Pericia de incendio

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SUBSECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIRETORIA GERAL DE SERVIÇOS TÉCNICOS CENTRO DE PESQUISAS, PERÍCIAS E TESTES NOÇÕES BÁSICAS DE PERÍCIA DE INCÊNDIO MAJ BM QOC/95 Marco Albino Lourenço Pereira Diretor do CPPT/CBMERJ AUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

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SUBSECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DIRETORIA GERAL DE SERVIÇOS TÉCNICOS

CENTRO DE PESQUISAS, PERÍCIAS E TESTES

NOÇÕES BÁSICAS DE

PERÍCIA DE INCÊNDIO

MAJ BM QOC/95 Marco Albino Lourenço Pereira

Diretor do CPPT/CBMERJ

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Processos de transmissão do calor

• O calor pode ser definido como a energia

térmica em trânsito, ou seja, energia

térmica que se transfere de um corpo

para outro, quando entre eles existe uma

diferença de temperatura.

• Condução, convecção e irradiação.

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Condução• É o processo de

transmissão de energia térmica e não matéria;

• Nos incêndios, alguns materiais, por sua natureza, podem servir como meio de propagação de calor por condução, fazendo com que materiais combustíveis distantes do foco inicial do incêndio recebam calor suficiente para atingir a sua temperatura de ignição e provocar a formação de novos focos de incêndios. Figura 2.1 Incêndio se propagando por Condução

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Cálculo de Calor Transferido por

Condução

Q = - k . A . d T

d x

• Q – calor transferido;

• k – constante de condutividade;

• A – área;

• T – variação da temperatura;

• x - distância

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Convecção

• É a transmissão do calor através do transporte de matéria, onde líquidos e gases levam o calor de um ponto ao outro através do movimento (fluxo) de suas camadas.

Figura 2.2 Incêndio se propagando por Convecção

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Irradiação

• É a transmissão do calor através da emissão

de raios caloríficos, os quais atravessam o ar

e provocam incêndios à distância.

Exemplo: irradiação do sol.

Na figura abaixo podemos observar um

incêndio iniciado em uma edificação

próxima, pelo processo de irradiação do

calor.

Figura 2.3 Incêndio se propagando por Irradiação

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Carga Incêndio

O valor da carga incêndio

é calculado de forma

imprecisa, levando-se

em consideração a

distribuição não

uniforme do material

combustível na área ou

piso do compartimento

e a variação do tempo

da quantidade desse

material.

q = M . H . m .

Aq – valor da carga incêndio;

M – massa total de cada componente dematerial combustível.

H – potencial calorífico específico decada componente.

m – coeficiente adimensional daeficiência da combustão (queima totalm = 1)

- coeficiente adimensional querepresenta o grau de proteção ao fogodo material combustível. (varia entre 0e 1)

A – área do incêndio.

O potencial calorífico especifico damadeira vale entre 17 e 20 J/kg.

A madeira por não apresentar isolamentotérmico adquire = 0,45.

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Temperatura Máxima de um Incêndio

Os primeiros estudos sobre oramo das curvas detemperatura de um incêndioforam realizados no final dadécada de 50, por K.Kawagoe no Japão, e por K.Ödeen na Suécia.

Porém a primeira normalançada foi a SBN, em 1967na Suécia, que permitia oestudo dos conceitosnaturais de incêndio e desua ação térmica.

A temperatura máxima de umincêndio é dada pelaexpressão:

t max = __q___ ___q___

Rm . H 105 . υ

60

q ­­ carga incêndio total;

Rm – taxa média de combustãoda madeira (330 A . h1/2

kg/h)

H – potencial calorífico damadeira

υ – grau de ventilação.

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Estudo de um Incêndio Padrão

Denomina-se incêndio-padrão o modelo deincêndio para o qual se admite que a temperaturados gases do ambiente em chamas respeite ascurvas padronizadas para ensaios.

Tendo em vista que a curva temperatura-tempo doincêndio se altera, para cada situação estudada,convencionou-se adotar uma curva padronizadacomo modelo para análise experimental deestruturas, de madeira, etc. Na falta de estudosmais exatos, essas curvas padronizadas sãoadotadas como modelo de incêndio-padrão.

