PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS...

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE FISIOTERAPIA CAMILA VOLPATO FANTINI JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA DE DEUS - HUSF Bragança Paulista 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE FISIOTERAPIA

CAMILA VOLPATO FANTINI

JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA

PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS

PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA

DE DEUS - HUSF

Bragança Paulista

2015

CAMILA VOLPATO FANTINI - R. A.: 001201101312

JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA - R. A.: 001201100933

PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS

PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA

DE DEUS – HUSF

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco como

requisito parcial para obtenção do título

Bacharel em Fisioterapia.

Orientador temático: Profº Ms. Cristiano

da Rosa

Orientador metodológico: Profª Ms.

Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.

Bragança Paulista

2015

CAMILA VOLPATO FANTINI

JAQUELINE DUGOIS TOLEDO DA SILVA

PERFIL DOS FATORES CAUSAIS DAS FRATURAS DOS

PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO NA PROVIDÊNCIA

DE DEUS - HUSF

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco como

requisito parcial para obtenção do título

Bacharel em Fisioterapia.

Data de aprovação: __/__/__

Banca Examinadora:

Prof.Ms. Cristiano da Rosa (Orientador Temático)

Universidade São Francisco

______________________________________________________________________

Prof.ªMs. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

______________________________________________________________________

Prof.aMs.Manuela Amaral Mucci Casanova (Examinadora Convidada)

Universidade São Francisco

Aos nossos professores e mestres, em

especial atenção aos nossos orientadores

que com paciência e sabedoria ministraram

seus conhecimentos para que nos

pudéssemos desenvolver esse trabalho e

muito contribuíram para nossa formação

acadêmica.

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, permitindo que tudo isso acontecesse

ao longo de minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas em todos os

momentos, sendo o maior mestre que alguém pode conhecer, pois todas as vezes que

me peguei pensando negativamente que não conseguiria, entreguei nas mãos dele, e

assim fui conduzida ao sucesso.

Á minha mãe, Clarice Volpato Fantini, minha maior heroína, que me deu apoio,

carinho, força, amor, incentivo nas horas difíceis, de desânimo е cansaço, que não

descansou na torcida e que certamente orou dias e noites para que Deus estivesse

sempre comigo guiando meu caminho. Valeu а pena toda distância, todo sofrimento,

todas as renúncias, valeu а pena esperar, hoje estamos colhendo juntas, os frutos do

nosso empenho, enfim, esta vitória é muito mais sua do que minha.

Ao meu pai pelo amor, entusiasmo е apoio incondicional que apesar de todas as

dificuldades me fortaleceu е que foi muito importante nessa trajetória, não medindo

esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

À minha família, por sua capacidade de acreditar em mim, pelo carinho e dedicação

e que me deram em alguns momentos а esperança para seguir.

Ao eterno amigo Daniel Morandin Verzoli pelo incentivo da iniciação acadêmica, pela

compreensão, paciência, pelos momentos tão importantes na minha vida, que sempre

esteve ao meu lado nas minhas escolhas, apoiando-me e aconselhando-me a ser melhor,

fazendo por mim tudo que estivesse ao seu alcance.

Aos meus amigos que se fizeram presentes e jamais deixaram de acreditar na

minha vitória. A eles agradeço pelo colorido a mais que deram a minha vida.

Agradeço а todos os professores por me proporcionar о conhecimento não apenas

racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de

formação profissional, por tanto que se dedicaram а mim, não somente por terem me

ensinado, mas por terem me feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça aos

professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos agradecimentos,

desde os professores de infância, por ter lapidado e ensinado a andar por caminhos até

então desconhecidos.

A professora Ms convidada Manuela Amaral Mucci Casanova não só por ter

aceito o convite mas pela persistência, pela vontade de querer nos fazer pessoas

melhores, pela transmissão do conhecimento, pela dedicação, pelo desempenho, pelo

profissionalismo, pela educação, pelo respeito, pela competência, pela capacidade, pela

as tentativas incansáveis de me fazer refletir, assim conseguiu me fazer descobrir um

mundo novo, e ainda ser sinônimo de dedicação, esperança, trabalho, visão, carinho e

amor.

À nossas orientadoras metodológicas professora Ms. Grazielle Aurelina Fraga de

Sousa, professora Dra. Rosimeire Simprini Padula e professora Bianca Maria Maglia

Orlandi por estar lesionando por vocação e, no mínimo, acreditar que pode mudar a

formação de seus alunos para melhor. Transformando sua experiência em aulas e

associando em teoria para que o aluno tenha as ferramentas para buscar o que se tem

almejado.

A coordenadora do curso e professora Ms. Patrícia Costa Teixeira pelo carinho,

compreensão, norte nos dado desde o início da formação acadêmica, pela partilha de

conhecimento, pelos ensinamentos para a vida, se fazendo uma professora que não

somente ensina matérias, mas disciplina alunos, aconselha, gerencia atividades, planeja

o futuro e principalmente é formadora de opinião.

Dedico especial agradecimento ao Professor Ms. Cristiano da Rosa orientador

dedicado que com sabedoria soube dirigir-me os passos e os pensamentos para o

alcance de meus objetivos, acreditando no meu potencial, nas minhas idéias, e também

eternamente grata pelo seu apoio, paciência e amplo conhecimento transmitido.

Possibilitando ser criador de realidades em cima de sonhos alheios.

Aos meus supervisores de estágio por serem os melhores condutores possíveis para

que eu pudesse aprender e vivenciar uma grande paixão, dentre eles gostaria de citar

com muito carinho a professora Ms Carolina Camargo de Oliveira que acreditando no

meu potencial e me guiando para o sucesso, foi a grande responsável pelo

descobrimento de uma área que me encantei. Exemplo que tomarei por toda a vida.

A todos os meus pacientes que me ensinaram muito mais do que imaginam, ao

confiar suas vidas à minhas mãos tão inexperientes e ansiosas. Foram eles que fizeram

me apaixonar ainda mais pela profissão e é por eles que contínuo a me apaixonar dia

após dia.

A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram

а janela que hoje vislumbro num horizonte superior, centrada na confiança em relação

ao mérito е ética aqui presentes.

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, se não fossem

vocês eu não teria motivo para lutar por minhas conquistas.

