perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho
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1. INTRODUÇÃO
As atividades na água têm demonstrado ser uma excelente opção de exercício
aeróbio, pois os benefícios fisiológicos e psicológicos sobre o organismo humano são
amplamente conhecidos e divulgados através de pesquisas científicas (CAMPION, 2000).
Perante esta abordagem a Hidroginástica vem ganhando um número cada vez mais
acentuado de adeptos, pela eficiência e como resposta às diversas situações e diferença
das pessoas que a procuram. Esta atividade pode ser vista como uma alternativa para
preservar a saúde e auxiliar no tratamento de enfermidades, tendo resultados expressivos
independentes do grupo de destino (idosos, obesos, hipertensos, gestantes, etc.); (ROCHA,
1999).
A Hidroginástica propõe movimentos, que em meio líquido, são adequados às
necessidades de cada indivíduo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Segundo
Bueno (1998), durante muito tempo sua atividade era voltada para grupos da terceira idade.
Hoje abrange as mais diversas idades, sendo desenvolvida em hotéis, spas, academias e
clubes.
Vasiljev (1997), afirma que as aulas de Hidroginástica permitem a participação de
pessoas nas mais diferentes faixas etárias, podendo na mesma aula participar idosos e
jovens. Por essas razões, a característica dos programas de Hidroginástica é permitir às
pessoas com diferentes graus de aptidão física, exercitarem-se juntas.
A Hidroginástica é uma atividade realizada em um meio que possui propriedades
físicas que, em conjunto facilitam a execução dos exercícios, dentre elas destacam-se a
flutuação, resistência e pressão hidrostática (MAZI, 2003). Segundo Mazo (2006), o
aproveitamento dessas propriedades se traduz em vantagens para seus praticantes,
permitindo melhor rendimento com menores riscos além da melhora da autoestima,
autoimagem e do relacionamento social.
Os exercícios de Hidroginástica desencadeiam uma serie de reações fisiológicas no
corpo. O corpo humano reage diferentemente a cada situação de esforço ou contato com o
meio líquido (ROCHA, 1999). Baum (2000), diz que em termos fisiológicos, o exercício
realizado no meio líquido é distinto daquele realizado em ambiente terrestre, principalmente,
porque a ação da água altera a relação corporal e a sensação do peso e o impacto dos
movimentos quando estão imersas a este meio.
Aborrage (2008), diz que um corpo com água na altura do ombro tem em media 90%
de seu peso reduzido. Assim essa redução é interessante principalmente para alunos
obesos e idosos, que em algumas atividades em terra podem expor seu sistema
osteomioarticular a impactos prejudiciais.
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Segundo Sova (1994), a prática regular desta modalidade, melhora os cinco
componentes do condicionamento físico: condicionamento/resistência cardiorrespiratória,
força muscular, resistência muscular, flexibilidade, e composição corporal; destacam-se
também os componentes secundários: a velocidade, potência, reflexo, coordenação e
equilíbrio.
Para Galdi et al (2004), a Hidroginástica é uma atividade física praticada no meio
líquido que proporciona a melhora da aptidão física e mental, tendo como objetivos o
desenvolvimento da força, o alívio do estresse e a socialização entre seus praticantes.
Baseando-se nisso pode-se afirmar que os alunos de Hidroginástica podem ter como
objetivo apenas práticar uma atividade física ou melhorar os sistemas respiratórios,
circulatório, cardíaco, perder peso, fortalecer a musculatura, aliviar a tensão e o stress,
manutenção da forma física, a recuperação de lesões ou até mesmo o treinamento.
Porém essa prática deve ser estruturada através de um profissional de educação
física que a partir de uma avaliação e adequação do estímulo as suas características
individuas podem atingir seu objetivo. Como se trata de uma atividade coletiva, como propõe
algumas academias, deve-se respeitar a individualidade do praticante, para que se
proporcione uma atividade física segura.
Conforme Bonachela (1994) princípio da individualização: A individualização se
caracteriza pela condição biológica do aluno, que determina o grau de esforço que será
capaz de suportar.
Entendendo os benefícios da prática da Hidroginástica e que diferentes tipos de
pessoas procuram esta atividade é que se define o interesse desse estudo. A fim de
conhecer qual é o perfil dos praticantes de Hidroginástica das academias de Porto Velho.
1.1. JUSTIFICATIVA
Está comprovado que a Hidroginástica é uma atividade física que proporciona
melhoras da condição física em jovens, adultos e idosos além de ser considerada eficiente
na proteção cardiovascular de pessoas normotensas despertando cada vez mais o interesse
de estudiosos.
Atualmente, pode-se perceber maior adesão do público masculino e feminino de
diferentes faixas etárias durante essas aulas surgindo à necessidade de estudos na
Hidroginástica também com esse publico. Portanto, se torna importante para o profissional
conhecer o perfil da pessoa que procura atividade de Hidroginástica, pois é fundamental
para o planejamento e obtenção dos objetivos desta atividade.
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Justifica-se, a realização desta pesquisa visando relacionar o conhecimento dos
profissionais da área, as características individuais de cada um e os tipos de atividades
executadas na aula. Conhecendo o perfil dos alunos podemos favorecer a programação das
aulas de acordo com tais objetivos.
Desta forma, acredita-se que este trabalho é uma contribuição na ampliação dos
estudos locais voltados ao tema. Com esta pesquisa, a partir das informações levantadas,
será possível fornecer banco de dados aos profissionais que devem ter a preocupação com
a saúde dos praticantes e tentar identificar os problemas dos alunos e os benefícios
esperados da prática de Hidroginástica por esses alunos.
Além disso, pode-se contribuir para melhor qualificação do trabalho das academias
contribuindo com informações para melhor organização das mesmas. Em termos de
qualidade de vida, representando a preocupação com o interesse dos clientes, oferecendo
melhor trabalho, preocupando-se de forma individualizada com cada um deles.
1.2. OBJETIVOS DO ESTUDO
Objetivo Geral;
Identificar o perfil dos praticantes de Hidroginástica da cidade de Porto Velho.
Objetivos Específicos; Identificar os principais motivos que levam os indivíduos a praticarem Hidroginástica;
Identificar as principais patologias encontradas em praticantes de Hidroginástica;
Verificar quais as indicações para a prática sistemática da Hidroginástica;
Verificar se a prática desta atividade trouxe melhorias na saúde do praticante;
Identificar os benefícios que está pratica proporciona na visão dos praticantes;
Identificar a formação e o conhecimento do professor para atuar com a
Hidroginástica para diferentes grupos de alunos;
Verificar como as academias tratam a questão avaliação da saúde dos alunos antes
de iniciar em um programa de Hidroginástica;
Identificar os problemas de saúde dos praticantes de Hidroginástica na percepção
dos professores;
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Descrever as estratégias utilizadas pelo professor no planejamento das aulas para
lidar com as possíveis patologias;
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. CICLO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
As diversas transformações que o corpo sofre com o correr dos tempos, (biológicas e
psicomotoras) devem ser levadas em conta pelo professor para que exista uma adequação
da atividade com o corpo que se transforma e com o aprimoramento técnico de cada
atividade específica (ROCHA, 1999).
2.1.2. VIDA ADULTA
Ao pesquisarmos uma definição sobre o início da vida adulta percebe-se que não
existe algo fechado neste sentido. Pois as mudanças físicas e cognitivas são bastante
variáveis de um indivíduo para o outro, assim as definições para esta etapa do
desenvolvimento podem mudar ao longo do tempo.
Entretanto de acordo com a definição de Bee (1997), o desenvolvimento adulto
divide-se em três partes: início da vida adulta (dos 20 aos 40 anos), vida adulta intermediária
(dos 40 aos 65 anos), e final da vida adulta (dos 65 anos até a morte).
2.1.3. INÍCIO DA VIDA ADULTA
Essa é uma fase em que as exigências da vida adulta forçam a modificação dos
papeis desenvolvidos pelo indivíduo dentro da sociedade, pois ele passa a ter outras
obrigações e responsabilidades. Bee e Mitchell (1986) dizem que esse também é um
período onde quase não há mudanças nas quatro áreas básicas: percepção, linguagem,
cognição e maturação física.
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O corpo encontra-se em seu auge dos 20 aos 40 anos. Os processos que se
baseiam na velocidade do funcionamento mental, assim como os aspectos que dependem
da eficiência fisiológica do organismo, encontram nesta etapa do desenvolvimento humano
a melhor performance (BEE 1997). Este desempenho é mantido até por volta dos 40 anos
onde se iniciam mudanças mensuráveis na maioria dos aspectos do desempenho.
Em relação à saúde desse grupo, pessoas na faixa etária dos 20 aos 30 anos de
idade acreditam que sua plena capacidade física e boa saúde são normais muitas vezes
não valorizando que é nesta fase que se embasa o restante da vida, no que diz respeito ao
funcionamento físico (SCARTON apud QUIRINO, 2009).
