Pesquisa De Responsabilidade Social Das IndúStrias De São Bernardo Do Campo

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PESQUISA DE RESPONSABILIDADE

SOCIAL DAS INDÚSTRIAS DE

SÃO BERNARDO DO CAMPO

PESQUISA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS INDÚSTRIAS DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

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REALIZAÇÃOCIESP – SBC

Centro Universitário da FEIBASF

PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃOCentro Universitário da FEI

Carla Andrea Soares de AraújoAyrton Novazzi

BASFVanessa Weber Leite

SESI – SBCVamberto Martinez

CIESP – SBCVitor Gonçalo Seravalli

PROJETO GRÁFICO E EDIÇÃOCentro Universitário da FEISilvana V. Mendes Arruda

Cleonice Molina Matos

APOIOCarbono

Mácron Indústria Gráfica

COLABORADORESCIESP – SBC

Mauro MiagutiJair Altheman

César Antônio GarbusHelena Maria RoveriAdemir Gasparetto

Centro Universitário da FEIProf. Dr. Marcio Rillo

Profª Dra. Rivana Basso F. Marino

AGRADECIMENTOSCentro Universitário da FEI

Bruno Rafael Albuquerque SilvaDavid Aparecido Zuffi

Fábio Massoti MenegazzoFernando Mônaco

Henrique Braiti de SouzaRodolfo Rebelato de Almeida

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O CIESP–SBC, como entidade mobilizadora das indústrias no munícipio, reconhecea importância da responsabilidade social empresarial como fator de sustentabilidade dasempresas a longo prazo.

Com os resultados da Pesquisa de Responsabilidade Social das Indústrias de SãoBernardo do Campo, vislumbro alguns desafios:

• A sensibilização das empresas não participantes deste processo para o engajamentoe contribuição com as suas experiências e expectativas nesta área;

• A mobilização das empresas interessadas para a evolução da prática daResponsabilidade Social no município;

• O engajamento das regionais do CIESP do Grande ABC neste processo.

Destaco a importância do trabalho em parceria realizado entre CIESP, CentroUniversitário da FEI e BASF que, na soma de esforços e experiências, alcançou o resultadocontido nas próximas páginas e que sinaliza uma forma de trabalho que deverá tercontinuidade e garantir o sucesso para os próximos passos: a soma entre os diferentes,agregando maior valor para todos.

São Bernardo do Campo, abril de 2005.

Mauro MiagutiDiretor Titular CIESP


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Em 2003 foi realizada uma pesquisa de Responsabilidade Social nas empresas doEstado de São Paulo, que apresentou resultados muito importantes sobre seusposicionamentos relacionados a este assunto cada vez mais relevante, bem como sobre asdiversas informações referentes às suas ações em todas as regiões do Estado.

O nível de participação das empresas de São Bernardo do Campo naquela pesquisafoi inexpressivo, o que nos impediu confirmar se os resultados e as principais conclusõesestavam realmente relacionados ao seu perfil social. Por este motivo, durante o ano de2004 foi decidida a aplicação de uma nova pesquisa, incluindo algumas alterações quelevaram a uma melhor adaptação do questionário às características da municipalidade,buscando um maior entendimento dos aspectos que pudessem orientar um trabalho demédio e longo prazo.

Assim sendo, o objetivo desta “Pesquisa de Responsabilidade Social das Indústrias deSão Bernardo do Campo”, cujos resultados agora apresentamos, é disponibilizar umabase consistente para elaboração de Projetos de Responsabilidade Social, que deverão serplanejados e implementados por empresas voluntárias identificadas com as principaisáreas de oportunidade por ela evidenciadas. Durante a implementação, essas empresaspoderão aplicar todo o seu conhecimento e a sua vocação como contribuições efetivasque agreguem valor à sociedade como um todo.

Devido às características regionais similares, vejo grande oportunidade de uma possívelextensão dos projetos a todas as cidades do Grande ABC, como também de sua integraçãoàs ações públicas e privadas já existentes, e ainda de uma conexão às atividades deoutras Diretorias do CIESP, para que a sinergia e a amplitude dos impactos sejam muitomaiores.

Considero esta oportunidade histórica, e tenho certeza de que o engajamento dasempresas terá um impacto positivo fundamental, para um possível efeito cascata quepoderá beneficiar toda a sociedade do Estado de São Paulo num prazo relativamentecurto de tempo.

São Bernardo do Campo, abril de 2005.

Vitor SeravalliDiretor Adjunto CIESPDiretor Industrial BASF

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As dimensões envolvidas na gestão de uma empresa têm se mostrado mais abrangentes.É necessário que os gestores e seus colaboradores estendam os critérios de avaliação dodesempenho da empresa para além do aspecto econômico, inserindo com vigor duasnovas dimensões: a ambiental e a social.

O conceito e o compromisso com o desenvolvimento sustentável dos negócios sãotemas cada vez mais freqüentes nos discursos de gestores empresariais. Ao assumircompromissos com a criação de valores éticos na gestão dos negócios e valores desustentabilidade ambiental e social, a empresa estará praticando a “ResponsabilidadeSocial” e, num sentido mais amplo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável doplaneta.

Embora o tema “Responsabilidade Social” venha sendo constantemente discutido,trata-se de um movimento relativamente novo, cujo grande desafio é sua disseminação einternalização na dinâmica cotidiana do trabalho em suas diversas formas.

Nesse sentido, o estudo aqui apresentado, além de oferecer preciosos subsídios àsociedade sambernardense, busca mapear e conhecer as empresas de São Bernardo doCampo, sob os aspectos de responsabilidade social, a fim de promover o desenvolvimentode práticas a ela inerentes.

Parabenizamos o CIESP–SBC pela iniciativa, aqueles que desenvolveram o trabalhocom afinco e empenho e os participantes da pesquisa.

O Centro Universitário da FEI esteve presente em todos os momentos desta pesquisa.Seus professores e alunos tiveram atuação decisiva na tabulação, análise e interpretaçãodos dados.

Como parceiro do CIESP–SBC, sentimo-nos muito honrados pela confiança em nósdepositada e, também, satisfeitos por colaborar na identificação e na evolução de umanova cultura empresarial, com conseqüências seguramente benéficas.

Esperamos que este trabalho frutifique, gerando, a médio e longo prazo, uma sociedademais justa e humana, ideal de todo homem de bem.

São Bernardo do Campo, abril de 2005

Prof. Dr. Marcio RilloReitor do Centro Universitário da FEI


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Nos últimos anos, vêm crescendo de forma patente iniciativas e investimentos privados

preocupados com o presente e voltados para um futuro onde haja o desenvolvimento sustentável.

Questões como escassez de recursos naturais, concentração de renda, degradação ambiental,

exclusão social, desnutrição e fome, apenas para citar algumas, decorrem da dissociação entre o

desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social e ambiental, e necessitam ser enfren-

tadas também pelas empresas. Neste caminho, corporações, empresas, tanto públicas quanto

privadas, são chamadas à Responsabilidade Social.

Filosoficamente poderia se dizer que a Responsabilidade Social é a possibilidade de afirmação,

por parte das empresas, do valor da realidade, de tudo aquilo que se relaciona com ela – empresa

– e também dela depende. Assim, na experiência de consciência de seu papel social, a responsa-

bilidade que compreende o responder, mobiliza-se, incide sobre esta realidade, responde às neces-

sidades dela, cria obras, exerce sua cidadania, responsável e participativa.

Conceitualmente, Responsabilidade Social Empresarial (RSE) “é uma forma de conduzir os

negócios que torna a empresa parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa

socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes

(acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo

e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender

às demandas de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários” (ETHOS).

Concretamente, a expressão da Responsabilidade Social Empresarial vai muito além da obser-

vação de leis e regulamentos, prevê uma resposta concreta às necessidades da empresas bem

como da sociedade, expressa em ações de curto, médio e longo prazo, com objetivos claros e

avaliação dos impactos obtidos. A capacidade de responder às necessidades prementes da

realidade tende a fortalecer a imagem da empresa e promover uma relação de ganha-ganha

tanto com seus colaboradores, como fornecedores, acionistas, com a comunidade na qual se insere

e com seu consumidor. Há espaço para que todos ganhem.

Através de ações de responsabilidade social corporativa é possível implantar uma nova cultura

organizacional que traga o crescimento econômico associado à dignidade da pessoa humana, à

seu trabalho, bem como às relações sociais que permeiam o cotidiano empresarial, tanto em seu

meio interno como externo.

PESQUISA DE RESPONSABILIDADE

SOCIAL DAS INDÚSTRIAS DE


“Cada um do sumo bem a idéiaapreende, que lhe suaviza a rudeinquietação e às exigências de suaalma atende” (Dante Alighieri. ADivina Comédia. Purgatório, cantoXVII, vv127-129)


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1 Dado da Fundação SEADE referente ao ano de 2002.2 Vide anexo II (cópia da carta).

OBJETIVOS DA PESQUISA

Proposta pela CIESP - São Bernardo e executada em parceria com a BASF e o Centro Universitárioda FEI, esta pesquisa teve como objetivos:

· Obter informações sobre a visão das indústrias de São Bernardo do Campo sobre responsa-bilidade social corporativa;

· Conhecer e mapear as ações de responsabilidade social das indústrias de São Bernardo doCampo;

· Avaliar as perspectivas de ampliação da cultura e práticas de responsabilidade social empre-sarial e o compartilhamento de experiências que possam trazer o crescimento e a sustentabi-lidade do parque industrial de São Bernardo do Campo neste setor;

· Ser um referencial para a articulação de uma rede de relacionamentos estratégicos na área deresponsabilidade social neste município.

METODOLOGIA E REFERENCIAL

Como referencial para a elaboração desta pesquisa, partimos do levantamento de outraspesquisas sobre responsabilidade social empresarial. Dentre elas, pode-se destacar a pesquisaque a FIESP/CIESP empreendeu no ano de 2003. A partir dessas experiências, avaliamos quaisdados seriam necessários para conhecer a realidade das indústrias do município, adaptandoquestões e elaborando outras.

Para as questões pertinentes ao trabalho infantil consultou-se o capítulo IV da CLT, que versasobre a proteção do trabalho infantil.

A aplicação prévia do questionário-teste a três empresas da região foi importante paraanalisarmos as dificuldades de preenchimento. Elaborou-se também uma cartilha de instruçõespara o preenchimento e devolução do questionário, bem como organizou-se uma equipe desuporte para fornecer as informações necessárias aos responsáveis pelo preenchimento doquestionário, por telefone ou correio eletrônico.

A pesquisa envolveu 50 questões, sendo algumas fechadas de resposta única, fechadas demúltipla escolha e abertas, através das quais foi possível avaliar qualitativamente o entendimento,dificuldades e permitir a valorização de experiências nesta área. As questões estão distribuídasentre os itens: perfil da empresa, público interno, atividades voluntárias dos empregados,relacionamento com o meio ambiente, relação com fornecedores, clientes e consumidores, açõessociais em benefício da comunidade e participação em projetos governamentais e valores etransparência.

A pesquisa foi encaminhada a 570 indústrias de um total de 12861 presentes no município deSão Bernardo do Campo. Os dados obtidos são confidenciais e utilizados tão somente para finsde análise desta pesquisa.

Numa primeira etapa, o questionário da pesquisa foi enviado pelo correio, acompanhado poruma carta de esclarecimento do CIESP-SBC2 e, posteriormente, um arquivo em planilha eletrônicapara o respectivo preenchimento.

A equipe de apoio procurou contatar as empresas a fim de reiterar a importância da pesquisae, ao mesmo tempo, resolver eventuais dificuldades no preenchimento do questionário.

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O recebimento dos questionários respondidos pelas empresas ocorreu via correio ou por meiode retirada no endereço da empresa.

O presente estudo, baseado em amostragem não aleatória, sobre a Responsabilidade SocialEmpresarial, envolveu 48 empresas de São Bernardo do Campo e permitiu apresentar algumasevidências sobre o tema sem, porém, muita profundidade em razão das limitações decorrentesdo reduzido tamanho da amostra. Mesmo assim, os resultados destacam aspectos interessantese relevantes para a realidade das indústrias do município.

Considerando que a escolha das unidades amostrais não pode ser rotulada como aleatória, otratamento estatístico das informações coletadas restringiu-se a tabelas e gráficos, e as conclusões,embora possam servir de referência para levantamentos futuros, não são necessariamente válidaspara todo o universo das empresas de São Bernardo do Campo.

Todavia, é fundamental ressaltar que o veto à generalização não impede a possibilidade de seestabelecer um cenário real dos principais fatores que interferem na problemática da responsa-bilidade social das empresas.

De fato, a implantação pelas empresas de São Bernardo do Campo de programas voltadospara a proteção do meio ambiente, inclusão social dos funcionários, capacitação para o mercadode trabalho, educação continuada e outros programas inovadores e abrangentes está se tornandouma necessidade e um compromisso empresarial.

Como se sabe, as áreas que compõem o cenário da RSE têm características comuns e, por isso,as considerações aqui mencionadas são suporte para ações concretas.


