Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

download Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

of 10

Transcript of Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    1/10

    ObjetivObjetivObjetivObjetivObjetivososososos Obter uma viso geral dos acontecimentos que esto influenciando o setor do turismo. Entender a importncia do estudo da gesto de crises. Entender a influncia da mudana climtica no meio ambiente e suas conseqncias

    para o turismo.

    PPPPPalavralavralavralavralavras-chavas-chavas-chavas-chavas-chave e ce e ce e ce e ce e conconconconconceiteiteiteiteitososososos

    Progresso tecnolgico Mudana climtica Catstrofes naturais

    Na atualidade, o turismo parte absolutamente normal no quotidiano de nossasvidas. Mesmo que houvesse viagens para as Olimpadas ou para os torneios de cava-leiros no mundo antigo, a ampla participao da sociedade no turismo teve incio hpoucas dcadas.

    Os efeitos positivos do turismo so vrios. Para os turistas, as frias significam maissatisfao, uma vez que uma viagem oferece a oportunidade de dar vida s suas esperan-as e aos seus sonhos. Alm disso, ao sarem de seus ambientes quotidianos, os turistas

    aumentam seus conhecimentos sobre outras culturas e seu modo de vida, seja conscien-te ou inconscientemente. Esta viso diferenciada das coisas ajuda a fomentar maioraceitao e tolerncia no seio da raa humana.

    Em relao ao aspecto economia interna, em muitos pa-ses a indstria do turismo goza de posio relevante, sendo umadas maiores fontes de renda e troca de moeda estrangeira. Estecrescimento continuar no futuro e contribuir para tornar o turismo a indstriamais importante no mundo. Alm disso, o turismo est, como nenhum outro ramoda indstria, em posio de gerar prosperidade e oportunidades de crescimento eco-nmico at para lugares que, de outra forma, seriam considerados de difcil desen-

    volvimento.O desenvolvimento positivo da indstria do turismo, contudo, vem sendo gradual-mente ameaado por acontecimentos negativos. Os incidentes ocorridos no passado re-

    1Turismo nummundo em mudana

    A posio deliderana do turismo

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    2/10

    14 Gesto de crises na indstria do turismocente trouxeram conseqncias econmicas nunca antes observadas. Os ataques terro-ristas no Egito, a SARS, o 11 de Setembro e as tsunamis na sia so alguns exemploscontundentes de crises que causaram perdas econmicas na casa dos milhes ou mesmo

    bilhes de dlares indstria do turismo. Mas os efeitos indiretos tambm exercem umimpacto considervel, como, por exemplo, o aumento dos custos de transporte observa-do no mundo todo que ameaa especialmente a competitividade das viagens tursticasde longa distncia. Ao mesmo tempo, vrios efeitos diferentes vm ganhando visibilida-de, como o dano imagem e a limitao no espao de manobra na esfera empresarial, queainda afetam as empresas tanto a mdio quanto a longo prazo.

    As razes para essa maior visibilidade das crises so complexas. No entanto, umaanlise preliminar mostra que existem diferentes reas que contribuem para esse au-mento no nmero de acontecimentos negativos.

    1.1 AS CONDIES DE VID1.1 AS CONDIES DE VID1.1 AS CONDIES DE VID1.1 AS CONDIES DE VID1.1 AS CONDIES DE VIDA DO SER HUMANOA DO SER HUMANOA DO SER HUMANOA DO SER HUMANOA DO SER HUMANO

    Um dos aspectos que mais influencia a indstria do turismo o fato de que as condiesde vida nos mercados mais importantes esto mudando a uma velocidade crescente.

    Estas rpidas mudanas se tornam claras especialmente quando oprogresso na esfera social examinado de uma perspectiva maisabrangente.

    As informaes mais atualizadas do conta de que a existncia da raa humanana Terra data de cerca de 2,5 milhes de anos a.C. Durante o primeiro milho deanos, os seres humanos se familiarizaram com o uso das ferramentas de pedra. Fo-

    ram necessrias vrias geraes para que alteraes mnimas ocorressem. O homemcomeou a dominar o fogo h mais ou menos 500 mil anos. Mais uma vez, por mui-tas geraes, ele teve tempo de se acostumar a essas inovaes e aos impactos causa-dos em seu ambiente social. O homem de hoje, como nos diz a anatomia e a fisiolo-gia, principalmente com relao ao tamanho do crebro, tem apenas 40 mil anos deidade. Mas a revoluo Neoltica ainda mais jovem, entre 9 e 10 mil anos de idade.

