais qualidade e inovao nos servios.Novos praticantes trazem consigo reerncias de outros
segmentos, mais estruturados do ponto de vista da
oerta, e os mais experientes esperam superar suas
vivncias.
O Ministrio do Turismo tem empreendido esoros
para estimular e sensibilizar o consumidor do turismo
em geral e, em especial, o de Turismo de Aventura e
Ecoturismo, como, por exemplo, a recente campanhaEst na hora de conhecer o Brasil, que apresenta
destinos tpicos dos segmentos. Trata-se de uma tarea
rdua, que pode ser agora com o PPCN ainda mais
integrada em nvel nacional ou regional, baseada num
planejamento estruturado, para estmulo demanda.
De uma orma geral, os oertantes e os destinos
restringem-se divulgao por material impresso,
anncios em revistas especializadas e junto aos canais
de distribuio. Houve expressivo crescimento de stiosde internet, e port ais de aventura oram desenvolvidos
para atender a esse pblico especco. O PPCN surge
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reteno de clientes, e de modelos de comunicao e de
comercializao mais ecientes.
1.3. POR ONDE COMEAMOS: ALGUNS
MODELOS CONCEITUAIS E OUTRASEXPERINCIAS
Partimos da premissa de que nossos objetivos esto
ocalizados nos pers do turista de aventura e do
ecoturista, j segmentados em uno da demanda
atual e da potencial. Isso signica uma abordagem do
ponto de vista de comportamento de compra e consumo.
Alm do perl, o estudo contemplou sua satisao
e a imagem percebida dos segmentos. Dessa orma,a undamentao terica se dividiu em: modelos de
comportamento e perl do consumidor, de satisao de
clientes e de identidade e imagem.
Estudos de comportamento do consumidor
De uma orma geral, esses estudos tratam do
processo de compra e de consumo (suas etapas), dos
papis do cliente no processo, dos determinantesdo comportamento (contexto de mercado, pessoal,
caractersticas pessoais, tendncias), da disposio
mental do cliente (no caso da aventura, tambm a
sica), suas percepes, motivaes (necessidades,
emoes e psicograa), suas atitudes cognitivas e
aetivas (SHETH, MITTAL e NEWMAN, 2001). No que se
reere personalidade, as principais teorias so: de
traos, evolucionista, psicanaltica, comportamental,
enomenolgica e cognitiva. O Modelo 3M, Meta-Theoretic Model o Motivation and Personality1
(MOWEN, 2000), integra diversas teorias psicolgicas
1 Modelo Meta-Terico de Motivao e Per sonalidade2 Valores e estilos de vida3 Desde quando conamos em estranhos?
e construtos do comportamento do consumidor, numa
hierarquia de quatro nveis de traos e, a despeito
das crticas, tem sido muito utilizado em pesquisas de
comportamento do turista. Para estudos de estilo devida, o VALS, Values and Lie Styles2, uma reerncia
nos EUA, e o modelo AIO (Atitudes, Interesses e
Opinies) tem sido amplamente utilizado em nvel
global. Uma abordagem atual e inovadora a de
Rapaille (2007), que usa os conceitos de Cdigo Pessoal
e Cultural para explicar o conjunto de motivaes,
inspiraes e princpios que guiam os consumidores e
os azem dierentes entre si, enatizando as heranas
pessoais e da cultura onde o indivduo est inserido. O
mtodo tem caractersticas da pesquisa etnogrca. As
agncias e veculos de comunicao tambm elaboram
seus estudos de comportamento de clientes, tendo-se
como boas e recentes reerncias a quart a edio
brasileira do Dossi Jovem MTV (2008) e o estudo
mundial sobre mdias, com oco na internet, realizado
pela Universal McCann (2008) When did we start
trusting strangers?3. Este ltimo mostra como as
pessoas, em vinte e nove pases, esto mudando sua
orma de buscar inormaes e a conana nos meios.
Nesse sentido, a posio do Brasil muito dierenciada:
aqui, as redes sociais tm penetrao muito maior que
nos demais pases, o que corroborou a necessidade de
aproundamento nessas questes.
Estudos sobre perl do turista de aventura e do
ecoturistaRitchie, Goeldner e colaboradores de vrios pases
publicaram, em 1994, um manual para gerentes e
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de viagem, realizada pela Fundao Getlio Vargas e
pelo Ministrio do Turismo, em 2009, sobre inteno de
realizar viagens nacionais e internacionais nos prximos
seis meses e vrios estudos em nvel local, ocalizadosnos destinos. No mesmo ano, o Ministrio do Turismo
publicou os resultados do estudo Hbitos de consumo
do turista brasileiro, realizado pelo Instituto Vox Populi
com 2.322 turistas atuais e potenciais. Para o TA, t emos
o j mencionado Diagnstico do Turismo de Aventura
no Brasil, denies do Ministrio do Turismo contidas
nos documentos Turismo de Aventura: orientaes
bsicas e Ecoturismo: orientaes bsicas e alguns
estudos de carter regional, que traam o perl de
turistas de deter minado destino. Entretanto, todos
eles se restringem a variveis sociais, demogrcas e
econmicas. A psicograa ainda no oi explorada.
Modelos de satisao de clientes
No geral, os modelos de satisao de clientes partem
de dois conceitos: o de expectativa e o de percepo.
O marco no estabelecimento desses o Modelo dos
Gaps, desenvolvido por pesquisadores da Universidade
do Texas A&M (PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY), na
dcada de 90. Para eles, a satisao mensurada pelo
conronto entre aquilo que o cliente espera receber e
suas percepes sobre a oerta eetiva. Com as duas
variveis, possvel traar as mat rizes de valor.
Modelos de identidade e imagem
De orma simplicada, podemos dizer que os modelos
de identidade e imagem tratam dos emissores, sinais
emitidos, receptores e signicados atribudos a uma
marca, produto, servio, empresa ou segmento de
mercado. O estudioso rancs Jean-Nol Kaperer
prope uma metodologia para denir a imagemdesejada para uma marca /empresa e apresenta os
atores temporais e atemporais na construo de
uma identidade. Para ele, os signicados atribudos a
uma marca so adquiridos (no sentido literal) por
um investimento contnuo da empresa em produo
para manter um nvel superior de qualidade, em
pesquisa de novos produtos adaptados s evolues
dos consumidores, em uma rede de distribuio,
em uma campanha de vendas (...), em despesas de
comunicao, em deesas jurdicas contra alsifcao
etc. (...)(KAPF ERER, 2003). A tcnica mais utilizada
nos estudos de imagem so os mapas perceptuais, que
apresentam a posio do objeto estudado em relao
aos atributos valorizados pelo cliente vis--vis seus
concorrentes.
1.4. QUEM PESQUISAMOS
Considerando-se como principal recorte da pesquisa
o atributo demanda, temos dois segmentos de Turista
de Aventura e de Ecoturista: o atual e opotencial, que
advm das denies de Kotler (2006). Para o autor,
mercado o conjunto de todos os compradores
eetivos e potenciais de uma oerta. Mercado potencial
o conjunto de compradores que apresentam um nvel
mnimo de interesse pela oerta. Os consumidoresatuais so, ento, aqueles que j praticaram alguma
atividade na natureza (aventura, Ecoturismo) e pagaram
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por isso. Os potenciais so os que nunca praticaram
atividades na natureza, mas tm interesse em az-lo e
pagariam para tal. Foram denidas as cotas de 30% de
atuais e 70% de potenciais, dado o grande interesse emconhecer os que ainda no se envolveram com o Turismo
de Aventura e com o Ecoturismo. Aqueles que j zeram
ou ariam atividades sem desembolso nanceiro, por
no se enquadrarem na concepo do turismo como
atividade comercial, no oram considerados.
Com base nessas denies, em inormaes gerais
sobre o tema e, principalmente, nas publicaes
do Ministrio do Turismo, denimos que seriampesquisados homens e mulheres:
entre 18 e 59 anos;
que viajaram dentro do Brasil nos ltimos 12 meses;
decisores ou participantes ativos nas escolhas de
viagens;
com motivaes diversas;
que pagaram ou pagariam por alguma atividade /
interao com a natureza (Turismo de Aventura eEcoturismo);
residentes nas capitais dos maiores polos emissores
do Pas: So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio
Grande do Sul;
Foram excludos aqueles que zeram viagens apenas
para praticar atividades em carter esportivo ou para
participao em eventos, promoo de produtos e
servios ou algum treinamento.
