Período Entre Guerras

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PERÍODO ENTRE GUERRAS O entre-guerras, período compreendido entre o término da Primeira Guerra Mundial (1918) e o início da Segunda Guerra Mundial, foi marcado por crises econômicas, políticas e sociais em vários países. Quando o primeiro conflito mundial terminou, os EUA era uma nação poderosa, a mais rica do mundo. Assim, em 1918, novamente a presença americana era flagrante. Empréstimos e mais empréstimos foram contratados pelos europeus visando à reconstrução dos países destruídos. Esses fatores condicionaram aos EUA uma prosperidade sem precedentes. Um período de grande abundância gerou uma idêntica euforia social. Os empresários americanos nadavam em capitais. Exportava também o "modelo de homens de negócios", o Self-made-mam. Aquele empreendedor, que, saindo das camadas humildes da população, competentemente prosperou. Toda essa riqueza gerou, nos EUA, um novo ideal de vida ou um novo estilo de vida americano, o "american way of life". Estilo de vida baseado na febre de consumo de produtos industrializados. Mas essa abundância era ilusória, pelo menos para a maioria do povo norte-americano. Uma prosperidade vulnerável... Para alimentar o sonho americano, milhares de pessoas especulavam na bolsa de valores, as empresas supervalorizavam os seus papéis. Na medida em que a Europa se recuperava dependia cada vez menos das importações americanas. Os capitalistas pagavam salários baixos e o número de miseráveis aumentava cada vez mais. No entanto, em 1929, conheceram uma profunda crise, com a queda da bolsa de valores de Nova York, que gerou, por sua vez, uma gravíssima

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 PERÍODO ENTRE GUERRAS

 

           O entre-guerras, período compreendido entre o término da Primeira Guerra Mundial (1918) e o início da Segunda Guerra Mundial, foi marcado por crises econômicas, políticas e sociais em vários países. Quando o primeiro conflito mundial terminou, os EUA era uma nação poderosa, a mais rica do mundo. Assim, em 1918, novamente a presença americana era flagrante. Empréstimos e mais empréstimos foram contratados pelos europeus visando à reconstrução dos países destruídos. Esses fatores condicionaram aos EUA uma prosperidade sem precedentes. Um período de grande abundância gerou uma idêntica euforia social. Os empresários americanos nadavam em capitais.

              Exportava também o "modelo de homens de negócios", o Self-made-mam. Aquele empreendedor, que, saindo das camadas humildes da população, competentemente prosperou. Toda essa riqueza gerou, nos EUA, um novo ideal de vida ou um novo estilo de vida americano, o "american way of life". Estilo de vida baseado na febre de consumo de produtos industrializados. Mas essa abundância era ilusória, pelo menos para a maioria do povo norte-americano.

              Uma prosperidade vulnerável... Para alimentar o sonho americano, milhares de pessoas especulavam na bolsa de valores, as empresas supervalorizavam os seus papéis.  Na medida em que a Europa se recuperava dependia cada vez menos das importações americanas. Os capitalistas pagavam salários baixos e o número de miseráveis aumentava cada vez mais. No entanto, em 1929, conheceram uma profunda crise, com a queda da bolsa de valores de Nova York, que gerou, por sua vez, uma gravíssima crise interna, provocando alto índice de desemprego e acabando por afetar vários países.

A superprodução provocada pelo subconsumo, a queda geral dos preços e a especulação geraram uma crise sem precedentes: a queda da bolsa de valores. Em setembro de 1929, o valor das ações começou a oscilar; de repente subia, logo em seguida caía. No mês seguinte, só houve queda, e os

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investidores queriam livrar-se das ações vendendo-as rapidamente. No dia 24 de outubro, conhecido como a “quinta-feira negra”, houve pânico na Bolsa. Cerca de 13 milhões de ações foram negociadas a qualquer preço, em um único pregão. De uma hora para outra, milhares de investidores viram-se na miséria.