    Condies de vida

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.1GRAMA 1.1GRAMA 1.1GRAMA 1.1GRAMA 1.1 A velocidade do desenvolvimento.

    Hoje

    7.000 a.C.35.000 a.C.

    2.500.000 a.C.

    Revoluo Neoltica: Inicia a moldar a naturezaHomem atual

    Domnio do fogo

    Ferramentas de pedra rudimentares

    Homo sapiens

    Homo erectus

    Homo habilis

    Idade

    da

    pedra

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    3/10

    Turismo num mundo em mudana 15Foi apenas nesse instante de sua histria que o homem come-ou a moldar a natureza, a se estabelecer e a domesticar ani-mais de forma ativa. Assim, a vida, tal como a conhecemos hoje,

    iniciou-se h apenas 9 mil anos.A idade do ser humano constitui importante fator de influncia. Em 35.000 a.C., amdia de expectativa de vida girava em torno de 20 anos. Como ilustra o diagrama abai-xo, as mudanas na durao mdia da vida ocorridas com o tempo foram mnimas. Na

    verdade, ela chegou casa dos 35 anos de idade h mais ou menos 200 anos. Desdeento, com as alteraes causadas pela Revoluo Industrial e os progressos da cincia enas estruturas sociais que a acompanharam, entre outros, a expectativa de vida mais doque duplicou. Hoje, a expectativa de vida para uma mulher da Europa Ocidental de 80anos.

    Mdia daexpectativa de vida

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.2GRAMA 1.2GRAMA 1.2GRAMA 1.2GRAMA 1.2 O aumento da mdia da expectativa de vida.

    35000

    a.C.

    A.D. 1870 1900 1925 1940 1995 2003

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    Homem

    Alemanha

    Anos

    Mulher

    Anos

    35000

    a.C.

    A.D. 1900 1920 1940 1990 2000

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    Homem Mulher

    Estados Unidos

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    4/10

    16 Gesto de crises na indstria do turismoAo considerarmos essa evoluo, fica difcil acreditar que se passaram apenas 400

    geraes desde a revoluo Neoltica. Fica claro tambm o porqu dos progressos tcni-cos das geraes passadas terem levado tanto tempo para se concretizar, enquanto que

    na atualidade vrias revolues tecnolgicas ocorrem no espao de uma gerao. Se exa-minarmos o uso do telefone desde sua inveno, foram necessrios cerca de 60 anospara que ele se tornasse parte do nosso quotidiano. O telefone celular atingiu essa posi-o em apenas 20 anos.

    Contudo, essas mudanas tecnolgicas, que entendemos como acontecimentos po-sitivos, tambm podem trazer impactos negativos. O primeiro vrus de computador apa-receu em 1993. Vinte anos depois, conversamos normalmente sobre a existncia dessesprogramas prejudiciais capazes de alterar estruturas sociais inteiras no mundo todo empoucos segundos.

    As tendncias demogrficas dos seres humanos tambm esto passando pormudanas. Ao examinarmos a mdia de crescimento de uma famlia nos ltimos 100

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3 O tamanho da famlia (em percentagem).

    Alemanha Estados Unidos

    0

    10

    20

    30

    40

    5044,4

    16,817,0

    7,1

    14,7

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    1900

    5,1

    15,217,8 17,2

    44,7

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50 1900

    6,7

    17,7

    22,519,7

    33,3

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50 1925

    7,7

    24,822,4

    18,1

    27,1

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50 1940

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    5/10

    Turismo num mundo em mudana 17

    anos, observamos que no incio do sculo passado a maioriadas famlias, mais especificamente 44% delas, era composta porcinco ou mais pessoas. No comeo do sculo XX houve umaclara tendncia para famlias menores. Em 1998, 36% das famlias eram compostaspor uma s pessoa.

    Alm disso, podemos observar que os casamentos esto ocorrendo a uma idadebem mais avanada. Existe uma maior tendncia a casais no oficialmente casados, e amdia de durao de um casamento est em constante queda. Os Estados Unidos doum exemplo extremo: quase 40% dos casamentos acaba em divrcio depois de apenas 15anos. Para casais mais jovens, isto , com menos de 45 anos de idade, a percentagem dedivrcios chega a 50%. Alm disso, se os integrantes de um casal vm de divrcios ante-riores, as novas unies duram ainda menos.

