Petrobras tem lucro líquido de r$ 5,3 bilhões no 1º trimestre de 2015

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1 Nota à Imprensa 15 de maio de 2015 Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no 1º trimestre de 2015 A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015, 1% inferior ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete o aumento da despesa financeira líquida da companhia, principalmente em função da maior depreciação do real em relação ao dólar. O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás, às maiores margens na comercialização de derivados e aos menores gastos com participação governamental e importações. Além disso, o resultado do 1º trimestre de 2014 foi impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que não se repetiu em 2015. O EBITDA ajustado do trimestre foi de R$ 21,5 bilhões, um aumento de 50% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O resultado reflete os aumentos nos preços de diesel e gasolina em novembro de 2014, assim como o maior lucro operacional acima destacado. Os investimentos totalizaram R$ 17,8 bilhões, 13% inferior a do 1º trimestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva. A Petrobras terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa. Destaques operacionais A produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 11% em relação ao 1º trimestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em abril, foi atingido recorde na produção mensal de petróleo no pré-sal, de 715 mil barris por dia. Neste trimestre, foi iniciada a operação do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos); da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos); e do campo de Hadrian South, em águas ultraprofundas no Golfo do México (EUA). No refino, a produção total de derivados no Brasil e exterior foi de 2 milhões 119 mil bpd, 8% inferior ao mesmo período de 2014. A queda na produção doméstica deveu-se à parada programada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, parcialmente compensada pela contribuição da produção da RNEST. Lucro Líquido (R$ milhões) EBITDA Ajustado (R$ milhões) Produção Total de Óleo, LGN e Gás Natural (mil boed) 1T14 4T14 1T15 2.322 2.603 2.616 209 196 187 1T14 4T14 1T15 Brasil Internacional 2.531 2.799 2.803 Lucro Operacional (R$ milhões) 5.393 -26.600 5.330 14.349 20.057 21.518 1T14 4T14 1T15 +50% +11% 1T14 4T14 1T15 7.577 -32.826 13.335 +76%

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Nota à Imprensa 15 de maio de 2015

Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no 1º trimestre de 2015

• A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015, 1% inferior ao mesmo

período do ano passado. O resultado reflete o aumento da despesa financeira líquida da companhia,

principalmente em função da maior depreciação do real em relação ao dólar.

• O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado,

principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás, às maiores margens na

comercialização de derivados e aos menores gastos com participação governamental e importações. Além

disso, o resultado do 1º trimestre de 2014 foi impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de

Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que não se repetiu em 2015.

• O EBITDA ajustado do trimestre foi de R$ 21,5 bilhões, um aumento de 50% em relação ao primeiro

trimestre do ano anterior. O resultado reflete os aumentos nos preços de diesel e gasolina em novembro de

2014, assim como o maior lucro operacional acima destacado.

• Os investimentos totalizaram R$ 17,8 bilhões, 13% inferior a do 1º trimestre de 2014. O foco dos

investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com

destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.

• A Petrobras terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa.

Destaques operacionais

• A produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 11% em relação ao 1º

trimestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em

abril, foi atingido recorde na produção mensal de petróleo no pré-sal, de 715 mil barris por dia.

• Neste trimestre, foi iniciada a operação do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de

Santos); da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos); e do campo de Hadrian South, em águas

ultraprofundas no Golfo do México (EUA).

• No refino, a produção total de derivados no Brasil e exterior foi de 2 milhões 119 mil bpd, 8% inferior ao

mesmo período de 2014. A queda na produção doméstica deveu-se à parada programada na Refinaria

Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, parcialmente compensada pela contribuição da produção da RNEST.

Lucro Líquido (R$ milhões)

EBITDA Ajustado (R$ milhões)

Produção Total de Óleo, LGN e Gás Natural (mil boed)

1T14 4T14 1T15

2.322 2.603 2.616

209 196 187

1T14 4T14 1T15Brasil Internacional

2.531 2.799 2.803

Lucro Operacional (R$ milhões)

5.393

-26.600

5.330

14.34920.057 21.518

1T14 4T14 1T15

+50%

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7.577

-32.826

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Lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no 1º trimestre de 2015 – O resultado líquido da companhia foi 1% inferior

ao do 1º trimestre de 2014, principalmente em função da depreciação cambial do período.

O resultado operacional cresceu 76% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 13,3 bilhões. A redução das cotações internacionais de petróleo e os aumentos nos preços de combustíveis em novembro de 2014 resultaram em maiores margens na comercialização de derivados. A queda do petróleo também levou a menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos foram suficientes para compensar o impacto da menor demanda por derivados sobre as receitas. Além disso, o resultado do 1º trimestre de 2014 havia sido impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões).