E por último, e não menos importante, obrigada à minha amiga não só de projeto

mas de vida, que me acompanhou desde o primeiro dia de aula Jaqueline Dugois Toledo

Da Silva. Compartilhando o mesmo sonho e foi através deste que nos conhecemos,

sendo mais um presente que a fisioterapia me trouxe. Sem você nada disso seria

possível.

Camila Volpato Fantini,

Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar capacidade para realizar este

trabalho, sendo grata eternamente a meus pais Janete Aparecida Dugois e Sebastião

Toledo da Silva por todos seus esforços, amor, carinho e educação dedicados a mim em

todos os momentos. A Felipe Rondini, que está sempre me apoiando nos momentos

difíceis, me dando forças a cada dia para continuar minha trajetória e a toda minha

família por serem essenciais para realização desta etapa da minha vida.

Agradeço imensamente ao querido profºMs. Cristiano da Rosa, que acompanhou cada

etapa deste trabalho desde o início e com todo seu conhecimento e dedicação

proporcionou o caminho para progressão e realização do mesmo como orientador

temático.

Sou grata às professoras Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa, Bianca Maria

MagliaOrlandi e Ms. Dra. Rosimeire Simprine Padula por toda a atenção e ensinamento

que nos foi proporcionado para a conclusão deste trabalho como orientadoras

metodológicas e a nossa querida Ms. Manuela Amaral Mucci Casanova por participar

da avaliação deste trabalho, na banca examinadora, proporcionando seu conhecimento e

experiência.

Tenho gratidão por todos os professores que passaram pela minha vida, em especial a

professora e coordenadora do curso de fisioterapia Patrícia Teixeira Costa, que juntos,

foram essenciais para que eu pudesse chegar nesta etapa com todo esse conhecimento

adquirido, a Universidade São Francisco pela oportunidade oferecida para a realização

do curso e aos funcionários do hospital, onde foi realizada a coleta de dados, por todo o

apoio e atenção que foi fornecido, sendo essenciais para obter os resultados dessa

pesquisa.

Para finalizar, meus sinceros agradecimentos em especial a minha amiga e

companheira deste trabalho, Camila Volpato Fantini, e a todas as minhas queridas

amigas que conquistei nesta trajetória, por toda amizade sincera, ajuda, companheirismo

e experiência proporcionadas durante todos esses anos de estudo que passamos juntas

obtendo o objetivo de realizar o mesmo sonho profissional.

Jaqueline Dugois Toledo da silva

“Ontem passado. Amanhã futuro. Hoje

agora. Ontem foi. Amanhã será. Hoje é.

Ontem experiência adquirida. Amanhã

lutas novas. Hoje, porém, é a nossa hora de

fazer e de construir.”

Chico Xavier

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................11

2. OBJETIVOS................................................................................................14

2.1. Objetivo Geral..............................................................................................14

2.2. Objetivo Específico......................................................................................14

3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................15

4. ARTIGO CIENTÍFICO.......................................................................18

5. ANEXOS................................................................................................40

5.1 Normasda revista..........................................................................................40

5.2. Cópia do parecer de aprovação do CEP......................................................50

6. APÊNDICE..................................................................................................52

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1. INTRODUÇÃO

O tecido ósseo tem como função a sustentação, proteção dos órgãos, alavanca, reserva

de cálcio e fosfato entre outras. Ele atua como um fator de proteção contra agentes

tóxicos fazendo a sua absorção. Para executar suas respectivas funções, esse tecido é

formado por uma parte orgânica que corresponde às fibras de colágeno tipo I e pela

parte inorgânica que é formada por íons cálcio e fosfato. Essas partes são responsáveis

pela dureza do osso. (1,2)

A periferia deste tecido é compacta, tendo como função dar dureza e sustentação, porém

o centro contém espaços com várias trabéculas sendo preenchido por medula óssea.

Essa parte central é classificada de osso esponjoso ou trabecular. O osso esponjoso por

sua vez, forma caminhos para a transmissão de forças.No entanto, no corpo humano os

ossos formam o esqueleto e este se divide em esqueleto axial e esqueleto apendicular. O

esqueleto axial corresponde ao crânio, costela, esterno e coluna vertebral e o esqueleto

apendicular corresponde ao cíngulo do membro superior e inferior. (1,3)

Um dos fatores para a deformação e conformação óssea é o estresse exercido

sobre ele. Isso ocorre devido a altas cargas advindas do meio externo para o interno do

tecido. Esses fatores colaboram também para a remodelação óssea em casos em que o

osso possui a necessidade de se alterar, seja decorrente a um quadro patológico ou

mesmo quando o osso novo precisa amadurecer. Podemos dizer que os ossos

constantemente se modificam, e o equilíbrio deste tecido dependerá das células de

formação óssea que são os osteoblastos e das células de reabsorção chamadas de

osteoclasto. (2,4)

Em casos de fraturas, os osteoclatos são estimulados a produzir matriz óssea para

recuperar o tecido lesado, atuando conjuntamente com os osteoblastos. Os osteoclastos

são estimulados para controlar o crescimento do novo tecido formado, e com isso

remodelar a área de lesão tornando-a mais funcional. Sabe-se que fratura é um evento

causado por diversos fatores que proporcionam a uma lesão que promove a

descontinuidade do tecido ósseo. Quando se fala em fraturas podemos classificá-las em

12

dois tipos, a aberta também denominada de exposta e a fratura fechada. A diferença

entre elas é que na fratura fechada, pode ocorrer pouco ou nenhum deslocamento dos

ossos quebrados, não rompendo a pele. Já na fratura exposta, ocorre o deslocamento das

extremidades fraturadas, penetrando nos tecidos, inclusive na pele se exteriorizando. (1,3)

Dentre os vários fatores que podem causar fratura, destacam-se os acidentes de

trânsito. Segundo a análise do ministério da saúde do Brasil, a maior prevalência de

fraturas é decorrente de acidentes envolvendo moto com outro veiculo automotivo. o

publico alvo mais afetado é jovens motociclistas, do sexo masculino. As fraturas mais

comuns envolvidas são as de membros inferiores, sendo em maioria, fratura fechada. (6)

Quanto à gravidade das fraturas, é notório que a fratura exposta é mais grave.

