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INFORMATIVO Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais Serviço Nacional de Aprendizagem Rural AR-MG FAEMG I SENAR Ano 7 - Número 84 - Outubro 2012 Evandro Fiuza FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIA Alunos do Centro Educacional Limassis, de Delfim Moreira, receberão o certificado em dezembro PGs 14 e 15 GQS SETE LAGOAS Programa supera expectativa e lideranças colocam em prática planos de melhoria nos Sindicatos PG 16 A FORÇA DO CAMPO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS | PG.8 CAPACITAÇÃO Cursos do SENAR dobram produção de leite de pequeno produtor em Santa Rita de Caldas PG 18 AS NOVAS OBRAS DOS SINDICATOS DE CURVELO E JANAÚBA | PG.9 AS PROPOSTAS PARA A CRISE DO LEITE | PG.10 OS PREPARATIVOS PARA A REUNIÃO DA OIC EM BH | PG.20 O ESTADO SAI DA 4ª PARA A 2ª POSIÇÃO NO PAÍS | PG. 3 Minas Uma potência VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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INFORMATIVO

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais ■ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural AR-MG

FAEMGISENARAno 7 - Número 84 - Outubro 2012

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FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAAlunos do Centro EducacionalLimassis, de Delfim Moreira,receberão o certificado emdezembro PGs 14 e 15

GQS SETE LAGOAS Programasupera expectativa elideranças colocam em práticaplanos de melhoria nosSindicatos PG 16

A FORÇA DO CAMPO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS | PG.8

CAPACITAÇÃO Cursos doSENAR dobram produçãode leite de pequenoprodutor em Santa Rita deCaldas PG 18

AS NOVAS OBRAS DOSSINDICATOS DE CURVELOE JANAÚBA | PG.9

AS PROPOSTASPARA A CRISE DOLEITE | PG.10

OS PREPARATIVOSPARA A REUNIÃO DAOIC EM BH | PG.20

O ESTADO SAI DA 4ª PARA A 2ª POSIÇÃO NO PAÍS | PG. 3

MinasUmapotência

VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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FRASES MENSAGENS

CERIMONIAL E EVENTOS

FAEMG PRESIDENTE Roberto Simões VICE-PRESIDENTES Afonso Luiz Bretas, Alberto Adhemar do Valle Júnior, Antônio Pitangui de Salvo, Délio Prado Lopes, Domingos Frederico Netto, Jerônimo Giacchetta,José Éder Leite, Lino da Costa e Silva, Luciano Ramos Lauar de Castro, Renato José Laguardia de Oliveira, Ricardo Quadros Laughton, Rivaldo Machado Borges Júnior, Salviano Junqueira Ferraz Júnior, SebastiãoTardioli, Thiago Soares Fonseca DIRETORES SECRETÁRIOS Marcos de Abreu e Silva, Rodrigo Sant’Anna Alvim DIRETORES TESOUREIROS João Roberto Puliti, Breno Pereira de Mesquita CONSELHO FISCAL GeraldoFerreira Porto, Jadir Maurício Lanza Rabelo, João Vicente Diniz

SENAR MINAS PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Roberto Simões SUPERINTENDENTE Antônio do Carmo Neves

INFORMATIVO FAEMG SENAR Editado pela Assessoria de Comunicação ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO Lauro Diniz JORNALISTAS Carla Medeiros, Ciara Albernaz, Flávio Amaral, Ludymila Marques, Silvana Matos

Os artigos assinados e declarações são de inteira responsabilidade dos autores.

FAEMG |SENARInformativo

Avenida Carandaí, 1.115 – 3º/7º andares – CEP: 30.130-915 - Fones: (31) 3074-3015 e 3074-3094 - www.faemg.org.br / www.senarminas.org.brFederação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural AR-MG

2 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

O que é precedência?

Precedência significa prioridade, quem vem antes ou depois. É a ordemhierárquica estabelecida na instituição de acordo com o cargo ou função.

COMPOSIÇÃO DE MESA NOS EVENTOS DOS SINDICATOS

4

Diretor doSindicato

2

Prefeito*

1

Presidente doSindicato(Anfitrião)

3

Presidente daCâmara

Municipal

5

Vereador

Com a presença do presidente da entidade, prefeito, presidente da Câmara,diretor do sindicato e vereador, a composição da mesa, vista de frente, ficará daseguinte forma:

ENTREVISTA À REVISTAMATÉRIA PRIMA

“Recebemos o e-mail com aentrevista do Dr. Roberto Simões:“Heróis na Europa, vilões no Brasil”.O nosso presidente mostrou o seuvasto conhecimento sobre aagricultura mineira, brasileira eeuropeia. A grande realidade foiexposta com muita propriedade.Sempre dissemos que ser líder ruralé muito difícil. A evolução no meiorural é lenta e não contamos com oapoio dos governantes e daimprensa. Não existe grande naçãosem grande agricultura. Graças aotrabalho dos nossos lideres, daEmbrapa, empresas do gênero e datecnologia, a coisa está melhorandoa passos largos. Parabéns à CNA,FAEMG, Sindicatos.”

Ronald Guimarães

Presidente do Sindicato de Iguatama

“Hoje vivemos a onda da gestão doagronegócio, mas temos de nos prepararpara a onda de governança”.

Fabiana Alves, gerente executiva do Rabobank,aconselhando os produtores fazer a separação entre família, propriedade e gestão.(Globo Rural out/2012)

“Quem concentra renda nos campos é a tecnologia. A terra não tem mais essepoder.”Eliseu Alves, engenheiro agrônomo, em entrevistaà revista Agroanalysis (setembro 2012)

“A triste realidade dos dias de hoje é que os índiosestão mal assistidos e osprodutores rurais,desamparados.”Katia Abreu, Presidente da CNA

“Temos de desatar o nó da agroenergia eaumentar os canaviais para fazer etanol àvontade para o nosso mercado e oamericano.”Roberto Rodrigues, coordenador do Centro deAgronegócio da FGV

Precedência de autoridades municipais

Sendo assim, a precedência nos municípios deverá ser a seguinte:

Anfitrião: é o cidadão em sua residência, um presidente de entidade em sua organização, um governadorem seu estado. O anfitrião é o dono da casa, a ele é dado o lugar de comando, o centro da mesa.

* Ao prefeito poderá ser dado o centro da mesa. Nesse caso, o anfitrião deverá ocupar a posição 2.

LIVRO MEDALHA DOMÉRITO RURAL 2012

“Recebemos o livro Medalha doMérito Rural 2012 e gostaríamos deagradecer a oportunidade departicipar de tão honrosa comenda.Estendemos esse agradecimento atodos os colaboradores da FAEMGque contribuíram para a edição dolivro.”

Arnaldo Bottrel Reis

Presidente do Sindicato de Varginha

“Parabéns pela iniciativa e peloexemplo de homenagear o segmentoque mais gera emprego, renda edignidade em nosso país.”

Ronaldo Scucato

Presidente do Sistema Ocemg

1 Prefeito 2 Vice-prefeito3 Presidente da Câmara

Municipal4 Juiz de Direito

5 Comandante da Polícia Militar

6 Polícia Civil7 Delegado de

Polícia

8 Comandante do Tiro deGuerra ou Delegado doServiço Militar

9 Secretários Municipais10 Vereadores

Minas Gerais passou para o se-gundo lugar nacional do valor daprodução agrícola em 2011. Supera-do apenas por São Paulo, o Estadoparticipou com 12,7% (R$ 24,8 bi-lhões) do total, deixando a quartacolocação do ano anterior. Os dadosda pesquisa Produção Agrícola Mu-nicipal foram divulgados pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística), com base no levanta-mento de 64 culturas, nos 5.565 mu-nicípios do país.

O aumento no faturamento daprodução mineira se deve à valori-zação de produtos como o café, omilho e o feijão, aliada à expansãoda cana-de-açúcar e do algodão her-báceo. No caso do café, apesar daqueda em volume de produção, ovalor total foi 40,1% maior que em2010. Maior produtor nacional, Mi-nas Gerais participou com 49,5% dototal colhido no país.

O aumento do preço do açúcar nomercado externo e do etanol no

mercado interno alavancou o cresci-mento de 38,6% no valor da produ-ção da cana-de-açúcar, atingindo R$39,2 bilhões. Além da valorização doproduto, Minas Gerais, segundomaior produtor nacional, teve aindacrescimento de 11,8% no volume deprodução.

VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Minasem alta“Minas Gerais é um Estadoprivilegiado. Como oagronegócio é diversificado,quando um produto temqueda, os outros fazem acompensação. Onde amonocultura predomina,qualquer variação afetaduramente a renda dosprodutores e as finanças doEstado. Aqui, é diferente.”