As atividades de aventura praticadas ou de interesse
oram as 23 elencadas no Diagnstico do TA, mais o
quadriciclo.
1.5. METODOLOGIA: OS CAMINHOSESCOLHIDOS PARA A PESQUISA
Os trabalhos comearam com um exaustivo
levantamento exploratrio de experincias anteriores
sobre o tema (no mundo e no Brasil). Alm de reerncias
acadmicas, oram consultados estudos de associaes
e de entidades privadas. Com base nessa etapa
exploratria, partimos para a etapa qualitativa e, em
seguida, para a quantitativa.
No planejamento da pesquisa qualitativa, decidimos
tratar o Turismo de Aventura e o Ecoturismo com termos
mais amplos, adotando a expresso viagens para
interao com a natureza ou para praticar atividades
na natureza, de modo a contemplar aqueles turistas
que eventualmente zessem conuso em relao
aventura ou ao Ecoturismo e tivessem comportamento
mais contemplativo (mais ligado ao Ecoturismo, na
viso deles). No queramos perder a oportunidade deconhec-lo, mesmo porque a distino entre Turismo
de Aventura e Ecoturismo se reere a questes de
organizao da oerta e no da demanda. Na cabea do
consumidor eles podem estar ou no sobrepostos, o que,
alis, veremos mais adiante.
Na etapa qualitativa, realizamos 45 entrevistas
domiciliares, em proundidade, com brasileiros em
Belo Horizonte, Porto Alegre e So Paulo. Decidimosincluir Porto Alegre (capital do quarto maior estado
emissor), apesar de o Rio de Janeiro ser um dos trs
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maiores emissores, para diversicar a amostra em
termos regionais. Entretanto, vericamos uma grande
preerncia por Sol e Praia nas trs praas e resolvemos
pesquisar o Rio de Janeiro na etapa quantitativa,para reduzir essa possvel distoro em relao ao
gosto pelo mar. O recrutamento obedeceu a um plano
amostral e havia estmulo participao, por meio de
brindes. As entrevistas oram gravadas e transcritas,
tendo durao mdia de duas horas. Partimos de
relatos da histria de vida dos entrevistados, das suas
necessidades contemporneas, vises do mundo e de
si mesmos e trajetria de viagens (tnel do tempo),
averiguamos o signicado das viagens, da natureza e
da aventura, os hbitos e as atitudes em geral, para
viagens e de lazer e mdia. Utilizamos vrias tcnicas
projetivas, privilegiando as emoes e, no, as alas.
O campo oi realizado em julho de 2009. Nessa etapa,
tivemos cotas de gnero, idade, escolaridade, ciclo
de vida amiliar, motivao para as viagens (natureza
versus outros) e atividades praticadas.
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AMOSTRA QUALITATIVANmeros absolutos
BELO HORIZONTE
SO PAULO
PORTO ALEGRE
1615
14
45 PESSOAS
GRANDE VARIEDADE DE PROFISSES
21 MULHERES24 HOMENS
50-59ANOS
40-49ANOS
30-39ANOS
18-29ANOS
Ensino Mdio12
33 Ensino Superior
Solteiro, mora s
Solteiro, mora com famlia
Casado sem filhos
Casado com filho pequeno
Casado com filho grande
14 14 11
6
1. Preparativos para a viagem: vamos conhecer nosso turista
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
guia-pescadoraAnamb-azul
Andorinha-serradora
AzuloBem-te-viBicudo
Caboclinho-de-barriga-pretaCanrio-da-terra-brasileiro
Cardeal do sulChora-chuva-de-cara-branca
Codorna-buraqueiraCoruja-do-campo
CuriFalco -de-peito-laranja
Diante dos relatos, decidimos que cada sujeito de
pesquisa receberia um codinome, sempre que possvel,
relacionado s suas caractersticas. Falando de
natureza e viagens, optamos por nomes de aves doBrasil. Os pssaros e seus vos passaram, a par tir da,
a ser nossa orma de alar e refetir. Os depoimentos
que aparecem no decorrer deste trabalho identicam o
pssaro, gnero, idade, ase do ciclo de vida, prosso
e cidade.
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Assim como o estado civil, a elevada escolaridade
um trao marcante nesse pblico: apenas 4% tm at
o ensino mdio incompleto; 22% concluram o ensino
mdio; 31% tm superior incompleto; 27% concluram
curso superior e 13% so ps-graduados, com
especializao, mestrado ou doutorado.
CLASSE A
CLASSE B
CLASSE C
No respondeu30%
56%
10%
4%
50-59ANOS
40-49ANOS
30-39ANOS
18-29ANOS
27%
15%
38%
20%
7% Divorciado / Vivo
3% No respondeu
48% Solteiro
42% Casado / Unio Estvel
Mdio incompleto
Mdio completo
Superior incompleto
Superior completo
Ps-graduao
No respondeu
4 %
3 %
31 %
27 %13 %
22 %
904 PESSOAS
1. Preparativos para a viagem: vamos conhecer nosso turista
AMOSTRA QUANTITATIVA
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
Num primeiro momento, 54% dos entrevistados
armaram que, em alguma das viagens eitas nos
ltimos 12 meses, dentro do Brasil, o principal objetivo
oi entrar em contato com a natureza, observar oupraticar atividades na natureza. Os outros 46%
viajaram por outros motivos. Quando perguntamos
aos 54% se esse contato ou interao com a natureza
era apenas car toa, sentado na beira da praia ou
nadando, 46% alaram que sim e outros 54% disseram
que havia outros locais e atividades. Dessa orma,
conclumos que 29% da amostra realmente zeram
alguma viagem nos ltimos 12 meses, dentro do Brasil,
com o objetivo principal de entrar em contato com
a natureza, observ-la ou nela praticar atividades.
Esse percentual oi preestabelecido em cotas atuais
(30%) x potenciais (70%), dado o grande interesse em
conhecer os que ainda no se envolveram com o TA e
Ecoturismo.
Este documento rene os achados das duas etapas,
de orma a integrar os contedos qualitativos e
quantitativos de nossa pesquisa. A apresentao dosresultados intercala as descobertas r ealizadas por meio
das entrevistas em proundidade, colocadas em textos
sem aquilataes (no h indicaes de percentuais) e
em rases cantadas pelos pssaros que ouvimos, com
grcos e tabelas que apresentam as inormaes
essencialmente quantitativas. Assim, a leitura se d por
temas e, no, por etapas da pesquisa, ocalizando os ns
(resultados) e, no, os meios (estratgias de pesquisa).
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RECRUTAMENTO DE PARTICIPANTESETAPA QUANTI TATIVA
Em alguma dessas viagens o principalmotivo foi entrar em contato, observar ou
praticar atividades na natureza?
Esse contato / interao era ficar s toa,sentado na beira da praia ou nadando ou
tinha outros locais e atividades?
FIM
TURISTAPOTENCIAL OU ATUAL
INCIO
1 OU MAIS
SIM
SIM
NO
0 Quantas vezes voc viajou nos ltimos12 meses (durao entre 24 horas e 1 ano)?
Voc mesmo decidiuou participou da deciso?
Teria interesse em interagir com anatureza / fazer atividades pagando?
NO
NO
SIM
Ficar toa Outras atividades
FIM
FIM
POTENCIAL ATUAL
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Voc no quer se preocupar com nada, temque ficar cobrando. A voc comea a ficaraborrecido.
TuimMulher, 30 anos, casada, sem lhos,administradora, So Paulo
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
DENTROO SISTEMA, A NECESSIDADE
DE SOBREVIVNCIAE A CONTENO DE
EMOES, A VIDA COMOFUNCIONAMENTO DE UMA
MQUINA.
FORAEXTRAVASAR, O GRITO,A PROXIMIDADE COM A
NATUREZA, MOMENTO DE
VIVER, DE TER FORAS, DEALIMENTAR-SE. SO OSVOOS DE CAA.