A crise desenvolveu-se numa reação em cadeia. O crash financeiro acentuou a crise industrial, desaparecendo qualquer possibilidade de recuperação. Foi necessário reduzir a produção e abaixamento de salários dos que continuavam trabalhando. Por volta de 1933, mais de 14 milhões de norte-americanos estavam desempregados.

 

A crise atingiu outros países

A crise de 1929 acabou afetando vários países do mundo. Na Europa, muitas nações dependiam do crédito norte-americano e, quando este foi suspenso, sofreram forte abalo. Houve fechamento de bancos, falências, desvalorização da moeda e desemprego. No início da década de 30, o número de pessoas desempregadas no mundo estava em torno de 40 milhões. Os países desesperados para se safarem, tomaram medidas várias. Alguns como Alemanha e Itália tiveram que adotar regimes autoritários para conseguirem implementar medidas impopulares. A confusão provocada pela crise criou, na Europa, o clima responsável pela eclosão da Segunda Guerra Mundial. O

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Brasil também foi afetado pela crise de 1929. O café, principal produto de exportação, tinha nos Estados Unidos o seu maior comprador. Com a crise, os norte-americanos reduziram as compras e os estoques de café aumentaram, provocando a queda do preço e transformações políticas, sociais e econômicas no Brasil.

        NEW DEAL: a reação norte-americana

Em 1932, 0 povo norte-americano elegeu Franklin Delano Roosevelt para presidente dos Estados Unidos.  Roosevelt propôs uma novidade: o abandono do velho liberalismo econômico. Para salvar o capitalismo em crise, era preciso botar o Estado intervindo fortemente na economia. Foi isso que Roosevelt fez. Seu plano econômico chamava-se New Deal (Novo Acordo ou Novo Tratamento) e acabou sendo imitado por quase todos os países do mundo. 

Em primeiro lugar, o governo tentou planejar um pouco a economia. Ou seja, em vez de deixar o mercado aquele caos absoluto, o Estado passou a vigiar de perto, disciplinar os empresários, corrigindo os investimentos arriscados, fiscalizando as loucuras especulativas nas bolsas de valores.

Outra medida fundamental foi a criação de um vasto programa de obras públicas. O governo norte-americano criou empresas estatais e também contratou empresas privadas para fazerem estradas, praças, barragens, canais de irrigação, escolas públicas, etc. Ao fazer a obra pública o governo também oportunizou emprego para milhões de trabalhadores.

O New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.  No começo esse ponto foi rejeitado pelos empresários. Sem entender direito, eles chegaram ao absurdo de acusar Roosevelt de comunista. Na verdade, era um homem que via longe. Percebeu que para salvar o capitalismo da crise era necessário assegurar um mínimo de consumo por parte dos trabalhadores. O sistema não poderia continuar funcionando se os operários não pudessem colher alguns benefícios do crescimento econômico.

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Outras medidas pareceram irracionais. Por exemplo, o governo comprava estoques de cereais e mandava queimar. Ou então pagava aos agricultores para que não produzissem. Que loucura! Milhões de pessoas passando fome e o governo destruindo comida! Bem, não era tão irracional assim. O New Deal apenas seguia a lógica capitalista, ou seja, era preciso acabar com a superprodução de qualquer jeito.

O New Deal deu certo? Nos primeiros anos, só um pouco. Depois a coisa foi melhorando devagarzinho. No final, a economia dos EUA só voltou a se recuperar mesmo a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Se você parar para pensar, pode concluir uma coisa tenebrosa: foi a guerra que resolveu de vez o problema da crise capitalista de 29? Foi. A guerra fez os governos encomendarem quantidades gigantescas de aço, máquinas, peças, mobilizando toda a indústria. Além disso, a guerra resolveu o problema do desemprego de modo arrepiante: milhões de desempregados morreram nos campos de batalha. Que coisa, não? Será que no mundo atual ainda corremos o risco de outra guerra mundial para salvar a economia capitalista da crise?