Roberto Simõespresidente da FAEMG

Líder

Café 52,2% Morango 55%Batata 35,2%Leite 27,3%Florestas plantadas 23,6%Cenoura 18%Equinos 14,5%

2º LugarAlho 28,7%Sorgo 19,4%Feijão 16,8%Cana-de-açúcar 9,5%Bovinos 10,8%Muares 12,3%Ovos de galinha 11,6%

3º Lugar

Abacaxi 14,8%Milho 11%Tomate 10,8%Aves de postura 10,3%Ovos de codorna 8,1%Laranja 4,2%

Participação naprodução brasileira(em R$ bi)1º SP 34,6 17,7%2º MG 24,8 12,7%3º PR 24,2 12,4%4º MT 21,5 11%5º RS 21,4 11%6º GO 13,3 6,8%7º BA 12,9 6,6%

José

Isra

el A

bran

tesCafeicultura de

Montanha

Ranking nacionalMinas Gerais está entre os maiores produtores do país em várias culturas. Veja a participação do Estado na produção nacional de algumas delas.

Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 3

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51410,1%

79,97,1%

34,32,8%

232,1%

15,638,4%

18,623,1%

17,674,5%

1197,9%

5,48,7%

ACUMULADO DE NOVE MESES

642,2 (+6,9%)

244,8 (+8,5%)

87,9 (+130,4%)

Bovinas

Carnes

Suínas

Receitatotal Bovina FrangoCarnes Suína Milho Açúcar Álcool

Farelo de Soja

(EM US$ MILHÕES)

Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 5

PAINEL

Crédito Os financiamentos aoagronegócio mineiro mais quedobraram entre 2006 e 2011. Ocrédito liberado para o Estadocresceu 128,7%, passando de R$ 6,2 bilhões para R$ 14,3bilhões. Até agosto deste ano, osempréstimos somaram R$ 8,7bilhões, 7% do total definanciamentos ao setor. Osrecursos foram aplicados emcusteio (43%), investimentos(26,8%), comercialização (18,5%)e créditos especiais paracooperativas (11,7%).

Carnes A venda de carnes é destaque nasexportações do agronegóciomineiro. A receita de janeiro asetembro foi de 642,2 milhões, 11%maior que em 2011. Um recorde. Só em setembro as exportaçõestiveram receita de US$ 79,9milhões, devido à valorização de9,1% no preço médio. O produtocom melhor desempenho foi acarne bovina, que somou US$ 244,8milhões em vendas nos novemeses, aumento de 8,5%. Mas omaior crescimento relativo foi dacarne suína. A receita aumentou87,9% e o volume 130,4%.

Safra 2012O levantamento de intenção deplantio feito pela Conab para asafra 2012/13 aponta uma colheitarecorde. Serão 182,27 milhões detoneladas, um crescimento de10% na produção de grãos. Aprojeção de área plantada variaentre 50,93 e 52,21 milhões dehectares, aumento entre 0,2% e2,7%. O crescimento da próximasafra será impulsionado pela soja.Com um incremento naprodutividade entre 13,68 milhõese 16,43 milhões de toneladas, é oúnico grão que apresentaacréscimo de área plantada - entre5,5% e 9,1% a mais.

Troca A Argentina abriu as fronteiras paraa entrada de carne suína brasileira.Em contrapartida, o Brasil liberou aimportação de maçãs, peras,marmelo e limão sicilianoproduzidos pelo vizinho.

VacinaçãoComeçou este mês o segundo ciclode vacinação dos rebanhos bovino ebubalino contra a febre aftosa. EmMinas Gerais devem ser vacinadosapenas animais com até 24 mesesde idade. A previsão do Mapa é quesejam imunizados 150,5 milhões decabeças em todo o país.

Controle de pragasO Mapa autorizou o uso, por 24meses, de defensivos à base deespinosade para controlar ocrescimento de pragas comomosca-das-frutas (Ceratitiscapitata e Anastrepha spp) nasculturas da manga, uva, acerolae goiaba. A liberação irá vigoraraté setembro de 2014.

Produção sustentávelO Programa ABC (Agricultura deBaixa Emissão de Carbono)emprestou R$ 1,5 bilhão entrejulho de 2011 e junho de 2012, paraviabilizar práticas sustentáveis. Osprodutores mineiros contrataram17,07% dos recursos. Projetosfinanciados: recuperação depastagens degradadas, integraçãolavoura-pecuária-floresta, sistemade plantio direto, fixaçãobiológica de nitrogênio, plantio deflorestas e tratamento de dejetosanimais.

PreservaçãoCerca de 280 produtores ruraisaderiram ao projeto do IEF, emparceria com a Codevasf, para aproteção das nascentes das sub-bacias do Alto São Francisco. Osprodutores contam comacompanhamento técnico erecebem arames e mourões paraproteger as matas ciliares enascentes. O trabalho já foiconcluído em três das 14microbacias: RibeirãoCatucas/Cambindas, em Itaguara;Ribeirão da Chácara, em Piracema,e Córrego das Antas, em Dores doIndaiá. Foram construídos 40 kmde cerca para proteger 40nascentes. A meta é cercar 180nascentes.

Uso eficiente O Mapa e a Embrapa firmaramtermo de cooperação para calculara pegada hídrica – mensuração douso eficiente da água – daprodução leiteira que utilizairrigação em pastagens. O objetivoé calcular o consumo de águaverde (chuva), azul (superficial esubterrânea) e cinza (volumenecessário para diluir efluentes daatividade pecuária) no sistema deprodução convencional e orgânicopara propor boas práticas hídricas.

Exportações

Divulgação

EmbrapaO engenheiro agrônomo MaurícioAntônio Lopes é o novopresidente da Embrapa. Mineirode Bom Despacho, é graduado pelaUFV (Universidade Federal deViçosa), mestre em Genética pelaPurdue University (EUA), doutorem Genética Molecular pelaUniversity of Arizona (EUA) e pós-doutor pelo Departamento deAgricultura da FAO-ONU (Roma-Itália). Ele é pesquisador daEmbrapa desde 1989. Antes dechegar à presidência era diretor-executivo de Pesquisa eDesenvolvimento.

"Do ponto de vista ambiental econsiderando o novo CódigoFlorestal, a atividade agrícola dopaís não vai poder crescer nosentido horizontal com expressãoem novas áreas. Então, teremos queaumentar a produtividade, e daí aimportância da integração lavoura-pecuária-florestas, que iráproporcionar a sustentabilidade aoagronegócio brasileiro".Maurício Antônio Lopes, Diário do Comércio,27/10/2012

Boas PráticasTerceiro Prêmio AgroambientalMonsanto tem mineiros entre osganhadores. No Prêmio EspecialBoas Práticas, os pesquisadoresde Uberaba, André LuisFernandes e Patrícia Martins,venceram com a proposta paraeconomia de fertilizantes pormeio do uso de compostagem decama de frango saturada, comágua residuária de suinocultura eaditivos minerais. Na categoriaEstudante, o terceiro lugar foipara Priscila Maria de Souza, daUFMG (Universidade Federal deMinas Gerais), com o projeto defertilizante organomineral à basede colágeno reciclado (“smartfertilizer”), de liberaçãocontrolada, para imobilização defósforo pelo solo. O evento foi emSão Paulo. A condecoraçãoestimula e reconhece, desde2008, projetos para umaagricultura eficaz epreservacionista.

Morango Minas Gerais continua firme naliderança da produção nacional demorangos. O Estado terá este anosua melhor safra: 82.500 toneladas.Dados da Emater apontam alta de10,2% neste ano.

As exportações do agronegócio mineiro renderam US$ 514 milhões emsetembro, valor 10,1% maior que o registrado em agosto. O farelo de sojateve cotação média 12,8% maior. As vendas somaram US$ 18,6 milhões,crescimento de 23,1%. As exportações de milho também tiveram bom desempenho. A receita foi de US$ 17,6 milhões, 74,5% mais que em agosto. O setor sucroalcooleiro retomou o crescimento, com as vendas de açúcar chegando a US$ 11 milhões e as de álcool a US$ 5,4 milhões, crescimento de 98% e 8,7% respectivamente. No acumulado do ano, a receita do agronegócio mineiro chegou a US$ 4,4 bilhões.

Coleta Até setembro, 2.457 toneladas deembalagens vazias de defensivosagrícolas foram recolhidas emMinas Gerais pelo Sistema CampoLimpo. O volume é 12% maior quea coleta realizada no mesmoperíodo de 2011. Em todo o país,28 mil toneladas de embalagens járeceberam um destinoambientalmente correto,resultado 5% maior que no anopassado.

