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Edição #14 / Ano 3 INFORME DO METRÔ Linha 4 Arte nas estações Painéis artísticos enfeitam acessos de passageiros na Barra, Leblon e Ipanema Pág. 3 TATUZÃO PÁG. 5 Máquina chega ao Jardim de Alah com técnica inédita no país ITANHANGÁ PÁG. 11 Iniciativa de reaproveitamento economiza 975 mil litros de água CULTURA PÁG. 9 Consórcio Linha 4 Sul apoia Festival Arte Leblon ALIMENTAÇÃO PÁG. 10 Pratos típicos e balanceados para os funcionários Estações 100% escavadas Estação Antero de Quental Estação São Conrado Estação Jardim Oceânico Estação Nossa Senhora da Paz Katarine Almeida / Kaptimagem Katarine Almeida / Kaptimagem FVD Studio FVD Studio

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Informe Linha 4 INFORME LINHA 4 | 01

Edição #14 / Ano 3

Informe

do metrôLinha 4

Arte nas estaçõesPainéis artísticos enfeitam acessos de passageiros na

Barra, Leblon e Ipanema Pág. 3

TATUZÃO Pág. 5 Máquina chega ao Jardim de Alah com técnica inédita no país

ITANHANgá Pág. 11Iniciativa de reaproveitamento economiza 975 mil litros de água

CULTURA Pág. 9Consórcio Linha 4 Sul apoia Festival Arte Leblon

ALIMENTAÇÃO Pág. 10Pratos típicos e balanceados para os funcionários

Estações 100% escavadas

Estação Antero de Quental

Estação São Conrado

Estação Jardim Oceânico

Estação Nossa Senhora da Paz

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EXPEDIENTEEsta publicação é de responsabilidade da Concessionária Rio Barra.

Redação e edição: FSB Comunicações Diagramação: Alberto Knewitz de Lima TIRAGEM: 40.000 exemplares

CONSÓRCIO CONSTRUTOR RIO BARRAEndereço: Av. Armando Lombardi, 30 - Barra da TijucaCep: 22640-000 | Rio de Janeiro - RJTelefax: (21) 3389.2100Responsável pela obra entre Barra da Tijuca e Gávea

CONSÓRCIO CONSTRUTOR LINHA 4 SULEndereço: Avenida Epitácio Pessoa, s/n - Jardim de AlahCep: 22410-090| Rio de Janeiro - RJTelefax: (21) 2134.3700 Responsável pela obra entre Ipanema e Gávea

A Linha 4 do Metrô é uma obra do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que vai ligar a Bar-ra da Tijuca a Ipanema e trans-

portar mais de 300 mil pessoas por dia, além de retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) com 16km de extensão.

A ligação entre Ipanema e a Barra es-tará à disposição da população em ju-lho de 2016, com a operação comer-cial nos mesmos horários das demais linhas do metrô. Com a Linha 4, o pas-sageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa, deslocando-se da Barra até a Pavuna. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos.

Sobre o empreendedorA Concessionária Rio Barra é

responsável pela implantação

de toda a Linha 4 do Metrô do

Rio e contratou dois consórcios

construtores: o Rio Barra, que

constrói o trecho entre o Jardim

Oceânico, na Barra da Tijuca, e

a Gávea, incluindo a estação; e

o Linha 4 Sul, responsável pela

obra entre Ipanema e Gávea.Trajeto da Linha 4

Barra—nossa Senhora da Paz: 13min15seg

nossa Senhora da Paz—Carioca: 18min

Gávea—Barra: 9min50seg

Antero de Quental—Barra: 9min31seg

Tempo de viagem entre as estaçõesJardim de Alah—Barra: 11min11seg

General osório—Barra: 15min31seg

Antero de Quental—Carioca: 24min

Barra—Uruguai: 50min58seg

Gávea—Leblon: 3min, 01seg

Barra—Pavuna: 1h20min, com transbordo

Jardim oceânico—Carioca: 34min

São Conrado—Carioca: 27min

16KMDE EXTENSÃO

Estações: acessos de passageiros terão painéis artísticos

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Barra — Ipanema em 13 minutos

Linha 4 do Metrô vai transportar mais de 300 mil passageiros por dia a partir de 2016

