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O novo Perfil do Redentorista

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O novo Perfil do Redentorista

Um Perfil que nasce de uma experiência de Vida pessoal e comunitária por causa

da MissãoJanuário Maria Sarnelli, César Sportelli, Francisco

Saveria Rossi, João Mazzini, André Villani, Benigno Giordano, Paulo Cáfaro, e os irmãos Vitor Curzio, Januário Rendina, Joaquim Gaudiello e Francisco

Tartaglione.1743: após a morte de Falcoia, Afonso é eleito

Reitor-mor da Congregação e assume pra valer a responsabilidade sobre o novo Instituto.

 

OS PRIMEIROS REDENTORISTAS

I. Alguns documentos marcantes

• Heranças autênticas de Santo Afonso: do ano 1747 > Assembléia capitular:–Regulamento para as Santas Missões–Constituição sobre a Pregação–Ristretto Alfonsiano–Supplex Libellus

O que esse opúsculo

pode oferecer ao novo Perfil

do Redentorista

em Reestrutura-

ção?

“É necessário, pois, a quem quer pertencer à Congregação do Santíssimo Redentor, que entre com ânimo resoluto de superar-se em tudo, excluindo do coração todo plano e desejo que não é Deus e para Deus.

Por isso, haverá de libertar-se de tudo, especialmente das comodidades, dos parentes, da própria estima e da própria vontade.”

O Perfil do Redentorista traçado por Santo Afonso

O REDENTORISTA DEVE:Libertar-se das comodidades: ser livre das

comodidades é assumir um voto de pobreza que traz consigo a renúncia a todas as dignidades, cargos, benefícios e bens materiais pessoais. Além disso, é preciso acolher com alegria os incômodos de uma vida pobre. “Muitos querem ser pobres e semelhantes a Jesus Cristo, mas com a condição de não lhes faltar nada!”...”Quem vai servir a Deus na casa religiosa deve pensar que lá não vai para ser bem tratado, mas tratará os outros bem por Deus”

Libertar-se dos parentes: é preciso ser livre e desapegar-se dos parentes: “Quem quiser entrar na Congregação do Santíssimo Redentor e ser verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, decida-se verdadeiramente a ser livre de seus pais”. Santo Afonso não quer que os confrades recorram aos parentes, nem mesmo em suas enfermidades: “Quem entra na Congregação o que mais deve desejar é: fazer a Vontade de Deus, morrer na Congregação, assistido por seus confrades”.

Libertar-se da própria estima: é preciso ser realmente desapegado daquela estima própria que se manifesta na soberba e na ambição por cargos, prestígio e aplausos, incapaz de suportar qualquer desprezo ou desprestígio. “Seria, talvez, preferível a Congregação deixar de existir do que nela entrar a peste da ambição...Pela graça de Jesus Cristo, que não exista gente assim em nossa Congregação! E que jamais venha a existir!” É preciso ter serenidade espiritual, quando se sentir desprezado e ignorado. “Na Congregação todos devem ser livres, especialmente da própria estima. Caso contrário, é melhor nela não entrar, ou sair, se já entrou”

• Libertar-se da própria vontade: “Esta é a atitude mais necessária”. Trata-se de “esvaziar-se espiritualmente e dar-se todo a Jesus Cristo”. É a doação do coração, consagrada na Obediência. Esse é o único caminho seguro para agradar a Deus em tudo o que faz, mesmo que seja o ato menos importante. “Deus permita que na Congregação jamais alguém diga: eu quero e eu quero, eu não quero e eu não quero!... O único desejo de todos seja somente fazer o que exige a obediência... Assim, quem quiser entrar na Congregação, principalmente para ir às missões, só para pregar e aparecer, não entre, pois isto é contra o espírito do Instituto”.

II. 1764: um doloroso passo para trás

• Capítulo que retoma o dualismo falconiano sobre a finalidade da Congregação. 

• 1855: Capítulo oficializa as Regras de 1764. “Observância regular” = critério último e prático de pertença à CSsR. “O cristão será julgado pelo crivo do Evangelho, nós redentoristas seremos julgados pelo crivo das Constituições”. 

• “Observância regular” + centralização do poder na pessoa do Superior Geral + língua latina: instrumentos da  unidade = “Cultura” do modo de ser redentorista em todo mundo. 

Pe. Nicolau Mauron1855-1893

reunificou a Congregação em 1869

GRUPOS

1. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO PERFIL REDENTORISTA, COMO

PESSOA E COMO COMUNIDADE, SEGUNDO O SONHO DE SANTO

AFONSO?2. QUAL É O PERFIL QUE HERDAMOS

E CONHECEMOS? EM QUE CORRESPONDEMOS E EM QUE

DESTOAMOS?

III. As atuais CCEE• CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II

1962-1965: JOÃO XXIII – PAULO VI

• 4 CONSTITUIÇÕES:• 1. SACROSSANCTUM CONCILIUM: sobre a Sagrada Liturgia• 2. LUMEN GENTIUM: dogmática > sobre a Igreja• 3. DEI VERBUM: dogmática > sobre a Revelação divina• 4. GAUDIUM ET SPES: pastoral > sobre a Igreja no Mundo de hoje

DECRETO “PERFECTAE CARITATIS” (1965)

• Capítulo geral especial de 1967-1969:• Novas Constituições, segundo:• > os princípios evangélicos, • > as origens da Congregação  • > a visão apostólica do Concílio Vaticano II.• Aprovadas definitivamente em 02/02/1982, no 250º. aniversário da fundação da CSsR. 

• São 148 Constituições, 212 Estatutos gerais:  dois pólos fundamentais: Jesus missionário e os pobres abandonados > uma única finalidade para o Redentorista

Pe. Guilherme Gaudreau e Pe. Tarcísio Amaral1954-1967 1967-1973

Pe. Francesco Chiovaro• Era um dos capitulares do Capítulos de renovação. Diz: • “A história da Congregação após 1969, prova mais uma vez

que uma Regra não é suficiente. Naquele tempo eu fui um dos que acreditavam que uma nova regra, melhor adaptada à Igreja e ao mundo moderno, seria o ponto de partida para o renascimento da Congregação. Eu era jovem, e dei grande importância aos textos. Realmente, a crise que tem afetado a Congregação (e muitos outros Institutos) provou que um texto não é suficiente. Nós precisamos de pessoas dispostas a comprometer suas vidas incondicionalmente à causa do pobre e do abandonado, pessoas como Afonso de Ligório, Clemente Hofbauer, João Neumann, Pedro Donders e muitos outros. Nós precisamos de santos.”