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Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 76 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

ACONTECE

Roberto Simões e odiretor da SNA,Antonio Freitas

O presidente do SISTEMAFAEMG, Roberto Simões, recebeuo prêmio Destaque A Lavoura2011/12 pela SNA (SociedadeNacional de Agricultura),presidida por Antonio MelloAlvarenga Neto. A cerimônia, noRio, destaca profissionais,entidades e empresas quecontribuem para o

desenvolvimento doagronegócio brasileiro.Em Juiz de Fora, o presidenteRoberto Simões foihomenageado com a placa “emreconhecimento às relevantescontribuições para odesenvolvimento doagronegócio do leite”, pelaEmbrapa Gado de Leite.

Homenagens

Origem Minas O SISTEMA FAEMG participou daSuperminas Food Show 2012 (26ªConvenção e FeiraSupermercadista e daPanificação), com o estande doOrigem Minas, em parceria com oSebrae-MG. Além de divulgar oprojeto, as entidades buscaramoportunidades de negócios e depromover as relações comcompradores nacionais eestrangeiros para os produtoresque participam do Origem Minas.Foram 197 encontros com clientesem potencial e perspectiva de R$ 5,7 milhões em contratos paraos próximos doze meses.

DAP

Fecafé A FAEMG apresentou suaavaliação e sugestões dealteração à minuta do decretoque regulamentará o Fecafé(Fundo Estadual de Café),preparada pela Seapa. Ascontribuições da FAEMG serãoreunidas às de outras quatroinstituições consultadas pelaSecretaria para a redação dotexto final. O documento seráencaminhado à assessoriatécnica do Legislativo parasanção do governador. O Fundofoi criado em julho e serágerido por 15 entidades, entreelas a FAEMG.

Cartão do Produtor Minas Gerais será o terceiroEstado a ter CNACard, o Cartão doProdutor Rural. O produtorpoderá economizar tempo ereduzir deslocamentos para fazerconsultas e emitir documentos,como a GTA (Guia de TrânsitoAnimal), a PTV (Permissão deTrânsito Vegetal) e o CFO(Certificado Fitossanitário deOrigem), de acordo com oconvênio entre o IMA e a FAEMG.O lançamento será feito durantea Assembleia Geral da FAEMG,em 27 de novembro, no Parque daGameleira, em BH.

Valor agregadoComeça este mês o processo decriação da marca para osprodutos originários da região doJaíba. Os primeiros a sebeneficiarem com o selo serão asfrutas. O superintendente doINAES (Instituto Antonio Ernestode Salvo, da FAEMG), PierreVilela, explica que a fruticultura,principalmente manga, banana elimão, já passa por um processode melhoria da qualidade paraexportação. A perspectiva é que amarca agregue valor aosprodutos, pela identificação daorigem e divulgação dosdiferenciais da produçãoregional.Para aprimorar o projeto, PierreVilela foi à Itália conhecer modelossimilares, integrando uma missãotécnica do BID, Fiemg, Sebrae-MG egoverno mineiro. O grupopriorizou dois casos:❚ identificação geográfica deorigem - o produto é diferenciadopelas características da região;exemplos Champagne, na França,e Parma, na Itália; ❚ identificação de procedência - odiferencial é a região por suascaracterísticas culturais ehistóricas, como a região deSüdtirol, no norte da Itália.

O Conselho Monetário Nacional,por meio das Resoluções nº 4.107e nº 4.116, publicou modificaçõesnas regras da DAP (Declaração deAptidão ao Pronaf). Alteraçõesque impactam diretamente osagricultores familiares: Modeloda DAP; Limite de

Enquadramento; Origem daRenda; Desconto na Renda forado Estabelecimento e Processode Cancelamento da DAP. Aíntegra das Resoluções estápublicada no site da FAEMG –Plantão Jurídico – Modificaçõesnas Regras da DAP.

A última turma de 2012 do Programa de Formação de Novas Lideranças da FAEMG seformou em Passos, com 28 alunos.

Foto Moreira

O diretor da FAEMG, JoãoRoberto Puliti, e osuperintendente do SENARMINAS, Antônio do CarmoNeves, foram agraciados com amedalha Mérito Cafeeiro, daFundação Procafé, no 38ºCongresso Brasileiro dePesquisas Cafeeiras, emCaxambu. João Roberto Puliti

também foi homenageado pelosserviços prestados ao municípioe à cafeicultura, no 3º SeminárioRegional de Café, em Capelinha,promovido pela AssociaçãoComercial, Industrial eAgropecuária de Capelinha,Sebrae-MG, Secretaria Municipalde Agricultura e Sindicato dosProdutores Rurais.

Murilo Horta (SPR Capelinha), prefeito Pedro Vieira e João Roberto Puliti (FAEMG) no 3° Seminário de Café

Hélio Souza

ASROM Lideranças, produtores e políticosparticiparam da reunião da Asrom(Associação dos Sindicatos Ruralistasdo Oeste Mineiro), presidida por JoséÉder Leite, em Formiga. Questõesabordadas: crise do leite, CódigoFlorestal, insegurança rural, direitosautorais e políticas municipais. O diretor Marcos de Abreu e Silvadestacou que a FAEMG está atenta àadequação da legislação ambientalestadual ao novo Código; mantémcontato constante com os governosestadual e federal, demandando açõeseficazes para combater a violência nocampo e cobrando a contenção dasimportações de lácteos. O prefeito eleito em Formiga, MoacirRibeiro (PMDB), reafirmou ocompromisso com a agropecuária edisse que, a partir de janeiro, irápromover ações para valorizar a classerural. Também participaram do eventoos presidentes dos Sindicatos deAbaeté, Bambuí, Brumadinho,Claúdio, Divinópolis, Formiga, Lagoada Prata, Moema, Nova Serrana, Pains,Pará de Minas, Paraopeba, Perdões,Pitangui, Santo Antônio do Monte, SãoGonçalo do Pará e São Roque; o vice-prefeito eleito em Formiga, EduardoBrás (PSDB), e o deputado federalDomingos Sávio (PSDB).O encontro teve o apoio do Sindicatode Formiga, presidido por Ivanir Júlioda Silveira, que enfatizou a alegria dereceber os líderes rurais do OesteMineiro.

Novas Lideranças

ECAD A FAEMG e a Asrom manifestaram aosrepresentantes do Ecad (EscritórioCentral de Arrecadação e Distribuição)a insatisfação dos presidentes desindicatos com os elevados valoresdas cobranças de direitos autorais noseventos agropecuários. Os valoresexigidos são tão altos que já estãoinviabilizando as promoções. AFAEMG fará uma representação aoEcad mostrando a gravidade dasituação.

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Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 98 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

SINDICATOSAGENDA17/11 – MUSEU DO CAVALOMANGALARGA MACHADOR Inauguração às 10:30, na Casa Bela daCruz, em Cruzília. Fotos, objetos,mobiliário, documentos, faixas etroféus.

19 a 23/11 – CURSO DEINSEMINAÇÃO ARTIFICIAL em Igarapé. A Fundação de Pesquisaem Medicina Veterinária e Zootecniada UFMG, em parceria com a C.R.I.Genética, capacita e aperfeiçoaprofissionais, estudantes eprodutores rurais. (31) 3024-7510 /[email protected]

24/11 – LEILÃO DE GADOàs 17:00, no Recinto de Leilões, emMonte Santo de Minas. Promoção doSindicato Rural: (35) 9827-0475 / 8863-2064

30/11 – DIAGNÓSTICO DA ZONARURAL DE BARBACENALançamento às 19:00, na sede doSindicato. Parceria com a SecretariaMunicipal de Agricultura, Pecuária eAbastecimento.

1º/12 – 83º LEILÃO MISTO DEBOVINOS DE QUALIDADEàs 17:00, no Parque de Exposição, BR267, Conceição do Rio Verde. Gado decorte e de leite. 90 lotes de vacas,novilhas, bezerras holandesas,girolandas e nelores; garrotesmestiços e nelores. Promoção doSindicato Rural: (35) 3335-1066

7/12 – 8ª ETAPA LEILÃO E FEIRA"DAS FÉRIAS"às 18:00, no Tattersall José RibeiroSobrinho, em João Pinheiro. Ofertade machos e fêmeas para cria, recria eengorda. Promoção do Sindicato. (38) 3561-1238 / 8823-0853

13/12 – NATAL SOLIDÁRIO às 13:30, na Escola Municipal VicenteAlves Trindade (ComunidadeRural de Santa Rosa). Paracomemorar o Natal com as criançasdas comunidades rurais, o Sindicatode Uberaba organiza brincadeiras,oferece lanche e distribui presentes.