    Estes so apenas alguns dos fatores que descrevem o ambiente em que os sereshumanos vivem hoje e apontam para os desafios que eles precisam enfrentar.

    Tendncias

    demogrficas

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3GRAMA 1.3 O tamanho da famlia (em percentagem) (continuao).

    17,6

    29,6

    17,215,4

    20,2

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    25,8

    32,6

    16,514,2

    4,9

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    Alemanha Estados Unidos

    19,4

    25,323,0

    16,2 16,1

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    36,232,7

    14,411,9

    4,8

    1 2 3 4 5 ou

    mais

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    1950 1970

    1988 2000

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    6/10

    18 Gesto de crises na indstria do turismo

    Um desses desafios a piora na oferta de informao. A prin-cpio isto causa surpresa, uma vez que vivemos numa poca emque no existe carncia de informaes. Na verdade, nos prxi-

    mos trs anos sero gerados mais dados do que nos ltimos 300 mil. Com essa superoferta de informaes, poder ser difcil filtrar aquelas consideradas importantes. Almdisso, as transformaes no ambiente familiar tornam mais complexa a tarefa de trans-mitir informaes mais customizadas s necessidades individuais. Isto de crucial im-portncia no aprimoramento e processamento da informao.

    Alm disso, o crescimento demogrfico gera uma srie de inseguranas que ante-riormente era tratada dentro das unidades familiares tradicionais, mas que ora se torna

    objeto da responsabilidade do indivduo. Isso representa um enorme desafio para cadaum de ns. Assim, podemos observar que mais e mais acontecimentos, que em situaes

    Oferta deinformao

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.4GRAMA 1.4GRAMA 1.4GRAMA 1.4GRAMA 1.4 Casamentos e divrcios.

    1950 1960 1970 1980 1990 20000

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    Casamentos Divrcios

    para cada 1000 habitantes

    Alemanha

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    Estados Unidos

    0

    Casamentos Divrcios

    para cada 1000 habitantes

    1950 1960 1970 1980 1990 2000

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    7/10

    Turismo num mundo em mudana 19normais seriam taxados de perigosos, hoje so vistos como riscos. Com isso, o inevit-

    vel passa a ser o evitvel. Enquanto os perigos se originam no ambiente e no podemser controlados pelo homem, os riscos so via de regra imputados a decises, e portanto

    esto associados ao indivduo.Em segundo lugar, os indivduos tentam encontrar instituies a que possamrecorrer na tarefa de lidar com essas inseguranas. Nisto se insere o Estado, que confrontado com a realizao de tarefas e a satisfao de expectativas que antes noeram atribuio sua. A iniciativa privada tambm afetada por essas mudanas. Asempresas vm sendo cada vez mais responsabilizadas por acontecimentos e situa-es no-previstas em contrato ou que, no passado, no eram de seu escopo de res-ponsabilidades.

    preciso ainda mencionar que os seres humanos so criatu-ras de hbito. O que o homem aprendeu, ele procura preservar.Ele tenta evitar mudanas grandes demais ou tenta posterg-las at o ponto em que se

    tornem inevitveis. O homem v dificuldade em se adaptar e absorver todas as mudan-as no ambiente tecnolgico com a mesma velocidade que elas ocorrem. As revoluestecnolgicas, grandes ou pequenas, no acontecem mais entre vrias geraes, mas noespao de uma nica gerao. Com isso, as mudanas so sempre bruscas, e existe ummecanismo de defesa natural que precisa ser antagonizado. Em muitos casos, isso possvelapenas quando as situaes chegam a seu ponto extremo.

    1.2 MUD1.2 MUD1.2 MUD1.2 MUD1.2 MUDANANANANANAS NAAS NAAS NAAS NAAS NATURAISTURAISTURAISTURAISTURAIS

    O homem sempre buscou tornar-se inde-pendente das foras da natureza. Nesseesforo, o progresso tecnolgico o auxi-liou; mas esse mesmo progresso pode emparte ser considerado o resultado do con-tnuo empenho em alcanar autonomia.H milhares de anos o homem procuravaproteo contra adversidades em caver-nas, tentando resguardar-se contra a na-tureza. Hoje, ele faz experincias com am-

    bientes naturais, como a Biosphere no es-tado do Arizona (EUA), e com um cres-cente nmero de atraes tursticas comopistas de esqui indoor e parques de diver-ses totalmente climatizados.

