PGE IconeBrasil 2010

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1 I A EMPRESA 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 1.1. HISTÓRICO Jorge Ventura, o diretor comercial da empresa Ícone Brasil, teve uma idéia quando viu na estrada uma senhora apoiando o triângulo para a sinalização de um acidente de carro e, percebendo a falta de segurança dos sinalizadores comuns, iniciou projetos de um sinalizador mais seguro e eficaz que o tradicional. Encontrou na legislação (Cone de sinalização NBR 15071 1 ) viabilidade para a ideia, sendo juridicamente legal a substituição do triângulo tradicional por outro sinalizador. Analisou diversos símbolos que pudessem substituir o triângulo e, a partir deste ponto desenvolveu um cone retrátil com um sinalizador luminoso no topo, que atendia às necessidades primárias de sinalização e iniciou o processo de patentear o projeto a seis anos 2. Para utilização do cone no segmento de sinalização de trânsito, houve diversas etapas: laudo técnico, adequações, entre diversas exigências do DENATRAN 3, além do alto investimento. Houve mais uma modificação no cone retrátil, sua tampa deixou de realizar apenas a proteção do cone e passou a ser utilizada para comunicação e personificação do sinalizador. Atualmente a tampa apresenta adesivos personalizados com diferentes avisos, e esta mesma tampa possui encaixe na parte superior do cone, agregando valor ao produto. Com esse diferencial, o nome ―Cone Retrátil‖ foi 1 NBR 15071:2004 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16), pela Comissão de Estudo de Segurança no Tráfego (CE- 16:300.05). 2 Anexo1 3 O Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) é o órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito, tem autonomia administrativa e técnica, e jurisdição sobre todo o território brasileiro. Sua sede é em Brasília.

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PGE relações internacionais, foco na exportação de cone retrátil para o chile e venezuela

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    I A EMPRESA

    1. APRESENTAO DA EMPRESA

    1.1. HISTRICO

    Jorge Ventura, o diretor comercial da empresa cone Brasil , teve

    uma idia quando viu na estrada uma senhora apoiando o tringulo

    para a sinalizao de um acidente de carro e, percebendo a falta de

    segurana dos sinalizadores comuns, iniciou projetos de um sinalizador

    mais seguro e ef icaz que o tradicional. Encontrou na legislao (Cone

    de sinalizao NBR 15071 1) viabil idade para a ideia, sendo

    juridicamente legal a substituio do tringulo tradicional por outro

    sinalizador.

    Analisou diversos smbolos que pudessem substituir o tringulo e,

    a partir deste ponto desenvolveu um cone retrt il com um sinalizador

    luminoso no topo, que atendia s necessidades primrias de

    sinalizao e iniciou o processo de paten tear o projeto a seis anos2.

    Para ut il izao do cone no segmento de sinalizao de trnsito, houve

    diversas etapas: laudo tcnico, adequaes, entre diversas exigncias

    do DENATRAN3, alm do alto investimento.

    Houve mais uma modif icao no cone retrt il, sua tampa deixou

    de realizar apenas a proteo do cone e passou a ser util izada para

    comunicao e personif icao do sinalizador. Atualmente a tampa

    apresenta adesivos personalizados com diferentes avisos, e esta

    mesma tampa possui encaixe na parte superior do cone, agregando

    valor ao produto. Com esse diferencial, o nome Cone Retrt il foi

    1 NBR 15071:2004 foi elaborada no Comit Brasileiro de Transportes e Trfego

    (ABNT/CB-16), pela Comisso de Estudo de Segurana no Trfego (CE-

    16:300.05).

    2 Anexo1

    3 O Departamento Nacional de Trnsito (DENATRAN) o rgo mximo executivo do Sistema Nacional de Trnsito, tem autonomia administrativa e tcnica, e jurisdio

    sobre todo o territrio brasileiro. Sua sede em Braslia.

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    alterado para Kit Sinalizador Retrti l. Com essa alterao, conseguiu,

    no f inal de 2007, uma patente de inveno, que j uti l izado no

    mercado nacional, empresa foi aberta sob o CNPJ: 08.885.960.0001-

    98.

    Teve incio das at ividades na cidade de Sorocaba em maio de

    2007. O ramo da empresa o industrial de artefatos plst icos e a

    empresa de pequeno porte.

    1.2. LOCALIZAO GEOGRFICA, FILIAIS

    Localizado, na R. So Bernardo do Campo, 80

    Jardim Leocdia - Sorocaba SP.

    Telefones: 15 3228 3727. Possui uma rea de 600m2.

    Ilustrao1 Localizao da cone Brasil Fonte: Google Maps

  • 3

    1.2.1. ESTRUTURA FSICA

    O local tem um barraco industrial na parte inferior, com

    aproximadamente 400m, onde f icam localizadas as quatro mquinas

    injetoras; e tambm trs salas onde se localiza o estoque. A parte

    superior formada por um mezanino onde est localizado o setor

    administrativo composto por trs salas.

    1.3. COMPOSIO SOCIETRIA

    A composio societria da cone Brasil Sinalizadores composta

    por trs scios, em que dois contm 33,33% e um 33,34% do capital

    integralizado. Eles so: Marco Yukio Motoki, Edson Koiti Yokoyama e

    Ricardo Ferreira, com um Capital Social de R$ 420.000,00

    integralizado.

    Grfico 1 Percentual de Participao Societria Fonte: cone Brasil

  • 4

    1.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL GERAL

    O quadro de colaboradores composto como mostra o

    organograma a seguir:

    Como est demonstrado no organograma anterior, o quadro de

    funcionrios composto por: dezesseis colaboradores para todo o

    processo. Os servios de contabilidade e limpeza so terceir izados.

    Diretor

    Gerente Adm./Financeiro

    Coordenador de Vendas

    Assistente

    Comercial/PCP/Compras

    Logstica/Expedio

    Lder de Produo

    Lder de Produo

    Lder de Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Produo

    Organograma 1 Organograma da cone Brasil

  • 5

    1.5. MISSO, VISO E VALORES

    1.5.1. MISSO

    Oferecer solues inovadoras em sinalizao, comunicao e

    segurana, atravs de produtos e servios de qualidade, preservando a

    vida humana e gerando o mais elevado nvel de valor agregado para

    nossos clientes, colaboradores, acionistas e sociedade.

    1.5.2. VISO

    Ser uma referncia de mercado onde atuamos, sustentada pela

    excelncia nos servios e pela agil idade no lanamento de novos

    produtos, com foco na soluo e inovao.

