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1 ANALISE DE CONSISTÊNCIA FOCO NO MERCADO – COPA 2014 GESTOR UAM: James Hilton Reeberg PESQUISA DE DADOS SECUNDÁRIOS SEGMENTO ARTESANATO

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1 ANALISE DE CONSISTÊNCIA FOCO NO MERCADO – COPA 2014

Agosto/2010

GESTOR UAM: James Hilton Reeberg

PESQUISA DE DADOS

SECUNDÁRIOS SEGMENTO

ARTESANATO

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Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do D F – SEBRAE/DF

Levantamento de dados Secundários Segmento Artesanato

Brasília /DF2010

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Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/DF

José Carlos Moreira De Luca

DIRETOR SUPERINTENDENTE

Maria Eulália Franco

DIRETORA

Rodrigo de Oliveira Sá

DIRETOR

EQUIPE TÉCNICA

Roberto Faria dos Santos Filho

SEBRAE-DF/ Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comercio e Serviço

Giana Maria Gagno

SEBRAE-DF / Unidade de Atendimento Coletivo Comercio e Serviço

COORDENAÇÃO

Lucimar Santos

SEBRAE-DF/ Gerente da Unidade de Acesso a Mercado

James Hilton Reeberg

SEBRAE-DF/ Gestor da Unidade de Acesso a Mercado

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APRESENTAÇÃO

O Brasil viverá dois momentos importantes no segmento esportivo

nesta segunda década: a Copa do Mundo de 2014 e as olimpíadas 2016, esta

primeira a ser realizada nas cidades: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto

Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Cuiabá, Fortaleza Natal e

Manaus, será uma oportunidade especial para o país e sua população mostrar

seus valores. E, quanto à maior força produtiva do país, as micro e pequenas

empresas, é hora de fomentar os negócios.

Aparelhar suas plataformas produtivas e qualificar mais e melhor seus

valores humanos deve-se ser a pauta de toda a sociedade, em especial, aos

que estão envolvidos direta e indiretamente nas ações logísticas do evento.

Participantes e visitantes de um evento dessa magnitude querem

viver boas novas experiências, pois, quando do retorno aos países de origem,

podem resgatar suas belas histórias. O papel de compartilhar essas

experiências é dos cento e noventa milhões de brasileiros, onde e como

estiver. Uma postura proativa com respostas eficaz é o mínimo que se espera

de uma das dez maiores economia do planeta.

Pensando assim que o SEBRAE num continuo de apoio estratégico e

logístico as micros e pequenas empresas coloca todo seu conhecimento com

ações concretas para melhorar a imagem dos serviços e produtos

disponibilizados.

Inicialmente foi realizada uma missão técnica a África do Sul, no mês

de julho de 2009, com a participação da maioria de dirigentes e técnicos dos

estados onde realizaram jogos da Copa 2014. Em seguida foi realizada uma

reunião de alinhamento em Brasília com representantes de todos os 12

SEBRAE/UF.

O Programa Nacional para Atuação do Sistema SEBRAE e a Copa

2014 é justificado na medida em que se compreendem os efeitos mobilizadores

e aceleradores que um evento como a Copa do Mundo traz sob o ponto de

vista do aproveitamento de oportunidades com a perspectiva de horizontes de

médio e longo prazo, atingindo vários setores da economia que envolve

fortemente micro e pequenos negócios.

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Embora a magnitude do evento influencie todos os setores da

economia, cabe ao presente termo, traçar uma delimitação da atuação do

SEBRAE, para que se possa concretizar um trabalho objetivo e de resultados

que, embora preservando peculiaridades, apresente diretrizes comuns, sem,

entretanto deixar de contribuir para compartilhar informações e dados que

possibilitem um largo espectro de oportunidades.

Nesse sentido, os projetos a serem delineados dentro desse conceito,

deverão ter foco no recorte dos setores definidos, e a ação nacional deve

possibilitar a identificação de oportunidades para os micro e pequenos

negócios e empreendedores individuais, todos com o viés do acesso a

mercados, sustentabilidade com ênfase na abordagem da responsabilidade

sócio ambiental e competitividade.