IV. Um novo Perfil em formação: os Capítulos Gerais após as novas CCEE

• 1979: XIX Capítulo geral – Roma • 1985: XX Capítulo geral – Roma • 1991: XXI Capítulo geral – Itaici, Brasil • 1997: XXII Capítulo geral – New Jersey, USA• 2003: XXIII Capítulo geral – Roma• 2009: XXIV Capítulo geral – Roma

XIX Capítulo geral de 1979

• Propôs como tema para o sexênio de 1979-1985:

“O Anúncio explícito do Evangelho”• A partir desse tema, todas as unidades

deveriam rever e refazer a escolha de suas prioridades pastorais. Houve em toda a Congregação um esforço para redimensionar as obras existentes e uma abertura para novas missões.

Perfil: anunciar o Evangelho de forma explícita

Pe. José Jorge Pfab

1973-1985

XX Capítulo geral de 1985O tema que propôs à Congregação para o sexênio 1985-

1991 aprofundou ainda mais o tema do sexênio anterior:

“Anúncio explícito, profético e libertador do Evangelho aos pobres,

deixando-se interpelar por eles (“Evangelizare pauperibus et a

pauperibus evangelizari”) conforme o carisma da nossa Congregação, expresso

nas Constituições 1,3,4,5 e nos Estatutos 09 e 021”.

Pe. Juan Lasso de la Vega1985-1997

Pontos do XX Capítulo geral• “Os pobres não são idéias e teorias, mas rostos, homens

concretos”. Eles nos evangelizam, porque “nos questionam e nos comprometem a tornar-nos pobres e livres pelo Reino de Deus. Nossa opção pelos pobres nos chama, sem cessar, a uma conversão pessoal e comunitária.” (DF 05). O pobre deixa de ser apenas o destinatário e passa a ser respeitado também como protagonista da Evangelização.

 • Como consequência desse tema, o Capítulo geral extraiu e 

sublinhou alguns pontos muito importantes a serem levados em consideração para por em prática as decisões capitulares: “o conhecimento do homem de hoje, a inculturação do Evangelho, os problemas de Justiça e Paz, nossa colaboração com os Leigos, a pastoral da juventude, o ecumenismo e o diálogo com as outras religiões.” (DF 07).

Pontos do XX Capítulo geral• Pede de todas as unidades uma nova revisão de suas obras, para examinarem até que ponto estão a serviço dos pobres e abandonados de hoje e se nosso estilo de vida condiz com tal opção.

• Pede também que “a formação dos estudantes esteja em ligação com as prioridades pastorais” da sua unidade, e “que organizem para nossos estudantes um estilo de vida e uma formação que levem em conta nossa opção pelos pobres” (DF 13).

Pontos do XX Capítulo geral

• “Incentiva também todos os confrades a manifestarem, mais clara e corajosamente, sua solidariedade fraterna com todos os que sofrem as consequências da lógica evangélica.” (DF 14). 

• Por isso, pede um reforço da Comissão  geral de “Justiça e Paz”, e que ela se regionalize.

COMMUNICANDAS DO GOVERNO GERAL:• COM. 4: EVANGELIZARE PAUPERIBUS ET A PAUPERIBUS

EVANGELIZARI (30/03/1986): uma reflexão do Governo geral sobre o Tema do sexênio.

• COM. 10: SANTO AFONSO, MISSIONÁRIO DOS POBRES – REFLEXÃO A PROPÓSITO DO BICENTENÁRIO DA MORTE DE NOSSO FUNDADOR (01/07/1987): o exemplo vivo de Santo Afonso na prática do Tema do sexênio.

• COM. 11: A COMUNIDADE APOSTÓLICA REDENTORISTA: EM SI MESMA PROCLAMAÇÃO PROFÉTICA E LIBERTADORA DO EVANGELHO (25/12/1988): as conseqüências do Tema do sexênio sobre a Vida comunitária redentorista.

Perfil: O Pobre é essencial em nosso carisma, como destinatário e protagonista da Evangelização e como questionador da nossa Vida Apostólica

XXI Capítulo geral de 1991• Retoma o Tema do sexênio anterior, mas “aprofundando a nossa vida

comunitária apostólica como uma força profética que abra novos caminhos para uma missão encarnada; para alcançá-lo, sentimos a necessidade de acentuar a coerência entre a nossa evangelização inculturada, a nossa vida comunitária e a nossa espiritualidade” (DF 11).

• Assim é proposto o tripé da Vida Apostólica Redentorista:

VIDA COMUNITÁRIA+

EVANGELIZAÇÃO INCULTURADA+

ESPIRITUALIDADE REDENTORISTA

Pontos do XXI Capítulo geral• A EVANGELIZAÇÃO INCULTURADA: brota do

mistério da Encarnação, a partir da perspectiva do abandonado e do pobre. Quem é missionário redentorista deve estar disposto a passar pelo processo da “kénosis”, fazendo-se tudo para todos.

• É preciso preparar-se bem sobre o modo de pregar e sobre o conteúdo da pregação, para ir ao encontro das categorias culturais do homem de hoje.

• É uma Evangelização com dupla vertente: ela se dá NA cultura e DA cultura, porque confronta a

pessoa, a vida humana e a cultura com Jesus ressuscitado. Nós nos vemos obrigados a tomar o partido por: “uma cultura da vida, frente às múltiplas ameaças de morte; uma cultura da liberdade, perante os abusos de poder e as múltiplas solicitações à passividade; uma cultura da justiça, perante o egoísmo das nações, dos grupos e dos indivíduos; uma cultura da solidariedade perante a ausência de responsabilidade coletiva e as atitudes corporativistas que se opõem ao bem comum.” (DF 19). Em tudo isso, é necessário “optar também claramente pela reflexão teológico-moral.” (DF 12).

Pontos do XXI Capítulo geral• A COMUNIDADE REDENTORISTA: é o primeiro

lugar onde deve acontecer a copiosa Redenção. • É preciso deixar-se evangelizar sempre, a partir de

fora, pelos pobres, e a partir de dentro, pelos confrades.

• A partilha da fé, das alegrias, das preocupações, o sentimento de igualdade fraterna entre todos, o respeito, o carinho com os idosos e doentes, um estilo de vida simples, etc. devem expressar na prática de que é Deus que nos reúne.(DF 24-26).

• O lugar geográfico e ambiental de nossas Comunidades deve corresponder à nossa opção missionária pelos pobres. Estimular para que se busquem novos modelos de Comunidade, sempre aberta e acolhedora, em diálogo com todos os demais missionários da Igreja, levando em conta dois traços característicos nossos: a proximidade ao povo e o testemunho de ser sinal do Reino que anunciamos.

• É fundamental que a Comunidade seja “uma alternativa aos mecanismos do “ter” e do “poder” (DF 31).

• Nenhuma expressão deve ser usada, como “padres redentoristas”, que exclua a presença plena dos Irmãos

Pontos do XXI Capítulo geral

• A ESPIRITUALIDADE REDENTORISTA: eis a alma da Comunidade e da Evangelização. Constata-se um certo vazio de práticas espirituais na Congregação. É preciso um esforço para viver uma genuína espiritualidade redentorista, partindo de uma autocrítica dos restos de jansenismo, de individualismo, de formalismo e de devoções desconexas.