    1.5.3. VALORES

    Conjuntamente viso e misso, a cone Brasil atua calcada em

    valores como:

    Transparncia;

    Responsabil idade com o cliente e com o meio ambiente;

    Inovao e criat ividade;

    Qualidade;

    Trabalho em equipe e;

    tica.

  • 6

    2. OPERAES

    2.1. CADEIA DE SUPRIMENTOS

    A cadeia de suprimentos um conceito de f luxo expandido que

    compreende todos os processos logsticos: contato com o fornecedor,

    internacionalizao de insumos e matria -prima, o abastecimento das

    linhas de produo at a distr ibuio de bens para o mercado

    consumidor, envolvendo transportes, anlises de demanda, gesto de

    estoques e o alinhamento desse processo com a estratgia da

    empresa, o marketing, a gesto de f inanas, pessoas e demais reas.

    Por se tratar de uma rea abrangente a cadeia de suprimentos

    ser melhor detalhada a partir dos processos que a empresa realiza

    desde o fornecedor de matria -prima at a entrega ao cliente, e que

    sero descritos na sequncia.

    Legenda do f luxograma:

    1- Fornecedores abastecem a empresa com a matria-prima

    necessria para a produo;

    2- A cone Brasil abastece seus cl ientes mediante pedido prvio.

    Fornecedores

    cone Brasil

    Mercado Domstico

    Fluxograma 1 Cadeia de Suprimentos

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    Um perf i l de cadeia de suprimentos de fcil gesto, at mesmo

    pela segmentao na venda do produto no mercado nacional rea

    industrial e pela principal matria-prima ser reciclvel de fcil acesso,

    e pela parceria j estabelecida com o fornecedor desde o incio da

    empresa.

    2.2. MATRIAS-PRIMAS E COMPONENTES

    2.2.1. PLSTICO

    Plsticos so materiais formados pela unio de grandes cadeias

    moleculares chamadas polmeros, que, por sua vez, so formadas por

    molculas menores, chamadas monmeros.

    Os plst icos so produzidos atravs de um processo qumico

    chamado polimerizao4, e a matria-prima dos plst icos o petrleo.

    Este formado por uma complexa mistura de compostos. Pelo fato de

    estes compostos possurem diferentes temperaturas de ebulio,

    possvel separ-los atravs de um processo conhecido como destilao

    ou craqueamento5.

    Os polmeros podem ser naturais ou sintt icos. Os naturais, tais

    como algodo, madeira, cabelos, chifre de boi, ltex, entre outros, so

    comuns em plantas e animais. Os sintticos, tais como os plsticos,

    so obtidos pelo homem atravs de reaes qumicas.

    O tamanho e estrutura da molcula do polmero determinam as

    propriedades do material plstico.

    4 Proporciona a unio qumica de monmeros para formar polmeros.

    5 O craqueamento trmico um processo que provoca a quebra de molculas por aquecimento a altas

    temperaturas, isto , pelo aquecimento da substncia na ausncia de ar ou oxignio a temperaturas superiores a 450C.

  • 8

    2.2.2. CLASSIFICAO DOS PLSTICOS

    2.2.2.1. TERMOPLSTICOS

    So plst icos que no sofrem alteraes em sua estrutura

    qumica durante o aquecimento e aps o resfriamento podem ser

    novamente moldados.

    Polipropileno (PP);

    Poliet i leno de Alta Densidade (PEAD);

    Poliet i leno de Baixa densidade (PEBD);

    Poliet i lenotereftalato (PET);

    Poliestireno (PS);

    Policloreto de Vini la (PVC).

    2.2.2.2. TERMOFIXOS

    So aqueles que uma vez moldados no podem ser fundidos e

    remoldados, portanto no so reciclveis mecanicamente.

    Baquelite;

    Poliuretanos (PU);

    Poliacetato de Etileno Vini l (EVA);

    Polisteres;

    Resinas fenlicas.

  • 9

    2.2.2.3. POLITEREFTALATO DE ETILENO PET

    Politereftalato de etileno, ou PET, um polmero termoplstico,

    desenvolvido por dois qumicos britnicos Whinf ield e Dickson em

    1941, formado pela reao entre o cido tereftlico e o etileno glicol,

    originando um polmero, termoplst ico. Uti l iza -se principalmente na

    forma de f ibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.

    Possui propriedades termoplsticas, isto , pode ser

    reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de

    transformao. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses

    plsticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.

    As garrafas produzidas com este polmero s comearam a ser

    fabricadas na dcada de 70, aps cuidadosa reviso dos aspectos de

    segurana e meio ambiente.

    No comeo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canad iniciaram

    a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer

    enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET

    reciclado, surgiram aplicaes importantes, como tecidos, lminas e

    garrafas para produtos no al imentcios.

    O PET a ser reciclado util izado como matria -prima do Kit Cone

    Retrt il , agregando sustentabil idade ao produto.

    2.2.3. LED

    O diodo emissor de luz, tambm conhecido pela sigla em ingls

    LED (Light Emitting Diode) tem por funcionalidade bsica a emisso de

    luz em locais e instrumentos onde se torna mais conveniente a sua

    util izao no lugar de uma lmpada. Especialmente util izado em

    produtos de microeletrnica como sinalizador de avisos, tambm pode

  • 10

    ser encontrado em tamanho maior, como em alguns modelos de

    semforos.

    O LED um diodo semicondutor (juno P -N) que quando

    energizado emite luz visvel por isso LED (Diodo Emissor de Luz).

    A luz no monocromtica (como em um laser), mas consiste de

    uma banda espectral relativamente estreita e produzida pelas

    interaes energticas do eltron. O processo de emisso de luz pela

    aplicao de uma fonte eltr ica de energia chamado

    eletroluminescncia.

    O LED acoplado na parte superior do Cone Retrti l como parte

    da sinalizao segura proposta desde a criao do produto.

    2.2.4. ADESIVOS

    Auto-Adesivos so adesivos que para serem aderidos a qualquer

    superfcie, necessitam que sejam pressionados. formado por um

    frontal ou superfcie de impresso (f i lme ou papel de f ina espessura),

    um adesivo autocolante (acrl ico aquoso, acrl ico solvente e hot melte)

    e um papel de proteo (liner).

    Ilustrao 2 LEDs coloridos comuns

  • 11

    O adesivo foi acoplado tampa do cone retrt i l e agregou

    visualizao de marca de produto ou mensagem a ser passada a quem

    visualiza o produto quando montado.