São Bernardo do Campo pertence à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), nasub-região conhecida como ABC paulista, possui uma área de 407,10 km2 e, segundo dadosdo IBGE, o município possuía, no ano de 2004, uma população de 754.734 habitantes, sendo742.231 em área urbana e 12.503 de população rural3.

São Bernardo do Campo, segundo o Atlas4 ocupa a 51ª posição no ranking de melhorsituação social, entre todas as cidades brasileiras, apresentando o índice de exclusão socialigual a 0,6525.

Tornou-se conhecido, principalmente a partir da década de 60, devido à forte indústriametalúrgica que aqui se instalou para dar suporte às montadoras que também para cávieram.

3 Dados da Fundação SEADE para o ano de 2004.4 Os dados são referentes ao levantamento feito em 2000, pela equipe do Atlas.5 Quanto mais próximo de 1, menor o grau de exclusão, que aumenta quando o índice se aproxima de zero. O objetivo do índice é ajudar a monitorar a implantação e o

desenvolvimento de políticas de combate à exclusão social.


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I - PERFIL DAS INDÚSTRIAS PESQUISADAS

48 indústrias de São Bernardo do Campo, 2/3 delas associadas ao CIESP – São Bernardo doCampo, participaram livremente desta pesquisa. Por se tratar de um município tipicamenteindustrial, julgou-se oportuno caracterizá-las segundo o ano de fundação e implantação nomunicípio e, também de acordo com o ramo de atividade, capital que a controla, pelo tipo desociedade na qual se constitui, porte (número de empregados) e faturamento bruto para o anode 2003.

As incidências observadas deixam transparecer um fato relevante: a fundação e instalaçãodestas empresas são resultado do grande progresso que o município experimentou, principal-mente a partir da instalação das grandes montadoras (Gráfico 1).

No que diz respeito ao ramo de atividade das empresas pesquisadas, é notória a predominânciado ramo metalúrgico (37,5% ):

Antes de 1970 10 20,8

1970 a 1990 22 45,9

Após 1990 16 33,3

Total 45 100,0

Ano de instalação Número de indústrias %

Quadro 1 – Distribuição das indústrias segundo o ano de instalação

Gráfico 1 – Distribuição das indústrias segundo a data de instalação nomunicípio de São Bernardo do Campo

Gráfica 3 6,3

Metalúrgico 18 37,5

Químico 7 14,6

Prestador de serviço 4 8,3

Vidros 2 4,2

Montadora 2 4,2

Outros 12 25,0

Total 48 100,0

%Ramo de atividade Número de indústrias

Quadro 2 – Distribuição das empresas segundo o ramo de atividades

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No controle majoritário das organizações pesquisadas, capital nacional privado é marca maior.A grande maioria, mais de 70%, é constituída por capital nacional privado (Gráfico 3). Destasempresas 87,5% são sociedades limitadas.

Gráfico 2 – Distribuição das indústriassegundo ramo de atividade

Quadro 3 – Indústrias segundo o tipo de sociedade e de capital majoritário

Limitada 31 2 1 7 42

Anônima 3 0 0 3 6

Total 34 2 1 11 48

% de Limitada 91,2 100,0 100,0 63,6 87,5

Total de tipo

de sociedadeSociedade Capital Majoritário

Nacional Privado Americano Asiático Outros

Gráfico 3 – Distribuição das indústrias segundo a origemdo capital majoritário


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O elemento-chave para a identificação do porte das indústrias incluídas neste levantamentofoi o número de empregados. O critério adotado é análogo ao utilizado pela FIESP em pesquisaenvolvendo o mesmo tema, ou seja:

Com base nessa classificação, foram obtidos os seguintes resultados:

Como se nota, a participação da pequena empresa foi mais acentuada, mas a média e a grandetambém tiveram incidências expressivas.

O quadro seguinte indica a média de empregados de acordo com o porte da indústria. Pormeio dela, fica evidente que não seria fora de propósito reclassificar as pequenas empresas partici-pantes deste estudo, como microempresas6, uma vez que a média de empregados é poucosuperior a 30.

Quadro 4 – Critério de classificação das indústrias

de 1 a 99 pequeno

de 100 a 499 médio

acima de 500 grande

Número de empregados Porte

Pequeno 22 715 32,5

Médio 15 3.055 203,7

Grande 11 26.325 2.393,2

Total 48 30.095 626,9

Quadro 6 – Número médio de empregados segundo o porte das indústrias

Porte Número de indústrias Total de empregados Nº médio de empregados

Quadro 5 – Distribuição das indústrias segundo o porte

Pequeno 22 45,8

Médio 15 31,3

Grande 11 22,9

Total 48 100,0

Porte Número de indústrias %

6 Considera-se como microempresa aquela que possui entre 1 e 30 funcionários.

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Ainda no que se refere ao perfil das indústrias estudadas, algumas considerações sobre seufaturamento são apropriados. O quadro seguinte fornece indicações sobre a relação entre o nívelde faturamento em 2003 e o porte da indústria:

Como caberia esperar, quanto maior o porte, maior o faturamento da empresa. A ilustraçãoseguinte (Gráfico 4) fornece mais informações ligadas ao volume do faturamento:

≤ 15 19 4 0 23

> 15 3 11 11 25

Total 22 15 11 48

% de ≤ 15 13,6% 73,3% 100,0% 52,1%

Faturamento

(milhões de R$)

PorteTotal

Pequeno Médio Grande

Quadro 7 – Faturamento em 2003 e porte das indústrias

Gráfico 4 – Distribuição dasindústrias segundo

faturamento e porte


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II - PÚBLICO INTERNO

Neste tópico procurou-se levantar dados sobre a relação da empresa com seus funcionários,ou seja avaliar a Responsabilidade Social Interna. Para tanto, foram coletados dados sobre osestagiários, empregados em regime de CLT e terceirizados; a relação entre os sexos; as oportuni-dades para aprendizes, a composição dos colaboradores por faixa etária, a presença de pessoascom deficiência; a distribuição do poder entre os sexos.

Cerca de 96% dos funcionários das indústrias pesquisadas estão contratados em regime deCLT, e os 4% restantes são estagiários ou terceirizados. Aqui, vale a pena observar que a pequenaempresa tem mais tendência do que a grande para admitir estagiários – a incidência de estagiáriosna pequena é de 3,6% e na grande 1,4%. Outro aspecto interessante é o fato de que a empresa deporte médio tem uma incidência substancialmente maior de terceirizados (8,6%). O quadro abaixodestaca esses aspectos:

Pelos dados computados, do total de empregados em regime de CLT, cerca de 85% sãohomens. Todavia, na pequena e média empresas a incidência de empregados do sexo masculinoé significativamente menor do que na grande.

Ainda no que diz respeito ao público interno, merecem registro algumas considerações alusivasà contratação de funcionários pretos ou pardos7 e sua posição na hierarquia organizacional.

77777 Referências segundo metodologia do IBGE

CLT 667 2.721 25.468 28.856

Estagiários 26 70 376 472

Terceirizados 22 264 481 767

Total 715 3.055 26.325 30.095

% CLT 93,3% 89,1% 96,8% 95,9%

% Estagiários 3,6% 2,3% 1,4% 1,6%

% Terceirizados 3,1% 8,6% 1,8% 2,5%

Quadro 8 – Regime de trabalho dos empregados

Regime deTrabalho

PorteTotal


Quadro 9 – Número de empregados CLT segundo sexo

Masculino 493 1.948 22.069 24.510

Feminino 174 773 3.399 4.346

Total 667 2.721 25.468 28.856

% de Masculino 73,9 71,6 86,6 84,9

Pequeno Médio GrandeSexo

Porte Total de empregadosCLT

15

Como é evidente, em todas as empresas pesquisadas há a presença de funcionários pretos oupardos. O quadro seguinte indica as porcentagens de pretos e pardos (homens e mulheres)segundo o porte da indústria:

Na grande empresa, a incidência de funcionários pretos e pardos em regime CLT é substan-cialmente inferior que as de porte menor.

Do total de funcionários em cargos de chefia nas indústrias pesquisadas, pode-se dizer que aindústria de porte médio possui menor percentual de mulheres em cargo de chefia (5,4%), emrelação às outras:

Apesar de nosso país apresentar hoje uma incidência de não-brancos maior que a de brancos,a presença de pretos, em especial, em cargos de chefia é relativamente baixa nas indústrias pesqui-sadas e, considerando o porte, é significativamente menor na grande indústria.

Quadro 10 – Incidência de empregados pretos e pardos segundo o sexo e cor

Pequeno 493 120 24,3 174 24 13,8

Médio 1948 482 24,7 773 141 18,2

Grande 22069 1345 6,0 3399 189 5,5

Total 24510 1947 7,9 4346 354 8,1

Porte

Masculino Feminino

Total defuncionários

CLT

São pretos epardos

%Total de

funcionáriasCLT

São pretas epardas

%

Quadro 11 – Incidência de chefes segundo o sexo

Porte

Masculino Feminino


CLTChefes %

Total defuncionárias

CLTChefes %

Pequeno 493 54 11,0 174 20 11,5

Médio 1948 160 8,2 773 42 5,4

Grande 22069 1114 5,0 3399 150 4,4

Total 24510 1328 5,4 4346 212 4,9

Pequeno 74 5 6,8

Médio 202 16 7,9

Grande 1264 13 1,0

Total 1540 34 2,2

Porte

número defuncionários emcargo de chefia

Pretos e pardos emcargo de chefia

(homens e mulheres)%

Quadro 12 – Incidência de pessoas pretas e pardas em cargo de chefia


16

Levando em conta apenas o sexo do empregado, o levantamento indicou que a existência demulheres em cargos de chefia varia segundo o porte da empresa – quanto maior o porte menor aporcentagem- e, na média, não atinge 15%.

Considerando-se mais uma vez os funcionários pretos e pardos, pode-se observar que nasempresas de porte médio a taxa de mulheres em cargo de chefia é superior às dos homens:

Quadro 13 – Incidência de mulheres em cargos de chefia

Porte

número defuncionários emcargo de chefia

São Mulheres %

Pequeno 74 20 27,0

Médio 202 42 20,8

Grande 1264 150 11,9

Total 1540 212 13,8

Quadro 14 – Incidência de pretos em cargos de chefia segundo o sexo

Pequeno 54 4 7,4 20 1 5,0

Médio 160 9 5,6 42 7 16,7

Grande 1114 13 1,2 150 0 0,0

Total 1328 26 2,0 212 8 3,8

Porte

Masculino Feminino

ChefesPretos em

chefia % ChefesPretas em

chefia %

Gráfico 5 – Homens e mulheres pretos epardos ocupando cargos de chefia.

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Em se tratando de Responsabilidade Social Empresarial no seu âmbito interno, três aspectossão relevantes: funcionários aprendizes8, funcionários com mais de 60 anos e pessoas comdeficiência9.

Muito embora em relação ao número total de funcionários, a incidência dos que pertencemàs categorias citadas seja baixa, 646/30095 = 2,1%, os resultados desta pesquisa conduzem àsseguintes afirmações:· na pequena e média empresa, a proporção de funcionários com mais de 60 anos é significa-

tivamente maior que na grande empresa;· na empresa média, a incidência de deficientes é superior às de grande e pequeno porte.

Os quadros abaixo dão suporte a essas afirmações:

Quadro 17 – Incidência de pessoas com deficiência

Pequeno 715 7 1,0

Médio 3055 72 2,4

Grande 26325 404 1,5

Total 30095 483 1,6

Porte Total de empregados %Pessoas comdeficiência

Quadro 16 – Incidência de empregados com mais de 60 anos

Pequeno 715 8 1,1

Médio 3055 28 0,9

Grande 26325 72 0,3

Total 30095 108 0,4

Porte Total de empregados %Têm mais

de 60 anos

Quadro 15 – Incidência de aprendizes

Pequeno 715 1 0,1

Médio 3055 10 0,3

Grande 26325 44 0,2

Total 30095 55 0,2

Porte Total de empregados Aprendizes %

8 Ministério do Trabalho e Emprego – Consolidação das Leis do Trabalho – CLT Capítulo IV – Da proteção do trabalho do menor – Art. 429. “Os estabelecimentos de qualquernatureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, equinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.

9 Este grupo engloba as pessoas com deficiência quer visual, auditiva, física ou mental.


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A seguir, apresentam-se dados referentes à presença de funcionários estrangeiros trabalhandona empresa, para observar sua proporção em relação à profissionais brasileiros. Além disso,observou-se também quantos profissionais brasileiros as indústrias têm enviado ao exterior.Quanto a presença de estrangeiros trabalhando na empresa, estes se encontram em 23% dasindústrias que participaram da pesquisa. É interessante notar que 64% dos estrangeiros estão emindústrias de grande porte. De outro lado, 14,6% das indústrias que responderam ao questionárioafirmam ter enviado profissionais brasileiros para trabalhar no exterior, sendo a grande indústriaresponsável por 71% dos profissionais nesta condição.

No que diz respeito à demissão de mão-de-obra, os dados da pesquisa mostram que 1,2%funcionários deixaram as empresas pesquisadas voluntariamente em 2003, enquanto que 4,5%funcionários deixaram estas indústrias involuntariamente. É interessante observar que quantomenor o porte, maior é a incidência de demissões involuntárias.