2. NECESSIDADESCONTEMPORNEAS EENVOLVIMENTO COM ANATUREZA2.1. NECESSIDADES CONTEMPORNEAS
Utilizando tcnicas de completar rases, pedimos aos
entrevistados que nos alassem sobre suas vises
de mundo, da sociedade e de si mesmos. Para eles, a
sociedade o que gira em torno do sujeito, e poucos
so os que se engajam em movimentos sociais, polticosou ambientais (sou mais um, sou uma pea, tenho
meu papel). Percebemos, no geral, pouca vontade de
transormao. As atit udes e os comportamentos das
pessoas, cada vez mais individualistas, oram o oco
do discurso dos pesquisados. No geral, tm uma viso
nostlgica de antigamente: maior qualidade de vida,
principalmente. As melhorias so ligadas ao acesso
inormao. A amlia uma reerncia em qualquer
ase do ciclo de vida, seja para compartilhar, seja para
resgatar lembranas. A amlia um ninho. Constatamos
maior envolvimento na rea ambiental por parte dos
turistas de aventura e ecoturistas atuais (mais no
discurso e no na prtica).
So vrios os relatos que mostram o desconorto do
indivduo no sistema, a necessidade de sobrevivncia e
a conteno de emoes: a vida como uncionamento de
uma mquina. Desse lugar, os entrevistados olham paraora, querem extravasar, gritar, chegar mais perto da
natureza, como orma de resgatar suas oras.
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Quando no era carrinho de rolim, era com skate, mas skatetambm eu no tinha prtica , descia sentado, tentava descer, noconseguia descer (...) o que tem roda , carrinho, bicicleta, essascoisas... sempre gostei.
Trinca-erroHomem, 40 anos, casado, se m lhos, vendedor, Belo Horizonte
Ningum descansa em viagem.
Na verdade, viagem maispara tomar um ar diferente,para recarregar energias.
Topetinho-vermelhoMulher, 34 anos, solteira e mora so zinha,proessora e otgraa, Porto Alegre
Gosto de estar perto danatureza, mas no gosto muito de
interagir com ela.Coruja-do-campo
Mulher, 50 anos, casada, com lho adulto,mdica, Belo Horizonte
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Eu e os outros netos ficvamos sentadosescutando, e eu imaginava que um dia tambm iaquerer fazer essas aventuras.
O turismo aqui (Brasil) coisa sem graa .Para te tirar de sua casa , para descansar e noter isso. Voc tem que oferecer diverso.
Tucano
Homem, 32 anos, casado,sem lhos, engenheiro mecnico, Port o Alegre
guia-pescadoraHomem, 31 anos, casado, se m lhos, administrador, So Paulo
Eu sei que eu era novinhaporque s tinha a parte de
baixo do biquni.Maritaca
Mulher, 25 anos, solteira, mora com os pais,estudante de medicina, Belo Horizonte
2. Necessidades contemporneas e envolvimento com a natureza
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2.3. CONSUMO: O ESSENCIAL E O SUPRFLUO
O comportamento de compra e de consumo das pessoas
no seu cotidiano pode no ser o mesmo nas suas viagens.
No dia a dia, podemos ter, de orma simplicada, os
extremos de Consumistas Dinheiro na mo vendaval
- e os Regrados Gastos controlados, poupanas.
Nas viagens, o consumo no tem relao direta com
o perl do dia a dia e sim com o valor que a viagem
tem na vida do indivduo (e da sua amlia). Assim,
encontramos aqueles consumistas extremos que no o
so em relao a viagens e outros que so regrados e
que, quando viajam, gostam de gastar com atividades,
no se importando com o dinheiro como no cotidiano. A
viagem e seus componentes so essenciais para eles. A
noo de suprfuo, portanto, no est relacionada comter ou no dinheiro, mas ao valor que as viagens tm
para esses indivduos. Como exemplo, um equipamento
de mergulho pode ser essencial para um homem regrado
nos seus gastos cotidianos, mas que no se importa
em pagar pela qualidade e essencialmente para
ter condies adequadas na prtica da atividade de
aventura. Mergulhar para ele essencial.
NO DIA A DIA NAS VIAGENS
No est relacionado a ter ouno ter dinheiro
CONSUMISTASDinheiro na mo
vendaval
REGRADOSGastos controlados,
poupana
O consumo no est relacionadoao perl do dia a dia, mas sim ao
valor que a viagem tem navida dele
SUPRFLUO | ESSENCIAL
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Liberdade. Voc nem pensa , fica em xtase. Voc fica
pensando: que sensao essa? Mas s sentir, no pensar.Sara-apunhaladaMulher, 25 anos, solteira, mora com os pais,administradora e esc oteira, Belo Horizonte
SoldadinhoHomem, 22 anos, solteiro, mora sozinho,
consultor de market ing, So Paulo
Turismo de natureza o que relaxa mesmo. Noh outra sensao quando voc est dependuradonuma corda e o vento comea a bater, umasensao de liberdade muito grande.
BicudoMulher, 24 anos, solteira,
mora com os pais, arquiteta,Belo Horizonte
Eu tenho mais prazer em ver do que em interagir com anatureza. Eu gosto de observar, fotografar, sentir.
Eu relaciono a natureza muito mais ao cio.Eu acho que esse negcio de aventura e cio
no convivem.
Sabe que voc me fez ver uma coisa interessante: eu acho queno combina natureza com aventura.
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Eu j pulei de Bungee Jump. Acordei com
essa ideia. Foi na semana que eu fiquei sabendoque no tinha passado no vestibular. Foi amelhor maneira para enfrentar esse momento.Eu estava querendo esquecer, colocar outraemoo no lugar. Na hora eu fiquei olhandopara baixo. A eu falei assim: o que eu fao?
Eu me soltei. P luft. Eu me escutei gritando,mas no percebi que estava gritando.
MaritacaMulher, 25 anos, solteira,mora com os pais,estudante de medicina,Belo Horizonte
GaribaldiMulher, 30 anos, solteira, s em lhos, designer grca, S o Paulo
Foi um momento de superao para mim. Eu cheguei l orgulhosa ,eu no me imaginava capaz . Quando voc est inserida nessassituaes de natureza, o ser humano se transforma, umasobrevivncia, voc tem que ficar muito atento, porque no temnada muito a sua volta , voc tem que ficar atento onde voc pisa ,
onde voc pega.
2. Necessidades contemporneas e envolvimento com a natureza
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2.5 TURISMO DE AVENTURA E ECOTURISMO:BRINCAR E INTERAGIR
Para conhecer a imagem de cada um dos segmentos
prximos ao Turismo de Aventura e ao Ecoturismo,
pedimos aos entrevistados que associassem vrias
expresses a Esporte Radical, Natureza, Esporte
de Aventura, Turismo de Aventura, Ecoturismo e
Turismo de Natureza (estimulados por cartes).
Para analisar o mapa perceptual gerado a partir das
associaes, devemos olhar as expresses que esto
mais prximas dos segmentos. A relao entre elas
orte. As expresses isoladas no oram associadas a
nenhum segmento e h tambm as emboladas, ou seja,
associadas a mais de um segmento.
As expresses medo, adrenalina, desconorto erio
na barriga esto ortemente ligadas ao Esporte
Radical e essa associao muito bem denida, no h
sobreposies com outros segmentos. Esporte Radical
est isolado num quadrante que s seu.
A expressopaz a que est mais ligada Natureza,tambm num quadrante exclusivamente seu, em
que temos tambm as expresses sentir-se vivo,
tranquilidade, sozinho, contemplao, liberdade e ugir.
Esporte de Aventura e Turismo de Aventura ocupam
o mesmo quadrante e no h associao muito clara
para cada um. O Esporte de Aventura tem mais
associao com a expresso sem graa. O Turismo de
Aventura est associado a sair da rotina e brincare
ainda a experincia. Um pouco mais distante, mas nas
proximidades do TA temos com os amigos, vontade de
azer de novo e diverso.