    2.2.5. MASTERBATCHES E PIGMENTOS

    Masterbatches so concentrados de pigmentos, corantes ou

    aditivos que so dispersos em uma resina denominada resina veculo.

    Estas resinas podem ser PE, PP, EVA, PA, PS, PET, POM, etc..

    errado referir -se ao masterbatch como pigmento, pois o pigmento

    apenas um dos elementos que compem o masterbatch.

    2.3. PROCESSOS LOGSTICOS

    2.3.1. LOGSTICA REVERSA

    De acordo com a Associao Brasile ira de Logst ica, logst ica

    definida como:

    O processo de planejamento, implementao e controle do f luxo

    e armazenagem eficientes e de baixo custo de matrias primas,

    estoque em processo, produto acabado e informaes relacionadas,

    desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o objetivo de

    atender aos requisitos do cl iente.

    Entende-se por logstica reversa, de acordo com Leite 6 (2003),

    como a rea de atuao da logstica empresarial que planeja, opera e

    controla o f luxo e as informaes logsticas correspondentes ao retorno

    dos bens de ps-venda e de ps-consumo ao ciclo de negcios ou ao

    ciclo produtivo, atravs dos canais de distribuio reversos, agregando -

    lhes valor de diversas naturezas, como o econmico, ecolgico, legal,

    logst ico, de imagem corporativa, entre outros. 6 Paulo Roberto Leite o re ferenc ia l bras i le i ro em log s t ica reversa.

  • 12

    A logstica reversa ento objetiva que se torne possvel o retorno

    dos bens ou dos materiais constituintes dos f luxos reversos ao ciclo

    produtivo ou de negcios, agregar valor econmico, ecolgico, legal e

    de localizao ao planejar as redes reversas e as respectivas

    informaes e ao operacionalizar o f luxo desde a coleta dos bens de

    ps-consumo ou de ps-venda at a reintegrao ao ciclo.

    A ilustrao a seguir (02) mostra essas duas grandes reas de

    atuao da logstica reversa que so diferenciadas por Leite pelo

    estgio ou fase do ciclo de vida t il do produto retornado, sendo a

    primeira, logstica reversa de ps-venda que a rea que trata do

    equacionamento e operacionalizao do f luxo fsico e das informaes

    logst icas correspondentes de bens de ps-venda, sem uso ou com

    pouco uso, os quais retornam aos diferentes elos da cadeia de

    distribuio direta, tem como objetivo estratgico agregar valor a um

    produto logstico que devolvido por razes comerciais, erro no

    processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou

    falhas de funcionamento, avarias no transporte, excesso de estoque,

    etc.

    Logstica reversa

    De ps-consumo

    Reciclagem

    Industrial

    Desmanche

    Industrial

    Reuso

    Consolidao

    Coletas

    Logstica reversa

    de ps-venda

    Seleo/destino

    Consolidao

    Coletas

    Cadeia de

    distribuio direta

    Consumidor

    Bens de ps-venda

    Bens de ps-

    consumo

    Fluxograma 2 Logstica Reversa etapa de atuao e etapas reversas Fonte: Leite 2000

  • 13

    Atualmente, legislaes mais severas e a maior conscientizao

    do consumidor sobre os danos causados ao meio ambiente esto

    levando as empresas a repensarem a responsabil idade sobre seus

    produtos aps seu consumo, atravs do Desenvolvimento Sustentvel 7.

    A segunda a logstica reversa de ps-consumo, a que rea de

    atuao equaciona e operacionaliza igualmente o f luxo fsico e as

    informaes correspondentes de bens descartados pela sociedade que

    retornam ao ciclo de negcios ou ao ciclo produtivo por meio dos

    canais de distribuio reversos especf icos, que so constitudos pelos

    produtos em f im de vida ti l ou usados com possibil idades de

    reuti l izao e os resduos industriais em geral, que tem como objetivo

    estratgico agregar valor a um produto logstico constitudo por bens

    inservveis ao proprietrio original ou ainda possua condies de

    reuti l izao, podem se originar esses produtos de bens

    durveis/descartveis e f luir por canais reversos de reuso, desmanche

    ou reciclagem at a sua destinao f inal, como mostrado por Leite

    (2003), Medeiros (2008) e muitos outros autores.

    De acordo com Rodrigues ET al.8 (2002) as razes mais

    relevantes para a logst ica reversa so:

    Sensibi l idade Ecolgica;

    Presses Legais;

    Reduo do ciclo de vida dos produtos;

    Imagem diferenciada;

    Reduo de Custos.

    7 Compreende as aes da empresa que visam elevar sua produtividade, melhorar seus produtos e mtodos de

    gesto e contribuir para a preservao do meio ambiente.

    8 RODRIGUES, Dborah Francisco et al. Logstica reversa conceitos e componentes do sistema. In: Encontro

    nacional de engenharia de produo, 12. 2002.

  • 14

    2.3.2. DESCARTABILIDADE CRESCENTE DOS BENS

    Uma das diversas mudanas ocasionadas pela globalizao foi

    mudana do hbito de consumo, devido faci l idade de acesso e ao

    acelerado desenvolvimento tecnolgico, este por sua vez que permitiu

    a introduo constante, e com velocidade crescente de novas

    tecnologias e de novos materiais que contribuem para a reduo de

    preos, custos e dos ciclos de vida til de grande parcela dos bens

    durveis9 e semidurveis10.

    De acordo com Leite (2003), esses materiais, a tecnologia e a

    obsolescncia mercadolgica permitem que haja grande d iferenciao

    entre as empresas no mercado, o que acarreta um acelerado ritmo de

    lanamentos no mercado, o que cria um alto nvel de obsolescncia dos

    produtos e reduz os ciclos de vida, com clara tendncia a

    descartabilidade.

    Os vrios tipos de plsticos tornaram-se rapidamente mais

    baratos do que os metais que tradicionalmente eram usados na

    confeco de inmeros componentes, com desempenho algumas vezes

    equivalente ou at melhor em alguns casos e com custos menores.

    Leite (2003) tem a seguinte idia sobre tudo isso:

    Eletrodomsticos, automveis, computadores, embalagens e

    equipamentos de telecomunicaes, entre outros, tm seus custos

    reduzidos e uma obsolescncia acelerada, gerando produtos de ciclos

    de vida cada vez mais curtos. A descartabil idade entrou em um

    momento histrico no f im do sculo XX!