Assim, próximo aos 40 anos, dependendo do histórico de vida de cada um, do nível
de atividade física, alimentação e estresse o indivíduo passa a ter diversos problemas de
saúde. Alguns desses surgem inclusive por movimentos repetidos na atividade de trabalho o
que, muitas vezes, dificultam a realização de atividades físicas, como por exemplo: dores
nas articulações, problemas de coluna, hérnia de disco, entre outras; que vão se tornando
comuns no dia-dia dessa população (BEE, 1997).
2.1.4. VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA
Nessa fase os indivíduos já têm: uma vida estável; uma carreira profissional
adequada ao seu cotidiano com algumas exceções; já criou os filhos, o que os torna mais
tranquilos tendo mais tempo para se dedicarem a outras atividades visando seu bem estar e
lazer (BEE e MITCHELL 1986). Nos últimos anos vem aumentando a procura por atividade
física por essa faixa etária (FERREIRA et al., 2005).
Com relação à parte biológica, segundo Santos (2005), a maioria dos decréscimos
biológicos inicia-se na faixa etária dos 40/45 anos, abrangendo a maior parte dos indivíduos.
Após os 60/65 anos, os decréscimos acentuam-se rapidamente. É evidente que uma boa
qualidade de vida resulta em uma menor velocidade com relação a esses decréscimos.
A fase adulta média é cercada por conflitos, decisões acerca das alterações que
ocorre fisiológica, biológica e psicologicamente. No entender de Scarton apud Quirino
(2009), com o corpo em um processo de envelhecimento, o pensamento de prestígio e
aceitação social passa a ser desprezados visto que podemos incluir neste processo de
envelhecimento a mudança na aparência e com isso a mudança também na função
psicológica.
A saúde nesse período da vida passa a ser mais debilitada, sendo mais suscetíveis a
doenças crônicas ou limitações físicas. Quando em seu habito de vida estão presentes os
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fatores de risco como: tabagismo, alcoolismo, obesidade e perturbações emocionais;
aumenta a possibilidade de desenvolver anomalias na saúde principalmente das doenças
coronarianas, cardiovasculares e a hipertensão arterial (MEINEL, 1984).
2.1.5. FINAL DA VIDA ADULTA (VELHICE)
O processo de envelhecimento, segundo Brissos (1992), é complexo e difere de
indivíduo para indivíduo, sendo aquele condicionado por fatores intrínsecos (de ordem
genética) e extrínsecos, no qual o meio físico e social envolvente tem primordial importância.
Os seis principais fatores que influenciam no processo de envelhecimento do corpo são:
tempo; hereditariedade; meio ambiente; dieta; estilo de vida e nível de atividade física
(OLIVEIRA, 2012).
Nessa fase da vida há mudanças (declínios) continuas em todos os aspectos como:
físico, cognitivo e social (BEE e MITCHEL, 1986). Os problemas de saúde e as
incapacidades passam a ser vistas no cotidiano das pessoas que se encontram nessa fase
da vida, aparecendo ai, além dos fatores de risco para doenças coronárias e
cardiovasculares, outras doenças, como: doença de Alzheimer ou Parkinson (BEE, 1997).
Os acidentes também passam a ser mais preocupantes a partir da terceira idade,
pois ficam mais frequentes. A principal causa são as quedas, com destaque para a fratura
do fêmur com graves consequências.
A regressão nas características físicas dessa fase da vida ocorre por mudanças em
todos os sistemas do idoso (circulatório, respiratório, nervoso, endócrino, além de alterações
ósseas e musculares) que o torna um indivíduo com restrições que impedem ou dificultam a
realização de atividades de seu cotidiano bem como a realização de atividades físicas
(MEINEL, 1984).
2.2. HIDROGINÁSTICA
2.2.1. BREVE HISTÓRICO
Diversos autores relatam que a utilização da água como agente terapêutico é
conhecida desde a antiguidade por diversas civilizações. Nos países europeus, nos séculos
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XVIII e XIX, segundo Figueiredo (1999), os banhos mornos foram amplamente utilizados
como hidroterapia, por exemplo, para recuperação e alívio de espasmos musculares.
Posteriormente, é que vão ser exploradas as várias temperaturas da água, visando o
aprofundamento dos estudos sobre suas propriedades físicas, bem como as reações e
efeitos sobre os tecidos e órgãos do corpo humano.
Rocha (1999) relata que os gregos já utilizavam a água com fins de profilaxia, os
japoneses sempre valorizaram a água, os espanhóis e alemães têm maior domínio cientifico
nas atividades físicas desenvolvidas na água, já os americanos vêm se aprofundando cada
vez mais nesse estudo com objetivos de treinamento desportivo.
A história nos mostra que a água vem sendo utilizada há vários séculos e de
diversas formas, visando a melhorar a qualidade de vida através de atividades físicas ou
terapêuticas, que vai desde uma simples caminhada até a execução de exercícios mais
elaborados para as diversas partes do corpo, com objetivos e finalidades diferentes
(BONACHELA, 2004).
Podemos afirmar com base em Masi (2003), que o surgimento de atividades
aquáticas terapêuticas, juntamente com as caminhadas na água, deu origem à
Hidroginástica. Com o passar dos tempos, os exercícios físicos na água obtiveram grande
importância, sendo praticados de diversas formas até chegar a mais recente atividade
aquática, a Hidroginástica.
A palavra Hidroginástica vem do grego e significa “GINÁSTICA NA ÁGUA”. De
acordo com Bonachela (2004), a Hidroginástica traz na sua origem e desenvolvimento na
Alemanha, propondo-se atender a um grupo de pessoas com idade avançada que
necessitavam exercitar uma atividade física segura, sem risco de ocasionar lesões e que
proporcionasse bem-estar físico. Essa prática de exercícios físicos foi evoluindo para outros
centros, passando a existir nos Estados Unidos, com propósitos terapêuticos, conhecida
hidroterapia, foi desenvolvida e aperfeiçoada por cientistas, médicos e professores.
No Brasil, esta modalidade surgiu nos anos 70 apenas como reabilitação de
lesionados, nos anos 80 como atividade física, e hoje é largamente conhecida e procurada
por diversos públicos (DELGADO, 2001,). Esta atividade teve um crescimento extraordinário
e atualmente é bem diferente daquela praticada por seus pioneiros ficando mais dinâmica,
ganhando espaço na mídia e abrindo um público heterogêneo, sendo hoje uma das
atividades mais procuradas nas academias, clubes, condomínios, etc.
2.2.2. DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA HIDROGINÁSTICA
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Na literatura específica encontramos várias definições de Hidroginástica por diversos
autores. Esta atividade física aquática pode também ser identificada com diferentes
terminologias como Ginástica Aquática, Aquaeróbica, hidro localizada entre outros. Mas o
termo que a define, conforme Gonçalves (1994), apud Bueno, (1998), é Hidroginástica.
A Hidroginástica segundo Scarton (2003) é uma atividade física aquática realizada
na posição vertical, constituída de exercícios específicos, baseados no aproveitamento da
resistência da água, e que, através das características e benefícios dessa, melhora os
aspectos bio-psíco-sociais.
Pode ser entendida como prática corporal que utiliza o meio líquido para melhora da
aptidão física e mental, como afirma Mazetti (1993) na classificação da modalidade como
ginástica de força, por aproveitar a resistência da água como sobrecarga, ressaltando a
versatilidade da prática, por possibilitar o trabalho com iniciantes e alunos já condicionados.
Mazarini (1995) também situa a Hidroginástica como método de condicionamento
físico e modelagem estética, bem como enfatiza que os exercícios adotados têm elementos
próprios para fins de aprimoramento e da percepção corporal, além de melhorar a
resistência cardiorrespiratória e localizada, favorecendo o desenvolvimento da coordenação
motora e dos níveis de flexibilidade.
Bonachella (2004) a define como hidro localizada, sendo o conjunto de exercícios
físicos executados na água, cujo objetivo é aumentar a força e a resistência muscular,
melhorar a capacidade cardiorrespiratória e a amplitude articular, utilizando a resistência da
água como sobrecarga. E com isso permite contribuir para melhor qualidade de vida e bem-
estar físico dos praticantes.
Baum (2000) conceitua a Hidroginástica como Aquaeróbica, que vem a ser o sistema
de exercícios utilizado na água, com música, sendo promotor de saúde, natural, agradável e
holístico. Sua realização é feita na posição vertical, água na altura do tórax, devendo
trabalhar toda a musculatura do corpo. Estrutura-se com aquecimento, condicionamento
aeróbico e relaxamento. Destina-se a promover aspectos relacionados com a capacidade
física: força, resistência muscular, condicionamento cardiovascular, flexibilidade e bem-estar
físico e mental.
A Hidroginástica é uma forma alternativa de condicionamento físico constituída de
exercícios aquáticos específicos, estes exercícios facilitam o movimento, condicionamento
físico e o treinamento de força sem tanto impacto articular (BONACHELA, 2004). Conforme
Boutcherapud Oliveira (2008) pode-se esperar que o exercício físico aquático produza
reações fisiológicas diferentes daquelas ao ar livre, devido tanto ao efeito hidrostático da
água nos sistemas cardiorrespiratórios como sua capacidade de intensificar a perda de calor
comparada ao ar.