    No entanto, a despeito desses imen-sos esforos, as foras da natureza nopodem ser plenamente controladas. Aimpresso que acontece exatamente ocontrrio. Nos ltimos 100 anos, mais de50 mil catstrofes naturais foram regis-tradas no mundo inteiro, com mais de 4 milhes de vidas sendo atingidas. Desde 1991,so registradas anualmente entre 500 e 700 catstrofes naturais. Nesta estatstica no

    Criaturas de hbito

    Vista de parte do Gaylord Opryland Resort,Nashville, EUA. O imenso tamanho, o enor-me nmero de atraes, o espao para ex-posio, os restaurantes e os mais de 2.800quartos de hotel possibilitam aos turistaspermanecer no interior da instalao por v-rios dias, sem qualquer contato com o climaquente e mido do exterior.

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    8/10

    20 Gesto de crises na indstria do turismoesto includas as inmeras secas e crises hu-manitrias que custaram a vida de muitos ou-tros milhes de pessoas. Curiosamente, es-

    sas catstrofes de origem geolgica, como ter-remotos ou erupes vulcnicas, continuamocorrendo nessas propores. Contudo, aocorrncia de desastres originrios de con-dies meteorolgicas extremas, como en-chentes, vendavais, deslizamentos de terra,frio excessivo, incndios florestais, vem au-mentando constantemente. Antes mesmo

    das devastadoras tsunamis na sia, o ano de 2004 j era considerado o perodo maisdispendioso para o setor de seguros em termos de catstrofes naturais. Com os pre-

    juzos de US$ 40 bilhes das seguradoras e com as perdas econmicas de US$ 130

    bilhes, as compensaes securitrias de US$ 26 bilhes pagas em 1992 se tornaraminsignificantes. E esta tendncia se manter no futuro.

    As grandes catstrofes naturais

    As catstrofes naturais so classifica-

    das como srias se a regio estiver cla-ramente impossibilitada de sobreviversem ajuda, o que torna necessria aassistncia internacional ou inter-re-gional. As grandes catstrofes naturaisrespondem em mdia por metade dosprejuzos totais contabilizados.

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.5GRAMA 1.5GRAMA 1.5GRAMA 1.5GRAMA 1.5 Grandes catstrofes naturais.

    DcDcDcDcDcadaadaadaadaada 1950-591950-591950-591950-591950-59 1960-691960-691960-691960-691960-69 1970-791970-791970-791970-791970-79 1980-891980-891980-891980-891980-89 1990-991990-991990-991990-991990-99

    Quantidade 20 27 47 63 91

    Prejuzos econmicos em bilhes42,7 76,3 140,6 217,3 670,4de US$ (valores de 2003)

    Vrias razes explicam este crescente nmero de catstrofes naturais. Em pri-meiro lugar, h o crescimento exponencial da populao mundial e os acontecimen-tos prprios ao processo, como os problemas de urbanizao, a falta de gua potvele a utilizao de reas abertas. Se a populao continuar a crescer em 1 bilho a cadaintervalo de 10 a 15 anos, a densidade populacional ser 50% maior do que o valor de

    hoje. Isto gerar um impacto particularmente forte nas cida-des, que vm absorvendo o crescimento da populao a um per-

    centual acima da mdia nos ltimos 50 anos. Enquanto que nadcada de 1950 apenas 30% da populao mundial (cerca de2,5 bilhes) viviam nas cidades, este nmero subiu para cerca de 50% dos 6 bilhesde habitantes do planeta na atualidade. E as probabilidades desta tendncia se man-ter so grandes. reas abertas, expostas a um alto risco de desastres naturais, estosendo mais e mais utilizadas em funo no apenas do interesse turstico, comotambm do dficit em reas disponveis para expanso, especialmente nas zonasmetropolitanas de rpido crescimento.