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Curva Tempo / Temperatura

e Propagação de Incêndio

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COMPONENTES DA COMBUSTÃO

ÁREA DE LIBERAÇÃO

DE GASES DO COMBUSTÍVEL COMBUSTÍVEL

CALOR

ÁREA DE CRAQUEAMENTO DAS

MOLÉCULAS DO COMBUSTÍVEL

ÁREA DE REAÇÃO EM

CADEIA

FUMAÇA:

- PARTE SÓLIDA

- PARTE GASOSA

REALIMENTAÇÃO

N2

CO2

CO

H20

C

HCN

HCL

C2H4O

SO2

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DESENVOLVIMENTO DOS INCÊNDIOS

Tempo

Temperatura

1000ºC

Desenvolvimento

Inicial

Temperatura

Máxima

Desenvolvimento

Rápido

Extinção

Período de

Detecção/

Combate

AERODISPERSÓIDES VAPORES FUMAÇA CHAMAS

ETAPAS INICIAIS DO INCÊNDIO

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DESENVOLVIMENTO

NORMAL DE UM INCÊNDIO

• Fases de propagação de um incêndio.

Todo incêndio compreende cinco fases ou

estágios distintos, que são:

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• Fases destrutivas:

• Generalização ou “flashover” (3ª fase ).

• Propagação (4ª fase ).

• Extinção (5ª fase ).

• Fases iniciais:

• Início do Incêndio (1ª fase ).

• Incubação (2ª fase ).

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• Início do Incêndio:

É o princípio de qualquer incêndio, quando por atuação de um agente ígneo é atingido o ponto de inflamação ou de ignição de um combustível presente, fazendo-o entrar em processo de combustão viva. O lugar onde ocorre o irrompimento das chamas é chamado de foco inicial ou foco principal.

• Incubação:

Prorrompido o incêndio, o calor gerado no foco inicial se propaga, determinando o aquecimento gradual de todo o ambiente.

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• Generalização:

Como conseqüência do aquecimento gradual do ambiente, vários combustíveis irão sofrer pirólise e lançarão gases no ambiente na temperatura de inflamação. Por outro lado, após algum tempo atingem-se as temperaturas de ignição e os materiais se inflamam mesmo na ausência de chama e tem-se com isso uma generalização do incêndio no ambiente.

• Propagação:

Simultaneamente com o que ocorre na 3ª Fase, ou mesmoantes dela, as chamas vão se propagando por contatodireto com os combustíveis, sendo facilitado pelosrastilhos, pelos focos múltiplos e pelo emprego deaceleradores.

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• Extinção:

A extinção representa a decadência do fogo, a reduçãoprogressiva das chamas até o seu completodesaparecimento, seja por exaustão dos materiais quetiveram todo o gás combustível emanado e consumido,excepcionalmente pela carência de oxigênio ou pelaobstrução da combustão pela eficaz atuação de um dosmeios de extinção do fogo.

As fases 1 e 2 são as fases iniciais do incêndio e podem serfacilmente dominadas, bastando garantir a saída dos gasesquentes e combatendo o princípio do incêndio.

As fases 3 e 4 são as fases destrutivas do incêndio e quantomais avançarem mais difícil será o domínio do fogo, maiora destruição e mais difícil a elucidação das causas doincêndio.

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PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS

Fo c o s :

1 - I n i c i a l

2 - Po r Co n d u ç ă o

3 - Po r Co n ve c ç ă o

(L ín g u a d e Fo g o )