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Oliveira (2008), ressalta que as atividades aquáticas de caminhada e corrida em
piscina rasa ou profunda e as ginásticas aquáticas apresentam uma menor tendência em
provocar lesões e traumatismos em relação às atividades desenvolvidas fora da água, como
consequência do efeito da flutuação do corpo, facilitando dessa forma, até a participação de
indivíduos menos capacitados no caso. Sua principal vantagem é justamente a segurança
que proporciona ao praticante. Dentro da água, os movimentos ficam mais seguros, e essas
regiões se tornam menos vulneráveis, inclusive durante saltito. É essa segurança que
permite ao praticante até superar seus limites naturais, sem riscos.
A resistência natural da água multiplica o esforço exigido em um movimento, por
mais simples que seja. Por outro lado, segundo as leis da física, a água responde na mesma
intensidade a uma força aplicada sobre ela, ou seja, a resistência oferecida pela água vai
ser proporcional à força do movimento, seja ela grande ou pequena (BACHAR, 2007). Isso
permite que qualquer pessoa possa se exercitar, independente do seu nível de
condicionamento físico: jovens, idosos, obesos, magros, gestantes.
2.2.3. PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA E A SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA DE HIDROGINÁSTICA
Masi (2003), afirma que, para realizar um trabalho sério com atividades aquáticas, o
professor deverá estar familiarizado com as propriedades físicas da água, conhecendo-as e
sabendo aplicá-las na sua rotina de trabalho. Bonachella (1994) classifica as propriedades
físicas da água em densidade, flutuação, pressão hidrostática e viscosidade e temperatura.
Densidade:De acordo com Günter Schneider apud Canto (1999), esta propriedade é utilizada na
Hidroginástica para melhorar o posicionamento do corpo na execução dos exercícios,
facilitando a determinação de carga a ser trabalhada.
Segundo a literatura pesquisada a densidade de uma substancia é a relação entre
massa e volume (D= m/v). A água, como toda substância composta por matéria, apresenta
uma determinada densidade, ou seja, pode ser caracterizada pela relação entre a sua
massa e seu volume. A gravidade específica, por sua vez, remete à relação entre a
densidade de uma substância ou objeto com a densidade da água.
Deste modo, sabendo-se que a gravidade específica da água é 1, todo objeto ou
corpo que for colocado no ambiente aquático, e apresentar uma densidade menor do que a
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da água flutuará. Caso a sua densidade seja maior do que a da água, o corpo afundará. A
densidade relativa do corpo humano é de aproximadamente 0,97, fato este que determina a
característica de flutuação do corpo.
Utilização básica:
- melhor posicionamento para execução dos exercícios
- auxílio no efeito massageado.
Flutuação - (princípio de Arquimedes), "quando um corpo está completo ou parcialmente
imerso em um líquido, ele sofre um empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado".
Este empuxo atua em sentido oposto à força da gravidade; Pessoas com excesso de peso
ou com problemas específicos que dificultam o movimento em terra, descobrem que a
flutuação permite que estas pessoas possam se exercitar com facilidade, pois um corpo
imerso num fluído é sustentado por uma força igual ao peso do fluído deslocado pelo corpo.
Utilização básica:
- facilita a execução dos movimentos
- diminui os atritos articulares
- diminui os riscos de lesões
- diminuição dos stress biomecânico
- suporte de parte da massa corporal
- auxilio e resistência ao movimento.
Pressão hidrostática - (Lei de Pascal), afirma que a pressão do líquido é exercida
igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma
determinada profundidade. A pressão hidrostática age nos tecidos e exerce uma
compressão de vasos sanguíneos, podendo auxiliar no retorno venoso e na redução de
edemas.
Utilização básica:
- resistência ao movimento
- sobrecarga natural
- estímulo a circulação periférica
- fortalecimento da musculatura envolvida na respiração
- facilitação do retorno venoso
- participação do efeito massageado na água.
Viscosidade– É uma propriedade dos líquidos, que representa uma medida importante no
que refere à resistência ao movimento. Em outras palavras, a viscosidade demonstra o atrito
que o líquido exerce em um corpo, quando o mesmo se movimenta. O coeficiente de
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viscosidade mostra que, quanto mais viscoso um líquido, maior a força requerida para se
criar um movimento, quando imerso neste líquido.
Utilização básica:
- resistência ao movimento
- influencia na pressão arterial
- coadjuvante no efeito massageado.
Temperatura- é uma característica que normalmente chama a atenção. Ao entrar na
piscina, imediatamente avaliam sua temperatura de acordo com seus costumes e
sensibilidades Em Hidroginástica o ideal é que se realizem aulas em temperaturas entre 27
a 29 graus C, podendo-se treinar em temperaturas abaixo, desde que se faça um
aquecimento antes de entrar na água.
Relatam (ROCHA, 1999; BONACHELA, 1994), que as propriedades físicas da água
irão auxiliar, ainda mais os idosos, na movimentação das articulações, na flexibilidade, na
diminuição da tensão articular (baixo impacto), na força, na resistência, no sistema
cardiovascular e respiratório, no relaxamento, na eliminação das tensões mentais, entre
outros.
Estas são as propriedades físicas da água mais importantes e, por consequência,
responsáveis por um grande número de benefícios na vida do ser humano desde antes do
nascimento – na fase da gravidez – até ao envelhecimento.
2.2.4. HIDROGINÁSTICA E AS REAÇÕES FISIOLÓGICAS DO CORPO
Para o maior controle das práticas aquáticas é de fundamental importância saber
como o corpo do ser humano responde em meio líquido. Quando o corpo é imerso para
realização da Hidroginástica é desencadeada uma série de reações fisiológicas no
organismo, o qual reage diferentemente a cada situação de esforço ou imersão. Segundo
Rocha (1994), estas reações podem ocorrer devido a inúmeros fatores, entre os quais:
temperatura da água; contato do corpo com o meio Líquido; imersão e duração da imersão;
tempo de duração da atividade; saída do corpo da piscina e repouso; e intensidade e
duração do exercício.
A resposta fisiológica do corpo, ao se exercitar na agua, é muito diferente da prática
da mesma atividade no meio terrestre. As principais modificações ocorrem a partir das
mudanças: cardiovasculares, musculoesqueléticas e excretoras. Além disso, a prática nesse
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meio é motivante para o indivíduo, pois o risco de ocorrer lesões é pequeno e as chances de
se sentir fisicamente melhor, após a realização da atividade é quase certa (BAUM, 2000).
Os dois principais motivos que diferenciam as respostas fisiológicas do meio aéreo e
aquático são os efeitos hidrostáticos no sistema cardiovascular e a intensificação da perda
de calor na água (cerca de 25x maior do que o ar) Avelliniet al., apud Canto (1999).
2.2.4.1. Fluxo Sanguíneo
O objetivo final da função cardiovascular no exercício é o de fornecer oxigênio e
outros nutrientes para o músculo. Para esse fim, o fluxo muscular aumenta drasticamente
durante o exercício (GUYTON, 1997).
Para Figueiredo apud Canto (1999), durante o exercício no meio líquido o suprimento
sanguíneo dos músculos em funcionamento é aumentado, ocorre uma contração dos vasos
cutâneos logo ao entrar na água e uma dilatação logo em seguida.
Segundo Bonachela (1994), ao entrar no meio líquido os vasos cutâneos
constringem-se momentaneamente causando a elevação da pressão arterial, após alguns
minutos, os vasos dilatam-se, provocando a redução da pressão arterial, voltando ao
normal. No entanto há uma melhora da circulação, uma vez que a água promove o
massageamento do corpo e a pressão hidrostática possibilita uma melhor regulação das
vias periféricas e, consequentemente, um retorno venoso mais fácil, aumentando a
capacidade do coração exercer sua função.
2.2.4.2. Intensificação da perda de calor na água
O corpo humano quando imerso ao meio líquido apresenta uma intensificação da
perda de calor, cerva de 25 vezes maior que no ar (BATES e HANSON, apud DIAS et al
2009). Isso faz com que o ser humano quando imerso procure o equilíbrio em sua
temperatura corporal. Em 1966 foi definido a temo neutra, temperatura da água onde não
ocorre alteração na FC (CRAIG e DVORAK, apud DIAS et al 2009). Está bem definida na
literatura cientifica que a água abaixo da temperatura termo neutra apresenta bradicardia na
FC, temperaturas acima provocam taquicardíaca. Sendo que quando maior a diferença da
termo neutra maior será a variação da FC para mais ou para menos (ALBERTON et al. apud
DIAS et al 2009).
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2.2.4.3. Frequência Cardíaca
A frequência cardíaca (FC) é um parâmetro indicador da intensidade de esforço ao
qual o aluno está sendo submetido, fazendo com que ele, dessa forma, possa se exercitar
com segurança, sem colocar em risco a saúde, obtendo-se o efeito desejável, de acordo
com o objetivo almejado. Paulo apud Miranda e Lobato (2000), afirma que ocorrem, ainda,
reações relativas à frequência cardíaca e pressão arterial quando o corpo é colocado no
meio líquido.