EUROPA

Surgimento de vários movimentos nazi-fascistas em diversos países:

Itália (fascismo). Alemanha ( nacional-socialismo - nazismo). Portugal (salazarismo). Espanha (franquismo).

Fatores:

Agravamento dos problemas sociais. Crescimento das esquerdas.

Pendências decorrentes da Guerra.

 

CARACTERÍSTICAS DO NAZI-FASCISMO:

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 Totalitarismo: nada deve vir acima do Estado, que tem o controle absoluto sobre tudo.

 Nacionalismo: exaltação de tudo quanto era próprio da nação.

 Militarismo:  princípio de fortalecer seus exércitos para a defesa e executar uma política imperialista.

 Corporativismo: os sindicatos deveriam desaparecer dando lugar as corporações, organismos que reuniam patrões e empregados, cuja função era administrar a economia sob o controle do Estado.

 Antiliberalismo: ausência de liberdade sindical, econômica e de imprensa.

 Propaganda controlada: o Estado controla a propaganda com a finalidade de fortalecer o sentimento de patriotismo, culto ao chefe e a disciplina.

 Culto da personalidade: exaltação ao chefe e suas realizações.

 Expansionismo: a conquista de novas terras pelos alemães era justificada pela necessidade do espaço vital para que a raça ariana pudesse se multiplicar. (Direito de aumentar território).

 Racismo: consideravam a raça ariana a única pura e, por isso, a única capaz de colaborar para o aperfeiçoamento do gênero humano.

 Unipartidarismo: só era admitida a existência de um partido político.

                                               

                                    ITÁLIA     

            A Itália lutou na Primeira Guerra ao lado da Inglaterra e da França, mas perdeu muito mais do que ganhou. Terminado o conflito, viveu uma crise violenta. Os operários, estimulados pelos comunistas, chegaram a fazer greves com

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ocupação e controle das fábricas (1919). O país esteve a um passo da revolução socialista.

            Nesses anos de agudas lutas de classes, surgiu o Partido Fascista liderado por Mussolini. No começo, reunia bandos de ex-soldados, neuróticos de guerra, desempregados, vagabundos e policiais. Recebiam dinheiro dos empresários para perseguir os sindicalistas e socialistas. Com o tempo, os fascistas foram constituindo um partido político com idéias e projetos próprios. Entretanto, nunca abandonaram a prática de agredir fisicamente os adversários.

            Em 1922, milhares de militantes fascistas vestidos de camisas negras executaram a Marcha sobre Roma (1922). Eles ocuparam as ruas da capital exigindo que o rei nomeasse Mussolini primeiro-ministro. Pressionado pela burguesia, que apoiava os fascistas, o monarca cedeu. Instalado no poder, Mussolini realizou eleições marcadas pela fraude. Um deputado, que denunciou a farsa eleitoral, foi assassinado. Diante da confusão, com bandos paramilitares fascistas executando inimigos políticos impunemente, Mussolini mandou fechar todos os outros partidos e prendeu seus opositores. Estava implantada a ditadura. Somente o partido fascista estava autorizado a existir na Itália.

            Perceba uma coisa importante: a ditadura fascista italiana estava implantada antes da crise de 1929.

            Naquela época a Igreja Católica era bastante hostil aos comunistas. Os bispos diziam que as desigualdades sociais tinham sido determinadas por Deus e que, portanto o socialismo seria um tipo de heresia. Alguns padres aderiram ao fascismo por acreditar que essa era a melhor maneira de enfrentar os comunistas. Habilidosamente, Mussolini fez um acordo com a Igreja, o Tratado de Latrão. A partir dele surgiu o Estado do Vaticano, onde mora o papa e que fica num bairro de Roma. Em troca, papa reconheceu o Estado italiano.

 

ALEMANHA: O NAZISMO

 

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            Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista, que é uma abreviatura de nacional-socialista. Repare numa coisa interessante: o socialismo estava tão popular, que até os nazistas utilizavam esse nome. Claro que não tinham nada de socialistas, pois abominavam a igualdade e a democracia.