O trabalho com esmero e a experiência na finalização de grandes obras capacitaram o pedreiro de acabamentos Irau-do Pereira Cajado para um de-

safio especial: montar as 3.059 peças de azulejo em um dos acessos de passageiros da futura Estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Como em um enorme quebra-cabeças, Irau-do e outros seis colaboradores preci-saram ter atenção e paciência. Foram cinco dias observando os catálogos numerados para posicionar e assen-tar os azulejos na parede. O painel, de 32 metros de comprimento por 3,80 metros de altura, conta como as his-tórias de Ipanema e da Igreja Nossa Senhora da Paz se misturam.

As peças estavam separadas em caixas, por módulos. Com a nume-ração em mãos, Rogério da Silva, de 38 anos, separava os azulejos e os entregava aos colegas nos andaimes.

“Fizemos por etapas, para nin-guém se perder ou se enrolar com tantas peças”, diz ele. Maranhen-se, Iraudo veio para o Rio em bus-ca de uma vida melhor e estava orgulhoso do trabalho, finalizado em maio.

“O início da montagem do painel foi mais complicado, para a gente en-tender o catálogo e pegar o ritmo”, explica o colaborador. O rejunte branco foi pigmentado, para deixá--lo com as cores exatas dos detalhes da pintura.

O painel foi criado pelo arquiteto Luiz Neves, professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que há 24 anos restaurou a Igreja Nossa Senho-ra da Paz. A ideia para o desenho, aliás, surgiu de um bate papo com o padre Manoel, pároco da Igreja Nos-sa Senhora da Paz, que deu detalhes históricos e relacionou curiosidades retratadas nos azulejos.

Homenagem à paz

Ao lado do painel, há uma escul-tura de ferro recortado com a pomba da paz. A peça – de 2,5m de altu-ra – foi feita pelo arquiteto Urbano Iglesias e já está fixada na parede do túnel que leva às bilheterias, no acesso pela esquina das ruas Joana Angélica e Visconde de Pirajá. Com oito elementos em chapa de aço e pontos de apoio no fundo de cerâ-

mica, a impressão é de que ela se destaca da parede.

“É uma alegoria em homenagem à paz. Por isso, usei seu melhor sím-bolo e mais universal, com a palavra em latim. Qualquer usuário do metrô poderá reconhecer”, comenta ele.

O arquiteto, responsável tam-bém pelos painéis de azulejos pin-tados nas estações General Osório, Cantagalo e Maracanã, ainda assi-na duas outras obras nas estações da Linha 4. Na Estação multimodal Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, um painel de azulejos ilustrado com animais silvestres da região rece-berá os passageiros que chegarem pela avenida Armando Lombardi, esquina com rua Fernando de Ma-tos. Entre os animais em destaque, estão jacaré-do-papo-amarelo, bi-guá e gato do mato.

Já na Estação Antero de Quental, no Leblon, uma cena bem carioca: um sur-fista no mar, pegando onda. O painel de azulejos - previsto para ser instalado até o fim do ano - vai colorir uma pare-de de 10 metros de largura por 3,10 me-tros de altura com tons de azul, branco, preto e laranja. Além da prancha do surfista, há outras quatro no desenho.

nossa Senhora da Paz Jardim oceânico

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Nos meses de maio e junho, a Linha 4 do Metrô liberou vias do Leblon que estavam sob intervenção para as obras. O

primeiro trecho em que o trânsito voltou a circular foi o cruzamento de veículos e pedestres, na esquina das avenidas Ataulfo de Paiva e Bartolo-meu Mitre, na altura da Praça Antero de Quental. Houve a finalização dos serviços de tratamento de solo (jet grouting) no local, permitindo em 23 de maio a retomada total do trá-fego, que operava apenas em uma pista. A calçada e a valeta foram re-compostas e uma nova sinalização foi implantada para auxiliar condu-tores e pedestres.

No Alto Leblon, foi concluído o serviço de tratamento de solo. O can-teiro de obras na rua Igarapava, no trecho entre a rua Aperana e a aveni-da Visconde de Albuquerque, foi des-mobilizado e retirado, liberando par-te do trânsito na região desde 16 de junho. O local foi devolvido reurba-nizado e com nova sinalização. Com isso, as ruas Aperana e Gabriel Mufar-rej voltaram ao fluxo normal, como antes das intervenções das obras.