Segundo Wilmore e Costil apud Dias et al (2009), em uma mesma intensidade do
exercício com o mesmo consumo de oxigênio (VO2) a frequência cardíaca tende a
apresentar uma bradicardia em média de 8 a 13 batimentos por minuto, isso ocorre por
causa da pressão hidrostática. Segundo a literatura a pressão hidrostática faz com que haja
um aumento no retorno venoso do sangue ao coração, resultando assim em um maior
volume de ejeção, consequentemente a FC diminui.
Para Denison apud Canto (1999), a imersão no meio líquido, expõe o corpo a uma
nova pressão hidrostática, a outra viscosidade do meio e a novas condições térmicas, e
algumas vezes, a estímulos reflexos circulatórios, que poderiam alterar as respostas
cardiocirculatórias. Miranda e Lobato (2000), citam que os efeitos destas trocas poderão
variar com a postura, com a intensidade do trabalho, com o tipo de movimento de braços,
com a temperatura da água, e deveriam ser mais evidentes com indivíduos realizando
exercícios em água fria.
Vários estudos têm demonstrado que a FC na imersão e nos exercícios aquáticos é
alterada. Aborrage apud Masi (2003), em extensa revisão sobre o assunto revela que existe
uma contradição sobre este tema, pois alguns estudos relatam um aumento, outros
manutenção e ainda há os que defendem uma diminuição da FC na água.
2.2.5. BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA
A Hidroginástica vem tornando-se uma alternativa cada vez mais popular para a
promoção da boa forma e saúde. Assim, o principal objetivo da aula de Hidroginástica, deve
estar relacionado, com a melhora do estado da saúde do indivíduo.
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Dentre as vantagens da Hidroginástica, destaca-se a quase ausência de impacto, o
que a torna adequada para uma quantidade maior de pessoas. O exercício no meio
aquático, quando bem explorado, pode trazer grandes benefícios (GAINES, 1993 apud
LOURENÇO, 2008). Para tal, é necessário aliar os conhecimentos do meio com os
conhecimentos específicos dos exercícios aplicáveis na Hidroginástica.
Conforme Bonachela (2004), os exercícios de Hidroginástica têm como principais
objetivos aumentar a capacidade de autossuficiência e bem-estar geral, melhorar o sistema
cardiovascular e a resistência geral, aumentar a força e a resistência muscular, melhorar a
coordenação motora, flexibilidade e equilíbrio, aliviar as dores musculares e articulares,
aliviar a ansiedade, depressão e stress e promover a sociabilização.
Na perspectiva de Case, (2001) a Hidroginástica é um excelente meio de
exercitação, dado que a força de impacto articular, entre outras vantagens, está atenuada e
contrariada pela força de impulsão, permitindo o acolhimento das populações especiais
como é o caso dos idosos.
A Hidroginástica desenvolve qualidades físicas como coordenação, flexibilidade,
força e resistência, e ainda é capaz de corrigir a postura, desvios de coluna, além de ser
divertida e atrativa (MOTA, 2009).
Para, além disso, a Hidroginástica possibilita a prática segura de exercícios dado que
a redução da velocidade de movimentos pela maior densidade da agua impede a realização
de movimentos bruscos que podem provocar lesões.
A adaptação do corpo à força de impulsão, para manter a posição, para avançar ou
mesmo para emergir, aumenta a capacidade de equilíbrio, tão importante nas idades mais
avançadas, pela grande incidência de quedas e fraturas (VILLA e CALVO, 1998).
Outra vantagem importante da Hidroginástica é que ela é uma das poucas atividades
que podem ser realizadas por indivíduos com pouco ou nenhum condicionamento físico.
Com isso, esta atividade se mostra de grande valia independentes do grupo de destino
(ROCHA, 1999).
De acordo com Sova, (1998), praticar Hidroginástica regularmente melhora todos os
cinco componentes do condicionamento físico como: condicionamento aeróbio, força
muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Cada um destes
componentes desempenha um papel vital na saúde do organismo
2.2.5.1. Condicionamento Aeróbico
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Paulo (1994), porque é através dele que alcançamos os benefícios para o sistema
cardiovascular. E é através de um sistema cardiovascular que alcançaremos a boa forma
física.
Sova (1998), a melhor maneira de alcançar o condicionamento físico é através do
exercício aeróbico. Ele consiste de, no mínimo, 20 minutos de atividade continua, que
aumenta o ritmo cardíaco em até 65 a 85%..., no mínimo, três vezes por semana.
Além destas vantagens, os exercícios aeróbicos protegem você contra a doença
cardíaca coronariana. Praticados com regularidade, podem reduzir quase todos os fatores
de risco da doença coronariana passiveis de serem alterados. Estes fatores de risco podem
ser reduzidos através da atividade aeróbica regular como a Hidroginástica (SOVA, 1998):
Hipertensão
Níveis de lipídios e colesterol sanguíneo elevado
Fumo Obesidade
Arteriosclerose
Diabetes
Vida sedentária
Estresse.
2.2.5.2. Força Muscular
A água oferece uma resistência que atua como se fosse um peso. Andar na água é
muito mais difícil que no solo, assim só o fato do deslocamento fará com que a força
muscular seja desenvolvida.
De acordo com Sova (1998), na água podemos fortalecer nossos músculos com ou
sem equipamentos. A resistência da água, principalmente quando combinada com
equipamentos, pode tornar desafiantes mesmo movimentos pequenos, além de funcionar
como uma carga suficiente para aumentar a força muscular.
Segundo Vasiljev apud Canto (1999), os exercícios na água apresentam um caráter
estático-dinâmico que contribui um dos meios ativos da ação favorável no aumento da
massa muscular, ativação da troca gordurosa e ativação dos processos anabólicos e
catabólicos.
25
2.2.5.3. Resistência Muscular
É a capacidade de repetir diversas vezes atividades que demandam resistência. A
resistência muscular também é chamada de tônus. O tônus pode ser conseguido mais
depressa em treinamentos que utilizam a resistência da água, do que em treinamentos de
solo (SOVA, 1998).
Segundo Vasiljev apud Canto (1999), a maior densidade da água, em relação ao ar,
obriga os praticantes a realizarem movimentos mais lentos e flutuáveis que em terra. Ao
superar a resistência da água, o organismo obtém a carga necessária que conduz á
adaptação desejada ao tônus muscular. Aqui ocorre o principio de dupla ação, ou seja, o
praticante enfrenta a resistência contra o músculo tanto no momento do vencimento
propriamente dito da água, como no retorno á posição inicial.
2.2.5.4. Flexibilidade
As pessoas que decidem fazer exercícios, geralmente, ignoram a flexibilidade.
Muitos se preocupam apenas com a boa aparência e não imaginam que a flexibilidade
contribui para ela.
Segundo Sova (1998), flexibilidade é a capacidade que as articulações têm de se
movimentarem dentro de uma faixa normal de movimento.
É a qualidade física que condiciona a capacidade funcional das articulações a
movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas ações (TUBINO, apud MASI,
2003).
Para Fox et al. Apud Masi (2003), flexibilidade é a amplitude de movimento ao redor
de uma articulação.
A flexibilidade é importante, seja na vida diária, seja em circunstâncias especiais.
Devido ao menor efeito da gravidade na água, as articulações podem fazer uma variedade
maior de movimentos e esticarem-se mais efetivamente sem aumento da pressão sobre
elas. A água permite que se estique de modos que não seriam possíveis no solo.
No entender de Sova (1998), devido ao menor efeito da gravidade na água, as
articulações podem fazer uma variedade maior de movimento e esticarem-se mais
efetivamente sem aumento da pressão sobre elas.
26
2.2.5.5. Composição Corporal
A composição corporal é a porção da gordura corporal em relação á massa magra.
As pessoas queimam em media de 450 a700 calorias durante uma hora de exercício.
Na água, 77% das calorias queimadas vêm das gorduras armazenadas, ajudando a reduzir
a gordura corporal (SOVA, 1998).
O exercício na água produz uma necessária sobrecarga, o que faz com que o gasto
de energia seja ainda maior.
De acordo com Paulo (1994), aliado a isto devemos lembrar que o trabalho na água
estimula a produção de calor, daí mais consumo de energia e então transformação do peso
gordura em peso muscular real (trabalho mais termo-regulação-75% a mais do consumo de
energia que a atividade em seco).
É importante destacar que, a atividade de Hidroginástica além dos benefícios físicos,
traz inúmeros benefícios e melhoras psicossociais, pois pode ser tratada também como uma
forma de interação social, convivência e relacionamento interpessoal. Ela é extraordinária e
funciona, é gostoso fazer exercício na água e não é monótono! Em comparação com os
exercícios no solo, a Hidroginástica é: mais divertida e agradável, mais eficaz e estimulante,
mais cômoda e segura (SOVA, 1998).