Estas são as que mais desafiam os ortopedistas quanto à estabilização, a profilaxia da

infecção, o alinhamento, cobertura cutânea e o alto custo para reabilitação. Esse tipo de

fratura está mais propenso a ter infecções devido à comunicação do tecido com o meio

externo, que contém a presença de bactérias. (8)

O atendimento de uma fratura tem início a partir do primeiro contato com a região

afetada. Com cuidado deve-se fazer uma manipulação leve, palpando a região e

questionando se existe dor. Caso a dor seja positiva, existe a possibilidade de ser fratura.

Para a confirmação utilizam-se exames complementares como radiografia e ou

tomografia óssea computadorizada. Após o reconhecimento da fratura, faz-se uma

imobilização de emergência, sem alterar a posição que a fratura foi encontrada, antes de

remover a vitima do local. Desta maneira, evitam-se complicações como perfurações de

órgãos, aumento da lesão, lesões neurológicas, entre outros. (9)

Caso haja a necessidade, o paciente pode receber uma aplicação de antibiótico

intravenoso e o quanto antes, deve ser realizado a estabilização da fratura e a

higienização do ferimento. Com esse procedimento diminuem-se as chances de

infecções graves. Em caso de fraturas expostas, na fase aguda, o tratamento geralmente

é realizado através de fixação interna com placa e parafusos, tratamento com aparelho

de gesso, fixação intramedular e fixação externa. Na fixação interna com placas e

parafusos, a placa sustenta completamente a carga contra o estresse e ela tem aplicação

excêntrica, estando mais propensas ao envergamento. Ela é mais utilizada em membros

13

superiores. Nesse caso, ao colocar os parafusos deve-se tomar cuidado para não atingir

raízes nervosas. (10,11)

O tratamento com aparelho de gesso em caso das fraturas expostas, apenas deve

ser utilizado em fraturas leves, pois ele interfere no tratamento das feridas. Geralmente é

mais indicado para crianças. A fixação intramedular é ideal para estabilizar fraturas de

ossos longos de sustentação de peso, como o fêmur e a tíbia. Essa fixação é aplicada

centralmente no eixo mecânico do osso, diminuindo cargas de envergamento. A fixação

externa é ideal para fraturas com lesões muito graves de tecidos moles que necessitem

de uma estabilização e restauração vascular rápida. Esse tipo de fixação também pode

ser usado em fraturas fechadas, e é mais comum em membros inferiores. A reabilitação

desse tipo de fratura é bem lenta, comparando com fraturas fechadas. Visto que, ocorre

uma perda de massa óssea e muscular, o paciente está propenso a apresentar diminuição

de força, encurtamentos, formação de fibrose. Em casos muito grave, é necessária a

amputação do membro afetado. (10,11)

Tendo em vista o alto índice que ocorre de fraturas em toda a população, este

trabalho tem como intuito levantar dados a partir de prontuários dos pacientes atendidos

pelo Hospital Universitário São Francisco na providencia de Deus - HUSF, no período

de 2011 a 2013, sobre os principais tipos de fraturas que foram evidenciadas, os

principais fatores etiológicos, métodos de tratamentos utilizados para que os recursos do

Hospital possam ser mais bem empregados e auxiliar na elaboração de trabalhos de

conscientização da população.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Verificar os principais tipos de fraturas, os fatores etiológicos mais freqüentes e

métodos de tratamentos que foram utilizados em pacientes internados no Hospital

Universitário São Francisco na providência de Deus - HUSF no período de 2011 –

2013.

2.2. Objetivos Específicos

- Verificar nos prontuários quais tipos de fraturas prevaleceu nesse período.

- Observar nos prontuários quais foram às regiões anatômicas mais afetadas.

- Correlacionar os dados obtidos.

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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Moreira, Benjamin da Silva. A biomecanica da fratura e o processo de

cicatrização. Cadernos unisuam Rio de Janeiro.V. 3, n. 1, p. 101-117, jun. 2013.

2. Andria D C, Cerrib P S e Spolidorio L C. Tecido ósseo: aspectos morfológicos e

histofisiológicos. Revista de Odontologia da UNESP. 2006; 35(2): 191-98.

3. Junqueira LC, Carneiro J. Tecido ósseo. In: Junqueira LC, Carneiro J. Histologia

básica. 11. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2008. 427 págs.

4. Nordin, M, Frankel, VH. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3.

Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003.

5. Hall, SJ. Biomecânica básica. 4. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,

2005. 509 págs.

6. Debieux P, Chertman C, Mansur NS, Dobashi E, Fernandes HJ.Lesões do aparelho

locomotor nos acidentes com motocicleta.Acta ortop. Bras. [online]. 2010, vol.18,

n.6, pp. 353-356. ISSN 1413-7852.

7. Arruda LRP, Silva MAC, Malerba FG, Turíbio FM, Fernandes MC,

MatsumotoMH..Fraturas expostas: estudo epidemiológico e prospectivo. Acta ortop.

Bras. [online]. 2009, vol.17, n.6, pp. 326-330. ISSN 1413-7852.

8. Villa, P E A, Nunes T R, Gonçalves F P, Martins J S, Lemos G S P, e Moraes F B

Avaliação clínica de pacientes com osteomielite crônica após fraturas expostas

tratados no Hospital de Urgências de Goiânia, Goiás.Rev. bras. Ortop.[online]. 2013,

vol.48, n.1, pp. 22-28.ISSN 0102-3616.

16

9. Goud III, James. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. Ed.

Manole LTDA. 1993. 691 págs.

10. Santili C; Gomes C M O; Akkari M; Waisberg G; Braga S R; Junior W L; Santos F

G. Fraturas da diáfise da tíbia em crianças. 2010.

11. Hoppenfeld, Stanley M.D.and MURTHY, Vasantha L.M.D. Tratamento

Reabilitação de fraturas. Ed Manole, 2001. 606 págs.

12. Barbosa RI, Raimundo KC, Fonseca MCR, Coelho DM, AM, Hussein AM, et al.

Perfil dos pacientes com lesões traumáticas do membro superior atendidos pela

fisioterapia em hospital do nível terciário. Acta Fisiátr. 2013; 20(1): 14-19.