14/12 – 9ª ETAPA FEIRA E LEILÃO"FIM DE ANO"às 18:00, no Tattersall do Sindicato deJoão Pinheiro, em Brasilândia deMinas. Outra promoção do Sindicato.(38) 3561-1238 / 8823-0853

A força do campoDeu certo a campanha da FAEMGpara que os produtores mineiros se envolvessem mais na política.Este ano, presidentes, diretores efuncionários de Sindicatosparticiparam diretamente daseleições. Muitos ganharam e aclasse rural fez valer a sua união.Também líderes com históricavinculação ao campo tiveram êxito.Um deles é o deputado Paulo Piau(PMDB) eleito prefeito em Uberaba.Veja o que alguns dos eleitospretendem fazer pela agropecuária:

Bueno BrandãoDanilo Amâncio Costa Produtor de café, batata e gadoPresidente do Sindicato Prefeito

“Sou vinculado à agricul-tura desde que nasci. NaPrefeitura, quero reativara Secretaria Municipal deAgricultura e fortalecer aparceria com a Emater-MG para oferecer apoiotécnico aos produtores;

implantar um projeto para a construção depontos de contenção de água para as la-vouras do município e incentivar a criaçãode horta comunitária.”

BaependiFrancisco Eugênio RibeiroProdutor de café Presidente do Sindicato Vereador

“Vou trabalhar para o de-senvolvimento rural e apreservação do meio am-biente. O prefeito eleito éprodutor rural, associadodo Sindicato, e vamostrabalhar juntos. Quere-mos aprimorar o Projeto

+ Leite e implantar um mercado munici-pal para incentivar a produção hortifruti-granjeira. Outra meta será conseguir que100% da merenda escolar seja compradade produtores da região.”

MuriaéManoel Teodoro de Carvalho Filho Produtor ruralPresidente do Sindicato Vereador

“Trabalharei pela diversi-ficação das atividades ru-rais, pela melhoria daqualidade e manutençãodas estradas. Vou apoiaro sindicalismo, o asso-ciativismo e o cooperati-vismo para fortalecer e

unir a classe. É através dessas entidadesque os produtores conseguem melhorescondições para a compra de insumos e co-mercialização dos seus produtos.”

FrutalMauri José AlvesProdutor de gado de corte e grãosPresidente do SindicatoPrefeito

“O nosso Sindicato ajudoua criar a Secretaria Muni-cipal de Agricultura e oProjeto de Segurança Ru-ral. Na Prefeitura, queroincentivar a criação de as-sociações e a diversifica-ção de atividades, com eu-

calipto, leite e seringueira. Desejo tambémimplementar o Projeto de Segurança Rural emelhorar as estradas rurais, para facilitar oacesso e o escoamento da produção.”

Carmo da MataRaimundo Horácio da Silva Produtor de cana, gado de corte e leitePresidente do SindicatoVereador

“Precisamos de mais se-gurança, melhores estra-das e oportunidades paraproduzir e comercializar.Com o apoio do prefeitoeleito, queremos buscaralternativas para o setor,como reativar o convênio

entre Prefeitura e Sindicato dos ProdutoresRurais para promoção de exposições e com-pra de um trator para uso dos produtores.”

TirosIvam Pereira NunesProdutor de leitePresidente do SindicatoVereador

“Pretendo criar projeto delei para instituir no muni-cípio o Dia do Produtor, em7 de julho. Também vou lu-tar junto aos órgãos muni-cipais e estaduais pela me-lhoria das estradas vici-nais, com novos mata-bur-

ros, pontes e cascalhamento. Desejo implan-tar a patrulha rural, em parceria com muni-cípios vizinhos e as Polícias Civil e Militar.”

TocantinsJosé Pinto Maciel – Produtor de aves e gadoPresidente do SindicatoVereador

“Minha proposta é criar a Secretaria Municipal de Agricultura, para viabi-lizar projetos para a zona rural do município, e exercer com excelência afunção de vereador, que é fiscalizar tudo o que é feito no município.”

Curvelo

27/09 – AdrianoSoares Cotta, 74anos, presidentedo Sindicato dosProdutores Ruraisde Dom Silvério,

morreu de câncer em hospitalde Ponte Nova. O produtorrural deixou a viúva Perpétua eos filhos Luzirene, Adriana,Luciana, Adriano Júnior eLucas. A presidência doSindicato foi assumida pelovice-presidente, Jurandir Félix.

Falecimento

Arqu

ivo

Sind

icat

o

Nova PonteWeber Bernardes de AndradeProdutor de gado de cortePresidente do SindicatoVice-prefeito

“A minha proposta é de-fender os produtores mi-neiros. Quero beneficiara classe com o que o ser-viço público pode ofere-cer, como aumentar a se-gurança do meio rural.Vou continuar acompa-

nhando o projeto, feito a pedido do Sindi-cato, que está sendo implementado pelaPrefeitura e pelas Polícias Militar e Civil.Serão instaladas câmeras nas proprieda-des rurais para monitoramento.”

UberabaPaulo PiauProdutor ruralDeputado federal (PMDB-MG)Prefeito

O seu plano para a árearural contém 30 itens,dentre eles: manutençãodas estradas rurais; im-plantação de Unidade In-tegrada de Segurança Pú-blica; bolsa e transporteao pequeno produtor pa-

ra cursos técnicos; reativação dos convê-nios com o SENAR MINAS, a Emater e oIMA para a assistência técnica e extensãorural às mulheres do campo, e a implanta-ção de polo genético pecuário.

Arquivo Sindicato

Arquivo Sindicato

O Sindicato de Curvelo terá nova se-de em maio de 2013. Com 318 m², oprojeto prevê hall de entrada, salade espera, recepção, banheiros, co-pa e salas para informática, cursosdo SENAR, projetos de financiamen-to, contabilidade, apoio, secretaria,reunião da diretoria e presidência.Nas novas instalações, o produtorpassará a ser atendido com maisconforto e rapidez, segundo o presi-dente do Sindicato, Ângelo de Souza.

GuiricemaDez produtores já foram beneficia-dos pelo Programa Minha Casa Mi-nha Vida. Mais 110 deverão recebermoradias em suas propriedades,sendo que 52 ficarão prontas até de-zembro. O presidente do Sindicatode Guiricema, José Davi Ervilha, dizque a iniciativa, em parceria com aCaixa Econômica Federal e Convi-vência Engenharia, vai melhorar aqualidade de vida dos produtores eevitar o êxodo rural. Os interessadosdevem entrar em contato com o Sin-dicato pelo telefone (32)3553-1255.

O Sindicato de Janaúba inaugurou seuCentro Comercial e Empresarial. Aconstrução de 2.570 m², no Parque deExposição, tem dois andares, 37 lojase salas para alugar, hall de entrada,lanchonete, estacionamento e eleva-dor. O presidente do Sindicato, JoséAparecido Santos, disse que o em-preendimento irá contribuir para odesenvolvimento de toda a região epara a independência do Sindicato. “Éum sonho que com planejamento eatitude se transformou em realidade.”

Janaúba

Projeto do arquiteto Carlos Murilo Fonseca

O novo empreendimento do Sindicato

A superintende da Caixa, em Juiz de Fora,Amada Magalhães, e o presidente doSindicato José Davi Ervilha

Arquivo Sindicato

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Bruno Lucchi, coordenadordo Projeto Campo Futuro eassessor da Comissão dePecuária de Leite da CNA

A avaliação do custo deprodução do leite –contabilizando gastos comdepreciação, custo da terra,equipamentos e outros –mostra que a margem liquidada atividade tem sidonegativa. Em média, oprodutor mineiro tem 51% dareceita comprometida comalimentação do rebanho e 17%com mão de obra.

Rafael Ribeiro Filho,analista de mercado da SCOTTConsultoria

As perspectivas são positivas.Os preços estão subindo emfunção dos baixos estoques eespera-se redução dos custosde produção, com o início daschuvas melhorando aspastagens. A crise tambémterá bons reflexos no médio elongo prazos, pois adesmotivação poderá reduzira oferta de leite.

Walter Ribeiro, especialistatécnico do Programa BaldeCheio, da FAEMG

É preciso identificar etrabalhar pontos no processoprodutivo que possamampliar a competitividade daprodução mineira. Há um errode conceito que identificacusto de produção comodespesa. Nem sempre o cortenos insumos representaredução no custo operacional,que é a despesa total divididapelo leite produzido.

Jose Alberto BastosPortugal, pesquisador daEmbrapa Gado de Leite

É essencial organizar efortalecer as estruturasgeradoras de conhecimento eformação de recursoshumanos. A falta deinvestimentos em tecnologiae assistência técnica sãobarreiras no desenvolvimentodo setor.

Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 1110 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

Workshop do LeiteA crise do leite e as soluções para o

setor a médio e longo prazos pauta-ram as discussões do Workshop daCadeia Produtiva do Leite, realizadopela FAEMG dentro da série de encon-tros Fórum da Agropecuária Mineira:Realidade e Rumos. O evento reuniua cadeia em um momento marcadopor altos custos de produção, grandevolume de importações e queda de

preços para o produtor. O cenário foiconsiderado, pelos participantes, im-portante para uma análise dos cami-nhos seguidos, seus impactos e os de-safios a serem enfrentados.