Ecoturismo e Turismo de Natureza se embolam em outro
quadrante. Interao e viajarso as expresses ligadas
aos dois segmentos. Ser criana de novo eamlia
esto em pontos que permitem associaes no muitoortes ao Ecoturismo, Turismo de Natureza, Esporte
de Aventura e Turismo de Aventura, mas esto no
quadrante dos dois primeiros segmentos.
Ainda em relao s viagens de natureza e aventura
no Brasil, apresentamos aos turistas algumas escalas,
cujos extremos eram totalmente seguras/inseguras,
coisa de gente jovem/gente mais velha, divertida/
sem graa, para amlias/para pessoas ss, barata /
cara e prossional/amadora. Utilizamos os testes de
ponto mdio entre esses conceitos e percebemos que
os turistas t endem a considerar as viagens de aventura
no Brasil seguras, coisa de jovem, divertidas, para
amlias e caras. No h uma opinio ormada quanto ao
prossionalismo.
Martim pescadorHomem, 30 anos, solteiro, sem lhos, mora com
amigos, gerente comercial, So Paulo
Medo de saltar,as pessoas meperguntam. Sim, eu
senti medo. Mas avontade de saltar foi
maior que o medo.
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MAPA PERCEPTUAL GERADO POR MEIO DE ASSOCIAES ESTIMULADAS POR PALAVRAS
Diverso
Vontade de
fazer de novoCom os amigos Viajar
Interao
FamliaSer crianade novo
Frio na barrigaFugir Sozinho
Sentir-se vivo
Liberdade
Contemplao
Tranquilidade
Paz
Adrenalina
Desconforto
Medo
Sair da rotinaBrincar Experincia
Sem graa
TURISMO DE AVENTURA
TURISMO DE NATUREZA
ECOTURISMO
NATUREZA
ESPORTE RADICAL
ESPORTE DE AVENTURA
Base: 904 respondentesRespostas nicas
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Acompanhar o pr do sol at o ltimo raio.
igual cachorro que fica doidinho para passearde carro. O vento batendo na cara. Adoro.
MaritacaMulher, 25 anos, s olteira, mora com os pais,estudante de medicina, Belo Horizonte
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3. Viajando pelo Brasil: comport amentos do turista de ave ntura e do ecot urista
Viagens40%
Atividades culturais40%
Reunir os amigos, em casa33%
Atividades fsicas26%
Baladas26%
Gastronomia, sair pra comer fora25%
Atividades artsticas e hobbies22%
Ouvir msica19%
Ver TV, filmes em casa17%
Fazer compras, ir a shoppings15%
Ficar em casa, toa14%
Internet em geral13%
Jogar games em casa5%
Atributos estatsticamente empatadosAtributos estatsticamente empatadosAtributos estatsticamente empatados
PRINCIPAIS FORMAS DE SE DIVERTIR
Quais so as suas principais ormas de sedivertir? (Respostas mltiplas estimuladas)Base: 904 respondentes
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3.2. GUA: UMA PAIXO NACIONAL
Perguntamos aos turistas o que eles mais valorizam no Brasil e quase metade (46%)
disse ser gua: cachoeiras, rios e mar (azul), com destaque para o percentual de 54%
de apaixonados por gua em Belo Horizonte. A relao do turista com a gua muito
orte e remete limpeza de esprito, interao com um mundo dierente. Em segundo
lugar, estatisticamente empatados, encontram-se cultura regional (comida, sotaque,
olclore, ditados), matas e forestas (verde) e jeito do povo (simplicidade e alegria). Por
ltimo, tambm empatados, encontram-se auna e personagens da cultura regional
(caipira, vaqueiro, caiara, capoeirista).
Entretanto, se somarmos cultura regional, jeito do povo e personagens da cultura
regional, atingimos 33%, ou seja, alm das belezas da gua, os brasileiros querem ter
contato com a cultura local.
ASPECTOS MAIS VALORIZADOS NO BRASIL
gua46%
Cultura regional19%
=33%Matas e florestas17%
Jeito do povo12%
Fauna4%
Personagens da cultura regional2%
+
+
+Atributos estatisticamente empatadosAtributos estatisticamente empatados
O que voc mais valoriza no Brasil? (Respost a nica estimulada)Base: 904 respondentes
Gavio-caramujeiroHomem, 52 anos, casado com lho adolescente e adulto, ve terinrio
muito boa a adrenalina. O contato com a natureza maravilhoso,aquela gua, o inesperado, assim... uma adrenalina e tanto. (...) Se
atirar numa corredeira daquelas a brao, no ... s vezes eu fico me
perguntando como que eu me meto nisso? (...) muito bom.
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AzuloHomem, 26 anos, solteiro, sem lhos, publicitrio, Porto Alegre
Chegamos nesses lugares onde ningum vai e entramos no mar, foiincrvel , ficamos gritando de emoo, era um lugar que a gente
conquistou , onde a gente queria muito chegar.Estar na Chapada Diamantina, ver uma casinha de uma pessoade l e parar para conversar. Isso seria uma aventura. Para mim
a aventura passa mais por ter experincias fortes do que essaideia de radical.
SaMulher, 46 anos, divorciada
sem lhos, armacutica
Porto Alegr
Tem que interagir com quem do lugar.
No adianta voc chegar e ficar s observando.
Aventura sair daquilo que tu faz no dia a diae interagir com o local , sem isso no uma viagem
de aventura.
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3.3. REGIES PREFERIDAS PARA VIAGENS DE NATUREZA E AVENTURA
Nordeste e Sudeste so as regies preeridas para viagens de natureza e aventura no
Brasil e esto empatadas. As outras trs regies cam empatadas em segundo lugar. No
geral, os turistas gostam de buscar novos destinos, procurar o novo e retornar apenas
quando o destino apresentou um grande dierencial ou um gostinho de quero mais.
Essa preerncia pode ter ocorrido em uno das amostras estarem concentradas em
Belo Horizonte e So Paulo.
MELHOR REGIO BRASILEIRA PARA VIAGENS DE NATUREZA E AVENTURA
9%Regio Norte
32%Regio Nordeste
13%Regio Centro-Oeste
25%Regio Sudeste
9%Regio Sul
Estatisticamente empatadosEstatisticamente empatados
Na sua opinio, qual a melhor regio do Brasil para viagens de natureza ou de aventur a? (Resposta nica est imulada)Base: 904 respondentes
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3.4. MEIOS DE TRANSPORTE
O carro o meio mais utilizado nas viagens pelo Brasil (61%), seguido do avio e do
nibus, empatados. Quanto mais elevada a classe econmica, maior a utilizao do
avio. Belo Horizonte tem o maior percentual para viagens de carro.
MEIO DE TRANSPORTE MAIS USADO NAS VIAGENS DENTRO DO BRASIL
16% 15% 10%C
ARRO
A
VIO
NIBUS
N
OS
ABE
Nas suas viagens pelo Brasil, qual o seu principal meio de transporte? (Resposta nica estimulada)Base: 904 respondentes
MEIO DE TRANSPORTE MAIS USADO NAS VIAGENS DENTRO DO BRASILPOR CLASSE E CIDADE
CLASSE A CLASSE B CLASSE C BH RJ SP
27%
59%
5%
7%
11%
64%
16%
6%
11%
37%
44%
6%
13%
64%
8%
10%
23%
48%
22%4%
15%
59%
16%
6%
Nas suas viagens pelo Brasil, qual o seu principal meio de transporte?(R esposta nica estimulada)Base: 904 respondentes
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3.5. QUANDO VIAJAM
Quase todos os entrevistados (91%) viajam durante as rias. 72% disseram az-lo
durante os nais de semana prolongados e 40% relataram viajar nos nais de semana
normais.
Na classe A, 95% disseram viajar nas rias e das classes B e C, 91 e 87%,
respectivamente. Nos nais de semana prolongados, esse percentual oi de 79% para
Classe A e 59% para classe C, com a classe B ocupando uma posio intermediria
(71%). Dos entrevistados que disseram viajar nos nais de semana normais h
novamente uma disparidade entre as classes A e C, em que 46 e 30%, respectivamente,
disseram viajar nesse perodo. A classe B ca em posio intermediria com 40%.