4 - Po r Qu e d a

5 - Po r Co n ve c ç ă o

PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

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DINÂMICA DA PROPAGAÇÃO

CORRENTES DE

CONVECÇÃO SÃO

CONSTITUÍDAS

PRINCIPALMENTE DE

FUMAÇA E GASES

TÓXICOS

ATINGEM OUTROS

ANDARES POR DUTOS

DE AR

CONDICIONADO,

CABEAMENTO

ELÉTRICO, SISTEMAS

DE ABASTECIMENTO

DE ÁGUA, TELEFONIA

E PELO POÇO DO

ELEVADOR E DAS

ESCADAS QUANDO

SEM ANTECÂMARA

INTERNACORRENTES DE

CONVECÇÃO SÃO

CONSTITUÍDAS

PRINCIPALMENTE DE

CHAMAS QUE

ATINGEM OS OUTROS

ANDARES PELA PARTE

EXTERNA DO

EDIFÍCIO EM VIRTUDE

DO ROMPIMENTO DOS

VIDROS DAS JANELAS,

PELA ALTA

TEMPERATURA E PELA

SOBREPRESSÃO

PROPAGANDO-SE

PRINCIPALMENTE EM

FACHADAS

CONTÍGUAS

EXTERNA

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FOCO INICIAL – Início do incêndioCONVECÇÃO – Correntes ascendentes de gases

e fumaça superaquecidos

CORRENTES EXOFOCAIS – São as correntes de

gases e fumaça que saem do centro da

combustão porintermédio das correntes de

convecção

CORRENTES ENDOFOCAIS – Correntes de ar que

realimentam o foco do incêndio

EFEITO COGUMELO – Ocorre devido ao retorno

das correntes de convecção no sentido inverso após

A reflexão das correntes na parte superior do

pavimento gerando o resfriamento das correntes de ar

e a realimentação do incêndio

ROLL OVER – Espalhamento da caloria pela parte

superior do ambiente na forma de rolos de fumaça

e gases

EFEITO CHAMINÉ – Propagação das correntes de

convecção pelos dutos verticais dos edifícios

FLASHOVER – inflamação generalizada do ambiente

em decorrência ao superaquecimento dos gases e

fumaça nas partes superiores do recinto

NOVO FOCO – Surge devido a ignição dos gases

no ambiente devido ao flashover Inflamando

tudo ao redor.

ESPALHAMENTO – O espalhamento se dá por meio

da difusão da fumaça e dos gases tóxicos pelas

partes superiores dos pavimentos por meio do

roll over

DINÂMICA INTERNA

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VENTO

DINÂMICA EXTERNA

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Causas de Incêndio

Naturais: aquelas que provocam incêndios

independentemente da vontade humana.

Podem ser de:

Natureza Físico-Química: Raio / Sol; e

Natureza Biológica: Decomposição

QuímicaAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

Artificiais: Que podem ser:

• Material, que se sub-dividem em:

• Primária: que pode ser de:

Natureza Química: Turfa

Natureza Física: Curto-Circuito

Natureza Biológica: Ação de Bactérias

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• Secundária: Incêndios causados por materiais já inflamados. Ex: palitos e cigarros acessos negligenciados Palitos e Cigarros

• Espontânea: ocorrem devido a inflamação de substâncias próprias sem auxílio externo de chamas, centelhas ou de corpos incandescentes, Ex.: piritas, óleos, graxas e celulóide.

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• Pessoal: agrupam-se os incêndios ou explosões originados segundo a influência dos seres humanos, direta ou indiretamente, sub-divide em:

• Ação Pessoal Direta:onde há sempre a intenção por parte do autor, caracterizando o chamado “incendiarismo”

• Ação Pessoal Adredemente Preparada: onde além da intenção o autor do incêndio, previamente prepara-se o local para ocorrência do Sinistro

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• Ação pessoal indireta: onde atos

inseguros e condições de insegurança

originam incêndios através de ações

humanas de imperícia, negligência e

imprudência ou ainda, em casos

excepcionais, através de erros, acidentes

ou causas anormais

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TABELAS PARA ANÁLISE

DO COMANDANTE DO

SOCORRO

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Relação Temperatura e Cor da Chama

Cora da Chama Temperatura (º C)

Vermelho Claro 480

Vermelho 525

Vermelho Sangue 565

Vermelho Cereja Claro 635

Vermelho Cereja Intermediário 675

Vermelho Cereja 740

Vermelho Brilhante 845

Vermelho Salmão 900

Laranja 940

Verde 995

Amarelo Claro 1080

Branco 1205

Azul-Branco 1400AUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

Cor da Fumaça e Significado

Cor Significado

Cinza Claro Combustíveis

Ordinários em Fase

Inicial de Combustão

Cinza Escuro Combustíveis

Ordinários em Fase

Final de Combustão

Negra Hidrocarbonetos, é

anormal em fases

iniciais de incêndio

Cinza Amarelada Combustão Lenta

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Relação Temperatura de Fusão e