Na rua Aperana, o trânsito voltou a seguir em mão única sentido Iga-rapava, com estacionamento per-mitido nos dois lados. A rua Gabriel Mufarrej também voltou a operar em mão única em direção à rua Aperana, com estacionamento permitido. Es-tas duas vias estavam alteradas des-de novembro de 2013. As outras in-tervenções de vias no bairro seguem até o fim da obra.

Em Ipanema, não há mais nenhu-ma rua interditada ao trânsito. As pis-tas da avenida Vieira Souto, entre as avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, na altura do Jardim de Alah, voltaram ao traçado original, em julho, após remanejamento da rede da Cedae.

‘Tatuzão’ chega ao Jardim de Alah em solução inédita no Brasil

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O Tunnel Boring Machine (TBM), conhecido como ‘Tatu-zão’, chegou à Estação Jardim de Alah, no Leblon, aproxima-

damente um mês antes do previsto, no dia 10 de julho. Numa solução iné-dita na engenharia brasileira, parte da estação foi preenchida com água para receber a tuneladora, que vinha escavando por baixo do canal do Jar-dim de Alah.

A técnica breakthrough submerso foi utilizada para equilibrar a pressão do terreno e permitir que o ‘Tatuzão’ continuasse operando em ambiente similar ao que estava sob o canal. O método – comumente utilizado no

Ruas do Leblon são liberadas ao trânsito

Pavimento foi reconstruído na reurbanização das vias liberadas FV

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exterior e empregado recentemen-te em obras de metrô na Alemanha, China, Itália, Argentina e Estados Unidos – foi utilizado pela primeira vez no Brasil.

Para receber a máquina alemã, responsável pela construção do túnel do metrô sob a Zona Sul, um quarto da Estação Jardim de Alah foi preen-chida com água. Com isso, o ‘Tatu-zão’ chegou submerso.

O corpo da estação já estava es-cavado e o acesso de passageiros da rua Almirante Pereira Guimarães, esquina com Ataulfo de Paiva, ganha as escadas. Já o segundo acesso, na esquina das avenidas Borges de Me-

Visitas às obrasO governador Luiz Fernando Pe-

zão e o secretário estadual de Trans-

portes, Carlos Osorio, estiveram no

canteiro de obras da futura Estação

Jardim de Alah para acompanhar o

trabalho dos colaboradores. A visita

aconteceu no último dia 21 de julho,

quando as autoridades puderam

observar a concretagem da laje de

fundo e também o ‘Tatuzão’.

Em maio, o governador e o se-

cretário fizeram a viagem inaugural

do primeiro trem da Linha 4, entre

as estações Flamengo e Cantagalo,

e também visitaram as obras de ex-

pansão da Estação General Osório,

em Ipanema.

Naquele mês, a presidente Dil-

ma Rousseff também esteve em

São Conrado. As autoridades atra-

vessaram o maior bitúnel entre es-

tações de metrô do mundo em um

veículo especial para circulação so-

bre trilhos, com rodas de aço. Um quarto da estação foi preenchida com água e o ‘Tatuzão’ chegou submerso

deiros com Ataulfo de Paiva, segue em escavação.

O ‘Tatuzão’, equipamento alemão feito sob medida para o solo carioca, passa por manutenção programada enquanto é arrastado por dentro da Estação Jardim de Alah.

Em setembro, a máquina volta a escavar sob o leito da avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, até a Estação An-tero de Quental. A previsão é de que o equipamento chegue nesta estação na segunda quinzena de outubro. Em dezembro, a tuneladora alcança a região do Alto Leblon, onde irá se conectar ao túnel escavado a partir da Barra da Tijuca e que está pronto.

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O Tatuzão escavou 2km na Zona Sul. Entre General Osório e Nossa Senhora da Paz, há 1,2km de trilhos instalados.

Acesso da rua Fernando de Matos está pronto, com cobertura de vidro, piso de granito, escada rolante e painel.

Túnel na Zona Sul

Como estão as obras

Foi finalizada a escavação do poço que servirá como área de ventilação e saída de emergência da Linha 4, no Leblon.