            Quando terminou a Primeira Guerra, em 1918, a Alemanha passou a ter um regime democrático. Esse período de liberdade política foi chamado de República de Weimar e durou até 1933, quando os nazistas assumiram o poder. Todos os partidos políticos importantes tinham deputados no Parlamento, inclusive os comunistas e os nazistas.

Foi uma época de grandes dificuldades. Derrotada na guerra, a Alemanha teve de pagar uma imensa dívida para os ingleses e franceses. A crise de 1929 levou milhões de alemães ao desespero. O desemprego atingiu 44% dos trabalhadores. A crise levou muitas pessoas a votar nos comunistas e nos social-democratas.

            O partido nazista, chefiado por Adolf Hitler, também ganhava muitos votos. Os nazistas acusavam os comunistas, os liberais e judeus de desgraçar o país. Prometiam acabar com a “desordem” e restaurar o orgulho de ser alemão. Falavam em combater os banqueiros muito gananciosos e em proteger a classe média. Anunciavam que pertenciam à raça ariana, que consideravam superior às outras e que portanto não poderia curvar-se diante do mundo. Assim, num país faminto, humilhado pela derrota na Primeira Guerra e inseguro com a crise, os nazistas ofereciam o sonho da tranqüilidade, do orgulho patriótico e da força. E quantas pessoas inseguras não acreditam que poderão ser salvas pelo “herói da pátria” e pelo super-Estado?

            Os nazistas tinham técnicas avançadas de propaganda política. Seguindo as idéias de Goebbels, o mestre da propaganda política fascista, manipulavam informações (“uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade”). Exploravam o inconsciente coletivo alemão e os ressentimentos causados pela derrota na Primeira Guerra. Falavam em vingança, em “Alemanha acima de tudo”. Formavam bandos de jovens uniformizados e cheios de músculos, que ocupavam as ruas perseguindo todos os

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inimigos: comunistas e social-democratas, judeus, homossexuais.

            Depois da crise de 1929, os nazistas elegeram inúmeros deputados para o parlamento. Num certo momento, tornaram o seu partido mais votado. Agora, atenção para algo muito importante: os nazistas jamais conseguiram a maioria absoluta dos votos do povo alemão. Isso mesmo: mais da metade dos alemães votava contra os nazistas! Meses antes de dominar a Alemanha, Hitler foi candidato à presidência da República e perdeu as eleições para um velho político tradicional. Como se explica então que os nazistas tenham chegado ao poder?

            Em primeiro lugar, as forças antinazistas estavam divididas. Os social-democratas e os comunistas acusavam-se mutuamente de favorecer os nazistas. Os liberais não queriam se unir à unir à esquerda para combater Hitler. Só os nazistas estavam unidos e coesos. Daí sua força. Daí sua ousadia.

            Em segundo lugar, porque os nazistas tomaram o poder com um golpe de Estado, apoiado pelos megaempresários e pela cúpula das Forças Armadas. Foi em 1933. O Reichstag (Parlamento) foi incendiado pelos nazistas, que puseram a culpa nos comunistas. A partir daí, todos os partidos políticos foram fechados, com exceção do nazista. A Gestapo (polícia secreta) vigiava e aterrorizava toda a população.

            Seguindo as receitas do New Deal dos EUA, o plano de recuperação econômica do presidente Roosevelt, o Estado fascista alemão encomendou obras públicas às empresas privadas. Para recuperar o emprego e ativar a economia, estimulou a produção de armas. Conseguiu reduzir o desemprego, mas a guerra seria apenas uma questão de tempo.

 

 

É denominado período entre-guerras a fase da história do século

XX que vai do final da Primeira Guerra Mundial até o início

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da Segunda Guerra Mundial, ou seja, entre 1918 a 1939. A época é

marcada por vários acontecimentos de importância que contribuíram

para delinear a geopolíticainternacional nas décadas seguintes.