Conforme os diversos autores citados a cima, fica claro os inúmeros benefícios
ocasionados com os exercícios de Hidroginástica que desencadeiam uma série de reações
fisiológicas no corpo.
2.2.6. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA HIDROGINÁSTICA
De acordo com Bonachela (2004), para que o objetivo seja alcançado, é
imprescindível que o professor siga alguns princípios pedagógicos:
1° - PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: o professor deve incentivar e estimular seus alunos a
manter um ritmo de execução dos exercícios para que não haja perda do interesse pela
atividade. Quanto mais o indivíduo é estimulado positivamente, mais ficara motivado, pois a
motivação está relacionada diretamente à personalidade do professor.
2° - PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO: a individualização se caracteriza pela condição
biológica do aluno, que determina o grau de esforço que será capaz de suportar.
27
3° - PRINCIPIO DA CONTINUIDADE: Está baseado no processo de adaptação ao
organismo humano, que é o resultado da alternância entre o esforço e a recuperação, e
ocorre através dos estímulos que poderão ser:
-Fracos: não causam nenhum benefício ao organismo;
-Moderados: provocam leves excitações;
-Fortes: produzem adaptações satisfatórias;
-Muito Fortes: podem causar dados irreparáveis.
4°- PRINCIPIO DA SOBRECARGA: Aumentar gradativamente número de repetições,
duração, intensidade dos exercícios.
Além dos princípios acima citados, nas aulas de Hidroginástica a sobrecarga é
natural, uma vez que a própria resistência da água já oferece uma resistência satisfatória,
podendo essa resistência ser aumentada utilizando-se diversos materiais como: halteres,
luvas, pranchas, tubos, aquafins, colete, flutuadores, tornozeleiras, e outros materiais.
2.2.7. CARACTERÍSTICAS DE PESSOAS QUE PRÁTICAM HIDROGINÁSTICA
A Hidroginástica é uma atividade indicada para pessoas de todas as idades e níveis
de condicionamento físico.
De acordo com Rocha (1999), por ser uma atividade que atende uma infinidade de
pessoas e problemas, vem sendo cada vez mais procurada por indicação médica, indicação
de amigos e até mesmo por curiosidade pessoal, pois é uma atividade que além de curar,
dá prazer e estimula as pessoas a progredir na vida como um todo.
A Hidroginástica pode ser praticada por homens, mulheres, jovens e idosos que
buscam se exercitar; pessoas ocupadas e que tem pouco tempo para fazer exercícios,
atletas em treinamento, gestantes, pessoas que estão se recuperando de alguma lesão,
obesos, pessoas com algum tipo de deficiência e aqueles que querem outra opção para os
seus programas normais de exercícios.
Segundo Rocha (1999), Jovens e Adultos procuram a Hidroginástica por ser uma
atividade que visa à performance orgânica eminente e mantém ou melhora a forma física.
Com relação a pessoas obesas Becker (2000), diz que os exercícios aquáticos
podem ser benéficos para o controle do peso, principalmente, por não trazer malefícios a
suas articulações, ossos e músculos, o que acontece muito em atividades terrestres.
Segundo Baum (2000), nos idosos o número de dores articulares, quedas ou
colisões, aumentam muito, levando a várias sequelas. Na água, a baixa probabilidade de
28
queda diminuindo o risco de lesão articular, devido à ausência de sustentação do peso, por
parte do indivíduo.
Atletas lesionados praticam Hidroginástica porque ela fortalece a musculatura,
protegendo as articulações (ROCHA, 1999).
Baum (2000), afirma ainda que a Hidroginástica é Indicada também para quem tem
problemas de coluna e para gestantes, já que previne dores lombares e cervicais, aumenta
a circulação nas pernas, facilitando o parto e sua posterior recuperação.
Pessoas com diversas patologias procuram essa atividade por orientação médica
visando à melhora ou inibição de problemas como asma, bronquite, rinite, artrose, artrite,
reumatismo, stress, fadiga, ansiedade, contusões, torções, colesterol, diabetes, hipertensão,
entre outros (ROCHA, 1999).
Baseando-se nisso pode-se dizer que qualquer pessoa pode realizar essa atividade,
desde que procure um médico para fazer uma avaliação do seu estado de saúde e uma
academia com profissionais especializados. Uma vez que determinados problemas exigem
uma modificação no programa.
3. METODOLOGIA
3.1. TIPO DE PESQUISA
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo, que
de acordo com Cervo e Bervian (2002) consiste na observação, registro, análise,
classificação e interpretação dos fatos ou fenômenos sem que haja interferência do
pesquisador sobre eles.
Segundo Richardson (1989), o método de pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo
emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no
tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais
complexas.
Conforme o autor mencionado, esse método possui como diferencial a intenção de
garantir a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas
chances de distorções.
29
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população deste trabalho é definida com praticantes e professores de
Hidroginástica de 4 (quatro) academias de Porto Velho, todos maiores de idade do sexo
feminino e masculino.
A amostra foi constituída por 30 (trinta) praticantes de Hidroginástica (quadro 1) e 4
(quatro) professores (quadro 2), entre homens e mulheres, com idade entre 27(vinte e sete)
e 75(setenta e cinco) anos, que foram selecionados por aceitabilidade. As academias foram
escolhidas de acordo com as facilidades e possibilidades oferecidas para a realização da
pesquisa.
Quadro 1 – Número de sujeitos divididos por sexo e academia que participaram do estudo
Academia Homens Mulheres Total
Academia A 1 4 5
Academia B 4 6 10
Academia C 10 10
Academia D 5 5
Total 5 25 30
Quadro 2 – Número de professores divididos por academia que participaram do estudo
Academia Total de professores
Academia A 1
Academia B 1
Academia C 1
Academia D 1
Total 4
30
3.3. INSTRUMENTO
A pesquisa utilizou como ferramenta para coleta de dados dois questionários abertos
semiestruturados, através do qual foram obtidas informações do assunto pesquisado.
Os participantes do estudo foram esclarecidos de todos os procedimentos que teriam que
passar, e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO I) mostrando
que os dados ficariam em sigilo e que poderiam deixar a pesquisa assim que desejassem,
se propondo a participar do estudo. Concordando que os resultados obtidos durante a
pesquisa sejam utilizados para fins científicos.
Os questionários utilizados na pesquisa foram um para os alunos que participaram do
estudo (ANEXO II) e um para os professores das academias (ANEXO III).
O questionário dos alunos possuí 7 (sete) questões para definirmos o perfil do praticante
de Hidroginástica das academias de Porto Velho. Já o questionário para os professores das
academias, tem 5 (cinco) questões para definirmos se o professor tem conhecimento do
perfil do seu aluno e dos benefícios que a Hidroginástica pode trazer a ele.
Os questionários utilizados são de Andrade (2007), sendo que o questionário dos alunos
continha 9 questões abertas e o dos professores continha 6 questões abertas. No entanto,
para realização dessa pesquisa foram realizadas algumas modificações. Tais como a
retirada de duas questões do questionário dos alunos e uma do questionário dos
professores pelo fato de serem repetidas.
3.4. PROCEDIMENTOS
3.4.1 Contato com as instituições
O contato com as academias foi através de uma conversa com o responsável pela
mesma, mostrando o meu interesse em estar realizando a minha pesquisa de campo
naquele local.
Os responsáveis, a partir deste contato inicial, indicaram para que a pesquisadora
falasse diretamente com o (a) professor (a) responsável pelas aulas de Hidroginástica na
31
academia. Assim, o período da semana e os horários para a coleta de dados foram
definidos em conjunto com os professores, tentando evitar não atrapalhar as aulas.
A pesquisa de campo se iniciou na academia A, indo para B, C e por fim a D.
3.4.2 contato com os alunos
O contato com alunos era iniciado, através da apresentação da pesquisadora que
explicava a todos os participantes a necessidade de contarmos com sua colaboração para a
realização da pesquisa onde esclarecíamos a relevância do estudo e os procedimentos do
trabalho. Assim, aqueles que se propunham a participar da pesquisa respondiam o
questionário logo após suas aulas e nos devolviam em seguida.
3.4.3 Aplicação dos questionários
Em todas as academias a aplicação dos questionários foram realizados na própria
área da piscina, onde sempre havia algumas cadeiras e mesas disponíveis.
Antes de iniciar as respostas era passado aos sujeitos que se propunham a participar do
trabalho, o termo de consentimento livre e esclarecido, que foi assinado por todos. Em
seguida os sujeitos se sentavam, recebiam os questionários e respondiam as questões
formuladas. A pesquisadora anotava as respostas daqueles que tinham dificuldade de
escrever.
Da mesma forma, foi realizada a entrevista semiestruturada com os (as) professores
(as) responsáveis pelas turmas em que os alunos aceitaram a participação.
3.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi utilizada estatística descritiva no Programa Excel 2011.
3.5.1. RESULTADOS E DISCUSSÕES
32
A partir da aplicação dos questionários foi possível verificar o perfil dos praticantes
de Hidroginástica das academias, da cidade de Porto Velho.