Material Combustível

Material Temperatura de Fusão

Alumínio 600/670 ºC

Vidro 700 ºC

Cobre 1080 ºC

Aço 1300 ºC

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Relação Cor do Concreto e Temperatura

de Incêndio

Cor Temperatura

Cinza 0/300 ºC

Rosa 300/600 ºC

Cinza Claro Acima de 600 ºC

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SINAIS

CARACTERÍSTICOS DA

VELOCIDADE DO FOGO

EM LOCAIS DE

INCÊNDIO

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Uma queima uniforme e superficial no teto indica

uma queima lenta, um lento emergir de calor.

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Já uma queima rápida fará um intenso estrago localizado,

concentrado numa área mínima, localizada logo acima da chama

principal. Neste caso, o foco de fogo possivelmente estará situado

na projeção dessa deformação.

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Queimas difusas numa superfície,

quando lentas, são mais largas.

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Ao contrário, quando são mais rápidas, a área

de espalhamento da chama é mais estreita.

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A queima lenta da madeira será uniforme,

conservando o plano da superfície original no

mesmo alinhamento.

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A queima rápida da madeira deixará intensas

rachaduras e uma superfície irregular, sem

conservar o plano primitivo da superfície.

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Inobstante a físico-química do fogo ser

bastante complexa, envolvendo

aprofundados e variados conhecimentos

técnicos e científicos, a movimentação do

fogo, conforme já deixamos aflorar, tem um

comportamento um tanto quanto previsível,

passível de precisão.

As configurações a seguir apresentadas

ilustram alguns desses aspectos que podem

ser analisados na diagnose de um incêndio.AUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

Correntes de ar desviam o fogo

lateralmente, inclusive incrementando a

velocidade de propagação.

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Formações verticais reduzidas das edificações,

tais como poços de escadas e de elevadores,

podem determinar o efeito chaminé e

promoverem a subida das chamas.

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Na ausência de correntes de ar, próprias de

ambientes confinados, o fogo obedece à regra geral

e queima preferencialmente para cima.

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Quantidades limitadas de acelerantes sobre um piso

comum, inclusive de madeira sem carpete, geralmente

queimam somente o próprio combustível, deixando a

superfície do piso praticamente incólume.

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Entretanto, em regra, a disponibilidade de

acelerante permite uma rápida movimentação e

generalização do fogo.

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E a presença de substâncias combustíveis, em

tese, permite o aumento do volume do fogo,

sustentando a combustão por mais tempo.

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OS VESTÍGIOS DE

UM INCÊNDIO

PADRÃO

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Imaginemos um incêndio originado do

lado esquerdo do prédio representado na

figura abaixo

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Neste caso, o foco de fogo seria

representado pelos resíduos

carbonizados do material que

queimou sobre o piso, acompanhado

de escombros da área do teto,

posicionada sobre o mesmo, que

poderia ter sido atingido

diretamente pelas chamas ou pelo

calor de convecção.

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Observa-se que mesmo que o teto

desabasse, na projeção da área

inicialmente atingida pelo fogo,

por cima do foco de fogo, deveria

haver sinais de carbonização

típicos, indicativos da localização

espacial do foco de fogo.

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Os focos de fogo padrão têm uma

forma característica. Os gases

destilados são mais leves do que o ar,

por isso sobem, daí a razão da

tendência natural do fogo subir.

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Por causa dessa propriedade do fogo, um foco

de fogo único tende a se desenvolver de baixo

para cima, sentido a partir do qual vai se

difundindo lateralmente, espalhando-se

progressivamente, de modo que assume a forma

típica de “V”, também chamada de cone

invertido, forma padrão dos focos de fogo, cuja

parte mais inferior deverá abrigar a causa do

incêndio, uma vez que é o lugar onde eclodiu a

chama original, a partir da qual começou o

incêndio.