QUANDO VIAJAM
Frias
Finais de semana prolongados
Finais de semana normais
91% 8%
72% 27%
40% 59%
Sim No
Durante o ano, voc viaja a lazer ... (Resposta nica estimulada)Base: 904 respondentes
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3.6. QUANTO VIAJAM E PARA ONDE
Perguntamos aos entrevistados quantas viagens tinham
eito nos ltimos 12 meses dentro do Brasil para lazer,
passear, e no necessarimente para azer at ividades de
aventura e Ecoturismo.
A mdia de viagens anuais dentro do Brasil de 5,03.
Quanto mais elevada a classe econmica, maior o
nmero de viagens. A classe A viaja praticamente o
dobro da classe C (5,96 x 3,37). A mdia do Rio de Janeiro
inerior em mais de 1 ponto em relao a So Paulo e
Belo Horizonte.
Os turistas viajam mais para dentro do Brasil do que
para ora e mais para ambientes no urbanos. As
dierenas so signicativas a 99%, conorme testes de
ponto mdio.
MDIA DE VIAGENS DENTRO DO BRASIL NOS LTIMOS 12 MESES
1X2X3
X
4X5X6X
CLASSE A CLASSE B CLASSE C BH RJ SPMDIANACIONAL
5,96X
5,03X4,83X
3,37X
5,47X
4,07X
5,14X
Quantas vez es voc viajou, para passear, dentro do Brasil, nos ltimos 12 meses? (Resposta nica espont nea)Base: 904 respondentes
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3.7. AS MELHORES COMPANHIAS
Os companheiros de viagem vo mudando ao longo do
ciclo de vida amiliar. Na etapa qualitativa, identicamos
as companhias preeridas que oram totalmente
conrmadas na quantitativa: os amigos para os mais
jovens, depois a amlia restrita (ainda sem lhos), em
seguida os lhos pequenos que restringem as viagens,
a amlia completa, os encontros de amlia e, por m,
os pais na carona dos lhos. A tabela ao lado mostra as
companhias preeridas pelos turistas nas quatro aixas
etrias estudadas, mencionadas em primeiro lugar.
INFNCIAViagem
determinao
dos paisADOLESCENTE /
ADULTOOs amigos e os bandos:
aprender a me virar sozinho,sentir a liberdade,
car um pouco perdido FILHOS PEQUENOSViagens restritas
(destinos, atividades,estrutura)
FILHOSADOLESCENTESO prazer dos lhos
deve ser conciliado como dos demais NINHO VAZIOPais na carona
dos lhos
CASAMENTOA mulher se torna a melhor
companheira e participa /determina as viagens
FILHOS ADULTOSViagens de grupos:
encontros de amlia
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MELHOR COMPANHIA PARA VIAGENS EM 1 LUGAR
18-29 anos
45%AMIGOS
30%CNJUGE /NAMORADO
22%FAMLIA
COMPLETA
2%SOZINHO
30-39 anos
38%CNJUGE /NAMORADO
33%FAMLIACOMPLETA
20%AMIGOS
6%SOZINHO
40-49 anos
55%FAMLIACOMPLETA
29%CNJUGE /NAMORADO
10%AMIGOS
3%SOZINHO
50-59 anos
54%
FAMLIA
COMPLETA
29%CNJUGE /NAMORADO
13%AMIGOS
3%SOZINHO
Nas suas viagens de lazer, qual a melhor companhia, em 1 lugar? (Resposta nica estimulada)Base: 904 respondentes
3. Viajando pelo Brasil: comport amentos do turista de ave ntura e do ecot urista
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
3.8. PERCEPES SOBRE QUALIDADE EMSERVIOS E CERTIFICAO
72% acham que, nos ltimos anos, a qualidade da
prestao de servios nas atividades na natureza
melhorou ou melhorou muito no Brasil. 73% armam
que o ato de o prestador de servios de atividades na
natureza ser certicado por alguma entidade infuencia
na deciso de contrat-lo.
Nas entrevistas em proundidade, vericamos que
baixssima a percepo do que segurana. No geral,
os turistas no tm critrios para avaliar a segurana
da atividade. Segurana e risco so aparentes: se oprestador tem boa aparncia e, sobretudo, amvel, a
segurana aumenta. Os experientes acham que nada
totalmente seguro e que o risco um componente da
aventura. Os medrosos querem ver para crer. Quando
as atividades so mais leves, a noo de risco ainda
menor.
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3.9. ATIVIDADES MAIS PRATICADAS E AVALIAES
Perguntamos aos turistas mostrando otos de cada uma das atividades quais
eles j tinham pagado para azer, dentro do Brasil. Foram consideradas as atividades
denidas pelo Ministrio do Turismo para elaborao das normas de segurana,
a despeito de serem classicadas, em alguns casos, como de Sol & Praia (como o
bugue, por exemplo). So atividades que expem o praticante a algum nvel de risco,
congurando-se, dessa orma, uma atividade de aventura. A s atividades mais
praticadas oram: passeios de bugues e cavalgadas (36%) e caminhadas (31%). Em
seguida, destacam-se, com percentual acima de 20%: tirolesa, observao da vida
selvagem, mergulho (inclusive snorkel) e canoagem ou caiaque. Entre as atividades
com mais de 10% de praticantes temos: espeleoturismo (explorao de grutas e
cavernas), passeios em veculos 4X4, arvorismo, rating, futuao, quadriciclo, boia-cross, cicloturismo e rapel. As atividades com menor percentual so: canionismo/
cachoeirismo, escalada, bungee jump, voo livre, paraquedismo, windsure, balonismo
e kitesure.
36
Bugu
e
Ciclot
urism
o
Cavalga
da
Cami
nhad
a
Tirole
sa
Obs.da
vida
selva
gem
Mergulh
o
Cano
agem
Espeleo
turis
mo 4x4
Arvo
rismo
Rafti
ng
Canio
nismo
Flutu
ao
Balon
ismo
Kitesurfe
Quad
ricicl
o
Boia-
cross
Rapel
Escalad
a
Bung
eejump
VooLivr
e
Paraqu
edism
o
Wind
surfe
36
31
27
22 21 20
1614 14 14 13
11 11 11 11
7 6 63 3 2 1 1
%
ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO J PRATICADAS (E PAGAS) DENTRO DO BRASIL
Dentro do Brasil, voc j pagou alguma empresa, guia ou prossional para azer (Respostas estimuladas por otos das atividades)Base: 904 respondentes
3. Viajando pelo Brasil: comport amentos do turista de ave ntura e do ecot urista
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
NOTAS MDIAS (DE 1 A 10) PARA AS ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMOJ PRATICADAS (E PAGAS) NO BRASIL
9,07
Mergulh
o
Ciclot
urism
o
Rafti
ng
Bung
eejump
Volivr
e
Cachoeiri
smo
Kitesurfe
Flutu
ao
Paraqu
edism
o
Obs.de
vida
selva
gem
Escalad
aBu
gue
Tirole
sa4x4
Balon
ismo
Arvo
rismo
Rapel
Espeleo
turis
mo
Quadricicl
o
Bia-
cross
Caminh
ada
Wind
surfe
Cano
agem
Cavalga
da
9,068,98
8,938,89 8,88
8,76
8,64 8,628,55 8,54
8,478,41
8,328,26 8,24 8,23 8,22
8,17 8,16
7,967,88 7,87
7,56
Por avor, d uma nota de 1 a 10, para a sua sa tisao com... (Respost as nicas espontneas)Base: Pagaram para azer a atividade
Em seguida, pedimos queles que j tinham praticado alguma das atividades que
atribussem uma nota de 1 a 10 para a sua satisao com a prtica. Das 24 atividades,
apenas quatro obtiveram mdias ineriores a 8 pontos. Isso signica que os
praticantes caram satiseitos com o que zeram. A lembrana que guardam muitopositiva!