• - Corremos o risco de um dualismo: ativismo sem densidade espiritual ou um espiritualismo sem dinamismo missionário. É preciso levar a sério a PROFISSÃO RELIGIOSA, como vivência pessoal e comunitária.

• O centro da Espiritualidade é o Cristo Redentor, em sua Encarnação, Paixão e Ressurreição, celebrado na Eucaristia: somos “VIVA MEMÓRIA” dessa realidade para continuar sua missão no mundo “O Redentorista “segue” a Cristo Redentor e “prossegue” a sua práxis libertadora”. (DF 35-36).

Pontos do XXI Capítulo geral

• - Maria é a primeira discípula e o ícone perfeito da copiosa Redenção. A Bíblia deve ser para nós o primeiro e decisivo livro de espiritualidade. A prática da caridade apostólica, que é uma caridade comprometida com a libertação da pessoa e com a ecologia.

• - Pede um esforço especial de criatividade para retomar nossa Espiritualidade: partilhar a oração com o povo; dar-lhe seiva bíblica e profundidade teológica; dar espaço às novas gerações; vivê-la também no contexto ecumênico; abri-la às tradições não-cristãs válidas; buscando formas simples e familiares de orar.

Pontos do XXI Capítulo geral

• Institui a figura do “Missionário Leigo Redentorista” em nível de Congregação, “como um colaborador ativo que toma parte na Vida Apostólica da Congregação Redentorista” (DF 60a), cuja formação apropriada deve ser objeto de atenção das unidades.

• Finalmente, deixa o mandato de começar um processo de Reestruturação da Congregação, em vista do desequilíbrio de pessoal nas várias unidades e de iniciativas pastorais renovadas.

COMMUNICANDAS DO GOVERNO GERAL:• COM. 1: FAZER VIVER E CRESCER O ESSENCIAL DE NOSSA “VIDA

APOSTÓLICA” (01/08/1992): é um aprofundamento do Tema do sexênio, apresentado pelo Conselho geral.

• COM. 2: A UNIDADE NA DIVERSIDADE (14/01/1994): trata a questão do pluralismo e da unidade na Congregação, apontando para o dinamismo da missão como ponto de convergência unificadora. Essa será também o ponto de partida e o critério legitimador para a Reestruturação.

• COM. 3: LER OS SINAIS DOS TEMPOS (08/09/1994): a partir das estatísticas da Congregação no mundo, apresenta as questões que irão exigir uma resposta de todos os Redentoristas, como foi a proposta de Reestruturação.

• COM. 4: A COLABORAÇÃO DA COMUNIDADE REDENTORISTA COM OS LEIGOS – DIRETIVAS E NORMAS (08/09/1995): explicita melhor a figura do Missionário Leigo Redentorista e traça algumas normas para viabilizá-la. 

 Perfil: condições claras:* convivência comunitária no ser e no agir* disposição para se encarnar onde quer que seja* possuir uma mística própria, como razão de ser da própria vida

XXII Capítulo geral de 1997 MENSAGEM FINAL

“Decidimos que, para o próximo sexênio,

a Espiritualidade deverá ser o prisma através do qual vejamos todas as dimensões de nossa vida. A Espiritualidade é ao mesmo tempo, origem e

fruto da missão.

Qualquer ação missionária, que não brote de um profundo compromisso com Jesus, está destinada ao fracasso”.(nn. 5-6) 

• “Seja qual for o contexto de vida, cremos que todos os redentoristas somos chamados hoje a centrar nossa atenção em um aspecto fundamental de nossa espiritualidade, isto é, na forma como nutrimos e manifestamos nossa relação com Jesus.”( n. 3)

• “Um forte relacionamento pessoal e comunitário com Jesus é essencial para podermos enfrentar os urgentes desafios de nossa vida comunitária” (n. 7)

ORIENTAÇÕES• “Parece-nos que a vivência desse tema exige

uma mística de vida (compreensão contemplativa da vida). Não é fácil chegar a essa mística (compreensão), sendo necessária uma conversão, que é dom do Espírito. Pedimos, pois, que os redentoristas centrem sua atenção na espiritualidade como eixo fundamental, de tal maneira que a obra da Nova Evangelização seja edificada sobre rocha e não sobre areia”.

• “O XXII Capítulo geral recomenda que a Congregação assuma a Espiritualidade como tema do próximo sexênio. Todas as dimensões de nossa vida – Missão, Comunidade, Consagração, Formação, Governo – devem ser compreendidas e vividas a partir do ponto de vista da espiritualidade”,  recomendando ainda “que, atentos à fome espiritual de tantos em nossa sociedade, busquemos formas novas e criativas para partilhar nossa herança espiritual com os outros.”(n. 1)

– Insiste que se volte à fonte viva do espírito afonsiano e de S. Clemente para unir Espiritualidade e Missão. Ela nos levará a selecionar as obras que são missionárias e extraordinárias, estabelecer comunidades entre os abandonados e estar presentes nas situações de necessidade mais urgente, além de servir de critério para nosso estilo de vida.

– Ao unir Espiritualidade e Vida comunitária é preciso fazer experiência de novas estruturas, que favoreçam a oração comunitária e pessoal, a eucaristia, as reuniões de partilha, a recreação, etc.

– Os Leigos Missionários Redentoristas devem ser formados em nossa Espiritualidade e acolhidos para orarem conosco e nós com eles. E devemos ter comunidades abertas à participação dos jovens.

Pe. Josef William Tobin

1997-2009

PÓS-CAPÍTULO

• A elaboração mais sistemática sobre o tema da Espiritualidade ficou por conta do novo Governo Geral que, em 25/02/1998 apresentou a Communicanda 1: Espiritualidade, nosso desafio mais importante; 

• e em 14/01/2000 nos ofereceu a Communicanda 2: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!”(1Cor 9,16).

COM. 1: Espiritualidade, nosso desafio mais importante

• O tema Espiritualidade “não significa intimismo nem fuga de nossas responsabilidades ou do necessário compromisso com nossa história”(n. 5), nem “porque o exige a cultura em voga”(n. 6), mas porque “a espiritualidade é fonte de unidade para toda a Congregação” (n. 7).

• Diante do nosso excessivo ativismo missionário, não podemos nos esquecer de que “na medida em que procuramos dar a Deus o centro de nossa vida, nós nos realizamos em plenitude”. (n. 9).

• O esfriamento no ‘zelo missionário’, a ruptura entre fé e vida, a falta de um programa de oração, o vazio espiritual, a fuga para outras espiritualidades, os egressos da Congregação, as dificuldades nas relações inter-pessoais e na pastoral parecem diagnosticar que “nem sempre estamos dispostos a ‘dar resposta a todo aquele que nos pede a razão de nossa esperança’(1Pd 3,15)”(nn. 12-17).