Com a finalidade de melhor visualização da quantidade de participantes, podemos
observar no quadro 3, a distribuição dos participantes da pesquisa distribuídos por faixa
etária.
Quadro 3 - Caracterização da amostra
Idade Numero de alunos (%)
26 a 30 anos 3 10%
31 a 40 anos 6 20%
41 a 50 anos 7 23%
51 a 60 anos 8 27%
Acima de 60 anos 6 20%
Total 30 100%
O grupo se apresenta num percentual de (10%) na faixa etária entre 26 e 30 anos;
(20%) entre 31 e 40 anos; (23%) entre 41 a 50 anos; (27%) entre 51 a 60 anos e (20%)
acima de 60 anos de idade.
Bee (1986) divide a fase adulta até os 40 anos, período de plena capacidade física, e
acima de 40 anos com início dos decréscimos biológicos que levam ao envelhecimento,
dividindo nosso grupo de estudo de acordo com essa proposta verifica-se que a maior
concentração de sujeitos está acima de 40 anos (21 participantes, 70%). Assim entende-se
que a maioria encontra-se num período da vida onde o processo de envelhecimento começa
a surgir, o que pode ocasionar mudanças fisiológicas, biológicas e psicossociais nestes
indivíduos.
Segundo Ferreira et al (2005), neste período é fundamental a prática regular de
atividade física visando diminuir ou retardar o processo de mudanças. Desta forma,
melhorando a qualidade de vida das pessoas.
O quadro 4 apresenta os resultados comparando por sexo o percentual de
participantes na pesquisa. Apresentamos os resultados divididos por homens e mulheres e
pelas academias investigadas. Assim, pudemos avaliar qual o gênero com maior
prevalência na busca pela prática de Hidroginástica.
33
Através da análise dos resultados pode-se verificar que no grupo pesquisado a
maioria dos entrevistados 83% é do sexo feminino e apenas 17% masculino.
Paulo (1994) relata que a Hidroginástica é praticada principalmente por mulheres. A
predominância do sexo feminino em relação ao sexo masculino é citada por Kruel (1994)
quando relata que, a Hidroginástica é hoje muito praticada em nosso país e principalmente
pelo público feminino. Não encontramos, na literatura consultada, explicação para este fato.
Segundo Rabelo (2001), em seu trabalho de mestrado, as mulheres são mais
vulneráveis a mudanças em seu corpo do que os homens, e buscam exercícios que
envolvem ginásticas visando minimizar as mudanças que ocorrem com a idade, como a
Hidroginástica, por exemplo, podendo ser este um dos fatores que explicam maior
quantidade das mulheres do que os homens nessas atividades, em busca da manutenção
de um “corpo perfeito”.
Andreotti e Okuma (2003) afirmam que os homens são mais interessados em práticar
atividades de alta intensidade, que exigem exaustivos esforços físicos para “homens de
verdade”, como por exemplo, a musculação, e não se interessam por ginásticas. Este
aspecto pode ser outra questão que faz com que o número deles seja menor do que o das
mulheres na procura por atividades de Hidroginástica.
Por tanto, há indícios de que a maioria das pessoas que procuram esta atividade são as
mulheres, o que foi reafirmado com os dados que encontramos.
No gráfico 1, está representada a relação da idade dos alunos das academias e
do tempo em que praticam Hidroginástica.
Quadro 4 - Sujeitos divididos por sexo e academia que participaram do estudo
Academia Homens Mulheres Total
Academia A 1 4 5
Academia B 4 6 10
Academia C 10 10
Academia D 5 5
Total 5 25 30
34
Gráfico 1 - Relação da idade com o tempo de prática da Hidroginástica
26 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos Acima de 60 anos
0
1
2
3
4
5
6
5 meses ou menosEntre 5 meses e 1 anoAcima de 1 ano
Isso pode ser mais bem representado, no quadro 5, onde a maioria dos entrevistados
12 sujeitos (40%) tem entre 5 meses e 1 ano de prática de Hidroginástica, mas, por
outro lado, muitos tem apenas 5 meses de prática ou menos, 9 sujeitos (30%).
Quadro 5 - Relação da idade com o tempo de prática da Hidroginástica
Faixa etária 5 meses ou menos Entre 5 meses e 1 ano Acima de 1 ano
26 a 30 anos 2
31 a 40 anos 3 2 1
41 a 50 anos 6 2
51 a 60 anos 3 1 3
Acima de 60 anos 1 3 3
Total 9 12 9
35
Interessante notar que os indivíduos que estão acima de 40 anos, na fase de vida
adulta intermediária, são os mais disciplinados e parecem realmente aderir e incorporar o
programa de exercício físico na sua vida cotidiana, tendo na pesquisa indivíduos que tem
mais de 2 anos de prática de atividade aquática. Fator importante já que só é possível obter
benefícios com a prática regular de atividade física.
Segundo Mcardle, Katch e Katch (2003), o princípio que deve ser seguido em um
treinamento ou em um programa de condicionamento físico é o da continuidade visando
obter os resultados esperados. O indivíduo que aderir a um programa de exercícios físicos
deve manter a frequência e não deixar em pouco tempo a prática. Isto porque, segundo os
autores quando uma pessoa encerra a sua participação em um programa de exercícios
físicos, há uma perda rápida nas suas adaptações fisiológicas e no seu desempenho
conquistado. Assim, é importante dar continuidade ao programa.
Na amostra coletada verificamos que a população que segue esse princípio, da
continuidade da prática, são os indivíduos acima de 40 anos. Portanto é importante que os
professores criem estratégias para conseguir manter os mais jovens em suas aulas.
No gráfico 2, está representado os objetivos mais frequentes que fazem os
indivíduos procurarem a prática de Hidroginástica segundo as respostas dos alunos.
Gráfico 2 - Objetivos mais frequentes com a prática de Hidroginástica
13%
27% 17%
10%
20%7%7%
Sair do sedentarismoDiminuir dores em geralPerder peso Qualidade de vida SaúdeCondicionamento físicoControle do stress
36
Quanto aos principais objetivos citados pelos alunos ao ingressar no programa de
Hidroginástica ficaram assim destacados: diminuir dores em geral (27%), melhorar a saúde
(20%) e perder peso (17%).
Em relação à utilização da atividade de Hidroginástica para diminuição de dores em
geral, percebe-se que os alunos que responderam esse objetivo são aqueles que possuem
dores, principalmente, na coluna e nos joelhos.
Segundo Silva e Silva (1995), o exercício vem sendo cada vez mais utilizado como
forma de prevenção, avaliação e tratamento de diversas doenças, de modo especial, as
doenças crônico-degenerativas.
Alguns praticantes relataram que o objetivo da prática é perder peso. Melo e Steffens
(1997) constataram em seus estudos que ocorreram efeitos significativos sobre a
composição corporal, principalmente no percentual de gordura de participantes de
programas de Hidroginástica.
Pasetti, Gonçalves e Padovani (2007), também obtiveram resultados eficientes de
melhora na qualidade de vida, condicionamento físico e saúde de indivíduos que realizaram
atividade de Hidroginástica.
Os outros motivos relatados conferem com a literatura existente que constata
conforme Leyser (1994), por ter um índice de lesões baixíssimo a Hidroginástica tornou-se
uma das atividades mais procuradas por pessoas especiais que necessitam manter seu
equilíbrio orgânico, e até mesmo aqueles que necessitam de uma recuperação ativa para os
seus problemas.
De forma geral, através das citações dos autores conclui-se que a busca pela saúde
é o principal objetivo dos sujeitos que ingressam num programa de Hidroginástica. Segundo
Tobar (2010), a saúde é um fator motivacional muito relevante para a participação de um
exercício físico, pois ela está relacionada aos valores interpessoais de uma população.
No gráfico 3, observa-se que o maior número de praticantes relata que ingressaram
no programa de Hidroginástica por recomendação médica perfazendo um total de 20
indivíduos, 67%.
37
Gráfico 3 - Indicações para a prática de Hidroginástica
67%
33%
Indicação MédicaOutros
Neste caso, observamos que os médicos não prescrevem nenhuma atividade
especial adaptada ao problema do paciente. Alves (1994) enfatiza que, a
Hidroginástica é recomendada pelos médicos por ser um meio de se exercitar
sem sofrer o impacto do corpo com o solo e por relaxar a musculatura, o que
torna os movimentos mais fácies de executar, mesmo para as pessoas mais
pesadas e/ou com dificuldades de locomoção em terra.
De acordo com Lacerda (1995) a prática ou não da atividade física pelo
idoso está diretamente ligada à prescrição médica. A demora em começar
alguma atividade física, pode acarretar em um retardamento dos efeitos
colaterais das patologias e não um método preventivo.
Nota-se que os encaminhamentos médicos favoreceram a procura pela
atividade de Hidroginástica da maior parte dos praticantes. A indicação
médica tem favorecida a procura dos indivíduos à prática da atividade
podendo ser o motivo principal para que essas pessoas tenham como maior
objetivo a prática de atividade, mas por encaminhamento médico.