O Sistema SEBRAE trabalha com a metodologia GEOR, uma maneira

transparente e que presta contas à sociedade. Além desta metodologia, com

objetivo de entender e atingir ainda mais sua clientela-alvo, o SEBRAE

incorporou na GEOR, a metodologia FOCO NO MERCADO. Hoje, o número de

projetos dobrou. O SEBRAE torna-se cada vez mais responsável e

comprometido com a qualidade e efetividade de suas ações.

Propósito deste documento é fazer uma análise de consistência do

Projeto Copa 2014 no artesanato, razão esta de poder mostrar um pouco de

sua cultura através da manifestação de seu povo principalmente uma categoria

de trabalhadores que a todo instante resgata e manifesta seu potencial criativo

em uma sintonia perfeita de mãos, mentes e movimento. Assim, é o artesanato.

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TENDÊNCIAS PARA COPA 2014

A oficialização do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014

demonstra a importância do País no cenário esportivo mundial e evidencia a

confiança da FIFA no poder de organização e realização do Brasil. Um evento

como este só traz benefícios e legados para o país sediante e também para as

cidades que receberão os jogos.

O Brasil vem dando provas de sua capacidade de organizar grandes eventos esportivos internacionais e certamente a Copa do Mundo 2014 será um marco na história do futebol mundial.

Os investimentos a serem feitos para comportarem os dois eventos, a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016, se completam e darão ao Brasil a oportunidade de repetir experiências bem sucedidas de países que organizaram os dois eventos em seqüência, como o México (1968/1970), a Alemanha (1972/1974) e os Estados Unidos (1994/1996), onde os governos e a iniciativa privada se uniram e investiram em todos os setores da economia, em especial nos serviços, assim, puderam antever em tempo quase real, as necessidades de seus visitantes, proporcionando-lhes boas experiências.

Será um momento propício para ampliar a exposição do Brasil no exterior, de modo a aumentar o número de visitantes e a entrada de divisas no País. A importância da Copa do Mundo de 2014 para o Brasil vai além dos trinta dias de jogos. A Copa Mundial de Futebol 2014 é, desde já, um celeiro de oportunidades.

A Copa Mundial de Futebol 2014 deve atrair ao Brasil pelo menos 500 mil estrangeiros somente nos 30 dias de jogos. Esse número equivale a 10% do total de estrangeiros que visitaram o Brasil em 2008.

Em 2008 o turismo respondeu por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, gerando o equivalente a US$ 39 bilhões. Em alguns países, a participação do turismo na economia chega a 10% do PIB, o que mostra o quanto o Brasil tem a investir no setor. “Mas estamos bem, principalmente se levarmos em consideração que somos um destino muito distante dos grandes emissores de turistas, como a Europa e os Estados Unidos. Por que as aspas?

O Brasil busca, hoje, o desenvolvimento de um turismo mais profissional, com investimentos em campanhas como a que tem como mote Se você é brasileiro, está na hora de conhecer o Brasil. “ Daqui a 10, 15 anos,

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praticamente nenhuma pessoa se lembrará do modelo de celular que estava usando hoje, mas com certeza vai se lembrar da viagem que fez e das boas experiências que vivenciou durante a Copa Mundial de Futebol 2014 no Brasil”

A CONTEXTUALIZAÇÃO

Esse documento analisa a consistência do Projeto Copa 2014 concernentes ao mercado do artesanato para subsidiar os gestores dos projetos finalísticos.

II. O MERCADO DO ARTESANTO NO DISTRITO FEDERAL .

2.1 Da Construção do Objeto

A Construção deste relatório é o resultado de um conjunto de ações

desenvolvidas em Brasília e cidades em satélites. O foco principal foi os

levantamentos de dados secundários, no próprio SEBRAE/DF com gestores

envolvidos com o artesanato, nos principais pontos de vendas, visitas a

empresas fabricantes de brindes, entidades ligados às categorias, como:

associações classistas, federações, órgãos públicos, visitas a profissionais

(designers), ligados ao setor do artesanato e pesquisas na internet.

