Periodo regencial 2014

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PERÍODO REGENCIAL 1. (Uece 2014) O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado a) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da

antiga realidade social com a volta de Pedro I ao poder. b) pela promoção política e pela ascensão social dos setores

menos favorecidos proporcionadas pelos regentes. c) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam

pelo estabelecimento da republica e pelo final da escravidão.

d) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas estabelecidas.

2. (Unesp 2013) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos demais. Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade. (Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.) Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e

econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.

b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.

c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão espanhola e platina.

d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.

e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

3. (Uel 2013) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA). A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro. b) consolidação da Regência Una e Permanente. c) formação e consolidação do Partido Republicano. d) fundação das agremiações abolicionistas. e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras. 4. (Ufu 2012) A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados não é possível fazê-las e com eles é impossível governar. Cada revolução subentende uma luta posterior e aliança de um dos aliados, quase sempre os exaltados, com os vencidos. A irritação dos exaltados [trouxe] a agitação federalista extrema, o perigo separatista, que durante a Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza de uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de modo satisfatório – bastava não produzir abalos insuportáveis –, a desnecessidade do elemento dinástico teria ficado amplamente demonstrada. NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de Araújo, sua vida, suas opiniões, sua época. 2ed. São Paulo: Editora Nacional, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, p.21. Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de 1893 e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do Brasil Imperial. O trecho acima remete ao período regencial (1831-1840) do país. Com base no texto e em seus conhecimentos, faça o que se pede. a) Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período

regencial no Brasil. b) O período da Regência é citado por diversos autores,

incluindo Nabuco, como o de uma experiência republicana federalista. Aponte duas razões pelas quais a Regência no Brasil ganhou essa interpretação.

5. (Uem 2012) Sobre as revoltas ocorridas no período imperial da história do Brasil, assinale o que for correto. 01) A Cabanagem foi uma importante revolta que envolveu

toda a região amazônica e se estendeu aos territórios da Guiana Francesa.

02) A Sabinada foi uma revolta que ocorreu no Estado de Mato Grosso, entre 1850 e 1869, e se estendeu por todo o Centro-Oeste do Brasil.

04) A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha se originou no Rio Grande do Sul e se estendeu a

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territórios que fazem parte do atual Estado de Santa Catarina.

08) Mesmo com o grande número de revoltas que chegaram a ameaçar a unidade do País, foi durante o período regencial que se consolidou o Estado Nacional.

16) A Balaiada foi uma revolta das elites maranhenses contra o poder imperial. Iniciou-se no Maranhão e teve adesão das elites regionais dos atuais estados do Piauí e do Ceará.

6. (Unimontes 2012) “Quanto mais examinamos o universo, mais nos sentimos levados a crer que o mal vem de uma certa divisão que não sabemos explicar, e que o retorno do bem depende de uma força contrária, que nos impele sem cessar a uma certa unidade” (Joseph de Maistre apud OLIVEIRA, Isabel Cristiane Gomes de. Em Defesa Da Ordem, Unidade e Centralização: o partido conservador imperial na primeira metade dos Oitocentos) Entre as razões que explicam a grande repercussão, no Brasil, da ideia presente no pensamento de Maistre, durante o Período Regencial, é INCORRETO afirmar que a) a descentralização político-administrativa, implantada

em 1834, por meio do Ato Adicional, mostrava-se como a promotora da anarquia e não da satisfação provincial.

b) os liberais defendiam um governo central forte que mantivesse as condições únicas necessárias para o escoamento da produção das províncias e um papel unívoco na administração.

c) a defesa da unidade correspondia a uma concepção da liberdade como promotora de oposições dentro do Estado, e os grupos opositores eram vistos como propensos a separações e, por isso, instáveis.

d) o regente Diogo Antônio Feijó propagava ideias abolicionistas, considerando que o trabalho escravo deveria ser substituído, progressivamente, por meio da imigração.

7. (Unesp 2012) A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da Maioridade, podemos citar o esforço de a) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com

a centralização política ocorrida durante o Período Regencial.

b) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas unidades administrativas.

c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa do Ato, editada seis anos depois.

d) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país, reagindo ao centralismo da Constituição de 1824.

e) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e conter revoltas de caráter regionalista.