Pela manhã, o público acompa-nhou as apresentações de nove es-pecialistas, com temas como a ques-tão fiscal, logística, cooperativismoe políticas públicas para o setor. À

tarde, o espaço foi aberto ao debate.“O Workshop cumpriu bem seu ob-jetivo de reunir produtores e indús-tria para discutirem a cadeia em to-das as suas variáveis, colhendo pro-postas e debatendo linhas de impul-são para a atividade”, avaliou o dire-tor da FAEMG e presidente das Co-missões Técnicas de Leite da Federa-ção e da CNA, Rodrigo Alvim.

Produtores, representantes da indústria e especialistas discutiram a realidade e os rumos da cadeia leiteira

Fotos: Evandro Fiuza

Conclusões8 São necessárias políticas

públicas que defendam acompetitividade da produção nomercado doméstico, com aregulamentação dasimportações, a isenção doPIS/COFINS das rações esuplementos minerais e asubvenção do frete do milho ecaroço de algodão paraminimizar os efeitos da crise;

8 A capacitação e aperfeiçoamentoda mão de obra e a ampliação deassistência técnica continuadasão fundamentais para

minimizar os custos deprodução, uma vez que não temsido possível melhorar o preço doproduto;

8 Investimentos em tecnologia,pesquisa e transferência deconhecimentos trariam maisqualidade, segurança ecompetitividade ao setor;

8 A produção dos queijosartesanais requer umaregulamentação mais adequada;

8 A criação de um Conseleite emMinas traria avanço em termosde participação e transparência.

Luiz Ronilson AraujoPaiva, coordenador deFormação Profissional doSENAR MINAS

O mercado pede profissionaismais capacitados. No meiorural, a qualificação tornou-sediferencial. O SENAR MINASpromove cursos para atendera diferentes estágios deprodução na bovinocultura deleite, buscando elevar aqualidade, aumentar aprodutividade e aprimorar acapacidade de gerenciamentodo produtor.

Guilherme Olinto AbreuLima, presidente do Silemg

Minas precisa parar deexportar apenas produtosprimários. A indústriamineira está apta a processartodo o leite produzido noEstado. Mas é preciso buscar omercado e a competitividadedos produtos por meio defatores como a cargatributária.

Jorge Brandão Simões,presidente da Associação deProdutores Artesanais deQueijo do Serro

A normatização para osqueijos artesanais precisa serestruturada a partir de ummapeamento dasespecificidades de cadaregião. A legislação deve sermais adequada à realidade eàs demandas característicasde cada produto artesanal porlocal.

Marco Túlio Borgatti,gerente técnico do SistemaOcemg

A participação dascooperativas na captação deleite vem diminuindo devidoà perda de competitividade dosistema. Médios e grandesprodutores migram para osgrandes laticínios para nãoterem que arcar com o altocusto de captação do pequenoprodutor.

Rodrigo Alvim, diretor da FAEMG epresidente das Comissões Técnicas deLeite da Federação e da CNA

A partir da análise do mercado e dosprincipais problemas vividos pela cadeiado leite, os custos de produção, aqualidade e a produtividade são algunsdos pontos que precisam ser trabalhadospara que o setor ganhe competitividade.Mas, o objetivo principal e imediato deveser a redução das importações deprodutos lácteos.

Estas e outras demandas farão parte do documento que será entregue pela FAEMG aos governos estadual e federal.

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Integrante da comitiva mineiraque participou da reunião na SDA, opresidente da Aprocan (Associaçãode Produtores de Queijo Minas Arte-sanal da Serra da Canastra), JoãoCarlos Leite, fala sobre as decisõesdo Ministério.

Qual a importância das decisõestomadas pelo Mapa?

O principal entrave para a comer-cialização interestadual do queijoartesanal mineiro é a falta de umalegislação federal que regulamentea produção e comercialização. Como Plano Nacional dos Queijos Arte-sanais (ou Marco Regulatório) issoacabará.

Esta não é a função da InstruçãoNormativa nº57 e da legislaçãoque a ampara?

Deveria ser, mas não é. A legisla-ção vigente é de 1952 e foi criada pa-ra regulamentar a produção agrope-cuária industrial. Quem diz isso é osecretário de Defesa Agropecuária,Enio Marques. Ele defende a neces-sidade de um marco regulatório daprodução agroartesanal.

A IN 57 é um reflexo dessa carên-cia. Vários aspectos dela inviabili-zam a saída do queijo mineiro paraoutros estados. Até quando pareceflexibilizar, inviabiliza. Ao permitira comercialização de queijos commaturação inferior a 60 dias, a nor-ma condiciona o período ideal à ava-

liação de um comitê técnico-cientí-fico, mas não estabelece um prazode instalação para ele. Outro proble-ma que ela criou é a exigência deque os pequenos produtores certifi-quem suas propriedades como li-vres de brucelose e tuberculose. Seos grandes não conseguem fazer is-so – menos de 10 propriedades sãocertificadas em Minas Gerais – co-mo é que os pequenos vão fazer? Éimpossível! Não temos condiçõestécnicas nem financeiras para isso.Além do mais, a certificação pressu-põe adesão voluntária, não pode serimposta assim. Esses são apenasdois exemplos da “maldade” da le-gislação atual.

A elaboração de uma regulamen-tação como essa leva tempo. En-quanto não fica pronta, o que se-rá feito?

No caso de Minas Gerais a solu-ção virá até o final do ano. Em 19 de

novembro, data da próxima reuniãona SDA, Minas Gerais apresentaráum documento com o passo a passoda produção artesanal, de acordocom a Lei estadual 14.185. De possedo documento, o Mapa irá validar osprocedimentos em Minas, reconhe-cendo a equivalência. Assim que elafor publicada, aqueles que já têm ca-dastro no IMA poderão solicitar, ca-so queiram, a inspeção estadual e,estando tudo em conformidade, es-tarão liberados para comercializar aprodução nacionalmente.

É difícil obter o SIE (Selo de Ins-peção Estadual)?

Não existe nada fácil. Mas, não éimpossível que o pequeno produtorde queijo artesanal consiga, casorealmente queira a liberação. Pri-meiro, o produtor deve submeter-sea um treinamento. Depois, ele passapelo curso de boas práticas. Nesseínterim, ele já pode realizar os exa-mes de brucelose e tuberculose dorebanho para agilizar. Claro que tu-do isso demanda recursos financei-ros para adequação das instalaçõese demais ações, mas o produtor po-de recorrer a vários tipos de finan-ciamentos, como Pronaf e Pronamp,que têm os juros mais baixos domercado.

O retorno do investimento é viá-vel?

Com a possibilidade de atingir le-galmente mercados com maior po-der aquisitivo fora de Minas Gerais,pois o queijo artesanal tem o apelosócio-cultural-gastronômico, a pos-sibilidade de retorno é altíssima.

Cenário Minas Gerais tem 30.185 produto-

res de queijos artesanais – a maioriapequenos proprietários, mas apenas185 cumprem as exigências sanitá-rias e podem comercializar os pro-dutos em outros Estados. Mas desdeque sejam filiados a um enterpostoregistrado no Ministério. Há aindapouco mais de 200 queijarias certi-ficadas pelo IMA, que podem venderqueijos em todo o Estado. Mais de

95% dos produtores estão confina-dos às vendas municipais.

São cinco as principais regiõesprodutoras do queijo minas: Serrado Salitre (Alto Paranaíba ou Cerra-do), Araxá, Campo das Vertentes,Serro e Canastra. As duas últimastêm selo de Identificação Geográfi-ca. Apesar de não serem encontra-dos facilmente, os queijos minas es-tão nas listas de patrimônios do Es-

tado e da Nação. O Iepha (InstitutoEstadual do Patrimônio Histórico eArtístico de Minas Gerais) registrouo modo de se fazer o queijo na Re-gião do Serro como Patrimônio Cul-tural Imaterial de Minas Gerais. Amesma região foi declarada patri-mônio nacional pelo Iphan (Institu-to do Patrimônio Histórico e Artísti-co Nacional), juntamente com asSerras da Canastra e do Salitre.

Resultadosimediatos

Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 13

Queijo minas artesanalA venda do queijo minas em todo

o país é uma luta antiga dos produ-tores. Mas, para que isso seja possí-vel, é necessário alterar a legislaçãoque impôs condições inatingíveisde produção e comercialização.Após reivindicações de produtores eentidades, endossadas por técnicos,a SDA (Secretaria de Defesa Agrope-cuária), do Mapa, propôs analisar arevogação ou reedição da InstruçãoNormativa nº 57 (IN 57/2011). O ór-gão apresentou também um crono-grama com ações que garantem oacesso do produto ao mercado na-cional no curto, médio e longo pra-zos, para ser executado enquanto asmudanças na norma são elaboradas.