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INVESTIGAÇÃO

PERICIAL DE

INCENDIO

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Exame do Exterior da Edificação

O PERITO deve adotar os seguintes procedimentos:

Dar a volta em toda a edificação para obter uma impressão geral da situação;

Fazer um croqui de cada parede que mostre as posições (não necessariamente

o estado) das portas e janelas;

Dar uma segunda volta, examinando minuciosamente, as paredes;

Marcar no croqui de cada parede qualquer sinal do incêndio ou do trabalho

dos bombeiros;

Fazer registro fotográfico de cada parede exterior, mostrando a parede

inteira;

Retirar fotografias aproximadas de qualquer circunstância anômala;

Registrar cada condição particular e anotar nos esquemas as fotografias

correspondentes às mesmas; e

Verificar o telhado ou laje da edificação.

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Exame do Interior da Edificação

O PERITO deve adotar os seguintes procedimentos:

Iniciar o processo de verificação partindo da área menos atingida para a área

mais atingida pelo incêndio.

Verificar os acessos da edificação (sinais de arrombamento).

Verificar o estado das portas e janelas interiores observando a existência de

sinais de fuligens e de danos causados pelo calor e pelas chamas.

Registrar ou recolher como prova objetos estranhos às dependências.

Observar e registrar o material combustível existente nas dependências.

Observar, sinalizar e registrar nas áreas não atingidas e danificadas pelo

incêndio as instalações elétricas, gás canalizado, máquinas e equipamentos, e

os sistemas de proteção contra incêndio.

Avaliar o desempenho dos sistemas de proteção contra incêndio e pânico.

Determinar as áreas mais atingidas pelo incêndio e o motivo da severidade.

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Determinar a zona de origem do incêndio.

Isolar a zona de origem realizando os registros fotográficos.

Observar e registrar as características da queima dos materiais encontrados na zona de origem.

Determinar os primeiros materiais combustíveis que foram queimados na zona de origem.

Realizar se necessário a raspagem ou escavação dos locais ou dos materiais encontrados na zona de origem.

Estabelecer as possíveis fontes de ignição na zona de origem.

Sinalizar, registrar e coletar em recipientes adequados as amostras da zona de origem, bem como das demais encontradas no interior da edificação; e

Manter a edificação, ou parte dela, isolada e íntegra até que se proceda a reconstituição ou termine as análises de campo, ou ainda se conclua o laudo de investigação de incêndio

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CASES DE PERÍCIA

DE INCÊNDIO

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PERÍCIA NO DBM DE SÃO PEDRO DA

ALDEIA

Entrada do Alojamento de PraçasAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

BELICHE DESTRUÍDO PELO

INCÊNDIOAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

MARCAS DE PROPAGAÇÃO NO

BELICHE

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RESTOS DE CIGARRO NO CHÃO,

PRÓXIMO AO BELICHE SINISTRADO

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INCÊNDIO EM RESIDÊNCIA EM NILÓPOLIS

UMA CADEIRA DE RODA UTILIZADA

POR UM DOS MORADORES DA CASAAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

PROPAGAÇÃO ESQUERDA P/ DIREITA

– BAIXO PARA CIMAAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

CADÁVER ENCONTRADO EM UMA

CAMA NO AMBIENTE SINISTRADOAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

CINZEIRO NO PÉ DA CAMA

SINISTRADAAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

INCÊNDIO MORRO DO PINTO - GAMBOA

PORTA DE ENTRADA DA RESIDÊNCIAAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

SENTIDOS DE PROPAGAÇÃO

Mais queimado na direita que na esquerda

Mais destruído atrás que na frente

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ESCADA DE ACESSO AO 2º PAVIMENTOAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

TOPO DA ESCADAAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

Destruição do Hall do 2º Pavimento – Observa-se uma

escada de acesso ao 3º pavimentoAUTORIZADA A CÓPIA PARA FINS DIDÁTICOS. SOLICITO APENAS QUE ENVIE POR E-MAIL O NOME DO USUÁRIO.

Escada de Acesso ao

3º Pavimento –

Observa-se que o

setor superior da

escada se encontrada

bastante avariado

em decorrência do

incêndio

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Cômodos do 2º Pav.

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FIM

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