É a primeira estação a receber os trilhos por onde passarão os trens. O local já conta escadas rolantes.

A caverna que vai conectar o túnel em rocha com o trecho escavado pelo Tatuzão foi concluída em julho.

Caverna

As estruturas de concreto que vão fixar os estais alcançaram 46m, mais da metade da altura que terão.

Ponte Estaiada

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Jardim Oceânico

Poço de ventilaçãoSão Conrado

Quatro estações estão completamente escavadas

Mais uma estação da Linha 4 do Metrô está completamente es-cavada. Antero de Quental, no Leblon, é a quarta estação 100%

aberta e se junta às estações Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, São Con-rado e Nossa Senhora da Paz, em Ipa-nema. Todas já recebem acabamentos.

A Estação São Conrado já tem piso de granito assentado nos acessos de passageiros, mezanino e plataformas de embarque e desembarque. As es-cadas rolantes foram instaladas no piso que levará os usuários aos trens. Em Ipanema, há coberturas de vidro nos acessos de passageiros, guarda--corpo nas escadas, e o mezanino co-meçou a ser concretado.

Em julho, a Estação Jardim Oceâ-nico começou a receber o arco de 68

metros de comprimento e 10,7 me-tros de largura no vão central da su-perfície da estação - uma solução ar-quitetônica que valoriza a iluminação e ventilação naturais. Esta é a última grande etapa da obra bruta.

Na Antero de Quental, os colabo-radores se dedicam ao revestimento das paredes com pastilhas. A fase de acabamentos nas bilheterias, sa-las técnicas e enfermaria está sendo finalizada. Em julho, o acesso de passageiros na esquina das avenidas Ataulfo de Paiva e Bartolomeu Mitre ganhou cobertura de vidro, com de-sign discreto e película antirresíduo, contribuindo para o conforto térmi-co, melhor visibilidade dos passa-geiros e integração com o paisagis-mo do entorno. Estação Antero de Quental

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Visite as obras da Linha 4 do Metrô!

No último domingo do mês, um canteiro de obras da Linha 4 do Metrô recebe visitantes, que têm a oportunidade de ver de perto a maior obra de infraestrutura urbana da Amé-rica Latina. Participe! As inscrições podem ser feitas pelo telefone 0800-0210620 (ligação gratuita).

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Festival Arte Leblon: ocupação artística com apoio da Linha 4

Em meio à construção da maior obra de infraestrutura urbana da América Latina - a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro -, o

Consórcio Linha 4 Sul estreita os la-ços com a cidade na certeza de que é possível contribuir também para o desenvolvimento cultural de quem vive no Rio. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o Consórcio patrocinou o Festival Arte Leblon, em comemoração aos 450 anos da cida-de e 96 do bairro, que ganhará duas das seis estações da Linha 4 do Metrô: Antero de Quental e Jardim de Alah.

Foram dez dias de muita cultura e alegria pelas ruas, com programação para todos os gostos e idades. Entre os dias 17 e 26 de julho, o bairro foi

ocupado com shows musicais, oficina de circo, feira de arte impressa, tra-pézio no mobiliário urbano, poesia de rua, workshops de desenho técni-co, fotografia e grafite e até walking tour pelos prédios tombados.

No dia 19, por exemplo, houve a apresentação do Circo Família com Teatro de Anônimo na Praça Antero de Quental, ao lado das obras da fu-tura estação.

Relacionamento

O Festival integra o programa de relacionamento com a comunidade e incentivo ao desenvolvimento do comércio. Para Evelyn Rosenzweig, presidente da Associação Comercial

e de Moradores do Leblon (AmaLe-blon), a cidade precisa de eventos que levem as pessoas para as ruas. “Este é um tipo de ocupação do bem, com arte e cultura, que promove inte-ração e diversão gratuitas”, avalia.

A primeira edição do Festival tam-bém contou com programação espe-cial de cinema, ateliês, exposições si-multâneas e projeções no pontão do Leblon, além de descontos nos bares e restaurantes participantes.

Nos tapumes da obra, uma recorda-ção colorida: lambe-lambes (pôsteres artísticos) produzidos durante o Festival foram afixados para dar maior visibilida-de ao trabalho dos artistas e comparti-lhar esse momento com os colaborado-res da obra e a população em geral.