Outro aspecto utilizado para avaliar a responsabilidade social empresarial interna é a concessãode benefícios não-obrigatórios. As indústrias pesquisadas centram a maior parte de suas açõesem três setores específicos: saúde (81,2%), alimentação (68,7%) e educação continuada (68,7%)(Gráfico 6).

Pequeno 667 14 2,1 117 17,5

Médio 2721 30 1,1 230 8,4

Grande 25468 306 1,2 959 3,8

Total 28856 350 1,2 1306 4,5

PorteTotal de

funcionáriosCLT

Deixaram a empresavoluntariamente

Deixaram a empresainvoluntariamente

Funcionários % Funcionários %

Quadro 19 – Incidência de demissões nas empresas

Pequeno 667 0 0 1 0,1

Médio 2721 5 0,2 4 0,1

Grande 25468 163 0,6 47 0,2

Total 28856 168 0,6 52 0,2

Porte


CLT

Funcionários estrangeirostrabalhando no Brasil

Funcionários brasileirostrabalhando no exterior

Estrangeiros % Brasileiros %

Quadro 18 – Incidência de funcionários estrangeiros trabalhando no Brasil e brasileirostrabalhando no exterior

19

Observe-se, porém, que se o item educação continuada for desmembrado em suas expressõesespecíficas ter-se-á como resultado: educação continuada de ensino superior como sendo umbenefício concedido por 29,2% das empresas pesquisadas, educação continuada em ensinofundamental, 22,9%, e educação continuada em ensino médio 16,7%. Dessa forma, pode-se afirmarque participação nos resultados é, no total geral, o terceiro benefício não-obrigatório maisconcedido pelas empresas (Quadro 20).

Dentre as pequenas indústrias 86,4% concedem algum tipo de benefício não-obrigatório,enquanto que 100% das indústrias de médio porte e das de grande porte oferecem algum dessesbenefícios10.

Gráfico 6 –Distribuição dosbenefícios não-

obrigatórios

22 14 63,6 15 14 93,3 11 11 100,0

22 12 54,5 15 14 93,3 11 11 100,0

22 1 4,5 15 6 40,0 11 11 100,0

22 2 9,1 15 6 40,0 11 11 100,0

22 8 36,4 15 9 60,0 11 10 90,9

22 2 9,1 15 8 53,3 11 7 63,6

Quadro 20 – Concessão de benefícios não-obrigatórios segundo o porte da empresa

Benefícios não-obrigatórios


nº deindúst. concede %



Saúde

Alimentação

Previdência Social

Qualificaçãoprofissional

Participação nosresultados

Esporte/ginástica

10 Na análise da inclusão de pessoas com deficiência considerou-se a inserção destas pessoas seja como estagiários ou CLTistas.


20

Na concessão de benefícios não-obrigatórios é curioso observar que para a indústria de pequenoe médio porte, o foco maior está na saúde e alimentação, enquanto que para a indústria de grandeporte a concessão desses benefícios, excluindo esporte/ginástica, é bem ampla (Gráfico 07).

No que se refere aos procedimentos de inclusão que estas indústrias vêm ou não adotandoem relação aos recursos humanos, 23% das empresas pesquisadas possui programa especial paracontratação de pessoas com deficiência, e isto se verifica tanto na indústria média (40%) como nagrande indústria (45%). A pequena indústria ainda não adota essas práticas de inclusão, de formaexpressiva.

Sobre a existência de normas que proíbem explicitamente práticas discriminatórias no ambien-te de trabalho da empresa, o fato se repete, ou seja, 16,7% das indústrias pesquisadas dispõemde tais normas, e destas 36,4% são empresas de grande porte.

Quanto à política preferencial para a contratação e/ou permanência de indivíduos com idadesuperior a 45 anos, nota-se que é inexpressiva. Já o treinamento e capacitação de trainees têmpolítica estruturada em 39,6% das indústrias. Destas indústrias, como era de esperar, as de médio(46,7%) e grande porte (72,7%) adotam formalmente tais políticas.

Apesar de não possuírem política atuante de formação de executivos, 68,8% das indústriaspesquisadas possui política de formação de funcionários, sendo esta mais recorrente nas empresasde grande (100%) e médio (86,7%) porte.

Gráfico 7 – Distribuição das indústrias segundo porte e benefíciosnão-obrigatórios

Quadro 21 – Indústrias com procedimentos que favorecem a responsabilidade social

Política de treinamento dos funcionários 48 33 68,8

Procedimentos Total dasindústrias

Possuem %

Programa de contratação de pessoas comdeficiência 48 11 22,9

Normas que proíbem práticasdiscriminatórias no ambiente de trabalho 48 8 16,7

Política para contratação de indivíduoscom idade superior a 45 anos 48 1 2,1

Política para formação de executivo 48 8 16,7

Política de treinamento/capacitaçãode trainee 48 19 39,6

21

Por outro lado, quando o assunto é assédio sexual, pode-se dizer que a maior parte dasindústrias pesquisadas ainda não enfrentou o problema, ou procurou minimizá-lo, já que nãoexiste uma política formal em relação a ele. Aproximadamente 19% das empresas possui normasou procedimentos que procuram evitar situações de assédio sexual. Apenas 36,4% das indústriasde grande porte possuem uma política formalizada nesta área. Tanto para a média como para apequena empresa estes procedimentos aparecem mais informalmente, como um conhecimentode senso comum.

No que diz respeito à existência de normas ou procedimentos para evitar o assédio moral(18,7%) ou mesmo em relação à existência de normas ou procedimentos que procuram evitar odesrespeito à propriedade intelectual (22,9% das indústrias), o mesmo comportamento se repete,o que nos leva a concluir preliminarmente que também aspectos éticos em relação ao comporta-mento da empresa e de seus funcionários ainda precisam amadurecer. Todavia, este assuntomerece uma avaliação mais profunda, e ela será apresentada no item VII “Valores e Transparências”.


Normas para evitar situações de assédio sexual 48 9 18,7

Normas para evitar desrespeito à propriedade intelectual 48 11 22,9

Normas para evitar situações de assédio moral 48 9 18,7

Procedimentos Total dasindústrias

Possuem %

Programa de aprendizagem profissional na empresapara jovens na faixa etária de 14 a 16 anos 48 19 39,6

Gráfico 8 – Distribuição das indústriassegundo procedimentos que favorecem a

responsabilidade social


22

Quando questionadas sobre a existência de uma política de preparo ou orientação para aaposentadoria de seus funcionários, o comprometimento das empresas reflete nitidamente odesinteresse pelo assunto: apenas 17% têm ação formalizada neste sentido. Ainda na avaliaçãode políticas de recursos humanos, questionamos se a empresa oferece algum apoio, serviço derecolocação ou ainda de requalificação para seus funcionários demitidos: 4,2% das empresasinformaram que tais medidas existem formalmente.

Outro fator interessante de ser observado diz respeito à oportunidade de trabalho direto ouindireto a ex-detentos, 4,2% das indústrias desenvolve algum programa de inclusão deste tipo.

Gráfico 9 – Indústrias segundoprocedimentos que favorecem aresponsabilidade social

Quadro 23 – Indústrias com procedimentos que favorecem a responsabilidade social segundo o porte

22 2 9,1 15 7 46,7 11 10 90.9 39,6

22 3 13,6 15 2 13,3 11 4 36,4 18,7

22 3 13,6 15 4 6,7 11 4 36,4 22,9

22 3 13,6 15 2 13,3 11 4 36,4 18,7

Procedimentos

Porte


indús-trias possui %

indús-trias

possui % indús-trias

possui %

Total

%

Programa deaprendizagem pro-fissional na empre-sa para jovens nafaixa etária de 14 a16 anos

Normas paraevitar situaçõesde assédio sexual

Normas paraevitar desrespei-to à propriedadeintelectual

Normas paraevitar situaçõesde assédio moral

23

Quanto à concessão de bolsa de estudo, 25% das empresas possuem programas formalizados.As indústrias de grande porte são as que mais favorecem este acesso (45,5%). A formalização deum plano de carreira aparece em 29,2% das indústrias pesquisadas, mas ocorre de modo maisexpressivo nas grandes indústrias (54,5%). Já a política formalizada de contratação de pessoasdesempregadas é quase inexistente – apenas em 4,2%das empresas.


Oportunidade de trabalho para ex-detentos 48 2 4,2

Serviço de preparação para a aposentadoria 48 8 16,7

Serviço de recolocação para demitidos 48 2 4,2

Política de bolsa de estudo 48 12 25,0

Plano de desenvolvimento de carreira 48 14 29,2

Política para contratação de indivíduos desempregados 48 2 4,2

ProcedimentosTotal dasindústrias

Possui %

Gráfico 10 – Indústriassegundo procedimento

que favorecem aresponsabilidade

social


24

Quando questionadas se, em relação às políticas de recursos humanos, estas indústriasgostariam de conhecer em maior profundidade como atuar em relação a elas, 70,8% assinalarampelo menos um item de interesse. Destaca-se o interesse em conhecer como proceder com acontratação de portadores de deficiência (33,3%), seguido pelo plano de desenvolvimento decarreira (20,8%), e políticas de treinamento de funcionários (18,7%).

Quadro 25 – Indústrias com procedimentos que favorecem a responsabilidade social segundo o porte

Oportunidade detrabalho para ex-detentos

Serviço depreparação paraa aposentadoria

Serviço derecolocaçãopara demitidos

Política de bolsade estudo

Plano dedesenvolvimentode carreira

Política paracontratação deindivíduosdesempregados

Procedimentos

Porte





22 1 4,5 15 0 0,0 11 1 9,1

22 1 4,5 15 2 13,3 11 5 45,5

22 0 0,0 15 0 0,0 11 2 18,2

22 2 9,5 15 5 33,3 11 5 45,5

22 4 18,2 15 4 26,7 11 6 54,5

22 1 4,5 15 1 6,7 11 0 0,0

Gráfico 11 – Áreas de maior interesse,referente a políticas de recursoshumanos

25

Ao detalhar a análise dos dados dessas áreas de interesse segundo o porte das indústrias, ficaevidente que, para a pequena empresa, os interesses se encontram na contratação de pessoascom deficiência (36,6% das escolhas). Em seguida, aparece o treinamento de seus funcionários(31,8%) e, por último, está o desenvolvimento de um plano de carreira para seus funcionários(18,2%). A média empresa também traz como principal interesse atuar na contratação de pessoascom deficiência (33,3%), seguido pelo interesse de desenvolver um plano de carreira (26,7%). Agrande indústria possui questões mais específicas a serem solucionadas, tais como, organizaruma política para formação de seus executivos (27,3%) e depois, com igual peso (27,3%), os itens:interesse na contratação de pessoas com deficiências, como elaborar normas e procedimentosque proíbam explicitamente práticas discriminatórias no ambiente de trabalho da empresa, oumesmo, como elaborar normas e procedimentos que procurem evitar situação de assédio sexual.

No quesito ambiente de trabalho procurou-se avaliar a situação atual da empresa em relaçãoao clima organizacional, políticas de melhoria contínua no que diz respeito à saúde a segurançano trabalho, certificações e programas de erradicação de trabalho infantil. Foi observado que68,7% das indústrias pesquisadas possui, formalmente, política de melhoria contínua baseada nas

Quadro 26 – Interesse por políticas de RH pelas indústrias

Política de treinamento de funcionários 48 9 18,7

Plano de desenvolvimento de carreira 48 10 20,8

Programa de contratação de pessoas com deficiência 48 16 33,3

Política para formação de executivo 48 5 10,4

Gostaria de aprofundarTotal

Indústrias Resp. SIM %

22 7 31,8 15 2 13,3 11 0 0,0

22 4 18,2 15 4 26,7 11 2 18,2

22 8 36,6 15 5 33,3 11 3 27,3

22 1 4,5 15 1 6,7 11 3 27,3

Quadro 27 – Interesse por políticas de RH segundo o porte das indústrias

Política detreinamento defuncionários

Plano dedesenvolvimentode carreira

Programa decontratação depessoas comdeficiência

Política paraformação deexecutivo

Gostaria deaprofundar

Porte


indús-trias Resp. SIM % indús-

trias Resp. SIM %indús-trias Resp. SIM %


26

11 Por exemplo, os pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações que possam favorecer o bom desenvolvimento do trabalho na empresa.12 O Programa Empresa Amiga da Criança reconhece através da concessão de um selo social, empresas que assumem 10 compromissos com a criança brasileira, no que se

refere aos temas do combate ao trabalho infantil, educação, saúde, direitos civis e investimento social na criança e no adolescente” (site da Fundação Abrinq).13 Essa associação é responsável pelo programa “Bom de nota, bom de bola” que oferece a crianças carentes um espaço com total infra-estrutura para a prática e o aprendizado

esportivo, estimulando a disciplina, freqüência, rendimento e evolução escolar das crianças através da prática e do aprendizado esportivo.14 ADERE – Associação para Desenvolvimento, Educação e Recuperação do Excepcional é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, com o objetivo de atender pessoas

portadoras de deficiência mental.

normas e parâmetros de saúde e segurança do trabalho, fixados pela legislação para seu ramo deatividade. No diferencial entre as empresas, tem-se que 54,5% das pequenas empresas e mais de80% das indústrias de médio porte e de grande portem possuem formalmente tais políticas.