13.Cardozo RT, Silva L G, Bragante L A, Rocha MA. Tratamento das fraturas

diafisárias da tíbia com fixador externo comparado com a haste intramedular

bloqueada. Rev. bras. ortop. [Internet] 2013 Apr; 48(2): 137-144.

14. Parreira JG, Gregorut F, Perlingeiro JA. Giannini, SSC e Assef JC.Análise

comparativa entre as lesões encontradas em motociclistas envolvidos em acidentes

de trânsito e vítimas de outros mecanismos de trauma fechado. Rev. Assoc. Med.

Bras. [Internet]. 2012, Feb; 58(1): 76-81.

15. Machado, J S e Duarte, MS. Incidência de pacientes com fraturas atendidos na

emergência de um hospitalpúblico na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro que

realizaram procedimentocirúrgico. Rio de Janeiro, jun; 2009.

16. Gonzalez LV, Edgar S, Felipe V A, Gustavo R S, José M Z J, Luiz Felipe T V, et.

Al. Diagnóstico e manejo lesões ortopédicas em pacientes politraumatizados Rev.

HCPA 2009; 29(2).

17

17. Nunes, AS e Mejia, D P M. A eficácia da fisioterapia na reabilitação imediata de

paciente pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste

intramedular: revisão bibliográfica. Manual Faculdade Ávila, 2012.

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4. ARTIGO CIENTÍFICO

Perfil dos fatores causais das fraturas dos pacientes internados no Hospital

Universitário São Francisco na providência de Deus – HUSF

Profile of the causal factors of fractures of hospitalized patients in the University

Hospital San Francisco in the providence of God - HUSF

Camila Volpato Fantini e Jaqueline Dugois Toledo da Silva

Graduandos em Fisioterapia

Orientador temático: Profº Ms. Cristiano da Rosa

Orientador metodológico: Profª Ms. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa.

Universidade São Francisco – Campus de Bragança Paulista – SP

Cristiano da Rosa

Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José, Bragança Paulista - SP

[email protected]

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade

São Francisco.

.

19

RESUMO

FANTINI,C. V; SILVA, J. D. T. Perfil dos fatores causais das fraturas dos pacientes

internados no HospitalUniversitário São Francisco na providência de DEUS –

HUSF. Trabalho de Conclusão de Curso. 2015. Curso de Fisioterapia da Universidade

São Francisco. Bragança Paulista/SP.

Objetivo: Verificar os principais tipos de fraturas, os fatores etiológicos mais

freqüentes e métodos de tratamentos que foram utilizados em pacientes internados no

Hospital Universitário São Francisco na providência de Deus - HUSF no período de

2011 – 2013. Método: Tratou-se de um estudo longitudinal retrospectivo realizado por

revisão de prontuários, sendo o local do estudo o Hospital Universitário São Francisco

na Providência de Deus – HUSF de Bragança Paulista - SP. Como critério de inclusão

está os pacientes que apresentaram fratura(s) no período de janeiro de 2011 a dezembro

de 2013 e foram internados na enfermaria de ortopedia e traumatologia. Resultados:

Foram analisados 2260 prontuários, sendo 738 válidos para a pesquisa. A idade variou

entre 01 a 96 anos obtendo predomínio a faixa etária adulta (>18 a 60 anos), do gênero

masculino. Na analise estatística verificou-se que os fatores etiológicos mais freqüentes

foram acidente automobilístico e acidente doméstico prevalecendo fraturas de membros

inferiores fechadas. Conclusão: O estudo mostrou uma predominância de pacientes do

gênero masculino adultos, com fraturas fechadas em ossos dos membros inferiores, por

motivo de acidente automobilístico seguido de doméstico, sendo que a maioria

necessitou de tratamento cirúrgico.

Palavras chave: Fisioterapia, acidente automobilístico, fratura.

20

ABSTRACT

FANTINI, C. V; SILVA, JDT Profile of the causal factors of fractures of

hospitalized patients in the University Hospital San Francisco in the providence of

God - HUSF. Term paper. 2015. Department of Physical Therapy at the University San

Francisco. Bragança Paulista / SP.

Objective: Check the main types of fractures , the most common etiological factors and

treatment methods that have been used in patients hospitalized at the University

Hospital San Francisco in the providence of God - HUSF in 2011 - 2013 . Method:

This was a retrospective longitudinal study by review of medical records, and the

location of the study was the São Francisco University Hospital in Providence of God -

HUSF - from Bragança Paulista / SP. As inclusion criteria are the patients who had

fracture (s) from January 2011 to December 2013 and were admitted to the orthopedic

and traumatology ward. Results: 2260 records were analyzed, 738 valid for research.

Ages ranged from 01 to 96 years getting predominance adult age group (> 18-60 years),

male. In the statistical analysis it was found that the most frequent reasons were

automobile and household accidents prevailing closed fractures of the lower limbs.

Conclusion: The study showed a predominance of adult male patients with closed

fractures in the bones of the lower limbs because of a car accident followed by

domestic, most of which required surgical treatment.

Keywords: Physiotherapy, automobile accident, fracture.

21

4.1 INTRODUÇÃO

O tecido ósseo tem como função a sustentação, proteção dos órgãos, alavanca,

reserva de cálcio e fosfato entre outras. Ele atua como um fator de proteção contra

agentes tóxicos fazendo a sua absorção. Para executar suas respectivas funções, esse

tecido é formado por uma parte orgânica que corresponde às fibras de colágeno tipo I e

pela parte inorgânica que é formada por íons cálcio e fosfato. Essas partes são

responsáveis pela dureza do osso. (1,2)

A periferia deste tecido é compacta, tendo como função dar dureza e sustentação,

porém o centro contém espaços com várias trabéculas sendo preenchido por medula

óssea. Essa parte central é classificada de osso esponjoso ou trabecular. O osso

esponjoso por sua vez, forma caminhos para a transmissão de forças. No entanto, no

corpo humano os ossos formam o esqueleto e este se divide em esqueleto axial e

esqueleto apendicular. O esqueleto axial corresponde ao crânio, costela, esterno e

coluna vertebral e o esqueleto apendicular corresponde ao cíngulo do membro superior

e inferior. (1,3)