Uma das definições foi permitir aadesão dos Estados com tradição naprodução de queijos artesanais aoSisbi/Suasa (Sistema Brasileiro deInspeção de Produtos de OrigemAnimal). Isso significa que o Minis-tério irá reconhecer a equivalênciados sistemas de inspeção estaduaiscom o aparato federal.

A decisão é um bom indicativo deque os produtores mineiros já cadas-trados no IMA poderão iniciar a co-mercialização em todo o territóriobrasileiro no curto prazo. Isso por-que, comparado aos outros Estados,Minas Gerais é o que tem um siste-ma de inspeção em estágio maisavançado e com legislação específicasobre o produto: a Lei 14.185/2002.Outro diferencial é já ter reconheci-da a equivalência dos sistemas deinspeção da carne e do leite.

A proposta de adesão dos Estadosao Sisbi/Suasa foi levada a Brasíliapelo diretor geral do IMA, Altino Ro-drigues Neto. Ele explica que, paraser reconhecido, cada Estado deveráapresentar um relatório técnico des-crevendo o processo produtivo doqueijo artesanal de acordo com a re-gulamentação estadual na próximareunião da SDA, marcada para 19 denovembro.

O documento mineiro será feitopelo IMA em conjunto com os pro-dutores: “Vamos reunir represen-

tantes das cinco principais regiõesprodutoras para montar nossa pro-posta. Quero que todos estejam noMinistério para entregá-la”.

O reconhecimento da equivalên-cia é só uma parte do processo. Opróximo passo será registrar queija-rias e entrepostos no Ministério:“Todas as queijarias certificadas se-rão revisadas para adequação ao sis-tema. Os técnicos do IMA já estão vi-sitando as propriedades e orientan-do os produtores sobre como prepa-rá-las. Algumas adequações podemser exigidas, mas acredito que serápouca coisa. Quero fazer os primei-ros registros nacionais do Estadoainda este ano.”

No médio e longo prazo, para via-bilizar a produção e comercializaçãodos queijos ainda sem certificaçãoou produzidos em Estados que nãoestão preparados para aderir ao Sis-bi/Suasa, será criado o Marco Regu-latório dos Queijos Artesanais, ela-borado por cinco grupos técnicos,assim distribuídos:

1º GrupoEstudos Científicos - irá avaliaro período de maturação ououtros critérios que garantam aqualidade dos queijos;2º GrupoBoas Práticas de Produção eFabricação – produtores terãoos programas de capacitação doSENAR para a produção de leitecom qualidade;3º GrupoBrucelose e Tuberculose –orientará alteração no atualprograma;4º Grupo Indicação Geográfica e MarcaColetiva – estimulará a adesãodos produtores;5º GrupoMonitoramentoMicrobiológico – definiráanálise e tempo demonitoramento para certificara qualidade do produto.

12 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

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Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 15

Em dezembro, quando recebe-rem o certificado de conclusão docurso do Centro Educacional Limas-sis, mantido pela Fundação Roge emDelfim Moreira, dez jovens sentirãoorgulho e a certeza do dever cumpri-do. Durante três anos, eles cumpri-ram uma jornada diária de turno in-tegral, para se formarem técnicosem Agropecuária. Os diferenciais docurso foram o foco na Bovinoculturade Leite, realizado com carga horáriade quase 700 horas, e a parceria como SENAR MINAS, através do Progra-ma de Formação por Competências.

Cláudia Beatriz de Carvalho, vete-rinária e professora de vários módu-

los, resume o perfil profissional dosalunos: “eles saem da escola fechan-do todos os âmbitos da atividade lei-teira. Desde o manejo tradicionalpara a produção de leite a pasto ouconfinado até o gerenciamento daatividade”. Cláudia, que também éprofessora do curso de graduação deMedicina Veterinária na região, afir-ma que a diferença é gritante naqualificação profissional do alunoque está fazendo o curso na Funda-ção Roge e o aluno que faz o curso deVeterinária, que teoricamente seriadisponibilizado para o mercadocom um olhar mais técnico dentroda área. “Os alunos daqui têm umavisão mais ampla, ou seja, conse-guem entender o ‘negócio bovino-cultura de leite’ em todos os aspec-tos e têm conhecimento teórico eprático mais profundo que um alu-no de graduação”.

MetodologiaOutro diferencial, segundo ela,

é a metodologia de ensino que oSENAR disponibilizou para os do-centes. “As aulas são 100% práticas.A teoria é ensinada na prática. Quan-do vou ensinar sobre higienização

de um cocho d’água, por exemplo,mostro como dimensionar o cochodesenvolvendo a aula de higieniza-ção. O aluno entende a necessidadedo que está sendo exposto na teoriadentro da pratica, é muito mais fá-cil”, enfatiza.

FuturoIgor Santos Freitas, da cidade de

Natércia, não tem dúvidas quantoaos conhecimentos adquiridos nosúltimos três anos. Com emprego jágarantido em uma propriedade emCachoeira Paulista, ele fala com or-gulho que vai trabalhar com gado,formação de pastagem, insemina-ção e prevenção de doenças. Ques-tionado se não é muita responsabi-lidade para um jovem, ele diz, comsegurança, que tem confiança notrabalho. Juliana Mendes Carneiro eAlef José de Carvalho dizem quequerem continuar os estudos, masnão descartam entrar para o merca-do de trabalho já no próximo ano.Ambos também se sentem prepara-dos para assumir o trabalho. Igortambém quer continuar os estudos,mas só daqui a alguns anos. Primei-ro, quer “colocar a mão na massa”.

Na última visita a Delfim Mo-reira, o coordenador de Forma-ção Profissional Rural do SENARMINAS, Luiz Ronilson AraújoPaiva, fez questão de levar umdos parceiros da entidade paraconhecer de perto o trabalho de-senvolvido no Centro Educacio-nal Limassis. “É gratificanteconversar com os alunos e per-ceber como a qualificação doprograma de Formação porCompetências, que se propõe apromover a capacitação múlti-pla em uma atividade, é eficien-te”, ressalta. Segundo ele, o obje-tivo é mostrar aos parceiros a ex-celência do profissional e, sepossível, encaminhá-los para omercado de trabalho.

O gerente de Vendas e deConvênios da ABS Pecplan, Lau-do Natel Costa, se impressio-nou com o que viu. “O técnicoagrícola é uma mão de obramuito importante, mas é poucoconhecida no país. As pessoasacham que é simplesmente a

força bruta da fazenda. O mer-cado precisa de um técnico co-mo o que sai dessa instituição,bem orientado e formado paraauxiliar na administração deuma propriedade rural”, avalia.Laudo Natel conversou comalunos e professores e disse quevai agendar palestras técnicassobre inseminação no CentroEducacional e disponibilizou aCentral, que fica em Uberaba,para que eles possam visitar econhecer todo o processo da co-leta do sêmen.

O gerente educacional e dire-tor do Centro Educacional Li-massis, David José Diniz, afirmaque a aproximação com o mer-cado de trabalho é importantepara que os alunos possam tertambém uma visão comercialque muitas vezes falta dentro deuma instituição de ensino. “Éuma oportunidade para que osalunos vejam, ainda, que os con-teúdos vão ao encontro do que omercado de trabalho precisa.”

Formação de qualidadeFormandos do Centro Educacional Limassis, de Delfim Moreira: especialistas em Bovinocultura de Leite

O professor Natan Rodrigues na aula prática sobre Gestão

Porta aberta para o mercado de trabalho

Escola ModeloO Centro Educacional Limas-

sis é a concretização do sonhodos empresários Getúlio Rai-mundo de Assis e Carlos RogérioCampos Lima, que criaram aFundação Roge e são os mante-nedores da escola, que completadez anos em 2012. Atualmente,127 alunos de 20 municípios fre-qüentam gratuitamente o EnsinoFundamental e Médio. O Centromantém três cursos técnicos:Agropecuária, Controle Ambien-tal e Hospedagem.

Toda semana, Getúlio de Assissai de Jarinu (SP), onde mantém asede da Distribuidora Roge, e vai àDelfim Moreira, sua cidade natal.“Minha função é orientar os ges-tores no planejamento e orça-mento. O sonho está sendo reali-zado, ver os meninos formados,sendo encaminhados para o mer-cado de trabalho. Tenho uma fun-cionária que formou aqui e hoje égerente na minha propriedade ru-ral”, conta. Segundo ele, o merca-do já reconhece que o técnico for-mado na Roge é um profissionaldiferenciado. “Muitos produtoresnos procuraram no ano passadoatrás de um profissional qualifica-do e não conseguimos atender to-dos”, observa. Ele ressalta tambémque o Centro Limassis não sepreocupa apenas com o lado téc-nico do aluno, mas também como aspecto da cidadania, como po-de ser comprovado nas inúmerasatividades que ocorrem na escolapara enfatizar essa proposta.