2.2 Análise do Mercado

A produção do artesanato no Distrito Federal é reflexo da diversidade cultural

do povo brasileiro, fruto da influência dos imigrantes de todas as regiões do

país. “Brasília surgiu como um verdadeiro laboratório, não só para o

experimento radical e definitivo dos princípios do urbanismo modernista, mas

também como um espaço privilegiado para inovações no campo da educação

(...) e da cultura, enfim uma cidade nova, destinada a realizar utopias (...)

dando condições a todos que quisessem inovar, avançar e ousar (Olhares

sobre o Lago Paranoá”, de Fernando Fonseca - 2001:161). São características

como essas que fizeram com que Brasília fosse declarada “patrimônio cultural

da humanidade” pela UNESCO.

A diversidade cultural é a principal característica de Brasília, onde podemos

encontrar os mais variados sotaques e costumes do Brasil. Esse contexto

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transmite para a produção artesanal local os traços da tradição trazida pelos

imigrantes, com as características de ousadia e inovação do traçado urbano

próprio da cidade. O artesanato candango reflete, ainda, o ambiente típico do

cerrado, provedor da matéria-prima utilizada nas peças mais representativas do

imaginário dos habitantes do centro-oeste, e a arquitetura única da cidade, de

formas arrojadas e traços fortes e modernos. Assim, conhecer o artesanato do

Distrito Federal é apreciar um autêntico mosaico cultural, diversificado e

original.

São típicos de Brasília os arranjos artesanais feitos com flores do cerrado (que,

desidratadas, assemelham-se a verdadeiras rendas naturais), as esculturas de

animais da região, os totens em fibra de buriti e os móveis em madeira e

trançado de palha. Chamam à atenção do visitante as belas jóias artesanais

com gemas da região e de inspiração sugerida pelas linhas arquitetônicas da

cidade e pelas plantas da região. Os objetos utilitários e esculturas em

cerâmica, de estilo contemporâneo, as mantas, roupas e objetos de decoração

feitos com tecidos de tear manual, os cartões e peças decorativas feitos com

papel artesanal, também compõem a rica e típica produção local.

A produção artesanal Brasiliense é facilmente encontrada nos pontos

comerciais da torre de TV no plano piloto, são aproximadamente 588 pontos de

vendas fixos e dezenas de ambulantes. Destacam-se: os pontos comerciais

existentes no aeroporto internacional de Brasília (ex. Minerais Pedras

Preciosas), o ponto comercial da Catedral Metropolitana de Brasília, com (29),

vendedores de arranjos de flores do cerrado. Registram-se, ainda, os pontos

comerciais: Serrado em Alta, (Shopping Liberty Mall) Arte em Casa SCLN 102,

Eat Table Fashion (Brasília Shopping), e a Designer Empresa Suzana

Rodrigues- SCLS 115 e diversas feiras nas administrações regionais.

Existem duas associações que congregam artesões que trabalham no ponto

turístico/comercial torre de TV.

No Distrito Federal são (71), associações e cooperativas, com 8.992 artesões

cadastrados, em sua grande maioria em atividade. Fonte: ST/GDF

2.3 Da Produção e Matéria Prima

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Os produtos predominantes são: enxoval para o uso residencial, roupas

para o vestuário, bijuterias e jóias, papelaria, decoração, utilidades domésticas,

bolsas e pastas, brinquedos, móveis, miniaturas, velas, enfeites natalinos,

barcos e canoas, oratórios, e produtos para higiene. São produzidos em sua

maioria de matérias prima: mineral, vegetal e animal.

2.4 Tipos de Materia Prima

2.4 Artesões por Produtos

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Fonte: Secretaria do Trabalho do GDF.

Obs.: Em Brasília existem em atividade 8.992 artesões. A distribuição obedece ao número de

artesões envolvidos na produção dos itens conforme a ordem.

2.5 Cadeia Produtiva do Artesanato

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Fonte : USP/SP

2.5.1 Descrição da Cadeia Produtiva

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A cadeia do processo produtivo do artesanato divide-se, em: pré-

produção e criação, ou seja, aquisição de matéria prima e o transporte (pedra,

ferro, madeira, fibras e cerâmica). A segunda fase compreende a criação e

produção, onde estão os principais atores do processo: os artesãos e as

cooperativas, o produto artesanal, o redesenho, o conceito tradicional, o novo

produto. Na terceira fase ocorre à promoção e a comercialização, são os

catálogos, os folders, as etiquetas, o estoque, a embalagem, os ateliers e

oficinas, lojas de artesanatos, lojas de presentes e feiras de negócios. E por

último, o consumo, que compreende as pessoas físicas e jurídicas a

exportação e os utilitários, decorativos e religiosos, assim como: as pousadas,

hotéis e restaurantes.