Um dos fatores para a deformação e conformação óssea é o estresse exercido

sobre ele. Isso ocorre devido a altas cargas advindas do meio externo para o interno do

tecido. Esses fatores colaboram também para a remodelação óssea em casos em que o

osso possui a necessidade de se alterar, seja decorrente a um quadro patológico ou

mesmo quando o osso novo precisa amadurecer. Podemos dizer que os ossos

constantemente se modificam, e o equilíbrio deste tecido dependerá das células de

formação óssea que são os osteoblastos e das células de reabsorção chamadas de

osteoclasto. (2,4)

Em casos de fraturas, os osteoclatos são estimulados a produzir matriz óssea para

recuperar o tecido lesado, atuando conjuntamente com os osteoblastos. Os osteoclastos

são estimulados para controlar o crescimento do novo tecido formado, e com isso

remodelar a área de lesão tornando-a mais funcional. Sabe-se que fratura é um evento

causado por diversos fatores que proporcionam a uma lesão que promove a

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descontinuidade do tecido ósseo. Quando se fala em fraturas podemos classificá-las em

dois tipos, a aberta também denominada de exposta e a fratura fechada. A diferença

entre elas é que na fratura fechada, pode ocorrer pouco ou nenhum deslocamento dos

ossos quebrados, não rompendo a pele. Já na fratura exposta, ocorre o deslocamento das

extremidades fraturadas, penetrando nos tecidos, inclusive na pele se exteriorizando. (1,3)

Dentre os vários fatores que podem causar fratura, destacam-se os acidentes de

trânsito. Segundo a análise do ministério da saúde do Brasil, a maior prevalência de

fraturas é decorrente de acidentes envolvendo moto com outro veiculo automotivo. o

publico alvo mais afetado é jovens motociclistas, do sexo masculino. As fraturas mais

comuns envolvidas são as de membros inferiores, sendo em maioria, fratura fechada. (6)

Quanto à gravidade das fraturas, é notório que a fratura exposta é mais grave.

Estas são as que mais desafiam os ortopedistas quanto à estabilização, a profilaxia da

infecção, o alinhamento, cobertura cutânea e o alto custo para reabilitação. Esse tipo de

fratura está mais propenso a ter infecções devido à comunicação do tecido com o meio

externo, que contém a presença de bactérias. (8)

O atendimento de uma fratura tem início a partir do primeiro contato com a região

afetada. Com cuidado deve-se fazer uma manipulação leve, palpando a região e

questionando se existe dor. Caso a dor seja positiva, existe a possibilidade de ser fratura.

Para a confirmação utilizam-se exames complementares como radiografia e ou

tomografia óssea computadorizada. Após o reconhecimento da fratura, faz-se uma

imobilização de emergência, sem alterar a posição que a fratura foi encontrada, antes de

remover a vitima do local. Desta maneira, evitam-se complicações como perfurações de

órgãos, aumento da lesão, lesões neurológicas, entre outros. (9)

Caso haja a necessidade, o paciente pode receber uma aplicação de antibiótico

intravenoso e o quanto antes, deve ser realizado a estabilização da fratura e a

higienização do ferimento. Com esse procedimento diminuem-se as chances de

infecções graves. Em caso de fraturas expostas, na fase aguda, o tratamento geralmente

é realizado através de fixação interna com placa e parafusos, tratamento com aparelho

de gesso, fixação intramedular e fixação externa. Na fixação interna com placas e

parafusos, a placa sustenta completamente a carga contra o estresse e ela tem aplicação

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excêntrica, estando mais propensas ao envergamento. Ela é mais utilizada em membros

superiores. Nesse caso, ao colocar os parafusos deve-se tomar cuidado para não atingir

raízes nervosas. (10,11)

O tratamento com aparelho de gesso em caso das fraturas expostas, apenas deve

ser utilizado em fraturas leves, pois ele interfere no tratamento das feridas. Geralmente é

mais indicado para crianças. A fixação intramedular é ideal para estabilizar fraturas de

ossos longos de sustentação de peso, como o fêmur e a tíbia. Essa fixação é aplicada

centralmente no eixo mecânico do osso, diminuindo cargas de envergamento. A fixação

externa é ideal para fraturas com lesões muito graves de tecidos moles que necessitem

de uma estabilização e restauração vascular rápida. Esse tipo de fixação também pode

ser usado em fraturas fechadas, e é mais comum em membros inferiores. A reabilitação

desse tipo de fratura é bem lenta, comparando com fraturas fechadas. Visto que, ocorre

uma perda de massa óssea e muscular, o paciente está propenso a apresentar diminuição

de força, encurtamentos, formação de fibrose. Em casos muito grave, é necessária a

amputação do membro afetado. (10,11)

Tendo em vista o alto índice que ocorre de fraturas em toda a população, este

trabalho tem como intuito levantar dados a partir de prontuários dos pacientes atendidos

pelo Hospital Universitário São Francisco na providencia de Deus - HUSF, no período

de 2011 a 2013, sobre os principais tipos de fraturas que foram evidenciadas, os

principais fatores etiológicos, métodos de tratamentos utilizados para que os recursos do

Hospital possam ser mais bem empregados e auxiliar na elaboração de trabalhos de

conscientização da população.

4.2 METODOLOGIA

Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo por meio da revisão de

prontuários de pacientes atendidos no Hospital Universitário São Francisco na

Providência de Deus – HUSF de Bragança Paulista/ SP. Esta pesquisa teve como

critério de inclusão os pacientes que apresentaram fratura(s) no período de janeiro de

24

2011 a dezembro de 2013 e ficaram internados na enfermaria de ortopedia e

traumatologia. Excluindo então, os pacientes internados na enfermaria de ortopedia e

traumatologia que não apresentaram fraturas e pacientes internados nas demais

enfermarias. Para coleta de dados foi utilizada uma ficha composta por 18 itens a serem

preenchidos, sendo 4 dados sobre dados pessoais e o restante dados específicos sobre

fratura. Inicialmente o projeto foi enviado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da Universidade São Francisco sob o parecer nº 914.211. Foi solicitada uma autorização

do presidente do centro de estudos e pesquisa do Hospital Universitário São Francisco

na providência de Deus, Bragança Paulista/SP para a realização da pesquisa dos

prontuários, sendo esta deferida pelo mesmo. Após a autorização, foi iniciada a coleta

de dados, aonde esses prontuários foram localizados de forma manuscrita e analisados

um a um em um período de 120 dias (desde a segunda quinzena de dezembro de 2014 a

primeira quinzena de abril de 2015). Após os dados serem coletados, foram realizadas

as análises estatísticas, sendo utilizado o programa estatístico SPSS 22.0. Para a análise

descritiva foram realizados calculo de freqüência e porcentagem.