A pesquisa de clima organizacional diz respeito a uma ferramenta que procura avaliar equantificar o grau de motivação no ambiente interno da empresa, sendo importante para levantaras necessidades e os pontos críticos da relação empresa-funcionários11, mas pode-se afirmar quetal conceito ainda não é bem conhecido ou mesmo valorizado entre as empresas pesquisadas:apenas 33,3% a realizam formalmente. As indústrias de médio porte estão entre as que mais sepreocupam com o clima organizacional (40%). Mesmo assim, apenas 27,1% das indústrias têm apreocupação de tornar público os resultados de tal pesquisa.

Dentre as indústrias que responderam à pesquisa, 20,8% já se encontram certificadas poralguma norma de saúde e segurança do trabalho, tais como AA1000, BS8800, SA8000 ouequivalente, aparecendo em 33,3% das indústrias de médio porte, seguidas por 27,3% das degrande porte.

Em relação à participação em programas que visam a erradicar o trabalho infantil na cadeiaprodutiva tendo como referência a própria empresa, 12,5% possuem programas já formalizadosinstitucionalmente. Ainda nesta linha, estas mesmas empresas (12,5%) possuem o selo de “Empresaamiga da criança”12, da Fundação Abrinq, ou algo equivalente, sendo 27,2% delas de grande portee 13,6% empresas de pequeno porte.

A associação ou credenciamento a outros selos, entidades assistenciais e filantrópicas ou sociais,ou mesmo culturais é afirmada por 20,8% das empresas. Entre as outras associações citadas tem-se a Associação Desportiva Pró Esporte13; ADAE (Associação de Apoio a Estudantes) e ADERE14;CAMP (Centro de Educação Popular); AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente); Centro

48 10 20,8

48 6 12,5

48 6 12,5

48 10 20,8

Quadro 28 – Comprometimento das indústrias com o ambiente de trabalho

Política de melhoria contínua 48 33 68,7

Realiza pesquisa de clima organizacional 48 16 33,3

Divulga pesquisa de clima organizacional 48 13 27,1

Certificada por alguma norma de saúde esegurança do trabalho, tais como AA1000,BS8800, SA8000 ou equivalente

Programas que visam erradicar o trabalhoinfantil na cadeia produtiva

Possui selo de "Empresa amiga da criança", daFundação Abrinq

Associada ou credenciada a outros selos,entidades assistenciais

Ambiente de TrabalhoTotal

indústrias ação %

27

do Voluntariado de SBC; selo “Esta Empresa Ajuda São Paulo” do Fórum de Apoio à Cidade de SãoPaulo; Instituto Ethos e GIFE.

Algumas empresas manifestaram sua opinião sobre a responsabilidade social das empresasem relação aos seus funcionários, podendo-se destacar:

“A empresa já possui uma atividade de Responsabilidade Social que é a utilização de profissio-nais portadores de deficiência mental. Atualmente temos um comitê de responsabilidade socialque estuda e planeja a implantação desta atividade de forma mais estruturada e abrangentena empresa” (indústria de médio porte).

“Promover uma relação de trabalho clara, respeitando a legislação, oferecendo mecanismospara que seu transporte, alimentação e saúde sejam assegurados, treinar e criar oportunidadesde evolução na empresa, propiciar remunerações justas e compatíveis com o mercado. Destaforma, entendo que as empresas estarão respeitando seus empregados, cumprindo com suaresponsabilidade social e oferecendo a oportunidade e recursos para que ele conquiste seuespaço na sociedade e também possa cumprir com sua responsabilidade social” (indústria depequeno porte).

22 12 54,5 15 12 80,0 11 9 81,8

22 6 27,3 15 6 40,0 11 4 36,4

22 5 22,7 15 5 33,3 11 3 27,3

22 2 9,1 15 5 33,3 11 3 27,3

22 1 4,5 15 0 0,0 11 5 45,5

22 3 13,6 15 0 0,0 11 3 27,3

22 4 18,2 15 3 20,0 11 3 27,3

Quadro 29 – Comprometimento das indústrias com o ambiente de trabalho, segundo o porte

Ambiente de trabalho

Porte


indús-trias ação %



Política de melhoriacontínua

Realiza pesquisa declima organizacional

Divulga pesquisa declima organizacional

Certificada por algumanorma de saúde esegurança do trabalho,tais como AA1000,BS8800, SA8000 ouequivalente

Programas que visam aerradicar o trabalhoinfantil na cadeiaprodutiva

Possui selo de "Empresaamiga da criança" daFundação Abrinq

Associada oucredenciada a outrosselos, entidadesassistenciais


28

“Responsabilidade Social para nossa empresa é forma estratégica de guiar os negócios comos diversos públicos de relacionamento e o meio ambiente, com base em seus valores e princí-pios e o código de conduta” (Indústria de grande porte).

III – ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS

Atividades voluntárias constituem uma importante fonte de apoio para a RSE. Incentivá-lasparece ser uma formade promover valores e princípios que dêem suporte a comportamentossolidários e éticos, no ambiente interno e externo à empresa, que promovam o diálogo e respeitoentre as diversidades presentes na sociedade. Por isso, nesta pesquisa procurou-se conhecermelhor a presença e valorização, pela empresa, do trabalho voluntário em projetos comunitários.Nesse sentido, 55,3% das indústrias afirmam que possuem empregados que atuam comovoluntários em ações, ou projetos sociais em benefício da comunidade, 10,6% afirma que seusfuncionários não desenvolvem tais ações, enquanto 34% não sabem. Porém, 58,3% destasindústrias não estimulam o envolvimento dos empregados nestas ações. Como mostra o Quadro30, as empresas de grande porte são aquelas que mais têm incentivado o envolvimento dosfuncionários em ações em benefício da comunidade (72,7%). Valorize-se, pois, que 25% dasindústrias que responderam ao questionário manifestaram sua opinião quanto à importância dese ter um programa nesta área e que gostariam de elaborá-lo brevemente.

Dentre as ações que estas empresas têm desenvolvido para estimular ou mesmo apoiar oenvolvimento dos empregados em ações voluntárias, destacam-se: o estímulo a formação degrupos de voluntários (29,2%); a divulgação de oportunidades de trabalho voluntário (20,8%) e oreconhecimento da atuação dos voluntários (20,8%).

Pequeno 22 5 22,7

Médio 15 7 46,7

Grande 11 8 72,7

Total 48 20 41,7

Porte Total de indústrias Estimulam o voluntariado %

Quadro 30 – Indústrias segundo o estímulo do voluntariado

Gráfico 12 –Estímulo ao voluntariado

29

Vale a pena salientar que a participação dos empregados em ações voluntárias acontece,principalmente, como mostra o quadro 32, em ações ou campanhas criadas por eles próprios(22,9%), ou por projetos criados por entidades da comunidade (22,9%). Isto leva a considerar que,em primeiro plano, o voluntariado está ainda mais relacionado a manifestações individuais doque acontecendo por campanhas de incentivo.

48 10 20,8

48 9 18,8

48 9 18,8

48 14 29,2

48 1 2,1

48 4 8,3

48 10 20,8

48 3 6,3

Ações desenvolvidasTotal dasindústrias

Apóiama ação %

Divulga oportunidades de trabalho voluntário

Permite que os funcionários utilizem horário detrabalho para a realização de trabalho comunitário

Oferece recursos financeiros, técnicos ou materiais daempresa para projetos onde atuam os voluntários

Estimula a formação de grupos de voluntários entre osempregados

Estimula ex-empregados aposentados a realizaremtrabalhos comunitários

Considera a experiência em trabalho voluntário naseleção de empregados

Reconhece a atuação dos voluntários em eventos einformes internos

Sistematiza ou documenta a atuação dos voluntáriosem pesquisas ou relatórios de Balanço Social

Quadro 31 – Estímulo ao voluntariado

Gráfico 13 – Envolvimento dos empregadosem ações

Ações desenvolvidasTotal dasindústrias

Apóiama ação %

Em ações criadas pela empresa e propostas aosempregados

Em projetos criados por entidades da comunidade

Em campanhas ou ações sociais criadas ouorganizadas pelos próprios empregados

Ações compartilhadas empresas/empregados

48 10 20,8

48 11 22,9

48 11 22,9

48 9 18,8

Quadro 32 – Incidência de indústrias com empregados atuando como voluntários


30

A comparação entre os tipos de atividades voluntárias reitera esta conclusão, dado que as iniciativasmais comuns são campanhas ou ações comunitárias eventuais, tais como coleta de alimentos,campanhas de arrecadação, apoio à realização de eventos comunitários, etc.; por outro lado, projetosvoltados ao atendimento contínuo de demandas que requerem um envolvimento mais amplo dosvoluntários no processo de planejamento e execução, tais como a implantação de programas emáreas como educação, saúde, capacitação de entidades sociais, têm menor incidência, aparecem em4,2% das indústrias da pesquisa (Quadro 33 e Gráfico 14).

No que concerne à valorização do trabalho voluntário e suas possíveis implicações sobre avida das empresas, dois aspectos ficaram evidentes neste levantamento:

· Propiciam maior convergência: 72,9% das empresas concordam que o estímulo ao trabalhovoluntário, por parte da empresa, fomenta o exercício da cidadania e contribui para a melhoriadas condições de vida da coletividade;

· Propiciam maior polêmica: 39,6% das empresas discorda do fato de que “embora meritóriodo ponto de vista social, o retorno de um programa de estímulo ao trabalho voluntário dosempregados é incerto: pode custar mais do que aquilo que a empresa recebe em troca”, e33,3% das empresas não opinaram sobre isso.

48 8 16,7 48 1 2,1 48 24 50,0

48 13 27,1 48 11 22,9 48 2 4,2

Quadro 33 – Indústrias segundo a participação dos funcionários em atividades voluntárias

Ações voluntáriasdos funcionários

Intensidade da ação voluntária

Inexistente Menos comum Mais comum

indús-trias

respon-deram %

indús-trias

% indús-

trias%

respon-deram

respon-deram

Campanhas oudoaçõescomunitáriaseventuais

Projetos voltados aoatendimento con-tínuo de demandasque requerem umenvolvimento maisamplo dosvoluntários noprocesso deplanejamento eimplantação

Gráfico 14 – Ações voluntárias realizadaspelos funcionários

31

Quadro 34 – Opinião das indústrias sobre o trabalho voluntário

AfirmaçõesTotaldas

indúst.

DiscordoConcordo em

termosConcordo

inteiramente Não opinouNão é

prioridade

indúst. indúst. indúst. indúst. indúst.% % % % %

O estímulo aoenvolvimentodos empregadosno trabalhovoluntário é im-portante porquecontribui para amelhoria daimagem daempresa e dassuas relaçõescom os clientes ea comunidade.

A oportunidadede atuar comovoluntário nacomunidademelhora oenvolvimentodo funcionáriocom a empresae contribui paraque eledesenvolvaconhecimentose habilidadesque podem serúteis para aempresa.

Ao estimular otrabalho volun-tário dosempregados, aempresa fomen-ta o exercício dacidadania econtribui para amelhoria dascondições devida dacoletividade.

Embora meri-tório do pontode vista social, oretorno de umprograma deestímulo aotrabalho volun-tário dosempregados éincerto: podecustar mais doque aquilo que aempresa recebeem troca.

48 2 4,2 11 22,9 23 47,9 11 22,9 1 2,1

48 2 4,2 12 25,0 22 45,8 12 25,0 0 0,0

48 1 2,1 2 4,2 35 72,9 0 20,8 0 0,0

48 19 39,6 9 18,8 4 8,3 16 33,3 0 0,0


32

As opiniões manifestadas livremente sobre o valor do voluntariado vão desde o reconhe-cimento do papel social e do ganho em termos de exercício da cidadania até a colocação de queeste tipo de ação não é possível entre empresas de pequeno porte ou que é apenas um dever doEstado. Vale a pena salientar algumas:

“A relação e o incentivo ao voluntariado é um dos indicadores de eficiência da “atitude” de empresana questão responsabilidade social. Logo, exercitar esta prática internamente e apoiar as iniciativasexternas à organização é um fator- chave a ser perseguido e praticado” (Indústria de porte médio).

“Temos consciência sobre a situação do país e nossa parcela de responsabilidade. Atuamospreferencialmente junto aos nossos funcionários. Também fazemos parte de movimentos estruturados(OSCIP Horizontes) e de ações esporádicas junto a diversas entidades filantrópicas” (Indústria depequeno porte).

IV – MEIO AMBIENTE

Neste item, algumas questões foram formuladas a fim de avaliar como as empresas estãooperando em relação à preservação ambiental. Os dados mostram que 89,4% das indústrias pesqui-sadas possuem normas e procedimentos de prevenção de riscos à saúde e à segurança dos funcio-nários no processo produtivo, e 62,5% realiza atividades para monitorar e controlar possíveisimpactos de sua atividade sobre o meio ambiente, sendo exercido por 100% das indústrias degrande porte, 80% das de médio porte e 32% das de pequeno porte.