• “Temos necessidade, então, de um ‘ponto de apoio’ que nos impeça de viver perenemente na superficialidade. Precisamos também de algo que nos ajude a fazer uma síntese interior, independente dos fatores externos, sempre em mudança, e este ‘algo’ o Capítulo encontrou na espiritualidade.”(n. 11)

• É uma espiritualidade que se situa na teologia da Encarnação, tem como coração a misericórdia, é popular, sente compaixão pelo pobre, é fonte e fruto da missão, envolve-se com a pastoral, é comunitária e dá um espaço particular a Maria como Mãe do Perpétuo Socorro (nn. 24-26).

• A Espiritualidade é sempre uma experiência primeiramente pessoal e insubstituível. A Congregação só poderá manifestar a sua Espiritualidade como comunitária, na medida em que cada um entra e cresce no processo pessoal de iniciação espiritual: “Devemos redescobrir-nos pessoalmente como ‘redimidos’, para podermos dar crédito ao nosso ser ‘redentoristas’.”(n. 30).

• A validade e a viabilidade de nossa missão depende da vivência da Espiritualidade: “A espiritualidade oferece-nos a ocasião de tornar mais confiável e incisivo nosso ministério... porque Cristo (Mt 28,20) e os pobres (Mc 14,7) estão sempre conosco. Não nos faltará jamais a ‘matéria prima’ para uma dedicação generosa!” (n. 36)

COM. 2: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16)• Trata da unidade entre espiritualidade-missão, de tal modo que jamais constituam 2 conceitos, mas que se fale sempre em espiritualidade missionária: “a origem e fonte de nossa espiritualidade se encontra justamente em nossa Missão, devendo ser definida, conseqüentemente, como uma espiritualidade autenticamente missionária” (n. 13). Ela “deveria ser para nós como que uma espécie de plasma vital no qual, de forma harmônica, todos os elementos de nossa vida se uniriam.”(n. 9). 

• Se queremos dar um nome à nossa Espiritualidade, certamente será uma Espiritualidade da Copiosa Redenção. Por isso, “na medida em que nos abrimos à copiosa Redenção de Cristo Jesus, nessa mesma medida nos sentimos também obrigados a ‘partilhar nossa fé e nossa esperança com todos’.”(n. 15)

OUTRAS COMMUNICANDAS• Communicanda 3: Descobrindo o melhor vinho,

no final – Reflexões sobre uma espiritualidade para os confrades da Terceira Idade (08/12/2000):

• Communicanda 4: UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA (AT 4,32) – UMA REFLEXÃO SOBRE A SOLIDARIEDADE NA CONGREGAÇÃO (31/03/2002): trata da solidariedade na Oração, na Missão, na posse dos bens, na formação, que está exigindo a descoberta de novas estruturas.

Perfil redentorista:• Nosso perfil deve ser delineado de DENTRO para

fora, a partir da prática de uma Espiritualidade da copiosa Redenção

• Somos os primeiros a viver imersos na experiência da copiosa Redenção, conscientes de que estamos sendo redimidos pela misericórdia do Pai e pelo amor do Santíssimo Redentor

• Nossa vida missionária é uma resposta a tão imenso amor. Não dependemos de sucessos ou de fracassos, mas dessa espiritualidade para sustentar a fidelidade da nossa consagração.

XXIII Capítulo geral de 2003• TEMA: DAR A VIDA PELA COPIOSA REDENÇÃO !• “Fomos de tal modo seduzidos pelo chamado de

Deus, que somente dando a nossa vida pela copiosa Redenção podemos responder ao amor de Deus por nós.” (DF 3).

• “Dar a vida pela copiosa Redenção exprime nossa imensa alegria de estarmos com Jesus enquanto comunidade e de sermos enviados como comunidade a pregar aos mais abandonados.”(DF 4)

– “Convidamos novamente todos os confrades e todas as comunidades a examinar mais uma vez as conseqüências do ‘ato que define toda a nossa vida missionária de Redentoristas’, ou seja, a nossa profissão religiosa”.(DF 4)

– Corremos o perigo de ser “seduzidos pelo consumismo e pelo individualismo sempre mais difusos. O nosso testemunho contra-cultural luta para sobreviver diante de estilos de vida predominantes, alheios ao Evangelho. A nossa vida de comunidade e s nossas estruturas descentralizadas são profundamente afetadas pelo processo de globalização, desafiando-nos a repensar até que ponto elas servem à nossa missão.” (DF 8)

“A Congregação deve enfrentar o desafio da reestruturação para o bem da nossa missão. A solidariedade pode suscitar muitas estruturas novas e criativas em todos os níveis da vida da nossa Congregação, especialmente no campo da formação e das iniciativas pastorais.” (DF 11)

O ícone evangélico são os Discípulos de Emaús, em seu caminho de volta para Jerusalém. “Não é surpreendente que aqueles que convidaram o Redentor Ressuscitado ao aconchego e segurança da sua casa porque já era tarde, não hesitaram em deixar de lado seus temores e tomar o caminho de volta para Jerusalém a fim de partilhar com os outros a notícia da esperança e da vida? Aquilo foi a copiosa Redenção em ação; sempre presente para nós e nunca para nós somente. Apressemo-nos juntos, porque amanhã pode ser tarde demais.” (DF 16)

Nas Orientações, o Capítulo destaca:• A questão da Reestruturação, afirmando que “o

objetivo geral dessa reestruturação é orientar positivamente, num espírito de solidariedade, o dinamismo apostólico da Congregação no cumprimento da sua missão na Igreja. A Congregação existe para a missão e deve adaptar a ela as suas estruturas.” (DF 11.2)  Para que isso aconteça, o Conselho geral deverá nomear “uma Comissão, que apresentará modelos e estratégias para melhorar e readaptar as atuais estruturas da Congregação.” (DF 11.3). Todo esse trabalho deverá estar pronto para o Capítulo geral de 2009.

COMMUNICANDAS DO GOVERNO GERAL:

• COM. 1: CHAMADOS A DAR A VIDA PELA COPIOSA REDENÇÃO (08/04/2004):

• DAR A VIDA HOJE: um tema corajoso – que missão justifica estruturas novas? – Cristo Redentor, única resposta às nossas perguntas

• DEIXAR-SE SEDUZIR PELO AMOR DE DEUS EM CRISTO: valorizar a nossa caminhada mais recente – nosso itinerário para a descoberta do rosto de Cristo

• A REESTRUTURAÇÃO A SERVIÇO DA MISSÃO: chamados à conversão – um impulso que vem de longe – o caminho proposto pelos últimos Capítulos Gerais – a necessidade de rever nossas estruturas atuais – o que entendemos por “reestruturação”? – alguns critérios para a reestruturação – uma mudança mais profunda – um processo que envolve a todos – como dar continuidade ao processo de reestruturação? 

