Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

6
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO LETRAMENTO DIGITAL Tutora: Elizabeth G. Freitas AA3-1: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA TEMA: ENSINO DE MATEMÁTICA NA MODALIDADE EAD Verônica Nanci Peres Ledis Faustino RA: São Carlos - SP 2011

Transcript of Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

Page 1: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO

LETRAMENTO DIGITAL

Tutora: Elizabeth G. Freitas

AA3-1: PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

TEMA: ENSINO DE MATEMÁTICA NA MODALIDADE EAD

Verônica Nanci Peres Ledis Faustino

RA:

São Carlos - SP

2011

Page 2: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

2

INTRODUÇÃO

A Matemática é considerada por muitas pessoas como uma das disciplinas mais

difíceis. As razões para tal consideração podem estar ligadas a aspectos históricos, à

metodologia de ensino empregada ou ainda ao material utilizado (SILVEIRA, 2002).

Diferente da polemica existente na década passada, a modalidade de EAD no

ensino superior é, atualmente, mais aceita entre as pessoas no Brasil. Essa mudança pode

estar associada ao grande aumento na oferta de cursos superiores nessa modalidade. São

muitas as universidades que oferecem cursos à distância, principalmente, após a instituição

do sistema UAB, no ano de 2006.

O curso de licenciatura em matemática, na modalidade EAD, foi oferecido no

Brasil, inicialmente, pelo CEDERJ1, consórcio feito entre seis universidades públicas do

Rio de Janeiro. Atualmente, trinta e sete instituições oferecem o curso mencionado.

1 CEDRJ - Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Page 3: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

3

1. Formação de Docentes e Interpelação do Sistema EAD

O desenvolvimento de professores, nos derradeiros anos, consisti em alvo de

muitas analise, uma vez que, as requisições vêm acrescentando devido as varias

modificações originada pelo progresso tecnológico.

Diante deste contexto de transformações e de novas

exigências em relação ao aprender, as mudanças

prementes não dizem respeito à adoção de métodos

diversificados, mas sim a atitude diante do

conhecimento e da aprendizagem, bem com a

concepção de homem, de mundo e de sociedade. Isto

implica que o professor terá papéis diferentes a

desempenhar, o que torna necessários novos modos de

formação que possam prepará-lo para o uso

pedagógico do computador. (ALMEIDA, 2000, p.11).

Há mais de uma década, a autora, chamava a atenção para a precisão de uma

formação que dispusesse ao professor usar pedagogicamente o computador em seus

métodos, ou seja, para uma maneira de consistência dessas tecnologias às aulas. Brittar

(2001) assegura que integrar o computador implica utilizá-lo de maneira que venha

contribuir para a aprendizagem do aluno, favorecendo uma melhor compreensão dos

conceitos envolvidos no conteúdo estudado.

Essa consistência não está alistada apenas à concepção de uso de softwares2.

Almeida e Valente (2011, p. 8) asseguram que “mais do que concepções educacionais

subjacentes ao pensamento dos idealizadores de determinado software, é a atividade com o

seu uso que explicita a abordagem pedagógica que a sustenta”. O autor explana que, para

aproveitar as tecnologias de modo a cooperar com a aprendizagem, não é satisfatória

apenas uma compreensão, mas a atuação, que distingue uma abordagem de uso.

Papert (2008) exibe duas arremetidas para o uso do computador na educação: o

instrucionismo e o construcionismo. A abordagem instrucionista enfoca na quantidade de

informações apresentadas aos alunos, porque espera que, quanto mais subsídios

2 Software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um computador com o

objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser definido como os programas que comandam o

funcionamento de um computador

Page 4: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

4

disponibilizados ao aluno, mais possibilidades de aprender. O computador é aceito como

uma máquina que ensina, e segundo Goulart (2009, p. 39), “[...] no instrucionismo o

professor faz algo para o aprendiz, ele está no comando e tem um papel ativo, restando ao

aluno um papel passivo de consumidor de conhecimento”.