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3.10. ATIVIDADES MAIS DESEJADAS
Para aqueles que ainda no zeram atividades na natureza, perguntamos se
gostariam de az-lo e se pagariam. As atividades mais desejadas so: bugue
e mergulho, com 70%; observao da vida selvagem, passeios em veculos 4X4,
quadriciclo, balonismo e futuao, com mais de 60%; caminhadas, cavalgadas,
espeleoturismo (explorao de grutas e caver nas), arvorismo e boia-cross, com mais
de 50%. Outras doze atividades despertam o interesse dos turistas com percentuais
entre 31 e 46%. Isso evidencia a abert ura dos brasileiros para novas experincias.
70
Bugu
e
Cano
agem
Mergulh
o
Obs.da
vida
selva
gem 4x
4
Quadricicl
o
Balon
ismo
Flutu
ao
Caminh
adas
Cavalga
das
Espeleo
turis
mo
Arvo
rismo
Canio
nismo
Boia-
cross
Wind
surfe
Bung
eejump
Ciclot
urism
o
Voolivr
e
Rafti
ng
Paraqu
edism
o
Tirole
sa
Kitesurfe
Rapel
Escalad
a
70
61 61 61 61 6057
51 51 50 5046 46 45 45 45 44
4138
35 35 3531
ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO QUE GOSTARIAM DE FAZER
%
Qual dessas atividades voc gostaria de azer e pagaria? (Respostas estimuladas por otos das atividades)Base: No zeram a atividade
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com os quais os turistas demonstraram alto ndice
de satisao. So eles: natureza exuberante;
equipamentos seguros; normas de segurana claras
e colocadas em prtica; inormaes precisas sobre olugar para onde voc deseja ir, antes de viajar; ormas
de pagamento atrativas; bons locais para comer
e beber e empresas ou prossionais competentes
para realizar as atividades na natureza. No segundo
quadrante, temos os atores que devemos reavaliar,
pois apresentam menor grau de importncia apesar
do alto nvel de satisao. So eles: hospedagem
conortvel no destino e atividades emocionantes. No
terceiro quadrante, temos os atores que precisamos
melhorar secundariamente, j que apresentam baixo
ndice de satisao, e menor grau de importncia
para os turistas. So eles: inormaes precisas sobre
3.11. MATRIZ DE VALOR: O QUE DESEJAM ECOMO AVALIAM AS VIAGENS NO BRASIL
Quando medimos a satisao de clientes, usualmente
utilizamos questes sobre a importncia atribuda
a alguns atores e sobre a satisao com esses,
utilizando uma mesma escala (neste trabalho a de 10
pontos, em que 1 era a menor nota). Neste estudo,
a matriz de valor resultante apresenta quadrantes
delimitados pelos eixos importncia e satisao
mdias, que iro orientar aes rente aos at ores
considerados importantes em viagens para contato com
a natureza ou para azer atividades na natureza.Como podemos observar, em sentido horrio, no
primeiro quadrante temos os atores que precisamos
manter, j que so considerados muito importantes,
Quando voc analisa o custo-benefcio da viagem, l fora,
uma maravilha , aqui no Brasil ... ns fomos para Camposdo Jordo, 2 meses atrs, voc fica abismado com um preode uma pousadinha... L fora bem mais barato para ficarnum hotel top. No Brasil, o turismo ainda muito caro.
Eu j rodei o mundo, estive na ndia, na China, no Japo,rodei nos pases e voc v claramente que o Brasil perdeu a
noo de valor.guia-pescadoraHomem, 31 anos, casado, se m lhos, administrador, So Paulo
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as atividades que vo praticar na natureza, antes de
viajar; acilidade de acesso aos locais para atividades
na natureza; ser vios como bancos, teleonia e internet ;
programas para azer noite; pacotes com muitasatividades no s de natureza; e luxo, conorto e
charme ao mesmo tempo. No quarto quadrante, temos
os atores que precisamos melhorar prioritariamente,
por serem considerados muito importantes e terem
baixo ndice de satisao. So eles: respeito ao
meio ambiente; preo justo; meios de transporte
compatveis com o seu oramento; boa qualidade devida da comunidade local e pacotes atrativos para seu
oramento.
MATRIZ DE VALOR GERADA PELAS NOTAS ATRIBUDAS
IMPORTNCIA E SATISFAO EM CADA UM DOS FATORES
Respeito ao meio ambiente
Preo justoMeios de transportecompatveis com seuoramento
Informaes precisas sobre o lugar paraonde voc deseja ir, antes de viajar
Equipamentos seguros
Normas de segurana claras ecolocadas em prtica
Formas de pagamento atrativasBons locais para comer e beber
Natureza exuberante
Boa qualidade de vida dacomunidade local Pacotes atrativos para
o seu oramentoFacilidade de acesso aos locais
para atividades na natureza
Servios como bancos,telefonia e internet
Pacotes com muitas atividades,no s de natureza
Luxo, conforto e charme ao mesmo tempo
Programas para fazer noite
Atividades emocionantes
Informaes precisas sobre asatividades que vai praticar nanatureza, antes de viajar
Empresas ou profissionais competentes para realizar as atividades na natureza
MANTER
REAVALIARSATISFAO
MELHORAR PRIORITARIAMENTE
MELHORAR SECUNDARIAMENTE6,50
10,00
10,6,00Hospedagem confortvel no destino
Lista de atores em cartes, notas de 1 a 10Base: 904 respondentes
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3.12. ENVOLVIMENTO COM MDIAS
Apresentamos uma lista de mdias para que os entrevistados dissessem se
assinavam, liam, olheavam ou no tinham contato. Somando-se os percentuais de
assina+l+olheia, temos em primeiro lugar (estatisticamente empatados), os jornais
dirios nacionais impressos, as revistas semanais, os jornais locais impressos e
dirios nacionais na internet. Em segundo lugar temos, isolado, o Guia 4 Rodas. Na
terceira posio, estatisticamente empatadas: Revista Viagem e Turismo, revistas de
novidades, as sobre tecnologia e as emininas. O quarto grupo composto por revistas
masculinas; Revista Aventura e Ao; Guia Parques Nacionais; Guia Estrada Real e Guia
Fuja de So Paulo. Na ltima posio, isolada, encontra-se a Revista Go Outside.
Jornais dirios nacionais impressos80%
Revistas semanais76%
Jornais locais impressos75%
Jornais dirios nacionais na internet73%
Guia 4 rodas60%
Revista Viagem e Turismo43%Revistas de novidades42%
Revistas sobre tecnologia40%
Revistas femininas38%
Revistas masculinas28%
Revista Aventura e Ao22%
Guia Parques Nacionais21%
Guia Estrada Real19%
Guia Fuja de So Paulo18%
Revista Go Outside11%
ENVOLVIMENTO COM MDIAS (ASSINA + L + FOLHEIA)
Estatisticamente empatadosEstatisticamente empatadosEstatisticamente empatados
Voc assina, l, olheia ou no tem contato com...?(Respostas nicas estimuladas)Base: 904 respondentes
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3.13. A ATRATIVIDADE DA INTERNET E DA TV
As mdias mais ecientes para inormar os entrevistados sobre viagens para contato
com a natureza/aventura so contedo na internet e na TV, empatados. Na segunda
posio temos as revistas especializadas. O terceiro e ltimo grupo, menos eciente,
ormado por jornais, guias impressos sobre os destinos de aventura, e-mail
marketing, rdio, dicas de comunidades na internet, aes em shopping centers/
parques pblicos, busdoorou outdoore mensagens pelo celular.
Contedo na internet62%
TV57%
Revistas especializadas42%
Jornais31%
Guias impressos sobre destinos de avent ura26%
E-mail marketing17%
Rdio15%
Dicas de comunidades na internet12%Aes em shoppings / parques pblicos8%
6% Busdoor, outdoor
Mensagens para celular5%
FORMA MAIS EFICIENTE DE SE INFORMAR SOBRE VIAGENS DE
NATUREZA E AVENTURA NO BRASIL
Estatisticamente empatadosEstatisticamente empatados
Quais seriam as ormas mais ecientes de inormar voc sobre viagens para contato coma naturez a e atividades de aventura no Brasil? (Trs respostas estimuladas)Base: 904 respondentes
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A internet usada pela maioria para e-mails, ler notcias
e azer pesquisas de escola/trabalho. Em segundo lugar
e estatisticamente empatados, temos: comparar preos,
downloadde msicas, lmes e seriados, mensagens
instantneas, ouvir msica, Orkut e outras redes sociais
e compras. Em terceiro lugar, isoladas, temos operaes
bancrias. Em quarto, jogargames e blog pessoal. As
salas de bate-papo aparecem em quinto e ltimo lugar.