8. (Uftm 2012) No Brasil, os anos que se seguiram à Independência foram marcados por crises políticas e revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos rumos com o Golpe da Maioridade, que pode ser caracterizado como a) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao

Período Regencial. b) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o

Primeiro Reinado. c) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação

de D. Pedro II. d) a reação conservadora, que restringia o poder das

assembleias provinciais. e) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional,

instituiu a Regência Una. 9. (Uem 2012) Ao longo de mais de duzentos anos, nos séculos XVI e XVII, somente esporadicamente a escravidão no Brasil foi objeto de discussão, de reflexão e de debates. Esse quadro começou a mudar a partir de meados do século XVIII, com o liberalismo, o iluminismo e a revolução industrial. A respeito da escravidão no Brasil, ao longo do século XIX, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Embora legalmente proibido no período regencial, o

tráfico de cativos africanos não diminuiu na primeira metade do século XIX.

02) Após extinguir o tráfico e abolir a escravidão em seus territórios, os ingleses passaram a pressionar o governo imperial pelo fim da escravidão no Brasil.

04) A abolição da escravidão sofreu a oposição dos fazendeiros de café do interior paulista, que eram, de forma consensual, contra a extinção do trabalho escravo no Brasil.

08) Com a efetiva proibição do tráfico transoceânico de escravos, a partir da década de cinquenta do século XIX, houve um crescimento do comércio interprovincial de escravos no Brasil.

16) Ao contrário do que ocorria no Brasil, na América espanhola a escravidão do africano era ilegal. Em razão disso, nos territórios americanos da Espanha, não houve escravidão africana, e o escravo foi o nativo americano.

10. (Ufrgs 2011) O cargo de juiz de paz teve suas funções regulamentadas pelo Código de Processo Criminal de 1832. Esses juízes representavam o liberalismo brasileiro durante o período regencial. Esses magistrados eram

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a) nomeados diretamente pelo Imperador, exercendo as funções de chefe de polícia.

b) designados diretamente pelo ministro da Justiça, exercendo as funções de promotor público.

c) eleitos pelos cidadãos para exercer funções conciliatórias e de qualificação eleitoral.

d) eleitos pelos deputados gerais para administrar os bens dos órfãos e de pessoas ausentes.

e) indicados pelo presidente provincial para pacificar os conflitos pela terra.

11. (Unicamp simulado 2011) Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso. (Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.) No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque a) a ausência de um governo central forte causara uma crise

econômica, devido à queda das exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o aumento da criminalidade.

b) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole.

c) a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de maior autonomia por parte das elites provinciais.

d) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à instauração da república.

12. (G1 - cftmg 2010) "Triste realidade das nossas coisas!”

O poder não se consolida, a força o abandona, e o Império

caminha a passos largos para sua dissolução, como se lhe

fora peso sua grandeza, como se temesse ser forte. [...] É

curioso examinar o movimento das opiniões populares; o

povo aplaude, contrista-se, torna-se indiferente, zomba da

capacidade, e por fim resiste.

Artigo publicado pelo editor do Jornal A Phenix, em 22 de

junho de 1839.

Essa passagem se relaciona

a) às disputas políticas do período regencial que provocaram revoltas de cunho separatista, como a Farroupilha.

b) à resistência popular no contexto imperial iniciada com a Revolução Praieira, defensora da igualdade social.

c) ao momento de indefinição política posterior à Independência do Brasil, quando ocorreu a Guerra Cisplatina.

d) ao movimento abolicionista a partir da Lei Eusébio de Queirós, vista pelas elites como promotora da desagregação do Império.

13. (Unesp 2010) Entre as várias rebeliões ocorridas no período regencial, destaca-se a chamada Guerra dos Farrapos, iniciada em 1835. O conflito a) prosseguiu até a metade da década seguinte, quando o

governo do Segundo Império aumentou os impostos de importação dos produtos bovinos argentinos e anistiou os revoltosos.

b) demonstra que as disputas comerciais entre Brasil e Argentina se iniciaram logo depois da independência e desde então se agravaram, até atingir a atual rivalidade entre os dois países.

c) permitiu a adoção de um regime federalista no Brasil, uma vez que as negociações entre o governo imperial e os rebeldes determinaram a autonomia política rio-grandense.

d) revela a impossibilidade de estabelecer relações políticas e diplomáticas na América Latina após a independência política e durante o período de formação dos estados nacionais.

e) impediu a continuação do período regencial e levou à aceitação de outra exigência dos participantes da revolta: a antecipação da maioridade do futuro imperador Pedro II.