    O intenso desenvolvimento turstico vivido pelo estado da Flrida e explicado pelasagradveis condies climticas e belas praias da regio transformou uma rea primor-dialmente voltada para a agricultura em uma das regies de maior densidade populacio-

    nal dos EUA. A despeito do j conhecido caminho dos furaces e dos grandes danoscausados por esses fenmenos, a regio da Flrida no evitada; ao contrrio, ela

    O crescimentopopulacional

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    9/10

    Turismo num mundo em mudana 21bastante procurada. O desastre natural mais caro da histria atribudo ao furaco An-drew, de 1992, com prejuzos de US$ 17 bilhes para a indstria de seguros. Outrasregies, como os Alpes, em que vemos freqentes avalanches, provam que o uso de reas

    particularmente expostas para fins tursticos extremamente arriscado.Sem dvida, a mudana climtica tambm est desempe-nhando um papel fundamental no aumento da incidncia de ca-tstrofes naturais. Como mostra o grfico a seguir, produzido peloPainel Intergovernamental sobre a Mudana Climtica (IPCC), um rgo da OMS e UNEP,a temperatura mundial mdia aumentou 0,7 grau centgrado nos ltimos 100 anos. Seconsiderarmos que a diferena mdia entre os perodos de temperaturas moderadas e aseras glaciais foi de apenas 5 graus, esse um valor que deve ser levado a srio. Hoje jpodemos observar alguns dos efeitos do aquecimento global: derretimento das geleiras,

    A mudana climtica

    DIADIADIADIADIAGRAMA 1.6GRAMA 1.6GRAMA 1.6GRAMA 1.6GRAMA 1.6 Mudana climtica.Fonte: IPCC.

    0,8

    0,4

    0,0

    -0,4

    -0,81860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000

    0,8

    0,4

    0,0

    -0,4

    -0,8

    Variaes da temperatura da superfcie terrestre para

    Diferenas em oC (em relao mdia para o perodo 1961-1990)

    0,8

    0,4

    0,0

    -0,4

    -0,8

    1000 1200 1400 1600 1800 2000

    0,8

    0,4

    0,0

    -0,4

    -0,8

    Diferenas em oC (em relao mdia para o perodo 1961-1990)

    os ltimos 1000 anos (Hemisfrio Norte)

    Medies diretas

    Dados de terceiros

    os ltimos 140 anos (mundial)

    Medies diretas

  • 7/28/2019 Pesquisa 1 Hotelaria Turismo (1)

    10/10

    22 Gesto de crises na indstria do turismodiminuio das camadas de neve em destinos tradicionais para o esqui, aquecimentodos oceanos e a conseqente elevao de seus nveis de gua e tambm o aumento dasinundaes com os extraordinrios ndices de precipitao pluviomtrica em reas em

    que at recentemente vinham sendo poupadas desses fenmenos.Nossa excessiva dependncia de conquistas tecnolgicas vemfazendo com que fenmenos naturais acarretem danos no ape-nas mais freqentes, como tambm mais intensos. Embora amaioria das tcnicas de engenharia auxiliem na proteo contra

    enchentes ou na construo de edifcios prova de terremotos, elas tambm nos fazemesquecer que elas isoladamente no fazem muito para proteger contra acontecimentosde maiores propores. O fato de que ocorrncias naturais de porte pequeno ou mdiono tragam grandes conseqncias, nos d uma confiana superficial. Catstrofes queacabaram por exceder um certo patamar, como os terremotos de Kobe em 1995, de Nor-thridge em 1994 ou da Cidade do Mxico em 1985, as inundaes do Rio Vermelho no

    norte dos EUA e sul do Canad em 1997, as enchentes na Europa central em 2002 ouainda a devastadora tsunami na sia no final de 2004, esto atingindo populaes egovernos despreparados.

    As conquistastecnolgicas

    Questes para reviso e discusso

    Os acontecimentos negativos podem ser evitados?

    Por que aumentou a importncia da gesto de crises na indstria do turismo?

    Qual o papel da famlia no enfrentamento das inseguranas?

    Quais so os fatores que esto por trs do crescimento da populao mundial?

    Como a indstria do turismo avalia o uso de reas de alto risco? Por exemplo, construes

    em reas costeiras ou montanhosas?

    Sugestes para leitura

    Intergovernmental Panel on Climate Change (2001), Climate Change 2001: The Scientific Basis, CambridgeUniversity Press, Cambridge.

    Luhmann, N. (2005),Risk: A Sociological Theory, Aldine Transaction, New Brunswick, N.J.Fundo de Populao das Naes Unidas (2004), State of World Population 2004: The Cairo Consensus at Ten

    Population, Reproductive Health and the Global Effort to End Poverty, UNFPA, Nova York.Organizao Mundial do Turismo (2003), Climate Change and Tourism, OMT, Madrid.

    Websites teis

    www.world-tourism.org

    www.ipcc.ch

    www.unfpa.org