• COM. 2: A REDENÇÃO (04/06/2006): A urgência sentida no XXIII Capítulo Geral – o papel essencial da metáfora (“redenção”) – 

• BEBENDO DO PRÓPRIO POÇO• PENETRAR O MISTÉRIO HOJE: a busca de sentido e a fome de 

espiritualidade – a realidade do pecado e do mal – sinais e testemunhas do Reino 

• “COLABORADORES, COMPANHEIROS E MINISTROS DE JESUS CRISTO NA GRANDE OBRA...”: centralidade de Jesus Cristo: com Ele há copiosa Redenção – a conversão para a compaixão: que se manifesta em kénosis – companheiros em nossa caminhada

CARTA AOS CONFRADES: “CHAMADO A SER APÓSTOLO DE CRISTO JESUS PELA VONTADE DE DEUS” (1COR 1,1): longa carta-testamento do Pe. Tobin a todos os confrades de 08/09/2009, em que ele se expressa principalmente sobre a Consagração religiosa.

Perfil redentorista:

• Exige uma radicalidade de decisão missionária, que envolve a doação de toda a vida

• “Dies impendere pro redemptis”: gastar a vida com e pelos pobres, sem se poupar e com gosto

• É ser capaz de fazer da própria vida uma “memória viva” do gesto de doação do próprio Jesus por nós. Foi Ele quem nos amou primeiro. Tudo o que fazemos é apenas dar uma resposta de amor a tão imenso amor.

Grupos • 1. Como você avalia a caminhada desses

vários Capítulos? Percebe coerência? Qual o Capítulo ou tema mexe mais com você?

• 2. Quais são os traços ou características do Perfil redentorista delineado pelos Capítulos gerais que você colocaria em maior destaque?

• 2. Que sentimentos pessoais lhe vêm diante dessas características? Esperança, receio, coragem, medo...?

CAPÍTULO GERAL 2009REESTRUTURAÇÃO

ANUNCIAR O EVANGELHO DE MODO SEMPRE

NOVO! RENOVADA ESPERANÇA,CORAÇÕES RENOVADOS, ESTRUTURAS RENOVADAS

PARA A MISSÃO

ANUNCIAR O EVANGELHO

DE MODO SEMPRE NOVO!

DAS EVANGELIUM NEU VERKÜNDEN!

COMO ALGO NOVO!COMO UMA LINDA NOVIDADE!

COMO BOA NOTÍCIA SURPREENDENTE!

EM BUSCA DE UM NOVO PERFIL

Toda a Reestruturação deve começar por uma disposição de:

MUDANÇA DA ESTRUTURA MENTAL DE CADA CONFRADE

MUDANÇA DA “CULTURA” ESTRUTURAL DE CADA UNIDADE

MUDANÇA DE DENTRO PARA FORA, PARA EDIFICAR UMA “NOVA CULTURA REDENTORISTA”

O SER REDENTORISTA DEVERÁ PRECEDER TODAS AS OUTRAS PERTENÇAS

COM RENOVADA ESPERANÇA PARA A

MISSÃO• Prontos a dar testemunho da esperança que existe em nós. (cfr. 1Pd 3,15; Const. 10)

• Toda a proposta de Reestruturação se insere num espírito de ESPERANÇA EVANGÉLICA. É um DOM do Espírito, que continua a confiar na validade da nossa Família missionária.

• É uma busca de novas formas de SOLIDARIEDADE MISSIONÁRIA ENTRE NÓS, para atender ‘de modo especial os pobres, os mais fracos e oprimidos.’ (CC. 4)

• A ESPERANÇA é a virtude essencial para realizar a Reestruturação: olhar confiante para frente e não mera restauração do passado.

• A reestruturação é ao mesmo tempo dom e tarefa para a Congregação e não meramente uma nova instância burocrática.

• Há um novo Governo Geral, disposto a liderar este processo: Pe. Michael Brehl como Superior Geral. E foi significativo que, pela primeira vez em nossa história, está um Irmão, Jeffrey Rolle.

• A nós compete acolher, assimilar e colaborar

CONSELHO GERAL: PE. JACEK DEMBECK, PE. ENRIQUE LÓPEZ, PE. MICHAEL BREHL, IR. JEFFREY

ROLLEY, PE. JUVENTIUS ANDRADE, PE. JOÃO PEDRO, PE. ALBERTO ESEVERRI.

CORAÇÕES RENOVADOS

para a missão !

• ‘Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo.’ (Ez 36,26) . ‘…Toda a sua vida cotidiana deve ser marcada pela conversão do coração e constante renovação do espírito.’ (Const. 41)

• O ponto de partida é a CONVERSÃO, a partir de um coração generoso e aberto à renovação. A conversão nos chama de volta ao nosso primeiro amor, (cfr. Ap 2,4) a ‘manter nosso olhar fixo em Jesus’. (Hb 12,2)

• A conversão é um dom que Deus está oferecendo para cada confrade, para nossas comunidades e para toda a Congregação. (Const. 12)

• Deve nos direcionar: a uma NOVA SOLIDARIEDADE em Cristo e a uma NOVA DISPONIBILIDADE para responder com generosidade ao chamado de Deus.

A Conversão deve renovar em nós o zelo apaixonado pela missão da Congregação.

Deve provocar o processo ‘pleno e contínuo’ de renovação de todos os aspectos de nossas vidas. (Const. 11), para sermos fiéis à nossa tradição.

A Conversão deve nos persuadir da necessidade de eliminar aquilo que nos impede ou nos limita na vivência de nosso carisma.

Quanto mais radical for a nossa conversão, tanto mais radical e profética será nossa Vita apostolica. (Const. 1)

ESTRUTURAS RENOVADAS

PARA A MISSÃO

• ‘Diga ao povo que se ponha a caminho.’ (cfr. Ex 14,15)

• ‘Anunciar o Evangelho de modo sempre novo.’ (São Clemente)

• Precisamos de NOVAS ESTRUTURAS para anunciar hoje o Evangelho de modo novo e atender as novas áreas de urgência missionária, principalmente em favor dos pobres e abandonados.

• As Propostas decididas pelo Capítulo Geral:

7 Princípios como critérios da Reestruturação

5 Conferências Rede Inter‐ConferênciasSolidariedade em termos de pessoal e em

questões financeiras

• É um apelo para um novo Êxodo, como Santo Afonso para os cabreiros de Scala: vai afetar todos os confrades e leigos associados.

• É preciso por-se a caminho logo. A estrada é longa.

Todos, Redentoristas Consagrados e Leigos, estão convidados a partir juntos neste Êxodo missionário, a ‘descobrirem com perspicácia, como pioneiros, novos caminhos, através dos quais o Evangelho seja pregado a toda criatura’. (Const. 15)

É essencial que a reestruturação de nossa Congregação, de nossas comunidades e de nossas vidas pessoais seja guiada pelo Espírito Santo, sem medo de assumir riscos por amor à missão.

As novas Estruturas vão gerar maior liberdade quanto ao objetivo e aos métodos de nossas iniciativas missionárias.