    Os valores residuais aps a inutil idade de qualquer natureza ou o

    seu desgaste natural, se comparados com novos produtos no ensejam

    9 So os bens que apresentam durao de vida mdia til variando de alguns anos a algumas dcadas, como os automveis, os eletrodomsticos, as mquinas, os edifcios de diversas naturezas, os avies, entre outros. 10 So os bens que apresentam durao mdia de vida til de alguns meses, raramente superior a dois anos,

    como baterias de veculos, leos lubrificantes, computadores e seus perifricos, entre outros.

  • 15

    ajustes. Os preos so proporcionais ao nvel econmico da sociedade

    e no entusiasmam o comrcio de segunda mo, tornando o

    consumidor propenso ao consumo de um novo bem que esteja

    atualizado de acordo com as novas tecnologias.

    Leite (2003) diz ento que aproveitando esse mercado as

    empresas modernas tm acompanhado com criat ivas modif icaes nos

    hbitos mercadolgicos e logst icos essas tendncias, exigindo alta

    velocidade no f luxo logst ico em geral e tornando ainda mais

    importantes as decises relativas seleo dos canais de distr ibuio

    diretos e conseqente adequao do gerenciamento da distribuio

    fsica dos produtos.

    Um indicador do crescimento da descartabil idade o aumento do

    lixo urbano em inmeras partes do mundo, de acordo com Leite (1998),

    houve um crescimento do l ixo descartado diariamente na cidade de So

    Paulo por habitante de 0,6 para 1 Kg, entre os anos de 1985 e 1997.

    Tambm de acordo com Leite (2003), produo mundial de

    plsticos no Brasil registrou um aumento de cerca de 50% entre os

    anos de 1993 e 1998, e conforme se observa no grf ico 02 a produo

    e o consumo continuam aumentando anualmente. Com relao s

    garrafas descartveis de PET usadas como embalagens de

    refrigerantes e outras bebidas, a produo teve incio em 1989 e

    alcanou nveis de produo de 432.000 toneladas no ano de 2007, de

    acordo com o grf ico 03. Esse crescimento expressivo deve -se s suas

    caractersticas de transparncia e s suas vantagens logst icas na

    distribuio, substituindo a embalagem de vidro retornvel.

  • 16

    0

    1.000

    2.000

    3.000

    4.000

    5.000

    6.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    produo (mil toneladas)

    consumo (mil toneladas)

    0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    300.000

    350.000

    400.000

    450.000

    500.000

    1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    A descartabilidade crescente, e a logstica reversa d ecisiva na

    reuti l izao dessas enormes quantidades de bens descartveis, seja

    atravs da reciclagem, do reuso ou do retorno, para diminuir a

    crescente obsolescncia, de forma que a natureza sofra a menor

    degradao possvel.

    Na ilustrao trs apresenta-se um resumo das principais ideias

    sobre a tendncia descartabil idade, segundo Leite (2003):

    Grfico 2 Evoluo do p lst ico no Bras i l

    Fonte: elaborado segundo dados do Abiplast (2009)

    Grfico 3 - Evoluo do consumo de garrafas PET no Bras i l (mi l toneladas) Fonte: elaborado pela autora com os dados da ABIPET (2009)

  • 17

    2.3.3. SELEO E ESTOCAGEM DA MATRIA-PRIMA

    A demanda por matrias-primas crescente em todo o mundo e a

    tendncia que esse crescimento alcanar uma taxa em que o

    fornecimento no ser suficiente, no somente pelo fator l imite de

    recursos, mas pelo surgimento de pases emergentes como a China e a

    ndia. Segundo Meinyk11 (2007), existe uma estatst ica de em 2010

    espera-se que a China tenha mais de 1,4 b ilhes de pessoas e que 600

    milhes tero entre 20-50 anos, este grupo gerar uma grande

    demanda por produtos e servios e consequentemente a demanda

    esperada exceder a capacidade das fbricas chinesas e ento os

    mesmos se tornaro os principais importadores de produtos e servios.

    A soluo para a reduo do impacto uma melhor polt ica de

    preservao das matrias-primas existentes, isso signif ica, que as

    empresas devem se tornar no somente mais ef icientes (usar menos

    material por cada unidade produzida ), mas tambm realizar um melhor

    trabalho em rastrear a perda de material sendo por meio da rejeio

    (l ixo) ou como poluio (descarte em vias pblicas, rios, terrenos, etc).

    11

    MEINYK, A. Steven et al. Supply chain managemente 2010 and beyond. APICS E&R Foundations Proceedings. 2007

    Tecnologia

    Introduo dos plsticos;

    Miniaturizao eletrnica;

    Informtica.

    Marketing

    Lanamento de novos produtos;

    Obsolescncia planejada;

    Moda.

    Logstica

    Embalagens descartveis;

    Velocidade de resposta;

    Custos.

    DESCARTABILIDADE CRESCENTE DOS PRODUTOS

    Ilustrao 3 Tendncia descartabilidade Fonte: Leite (2003)

  • 18

    No passado as qualidades destrutivas do sistema industrial eram

    referenciadas como bero a terra, que signif ica que se realizava a

    extrao do material da terra e retornava -se a mesma, como diz Meinyk

    (2007), esse procedimento fundamental visto ser associado com a

    reciclagem. Esta envolve a captura do rejeito, l ixo e retrabalhos e

    retornos ao estado em que se permita usar o material como matria

    prima outra vez. Porm, o problema com esse procedimento que o

    material resultante dessa operao pode ser de um grau de pureza

    mais baixo que o original, o que acarreta a extrao de uma quantidade

    de material adicional para se at ingir a demanda original. O que seria

    ideal uma alternativa que consiga que o material retornado esteja no

    mesmo estado de pureza que o original, assim pode -se usar para

    atender a demanda original.

    Segundo o autor este procedimento chama-se de bero a bero,

    para que seja implementado, necessita -se de um procedimento de

    coordenao dentro de toda a cadeia. Esse precisa de uma mudana

    de como atividades (incluindo compras e projeto de produto) so

    executadas. Necessitam-se novas medies de desempenhos que

    mostrem e reconheam os esforos em atender os objetivos desses

    procedimentos e que a reciclagem tradicional deve ser desencorajada

    visto que no preserva os nveis de suprimentos existentes. As novas

    cadeias devem-se tornar melhor em preservar os nveis existentes, no

    simplesmente porque sejam corretos socialmente e ambientalmente, e

    sim, devem ser realizados por causa de que tais atividades so

    exigidas pelas realidades dos novos ambientes.

    Dentro deste sistema os materiais, segundo o autor circulam em

    ciclos fechados, em que se fornecem nutrientes para a natureza ou

    para a indstria, como embalagens biodegradveis que so util izadas e

    devolvidas com segurana ao meio ambiente, para alimentar sistemas

    vivos.