14. (Enem 2010) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro. O contexto do Período Regencial foi marcado a) por revoltas populares que reclamavam a volta da

monarquia. b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao

poder central. c) pela luta entre os principais grupos políticos que

reivindicavam melhores condições de vida.

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d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do café".

e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais.

15. (Ufrgs 2008) Assinale a alternativa correta em relação

aos eventos políticos ocorridos no período regencial.

a) Na Regência Una do Padre Feijó, foi suspenso parcialmente o uso do Poder Moderador pelos regentes.

b) Na Regência Una de Araújo Lima, promulgou-se a Lei Interpretativa do Ato Adicional.

c) Na Regência Trina Provisória, foram criados os partidos progressista, regressista, liberal e conservador.

d) Na Regência da Princesa Isabel, eclodiu o movimento oposicionista da Confederação do Equador.

e) Na Regência Trina Permanente, foi criada a Guarda Nacional.

16. (G1 - cftsc 2007) Leia atentamente as proposições

I) Grande parte da produção artística do Segundo reinado

foi influenciada pelo Barroco.

II) A partir do período regencial (1831-1840), o café já era o

principal produto brasileiro de exportação.

III) Com a entrada maciça de imigrantes no Brasil, a partir

do século XIX, começaram a definir-se os atuais traços da

população brasileira.

IV) O fim do tráfico negreiro foi um passo decisivo para

abolição da escravatura no Brasil.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Apenas a proposição I é falsa. b) Apenas as proposições II e III são falsas. c) Apenas as proposições I e II são falsas d) Apenas a proposição IV é falsa. e) Apenas a proposição III é falsa. 17. (Unifesp 2007) Como elemento comum aos vários

movimentos insurrecionais que marcaram o período

regencial (1831-1840), destaca-se

a) a oposição ao regime monárquico. b) a defesa do regime republicano. c) o repúdio à escravidão. d) o confronto com o poder centralizado. e) o boicote ao voto censitário. 18. (Ufpi 2007) Leia o texto a seguir.

"As revoltas do período regencial não se enquadram em

uma moldura única. Elas tinham a ver com as dificuldades

da vida cotidiana e as incertezas da organização política,

mas cada uma delas resultou de realidades específicas,

provinciais ou locais".

(Boris Fausto. "História do Brasil". São Paulo:

EDUSP, 2001, p.164)

A partir desse texto e dos seus conhecimentos, assinale a

alternativa correta sobre a Balaiada no Piauí.

a) Iniciou-se em Pernambuco e atingiu o Piauí em virtude das disputas entre as elites das duas províncias.

b) Caracterizou-se por uma forte presença de grandes proprietários rurais que exigiam o retorno do imperador D. Pedro I.

c) Foi um movimento dos criadores de gado e grandes comerciantes em defesa do federalismo, da república e do fim da escravidão.

d) Foi uma revolta organizada por pequenos produtores rurais em defesa da religião católica, que julgavam ameaçada pelo protestantismo.

e) Envolveu muitos elementos provenientes das classes populares e teve como uma das causas a insatisfação da população com o recrutamento militar obrigatório.

19. (Unesp 2007) Sobre as revoltas do Período Regencial

(1831-1840), é correto afirmar que

a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional.

b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.

c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar da Independência do país até o início do Segundo Reinado.

d) a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.

e) expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o fortalecimento das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.

20. (Ufjf 2007) Observe o mapa:

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No período regencial (1831-1840), uma série de conflitos

surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre esse

contexto, responda ao que se pede.

a) Cite e analise duas características do contexto no qual

ocorreram esses conflitos assinalados no mapa.

b) Eleja um desses conflitos e analise-o.