Quase todos os entrevistados tm e-mail (89%). H
uma grande quantidade de pessoas que tm MSN (68%).
Tambm um bom nmero de pessoas tm Orkut(58%).
O Skype vem na quarta colocao, com um menor
nmero, e o grupo ormado porTwitter, Facebook, GTalk,
MySpace e Blog pessoal vem na quinta posio. Poucaspessoas tm LastFM ou Blip, Flickre Linkedin, que
esto em ltimo lugar. Esses dados so coerentes com
a pesquisa da agncia McCann, que resssalta a grande
penetrao das redes sociais, em especial, do Orkutno
Brasil, comparativamente a outros pases do mundo.
E-mail94%
Ler notcias88%
Fazer pesquisas de escola e trabalho86%
Comparar preos75%
Downloads de msicas, filmes e seriados69%
Mensagens instantneas68%
Ouvir msica66%
Orkut e outras redes sociais61%
Compras60%
Operaes bancrias49%
Jogar games30%
Blog pessoal25%
Salas de Bate-papo14%
USO DA INTERNET
Estatisticamente empatadosEstatisticamente empatadosEstatisticamente empatados
Voc usa internet? Se sim, para qu? (Respostas mltiplas estimuladas)Base: 904 respondentes
3.14. ENVOLVIMENTO COM INTERNET: O QUEUSA, O QUE TEM E AS COMPRAS PELA REDE
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E-mail
MSNOrkut
Skype
Twitter
Facebook
GTalk
MySpace
Blog pessoal
Last FM ou Blip
FlickrLinkedin
89%
68%
59%
37%
17%
16%
15%
11%
11%
3%
3%
3%
O QUE TEM NA INTERNET
Estatisticamente empatadosEstatisticamente empatados
Voc tem...? (Respostas mltiplas estimuladas)Base: Usa internet (846 respondentes)
COMPRAS DE PRODUTOS DE VIAGEM PELA INTERNET
O que voc j comprou, em termos de viagem de lazer, pela internet? (Respostas mltiplasestimuladas). Base: Usa internet (846 respondentes)
Passagem area45%
Hospedagem39%
Shows32%
Passagem rodoviria24%
Passeios22%
Pacotes completos de viagem14%
Atividades na natureza10%
O item mais comprado pela internet passagem area, com 45%. Hospedagem o
segundo, por 39% dos entr evistados. Shows (32%) aparecem em t erceiro. Passagemrodoviria e passeios aparecem juntos na quarta colocao. Em quinto e ltimo lugar
temos pacotes completos de viagem e atividades na naturez a.
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Desde criana sempre fui muito ativa.Apesar de morar em apartamento, sempre fuide brincar na rua. Meus pais so do interior esempre amos para l. Eu adorava me enfiar nomeio do mato.
Sara-apunhaladaMulher, 25 anos, s olteira, mora com os pais,administradora e esc oteira, Belo Horizonte
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4. TURISTAS DE AVENTURAE ECOTURISTAS:
SEMELHANAS EDIFERENAS ENTREPERFISPara conhecer os segmentos de turistas e seus
tamanhos, utilizamos duas vertentes de anlise.
Na primeira, estudamos seu processo decisrio,
comportamento de compra e estilo de vida. Na
segunda, separamos os grupos segundo a quantidadede atividades de aventura e Ecoturismo j praticadas.
Essas duas ormas de enxergar nossos turistas
decorrem da premissa inicial de pesquisar clientes
atuais e potenciais, ou seja, aqueles que j esto
consumindo e aqueles que tm um nvel mnimo de
interesse em consumir, traduzido na sua disposio para
pagar por alguma atividade de aventura/Ecoturismo.
No temos, portanto, no universo desta pesquisa,
segmentos que rejeitam a ideia de interao ou deatividades na natureza, mas uma gradao nos seus
nveis de interesse.
4.1. SEGMENTAO POR PROCESSODECISRIO, COMPORTAMENTO DE COMPRA EESTILO DE VIDA
Durante as entrevistas , tnhamos vrias rases
relacionadas a comportamentos de compra e consumo
de uma orma geral e a viagens e estilos de vida. A
partir da concordncia com essas, adotamos a anlise
atorial, uma tcnica estatstica que agrupa atores
semelhantes, reduzindo-os, para que possamos ter
uma viso mais concentrada dos temas pesquisados.Em seguida, aplicamos outra tcnica, a de anlise de
cluster, que agrupa pers semelhantes, segundo o seu
grau de concordncia com os atores anteriormente
identicados. Por meio dessa tcnica, grandes grupos
de respondentes so gerados e em seguida separados,
at que quem pequenos e homogneos. No caso
deste estudo, partimos de duas grandes quebras, at
chegar a cinco grupos de turistas com caractersticas
semelhantes. Essas caractersticas se reerem aocomportamento em viagens e esse agrupamento no
signica que os pers sejam os mesmos no dia a dia.
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entre eles no expressiva e eles se entendem, j que
para comandar preciso ter algum que se disponha
a ser comandado. Esses papis no so xos. Os
Mandachuva podem ser Tranquiles em algumas viagens,deixar algum cuidar de tudo para eles e os Tranquiles
podem ser ocasionalmente os comandantes, embora
sejam jovens demais para isso.
Os Engomadinhos (24% da amostra)
So pessoas que gostam de leitura, arte, cultura e
histria, reconhecem que gostam de chamar a ateno,
se acham rente do seu tempo,ashion e de interessesrestritos. Frequentemente optam por marcas conhecidas,
adoram comprar e acham que qualidade mais
importante que preo. Pereccionistas, controlam seus
gastos, planejam antes de azer e gostam de rotinas.
Gostam de ler relatos sobre viagens e compram na
internet. Contratam agncia, compram pacote completo
e pagam pelo conorto. Gostam de guias. Embora sejam
decisores quanto s viagens, armam que quem manda
na viagem so os lhos. 30% esto na aixa de 18 a 29anos e 35% entre 30 e 39 anos. So o segundo grupo mais
eminino da amostra (54%) e com maior participao da
classe A (39%). So os mais envolvidos com as revistas
Viagem e Turismo (49%) e emininas (44%).
Junto com os Mandachuva e os Tranquiles, os
Engomadinhos so os que mais viajaram dentro do Brasil
nos ltimos 12 meses (s 18% viajaram apenas uma
vez). Vo menos de carro e nibus que os demais grupos(preerem voar), viajaram para ora do Brasil mais
que a mdia dos grupos e so os que mais valorizam
a certicao das empresas na hora de escolher o
prestador de servios.
Os Receosos (7% da amostra)
Dierem essencialmente dos Engomadinhos por
preerirem o campo, sossego e no gostarem de
badalao nem de praia. Pereccionistas, controlam seus
gastos, planejam antes de azer e gostam de rotinas.
Gostam de ler relatos sobre viagens e compram na
internet. Contratam agncia, compram pacote completo
e pagam pelo conorto. Gostam de guias. Embora sejam
decisores, armam que quem manda na viagem so
os lhos. So os mais velhos da amostra: 35% esto
entre 50 e 59 anos, tm o maior percentual de classe
C (26%) e de divorciados/vivos (21%), so os menos
escolarizados (19% tm at ensino mdio incompleto).
So os mais ligados em TV da amostra, sendo essa a
orma mais eciente de inorm-los (82%). Tambm
gostam de revistas de ooca, e so os que menos usam
a internet.
Os Receosos so os que menos viajaram dentro do
Brasil nos ltimos 12 meses (30% viajaram apenas uma
vez) e os menos motivados para viagens de natureza
(42%, quando o percentual da amostra total 54%).
So os que mais viajam de nibus, sozinhos e os que
menos zeram atividades de aventura at hoje. Como
praticam pouco, no se importam com a certicao dos
prestadores de servios. O medo antecede a sua deciso
e mais orte que outros atributos.