Logo a seguir ao fim do primeiro conflito, o que se observa são

importantes mudanças políticas e de rearranjos territoriais na Europa,

África e Ásia. As Potências Centrais, Alemanha, Áustria-Hungria e

Império Turco-Otomano pagarão preços altíssimos pela derrota na

guerra. A Áustria-Hungria, uma potência na Europa Central há

séculos, deixa de existir, fragmentando-se em várias novas nações,

com importância diminuta no cenário político mundial. Caso similar

ocorre com o Império Turco-Otomano, que antes da guerra já se

encontrava em crise, mas, com a derrota, irá perder todos os seus

territórios: o Egito passará formalmente ao controle britânico, Síria,

Líbano, Palestina e Iraque passarão a ser administrados por meio de

mandatos da Liga das Nações pelos vitoriosos na guerra, França e

Reino Unido. O que restou do antigo território Otomano, a atual

Turquia, sofrerá uma intensa onda de reformas, dando origem a um

estado moderno, secular, que pouco lembra o antigo Império Turco-

Otomano.

Mas, sem dúvida, as piores consequencias da guerra caíram sobre a

Alemanha, que perdeu todas as suas colônias na África, Ásia e

Oceania, foi forçada a pagar uma indenização brutal em bens e

dinheiro (que nunca foi quitada) e que arruinou a economia do país,

indo desembocar em uma hiperinflação poucas vezes vista.

A crise econômica que devastou a Alemanha iria ressoar através da

Europa e chegar aos Estados Unidos em 1929, fazendo enormes

estragos neste país, em especial no seu auge, em 1932. Conscientes

de que a Alemanha, um importante elemento no arranjo da economia

mundial não poderia ser eternamente relegado a um plano inferior

devido às dívidas de guerra, as potências mundiais passam a tratar

de modo mais condescendente o país, procurando reinseri-lo dentro

da esfera das grandes economias da época.

Ao mesmo tempo em que a Alemanha é "perdoada" no cenário

mundial, a situação interna ainda é de mágoa e de revanchismo. O

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desejo de retribuir as humilhações impostas pela perda da guerra são

personalizadas na figura do partido nazista e seu líder, Adolf Hitler,

que personaliza o desejo dos alemães de reerguer seu país e torná-lo

uma potência mundial de fato e de direito.

Há um sentimento similar na Itália, desejosa de aumentar sua

importância política e econômica, e que sai da guerra sentindo-se

pouco recompensada por seus esforços. O líder fascista, Benito

Mussolini irá se identificar bastante com os objetivos de conquista

alemães. Outro participante do lado vitorioso, o Japão, assim como a

Itália, quer expandir o seu império, que já contava com a Coreia,

Taiwan e o Mandato das Ilhas do Pacífico que pertenciam à Alemanha.

Assim, o cenário de crise econômica, as promessas de regimes

totalitários como o fascismo e onazismo, de realização e progresso,

além do sentimento de revanchismo contra os principais atores da

política mundial irão desembocar em um novo conflito mundial em

1939, que foi desencadeado em boa parte como uma espécie de

acerto de contas não resolvidas na primeira guerra. A prova disso foi

um desejo simbólico de Hitler de trazer para a França o mesmo vagão

em que foi assinada a rendição da Alemanha em 1918, para que os

franceses assinassem sua própria rendição em 1940, quando a

França foi conquistada pelas forças nazistas.

Bibliografia:

KNIJNIK, Ricardo. O Período Entre-Guerras na Itália e na Alemanha.

Disponível em <http://www.grupoescolar.com/pesquisa/o-periodo-

entreguerras-na-italia-e-na-alemanha.html>. Acesso em: 05 mar.

2012.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio.

volume único. Disponível em

<http://histoblogsu.blogspot.com/2009/07/o-periodo-entre-

guerras.html>. Acesso em: 05 mar. 2012.

Page 11: Período Entre Guerras

Período Entre Guerras. Disponível em

<http://www.escolagabrielmiranda.com.br/hotpot/8serie/fatima/texto.

htm>. Acesso em: 05 mar. 2012.