Outros 10 indivíduos 33%, afirmaram terem ingressado no programa de
Hidroginástica por indicação de amigos ou por iniciativa própria.
No gráfico 4, estão representadas as principais patologias encontradas
em praticantes de Hidroginástica. Em todas as academias encontramos
pessoas com problemas de saúde.
38
Gráfico 4 - Patologias encontradas em praticantes de Hidroginástica
30%
3%
3%
20%
7%
7%7%3%
13%7%
Hipertensão arterialProblemas no coraçãoProblemas respiratórios (asma)ObesidadeOsteoporoseDiabetesProblema de colunaProblemas circulatóriosProblema no joelhoDepressão
A partir da análise do gráfico percebe-se que a maioria das pessoas que buscam a
atividade de Hidroginástica se encaixa no quadro de hipertensão arterial (30%), obesidade
(20%) e problemas no joelho (13%), sendo que foram encontrados outros problemas de
saúde, porém, em menor proporção.
A atividade de Hidroginástica é indicada como uma forma de tratamento de todas
essas patologias, porém com algumas controvérsias. No caso de problemas respiratórios, a
natação é uma das atividades mais indicadas pelos médicos (AQUA, 2007). Com relação à
osteoporose, que se caracteriza pela insuficiência na produção de osteoblastos, seu
tratamento é mais eficiente se for realizada atividades no meio terrestre já que a produção
de osteoclastos ocorre pelo impacto causado pelo exercício. Porém, se a doença estiver em
um grau muito elevado de comprometimento com o indivíduo sentindo muitas dores, a água
pode ser um recurso pra iniciar a prática e, assim que possível, iniciar a prática no meio
terrestre (MAZARINE, SALVE& MARQUES, 2006).
39
Alguns indivíduos declaram ter mais de uma patologia, reforçando a importância de o
professor antes de iniciar o seu programa de atividade física conhecer seus alunos e
adequar sua atividade, a fim de contribuir no tratamento dessas patologias.
No gráfico 5 podemos verificar se a prática de Hidroginástica trouxe melhorias na
saúde dos praticantes, de acordo com suas próprias percepções.
Gráfico 5 - Percepção de melhoria com a prática de Hidroginástica
97%
3%
SimNão
Baseando no quadro acima, verificamos que a maioria dos indivíduos (97%)
percebeu uma influência significativa no que diz respeito à melhoria de suas capacidades
funcionais. As principais melhorias citadas pelos sujeitos estão relacionadas: ao melhor
desempenho nas atividades da vida diária, diminuição do peso corporal, disposição e
vitalidade, flexibilidade, coordenação motora e condicionamento físico.
Benedetti e Petroski (1999) encontraram, após um programa de exercícios de
Hidroginástica de cinco meses, realizado em Santa Catarina, melhora significativa da
flexibilidade, do equilíbrio e da velocidade de andar. Em outro estudo realizado por Alves et,
al. (2004) utilizando a Hidroginástica como principal atividade física por três meses, em
idosas de Niterói-RJ, observaram uma melhora significativa em peso corporal, na disposição
e vitalidade e na coordenação motora.
Nota-se que é possível que os praticantes de Hidroginástica percebam e identifiquem
os níveis de melhoria em suas capacidades funcionais proporcionados pela prática regular
da Hidroginástica.
Em nossa pesquisa buscamos identificar se os praticantes de Hidroginástica tem
conhecimento dos benefícios desta atividade. Logo abaixo no gráfico 6 podemos observar
com maior clareza os benefícios citados pelos indivíduos.
40
Gráfico 6 - Benefícios da Hidroginástica na visão dos praticantes
23%
17%13%
10%
7%7%3%7%
3%
3%
7%
Disposição geral SaúdeQualidade de vida Melhora dores musculares Melhora o sonoCondicionamento físicoCirculaçãoAjuda no emagrecimento Controle da hipertensão arterialAumenta a autoestimaControle do stress
A partir da análise do gráfico observa-se que os benefícios mais citados pelos
praticantes foram: disposição geral (23%), saúde (17%) e qualidade de vida (13%).
Os benefícios da prática regular de atividade física são inúmeros para o nosso corpo,
possibilitando melhoras nos sistemas cardíaco e respiratório, além do benefício mental e
social, auxiliando no combate ao stress e tristeza e outros incômodos da vida
contemporânea (LEITE, 2000). Moreira (2005) destaca que a grande maioria dos idosos sente-se melhor e mais
dispostos depois da prática de alguma atividade física, e esta melhora, tanto física quanto
psíquica, contribui para que se sintam motivados a continuar nestas práticas.Para Krasevec e Grimes (2002), os efeitos das atividades realizadas no meio líquido
relacionadas aos aspectos psicológicos são: tendência à elevação da autoestima, alívio dos
níveis de estresse, maior disposição para enfrentar as atividades cotidianas, entre outros.
Matsudo (2002), ainda registra que práticar exercícios físicos regulares como a
Hidroginástica pode auxiliar nas boas alterações endócrinas e metabólicas, como a
41
diminuição da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, e melhora da tolerância à
glicose. Alterações na composição corporal, aumento da força muscular, além de
proporcionar alterações de comportamento como diminuição do stress e da ansiedade.
Baseando-se nisso conclui-se que a prática da Hidroginástica melhora o
condicionamento físico além de, proporciona resultados positivos nos aspectos mentais e
sócio afetivos, o que é extremamente importante, uma vez que as pessoas idosas tendem a
se sentir solitárias e excluídas da sociedade.
Resultados das Entrevistas com os Professores
Em relação à formação dos professores constatou-se que dos 4 (quatro)
entrevistados 2 (dois)professores são formados em Educação Física e, 2 (dois) estão
cursando o curso de Educação Física entre 6º e 8º semestre.
Quadro 6 - Formação do professor para atuar com a Hidroginástica
Professor Formação
Academia A Licenciatura plena em Educação Física
Academia B Acadêmico do 6º semestre do curso de Educação Física
Academia C Acadêmico do 8º semestre do curso de Educação Física
Academia D Licenciatura em Educação Física
Os dados encontrados nos mostra uma grande conquista dos profissionais de
Educação Física no mercado de trabalho, pois não foi encontrado nenhum profissional de
outra área ou sem a devida formação atuando como professor de Hidroginástica.
Para Matos apud Pinho e Andrade (2009), o aumento do nível dos conhecimentos
científicos não basta por si só para elevar a qualidade da competência pedagógica. Mas a
competência pedagógica não pode ser construída na ausência da competência científica e
de outras que perfazem em conjunto a competência do professor.
No quadro 7 estão representados os métodos utilizados pelos professores das
academias para avaliação da saúde dos alunos antes iniciar em um programa de
Hidroginástica.
42
Quadro 7 - Avaliação da saúde dos alunos antes de iniciar em um programa de Hidroginástica
Academia Avaliação da saúde dos alunos
A Faz conforme alunos e turma. A cada três meses, dependendo do
problema e do aluno.
B Faz uma anamnese.
C Há uma anamnese e o programa é adaptado ao grupo e alguns
alunos específicos.
D Temos uma ficha de avaliação que é preenchida no ato da matricula.
No resultado das entrevistas com os professores observou-se que, estes fazem uma
anamnese a fim de conhecer seus alunos. Sabemos que essa avaliação é essencial para o
planejamento da aula, uma vez que deve atender as necessidades e objetivos dos alunos.
Através das respostas dos professores nota-se que todos demonstram preocupação
com a saúde dos alunos, entretanto apenas uma professora afirmou que faz uma avalição
periódica dependendo do problema do praticante. Por meio dessa avalição periódica torna-
se possível identificar as melhorias atingidas e se necessário planejar novas estratégias que
atinjam os objetivos dos alunos.
Nem tudo que é planejado e relatado como ideal pelo profissional se concretiza na
realidade da prática profissional (EZPELETA & ROCKEL, 1999). Quando interrogados sobre
os objetivos das atividades propostas em aula, observa-se que os professores das
academias A e C planejam suas atividades de acordo com os objetivos dos alunos. Já os
professores das academias B e D sinalizam que o planejamento é prévio definido pela
academia.
43
Quadro 8 - Objetivo das atividades propostas em aula
Professores Objetivo das atividades
Academia A Depende do aluno e das turmas, pois as turmas são muito
homogêneas. O objetivo geral é a satisfação do aluno.
Academia B
Melhorar o condicionamento físico e tratar de lesões
Academia C Cada aluno tem seu objetivo, desde perda de peso a
fortalecimento muscular devido lesões.
Academia D Melhorar resistência física, tonificação muscular e melhorar
a sociabilidade.
Prado (2001) relata que muitas vezes os profissionais de Educação Física planejam
suas atividades antes de conhecer seus alunos, principalmente, quando a relação professor
X aluno é elevada, ou seja, existe um número de alunos elevado em relação ao número de
professores na aula.
Nader (1995) destaca que, em muitas aulas o planejamento do professor não
respeita os objetivos dos alunos. Isto ocorre segundo a autora, pois o professor se preocupa
com a organização da atividade, o que fazer, não colocando a atenção necessária em quem
vai fazer e porque vai fazer.