4.3 RESULTADOS

Foram coletados dados de 2260 prontuários (100%) de pacientes que estiveram na

enfermaria de ortopedia e traumatologia do HUSF dentre o período de 2011 a 2013,

destes, 738(32,65%) pacientes foram acometidos por fraturas.

25

O Gráfico 1representa o gênero dos pacientes acometidos por fraturas. Dos 738

(100%) prontuários selecionados, 523 (71%) eram de pacientes do gênero masculino,

enquanto, 215 (29%) eram do gênero feminino.

Gráfico 1. Gênero dos pacientes acometidos por fraturas.

215; 29%

523; 71%

Feminino Masculino

26

O Gráfico 2 relata a variação das idades dos pacientes internados na enfermaria

do departamento de ortopedia e traumatologia do HUSF.A faixa etária dos pacientes

variou entre 01 a 96 anos, prevalecendo a correspondente a adulto (> 18 a 60 anos) com

450 (60,97%) da amostra, seguida dos idosos (> 60 anos) 174 (23,57%).

Gráfico 2. Variação das idades dos pacientes internados na enfermaria do

departamento de ortopedia e traumatologia do HUSF.

66 46

450

174

2 0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Criança (0 a 12 anos)

Adolescente ( >12 a 18 anos)

Adulto ( > 18 a 60 anos)

Idoso ( > 60 anos)

Não continha a informação

27

O Gráfico 3 corresponde aos fatores etiológicos das fraturas apresentadas nos

pacientes.Ele indica que o fator mais prevalente entre as causas foi o acidente

automobilístico com 261 (35,36%) pacientes,seguido por acidente doméstico com 255

(34,55%) pacientes.

Grafico 3. Fatores etiologicosdas fraturas apresentadas nos pacientes.

34,55%

35,36%

2,30%

22,35%

5,42%

0 50 100 150 200 250 300

Acidente doméstico

Acidente Automobilístico

Acidente de trabalho

Outros

Não continha a informação

28

O gráfico 4 demonstra a região anatômica fraturada.O local com maior indice de

fraturas foi em estruturas do membro inferior (54,87%), acompanhado de membro

superior (40,24%), fraturas em membros superiores conjuntamente com membros

inferiores (1,62%), outros (0,81%), sendo que (2,43%) dos pacientes não continham a

informação.

Gráfico 4.Região anatômica fraturada.

40,24%

54,87%

1,62% 0,81% 2,43%

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Membro superior Membro inferior MMSS e MMII Outros Não continha ainformação

29

O gráfico 5 representa os tipos de fratura (aberta e fechada) sofridas pelos

pacientes. A maioria indicou que o tipo de fratura fechada teve uma prevalência

significativa (79,13%). Em relação à fratura aberta (20,05%). Apenas 0,40% dos

pacientes obtiveram fratura aberta acompanhada de fratura fechada e 0,40% não

continham a informação.

Gráfico 5. Tipo de fraturas sofridas pelos pacientes.

20,05%

79,13%

0,40% 0,40% 0

100

200

300

400

500

600

700

Aberta Fechada Aberta e Fechada Não continha ainformação

30

O gráfico 6 interpreta os tipos de tratamentos realizados nos pacientes,

demonstrando a porcentagem dos pacientes a respeito do tipo de tratamento que foi

utilizado. 48% foram submetidos a tratamento cirúrgico, 19% a tratamento conservador,

sendo que 33% dos prontuários não continham a informação.

Gráfico 6. Porcentagem dos pacientes a respeito do tipo de tratamento que foi

utilizado.

705

277

494

Cirúrgico Conservador Não continha ainformação

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Cirúrgico

Conservador

Não continha a informação

31

O gráfico 7 Demonstra a quantidade de pacientes que obtiveram complicações

decorrentes das fraturas.A maioria dos prontuários dos pacientes (57,45%) não obtinha

a informação, 36,04% dos pacientes não apresentaram e apenas 6,50% tiveram

complicações.

Gráfico 7. Quantidade de pacientes que obtiveram complicações decorrentes das

fraturas.

6,50%

36,04%

57,45%

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Sim Não Não continha a informação

32

O gráfico 8, indica os pacientes que realizaram tratamento fisioterapêutico. Foi

observado que somente 17% dos pacientes realizaram tratamentos fisioterapêuticos intra

hospitalar, no entanto, 83%dos casos não relatavam tratamanto fisioterapêutico.

Grafico 8. Pacientes que realizaram tratamento fisioterapêutico.

123; 17%

615; 83%

Realizaram

Não continha ainformação

33

A tabela a seguir demosntra as cidades de origem dos pacientes que foram

atendidos pelo HUSF no período de 2011 a 2013. As cidades que obtiveram mais

prevalência foram as pertencentes ao estado de São Paulo, incluindo Bragança Paulista,

que é a cidade de localização do hospital com 25,20% dos pacientes, Atibaia com

20,73% e Piracaia com 15,17%.

Tabela: Cidade de origem dos pacientes.

Cidade Estado Quantidade

Bragança Paulista SP 25,20%

Atibaia SP 20,73%

Piracaia SP 15,17%

Bom Jesus dos Perdões SP 8,26%

Nazaré Paulista SP 6,91%

Joanópolis SP 6,77%

Socorro SP 1,89%

Pedra bela SP 1,62%

Vargem SP 0,81%

Tuiuti SP 0,54%

4.4 DISCUSSÃO

No período entre dezembro de 2014 a abril de 2015 foram coletados dados de 738

prontuários referentes aos anos de 2011 a 2013. No presente estudo foram avaliados

pacientes de ambos os gêneros, tendo como predomínio o masculino com 523 pacientes

34

(71%). Esses dados são semelhantes com o estudo de Rafael Inácio Barbosa et al (12)

,

Rodrigo Tavares Cardozo et al (13)

, Pedro Debieux et al (6)

e Sandra Vieira Domingues et

al onde relata que a frequência é maior do gênero masculino por ser muito comum

acidentes de motocicleta nessa área onde foi realizada a pesquisa.