14 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

Laudo Natel Costa, da ABS Pecplan, conversa com os alunos; sentado na primeirafila, o coordenador de FPR, Luiz Ronilson Paiva

Getúlio de Assis, um dos mantenedoresdo Centro Limassis

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Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 1716 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

Criar habilidades gerenciais paratransformar o produtor de leite emum empresário rural. Este é o objeti-vo do programa Gestão com Qualida-de em Campo (GQC), desenvolvidopelo SENAR MINAS. Por meio da par-ceria com a Itambé, com a Coopera-tiva Regional de Produtores Ruraisde Leite de Sete Lagoas (Coopersete)e com o Sindicato dos ProdutoresRurais, vinte participantes de SeteLagoas, Cordisburgo, Paraopeba,Curvelo e Esmeraldas terão a oportu-nidade de aprender ao longo dospróximos quatro meses como de-senvolver em suas propriedades umsistema de gestão. “Nossa intenção é

fazer com que o produtor deixe de‘tocar’ a propriedade e passe a admi-nistrá-la”, diz o instrutor BernardoFarias de Barros.

E é exatamente isso o que esperao casal Maria Bárbara e Marco Auré-lio Machado, proprietários da Fazen-da Curupio, em Curvelo. Atualmen-te, a propriedade de 151 hectares con-ta com 16 vacas em lactação que pro-duzem 104 litros de leite/dia. “Che-gamos à conclusão de que estamosprecisando de ajuda externa paraavançar e foi isso o que nos motivoua participar do programa”, explicaMarco Aurélio.

Segundo Jadir Rabelo, presidente

do Sindicato Rural de Sete Lagoas, arepercussão por parte da turma queconcluiu o GQC no ano passado foimuito boa e motivou outros produ-tores a participarem. “Este curso,quando feito por meio da iniciativaprivada, tem um custo muito alto eaqui, com o apoio do SENAR e daItambé, ele é oferecido gratuitamen-te para os nossos cooperados. Por is-so, penso que o produtor tem queagarrar esta oportunidade e valorizaro que está sendo disponibilizado aele”, defende Marcelo Candiotto,presidente da Coopersete.

Mônica Salomão, de Sete Lagoas

Participantes do Programa, com o instrutor Edson Fontes (terceiro da esquerda para a direita, sentado)

Doze instrutores SENAR MINAS edois técnicos do Sebrae-MG parti-ciparam do repasse metodológicodo Negócio Certo Rural, conduzidopelo coordenador do programa doSENAR Administração Central, Vic-tor Rodrigues Ferreira. Em 2013, oSENAR vai realizar dez Programas noEstado. Instrutores e equipe do SENAR MINAS, Sebrae-MG e SENAR Nacional, durante o repasse

metodológico

Negócio Certo Rural

O curso de Derriçadora do SENAR MINAS foi realizado em setembro naFazenda Pouso Alegre, de propriedade do presidente do Sindicato dosProdutores Rurais de Nepomuceno, Heli Tonelli.

Curso de Derriçadora

“Descobri coisas que eu não faziaideia que já tinha acontecido poraqui”. A frase de Jeferson dos SantosGomes, 17 anos, resume um dos obje-tivos do Encontro de Jovens e Mulhe-res Rurais/Cultura, realizado na co-munidade de Lajinha, em TeófiloOtoni. O objetivo do encontro é pro-mover o resgate histórico e culturalda comunidade.

O evento promovido pelo Sindica-to dos Produtores Rurais de Teófilo

Otoni, em parceria com o SENAR MI-NAS, envolveu 15 participantes emuitas pessoas da comunidade.“Conversamos com algumas pessoasde Lajinha e, através de entrevistas edo trabalho de pesquisa, colhemosinformações sobre a história da co-munidade”, explica João da Martinsda Mata Neto, instrutor do evento.

O Programa foi realizado na EscolaEstadual Liberdade. No local, o ins-trutor ensinou técnicas de teatro e

elaborou um texto contando algunsfatos históricos de Lajinha para queos alunos apresentassem para o pú-blico durante a noite.

Aproximadamente 70 pessoas es-tiveram na Escola Liberdade para as-sistir a apresentação dos alunos. Emvários momentos a plateia vibrava es-pecialmente com os “causos” do lo-cal, resgatados pelo grupo.

Diego Souza, de Governador Valadares

GQC começa em Sete Lagoas

“O GQS atendeu aos anseios nãoapenas do Sindicato de Curvelo,mas de todos os participantes.” Estaé a avaliação de Ângelo Augusto deSouza, presidente do Sindicato dosProdutores Rurais de Curvelo, so-bre o programa Gestão com Quali-dade no Sindicato, promovido peloSENAR MINAS de agosto a outubrona região de Sete Lagoas. Segundoele, o bom desempenho do instru-tor Edson Ferreira Fontes tambémfoi importante para o êxito dos re-sultados alcançados pela turma. “Oinstrutor foi muito claro em suasexposições, o que nos possibilitouelaborar um ótimo PGQS (Plano deGestão com Qualidade no Sindica-to)”, conta.

Única mulher do grupo na presi-dência de uma entidade, CláudiaFerreira de Figueiredo, do Sindicatode Paraopeba e Caetanópolis, dizque terminou o programa “com

ânimo renovado” e com muita von-tade de contribuir mais para a me-lhoria do trabalho oferecido pelaorganização que representa. Os es-forços, segundo ela, serão voltadospara a melhoria do atendimentoaos associados e para o aumento doquadro social.

Cinco “S”De acordo com José Dirino Ar-

ruda, presidente do Sindicato dosProdutores Rurais de MartinhoCampos, parte do conteúdo dis-cutido em sala de aula já está sen-do colocado em prática. “Duranteo GQS, nos foi apresentada a me-todologia ‘5S’ (programa que tra-balha os Sensos de Utilização, Or-denação, Limpeza, Saúde e Auto-disciplina) e já implantamos oprimeiro S”, comemora. “De ma-neira geral, estamos animados

com tudo que tivemos a oportu-nidade de aprender e com a moti-vação gerada em parte dos fun-cionários, que já apresentarammudança significativa de com-portamento”, completa.

Para o instrutor Edson Fontes, osresultados foram extremamentepositivos, “com participação dos se-te sindicatos”, diz ao se referir, alémdos já citados, aos Sindicatos dosProdutores Rurais de Corinto, Jabo-ticatubas, Pompéu e Santa Luzia.

Na avaliação do gerente regionaldo SENAR MINAS em Sete Lagoas,Robinson Paulitsch, um dos princi-pais pontos do GQS, que é trabalharcom o grupo ferramentas modernaspara a gestão profissional do sindica-to, foi cumprido, “graças à positivaresposta dos participantes desde oprimeiro encontro”.

Mônica Salomão, de Sete Lagoas

Resgate histórico Ciane AparecidaPereira é a novagerente da Re-gional de Ara-çuaí. Zootecnis-ta e com mestra-do em Zootecniapela Universida-de Federal de Vi-çosa (UFV), Cia-ne atuou comoinstrutora do SENAR no curso de Avi-cultura Básica e Embarque de Avespara Abate e como analista supervi-sora da Formação Profissional Rural.

GQS supera expectativas

Nova gerente de Araçuaí

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Outubro de 2012 | INFORMATIVO FAEMG SENAR 1918 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

Depois de fazer cinco cursos doSENAR MINAS, o produtor de leiteMaurílio de Souza Eustáquio, deSanta Rita de Caldas, viu sua pro-dução leiteira dobrar desde o iní-cio do ano. Para ele, as perspecti-vas de crescimento são aindamaiores devido ao conhecimentoadquirido nos treinamentos reali-zados no município pela Coopera-tiva Regional Agropecuária de San-ta Rita de Caldas em parceria como SENAR.

No início do ano, o produtor ga-rantia 100 litros de leite/dia. Nestemês, a produção pulou para 200 li-tros diários nas 25 vacas leiteiras,na Fazenda Cachoeirinha, na co-munidade rural de São Beneditodos Campos. O produtor partici-pou dos cursos de Bovinoculturade Leite (Vaqueiro), InseminaçãoArtificial, Ordenhadeira Mecânica,Operação e Manutenção de Trato-res Agrícolas e Qualidade do Leite.