  • 19

    Esse tipo de mercadoria bero a bero j est no mercado, o

    tecido de estufaria Climatex Lifecycle feito de l l ivre de resduos de

    pesticidas, t ingido e processado inteiramente com produtos qumicos

    no-txicos, os insumos e processo foram definidos e selecionados em

    funo da segurana humana e ecolgica, dentro do metabolismo

    biolgico, de forma que os retalhos do tecido so transformados em

    feltro e util izados como matria vegetal para o cult ivo de frutas e

    legumes, devolvendo os nutrientes biolgicos do tecido ao solo.

    Na cone Brasil, a matria-prima recolhida por cooperativas e

    enviada at o presdio, onde separada por presidirios e enviada

    atravs de transportadora terceir izada at a empresa.

    No h armazenagem de matria -prima, o espao fsico

    disponvel para estoque de matria -prima est sendo ut il izado para a

    terceir izao de servios de injeo plst ica. O fcil acesso matria -

    prima tambm em fator importante para viabil idade do estoque zero

    dentro da produo, sendo armazenado apenas o que ser ut il izado no

    pedido especf ico.

    2.3.4. EXPEDIO

    Aps o processo de injeo e produo do Cone retrti l o produto

    expedido e armazenado em caixas de embarque contendo vinte (20)

    peas em cada caixa, esse nmero o mnimo para a venda industrial,

    sendo esta, uma polt ica comercial da empresa.

    Depois de embalado e expedido o produto e armazenado em uma

    rea na parte inferior reservada pra tal atividade.

    E a entrega realizada por meio de transportadora terceir izada,

    sendo este custo do cl iente, ou inclusa no pedido de compra.

  • 20

    2.4. PROCESSOS DE PRODUO

    2.4.1. PROCESSO DE RECICLAGEM

    O lixo brasileiro contm de 5 a 10% de plsticos, conforme o

    local. So materiais que, como o vidro, ocupa um considervel espao

    no meio ambiente. O ideal: serem recuperados e reciclados. Plsticos

    so derivados do petrleo, produto importado (60% do total no Brasil).

    A reciclagem do plstico exige cerca de 10% da energia ut il izada no

    processo primrio.

    Do total de plst icos produzidos no Brasil , s reciclamos 15%. Um

    dos empecilhos a grande variedade de tipos de plsticos. Uma das

    alternativas seria definir um tipo especf ico de plstico para ser

    coletado.

    Os plsticos reciclveis so: potes de todos os t ipos, sacos de

    supermercados, embalagens para alimentos, vasi lhas, recipien tes e

    artigos domsticos, tubulaes e garrafas de PET.

    Os no reciclveis so: cabos de panela, botes de rdio, pratos,

    canetas, bijuterias, espuma, embalagens a vcuo, fraldas descartveis.

    A fabricao de plst ico reciclado economiza 70% de energia,

    considerando todo o processo desde a explorao da matria -prima

    primria at a formao do produto f inal. Alm disso, se o produto

    descartado permanecesse no meio ambiente, poderia estar causando

    maior poluio. Isso pode ser entendido como uma alternativa para as

    osci laes do mercado abastecedor e tambm como preservao dos

    recursos naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os custos das

    matrias primas. O plstico reciclado tem inf initas aplicaes, tanto nos

    mercados tradicionais das resinas virgens, quanto em novos mercados.

  • 21

    O plst ico reciclado pode ser ut il izado para fabricao de:

    Garrafas e frascos, exceto para contato direto com

    alimentos e frmacos;

    Baldes, cabides, pentes e outros artefatos

    produzidos pelo processo de injeo;

    "Madeira - plst ica";

    Cerdas, vassouras, escovas e outros produtos que

    sejam produzidos com f ibras;

    Sacolas e outros tipos de f i lmes;

    Painis para a construo civi l.

    A diversidade de produtos produzidos atravs da reciclagem

    2.4.2. PROCESSOS DE RECICLAGEM DE PLSTICO

    O plst ico pode ser reciclado, pelo processo de termo reao, ou

    a quente, onde a determinada temperatura, o polmero f ica l quido,

    podendo ento ser moldado, entrosado, comprimido ou transformado

    em outra forma.

    As garrafas produzidas com este polmero podem permanecer na

    natureza por at 800 anos. No comeo da dcada de 1980, os Estados

    Unidos e Canad iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando -as

    inicialmente para fazer enchimento de almofadas.

    Com a melhoria da qualidade do PET, surgiram aplicaes

    importantes, como tecidos, lminas e garrafas para produtos no

    alimentcios. Mais tarde na dcada de 1990, o governo norte americano

    autorizou o uso destes materiais reciclados em embalagens de

    alimentos.

  • 22

    A produo cresceu mais, a reciclagem no acompanhou a

    produo, gerando uma invaso de garrafas de todos os tamanhos e

    formatos, hoje a produo de pet avanou e um dos maiores viles do

    meio ambiente, poluindo matas, r ios e crregos.

    A seleo e pr-processamento da sucata muito importante para

    a garantia de qualidade do reciclado. A seleo pode ser feita pelo

    smbolo que identif ica o material ou pela cor (cristal, mbar ou verde).

    A separao pode seguir processos manuais ou mecnicos, como

    sensores pticos.

    No pr-processamento, aps a prensagem, preciso retirar os

    contaminantes, separando-os por diferena de densidade em f luxo de

    gua (levigao) ou ar. Alm do rtulo (poliet i leno de alta densidade),

    devem ser retirados da sucata os resduos de refrigerantes e demais

    detritos, por meio de processos de lavagem.

    Os diferentes tipos de garrafas tambm podem ser um problema

    na reciclagem. As garrafas que so usadas para nfase de bebidas

    carbonatadas, precisam de um ndice de viscosidade maior que o de

    uma garrafa de gua, por exemplo. Dependendo da ap licao da resina

    reciclada, a mistura dos dois t ipos de garrafas pode dar um efeito

    complicador no futuro processamento.

    As vantagens da Reciclagem so:

    1- Reduo do volume de lixo nos aterros sanitrios e melhoria

    nos processos de decomposio de matrias orgnicas nos

    mesmos;

  • 23

    2- O PET acaba por prejudicar a decomposio, pois

    impermeabil iza certas camadas de lixo, no deixando

    circularem gases e l quidos;

    Embalagens plsticas depositadas em aterro

    sanitrio;

    Economia de petrleo, pois, o plstico um

    derivado;

    Economia de energia na produo de novo plst ico;

    Gerao de renda e empregos;

    3- Reduo dos preos para produtos que tm como base

    materiais reciclados.