A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado atingiu R$ 21,5 bilhões, sendo 50% superior ao alcançado no mesmo trimestre de 2014.

O resultado financeiro líquido ocorrido no 1º trimestre foi negativo em R$ 5,6 bilhões. Este resultado reflete, principalmente, as perdas cambiais decorrentes da maior depreciação do real em relação ao dólar e o acréscimo nas despesas com juros, devido ao maior endividamento e à menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção.

Produção de petróleo e gás natural – A produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, no 1º trimestre de 2015, atingiu a média diária de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente (boed). Essa produção manteve-se em linha com a do 4º trimestre de 2014 e representou um aumento de 11% em relação ao do 1º trimestre de 2014.

A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 616 mil boed, o que representa estabilidade com a do trimestre anterior e aumento de 13% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Considerando a produção exclusiva de gás natural no Brasil, houve um aumento de 3%, se comparado com o último trimestre de 2014, e de 17% em relação ao 1º trimestre do ano passado.

Neste 1º trimestre foram interligados 22 novos poços, sendo 14 produtores e 8 injetores. A previsão é de que 69 poços sejam interligados ao longo de 2015.

A camada pré-sal vem mantendo excelente desempenho, atingindo em abril recorde na produção mensal de petróleo, com 715 mil barris por dia. No dia 11 de abril, a produção de petróleo no pré-sal alcançou um novo recorde diário com a marca de 800 mil barris.

A produção internacional foi de 187 mil boed, 5% inferior à do 4º trimestre de 2014. Esse desempenho reflete a conclusão da transferência dos ativos terrestres no Peru, parcialmente compensada pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, em dezembro/2014, e Lucius, em janeiro/2015, nos Estados Unidos. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014, a produção internacional foi 11% inferior.

INDICADORES ECONÔMICOS CONSOLIDADOS

R$ milhões 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Receita de Vendas 74.353 81.545 (9) 85.040 (13)

Custo dos Produtos Vendidos (51.943) (62.382) (17) (63.025) (18)

Lucro Bruto (Prejuízo) 22.410 19.163 17 22.015 2

Despesas Operacionais (9.075) (11.586) (22) (54.841) (83)Lucro Operacional (Prejuízo)(1)

13.335 7.577 76 (32.826) 141

Resultado Financeiro Líquido (5.621) (174) 3.130 (1.814) 210

Imposto de Renda/Contribuição Social (3.023) (1.803) 68 8.488 (136)

Lucro Líquido (Prejuízo) 5.330 5.393 (1) (26.600) 120

EBITDA ajustado (2) 21.518 14.349 50 20.057 7 (1) Lucro (Prejuízo) antes do resultado financeiro , das participações e impostos.

(2) EBITDA ajustado = EBITDA + participações em investimentos e perda no valor de recuperação de ativos (impairment ).

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Produção de derivados – A produção de derivados no país foi de 1 milhão 964 mil barris por dia no 1º trimestre de 2015, uma queda de 10% em relação ao trimestre anterior. A carga processada diária também foi reduzida em 10%, em função da parada programada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), parcialmente compensada pela entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). A parada programada da RLAM também levou o fator de utilização do parque de refino a passar de 98% no 4º trimestre de 2014 para 86% neste trimestre.

Do volume total do petróleo processado, 86% vieram de campos brasileiros.

Venda de derivados – O volume de venda de derivados no mercado interno no 1º trimestre de 2015 totalizou 2,2 milhões de barris por dia, uma redução de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques foram:

Diesel (-4%): menor consumo em obras de infraestrutura e aumento do percentual de biodiesel na mistura diesel/biodiesel. Estes fatores compensaram o crescimento da frota de veículos leves a diesel e o maior consumo por parte das termelétricas complementares do Sistema Interligado Nacional (SIN);

Gasolina (-5%): aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 25% para 27% e redução da frota de veículos movidos somente a gasolina;

Nafta (-30%): redução da demanda por parte dos clientes, principalmente Braskem.

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURALMil boed 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Produção Nacional 2.616 2.322 13 2.603 0

Petróleo e LGN 2.149 1.922 12 2.150 -

Gás Natural (1) 467 400 17 453 3

Produção Internacional Consolidada 156 178 (12) 165 (5)

Petróleo e LGN 69 87 (21) 75 (8)

Gás Natural 87 91 (4) 90 (3)

Produção Internacional não consolidada 31 31 - 31 -

Produção Internacional Total 187 209 (11) 196 (5)

Produção Total 2.803 2.531 11 2.799 0 (1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado

PRODUÇÃO DE DERIVADOS

Mil barris por dia 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Produção de Derivados 2.119 2.299 (8) 2.328 (9) Nacional 1.964 2.124 (8) 2.171 (10)

Internacional 155 175 (11) 157 (1)

Fator de utilização do parque de refino (%)

Nacional 86 96 -10 p.p. 98 -12 p.p.