Dentre as indústrias que participaram da pesquisa, 42,6% afirmaram que procuram discutircom seus fornecedores suas responsabilidades por impactos ambientais que possam ser verifica-dos nos vários pontos da cadeia produtiva. As indústrias de grande porte estão na vanguardadesta ação com 81,8% de participação, enquanto que dentre as empresas de pequeno porte 18,2%já incorporam seus fornecedores nesta ação.

Quadro 35 – Monitoramento e controle do impacto ambiental

Pequeno 22 7 31,8

Médio 15 12 80,0

Grande 11 11 100,0

Total 48 30 62,5

Porte Total de indústrias Têm monitoramento %

33

Aprofundando ainda mais o planejamento de ações em relação ao meio ambiente, 43,6% dasindústrias possuem uma política para a gestão ambiental de suas atividades, tais como metas deminimização de impacto ambiental, planos de ação, etc., repetindo o quadro anterior, onde 81,8%das indústrias de grande porte já planejam e acompanham suas ações, 53,3% das de médio porte,enquanto apenas por 18,2% das pequenas indústrias.

A certificação em normas ambientais, como a ISO 14001, é um passo importante na estratégiaempresarial no que diz respeito aos insumos e sua relação com a sustentabilidade ambiental. Éinteressante observar que 54,5% das empresas de grande porte já estão certificadas, 20% das demédio porte e 9,1% das de pequeno porte (Gráfico 15).

22 4 18,2 15 7 46,7 11 9 81,8

Quadro 36a – Comprometimento das empresas com algumas questões voltadas ao meio ambiente,segundo o porte

Questão

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

Procura discutir comfornecedores suasresponsabilidades porimpactos ambientaisque possam serverificados emdiferentes pontos dacadeia produtiva

Quadro 36b – Comprometimento das empresas com algumas questões voltadas ao meio ambiente,segundo o porte

Possui uma políticapara gestão ambientalde suas atividades(metas de minimizaçãode impacto ambiental,plano de ação, etc).

Questão

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

22 4 18,2 15 8 53,3 11 9 81,8


34

Para obter a ISO 14001 muitas práticas devem ser instauradas pela empresa. Uma delas, muitoimportante, diz respeito à redução do consumo de insumos (energia, água, matérias-primas,produtos tóxicos, etc.): Segundo os resultados obtidos, esta prática é adotada em 66,7% dasindústrias (veja o quadro 36d) e sua adoção é afetada pelo porte, centrando-se fortemente nagrande indústria (90,1%). Mesmo assim, pode-se afirmar que se trata de um procedimento possívelpara qualquer empresa.

Está certificada deacordo com a normaISO 14.001 ou outranorma ambientalequivalente

Questão

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

22 2 9,1 15 3 20,0 11 6 54,5

Quadro 36c – Comprometimento das empresas com algumas questões voltadas ao meio ambiente,segundo o porte

Gráfico 15 – Questões ambientais

Gráfico 16 – Redução de insumos

Quadro 36d – Comprometimento das empresas em algumas questões demeio ambiente

Sim 48 32 66,7

Em fase de planejamento 48 3 6,3

Não 48 13 27,0

Redução de insumos Total de indústrias Situação atual %

35

Outro ponto de interesse real para a preservação do meio ambiente é a coleta seletiva do lixo.Em relação a esse ponto, o quadro se repete: 66,7% das empresas já faz a coleta seletiva do lixo,sendo verificada em mais de 80% da grande e média empresa.

As práticas não podem ser apenas instauradas, há necessidade também de uma propostaeducativa para uma compreensão da realidade e uma mudança de comportamento consciente,razão pela qual se questionou se a empresa possui ou apóia programas de conscientização emrelação ao nível de consumo de água e promove a racionalização de seu consumo em suasunidades. Obteve-se como resposta que 62,5% das empresas já estão implementando taisprogramas, sendo verificado em 82% das indústrias de grande porte, 66,7% das médias empresase 50% das pequenas empresas (Quadro 36f).

A mesma prática pode ser exercida em relação ao consumo de energia, 62,5% das indústriasafirmou que já promove com seus colaboradores e todas as pessoas de seu círculo de influências,programas de conscientização sobre conservação de energia e promove uso eficiente em suasatividades. Esta prática é verificada em 81,8% das indústrias de grande porte, em 60% das demédio porte e, destaque-se que em 54,5% das pequenas empresas.

22 11 50,0 15 11 73,3 11 10 90,9

22 11 50,0 15 12 80,0 11 9 81,8

Quadro 36e – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

Questões

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

Está reduzindo o consumode insumos (energia, água,matérias-primas, produtostóxicos)

Faz coleta seletiva de lixo


36

A destinação adequada dos resíduos já está implementada em 75% das indústrias pesquisadas,sendo na totalidade das indústrias de médio porte e em 50% das indústrias de pequeno porte.Dentre as que se preocupam com a destinação dos resíduos, 16,7% já participam de alguma “Bolsade Resíduos”15. Programas de reutilização e ou reciclagem dos resíduos são praticados por 82%das grandes indústrias, 73,3% das indústrias de médio porte e 36,4% das pequenas (Quadro 37).

22 11 50,0 15 15 100,0 11 10 90,9

22 8 36,4 15 11 73,3 11 9 81,8

22 2 9,1 15 4 26,7 11 2 18,2

Questões

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

Tem procuradoimplantar processos dedestinação adequadaaos seus resíduos

Tem programa parareutilização/reciclagemde resíduos

Tem participado dealguma Bolsa deResíduo

Quadro 36g – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

Quadro 36f – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

22 11 50,0 15 10 66,7 11 9 81,8

22 12 54,5 15 9 60,0 11 9 81,8

Questões

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

A empresa possui ouapóia programas deconscientização emrelação ao nível deconsumo de água epromove a racio-nalização desteconsumo em sua(s)unidades(s).

A empresa promovejunto aos seus cola-boradores e a todasas pessoas de seucírculo de influências,programas de cons-cientização sobreconservação deenergia e promoveseu uso eficiente emsuas atividades.

1515151515 Bolsa de Resíduos é um programa que procura identificar mercados para os resíduos gerados nos processos industriais, intermediando suas negociações e estimulando oaproveitamento econômico dos mesmos, minimizando, assim, seu impacto ambiental.

37

Reiterando a preocupação educativa em relação ao meio ambiente, 48% das indústriasdesenvolvem ações de educação ambiental para seus funcionários e 14,6% estendem estaeducação para as famílias de seus funcionários.

Do ponto de vista prático, 48% das indústrias possuem formas de controle do impactoambiental de atividades externas, tais como transportes e entrada/saída de materiais, 69% apoiaprogramas de reciclagem e de coleta seletiva. Outro aspecto importante é o fato de 41,7% dasindústrias pesquisadas fornecer a seus clientes informações sobre possíveis danos ambientaisresultantes do uso de seus produtos ou serviços. Além disso, 44% possui uma área responsávelpelas questões de meio ambiente. Isto se reflete no fato de que 41,7% destas indústrias incluema questão ambiental no planejamento estratégico dos seus negócios.

Outra ação interessante é o desenvolvimento de programas de melhoramento ambientalrelacionados à área de negócios de cada empresa, exercido por 43,8% das indústrias da amostra.

Quadro 36h – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

48 23 47,9

48 7 14,6

Questões Total de indústrias Sim %

Desenvolve ações de educação ambientalpara seus funcionários

Desenvolve ações de educação ambientalpara as famílias de seus funcionários

Quadro 36i – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

48 33 68,8

48 23 47,9

48 20 41,7

48 21 43,8

48 20 41,7

QuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestões Total de indústrias Sim %

A empresa preocupa-se com a geração deresíduos sólidos, apoiando programas dereciclagem e de coleta seletiva

Tem formas para controle do impacto am-biental de atividades externas, tais comotransportes e entrada/saída de materiais

Fornece a seus clientes informações sobrepossíveis danos ambientais resultantes douso de seus produtos ou serviços

Possui uma área responsável pelasquestões de meio ambiente

Inclui a questão ambiental no planeja-mento estratégico dos seus negócios

Desenvolve programas de melhora-mento ambiental, relacionados à suaárea de negócios

Quadro 36j – Comprometimento das empresas com algumas questões segundo o porte

Questão Total de indústrias Sim %

48 21 43,8


38

Quanto à avaliação das ações que a empresa está realizando na área do meio ambiente, embenefício da comunidade externa, observa-se, a partir do quadro seguinte, que há umapreponderância nas ações generalizadsa e que visam a beneficiar a empresa como primeiro sujeitoe as ações em relação à comunidade externa ainda têm pouca relevância. Mesmo assim, algumasatividades podem ser destacadas:

· Participação do evento em conjunto com o SENAI para limpeza da Bilings – Projeto “Amigosdo Tietê”, na construção da estação de tratamento de efluentes líquidos (1992);

· Parceria com a prefeitura de São Bernardo do Campo no programa lixo e cidadania, no qual sedestinam os recicláveis para uma associação de catadores de lixo;

· Programa “Recicle, eduque e renove”, fornecendo recursos financeiros para quatro entidades;

· Seguro contra danos ao meio ambiente extensivo aos clientes e durante o transporte dosprodutos.

Outras atividades realizadas:

· Seminários para fornecedores clientes das empresas;.

· Redução continuada nas emissões de poluentes/resíduos

· Plantio de árvores;

· Palestras, mostras culturais; reuniões, simulação de emergência, palestras em escolas einstituições.

O nível de preocupação com a ecoeficiência16 vem crescendo ultimamente dentro da sociedadebrasileira sendo que, muitas empresas formulam soluções que permitem conciliar os enfoquesbaseados na manutenção ou expansão dos negócios, com as necessidades de conservaçãoambiental. Baseando-se nesta afirmação, 39% as indústrias responderam que isto reflete plena-mente a situação atual da empresa.

Quadro 37 – Ações na área do meio ambiente em benefício da comunidade externa (dados em %)

Desenvolve ações de educação ambiental,voltadas à comunidade externa à empresa(moradores, escolas, entidades sociais, etc.)

Apóia projetos de sustentabilidadeambiental ou de educação ambiental emparceria com entidades ambientalistas

Contribui para a preservação ambientalatravés de projetos de conservação de áreasou de proteção de espécies

Participa de comitês ou conselhos locaispara discussão da questão ambiental juntoao governo e à comunidade

Atualmente, a empresa:Sim,

continua-mente

Sim,eventual-

mente

Em fase deplaneja-mento

Não

4,3 17,4 10,9 67,4

11,1 6,7 11,1 71,1

10,9 2,2 8,7 78,2

13,1 15,2 6,5 65,2

16 “A Ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, aotempo que reduz progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentaçãoestimada da Terra”. (World Business Council for Sustainable Development)

39

Quadro 38 – Preocupação com a ecoeficiência

Esta colocação reflete plenamente a situação atual da empresa 39,0

Esta colocação reflete quase totalmente a situação atual da empresa 19,5

Esta colocação reflete parcialmente a situação atual da empresa 19,5

Esta colocação tem pouca relação com a situação atual da empresa 12,2

Esta colocação não reflete a situação atual da empresa 9,8

Em relação com a ecoeficiência %

“As questões ambientais são a cada dia mais importantes na pauta estratégica das empresas.Primeiramente em razão das cobranças de clientes e posteriormente em função do rigor da legislaçãoambiental brasileira, uma das melhores do mundo. Além disso, as necessidades criadas por barreirasnão alfandegárias, no caso das exportações, criam a obrigatoriedade dos cumprimentos de certospadrões ambientais para as empresas como um todo” (Indústria de médio porte).

“São fundamentais para os negócios de uma empresa; sua imagem perante ao mercado, as partesinteressadas e os benefícios vinculados á comunidade” (Indústria de grande porte).

Pode-se concluir que a grande indústria tem dado passos mais substanciais em direção àresponsabilidade socio-ambiental, mas que práticas são possíveis para toda e qualquer empresa,independentemente de seu tamanho. Há sempre ações que não envolvem custo e até mesmoconduzem à reduções de gastos.

V – FORNECEDORES, CLIENTES E CONSUMIDORES

Para uma efetiva ação de responsabilidade social todos os stakeholders, ou seja, todos aquelesque participam da cadeia de relacionamentos da empresa devem ser incorporados. Neste itemserão avaliados alguns aspectos que se referem ao relacionamento da empresa com seusfornecedores, clientes e consumidores.

O cumprimento de critérios comerciais é exigido pela quase totalidade das empresas (87,5%),o mesmo acontecendo em relação ao cumprimento da legislação brasileira (83,3%) e legislaçãofiscal (85,4%). Note-se, porém, que a não utilização do trabalho infantil e o cumprimento dalegislação ambiental não possuem o mesmo peso das condições anteriores (Quadro 39).


40

No que diz respeito à contrapartida oferecida pelas empresas na realização de contratos ouno relacionamento com seus fornecedores, numa resposta múltipla, tem-se que 35,4% propõe otreinamento ou aperfeiçoamento de seus fornecedores, 29,2% estende a seus fornecedores,trabalhadores terceirizados os benefícios não-obrigatórios que proporcionam a seus empregados,e 22,9% abre a possibilidade para que seus fornecedores participem das ações sociais ou doaçõesrealizadas pela empresa para a comunidade externa (Quadro 40).