    No caso do PET de 2 litros, a relao entre o peso da garrafa

    (cerca de 54g) e o contedo uma das mais favorveis entre os

    descartveis, sendo assim, rentvel sua reciclagem.

    2.4.2.1. RECICLAGEM QUMICA

    A reciclagem qumica re-processa plsticos, transformando-os em

    petroqumicos bsicos que servem como matria -prima em ref inarias ou

    centrais petroqumicas. Seu objetivo a recuperao dos componentes

    qumicos individuais para reutil iz -los como produtos qumicos ou para

    a produo de novos plst icos.

    Os novos processos desenvolvidos de reciclagem qumica

    permitem a reciclagem de misturas de plst icos di ferentes, com

    aceitao de determinado grau de contaminantes como, por exemplo,

    t intas, papis, entre outros materiais.

  • 24

    Entre os processos de reciclagem qumica existentes, destacam -

    se:

    1- Hidrogenao: As cadeias so quebradas mediante o

    tratamento com hidrognio e calor, gerando produtos capazes

    de serem processados em ref inarias.

    2- Gaseif icao: Os plst icos so aquecidos com ar ou oxignio,

    gerando-se gs de sntese contendo monxido de carbono e

    hidrognio.

    3- Quimlise: Consiste na quebra parcial ou total dos plsticos

    em monmeros na presena de Glicol/Metanol e gua.

    4- Pirlise: a quebra das molculas pela ao do calor na

    ausncia de oxignio. Este processo gera fraes de

    hidrocarbonetos capazes de serem processados em ref inaria.

    2.4.2.2. RECICLAGEM MECNICA

    A reciclagem mecnica consiste na converso dos descartes

    plsticos ps-industriais ou ps-consumo em grnulos que podem ser

    reuti l izados na produo de outros produtos, como sacos de lixo,

    solados, pisos, condutes, mangueiras, componentes de automveis ,

    f ibras, embalagens no-alimentcias e outros.

    Este tipo de processo passa pelas seguintes etapas:

    1- Separao: separao em uma esteira dos diferentes t ipos de

    plsticos, de acordo com a identif icao ou com o aspecto

    visual. Nesta etapa so separados tambm rtulos de

    diferentes materiais, tampas de garrafas e produtos compostos

    por mais de um tipo de plstico, embalagens metalizadas,

    grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a

    ef icincia depende diretamente da prtica das pessoas que

    executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade

  • 25

    a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo

    da coleta selet iva e mais l impo em relao ao material

    proveniente dos l ixes ou aterros.

    2- Moagem: Depois de separados os diferentes t ipos de pls ticos,

    estes so modos e fragmentados em pequenas partes.

    3- Lavagem: Depois de tri turado, o plst ico passa por uma etapa

    de lavagem com gua para a ret irada dos contaminantes.

    necessrio que a gua de lavagem receba um tratamento para

    a sua reutil izao ou emisso como efluente.

    4- Aglutinao: Alm de completar a secagem, o material

    compactado, reduzindo-se assim o volume que ser enviado

    extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do

    equipamento rotativo provoca elevao da temperatura,

    levando formao de uma massa plstica.

    5- Extruso: A extrusora funde e torna a massa plst ica

    homognea. Na sada da extrusora, encontra -se o cabeote,

    do qual sai um "espaguete" contnuo, que resfriado com

    gua. Em seguida, o "espaguete" picotado em um gra nulador

    e transformando em pellet (gros plsticos).

    2.4.2.3. RECICLAGEM ENERGTICA

    a recuperao da energia contida nos plsticos atravs de

    processos trmicos. A reciclagem energtica distingue-se da

    incinerao por ut il izar os resduos plsticos como co mbustvel na

    gerao de energia eltr ica. J a simples incinerao no reaproveita a

    energia dos materiais. A energia contida em 1 kg de plst ico

    equivalente contida em 1 kg de leo combustvel.

  • 26

    Alm da economia e da recuperao de energia, com a

    reciclagem ocorre ainda uma reduo de 70 a 90% da massa do

    material, restando apenas um resduo inerte esteril izado. A reciclagem

    energtica realizada em diversos pases da Europa, EUA e Japo e

    util iza equipamentos da mais alta tecnologia, cujos controles d e

    emisso so rigidamente seguros, anulando riscos sade ou ao meio

    ambiente.

    2.4.3. PROCESSO DE SELEO DE PET

    Para o processo de limpeza das garrafas PET e de sua diviso

    por cor, ut i l iza-se o trabalho de presidirios, e foi adquirida uma

    mquina para processar o PET.

    A cone Brasil uti l iza as garrafas de cor verde, que a cor menos

    aceita pelo mercado de reciclveis, buscando maior valorizao e

    melhor uti l izao dessas garrafas.

    Com as mquinas existentes na empresa e o planejamento de

    aumentar a produo e melhorar a diminuir a capacidade ociosa a

    empresa atua tambm na prestao de servio de injeo plst ica 12.

    12 O processo de injeo plstica se inicia com grnulos de plstico que so derretidos (plastificados) dentro de um cilindro em uma mquina (injetora) sendo injetados

    em um molde (ferramenta) e depois de esfriado retirado (extrado) do mesmo completando o ciclo.

  • 27

    2.4.4. PRODUO

    2.4.4.1. PROCESSO DE INJEO PLASTICA

    A injeo plstica um dos processos primrios que podemos

    efetuar com as inmeras matrias primas plst icas existentes.

    O americano de origem belga Leo Hendrik Baekeland 13 produziu,

    em 1909, a primeira substncia plstica sinttica, a baquelita. Foi o

    incio da indstria dos plst icos, que revolucionou a vida cotidiana.

    O processo de injeo de termoplsticos se inicia com grnulos

    de plst ico que so derret idos (plast i f icados) dentro de um cil indro em

    uma mquina (injetora) sendo injetados em um molde (ferramenta) e

    depois de esfriado retirado (extrado) do mesmo completando o ciclo.

    13 Leo Hendrik Baekeland (Gante, 14 de Novembro de 1863 Beacon, 23 de Fevereiro de 1944) foi um inventor e empresrio belga, considerado o pai da indstria do

    plstico.

    Ilustrao 4 Injetora em funcionamento Fonte www.caramuru.com.br/page2injecao.html

  • 28

    2.4.4.2. PRODUO DO KIT CONE RETRTIL

    A matria-prima colocada na mquina injetora, onde esto os

    moldes do cone retrti l, ao todo so cinco moldes para a produo de

    um cone. O politereftalato de etileno misturado com o Masterbatches

    (pigmento) e inserido na mquina j com o molde.