A idade dos pacientes analisados nos prontuários variou de 1 a 96 anos, sendo

agrupado para o nosso estudo como criança (01 a 12 anos), adolescente (>12 a 18 anos),

adulto (>18 a 60 anos) e idoso (> 60 anos). Dentre essas categorias, prevaleceu a faixa

etária adulto com 450 (60,97%) pacientes, seguido por idoso 174 (23,57%),

respectivamente criança 66 (8,94%), adolescente 46 (6,23%) e somente 2 (0,27%) não

se encaixaram nessa classificação por conter a informação referente a idade. Esses

dados se assemelham a pesquisa realizada por Pablo Erick Alves Villa et al(8)

. O estudo

de Rodrigo Tavares Cardozo et al (13)

foi diferente em relação a classificação das idades,

porém seu maior índice se correlaciona com esse estudo com faixa etária de 17 a 65

anos. Essa faixa etária de adultos foi mais prevalente nos estudos, pois,a maior parcela

da população brasileira e as pessoas economicamente ativas se enquadram nessas

idades, seguido por idosos, isso se dá também, pelo aumento de expectativa de vida da

nossa população.

O presente estudo evidenciou que as cidades de origem dos pacientes atendidos

com maior índice são Bragança Paulista e aquelas situadas no estado de São Paulo e ao

redor da cidade. Estas cidades contêm menor número de habitantes e baixa

infraestrutura hospitalar, comparado com a cidade de Bragança Paulista e com a

infraestrutura oferecida pelo HUSF, sem contar que o HUSF é hospital de referência a

esses municípios e para o SAMU e Corpo de Bombeiros. Essas cidades foram Bragança

Paulista com 186 (25,20%) pacientes, Atibaia 153 (20,73%), Piracaia 112 (15,17%),

Bom Jesus dos Perdões 61 (8,26%), Nazaré Paulista 51 (6,91%), Joanópolis 50 (6,77%),

Socorro 14 (1,89%), Pedra Bela 12 (1,62%), Vargem 6 ( 0,81%) e Tuiuti 4 (0,54%). As

cidades que obtiverem menor porcentagem, foram classificadas como outras totalizando

73 (9.89%) e apenas 6 (0,81%) não continham a informação. Vale ressaltar que além do

estado de São Paulo, foram encontradas cidades pertencentes aos estados de Minas

Gerais, Rio de Janeiro e Goiás.

Em questão ao tempo de internação, foi verificado que a maioria dos pacientes

ficou no hospital de 1 a 10 dias 671 (90,92%), seguido retrospectivamente por pacientes

35

que ficaram internados de 11 a 20 dias 49 (6,63%), 21 a 30 dias 9 (1,21%), 31 a 40 dias

4 (0,54%), > 40 dias 2 (0,27%), sendo que 3 (0,40%) não continha a informação,

identificando assim que quanto maior foi o tempo de internação, menor o número de

pacientes.

Dentre os fatores etiológicos encontrados, destacaram-se acidentes

automobilísticos com 261 (35,36%), que inclui acidente de carro, atropelamento,

acidente de moto e acidente de caminhão, no estudo de José Gustavo Parreira et al (14)

observa-se alto índice de acidentes de motocicletas por ser um meio de transporte muito

usado pela população em geral porém com ênfase nas pessoas economicamente ativas

que utilizam esse meio de transporte para executar a atividade laboral devido a sua

agilidade e economia, seguido por acidente doméstico 255 (34,55%), que inclui queda

da escada, queda da própria altura muito incidente em idosos acima de sessenta anos,

devido as conseqüências biologias devido a senilidade, queda da cama e queda da

cadeira; Outros 165 (22,35%) incluindo queda da bicicleta, trauma direto, queda de

altura, ferimento por arma de fogo, queda de animal, mordida de animal e crise

convulsiva; Não continha a informação 40 (5,42%) e acidente de trabalho 17 (2,30%),

incluindo ferimento por serra, acidente com empilhadeira e acidente com trator. Na

pesquisa realizada por José Gustavo Parreira et al (14)

encontra-se fatores similares em

relação a acidentes automobilísticos, que o autor chama de acidentes de motociclistas

seguido por atropelamento, e em terceira posição queda da própria altura, dado que

nesse estudo se enquadra em acidentes domésticos.

Levando em conta a região anatômica fraturada, houve predominância em

fraturas de membros inferiores com 405 (54,87%) pacientes, dado muito esperado, pois,

os mmii ficam mais submetido a traumas diretos como em motociclistas trafegando

entre carros no trânsito, em casos de atropelamento, em quedas de cadeira, cama,

escada,seguida por membros superiores 297 (40,24%), não continha a informação 18

(2,43%), fraturas em membros superiores e inferiores 12 (1,62%) e outros 6 (0,81%),

incluindo face, vértebra e quadril. Em estudo equivalente a este, também se obteve

maior prevalência de fraturas de membros inferiores Pedro Debieuxet al (6).

Em relação ao osso fraturado a pesquisa evidenciou predominância em fêmur

193 (26,15%) fato que corrobora com os estudos de Mariana Barquet Carneiro et al (13)

,

sendo que em idosos o fêmur é o osso mais fraturado e que gera uma maior

36

complicação, seguido por antebraço 116 (15,71%), politrauma 94 (12,73%), tíbia 90

(12,19%) osso distal da perna que estabiliza e está presente em inserção muscular,

úmero 76 (10,29%), outros 167 (22,62%) incluindo quadril, patela, mão, fíbula, falange

(membro inferior e superior), vértebra, tornozelo, punho, pé, e cíngulo do membro

superior e somente 2 (0,27%) não continham a informação. Estes dados são similares à

pesquisa de Jomar de Souza Machado e Marcelo Silva Duarte (15).