Um aspecto a ser destacado é o fato das pessoas serem diferentes entre si, por tanto
o professor deve respeitar a individualidade de cada um, ou seja, antes de palmejar sua
atividade deve conhecer os objetivos e necessidades de cada aluno.
De acordo com Dantas (1986), a individualidade se caracteriza por aquilo que uma
pessoa é capaz de fazer, pela sua condição biológica, fisiológica e psicológica.
No quadro 9, estão representados os principais problemas de saúde encontrados em
praticantes de Hidroginástica segundo a percepção do professor.
44
Quadro 9 - Problemas de saúde dos praticantes de Hidroginástica na percepção dos professores
Professores Problema de saúde dos alunos
Academia A São vários problemas que aparecem traumas pós-acidentes,
problema de coluna, joelho e articulações.
Academia B Fratura de fêmur.
Academia C Lombalgia, artrite, artrose e depressão.
Academia D Problemas de saúde em geral.
Quando interrogados se possuem alunos com algum tipo de problema de saúde,
constatou-se que todos possuem alunos com patologias diversificadas. Com relação ao
método utilizado para descobrir o problema do praticante, a resposta foi em consenso, pois
para todos os professores a maneira de obter tais informações é através de uma anamnese
inicial ou por indicação médica.
De acordo com Silva (1999), é necessário exigir um exame médico de candidatos em
determinadas condições, por exemplo, acima de 35 anos portador de um fator de risco,
acima de 45 anos para todos.
Por tanto, é importante uma boa relação do educador físico com o médico do aluno,
pois assim o professor poderá conhecer o problema do aluno partir da opinião do médico
buscando a melhor forma de colaborar para o tratamento.
Em relação às estratégias utilizadas no planejamento das aulas para lidar com
diferentes patologias verificamos as seguintes respostas, os professores das academias A e
C: relatam que fazem uma diferenciação dos exercícios dependendo do problema do aluno
de forma que venham beneficiar o aluno e não agravar ainda mais o seu problema.
Já os professores das academias B e C afirmam que, utilizam o diálogo e
observação para orientar os alunos dentro de suas necessidades.
45
Quadro 10 - Estratégias utilizadas pelo professor no planejamento das aulas para lidar com as possíveis patologias.
Academia A Diferenciação do ritmo dos exercícios e da intensidade, dependendo do problema que o aluno tem.
Academia B Conversar sobre o que ele tem dentro de sua especificidade.
Academia C Vario o exercício de acordo com sua necessidade.
Academia D Observação e diálogo.
Mariane (1997) relata que os professores orientam os alunos para que não executem
determinados exercícios durante a aula. Porém, não existe um controle do volume,
intensidade, a partir dos diferentes sujeitos.
Sabe-se que em uma aula com uma grande quantidade de alunos, é difícil fazer um
planejamento que atenda diferentes necessidades e objetivos, porém seria interessante
buscar estratégias como incluir mais professores durante a aula, pois dessa forma torna-se
possível a prescrição de exercícios de forma individualizada, ou dividir e orientar as pessoas
por níveis de performance.
Segundo Rocha (1999), para saber o nível certo e conduzir o aluno, deve-se fazer
previamente os testes de avaliação física para saber melhor suas capacidades e qualidades.
Quando não se tem condições de dividir os grupos, devido à falta de horário ou poucos
alunos, deve-se orientar o aluno a fazer só o que é capaz respeitando seu ritmo próprio,
sem deixar de lhe dar estímulos.
46
4. CONCLUSÃO
Concluímos que a busca pela atividade de Hidroginástica é crescente conforme a
progressão da idade, visto que a maior concentração de praticantes encontra-se na faixa
etária de 41 a 60 anos. Outro aspecto importante relacionado à idade é que os indivíduos
mais velhos tendem a continuar a prática por mais de um ano, já os mais jovens são mais
vulneráveis a desistir da atividade. Portanto, caberá ao professor buscar estratégias para
que a aderência à atividade deste grupo seja efetivada, visando evitar problemas futuros de
saúde.
O número de mulheres praticantes de Hidroginástica é muito maior que a dos
homens, característica que coincide com outras pesquisas que mostram que as mulheres se
interessam mais por este tipo de atividade.
Um fator importante a destacar neste trabalho é que a maioria dos indivíduos
entrevistados tem motivos iniciais de adesão por ordens médicas, sendo que lazer,
qualidade vida e estética vem em segundo plano sendo que a soma das necessidades torna
a atividade física mais significativa.
Fica claro que a amostra desta pesquisa tem uma grande diversidade de objetivos,
porém, os objetivos principais são a saúde e como uma atividade coadjuvante no tratamento
de enfermidades.
Em se tratando da avaliação da saúde antes de iniciar em um programa de
Hidroginástica a maior parte dos professores avaliam através de anamnese, entretanto
apenas uma professora afirmou que faz uma avalição periódica dependendo do problema
do praticante. Um fator importante, uma vez que por meio dessa avalição periódica torna-se
possível identificar as melhorias atingidas e se necessário planejar novas estratégias que
atinjam os objetivos dos alunos.
Assim verificamos que existem sujeitos com diferentes idades, patologias e objetivos
buscando atividade de Hidroginástica nas academias de Porto Velho- RO. Sugerimos,
portanto, a necessidade de maior preparo do profissional para atuar com essa clientela.
Através de uma educação continuada com ênfase em cursos direcionados as características
dessa população. Assim poderão oferecer segurança aos alunos, contribuindo na sua
reabilitação e possibilitando uma melhor qualidade de vida.
47
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51
ANEXOS
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Anexo I -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu,...........................................................................,RG........................,Sexo....................;nascido(a) em...... /........ /......, e aluno (a) ou professor (a) da academia..........................................., de Porto Velho, tendo sido CONVIDADO(A) pela Graduanda VÂNIA ALVES GONÇALVES, a participar do Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: “Perfil dos praticantes de Hidroginástica das academias de Porto Velho”, sob a orientação da Prof.ª. Ms. Sílvia Teixeira de Pinho, compreendo que posso contribuir neste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza.Estou ciente que a pesquisadora me entrevistará, com o objetivo de descrever o perfil dos praticantes de Hidroginástica da cidade de Porto Velho.Depois de completamente esclarecida pela referida pesquisadora, ACEITO PARTICIPAR DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A QUALQUER MOMENTO.
Porto Velho, RO, .......... /............ / 2012.
_____________________________________________Assinatura da PARTICIPANTE
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Anexo II – Questionário dos alunos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Você irá participar do estudo: PERFIL DOS PRATICANTES DE HIDROGINASTICA DAS ACADEMIAS DE PORTO VELHO, organizado pela acadêmica Vânia Alves Gonçalves do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Por favor, responda as questões abaixo.
1 - DADOS PESSOAISNome:__________________________________________________________Sexo: M ( ) F ( )Data de Nascimento: __/__/____Data da Avaliação: __/__/____Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) ( )Ocupação:_______________________________________________________
2 - QUESTIONÁRIO
a) Há quanto tempo você prática Hidroginástica?_______________________________________________________________
b) Qual o objetivo da procura da atividade? Por qual motivo você faz Hidroginástica nesta academia ou clube______________________________________________________________________________________________
c) Foi indicação médica? Caso a resposta seja “não”, quem lhe indicou este tipo de atividade?_________________________________________________
d) Você tem algum tipo de problema físico ou alguma enfermidade, tais como: Hipertensão Arterial, Problemas no Coração, Problemas Respiratórios (asma), Obesidade e Osteoporose, entre outros? _____________________________________________________________________________________________
e) Essa prática teve início devido a alguns desses problemas citados acima?_______________________________________________________________
f) Você já percebeu alguma melhora desde que iniciou a prática dessa atividade? _______________________________________________________
g) Você conhece os benefícios que esse tipo de atividade pode trazer a você?
Anexo III – Questionário dos professores
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Você irá participar do estudo: PERFIL DOS PRATICANTES DE HIDROGINASTICA DAS ACADEMIAS DE PORTO VELHO, organizado pela acadêmica Vânia Alves Gonçalves do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Por favor, responda as questões abaixo.
1 - DADOS PESSOAISNome: ____________________________________________________________Sexo: M ( ) F ( )Data de Nascimento: __/__/____Data da Avaliação: __/__/____Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) ( )Ocupação:______________________________________________________Formação Acadêmica:_____________________________________________
2 - QUESTIONÁIO
a) Para cada turma que prática Hidroginástica há uma avaliação inicial dos alunos, e durante a execução do programa? Como ela à realizada? ______________________________________________________________________________________________________________________________
b) Qual o objetivo da atividade que é proposta em aula? __________________________________________________________________________________________________________________________
c) Você possui algum aluno que busca a Atividade Aquática por algum problema físico ou de saúde específico? Se sim, qual o problema?______________________________________________________________________________________________________________________________
d) O que é feito, para ministrar a aula, quando você possui alunos com diferentes problemas? ___________________________________________________________________________________________________________e) Como você adequa a atividade a este (s) aluno(s)?