Quadro 39 – Condições exigidas pelas indústrias nos contratos com os fornecedores

Cumprimento de critérios comerciais

CondiçõesTotal de

indústrias Exigem %

Cumprimento da legislação brasileira

Cumprimento da legislação previdenciária

Cumprimento da legislação fiscal

Cumprimento da legislação ambiental

Não utilização de trabalho infantil

48

48

48

48

48

48

42

40

33

41

24

25

87,5

83,3

68,8

85,4

50,0

52,1

Gráfico 17 – Indústrias segundo porte e exigência do cumprimento da legislaçãoambiental por parte dos fornecedores

41

Quando questionada sobre se a empresa já perdeu oportunidade de negócios, por exigênciados fornecedores no cumprimento de algum critério de responsabilidade social, a resposta foisempre negativa. O mesmo ocorreu em relação ao fato de a empresa já ter perdido oportunidadede negócios porque clientes ou consumidores exigiram o cumprimento de algum critério deresponsabilidade social.

O quadro 41 mostra se e por quais razões a empresa já promoveu investimentos para melhorcorresponder a critérios de responsabilidade social. Como resultados tem-se que 39,6% efetuouinvestimentos por ação própria e 6,2% das indústrias responderam que esses investimentos sederam por solicitações ou demandas de seus fornecedores e/ou clientes.

Neste levantamento, a análise das relações indústria – cliente ou consumidor, evidenciou-se apreocupação das indústrias em oferecer produtos e serviços de qualidade. O quadro seguintedescreve o que as empresas fazem pelos seus clientes ou consumidores.

Quadro 40 – Condições oferecidas pelas indústrias aos fornecedores

CondiçõesTotal de

indústrias Oferecem %

Treinamento / aperfeiçoamento de fornecedores

Extensão aos trabalhadores terceirizados e aosprestadores de serviço dos benefícios não-obrigatóriosproporcionados aos empregados da empresa

Abertura de possibilidade de os fornecedoresparticiparem das ações sociais ou doações realizadaspela empresa para a comunidade externa

Inclusão de grupos comunitários locais entre os seusfornecedores, tais como cooperativas e associaçõessem fins lucrativos

Apoio aos fornecedores para que realizem suas própriasações sociais e/ou doações em benefício dacomunidade externa

48

48

48

48

48

17

14

11

3

4

35,4

29,2

22,9

6,2

8,3

Sim, por demanda do fornecedor

Por ação própria

Sim, por demanda de ambos

Sim, por demanda do cliente/consumidor

48

48

48

48

0

2

3

19

0,0

4,2

6,2

39,6

%InvestimentosTotal de

indústriasInvestimentos

Quadro 41 – Motivos que levaram as indústrias a realizar investimentos emresponsabilidade social


42

22 8 36,4 15 11 73,3 11 8 72,7 48 27 56,3

Atitudes em relaçãoao cliente/

consumidor

Pequeno

Avalia permanente-mente os materiaisde comunicaçãosobre seusprodutos paraevitar compra e/ouuso indevido, riscoà saúde ou danosambientais.

Possui um serviçode atendimento aocliente

Realiza pesquisa desatisfação do cliente

Tem procedimentose sistemas deatendimento paraatuar com eficácianos casos relativos adefeitos defabricação nãodetectados noprocesso deprodução e deeventuais danoscausados ao cliente

Tem procedimentose sistemas de serviçopós-venda paragarantir os cuidadosnecessários aoacondicionamento,armazenagem,transporte e demaiscondiçõesnecessárias para queo produto chegueem boas condiçõesde uso ou consumopara o consumidorfinal

Avalia previamenteos conteúdos desuas propagandas,para evitar práticasenganosas,utilização deimagens precon-ceituosas emrelação a gruposminoritários,concorrênciadesleal, e paragarantir confor-midade com alegislação.

Total Sim % Total Sim % Total Sim % Total Sim %

Médio Grande Todas

22 10 45,5 15 9 60,0 11 7 63,6 48 26 54,2

22 11 50,0 15 8 73,3 11 7 63,6 48 26 54,2

22 9 4,5 15 12 80,0 11 8 72,7 48 29 60,4

22 12 54,6 15 15 100,0 11 9 81,8 48 36 75,0

22 12 54,6 15 15 100,0 11 7 63,6 48 34 70,8

Quadro 42 – Atitudes da indústria em relação ao cliente/consumidor

43

A descrição apresentada deixa transparecer o cliente/consumidor como a principal força motrizdas indústrias. Como se pode notar, a maioria das empresas pesquisadas oferece ao cliente/consumidor uma série de benefícios como serviço de atendimento ao cliente (SAC ou equivalente),procedimentos e sistemas para atuar com eficácia nos casos relativos a defeitos de fabricaçãonão detectados no processo de produção e de eventuais danos causados ao cliente, etc.

Ainda no que diz respeito ao relacionamento das empresas com seus clientes/consumidores,é importante lembrar a influência do Código de Defesa do Consumidor sem dúvida, um fatorpreponderante na promoção da melhoria da qualidade de produtos e serviços.

VI – AÇÕES SOCIAIS EM BENEFÍCIO DA COMUNIDADE EPARTICIPAÇÃO EM PROJETOS GOVERNAMENTAIS

A Responsabilidade Social Corporativa em relação à comunidade acontece, muitas vezes,motivada por preocupação com o meio ambiente, com a imagem da empresa ou mesmo poruma preocupação com a comunidade do entorno da planta industrial, mas deve-se registrar queestá surgindo uma cultura empresarial diferente, “para a qual eficiência e lucro podem sercombinados com valores como cidadania, preservação ambiental e ética nos negócios”17. Nessesentido, responder à realidade da comunidade não significa somente ações filantrópicas, quetêm seu valor, mas uma postura proativa e efetiva na busca de soluções para os problemas sociais,em parceria com o terceiro setor ou com o governo, dimensões de sua realidade político-social.

Um percentual significativo de empresas (77,1%) realizou nos 12 meses que antecederam apesquisa, algum tipo de ação social ou doação em benefício da comunidade. Destaca-se quemesmo esta ação sendo majoritária por parte da grande indústria, as indústrias de pequeno emédio porte também têm expressivos percentuais de ações voltadas à comunidade. Esta açãopode ser apenas pontual, mas já denota uma preocupação.

Gráfico 18 – Indústrias segundo porte e ações sociais embenefício da comunidade

Pequeno 22 14 63,6

Médio 15 13 86,7

Grande 11 10 90,9

Total 48 37 77,1

Quadro 43 – Incidência de indústrias segundo o porte e ação socialem benefício da comunidade

PortePortePortePortePorteRealizou ação social em benefício da comunidadeRealizou ação social em benefício da comunidadeRealizou ação social em benefício da comunidadeRealizou ação social em benefício da comunidadeRealizou ação social em benefício da comunidade

Total Sim %

1717171717 ASHLEY, Patrícia Almeida. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo. Saraiva, 2002:61


44

Torna-se interessante observar que, dentre aquelas que não desenvolveram qualquer açãopara a comunidade, 41,7% gostariam de fazê-lo, mas há outras prioridades que impedem ou adiamesta decisão, enquanto 33,3% não o fariam.

As áreas de ação social em benefício da comunidade que as empresas apontaram, principal-mente, como possível investimento são: educação (45,8%), meio ambiente e assistência social(29,2% cada). O público-alvo destas ações seria, segundo a pesquisa, a população em geral (45,8%),seguido pelo público infantil (41,7%), e adolescentes (29,2%).

Quadro 45 – Incidência de indústrias segundo áreas de interesse para açãosocial em benefício da comunidade

Saúde 48 13 27,1

Meio ambiente 48 14 29,2

Educação 48 22 45,8

Assistência Social 48 14 29,2

Cultura 48 7 14,6

Desenvolvimento comunitário 48 12 25,0

Áreas de interesse Total Respostas %

Quadro 46 – Incidência de indústrias segundo público-alvo da ação social embenefício da comunidade

Público-alvo Total Respostas %

Criança 48 20 41,7

Adolescente 48 14 29,2

Idosos 48 6 12,5

Mulheres 48 0 0,0

Grupos minoritários 48 2 4,2

População em geral 48 22 45,8

Quadro 44 – Incidência de indústrias segundo o interesse em desenvolver ação social embenefício da comunidade

Sim, gostaria de fazê-lo brevemente 11 0 0,0

Interesse

Empresas que não realizaram açãosocial nos últimos doze meses

Total Respostas %

11 5 45,4

Nenhum 11 4 36,4

A empresa não tem opinião formada sobre o assunto 11 2 18,2

Sim, mas no momento outras prioridades impedemou adiam esta decisão

45

Questionou-se que tipo de ação em benefício da comunidade as indústrias realizaram nosúltimos 12 meses que antecederam a pesquisa, e obteve-se como resposta a doação de materiais(78,4%). Deste item fazem parte toda e qualquer doação como produtos, bens duráveis ou bensde consumo para pessoas e /ou instituições. Como segunda ação mais desenvolvida tem-se adoação de dinheiro para pessoas ou instituições (54,1%), seguida pelo apoio a campanhas, projetosou programas sociais em benefício da comunidade, desenvolvidos por entidades sociais ouinstituições filantrópicas da própria comunidade (40,5%).

Pode-se concluir que as ações de doação quer de bens, quer de dinheiro ainda predominam.Este tipo de ação não requer um envolvimento direto com a mudança social, porém denota queas empresas confiam nas instituições que já possuem uma expertise do trabalho social.

Quadro 47 – Incidência de indústrias segundo tipo de ação social em benefício da comunidade

Tipo de ação social em benefício da comunidade Total Respostas

Doação de dinheiro para pessoas e/ou instituições

Doação de materiais, produtos, bens duráveis ou bensde consumo para pessoas e/ou instituições

Empréstimo de espaço ou de equipamentos da em-presa para entidades ou projetos de caráter social

Prestação de serviço gratuito para pessoas, famílias e/ou instituições da comunidade, utilizandoconhecimentos ou know-how da própria empresa

Realização de campanha, projeto ou programa socialem benefício da comunidade, desenvolvido pelaprópria empresa

Apoio a campanha, projeto ou programa social embenefício da comunidade, desenvolvido porentidades sociais ou instituições filantrópicas daprópria comunidade

Apoio a campanha, projeto ou programa social embenefício da comunidade, desenvolvido por órgãosde poder público

Repasse de recursos para o Fundo dos Direitos daCriança e do Adolescente

%

37 20 54,1

37 29 78,4

37 3 8,1

37 6 16,2

37 10 27,0

37 15 40,5

37 10 27,0

37 1 2,7

Gráfico 19 – Distribuição das indústrias segundo tipode ação social desenvolvida


46

As grandes indústrias apostam principalmente em campanhas de doação de materiais (90,0%),doação de dinheiro (70,0%) e em campanhas de apoio ao setor público (70,0%). As empresas demédio porte se destacam principalmente por participarem de campanhas de doação de materiais(84,6%), doação de dinheiro (46,2%) e no apoio a campanhas de entidades sociais (38,5%). Aspequenas indústrias, na mesma linha de ação das médias empresas, valorizam campanhas dedoação de materiais (64,3%), fazem doações em dinheiro (50,0%) e também apóiam campanhasde entidades sociais (28,6%).

Quadro 48 – Incidência de indústrias segundo porte e tipo de ação social em benefício da comunidade

Doação de dinheiro parapessoas e/ou instituições

Doação de materiais,produtos, bens duráveis oubens de consumo parapessoas e/ou instituições

Empréstimo de espaço oude equipamentos da em-presa para entidades ouprojetos de caráter social

Prestação de serviçogratuito para pessoas,famílias e/ou instituiçõesda comunidade, utilizandoconhecimentos ou know-how da própria empresa

Realização de campanha,projeto ou programa socialem benefício dacomunidade, desenvolvidopela própria empresa

Apoio a campanha, projetoou programa social embenefício da comunidade,desenvolvido porentidades sociais ouinstituições filantrópicas daprópria comunidade

Apoio a campanha, proje-to ou programa social embenefício da comunidade,desenvolvido por órgãosde poder público

Repasse de recursos para oFundo dos Direitos daCriança e do Adolescente

Tipo de ação socialPequeno Médio Grande

nº deindúst.

sim % nº deindúst.

nº deindúst.

sim % sim %

14 7 50,0 13 6 46,2 10 7 70,0

14 9 64,3 13 11 84,6 10 9 90,0

14 1 7,1 13 0 0,0 10 2 20,0

14 0 0,0 13 2 15,4 10 4 40,0

14 2 14,3 13 2 15,4 10 6 60,0

14 4 28,6 13 5 38,5 10 6 60,0

14 2 14,3 13 1 7,7 10 7 70,0

14 0 0,0 13 0 0,0 10 1 10,0

47

Alimentação 37 17 45,9

Desnutrição materno-infantil 37 1 2,7

Creches 37 20 54,1

Educação fundamental 37 6 16,2

Ensino Médio 37 2 5,4

Ensino Superior 37 2 5,4

Apoio a entidades 37 9 24,3

Alfabetização de jovens e adultos 37 1 2,7

Profissionalização de jovens e adultos 37 7 18,0

Terceira idade 37 3 8,1

Geração de emprego 37 4 10,8

Apoio a agricultura 37 0 0,0

Inclusão digital 37 2 5,4

Assistência Social 37 6 16,2

Saúde e combate a desnutrição 37 6 16,2

Redução da violência 37 4 10,8

Meio Ambiente / Educação Ambiental 37 6 16,2

Cultura 37 4 10,8

Esporte 37 6 16,2

Quadro 49 – Incidência de indústrias segundo área de ação social em benefício da comunidade

Área de ação social em benefício da comunidade Total Respostas %

O percentual de empresas que repassam recursos ao Fundo dos Direitos da Criança e doAdolescente é desprezível e é realizado somente pela grande empresa. Como se vê, o fato de taisdoações poderem ser deduzidas do IR18 das empresas, não é significativo.