Período entre Guerras. Disponível em

<http://www.suapesquisa.com/historia/periodo_entre_guerras.htm>.

Acesso em: 05 mar. 2012.

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Período entre Guerras

História do período entre as duas guerras mundiais, principais fatos históricos

Tropas alemãs invadem a Polônia: início da Segunda Guerra Mundial

 Introdução 

O período Entre Guerras é uma fase da História do século XX que vai do final da Primeira Guerra Mundial até o início da Segunda Guerra Mundial, ou seja, entre 1918 a 1939. Este período é marcado por vários acontecimentos mundiais de extrema importância para entendermos a História mundial dos anos seguintes. Os fatos históricos mais importantes deste período:

Tratado de Versalhes (1919) – impôs várias sanções e restrições à Alemanha, tais como: perda de colônias na África, entrega da região da Alsácia Lorena à França, limitação do exército alemão, pagamento de indenização pelas perdas provocadas aos aliados.

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Fascismo na Itália – os fascistas ganham força na Itália sob a liderança de Benito Mussolini. Em 1922 ocorre a Marcha sobre Roma e os fascistas assumem o poder na Itália.

Em 1929 é assinado o Tratado de Latrão na Itália. Neste documento o papa Pio XI reconhece a Itália como país e Mussolini concede ao Vaticano a soberania como Estado Independente.

Em 1929 ocorre a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e a crise econômica afeta a economia de vários países do mundo todo, inclusive a brasileira.

Nas eleições parlamentares alemãs de 1930, o Partido Nacional Socialista (nazista) torna-se o partido com maior representação no Parlamento Alemão. Em 1933, Adolf Hitler torna-se chanceler da Alemanha e começa a implantar o regime nazista na Alemanha e, futuramente nos países ocupados.

Em 1933, entra em vigor o “New Deal”, plano econômico criado pelo governo Roosevelt para tirar a economia norte americana da recessão.

Em 1936 tem início a Guerra Civil Espanhola. No ano seguinte, aviões alemães bombardeiam a cidade espanhola de Guernica. Era o apoio de Hitler aos franquistas contra os republicanos.

Em 1938, a Alemanha anexa a Áustria. No ano seguinte, a Polônia é invadida pela Alemanha. França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Começa a Segunda Guerra Mundial. Livros indicados: 

Mussolini e a Ascensão do Fascismo   Autor: Sassoon, Donald

   Editora: Agir

A Anatomia do Fascismo   Autor: Paxton, Roberto Owen

   Editora: Paz e Terra

A Segunda Grande Guerra - Do Nazi - Fascismo À Guerra Fria   Autor: Arnaut, Luiz

   Editora: Atual

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Do Fascismo À Democracia - Os Regimes , as Ideologias , os Personagens e as Culturas Políticas

   Autor: Bobbio, Norberto   Editora: Elsevier - Campus

Fascismo de Esquerda - A História Secreta do Esquerdismo Americano   Autor: Goldberg, Jonah

   Editora: Record

Fascismo Nazismo Integralismo   Autor: Bertonha, Joao Fabio

   Editora: Ática

Psicologia de Massas do Fascismo   Autor: Reich, Wilhelm

   Editora: Martins Editora

As Origens do Fascismo - Coleção Khronos   Autor: Paris, Robert   Editora: Perspectiva

Fascismos - Conceitos e Experiência   Autor: Parada, Maurício

   Editora: Mauad

Ideologias Políticas 1 - Do Liberalismo ao Fascismo   Autor: Heywood, Andrew

   Editora: Ática

O Fascismo no Direito do Trabalho Brasileiro   Autor: Romita, Ariom Sayao

   Editora: LTR

O Nazi - Fascismo na América Latina - Mito e Realidade - Coleção Síntese Universitária

   Autor: Trindade, Helgio   Editora: UFRGS

Tecnologia Guerra e Fascismo   Autor: Marcuse, Herbert

   Editora: UNESP