Gabarito: Resposta da questão 1: [D] O período regencial foi marcado pela agitação política causada, principalmente, pela oposição entre os partidos Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada a outros fatores, contribuiu para a eclosão de uma série de revoltas país afora, como a Balaiada, a Sabinada e a Farroupilha. Resposta da questão 2: [A] A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e produtores de charque. É considerado um movimento republicano e separatista, apesar de que, no texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação. Resposta da questão 3: [A] [A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a

Campanha da Maioridade, na qual o príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o trono, mesmo não tendo a maioridade legal.

[B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro II, pôs fim às crises do período regencial e à ideia de regência.

[C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em meados do século XIX e sua consolidação, no final do século, não havendo aspirações republicanas formais no início do Segundo Império.

[D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se deu em meados do século XIX, sobretudo após as limitações do tráfico negreiro pelos ingleses.

[E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo declarado Rei sob o Título de Dom Pedro IV. Resposta da questão 4:

a) O estudante deverá identificar no texto de Joaquim Nabuco uma crítica ao período regencial no Brasil, caracterizado como uma época de “agitação federalista extrema”, de “anarquização das províncias”, trazendo uma ameaça de fragmentação política do Brasil. Fato esse que, segundo os grupos mais conservadores, associavam ao Ato Adicional de 1834 que concedia autonomia para as províncias.

b) O estudante deverá argumentar que o período regencial foi chamado de “uma experiência republicana federalista”, a partir da ocorrência da ausência de um rei soberano no comando da Nação, ficando o governo sob responsabilidade dos regentes, que teria enfraquecido o poder centralizado no país. A criação das Guardas Nacionais, que atuavam principalmente nos municípios, paróquias e curatos, servindo de instrumento político armado para as elites locais, também deve ser mencionada, assim como a criação do Ato Adicional de 1834, visto comumente como o grande marco das medidas descentralizadoras do período regencial. Além disso, o Ato, ao transformar a Regência Trina em Regência Una, instituiu a eleição do regente pelo corpo dos eleitores e não mais pela Assembleia Geral. Deve, também, mencionar a criação dos Códigos Criminal (1830) e de Processo Criminal (1832), que determinavam a escolha de júris populares escolhidos localmente, bem como deixavam aos poderes locais a escolha dos membros do judiciário. Resposta da questão 5: 04 + 08 = 12. A Cabanagem foi uma rebelião que ocorreu na província do Pará entre 1835-40. A Sabinada foi um movimento baiano, entre 1837-38, que chegou a defender um separatismo provisório. A Guerra dos Farrapos (1835-45) teve caráter separatista e republicano e foi comandada pelos pecuaristas gaúchos, com a adesão de populações e proprietários catarinenses. Considera-se o período regencial como de “consolidação do Estado nacional”, devido à abdicação de D. Pedro I e ao fim da ameaça de recolonização. A Balaiada envolveu as elites, mas, principalmente, setores populares, e esteve restrita ao Maranhão.

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Resposta da questão 6: [B] O maior auxílio para se resolver esta questão vem do título do livro de onde foi extraído este trecho, onde fica claro que o projeto centralizador e unificado não fazia parte das propostas liberais, mas do partido conservador. Resposta da questão 7: [E] O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal, como forma de recuperar o poder que estava nas mãos de Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei que antecipou a maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o apoio de deputados do Partido Conservador, que viam nesse procedimento político uma forma de garantir a unidade nacional e centralizar o poder, já que as rebeliões que ocorriam no país ameaçavam a unidade territorial. Resposta da questão 8: [C] Durante o período regencial, conservadores e liberais se alternaram no poder. Ao final de 1839, na tentativa de afastar os conservadores da Regência e retomar o controle político do Brasil, os liberais fundam o Clube da Maioridade e, com o apoio da imprensa que era contrária à centralização política defendida pelos conservadores, armam o “Golpe da Maioridade”. A Assembleia Geral aprova a antecipação da maioridade do Imperador, que assume o trono brasileiro em 23 de julho de 1840, aos 14 anos de idade. Resposta da questão 9: 01 + 02 + 08 = 11. Em 1831 o ministro da Justiça, o padre Diogo Feijó, proibiu a escravidão no Brasil, naquilo que ficou conhecido como “lei para inglês ver”. A pressão inglesa está associada à Revolução Industrial que demandava a ampliação de mercados consumidores, assim como sua expansão pela África, interessando a manutenção das populações locais. A Lei Eusébio de Queiroz que aboliu o tráfico negreiro foi aprovada pela Assembleia Nacional, sendo que deputados e senadores representavam os interesses dos latifundiários. Além da vinda de imigrantes, o tráfico interprovincial forneceu mão de obra aos fazendeiros. Na América Espanhola predominou a escravidão indígena, porém, também houve escravidão africana, destacando-se as regiões que, hoje, formam a Colômbia, Venezuela e Equador. Resposta da questão 10:

[C] O ano de 1832 foi marcado por uma série de medidas consideradas liberais, no início do período regencial. Nesse período, o ministro da justiça Feijó, era o homem forte do governo e ao criar o cargo de juiz de paz procurou descentralizar as estruturas administrativas. Os juízes de paz seriam eleitos localmente pelo voto censitário; eles teriam funções de controle moral, papel conciliatório e eleitoral. Resposta da questão 11: [C] Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu espaço para diferentes correntes políticas, como a dos liberais, subdivididos entre moderados e exaltados, cujas posições políticas iam desde a manutenção das estruturas monárquicas até a formulação de um novo governo republicano e a dos restauradores, em sua maioria portugueses defensores de que a estabilidade só se daria com o retorno de Dom Pedro I. A existência de diferentes posições políticas, revelando a falta de unidade entre os integrantes da política nacional, gerou um quadro de disputas e instabilidade. Umas das mais claras consequências desses desacordos foram as revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada na Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul foram todas manifestações criadas em consequência da desordem que marcou todo o período regencial. Resposta da questão 12: [A] O texto deixa claro que se refere ao período imperial e a data de publicação remete ao período transitório das regências - época caracterizada por diversas rebeliões e por certo enfraquecimento do poder central. Nesse período, as rebeliões ocorreram em diversas províncias e envolveram setores diferenciados da sociedade brasileira, desde camadas paupérrimas no Pará, até a elite fundiária do Rio Grande do Sul, sendo que alguns desses movimentos, destacando-se a Guerra dos Farrapos, se caracterizaram pelo separatismo. Resposta da questão 13: [A] A Guerra dos Farrapos envolveu principalmente os gaúchos – e também catarinenses – contra o governo central. Iniciou-se ainda no período regencial em 1835 e terminou durante o Segundo Reinado, em 1845, fruto de grande repressão movida pelo exército comandado pelo Duque de Caxias e por concessões aos revoltosos.

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A Guerra foi motivada pela elevação dos impostos internos sobre a carne do Rio Grande e por uma postura separatista da elite estancieira. Resposta da questão 14: [E] O período regencial é normalmente entendido como “de crise”, perceptível pelas grandes rebeliões que ocorreram nas diversas regiões do Brasil, levadas a cabos pelas camadas excluídas do poder, agravadas pela exclusão econômica e social em alguns casos. Apesar de sabermos que o tráfico não permanecerá por muito tempo, ele ainda existiu por quase 20 anos após a abdicação de D. Pedro I. A Lei de 1831 do ministro Feijó não foi cumprida, dada à tendência da elite tradicional em manter o braço escravo na lavoura (situação que se modificou em grande parte fruto das pressões inglesas). Resposta da questão 15: [B] Resposta da questão 16: [C] Resposta da questão 17: [D] Resposta da questão 18: [E] Resposta da questão 19: [E] Resposta da questão 20:

a) O candidato deverá indicar e analisar duas características

do período regencial. Entre elas, destacamos os mais

citados período marcado pela abdicação de D. Pedro I e

minoridade de D. Pedro II e pelo exercício do poder nas

mãos dos regentes.

Governo marcado por uma certa instabilidade política, no

qual emergiram projetos de natureza política diversa como

o republicanismo, a presença de estauradores, os embates

entre liberais e conservadores, etc.

Questionamento ao modelo político proposto pela

constituição de 1824. A aprovação do Ato Adicional, o

debate em torno da autonomia provincial, a criação da

Guarda Nacional, as restrições ao exercício do poder

moderador, entre outros.

b) O candidato tinha o auxílio do mapa, no qual encontrava os nomes e locais das quatro grandes revoltas do período.

A partir destas informações, deverá apresentar as características gerais das revoltas. Entre os mais citados, tivemos a Revolta Farroupilha, com seu republicanismo e desejo de autonomia regional.