As principais áreas para as quais foram dirigidas as ações sociais e/ou doações em benefícioda comunidade, nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa, foram: creches (54,1%),alimentação (45,9%) e educação (27,0%), quer em nível fundamental, médio ou superior (Gráfico 21).

Gráfico 20 – Distribuição das indústrias segundo portee tipo de ação social desenvolvida

1818181818 Lei 9532/97


48

Dentre as 37 empresas que realizaram ações em prol da comunidade, 25, ou seja, 67,7%, ofizeram em parceria.

VII – VALORES E TRANSPARÊNCIA

FORMALIZAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA

Ética tem sido pauta de discussão em muitos meios, quer político, financeiro, administrativo,social, ou mesmo em relação ao ambiente empresarial, governo e instituições não-governamentais,tanto em nível nacional como internacional. Isto decorre da necessidade, cada vez mais premente,de que as relações pessoais, comerciais, políticas, empresariais sejam orientadas a partir de valoreséticos, respeitem a diversidade e procurem promover o bem comum. Daí à formulação epublicação de um código de ética há uma longa distância; mesmo assim, nesta pesquisa, procurou-se compreender em que medida a exigência de comportamento ético permanece no sensocomum, ou seja, informalmente, ou se esta foi institucionalizada por meio da publicação de normasou códigos de conduta pela empresa.

Gráfico 21 – Indústrias segundo ações sociaisem benefício da comunidade

Entidades da sociedade civil 25 16 64,0

Entidades Públicas 25 6 24,0

Prefeituras 25 7 28,0

Governo do Estado 25 2 8,0

Ministérios 25 0 0,0

Conselhos Gestores 25 2 8,0

Outras empresas 25 8 32,0

Fundações ou Institutos 25 2 8,0

Instituições parceiras de ação social Total Respostas %

Quadro 50 – Incidência de indústrias segundo parcerias na realização de ação socialem benefício da comunidade

49

Dentre as indústrias pesquisadas, 22,9% afirmaram que as crenças, princípios e valores daorganização estão divulgados e formalizados. Isto se verifica em 33,3% das indústrias de médioporte e em 27,3% de grande porte. No entanto, 56,2% das pesquisadas apontam que as crenças,princípios e valores da organização existem, mesmo que de maneira informal.

Dentre as empresas que não possuem um código de ética formal, 27% acham que é importantea existência do documento e gostariam de elaborá-lo brevemente, enquanto que 40,6% afirmamque este é importante mas outras prioridades impedem ou adiam a realização desta tarefa. Emcontrapartida, 13,5% não acham importante ou não têm opinião formada sobre este assunto.

A existência de um código de ética pelas empresas é um fenômeno recente. Mais da metadedestes instrumentos foi formalizada após 1999 e, a maior parte das respondentes assinalaramque, quando formalizado, o documento procura abordar as relações entre a empresa e osdiferentes públicos com os quais ela interage e que define valores e compromissos da empresano relacionamento com esses diferentes públicos.

O Quadro 53 mostra que, dentre os públicos com os quais a empresa – com código de éticaformalizado – se relaciona, os funcionários são citados em 100% deles. Em seguida aparecemfornecedores e consumidores:

Quadro 51 – Incidência de indústrias segundo porte e a existência de um código de ética

22 12 54,5 15 9 60,0 11 6 54,5 27 56,2

22 3 13,6 15 5 33,3 11 3 27,3 11 22,9

22 7 31,8 15 1 6,7 11 2 18,2 10 20,8

As crenças, prin-cípios e valores daorganizaçãoexistem demaneira informal.

As crenças, prin-cípios e valores daorganização estãodivulgados eformalizados.

Não responderam

Questões

Porte


nº deindúst.

nº deindúst.

nº deindúst.

resp.sim

resp.sim

resp.sim% % %

Total

Quadro 52 – Opinião das indústrias que não dispõem de um código de ética formalizado

37 10 27,0

37 15 40,6

37 5 13,5

37 7 18,9

Total Resp. sim %

Acha importante ter um código de ética documenta-do e gostaria de elaborá-lo brevemente.

Acha importante ter um código de ética documenta-do, mas neste momento outras prioridades impedemou adiam a realização desta tarefa.

Não acha importante ter um código de ética documentado

A empresa não tem opinião formada sobre o assunto.

Itens


50

Considerando os segmentos para os quais o código de ética dessas empresas é divulgado,tem-se que tanto o pessoal de direção e gerência quanto os funcionários são prioritários nadivulgação do documento. Os clientes, fornecedores e prestadores de serviço bem como os demaispúblicos que se relacionam com a empresa, aparecem em segundo plano.

Quadro 54 – Incidência de indústrias que possuem código de éticasegundo os segmentos de divulgação

Segmentos de divulgação

Pessoal de direção 11 11 100,0

Empregados 11 11 100,0

Clientes 11 4 36,4

Fornecedores 11 4 36,4

Demais públicos 11 4 36,4

%CitamTotal

Quadro 53 – Incidência de indústrias segundo os públicoscitados nos códigos de ética

Funcionários 11 11 100,0

Acionistas em geral 11 3 27,3

Acionistas minoritários 11 2 18,2

Fornecedores 11 6 54,5

Consumidores 11 6 54,5

Concorrentes 11 2 18,2

Governo 11 3 27,3

ONGs 11 3 27,3

Comunidade 11 6 54,5

Meio ambiente 11 4 36,4

Indústrias que possuem códigoformalizado

%CitamTotal

Público

51

BALANÇO SOCIAL

O Balanço Social é um documento no qual a empresa publica suas atividades econômicas esociais, bem como avalia o impacto dessas ações tanto para a empresa como para a sociedade epara o meio ambiente.

Dentre as indústrias pesquisadas, apenas 15% já publicaram o Balanço Social, enquanto que amaioria (85%) ainda não o fez. Como mostra o gráfico 22, houve um ligeiro aumento na publicaçãodeste documento entre 1999 e 2000, porém, nos anos que se seguiram ocorreu um decréscimo,o que leva a considerar que este fato ainda não está consolidado no planejamento estratégicodas empresas.

Pode-se pois afirmar o valor da publicação do Balanço Social é pouco reconhecido pelasempresas.

Quadro 55 – Comportamento das empresas em relação aobalanço social

Nunca publicou 48 41 85,4

Publicou em 2003 48 2 4,2






Balanço Social %Resp. simTotal dasindústrias

Gráfico 22 – Indústrias segundo o Balanço Social


52

Quadro 56 – Opinião das empresas que nunca publicaram o Balanço Social

41 6 14,6

41 14 34,1

41 8 19,5

41 13 31,7

Itens %Concordamcom o item

Nº deindústrias

Acha importante publicar o balanço social epretende faze-lo no próximo período.

Acha importante publicar o balanço social, masoutras prioridades poderão adiar esta decisão.

Não acha importante publicar o balanço social.

A empresa não tem opinião formada sobre oassunto ou não possui informações.

Os assuntos mais abordados no Balanço Social destas indústrias são a base de cálculo, osindicadores internos, os indicadores de quadro de pessoal e os indicadores de meio ambiente, comigual percentual, 43% cada. Os indicadores sociais externos que tratam das doações ou investimentosdirigidos à comunidade externa à empresa, em áreas como educação, cultura, esporte, assistênciasocial, combate à fome, entre outros, aparecem em apenas 28,6% dos Balanços Sociais. As metas demelhoria da empresa ainda são pouco trabalhadas no documento, apenas 14,3%.

O quadro seguinte mostra que as opiniões sobre o Balanço Social são identificadas pela faltade informação.

Quadro 57 – Opinião sobre o Balanço Social pelas empresas que o publicaram

Características do Balanço Social %ApresentamNº deindústrias

Base de cálculo do balanço social (informação da receitalíquida, do resultado operacional e da folha de pagamentobruta da empresa.

Indicadores sociais internos (investimentos voltados aobem-estar dos empregados em aspectos como alimentação,previdência privada, saúde, educação, auxílio-creche,segurança no trabalho, etc.

Indicadores sociais externos (doações ou investimentosdirigidos à comunidade externa à empresa, em áreas comocultura, esporte, assistência social, combate a fome, etc.

Indicadores ambientais (investimentos na área meioambiente relacionados à atividade-fim da empresa ou emprojetos ambientais da comunidade.

Indicadores do quadro pessoal (números de empregados eadmissões, participação de mulheres, pretos e pardos,pessoas com 45 anos ou mais, pessoas com deficiência noquadro pessoal, menores aprendizes).

Metas de melhoria do desempenho da empresa em um oumais dos indicadores acima citados.

7 3 42,9

7 3 42,9

7 2 28,6

7 3 42,9

7 3 42,9

7 1 14,3

53

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a finalidade de sintetizar quantitativamente os tópicos da RSE aqui tratados – Públicointerno; Atividades voluntárias dos empregados; Meio ambiente; Fornecedores, clientes/consumidores;Ações sociais em benefício da comunidade e participação em projetos governamentais; Valores etransparência – criamos uma medida apropriada, ou seja, um Índice de Responsabilidade Social, I

rs.

Em cada tópico foram levadas em conta as várias opções de respostas e aassociadas notas emordem crescente de importância – quanto maior a nota, melhor a avaliação – numa escala quevariou de 0 (zero) a 3 (três) pontos.

Com base nas pontuações atribuídas pelas empresas, o Irs foi assim definido:

, 0 ≤ Irs

≤ 1

Conhecidos os valores do Irs de cada tópico, foram estabelecidas as Fases da Responsabilidade

Social, de acordo com o seguinte critério:

Neste índice, que varia entre 0 e 1, aquele valor que se encontrar entre 0 e 0,25 corresponde àfase inicial, na qual a responsabilidade social ainda está sendo conhecida e pouco experimentada;entre 0,25 e 0,5 poderia se chamar de fase de desenvolvimento, na qual o desempenho é regularpois começa-se a delinear as ações em responsabilidade social; entre 0,50 e 0,75, fase deamadurecimento, quando a responsabilidade social começa a fazer parte da estratégia empresarial,com desempenho bom; e de 0,75 a 1, a fase madura, na qual mecanismos de avaliação e umacultura da responsabilidade social são experimentados em todos os âmbitos da empresa, comótimo desempenho nesta área.

Não se pode esquecer que responsabilidade social é um tema ainda novo entre as empresas,não obstante estas tenham se esforçado muito para desenvolvê-lo e incorporá-lo à estratégiaempresarial, razão pela qual poucas ou muitas ações devem ser valorizadas, não por suaquantidade mas por seu mérito e empenho na construção de uma sociedade melhor para todos.A análise dos índices deve considerar esta fase de nascimento e amadurecimento do fenômeno.

Índice de Responsabilidade Social Fases

0,00 0,25 Inicial

0,25 0,50

0,50 0,75

0,75 1,00

Desenvolvimento

Amadurecimento

Madura

Fase emdesenvolvimento

Fase deamadurecimento

Fasemadura

Faseinicial

⊥

⊥

⊥

⊥

Irs

no real de pontosno ideal de pontos

soma dos pontos atribuídosnº de participantes X pontuação máxima

= =


54

No item em que avaliou as ações em relação ao público interno pode-se dizer que as indústriaspesquisadas, no geral, estão em fase de desenvolvimento, alcançando um índice de 0,45. Asindústrias de pequeno porte pesquisadas encontram-se, em relação ao público interno, em fasede desenvolvimento da responsabilidade social, enquanto que as indústrias de médio e grandeporte já se encontram na fase de amadurecimento. Deve-se considerar, porém, que como asindústrias de pequeno porte apresentam-se em maior número nesta pesquisa, o seu desempenhotem peso maior no índice geral.

Em relação ao voluntariado, as empresas também vêm experimentando um certodesenvolvimento, com índice de 0,27, podendo-se considerar que a experiência de valorizaçãoao trabalho voluntário está mais relacionada a um movimento individual, que diz respeito aofuncionário, do que acontecendo por campanhas de incentivo. As indústrias de pequeno porteencontram-se na fase inicial, no que diz respeito ao incentivo ao voluntariado.

“O incentivo ao voluntariado deve partir do próprio governo, mas na prática, e não somente nateoria ou na política” (Indústria de grande porte).