Internacional 54 70 -16 p.p. 64 -10 p.p.

Participação do óleo nacional (%) 86 83 +3 p.p. 84 +2p.p.

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Balança de petróleo e derivados – A balança comercial da Petrobras no 1º trimestre de 2015 registrou um déficit de 225 mil barris por dia, sendo 46% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2014.

O saldo da balança comercial de petróleo foi ligeiramente positivo, revertendo o déficit registrado no 1º trimestre de 2014. O crescimento da produção de petróleo e a menor carga processada nas refinarias contribuíram para esse resultado.

A balança comercial de derivados registrou um déficit menor do que no mesmo trimestre de 2014. A redução das importações acompanhou a menor demanda do mercado interno. As exportações, por sua vez, também caíram, em função da menor produção.

Preços dos produtos – O preço médio dos derivados no mercado interno para as distribuidoras, em reais, caiu 3% em relação ao 1º trimestre de 2014. O preço do petróleo Brent caiu 50% (US$ 53,97/bbl no 1T15 vs US$ 108,22/bbl 1T14).

VOLUME DE VENDAS - MERCADO INTERNO

Mil barris por dia 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Gás Natural 448 427 5 455 (2)

Derivados 2.230 2.371 (6) 2.487 (10)

Diesel 907 947 (4) 1.010 (10)

Gasolina 573 601 (5) 644 (11)

Óleo Combustível 119 110 8 126 (6)

Nafta 124 178 (30) 152 (18)

GLP 223 222 0 233 (4)

QAV 113 111 2 113 -

Outros 171 202 (15) 209 (18)

Alcóois, Nitrogenados, Renováveis e Outros 115 97 19 113 2

Total Mercado Interno 2.793 2.895 (4) 3.055 (9)

BALANÇA COMERCIALMil barris por dia 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Importação Total de Petróleo e Derivados 622 783 (21) 783 (21)

Petróleo 277 359 (23) 371 (25)

Derivados 345 424 (19) 412 (16)

Exportação Total de Petróleo e Derivados 397 366 8 393 1 Petróleo 281 195 44 270 4

Derivados 116 171 (32) 123 (6)

Importação Líquida de Petróleo e Derivados 225 417 (46) 390 (42)

INDICADORES DE PREÇOS

R$/bbl 1T15 1T14 1T15/1T14 (%) 4T14 1T15/4T14 (%)

Derivados - Mercado Interno 221,25 227,46 (3) 228,81 (3)

US$/bbl

Petróleo Nacional - Venda 43,40 98,02 (56) 66,49 (35)

Petróleo Internacional - Venda 58,40 84,18 (31) 73,66 (21)

Petróleo Brent 53,97 108,22 (50) 76,27 (29)

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Investimentos – A realização dos investimentos no 1º trimestre de 2015 foi de R$ 17,8 bilhões, 13% inferior

a do 1º trimestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil,

que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.

A principal redução dos investimentos ocorreu no segmento de Abastecimento, em virtude da conclusão de

projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase (1º trem) da Refinaria Abreu e Lima

(RNEST).

Endividamento – Em 31.03.2015, o endividamento líquido da companhia aumentou 18% em relação

31.12.2014. O principal fator para este crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre

financiamentos. O indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado fechou o período em 3,86 vezes e a

alavancagem (Endividamento Líquido/ (Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 52%.

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INVESTIMENTOS

R$ milhões 1T15 1T14 1T15/1T14 (%)

Exploração e Produção 13.995 13.243 6

Abastecimento 1.809 4.985 (64)

Gás e Energia 652 1.147 (43)

Internacional 985 711 39

Distribuição 175 218 (20)

Biocombustível 5 2 150

Corporativo 222 278 (20)

Total de Investimentos 17.843 20.584 (13)

ENDIVIDAMENTOR$ milhões 31/03/2015 31/12/2014 Var (%)Endividamento Total 400.639 351.035 14 Endividamento Curto Prazo 39.721 31.565 26 Endividamento Longo Prazo 360.918 319.470 13 Disponibilidades Ajustadas 68.182 68.946 (1) Disponibilidades 34.450 44.239 (22) Títulos públicos federais e Time Deposits (vencimento superior a 90 dias) 33.732 24.707 37 Endividamento Líquido 332.457 282.089 18 Dívida Líquida / EBITDA ajustado (1)

3,86 4,77 (19)

Endiv. Líquido / (Endiv. Líquido + Patrimônio Líquido) (%) 52 48 +4 p.p.(1) EBITDA ajustado = EBITDA + participações em investimentos e perda no valor de recuperação de ativos (impairment) .