As principais dificuldades e ameaças ao desenvolvimento de um sistema de

produção artesanal estão afetadas por elementos importantes para a

competitividade de um segmento produtivo, como por exemplo, a capacidade

empresarial, a modelagem da produção, a comercialização e o mercado. Estes

itens são elos frágeis de uma cadeia produtiva artesanal.

Quanto à capacidade empresarial, sua fragilidade decorre do fato de que o

artesão domina uma técnica, um ofício, uma habilidade, aprendidos em

práticas cotidianas, sem preocupação com o conhecimento organizado

característico do sistema produtivo industrial.

Por um lado, esta lacuna impacta negativamente o artesanato como atividade

econômica competitiva, de outro lado, deixa ao artesão a liberdade de ser o

dono do seu próprio tempo e de definir, em função das suas necessidades, o

seu modo e padrão de trabalho.

Desta forma, não há uma aproximação das práticas organizacionais mais

competitivas, perdem-se espaços importantes no contexto comercial.

2.6 Mercado

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Não foi possível constatar por parte da maioria da categoria, iniciativas

que agregam valores aos produtos, visando à identidade visual/

desenvolvimento de marcas; desenvolvimento de embalagens; selo de

procedência/certificado de origem; certificado de qualidade; utilização de

normas ambientais e sociais, contextualização histórica e cultural do produto e

processos. Linhas próprias com design exclusivo formando famílias ou

coleções, correta escolha das matérias-primas, uso de processos e tecnologia

apropriada e não poluentes usos e funções claramente definidas e eficazes. .

Há exceções: o setor de gemas e jóias está mais profissionalizado.

Quanto ao preço não há uma planilha que oriente os preços de custo da

matéria-prima utilizada, volume de horas de mão de obra empregada e o valor

simbólico percebido pelos compradores, dentro de suas expectativas de gasto.

A promoção comercial é ainda empírica, as unidades produtivas têm

dificuldades para ver seus produtos Interagirem na logística e distribuição de

matérias-primas e/ou produtos acabados, de sua origem ao destino,

favorecendo o acesso direto ao consumidor final e ao atacadista. Há exceções:

o setor de gemas e jóias está mais profissionalizado.

2.6.1 Políticas de Comercialização e Exportação.

Foi constatado que a maioria dos profissionais não tem conhecimento

dos procedimentos que regulem as exportações, às vezes alguns negócios

deixam de ser realizados em função dos processos burocráticos. O Ministério

da Indústria e Comercio/Apex, são os órgãos governamentais responsáveis

pela a política de exportação brasileira. Todos os procedimentos podem ser

acessados pelo o site do órgão www.apexbrasil.com.br

http://www.aprendendoaexportar.gov.br/artesanato/01 2_frameset_ind.htm

2.7Fluxograma Para a Exportação

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2.8 Públicos Consumidores.

São constituídos de turistas de várias partes do país, principalmente de

turistas das regiões: Sul, Sudeste e Nordeste. Os Turistas do exterior são

originários de várias partes do mundo, com predominância para turistas de

países europeus, orientais e americanos.

2.8.1Origem dos Consumidores.

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2.9 Os produtos com maior demanda:

Enxoval para decoração de ambientes residenciais, produtos para o vestuário,

bijuterias e jóias, papelaria e decoração e souvenires.

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2.10 A Lógica da Intervenção Comercial

2.10.1 Identificação e Análise da Demanda

Uma estratégia de inserção comercial do artesanato no mercado de

consumo, para que tenha algum sucesso, deve ser precedida de uma pesquisa

de mercado que possa identificar os distintos públicos compradores, seus

hábitos, gostos, preferências e separar os produtos de acordo com essas

informações. Esta divisão do mercado chama-se segmentação, podendo ser

quantitativa ou qualitativa.