O construcionismo parte da compreensão de aprendizagem acobertada pelo

construtivismo de Piaget, contudo, com o uso do computador. Nessa investida, o aluno é

estimulado a instruir-se pela prática, ou seja, aprender a fazer fazendo. De tal maneira, são

criadas ocasiões de interesse dos alunos, que os permitem envolvidos e que levam os

alunos a se sentir determinados a aprender (VALENTE 2002). Assim sendo, o computador

é aceito quão uma máquina a ser doutrinada, e a influência mútua que ocorre entre o aluno

e o computador acode na manipulação de apreciações, colaborando para o acréscimo

intelectual do aluno (VALENTE 1998).

Sobre a formação de professores, Viel (2011, p. 12) garante que:

[...] a educação deveria proporcionar a formação

plena e integral do sujeito, formar indivíduos

críticos, conscientes e livres, possibilitando-lhes o

contato com as novas tecnologias, para que eles

não perdessem a dimensão do desenvolvimento

tecnológico que perpassa o país.

A concepção de educadores, propendendo à coesão das tecnologias digitais no

método pedagógico do professor, necessita “[...] propiciar ao formando condições de

desenvolver crítica e reflexivamente um estilo próprio de atuar com a tecnologia”

(ALMEIDA, 2002, p. 3). Entretanto, esse modo próprio carece estar catalogado em

princípios de uma abordagem que derive originar subsídios para o processo de edificação

do conhecimento do aluno.

Conforme Goulart (2009, p. 185), dois fatores é formidável e eficaz para refletir a

constituição do professor direcionada para o uso de tecnologias digitais: “[...] a vivência

dessa integração na sua própria aprendizagem, na construção do conhecimento, no

contexto das próprias disciplinas; a compreensão de por que e como integrar o computador

em sua prática pedagógica, em toda a sua complexidade”. Portanto, o professor em

desenvolvimento poderá abranger, no exercício, como associar em suas aulas na escola.

Page 5: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

5

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação inicial de professores é um assunto que ainda precisa ser bastante

discutido, principalmente quando é realizado na modalidade EAD. Como foi possível

observar por meios de algumas informações, há indícios em vista que a formação inicial

traz influências sobre as práticas pedagógicas dos acadêmicos, futuros professores, é

necessário continuar investindo em uma formação inicial de professores, na modalidade

EAD. O que se busca são formações que integrem as tecnologias digitais em suas ações de

ensino, favorecendo a aprendizagem de conceitos matemáticos e do uso pedagógico destas

em aulas de matemática da educação básica.

Page 6: Pesquisa Bibliográfica - AA3-1 - Verônica Peres.pdf

6

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. E. B.; VALENTE, J. A. Tecnologias e currículo: trajetórias convergentes

ou divergentes? São Paulo: Paulus, 2011.

ALMEIDA, M. E. B. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da

Educação, 2000. Disponível em: <http://www. miniweb.com.br/atualidade/Tecnologia/

Artigos/colecao_proinfo/livro09_informatica.pdf >. Acesso em: 5 set. de 2014.

BITTAR, M. A abordagem instrumental para o estudo da integração da tecnologia na

prática pedagógica do professor de matemática. Educar em Revista, Curitiba, v. 1, p. 157-

171, 2011.

______. Formação de professores para inserção do computador na escola: inter-relações

entre percepções evidenciadas pelo uso do software CHIC. Educação, Matemática e

Pesquisa, São Paulo, v. 4, n. 2, 2002. Disponível em: <http://math.unipa.it/~grim/

asi/asi_03_bianconcini.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2012.

GOULART, M. B. A formação de formadores e a integração do computador na

licenciatura em Matemática. 2009. 205 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade

Federal do Paraná, Curitiba, 2009.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto

Alegre: Artmed, 2008.

SILVEIRA, M. R. A. Matemática é difícil: um sentido pré-construído evidenciado na fala

dos alunos. In: Reunião anual da ANPED, 25, MG. Anais. MG: ANPED, 25. P. 1-17. CD-

ROM. 2002.

VALENTE, J. A. Educação a distância: criando abordagens educacionais que possibilitam

a construção de conhecimento. In: ARANTES, V. A. et al. Educação a distância: pontos e

contrapontos. São Paulo: Summus, 2011.

VIEL, S. R. Um olhar sobre a formação de professores de Matemática a distância: o caso

do CEDERJ/UAB. 2011. 219 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual

Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2011.