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A gente est meio passada . No soumais uma garota. Mas fazendo uma
coisa que no difama a gente, no deixaa gente envergonhada... eu topo.Chora-chuva-de-cara-branca
Mulher, 50 anos, c asada, com lho adulto,cabeleireira de alto nvel, Belo Horizonte
4.1.2. O Grupo de Dependentes(43% da amostra)
So turistas que demonstraram baixa concordncia com
a rase: Quem decide sobre viagens na minha casa sou
eu e esto divididos em dois grupos:
Os Certinhos (18% da amostra)
Parecidos com os Receosos, o que marca os Certinhos
a alta de deciso. Tambm preerem o campo, sossego
e no gostam de badalao nem de praia. Gostam
de leitura, arte, cultura e histria. Pereccionistas,controlam seus gastos, planejam antes de azer
e gostam de rotinas. Gostam de ler relatos sobre
viagens e compram na internet. Contratam agncia,
compram pacote completo e pagam pelo conorto.
Quem manda na viagem so os lhos. 34% esto entre
18 e 29 anos e 31% entre 40 e 49 anos. So o grupo
mais eminino da amostra (56%), os que mais apreciam
artes (37%); cultura (59%) e que desprezam baladas /
shopping. Destacam-se no envolvimento com r evistasespecializadas (49%) e por usarem a internet para
comparar preos (82%). So criteriosos, minuciosos,
mas no decidem. Como so muito exigentes, exercem
importante papel como infuenciadores nas decises dos
comandantes.
Os Certinhos so o segundo grupo que menos viajou
dentro do Brasil nos ltimos 12 meses (27% viajaram
apenas uma vez), os que mais viajaram para ambientes
no urbanos e para ora do Brasil. So os mais
envolvidos com amlia completa nas viagens (94%).
Eles pensam muito, decidem pouco e querem estar
acompanhados. Precisam de segurana.
Os Tranquiles (25% da amostra)
So os que menos gostam de guias na amostra e os
mais jovens: 54% esto na aixa entre 18 e 29 anos e
tambm o grupo mais masculino (56%). Como jovens,
so estudantes (38% tm superior incompleto), so
solteiros e moram com a amlia (47%). Sua diverso
preerida viajar (48% o percentual mais elevado
entre os grupos). So os mais envolvidos com a revista
Aventura e Ao (29%) e os que mais usam a internet
para ouvir msica (73%).
Junto com os Mandachuva e os Engomadinhos, so
os que mais viajaram dentro do Brasil nos ltimos 12
meses (s 17% viajaram apenas uma vez) e os que mais
viajaram s dentro do Brasil (e no para ora). Junto com
os Mandachuva, so os que mais gostam da companhia
de amigos (90%) e os que mais viajaram de carro. Os
Tranquiles acompanham os Mandachuva, ormando
grupos pereitos de viagens para a natureza. Conandonos seus comandantes, dispensam guias.
4. Turistas de aventura e ecoturistas: semelhanas e dierenas entre pers
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
A tabela Principais caractersticas dos segmentos apresenta os atributos mais
marcantes de cada segmento, ou seja, aqueles que realmente os dierenciam dos
demais grupos. Quando a coluna do segmento est em branco, signica que naqueleatributo o grupo no se dierencia dos demais.
Nela, podemos observar que o grupo com maior predominncia de paulistas da
amostra o de Certinhos (59%). Em relao aixa etria, percebemos que os
Receosos so os mais velhos (35% tem entre 50 e 59 anos, atingindo a mdia de
40 anos) e que os Tranquiles so os mais jovens (54% tm entre 18 e 29 anos).
Os Certinhos e os Engomadinhos tm maior percentual de mulheres (56 e 54%). Os
Engomadinhos so os de classe econmica mais elevada (39% na classe A) enquanto
os Receosos tm maior percentual de classe C (26%) e so os menos escolarizados
(19% tm at ensino mdio incompleto). Os Tranquiles apresentam o maior percentual
de superior incompleto (38%), provavelmente porque so estudantes, e de solteiros
que moram com a amlia (47%), enquanto os Receosos se destacam no percentual de
divorciados/vivos (21%).
Quando analisamos os hbitos de lazer e mdia, as dierenas entre os cinco grupos
cam ainda mais evidentes. Os Tranquiles so os maiores apreciadores de viagens
(48%) e os Certinhos gostam de arte (37%) e cultura (59%) e so aqueles que menos
gostam de baladas e shoppings. Os Certinhos tambm so os maiores apreciadores
de revistas especializadas entre esses turistas (49%), enquanto os Receosos so osmais ligados em televiso (82%).
Agora vamos todos tomar caf... agora vamos todos....e seremos amigospara sempre! No! No seremos amigos para sempre!Topetinho vermelhoMulher, 34 anos, solteira, mora sozinha, proessora e otgraa, P orto Alegre
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PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DOS SEGMENTOS
Perldemogrco,social, lazer
e mdia
Comandantes (57%) Dependentes (43%)
Mandachuva(27%)
Engomadinho(24%)
Receoso(7%)
Certinho(18%)
Tranquilo(25%)
PraaSo Paulo
(59%)
Faixa etria 18-29 (35%)
30-39 (34%)
18-29 (30%)
30-39 (35%)
50-59 (35%)18-29 (34%)
40- 49 (31%)
18-29 (54%)
Mdia deidade 35 36 40 37 32
% Mulheres - 54% - 56% 44%
Classeeconmica
-Maior percentual:
Classe A (39%)Maior percentual:
Classe C (26%)- -
Grau deinstruo - -
Menosescolarizado:
at Ensino MdioCompleto (19%)
-Maior percentual:
Superior Incompleto(estudantes) (38%)
Estado civil - - Maior percentual:Divorciados /Vivos (21%)
- Solteiro, mora com aamlia (47%)
Formas dediverso - - -
Artes (37%)Cultura (59%)
Desprezabaladas e
shopping
Viagens (48%)
Formas deinormao
- - TV (82%)Revistas
especializadas(49%)
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Perl do Turista de Aventura e do Ecot urista no Brasil
HBITOS E ATITUDES DE VIAGEM DOS SEGMENTOS
Hbitos eatitudes deviagem
Total(100%)
Comandantes (57%) Dependentes (43%)
Mandachuva(27%)
Engomadinho(24%)
Receoso(7%)
Certinho(18%)
Tranquilo(25%)
% ez s 1viagem no ano
19 18 30 27 17
% de viagempara natureza
54 56 54 42 56 52
% Viaja sdentro do
Brasil57 60 57 68 49 57
% Vai de carro 61 60 54 52 56 74% Vai denibus 15 15 13 31 13 12
% Infunciada certicao 72 74 79 44 70 67
Melhorcompanhia - Amigos (92%) -
Sozinho(46%)
Famliacompleta (94%)
Amigos (90%)
4.2. SEGMENTAO PELO ENVOLVIMENTO COMATIVIDADES DE AVENTURA E DE ECOTURISMO
Durante as entrevistas em proundidade da etapa
qualitativa, identicamos trs principais pers de
turistas, segundo seu envolvimento com o Turismo de
Aventura e/ou Ecoturismo: os Topa-tudo, os Abertos e
os Virgens. Na quantitativa, mensuramos a participao
de cada segmento no universo de turistas, com base na
quantidade de atividades dierentes j praticadas por
esses. Denimos cinco aixas para essas quantidadese estabelecemos a relao quantidade de atividades x
perl do turista.
Chamamos de Topa-tudo aqueles turistas que j praticarammais de 10 atividades de aventura/Ecoturismo dierentes no
Brasil. So amantes das viagens para interao e atividades
na natureza, convictos e representam 4% da amostra.
Os que j praticaram entre 6 e 10 atividades, 2 e 5 ou
mesmo uma nica atividade chamamos de Abertos.
So aqueles turistas que viajam para interagir com
a natureza ou por outros motivos, mas que esto
dispostos prtica de atividades. Dentro desse grupo
temos os Focados, que praticam apenas a sua atividadepreerida, mas podem praticar outras, dependendo dos