Iniciativa faz parte do programa de relacionamento com a comunidade e estímulo ao desenvolvimento do comércio no bairro

Entre os diversos trabalhos necessários para a construção do metrô está o monitoramento constante do subsolo

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Um dia de trabalho dentro do túnel

Um altar iluminado dentro da caverna. É ali que começa o dia dentro dos túneis da Linha 4 do Metrô. De mãos dadas, os ope-rários pedem licença à Santa

Bárbara para mais um turno de traba-lho. Ela é a padroeira dos tuneleiros.

Hoje, mais de 1.500 colaborado-res trabalham no subsolo carioca. Parada obrigatória antes do acesso ao túnel, as salas dos técnicos em segurança guardam os equipamen-tos de proteção individual, sem os quais nenhum operário pode entrar nos canteiros de obra: capacete, bo-tas, colete refletor, máscara, óculos e protetor auricular.

São estes colaboradores que ob-servam o funcionamento da venti-lação dos túneis, a localização dos

pontos de água e banheiros, verifi-cam a postura dos operários e a exe-cução dos serviços, além do uso de máquinas, do acondicionamento de materiais e a instalação das placas de sinalização e segurança.

Sinaleiros organizam o trânsito in-tenso de caminhões betoneira, esca-vadeiras e outras máquinas pesadas nos túneis. Com apito e caneta lumi-nosa, e muita atenção, eles sinalizam a passagem e orientam a circulação dos veículos, garantindo a segurança dos trabalhadores. A cada uma das três sirenes que precedem as detona-ções controladas, na construção da caverna sob o Alto Leblon - onde ha-verá o encontro dos túneis que vêm da Barra com o escavado pelo ‘Tatu-zão’ -, sinaleiros monitoram pelo rá-

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dio a evacuação da área e a saída de todos os colaboradores.

Baiano, o encarregado de obras Carlos Pereira de Barros se apaixo-nou por obras no subsolo quando viu carros passando pelo túnel que ajudou a construir em São Paulo. No Rio, trabalhou como encarregado de obras durante a construção das esta-ções Cantagalo e General Osório e na Linha 4 atua na construção dos túneis desde a Barra da Tijuca. Já são 14 anos de experiência no subterrâneo.

“Fiscalizo se a furação do maciço está de acordo com o projeto, confiro os explosivos e verifico o andamento da obra”, conta Carlos.

Na Linha 4, já estão escavados 12,5km de túneis, entre a Barra da Ti-juca e Ipanema.

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Junho foi o mês dos quitutes de festas de São João

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O dia ainda nem amanheceu, mas o cheiro de feijão fresqui-nho e do alho refogado para o arroz tomam conta do lugar.

Ambos são feitos em caldeirões de 500 litros, afinal, servirão os mais de 9 mil colaboradores da Linha 4 do Metrô. A obra tem uma grande cozi-nha, no Jardim de Alah, que distribui os alimentos em caixas isotérmicas para 19 canteiros espalhados pelo Rio de Janeiro. O movimento é grande na madrugada, para que pontualmente às 5h o café da manhã seja servido e às 11h, os refeitórios possam receber os primeiros grupos de operários para o almoço. Diariamente, são servidas mais de 16 mil refeições, que atendem às necessidades nutricionais e são fei-tas observando rigorosos padrões de qualidade. Nada pode atrasar. E a co-zinha não para.

Nos três turnos, as fornadas de pães garantem não só o café da ma-nhã, mas os lanches para aqueles que não podem interromper uma ati-vidade importante na obra e a ceia. No açougue, os funcionários proces-sam as carnes que serão oferecidas no almoço e no jantar – sempre duas opções, de carne branca e vermelha. Há espaços específicos para o es-

Sistema no Itanhangá economiza 975 mil litros de água

Pratos típicos e balanceados alimentam os funcionários

toque seco e os cuidados com hor-tifruti. As folhas, quando chegam à cozinha, são guardadas em câmaras frigoríficas até a hora do pré-preparo, quando passam por uma triagem e são higienizadas, ficando imersas em solução clorada por 15 minutos.