A Mãe do Perpétuo Socorro, Santo Afonso e todos os Santos e Beatos de nossa Congregação irão nos acompanhar nessa caminhada de renovação.

Temos renovada esperança, corações renovados e estruturas renovadas para a missão porque o próprio Redentor está no coração de nossa comunidade. (Const. 23) É Deus que renova todas as coisas. (cfr. Ap 21,5)

1. OS SETE PRINCÍPIOS I – A Reestruturação é para a Missão• O 1º. Princípio apresenta o por quê e o para que da Reestruturação. Não se trata de um conceito genérico de missão, mas daquela missão que está definida em nossas cinco primeiras Constituições. O acolhimento vocacional desse princípio é condição absoluta para tornar-se Missionário redentorista. Sem ela, jamais se esboça o Perfil de um seguidor de Santo Afonso. Isso implica uma revisão profunda de nossas prioridades apostólicas e a condição primeira para assumir novas opções. 

II – A Reestruturação para a Missão deve estimular um novo despertar de nossa Vida Apostólica. Deve provocar uma nova disponibilidade para a Missão

• O 2º. Princípio nos reintroduz na totalidade de nossas Constituições e Estatutos, intitulada Vida Apostólica, cujo ponto de partida é nossa dedicação a Cristo Redentor pelos 4 votos. Nossa consagração missionária visa dar-nos uma disponibilidade incondicional para a Missão. Disponibilidade para abraçar outras culturas e para dar um testemunho contra-cultural. Por isso, a disponibilidade missionária é um elemento integrante do Perfil redentorista.

III – A Reestruturação para a Missão deve buscar e acompanhar os mais abandonados, especialmente os pobres. Para isto, deve haver uma reestruturação tanto dentro das Unidades e Conferências, como além dos limites das Unidades e Conferências.

• O 3º. Princípio  nos coloca em constante mobilidade, no acompanhamento contínuo dos mais abandonados. Não faz parte do nosso Perfil ser um redentorista estático. Pessoalmente ou em comunidade e equipe, fazemos parte de um grupo móvel dentro da Igreja. Nada jamais deve ser mantido que nos impeça de ir ao encontro do destinatário próprio do nosso carisma fundacional.

IV – A solidariedade na Missão inclui uma capacidade de otimizar recursos, tanto humanos (membros professos e leigos associados) como financeiros.

• O 4º. Princípio nos propõe uma atitude concreta de Solidariedade interna, entre nós e entre as Unidades, em vista da Missão. Uma Solidariedade que inclui pessoas, meios e recursos econômicos. Não podemos nos fechar em nossas Comunidades, Equipes e Unidades, quando há situações de fragilidade e a Missão exige colaboração. A consciência de ser Redentorista dentro de um horizonte mais amplo certamente integrará o Perfil dos novos redentoristas.

V – A Reestruturação para a Missão requer uma Associação entre as Unidades, sempre buscando um caminho comum a percorrer.

• O 5º. Princípio vem exigir que nenhuma Unidade jamais se isole em sua vida e ação missionária. Isso deverá provocar um maior conhecimento entre os confrades das várias Unidades, além de exigir certas condições de formação comum, em vista da mútua colaboração. Novamente, no Perfil do redentorista, deve diminuir o peso de identificação com sua própria Unidade e a abertura para viver e atuar em colaboração com confrades de outras Unidades.

VI – Uma parte vital da nossa Missão, tanto em nosso passado como na atualidade, é a reflexão teológica enraizada na experiência espiritual e pastoral. Uma nova distribuição de nossos recursos teológicos é essencial para o desafio da reestruturação para a Missão de hoje.

• O 6º. Princípio expressa a consciência de que somos missionários com um senso de responsabilidade teológica pelo que somos e fazemos. A reflexão teológica é parte vital da nossa Missão, que não pode ser um agir superficial. Por isso, faz parte do Perfil redentorista a especialização prioritariamente em Teologia moral e pastoral. Os Redentoristas do hemisfério sul deverão especializar-se muito mais.

VII – Participação e Corresponsabilidade: O processo da Reestruturação vai envolver todos os confrades Redentoristas e os leigos associados e, de certa forma, todas as pessoas entre as quais exercemos nossa Missão. Para isto, um processo de conscientização acompanhará o processo da Reestruturação.

• O 7º. Princípio nos possibilita encarar toda a proposta de Reestruturação como um processo de conscientização, de participação e de corresponsabilidade de todos. O próprio Perfil do novo redentorista será como um elemento vivo, que irá crescendo e se definindo gradativamente. Não há perfis prontos. É preciso buscar, propor, testar, antes de confirmar algum novo perfil. Será um processo de criatividade pessoal e comunitária, que nossa geração tem o dever de começar. 

• Perfil redentorista:• Os sete Princípios estão perfeitamente propostos

em nossas CCEE. Contudo, eles selecionam e focalizam alguns aspectos imprescindíveis para o processo de Reestruturação. O acolhimento desses sete Princípios representa uma “conditio sine qua non” para entrarmos no caminho da Reestruturação. Em que eles incidem sobre o Perfil do redentorista atual, exigindo uma correção de linhas? O que não tem sido tão relevante e deverá tornar-se daqui pra frente, a partir de algum desses Princípios?

DIRETÓRIO GERAL PARAOS ESTATUTOS DAS

CONFERÊNCIAS

2. O Perfil do Redentorista nas Conferências

1. CINCO CONFERÊNCIAS: EUROPA ÁSIA E OCEANIA ÁFRICA E MADAGASCAR AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA LATINA E CARIBE:

URNALC URB URSAL

A Conferência: Um Chamado à Conversão no Serviço à Missão

1. Há uma nova instância de autoridade em nossa Vida Apostólica: a

CONFERÊNCIA DOS REDENTORISTAS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE

2. É uma instância em processo de formação, que se solidificará entre cada Unidade e o Governo Geral.

A Conferência da América Latina e Caribe é uma estrutura da Congregação que abrange todos os membros das Províncias Vice-Províncias, Regiões e Missões do México até a Patagônia.

Esta Conferência já nasce com três Sub-Conferências:

URNALC: União dos Redentoristas do Norte da América Latina e Caribe

URSAL: União dos Redentoristas do Sul da América Latina

URB: União dos Redentoristas do Brasil

Esta nova instância irá agir através de uma Assembléia representativa e de um Coordenador,

com autoridade delegada pelo Conselho Geral, para:

estimular um novo despertar de nossa Vita apostolica, principalmente da nossa Missionariedade.

provocar uma nova disponibilidade para a nossa missão entre todos os Redentoristas e leigos associados,

“levados pelo espírito apostólico e imbuídos do zelo do Fundador”,

“como colaboradores, companheiros e ministros de Jesus Cristo na grande obra da Redenção” (Const. 2).

É uma estrutura que facilitará um discernimento missionário mais amplo e a tomada de decisões com uma visão mais global, diante das urgências pastorais.