2.10.2 Identificação e Análise da Oferta Tendo identificado a demanda, é necessário também identificar e

qualificar a oferta. Isto significa conhecer os produtores, o que produzem,

como, onde e para quem. Inclui traçar um perfil socioeconômico da população

visada, levantando a renda familiar de cada artesão, perfil de escolaridade,

acesso a bens e serviços e as condições de trabalho e moradia. Somente de

posse essas informações serão possíveis avaliar, no futuro, qual foram o

impacto e o resultado dessas ações sobre aquele grupo de indivíduos.

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2.10.3 Melhoria e Desenvolvimento de Novos Produtos Conquistar um nicho específico de mercado consiste em identificar uma

demanda insatisfeita e em seguida oferecer um produto diferente (ou melhor)

de todos os demais conhecidos, que venha ao encontro dessas expectativas

não satisfeitas.

Conhecido o perfil do público-alvo, a partir da análise da demanda, será

possível desenvolver e oferecer um produto coerente com as expectativas de

seus consumidores.

2.10.4 Melhoria e Desenvolvimento de Processos Aperfeiçoar os processos produtivos, tornando a produção mais ágil e

competitiva, e adequação destes produtos às novas exigências do mercado,

tanto do ponto de vista formal quanto técnico, devem e podem ocorrer sempre

que possível sem descaracterizar ou se afastar dos valores tradicionais e da

história particular de cada núcleo artesanal, pois alguns desses processos de

produção são ancestrais e sua preservação pode ter um reflexo positivo

perante o mercado. A atualização da produção artesanal pode se dar: • Na

substituição de uma matéria-prima, pela troca de instrumentos de trabalho mais

eficazes, pela utilização de novas ferramentas que facilitem o trabalho, porém

sem esquecer que algumas técnicas somente a mão humana pode executar,

com suas imperfeições e pequenas diferenças e principalmente a criatividade.

2.10.5 Capacitação

Qualquer mudança em um modo de produção implica uma mudança

comportamental daqueles envolvidos nesse processo. Significa ter de alterar

um modo de fazer diferente daquele com o qual as pessoas já estavam

acostumadas. E, nada mais difícil que erradicar hábitos arraigados. Isto

somente se consegue com educação, treinamento e demonstração inequívoca

dos benefícios oriundos dessa mudança. Por essa razão são oferecidos tantos

treinamentos aos artesãos, para que eles percebam e compreendam a

necessidade de mudar sua visão e sua postura no trabalho. O SEBRAE deve

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18 ANALISE DE CONSISTÊNCIA FOCO NO MERCADO – COPA 2014

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buscar as melhores práticas e metodologias no Artesanato para criar

referências para o trabalho em todos os SEBRAE/UF. Pois generalizar

metodologias e conteúdos pode ser arriscado se estas metodologias foram

geradas entre outros contextos socioculturais diferentes daqueles onde serão

aplicados. Outra característica marcante dos artesãos é seu comportamento

individualista.

Acostumado em trabalho solitário, realizado na maioria das vezes na

sua residência, compartilha sua experiência e seus conhecimentos apenas com

familiares ou algum aprendiz. Este modo de trabalho dificulta a realização de

um programa de capacitação ou de ações cooperadas.

Portanto, um programa de capacitação para artesãos deve levar em conta

estas particularidades, estruturando-se em módulos e atuação do Sistema

SEBRAE no Artesanato 37sucessivos, com um calendário compatível com seu

tempo de produção, iniciando-se por um processo de sensibilização com

ganhos crescentes de confiança e participação. Com relação à capacitação dos

artesãos, é necessário estruturar um programa sistêmico, continuado, com

princípio, meio e fim.

2.10.6 A agregação de Valor

Um artesanato de qualidade deve ter uma clara identificação com sua

origem, impressa nas cores, nas texturas, nas marcas deixadas pelas mãos

dos artesãos em cada peça. Esta identidade é algo que se consegue com o

tempo, fruto de muito esforço, constância e dedicação. Não se consegue com

decretos e nem se utilizando, de modo forçado, as caricaturas de nosso

entorno.