Em questão ao tipo de fratura, obteve – se uma predominância em fratura fechada

584 (79,13%), comparada com a fratura aberta 148 (20,05%), seguido por fratura aberta

conjunta com fratura fechada 3 (0,40%) e não continha a informação 3 (0,40%) .Em

relação a classificação da fratura, destacou-se a predominância de prontuários que não

continham a informação 707 (95,79%), seguido por fratura cominutiva 19 (2,57%) e

outras 12 (1,62%), incluindo completa, impactada, oblíqua, transversa, fragmentada e

segmentar.

Perante o tipo de tratamento, houve predominância de pacientes que obtiveram

procedimento cirúrgico 355 (48%) dados já esperados, visto que, a pesquisa foi baseada

em atendimento terciário e em pacientes internados que quererem em geral tratamento

cirúrgico, seguidamente de tratamento conservador 140 (19%) números que

provavelmente seriam muito maiores se o estudo fosse com dados em pronto socorro,

sendo que 243 (33%) dos prontuários não continham a informação. Dados semelhantes

foram encontrados no estudo de Rafael Inácio Barbosa et al (12)

que evidenciou um a

prevalência do tratamento cirúrgico em casos de fraturas.

Levando em consideração aos pacientes que obtiveram complicações devido à

fratura(s), destacou se que na maioria dos prontuários não continha a informação 424

(57,45%), seguido por pacientes que não tiveram complicação 266 (36,04%) e

obtiveram complicação como embolia pulmonar, tromboembolismo, trombose venosa

profunda, infecções 48 (6,50%). Dentre essas complicações estão a embolia gordurosa e

tromboembolismo, também descrito em estudo semelhante realizado,

por Vinícius Leite Gonzalez et al (16)

, este enfatizou ainda, a lesão de tecidos moles pelo

osso fraturado, fato que nos prontuários não continham esta informação.

Dentre os pacientes que receberam tratamento fisioterapêutico enquanto

internados, apenas 17% (123) realizaram, destacando-se pacientes que não continham a

informação 615 (83%). Este resultado foi preocupante, tendo em vista que o tratamento

37

fisioterapêutico é muito importante na reabilitação das fraturas, pois ele visa

proporcionar a analgesia da dor, manter e promover a melhora da amplitude de

movimento, prevenir a síndrome do imobilismo, diminuir edema, promover força

muscular entre outros benefícios assim como relata o estudo de Adrião Severino Nunes

e Dayana Priscila Maia Meija(17).

Por fim, o presente estudo pode contribuir para estratégias hospitalares de análise das

necessidades dos pacientes e do setor hospitalar, auxiliar na gestão de admissões e altas

hospitalares, sendo muito útil para orientar os gestores em agir com programas de

prevenções de acidente de trânsito, pois observamos um alto índice de acidentes

automobilísticos, fato que vem crescendo muito no Brasil junto com o fator de

mortalidade no trânsito, tornando-se um problema de saúde pública com altos custos

como em prolongadas internações hospitalares presentes, por exemplo, em fraturas de

fêmur que necessita de tratamento cirúrgico com repouso de longo período, pode-

severificar o viés de dados dos prontuários como: classificação de fraturas que foi bem

pouco informada e possui grande importância para o tratamento fisioterapêutico, ainda

mais no pós cirúrgico, o tipo de tratamento fisioterapêutico empregado que

frequentemente não se relatava nos prontuários, dado de suma significância pois uma

fratura está relacionada com ossos, inserções e origens musculares que se não bem

tratadas podem gerar diminuição de amplitude de movimento, perda de força muscular,

deformidades, entre outros.

O tratamento fisioterapêutico deve garantir a capacidade funcional do paciente para

que ele assuma sua independência em atividades de vida diária, sendo que, o

fisioterapeuta necessita entender alguns procedimentos cirúrgicos mais utilizados no

tratamento de fraturas, a fim de promover intervenções corretas nas condutas

administradas diante da reabilitação de um pós-operatório.

38

4.5 CONCLUSÃO

A análise do estudo demonstrou que houve predominância de pacientes do gênero

masculino adultos, com fraturas fechadas em ossos dos membros inferiores, destacando-

se o fêmur, por motivo de acidente automobilístico seguido de doméstico, necessitando

de tratamento cirúrgico. Dentre as cidades de origem dos pacientes atendidos destacou-

se a cidade de Bragança Paulista seguida por cidades próximas a ela pertencentes ao

estado de São Paulo. O tempo de internação mais evidente na pesquisa foi de 1 a 10

dias, sendo que uma minoria obteve complicações clinicas. Constatamos que foi

realizado tratamento fisioterapêutico em 17 % dos casos, sendo que o restante, não

continha a informação no prontuário.

4.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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cicatrização. Cadernos unisuam Rio de Janeiro.V. 3, n. 1, p. 101-117, jun. 2013.

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39

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Avaliação clínica de pacientes com osteomielite crônica após fraturas expostas

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11. Hoppenfeld, Stanley M.D.and MURTHY, Vasantha L.M.D. Tratamento

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emergência de um hospitalpúblico na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro que

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paciente pós-operatório de fratura diafisária do fêmur utilizando haste

intramedular: revisão bibliográfica. Manual Faculdade Ávila, 2012.

41

APENDICE: FICHA UTILIZADA PARA A COLETA DE DADOS.

Ficha de coleta de dados Nº Prontuário _________

Gênero: F( ) M( ) Idade:____ Cidade:_______________ Estado:_____

Entrada no HUSF___|___|___- Saída do HUSF___|___|___

Tempo de Internação: ______ Dias

Alta hospitalar( ) Óbito( )

Fator causalda fratura:___________________________________________________

Local da fratura: MSD( ) - MSE( ) - MID( ) - MIE( )

Outro( ). Qual? ________________________________________________________

Tipo de fratura: Aberta( ) Fechada( )

Classificação: Fissura( ) Galho verde( ) Completa( )Cominutiva( )

Espiral( ) Impactada( ) Oblíqua( ) Transversa( )

Tratamento utilizado:

Conservador: Tala( ) Gesso( ) Órtese( ) Outro(s):____________________________

Cirúrgico: Fixação Interna( ) Fixação Externa( ) Prótese( )

Complicação Sim( ) Não( ) Infecção Sim( ) Não( )

Tratamento Fisioterapêutico: Eletro/fototerapia( ) Massoterapia( ) Fortalecimento

Muscular( ) Alongamento( ) Outro(s)______________________________________

______________________________________________________________________

OBS:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________