Será um fórum amplo de discernimento e decisão, evitando assim a tendência ao provincialismo e ao mesmo tempo considerando seriamente as necessidades locais.

Assistirá o Governo Geral na animação da Congregação.

Será um espaço para a colaboração efetiva nas áreas das prioridades apostólicas, das iniciativas missionárias, da formação, das finanças, de pessoal etc., e para o estabelecimento de comunidades internacionais e interprovinciais.

Irá proporcionar segurança às Unidades frágeis e também apreço e desenvolvimento de igrejas particulares dentro da Congregação.

Oferecerá um ambiente, na área da formação inicial e contínua, onde a atual geração dos Redentoristas e as futuras serão formadas numa visão global mais diversificada culturalmente.

Perfil redentorista:• São impensáveis a existência e o funcionamento das

Conferências com a mentalidade em que eram formados os redentoristas nos últimos 50 anos: identificados quase que exclusivamente com sua Província, com certos antagonismos e competições entre as Unidades, disponíveis quase que apenas dentro de sua Unidade, que decidia sozinha quais seriam suas novas fundações, sem levar em conta, normalmente, as urgências de outras Unidades e as urgências da Igreja, em outras áreas que não fosse a área da sua Unidade. Somente o Governo geral, após longas negociações, conseguia criar algo novo, fora da jurisdição dos Governos e Capítulos (vice) provinciais, mas não raro de forma precária.

• Portanto, o novo redentorista terá que ser preparado desde a primeira proposta vocacional que é feita ao jovem candidato. Ele será Missionário redentorista da Congregação toda, com um horizonte imediato marcado pela área da Conferência e da sub-Conferência. A sua Unidade de origem será apenas o seu ponto de partida, não mais o seu único campo de Missão.

SER Redentorista

É SER

Missionário Sempre!

3. Decisões da Reestruturação que marcarão o Perfil do Redentorista

As prioridades apostólicas que serão escolhas feitas pela Conferência exigirão uma disponibilidade anterior àquela que as Unidades normalmente pedem dos confrades.

As Comunidades inter-provinciais e internacionais vão representar um novo desafio de convivência entre os confrades e com os leigos. Mais do que todas as preparações e treinamentos que serão oferecidos, será fundamental a mística da Encarnação, tanto para viver com confrades de culturas distintas como para inserir-se em ambientes sociais e eclesiais diferentes daqueles em que fomos formados. A consciência de união no essencial ( a missão, a vida espiritual, etc.) e o espaço de liberdade no acidental (gostos culturais, desde o paladar até o canto) podem dar um colorido novo à vida comunitária, ao invés de criar tensões e discórdias.

A superação da cultura do “provincialismo” e até de comparações deselegantes entre as unidades depende de uma reação consciente das atuais gerações de redentoristas e de uma postura ativa diante de atitudes viciadas do passado. O ser Redentorista, pela dedicação a Cristo Redentor, deveria ser a referência comum de fraternidade e de igualdade entre todos os Redentoristas, anterior e mais forte do que a diferença de nacionalidade, regiões, de culturas próprias, de tendências eclesiais, etc.

Uma nova DISPONIBILIDADE só é viável quando assumimos um “distacco” da necessidade vital de segurança, que normalmente tende a nos manter em ambientes conhecidos e seguros. Quem não tem algo de espírito de aventura, de risco, dificilmente será um bom missionário redentorista.

O sentido de pertença à Congregação, desde o início da formação, deverá ser ampliado, formando a consciência de ser membro da Congregação toda e não somente de uma Unidade, tendo em vista uma disponibilidade pessoal além dos limites de origem.

Cada vez mais, o estudo de línguas estrangeiras e de outras culturas, além da imersão concreta em outras Unidades, com culturas distintas, deverá entrar no currículo da formação inicial.

Novos projetos de Noviciados e Teologados deverão surgir, sob a coordenação da Conferência, tendo em vista as Comunidades interprovinciais e internacionais.

A Conferência estabelecerá programas para a formação contínua de todos os confrades. Dará especial atenção ao período de transição para o ministério, i.e., o período dos cinco primeiros anos após os votos perpétuos ou a ordenação.

4. Um novo tipo de Governo da Comunidade Apostólica

O mandato quatrienal, isto é, de 4 anos, vai criar maior estabilidade dos confrades em suas transferências e nomeações. Você acha que isto será um ganho em vista do compromisso com a Missão?

A instância da Conferência e de uma autoridade intermédia entre a autoridade da Unidade e o Governo geral, com capacidade de decisão e de implementação das decisões tomadas, irá provocar um novo desafio às nossas tradições e exigirá um novo acolhimento do voto de obediência. O novo Redentorista deverá estar aberto para acolher e colaborar com essa nova instância.

As decisões das Assembléias da Conferência terão prioridade sobre as decisões dos Capítulos e Assembléias provinciais, com a subseqüente implementação. O novo Redentorista deverá acolher tranquilamente tais decisões, com disponibilidade para assumi-las e praticá-las prioritariamente a outras decisões.

A representação nas Assembléias da Conferência será, em parte, por eleição de Vogais. É uma nova responsabilidade de escolha que se coloca diante dos confrades de cada Unidade.

Os Leigos deverão ser integrados como participantes das Assembléias. Também aqui, no novo Perfil do Redentorista está o pleno acolhimento e a integração dos Leigos, como corresponsáveis, em todas as etapas da nossa Missão e como participantes da nossa Espiritualidade.

5. O trabalho em RedePara que as Conferências não corram o risco de ficarem

fechadas em si mesmas, o Capítulo propôs também o trabalho em Rede, em determinadas áreas de atuação pastoral da Congregação e em certas situações de carência mais graves, como:

a Mobilidade humana, com o fluxo constante de migrantes, principalmente em direção aos países ricos do hemisfério norte; os Santuários; o desafio de continuar a tradição redentorista de Reflexão teológica; os Meios de comunicação social; as Missões populares; a pastoral da Juventude; as Paróquias missionárias; a Justiça social; e o desafio de estruturar a Congregação na África e no Madagascar.

Essa tarefa é confiada ao Governo geral, que deverá encontrar repercussão e apoio concreto nas diversas Conferências. Mais uma vez, essa nova dimensão deverá integrar a corresponsabilidade de todos os confrades e a consciência de que as Unidades não podem isolar-se em suas autonomias, mas procurar associar-se, estar abertas e colaborar constantemente.

Para que o Redentorista tenha um Perfil capaz de assumir a proposta de Reestruturação:

1. Qual deveria ser o seu Perfil teológico, enquanto ideário sobre Deus, sobre Jesus, sobre a Salvação, sobre a Igreja e sobre a Missão no mundo?

2. Que tipo de Perfil psicológico e social estaria mais aberto a essas propostas? Tipo de temperamento, de tendências sociais, de heranças culturais, de convivência e atuação em equipe, etc.