Para quem pega no batente logo cedo, a mesa é farta: são mais de 10 mil pães. Por mês, são consumidas em torno de 35 toneladas de frutas.

Elaborados por nutricionistas, os cardápios são variados e balanceados, atendendo ao Programa de Alimen-tação do Trabalhador e aos acordos sindicais. Os pratos preferidos são feijoada, dobradinha, rabada e costela com agrião. São preparadas 65 tone-ladas de arroz por mês e mais de 49 toneladas de feijão. A ideia de que tra-balhador de obra pesada não gosta de salada é um mito: há saladas diversi-ficadas, com grãos, muitos legumes e verduras. Por mês, são mais de 35 to-neladas de legumes e folhosos. Para a sobremesa, frutas e doces.

As comidas típicas também têm vez. Em junho, o tema foi Festa Ju-nina, com muitos quitutes dos feste-jos. Segundo a nutricionista Jeruza Campos de Souza, gestora da área de Alimentação, o cardápio adaptado

durante todo o ano agrada os colabo-radores que vem de fora. “Há combi-nado sertanejo e carne seca com abó-bora, para os nordestinos, costelinha de porco e canjiquinha com linguiça para agradar aos mineiros e peixe com pirão para os capixabas e baianos”, conta ela. Há restrição apenas para frituras e excesso de sal. Aqueles que têm hi-pertensão, diabetes, colesterol alto ou rejeição à lactose seguem uma dieta especial, sob orientação conjunta da equipe de Medicina do Trabalho.

O controle de qualidade é perma-nente. Funcionários coletam amos-tras de cada alimento, que permane-cem congeladas por 72 horas, para o caso de algum surto ou dúvida. A tem-peratura também é verificada ainda na produção, antes de seguir para os can-teiros, durante o horário do almoço ou jantar e logo que se encerra o serviço. Se houver qualquer diferença nos pa-drões, o alimento é retirado.

Para evitar o desperdício, as infor-mações abastecem um sistema de gestão de alimentos que analisa o consumo por canteiro.

As iniciativas de reaproveitamen-to de água nas obras da Linha 4 do Metrô ganharam um novo reforço, com a instalação da Es-

tação de Reaproveitamento de Efluen-te Industrial no canteiro da central de concreto no Itanhangá, que abastece os canteiros de obra entre a Barra da Tijuca e a Gávea. No mês de junho, em que se comemorou o Dia Mundial do Ambiente (05/06), a central de con-creto registrou 975 mil litros de água tratados e reutilizados desde março de 2015, quando o sistema começou a operar. Estes milhares de litros de água se somam aos mais de 200 milhões que já foram reciclados e usados no-vamente desde 2011 em toda a obra da Linha 4 do Metrô - uma economia que daria para abastecer cerca de 20 mil ca-sas por um mês.

Para o reaproveitamento de água, foi instalado no canteiro da central de concreto um sistema de canaletas que coleta a água da chuva e também a que é utilizada na lavagem dos caminhões--betoneira e das rodas dos veículos. Pelas canaletas, o líquido é progres-sivamente levado para três tanques, onde passa por decantação, técnica que usa a gravidade para separar da água os resíduos sólidos finos (poeira e partículas de cimento) e o óleo.

No fim do processo, a água está novamente limpa: não é potável, mas está apta para uso industrial. Pode, então, ser usada para umedecer com-ponentes do concreto (como britas e areia), para lavar caminhões e outros equipamentos. Entra até como compo-nente na produção do concreto empre-gado nos canteiros de obra da estação Jardim Oceânico e da ponte estaiada e no revestimento dos túneis entre a Bar-ra e a Gávea. Na central de concreto são reaproveitados 325 mil litros por mês, o equivalente a 130 piscinas olímpicas e o suficiente para o consumo geral mensal de pelo menos 98 pessoas.

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A água reutilizada é apta para uso industrial e é empregada na produção do concreto na BarraElaborado por nutricionistas, o cardápio atende a normas trabalhistas

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Mantenha a cidade limpa. Não jogue este impresso em vias públicas.

#ArtenaConstruçãoImagens artísticas retratam a beleza em cada de-talhe nos canteiros de obras da Linha 4 do Metrô.

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