    Aps a retirada da mquina das partes do cone, as mesmas so

    encaixadas, montando o cone, por f im inserido o LED na ponteira.

    Por lt imo, so armazenadas em caixas com vinte (20) unidades

    de Cone retrt il cada uma, como foi explanado no subitem anterior. O

    adesivo s colocado em outro plano, aps a escolha da imagem pelo

    cliente.

  • 29

    3. FINANAS

    Houve dif iculdade para a execuo da anlise f inanceira do

    projeto devido escassez de dados disponveis na empresa. Desta

    forma, no foi possvel realizar as demonstraes f inanceiras

    referentes aos lt imos trs anos f iscais. Contudo, no f inal do ano

    passado foram realizadas previses para os quatro anos seguintes, at

    2014.

    As previses tiveram por base na projeo de vendas da pr pria

    empresa para o ano de 2010, que inclua vendas no exterior. Sobre

    esta quantia determinada pela empresa, foram adicionados 12% a cada

    ano, que corresponde prestao de servios de injeo plstica

    oferecida pela empresa a part ir deste ano.

    Desta forma, esto registrados os lucros que a empresa espera

    obter com o mercado externo, mas o crescimento apresentado de um

    ano para outro corresponde apenas ao crescimento interno.

    Para a realizao do trabalho, seguem as premissas:

    O produto est de acordo com as normas estabelecidas;

    O produto ser bem recebido pelo mercado;

    A projeo de vendas indicada pela empresa realmente

    acontecer.

    Seguem abaixo as tabelas dos balanos patrimoniais e

    demonstrativos projetando os resultados referentes aos anos de 2011 ,

    2012, 2013 e 2014.

  • 30

    3.1. BALANO PATRIMONIAL

    BALANO PATRIMONIAL - PROJETADO CONE BRASIL

    2011 AV 2012 AV AH 2013 AV AH 2014 AV AH

    ATIVO

    Disponvel 881.978,68 30% 1.116.438,60 172% 35% 1.353.243,12 208% 39% 1.592.415,69 245% 43%

    Dup. A receber 206.040,12 7% 208.100,52 102% 7% 210.181,53 103% 6% 212.283,34 104% 6%

    Estoques 1.854.361,09 63% 1.872.904,70 102% 59% 1.891.633,75 103% 55% 1.910.550,09 104% 51%

    Ativo Circ 2.942.379,89 100% 3.197.443,82 119% 100% 3.455.058,40 128% 100% 3.715.249,12 138% 100%

    Permanente 0% 0% 0% 0%

    Total 2.942.379,89 100% 3.197.443,82 96% 100% 3.455.058,40 103% 100% 3.715.249,12 138% 100%

    PASSIVO

    Passivo Circ 1.269.286,38 43% 1.938.199,44 102% 61% 1.957.320,96 103% 57% 1.976.653,84 104% 53%

    Fornecedor 317.301,79 11% 320.474,80 102% 10% 323.679,55 103% 9% 326.916,35 104% 9%

    Prov. Impostos 297.164,91 10% 300.143,08 102% 9% 303.150,59 103% 9% 306.187,70 104% 8%

    Contas a Pagar 654.920,77 22% 1.317.969,98 102% 41% 1.331.149,68 103% 39% 1.344.461,17 104% 36%

    Diversos (101,08) (388,42) -192% 0% (658,86) -326% 0% (911,38) -451% 0%

    Exigvel a LP 0% 0% 0% 0%

    PL 1.673.093,51 57% 1.259.244,37 160% 39% 1.497.737,44 190% 43% 1.738.595,28 220% 47%

    Capital Social 1.299.840,14 44% 881.978,68 210% 28% 1.116.438,60 266% 32% 1.353.243,12 322% 36%

    Lucros Acum. 373.253,37 13% 377.265,70 102% 12% 381.298,85 103% 11% 385.352,16 104% 10%

    Total 2.942.379,89 100% 3.197.443,82 262% 109% 3.455.058,40 103% 108% 3.715.249,12 324% 108%

    3.2. DEMONSTRAO DE RESULTADO DO EXERCCIO

    DRE

    2011 AV 2012 AV AH 2013 AV AH 2014 AV AH

    VB 2.060.401,21 552% 2.081.005,22 552% 101% 2.101.815,28 551% 102% 2.122.833,43 551% 103%

    (-)impostos (288.456,17) -77% (291.340,73) -77% -14% (294.254,14) -77% 102% (297.196,68) -77% 103%

    VL 1.771.945,04 475% 1.789.664,49 474% 87% 1.807.561,14 474% 102% 1.825.636,75 474% 103%

    Tabela 1 Balano Patrimonial

  • 31

    (-)CV (1.304.920,77) -350% (1.317.969,98) -349% -64% (1.331.149,68) -349% 102% (1.344.461,17) -349% 103%

    (-)DV (59.142,59) -16% (59.142,59) -16% -3% (59.142,59) -16% 100% (59.142,59) -15% 100%

    MC 407.881,68 109% 412.551,93 109% 20% 417.268,87 109% 102% 422.032,99 110% 103%

    (-)CF (12.540,00) -3% (13.104,30) -3% -1% (13.693,99) -4% 109% (14.310,22) -4% 114%

    (-) DF (13.379,58) -4% (13.379,58) -4% -1% (13.379,58) -4% 100% (13.379,58) -3% 100%

    LAIR 381.962,10 102% 386.068,05 102% 19% 390.195,30 102% 102% 394.343,18 102% 103%

    (-)IR (4.583,55) -1% (4.632,82) -1% 0% (4.682,34) -1% 102% (4.732,12) -1% 103%

    (-)CSLL (4.125,19) -1% (4.169,53) -1% 0% (4.214,11) -1% 102% (4.258,91) -1% 103%

    LL 373.253,37 100% 377.265,70 100% 18% 381.298,85 100% 102% 385.352,16 100% 103%

    3.3. ANLISE FINANCEIRA

    A anlise de balanos objetiva extrair informaes das

    demonstraes f inanceiras para a tomada de decises. As

    demonstraes f inanceiras fornecem uma srie de dados so bre a

    empresa, de acordo com as regras contbeis. A anlise de balanos

    transforma esses dados em informaes e ser tanto mais ef iciente

    quanto melhor informaes produzir. Seguem os indicativos da empresa

    Sadia, a qual foi analisada.