3. Quais as características mais importantes para o Perfil do Redentorista da Conferência da América Latina e Caribe?

4. Quais as decisões práticas imediatas que deveriam ser tomadas nas ares da formação inicial, da convivência comunitária e da missão em vista desse novo Perfil?

Perfil de uma Conferência

• No passado, as Unidades fizeram um trabalho corajoso, em alguns casos mediante acordos bilaterais ou multilaterais com outras Unidades, consultando o Conselho Geral. Porém, as urgências pastorais do nosso tempo pedem uma estrutura que facilite um discernimento missionário mais amplo e a tomada de decisões com uma visão mais global.

• A Conferência pode oferecer a oportunidade para uma revisão mais profunda da vida e da obra dos Redentoristas dentro de suas fronteiras. É um fórum para o discernimento pastoral de um modo diferente daquele feito pelas Unidades isoladas ou multilateralmente; um fórum onde as necessidades locais podem ser seriamente consideradas, mas contempladas num contexto mais amplo.

Dentro da Conferência, o desafio para a vitalidade missionária vai além das fronteiras nacionais imediatas. Isto garante que podemos vencer o provincialismo e, ao invés, alargar nossa apreciação do chamado à evangelização no mundo atual.

A Conferência tem mais capacidade de proporcionar um sentimento de segurança para as novas iniciativas apostólicas, mas também, o que é importante, dar um sentimento de segurança às Unidades frágeis. (No passado, essa segurança vinha muitas vezes de poderosas Províncias mães.)

Como estrutura, a Conferência oferece o ambiente para uma apreciação maior da conservação e do desenvolvimento dos vários ritos litúrgicos dentro da Congregação.

Em termos de recursos econômicos, a Conferência teria sistemas apropriados que permitiriam maior equidade e solidariedade, e mais efetivo discernimento nos interesses da missão redentorista.

• A Conferência ajuda a discernir possibilidades e prioridades para iniciativas e convites para a missão.

• A Conferência oferece um horizonte mais amplo para a identidade da próxima geração de Redentoristas.

• A Conferência ajuda a dar direção, visão e critérios orientadores (política) à formação inicial e contínua.

• A criação de comunidades internacionais e interprovinciais de missão redentorista e o apoio a elas é primariamente uma responsabilidade da Conferência.

• A Conferência assiste o Governo Geral na animação da Congregação como um todo.

O Superior Geral, quando presente na Assembléia, é quem preside e tem direito a voto. O Coordenador é o presidente ordinário das Assembléias.

Outras pessoas, como Leigos associados, etc., podem ser eleitas ou designadas para a Assembléia, conforme os Estatutos da Conferência; (sem direito a voto).

Na Assembléia, requer-se maioria de dois terços dos votos para promulgar, emendar, interpretar autenticamente, ou ab-rogar os Estatutos da Conferência.

Em outras questões, basta a maioria absoluta dos votos, a não ser que o contrário seja determinado por lei comum ou particular (cf. Est. Ger. 0141).

Os Estatutos da Conferência, como também os decretos elaborados pela Assembléia, que pertencem a algum ponto das Constituições e Estatutos, não podem ser promulgados enquanto não forem aprovados pelo Conselho Geral (cf. Est. Ger. 0142

Perfil do confrade Redentorista formado dentro desta nova visão

• Os princípios da reestruturação asseguram a continuidade da nossa identidade fundamental e da nossa missão como Redentoristas na Igreja e no mundo. Ao mesmo tempo, eles requerem realidades e estruturas novas que dêem novo impulso a esta missão e a esta identidade.

• Em termos concretos, é este o perfil do confrade que faz parte desta Congregação recém‐estruturada:

• Ele participaria de um programa de noviciado comum a várias Unidades, geralmente pertencentes à mesma Conferência. Entraria em contato com confrades de outros países, de outras culturas e talvez também de outras línguas.

• Durante a sua formação inicial, ele ficaria conhecendo o carisma da Congregação e os dons e apostolados especiais de sua própria Unidade. Entenderia a partir de nossa história que a renovação e a reestruturação constantes têm sido vitais para a continuidade da nossa missão.

• Ao fazer os votos, seu compromisso será com a Congregação inteira e não simplesmente com sua Unidade particular. Praticamente, este compromisso se expressará dentro do âmbito de sua Unidade e da Conferência à qual esta Unidade pertence. Com outras palavras, o confrade deverá ter uma idéia global das circunstâncias em mudança, das realidades humanas e das prioridades apostólicas não só da sua Unidade, mas de toda a Conferência à qual ele pertence.

• Ele vai ser informado, por exemplo, a respeito do fenômeno dos migrantes dentro da região geográfica que sua Conferência representa. Para dar outro exemplo, ele será capaz de participar do apostolado especial dos santuários redentoristas no interior de sua Conferência, apostolado este que vem crescendo em importância dentro do fenômeno moderno da religiosidade popular.

• Acima de tudo, ele saberá que pertence a uma Congregação de âmbito mundial que leva a sério o desafio de estar atenta aos sinais dos tempos e de tomar decisões apostólicas vitais que respondam sempre de novo ao nosso chamado à missão.

“HÁ UM HORIZONTE IMENSO PELA FRENTE E O CRISTO REDENTOR NOS

ACOLHE E NOS ENVIA SEMPRE!”

Pai santo, fazei-nos fortes na fé, alegres na esperança,

fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração.

Dai-nos forças para que sejamos homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso,

seguindo contentes a Cristo Salvador.Queremos participar do seu mistério e anunciá-lo

com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de nós mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar

aos homens a “Copiosa Redenção”. É o que vos pedimos pela intercessão de Maria

Santíssima e de Santo Afonso, por meio de Jesus Cristo Nosso Santíssimo Redentor. Amém.

CREDO DO MISSIONÁRIO REDENTORISTA

• Creio que Deus Pai de tal modo me amou que me deu seu Filho único como meu Redentor (Jo 3,16)

• Creio que Jesus me amou e se entregou totalmente por mim (Gl 2,20), a tal ponto que se aniquilou a si mesmo tornando-se semelhante a mim em tudo, exceto no pecado (Fl 2,5-11).

 

Por meu amor, fez-se criança num Presépio.

• Por meu amor, ofereceu-se à morte na Cruz.

• Por meu amor, reduziu-se a um pedaço de pão na Eucaristia.

• Por tudo isso, creio que a Redenção é abundante para mim e para todas as pessoas (Sl 130)

• Creio que somente amando Jesus Cristo acima de tudo e amando cada pessoa como Jesus amou serei uma “Memória viva” de sua presença encarnada no mundo (1Cor 13)

• Creio que Ele me ungiu para continuar sua missão, pelo anúncio dessa Boa Notícia aos pobres (Lc 4,18-19).

• Creio que Maria é a Mãe da Esperança, que me ajudará a dar uma resposta de amor a tão imenso amor. Amém.

“EU ESTOU SEMPRE COM VOCÊS!”