Quem compra artesanato está comprando também um pouco de

história. Nem que seja sua própria história de viagens e de descobertas. Um

produto, por melhor que seja, deve vira acompanhado de algo que o

contextualize, que o localize no tempo e no espaço. A informação sobre a

pessoa que fez uma determinada peça, a quantidade de horas ou de dias que

levou para executar esta tarefa podem ter um alto valor para quem a adquire.

Os grandes compradores solicitam cada vez mais, sobretudo para os produtos

provenientes dos países em desenvolvimento, um selo de procedência, uma

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19 ANALISE DE CONSISTÊNCIA FOCO NO MERCADO – COPA 2014

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certificação de qualidade ou de respeito às normas ambientais e sociais. Isto

poderá em breve ser uma exigência de todos os países importadores. Este

grupo de ações se completa com o projeto de um sistema de expositores fixos

ou móveis, displays para promoção comercial, gôndolas para vendas avulsas,

souvenires e uniformes.

2.11 Comentários Gerais

Observou-se que o mercado do artesanato em Brasília carece de muita

profissionalização. Influências político-partidárias dificultam muito o

desenvolvimento em quase todos os contextos. Há um continuo de iniciativas

de caráter privado e público que tenta arregimentar a categoria. Atualmente

existem (71) associações e cooperativas, com 8.992 artesões cadastrados.

Existe um número grande de profissionais atuando no setor do artesanato, mas

não são artesões, são pessoas que compram produtos e revendem como se

fossem profissionais da área. (Ex. ponto comercial da Catedral)

O mercado concorrente é grande, mesmo entre os próprios, se não

bastasse a concorrência internacional que denigre, em muito, a imagem da

categoria, e a qualidade dos produtos com produção em série (sem

personalização). Produtos oriundos de países asiáticos (China, Índia e Malásia)

são de qualidade inferior aos produzidos no mercado local, e comercializados

com preços bem inferiores, dificultando a percepção do consumidor final.

A dificuldade de capital de giro, o acesso às linhas de crédito, pouco

incentivo de políticas públicas são fatores que se somam aos já comentados.

Mas há pontos positivos: o bom poder aquisitivo da população local e

dos turistas, matéria- prima nas proximidades da produção; muitos produtos de

boa qualidade; especialmente, design em jóias; a participação em feiras

interestaduais e internacionais, e o apoio constante do SEBRAE e parceiros e a

boa imagem da capital federal.

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SEBRAE / DF S.I.A Trecho 03 Lote 1580 71 200-020 – S.I.A – Brasília/DF Diretoria: Maria Eulalia Franco Unidade de Acesso a Mercado Sebrae/DF Unidade de Acesso a Mercado Gerente: Lucimar Santos Gestor do Projeto: James Hilton Reeberg 061 33621623 [email protected] Foco no Mercado

Consultora: Manoel Paiva da Costa

Demanda: Unidade: UAM Projeto: Copa do Mundo 2014 – Segmento Artesanato

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ANEXOS:

Análise SWOT do documento Turismo no Brasil 2011-20 14

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BIBLIOGRAFIA

-------------- Guia de Referência para Projetos com Foco no Mercado .. Edição Sebrae Nacional, Brasília (DF), 2009

-------------- Mandalinha Projetos com Foco no Merc ado .. Edição Sebrae Nacional, Brasília (DF), 2009

-------------- Manual de Elaboração e Gestão de Pro jetos Orientados para Resultados – GEOR . Versão 5. Edição Sebrae Nacional, Brasília (DF), 2007

REVISTA VEJA . Copa do Mundo de 2014. http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/copa_do_mundo/index.shtml.

...............Termo de Referência Atuação do sistema SEBRAE/Nacional no artesanato Brasília 2010

Sebrae/DF Unidade de Acesso a Mercado Gerente: Lucimar Santos Gestor do Projeto: James Hilton Reeberg 061 33621623 [email protected] SEBRAE / DF S.I.A Trecho 03 Lote 1580 71 200-020 – S.I.A – Brasília/DF Diretoria: Maria Eulalia Franco Unidade de Acesso a Mercado Empresa de Consultoria:

Paiva e Gouveia Ltda.

Manoel Paiva da Costa

Consultor de Marketing