“Este ano, foi a primeira vez que fizos cursos do SENAR e aprendi mui-ta coisa. Aqui no campo, às vezes agente aprende de uma forma quenos leva a fazer errado. O SENARaperfeiçoa o trabalho”, disse.

Ele garante que já colocou emprática muitos ensinamentos, co-mo manejo do gado, criação corre-ta dos bezerros, melhora na orde-nha, limpeza e desinfecção do lo-cal de ordenha. “Tudo ajudou amelhorar a qualidade do leite.Houve melhora também no pro-cesso de parto dos bezerros e nocrescimento desses animais e issovai resultar em vacas adultas maisresistentes e produtoras de leite demelhor qualidade”, explicou. Oti-mista, o produtor já faz planos pa-ra 2013, quando quer aumentar orebanho para 30 vacas e chegar aproduzir 600 litros de leite/dia.

Keuly Vianney, de Passos

Resultado comprovado

Maurílio Souza (quarto àesquerda na primeira fila) viuprodução de leite dobrar comcursos do SENAR

Alunos que participam do cursode Horticultura do SENAR MINAS,dentro do Pronatec, estão desenvol-vendo um projeto de recuperação daestrutura da Escola Rural da Usina,em Campo do Meio. O incentivo par-tiu do mobilizador do Sindicato dosProdutores Rurais de Boa Esperança,João Paulo Moscardini, e teve apoioda diretora da Escola Estadual PadreChico, Gislene Rocha. A intenção étransformar o lugar em um centro detreinamento. Como primeiro passo

foi feita uma ampla faxina no prédio.A próxima atividade será a recupera-ção dos sistemas hidráulico e elétri-co. Durante o curso de Horticultura,já dentro da programação das ativi-dades propostas pelo Pronatec e SE-NAR MINAS, foi realizado o preparoe a implantação de uma horta deaproximadamente 400 metros qua-drados, com diversas olerícolas, comsistema de irrigação por aspersão eviveiros para mudas.Lisa Fávaro, de Lavras

Recuperação da Escola Rural

Com o objetivo de auxiliar na res-socialização de detentos por meio daqualificação profissional, o SENARMINAS vai oferecer novos cursos napenitenciária de Ponte Nova para 36presos. Em novembro, começamduas turmas do Programa Nacionalde Acesso ao Ensino Técnico e Em-prego (Pronatec): uma de Viveirista eoutra de Olericultura. O propósito épreparar os presidiários para atuaçãoprofissional, visando à geração derenda. Esta é uma parceria com oSindicato de Produtores Rurais dePonte Nova. Ao final dos cursos, comduração de 160 horas cada, os apro-vados recebem certificados.

Hoje o Complexo Penitenciáriode Ponte Nova conta com marcena-ria, horta e fábricas de gaiolas e bo-las, entre outras. As atividades de-senvolvidas nesses espaços estimu-lam o aprendizado, atuando no cres-cimento pessoal e profissional dosdetentos. Para o diretor de Atendi-mento e Ressocialização, MagnoAntônio Magalhães Sousa, os cursosdo SENAR são determinantes paradar continuidade a esse trabalho.“Além de tirar os detentos da ociosi-dade e motivá-los, a profissionaliza-ção facilita o acesso ao mercado detrabalho e contribui para a ressocia-lização”, assinala.

O curso de Viveirista vai benefi-ciar nove mulheres e nove homens

e o de Olericultura, 18 homens. Aproposta é que os presos tambémdesenvolvam uma postura em-preendedora com consciência deseu papel social e ambiental. Comesses cursos, o SENAR vai ter ofere-cido quatro capacitações no Com-plexo Penitenciário de Ponte Novaem menos de três meses. No final deoutubro, nove mulheres aprende-ram a tirar medidas, fazer moldes econfeccionar camisas e calças femi-ninas. Em setembro, o curso de Pin-tura em Tecido ensinou presidiáriasa pintarem panos de prato, que fo-ram expostos na penitenciária.

MuriaéDoze presas da Penitenciária Dou-

tor Manoel Martins Lisboa Júnioraprenderam a fazer artesanato comdecoupage. A técnica consiste em re-vestir com gravuras de papel superfí-cies de objetos de madeira, tecido emateriais recicláveis. O curso tam-bém trabalhou medidas preventivaspara a saúde e aspectos da comercia-lização. A capacitação é fruto da par-ceria do SENAR com a Secretaria deEstado de Defesa Social e o Sindicatode Produtores Rurais de Miradouro.Nathalie Guimarães, de Viçosa

Ressocialização de presidiários

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Durante o curso de Horticultura, alunosimplantaram horta com diversos produtos

Detentas no curso de Pintura em Tecido

Custos de produção

Levantar os custos de produçãoé um recurso que possibilita ava-liar a viabilidade econômica deuma atividade. Para ajudar o pro-dutor a gerenciar essa informação,o SENAR MINAS acaba de disponi-bilizar o curso Custos de Produ-ção. O curso piloto foi realizadopara cafeicultores em Nova Resen-de durante três dias, numa realiza-ção do Sindicato dos ProdutoresRurais do município. “Nosso obje-tivo é capacitar produtores paraque eles possam obter os custosde produção, por meio de levan-tamentos e análises de dados”,disse o instrutor Fernando Ávila.“Construindo este conhecimento,o produtor começa ter visão maiscrítica da atividade, através daanálise técnica e criteriosa dosdados. Assim, ele começa a perce-ber se é eficiente no uso do ma-quinário e dos insumos, podendoidentificar e cortar os gastos des-necessários”.

Keuly Vianney, de Passos

Page 11: PG 16 FAEMG ISENAR · de leite de pequeno ... (Globo Rural out/2012) “Quem concentra renda nos ... mineiro. A receita de janeiro a setembro foi de 642,2 milhões, 11%

MUDOU-SEENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O Nº INDICADOFALECIDODESCONHECIDORECUSADOAUSENTENÃO PROCURADOOUTROS:

INFORMAÇÃO PRESTADA PELOPORTEIRO OU SINDICOREINTEGRADO AO SERVIÇO POSTALEM / / .

DATA: RUBRICA:

9912224135/2008-DR/MG SENAR MINAS

Já estão adiantados os prepara-tivos para a reunião comemorati-va dos 50 anos da OIC (Organiza-ção Internacional do Café), queserá realizada em setembro doano que vem em Belo Horizonte.Já foi apresentada aos Ministériosda Agricultura e das Relações Ex-

teriores uma proposta para a for-matação do evento, preparada pe-la FAEMG e pela Seapa. Os conta-tos têm sido frequentes entre opresidente da FAEMG, Roberto Si-mões, e o secretário de Agricultu-ra, Elmiro Nascimento, que fala aseguir sobre o evento.

Reunião da OICCAFÉ

O diretor da FAEMG, João Roberto Puliti, o presidente Roberto Simões, o secretáriode Estado de Agricultura, Elmiro Nascimento, e o diretor Breno Mesquita

Ludymila Marques

ENTREVISTA | ELMIRO NASCIMENTO

O que se pode esperar doevento em BH?

Estamos traçando metas parafazermos desse o maior dosencontros que a OIC já teve. Adata é muito importante, são 50anos de existência daOrganização. O Brasil, como

maior produtor mundial decafé, e Minas Gerais,responsável por mais da metadeda produção nacional, precisamaproveitar a oportunidade paraalavancar e divulgar nossoproduto para o mundo inteiro.

As parcerias são fundamentaispara a realização do evento.Como está essa articulação?

O governo e a FAEMG têm sidograndes parceiros. Prova dissofoi a apresentação em Londres.Com ela conseguimos trazer areunião da OIC para cá.Queremos ainda convocarcooperativas, sindicatos e todasas instituições do segmento docafé. Estaremos de mãos dadasfazendo, juntos, o maior eventoda cafeicultura do mundo, e querepresenta muito para MinasGerais, representa muito para oBrasil.

20 INFORMATIVO FAEMG SENAR| Outubro de 2012

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Complexo do JapyA Cooxupé inaugurou a segundaetapa do Complexo do Japy, emGuaxupé. A unidade tem capacidadepara receber três mil sacas por hora,preparo de 27,8 mil sacas ao dia efazer o rebeneficiamento do grão. Acomemoração começou com o 26ºFórum Abag de Desenvolvimento daCafeicultura Nacional. Com o temaCafé e Saúde, o evento teve aindapalestras dos médicos DráuzioVarella e Miguel Moretti.

CaféOs brasileiros estão bebendo maiscafé. De acordo com a Secretaria deProdução e Agroenergia do Mapa, oconsumo este ano será de 20,4milhões de sacas, 3,45% mais queem 2011. Nos dados do Ministério, ogrão também foi destaque nocomércio exterior, os embarquescorresponderam a 6,5% dasexportações totais do agronegóciobrasileiro realizadas entre janeiro esetembro deste ano.