O meio ambiente é outro aspecto que também apresentou-se em desenvolvimento, com índicena ordem de 0,46. Observe-se, porém, que as indústrias de porte médio se encontram na fase deamadurecimento das ações em relação ao meio ambiente e, as grandes indústrias já alcançarama fase madura.

Índice de Responsabilidade Social em relação ao público interno

Porte Irs

Público Interno Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,36

0,64

0,72

0,45

Desenvolvimento

Amadurecimento

Amadurecimento

Desenvolvimento

Índice de Responsabilidade Social em relação ao incentivo ao voluntariado

Porte Irs

Voluntariado Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,23

0,35

0,45

0,27

Inicial

Desenvolvimento

Desenvolvimento

Desenvolvimento

Índice de Responsabilidade Social em relação ao meio ambiente

Porte Irs

Meio Ambiente Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,32

0,60

0,79

0,46

Desenvolvimento

Amadurecimento

Madura

Desenvolvimento

55

A relação com fornecedores, clientes e consumidores apresentou uma boa performance, jápassando para a fase de amadurecimento, com índice de 0,61. Nesta fase se encontram a pequenae média empresa, enquanto a grande empresa já se encontra na fase madura.

“A responsabilidade social das empresas em relação ao meio ambiente está em prevenir e evitarque seu processo produtivo prejudique o meio ambiente e, se possível, participar de projetos deprevenção e recuperação do meio ambiente. Divulgar entre seus colaboradores a importância e anecessidade do cuidado com o meio ambiente promovendo, desta forma, a educação ambiental”(Indústria de pequeno porte)

“No passado, a falta de uma legislação adequada aliada à falta de consciência e conhecimentodos empresários sobre os efeitos de suas atividades sobre o meio ambiente resultaram nos atuaisproblemas. Hoje, os empresários vêem a questão como fator-chave para o sucesso e continuidade donegócio, o que torna a prática deste exercício uma tendência mais natural, independente de legislação”.(Indústria de médio porte)

A responsabilidade social nas áreas de ação social em benefício da comunidade, ainda seencontra na fase inicial, com índice de 0,23. As indústrias de médio e grande porte, porém, jáestão na fase de desenvolvimento.

A responsabilidade social na área de valores e transparência ainda se encontra na fase inicial,com índice de 0,14.

Índice de Responsabilidade Social em relação aos fornecedores, clientes econsumidores

Porte Irs Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,51

0,72

0,81

0,61

Amadurecimento

Amadurecimento

Madura

Amadurecimento

Índice de Responsabilidade Social em relação a ação social

Porte Irs

Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,12

0,21

0,19

0,14

Inicial

Inicial

Inicial

Inicial

Índice de Responsabilidade Social em relação a valores e transparência

Porte Irs

Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,23

0,42

0,46

0,23

Inicial

Desenvolvimento

Desenvolvimento

Inicial


56

Se avaliarmos o conjunto das ações, estabelecendo assim um índice geral de ResponsabilidadeSocial, segundo os critérios anteriormente citados, podemos dizer que a performance dasindústrias pesquisadas é positiva, pois apresenta índice de 0,41, ou seja, no geral da amostra, aresponsabilidade social está dando os primeiros passos no seu desenvolvimento. Isso se deve,em parte, ao fato de que muitas empresas possuem práticas que ainda não estão consolidadas,sendo desenvolvidas informalmente. As pequenas empresas também se encontram nesta fasede desenvolvimento, o que é muito positivo, pois denota que também elas estão procurandoacompanhar o desenvolvimento desta nova cultura empresarial. As indústrias de médio e grandeporte se encontram na fase de amadurecimento das ações que já praticam enquantoresponsabilidade social.

As conclusões aqui apresentadas, irão servir de referência para ações futuras, embora algunssegmentos importantes do contexto industrial do município tenham se abstido da participaçãona pesquisa.

Vale a pena ressaltar que a maior parte dos dados deste levantamento foi fornecida pelaliderança da empresa, tais como proprietários, diretores ou gerentes, o que torna patente aimportância estratégica deste trabalho para as empresas que participaram com a pesquisa.

A avaliação dos dados nos ajuda a compreender que, dentre as indústrias do município deSão Bernardo do Campo, há muito espaço para instauração, amadurecimento e ampliação daresponsabilidade social. A disseminação da cultura de responsabilidade social, o apoio aodesenvolvimento de práticas, bem como o estabelecimento de uma rede articulada, são objetivosa serem trabalhados estrategicamente pelo CIESP.

Índice de Responsabilidade Social Empresarial

Porte Irs

Empresarial Fases

Pequeno

Médio

Grande

Total

0,39

0,59

0,65

0,41

Desenvolvimento

Amadurecimento

Amadurecimento

Desenvolvimento

RespondentesTotal dasindústrias

Respostas %

Proprietário, Diretor, Gerente

Profissional de Recursos Humanos ou Depto. Pessoal

Assessor, profissional da área técnica

Profissional de responsabilidade social

Outros

48

48

48

48

48

23

13

7

1

4

47,9

27,1

14,6

2,1

8,3

Quadro 58 – Respondentes do questionário segundo cargo

57

ANEXO I

Com o propósito de conseguir quantificar a atuação das indústrias na área de ResponsabilidadeSocial levou-se em conta as várias respostas, valorizando-as segundo notas em ordem crescentede importância, dentro do referido tópico:

PÚBLICO INTERNO

• Número de empregados do sexo feminino• Número de empregados com idade acima de 60 anos• Número de empregados com deficiência (física, visual, auditiva ou mental)• Número de empregados pretos ou pardos• Número de mulheres em cargos de chefia/similar• Concessão de benefícios não–obrigatórios aos funcionários• Procedimentos que a empresa adota na área de recursos humanos• Procedimentos que a empresa adota aspectos relativos ao ambiente de trabalho

ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS DOS EMPREGADOS

• Existência de empregados da empresa que atuam como voluntários em ações ou projetossociais em benefício da comunidade

• Estímulo da empresa para o envolvimento dos empregados em ações voluntárias em benefícioda comunidade

• Ações da empresa para estimular ou apoiar o envolvimento dos empregados em açõesvoluntárias

• Intensidade do envolvimento dos empregados da empresa em ações voluntárias• Tipo de envolvimento dos empregados da empresa em ações voluntárias• Como a empresa valoriza o trabalho voluntário e suas possíveis implicações para a vida da

empresa

MEIO AMBIENTE

• Existência de normas e procedimentos de prevenção de riscos à saúde e à segurança dosfuncionários nos processos produtivos

• Existência de atividades regulares para monitorar e controlar possíveis impactos de suaatividade sobre o meio ambiente

• Existência de discussão com fornecedores suas responsabilidades por impactos ambientaisque possam ser verificados em diferentes pontos da cadeia produtiva

• Existência de uma política para gestão ambiental de suas atividades (metas de minimizaçãode impacto ambiental, plano de ação, etc.)

• Certificação de acordo com a norma ISO 14.001 ou outra norma ambiental equivalente• Redução do consumo de insumos (energia, água, matérias-primas, produtos tóxicos)• Existência de coleta seletiva de lixo• Existência de programas de conscientização em relação ao nível de consumo d’água e promove

a racionalização deste consumo em sua (s) unidade (s)• Promoção junto aos seus colaboradores e a todas as pessoas de seu círculo de influências de

programas de conscientização sobre conservação de energia e promove seu uso eficiente emsuas atividades

• Implantação de processos de destinação adequada aos seus resíduos• Existência de programa para reutilização/reciclagem de resíduos• Participação em alguma Bolsa de Resíduo• Preocupação com a geração de resíduos sólidos, apoiando programas de reciclagem e de

coleta seletiva• Existência de formas para controle do impacto ambiental de atividades externas, tais como

transportes e entrada/saída de materiais• Fornecimento aos clientes de informações sobre possíveis danos ambientais resultantes do

uso de seus produtos ou serviços• Existência de uma área responsável pelas questões de meio ambiente


58

• Inclusão da questão ambiental no planejamento estratégico dos negócios• Desenvolvimento de programas de melhoramento ambiental, relacionados à área de negócios

da empresa• Desenvolvimento de ações de educação ambiental para os funcionários• Desenvolvimento de ações de educação ambiental para as famílias de seus funcionários• O fato da empresa estar operando em relação às questões ambientais.• Ações que a empresa está realizando na área do meio ambiente, em benefício da comunidade

externa• O nível de preocupação com a ecoeficiência• Desenvolvimento de ações de educação ambiental, voltadas à comunidade externa à empresa

(moradores, escolas, entidades sociais, etc.)• Apoio a projetos de sustentabilidade ambiental ou de educação ambiental em parceria com

entidades ambientalistas• Contribuição para a preservação ambiental através de projetos de conservação de áreas ou

de proteção de espécies• Participação em comitês ou conselhos locais para discussão da questão ambiental junto ao

governo e à comunidade

FORNECEDORES, CLIENTES E CONSUMIDORES

• Condições exigidas pela empresa para se relacionar e/ou realizar contratos com seusfornecedores

• Condições oferecidas pela empresa no relacionamento e/ou realização de contratos com seusfornecedores

• Promoção de investimentos para melhor corresponder a critérios de responsabilidade social,mobilizada por solicitações ou demandas de seus fornecedores e/ou de clientes/consumidores

• Avaliação permanentemente dos materiais de comunicação sobre os produtos da empresa(tais como rótulos, embalagens, bulas, instruções de uso, manuais de operação, termos degarantia), para evitar compra e/ou uso indevido, risco à saúde ou danos ambientais

• Avaliação prévia dos conteúdos de propagandas, para evitar práticas enganosas, utilizaçãode imagens preconceituosas em relação a grupos minoritários, concorrência desleal, e paragarantir conformidade com a legislação de defesa do consumidor

• Possui um serviço de atendimento ao cliente (SAC ou equivalente)• Realização de pesquisa de satisfação do cliente/consumidor• Existência de procedimentos e sistemas de atendimento para atuar com eficácia nos casos

relativos a defeitos de fabricação não detectados no processo de produção e de eventuaisdanos causados ao cliente/consumidor

• Existência de procedimentos e sistemas de serviço pós-venda para garantir os cuidadosnecessários ao acondicionamento, armazenagem, transporte e demais condições necessáriaspara que o produto chegue em boas condições de uso ou consumo para o consumidor final

AÇÕES SOCIAIS EM BENEFÍCIO DA COMUNIDADE E PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS

GOVERNAMENTAIS

• Realização de algum tipo de ação social ou doação em benefício da comunidade• Tipo de ação social que a empresa realizou em benefício da comunidade• Áreas para as quais foram dirigidas as ações sociais e/ou doações em benefício da comunidade,

realizadas pela empresa• Realização de ações sociais em conjunto com outros parceiros• Tipos de instituições com as quais as parcerias foram realizadas

VALORES E TRANSPARÊNCIA

• Adoção e abrangência de princípios éticos• Aspectos que descreve o código de ética da empresa• Públicos citados no código de ética da empresa• Segmentos para os quais o código de ética da empresa é divulgado• Publicação do balanço social/sócio-ambiental• Aspectos que constaram do último balanço social publicado pela empresa

59

ANEXO II

Prezado (a) Senhor (a),

Estamos encaminhando a Pesquisa de Responsabilidade Social das Indústrias em SBCampo.

O objetivo desta pesquisa é obter informações sobre a atuação e entendimento das indústriasde SBC em responsabilidade social e assim, possibilitar ao NRS (Núcleo de ResponsabilidadeSocial) do CIESP SBC, uma ação planejada para a evolução do conceito e da prática daresponsabilidade social empresarial nas indústrias no município.

A formatação deste estudo foi feita pelo CIESP São Bernardo em parceria com o CentroUniversitário da FEI e a BASF. Baseada em trabalho semelhante, realizado em 2003 pela FIESPcom 543 empresas, a pesquisa é composta de um questionário com 50 questões, e terá prazoaté 15 de junho para devolução.

Atualmente, a responsabilidade social é uma meta que integra interesses dos diversos públicosde relacionamento das empresas: clientes e consumidores, funcionários, fornecedores,acionistas, comunidade, governo e meio ambiente.

Todas as indústrias de SBC, de todos os portes e ramos de atividade receberão a pesquisa. É importante a

participação de todas as empresas independentemente de seu porte e tipos de ações com os públicos de

relacionamento. Os resultados obtidos serão analisados exclusivamente pela equipe da coordenação da

pesquisa, e receberão tratamento estritamente confidencial e serão apresentados sempre de forma

coletiva e não personalizada. Não é necessária identificação.

Em caso de dúvida, entre em contato com a equipe de coordenação pelo telefone (11)4353.2900 ramal 2105 ou e-mail: [email protected]. Ao terminar o preenchimento enviepara o endereço abaixo ou agende a retirada no telefone acima. A equipe da coordenaçãoprovidenciará a retirada na sua empresa.

Endereço para envio:CIESP SBC“Pesquisa de Responsabilidade Social das Indústrias de SBCampo”Av. Imperatriz Leopoldina, 230 – Bairro Nova PetrópolisCEP 09770-270 – SBCampo – SP

Agradecemos sua participação.

César Antônio GarbusDiretor Titular do CIESP – SBC


60

Pesquisa De Responsabilidade Social Das IndúStrias De São Bernardo Do Campo

Education

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