    Foram elaboradas as Anlises Vert ical e Horizontal da cone

    Brasil sendo analisados os Balanos Patrimoniais e Demonstraes de

    Resultados dos anos de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

    Verif icou-se que as Receitas do perodo tiveram um crescimento

    de 104,06%, levando em considerao que no ano base considerado no

    trabalho (2009) houve somente a abertura da empresa e arrecadao

    de capital, e projees para os prximos cinco anos seguintes baseado

    em perspectivas otimistas do mercado, na aprovao do cone para o

    mercado automobilstico e na internacionalizao do produto.

    Alcanando essas metas a previso da empresa de R$ 2.040.000,00

    para o primeiro ano (2010) e aumento de 12% nos prximos anos.

    Tabela 2 DRE

  • 32

    Os Principais custos e despesas t iveram aumento de 4,5%

    corrigido pelo IGP-M tendo em vista o aumento de mquinas e uso de

    energia eltr ica aluguel e outros reajustes. Durante o perodo tambm

    foi comprado mais um molde para a injeo de plst icos com o peso de

    R$ 650.000,00 (19% do total investido), visando mais capacidade e

    velocidade da produo.

    A cone no trabalha com estoques de matria -prima e contm

    pequeno estoque de produto acabado (Kit Cone Retrti l) devido ao fcil

    acesso e possui um prazo mdio de pagamento de fornecedores e de

    renovao de estoques de trs meses, assim no acumulando dvidas e

    possuindo uma boa imagem da empresa.

    O investimento da cone Brasil tem um payback de um ano e oito

    meses, onde o Fluxo de Caixa do primeiro ano atinge os R$ 649.840,14

    e acumulado de R$ 229.840,14. Com lucro de 18,10% das vendas

    brutas. O maquinrio foi calculado em R$ 500.000,00, a despesa f ixa

    de aproximadamente R$ 20.000,00 e uma folha de pagamento de cerca

    de R$ 15.000,00.

    Os impostos pagos pela empresa so: PIS/COFINS/IRPJ/CSSL -

    5,93%%; IPI - 15%%; ICMS - 18% (Base SP).

    Pois, apesar de a empresa ser de pequeno-porte, os scios

    possuem outras empresas descaracterizando o Simples Nacional para a

    cone Brasil, mesmo que ela seja autnoma das outras empresas dos

    scios.

    4. MIX DE MARKETING

    4.1. PRODUTO

    4.1.1. PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIOS

  • 33

    A cone Brasil passou a fornecer servios de Injeo Plst ica a

    terceiros em 2009, investindo em novos produtos para os mercados de

    segurana, brindes e prestao de servios de injeo plst ica com as

    mquinas existentes na empresa pra melhor aproveitamento da

    capacidade produtiva. Quanto aos produtos feitos com PET, a empresa

    no realiza a produo nem a impresso das chapas de metal. Segue

    os principais produtos da empresa;

    4.1.1.1. KIT SINALIZADOR RETRTIL

    Criado e produzido desde 2004, o carro chefe da cone Bra sil

    no mercado de segurana. Produzido de material reciclvel, fcil de

    armazenar e leve apresenta a sustentabilidade como um de seus

    diferenciais

    4.1.1.2. BALCES ECOLGICOS

    Os balces ecolgicos so compostos por uma estrutura de ferro

    e todas as reas de comunicao da pea feitas de chapas do material

    reciclado.

    Os stands so vendidos pelo preo de, aproximadamente,

    R$590,00, enquanto o preo encontrado no mercado de R$700,00,

    Ilustrao 5 Kit Cone Retrtil Fonte: Portflio da cone Brasil

  • 34

    sendo ainda uti l izadas 130 garrafas PET ps Consumo que ir iam para

    lixes, rios e crregos.

    4.1.1.3. BANCO E BARALHO

    Uti l izando PET reciclado, surgiram os, os baralhos e os

    banquinhos dobrveis, seguindo a tendncia do desenvolvimento

    sustentvel.

    O baralho composto totalmente por PET reciclvel,

    correspondendo a quatro gar rafas PET.

    O banquinho uti l iza o PET para a produo do assento.

    Ilustrao 6 Balco Ecolgico.

    Fonte - Portflio cone Brasil

  • 35

    Ilustrao7 Banquinho.

    Fonte - Portflio cone Brasil

    4.2. PRODUTO ESCOLHIDO

    Do portflio existente na empresa atualmente, o produto

    escolhido para o Plano de Internacionalizao foi o Kit Cone Retrt il .

    Ele foi desenvolvido em polipropileno 14, e por isso pode ser

    confeccionado em diversas cores e conter a lmina ref letiva

    opcionalmente. O produto possui, como diferencial, um sinalizador

    alerta-piscante (LED15) na parte superior do cone.

    Os cones so importantes sinalizadores uti l izados em ambientes

    internos e/ou externos para diferentes f inalidades, so resistentes,

    apresentam alta durabilidade e visibi l idade para sinalizao.

    Encontra-se no mercado uma quantidade imensa de cones de

    borracha para comercializao, de diversos tamanhos com cores

    normalmente padronizadas.

    14

    O pol ipropi leno um t ipo de p lst ico que pode ser moldado usando apenas aquec imento. 15

    L ight Emitt ing Diode- Sua func ional idade bs ica a emisso de luz em locais e

    instrumentos onde se torna mais conveniente a sua ut i l izao no lugar de uma lmpada.

  • 36

    Embora a quantidade de cones disponvel no mercado seja

    imensa, no possuem diferenciais entre si, so feitos do mesmo

    material e mesmo formato.

    Por ser retrt il, um produto compacto que garante praticidade

    em seu transporte e otimizao no armazenamento: montado, o cone

    atinge 80 cm; desmontado, apenas 7 cm. A tampa tem 23 cm de

    dimetro e largura de 29 cm a sinalizao feita atravs dela. Essas

    so as caracterst icas que o diferem dos cones ut il izados usualmente.

    O Kit Sinalizador Retrti l possui um pegador anatmico e de fcil

    manuseio que quando puxado perpendicularmente em relao ao solo

    possibil ita a montagem do equipamento.

    Para definir o corpo com o formato cnico , este equipamento

    possui diversos anis concntricos de dimetros diferenciados e

    escalonados sendo que o anel de maior dimetro f ixado base e os

    demais apenas f ixados uns aos outros atravs das prprias medidas

    dos dimetros.

    Para melhorar o sistema de sinalizao convencional, possui

    instalado no interior, do cone um sistema exclusivo de i luminao. Este

    sistema aciona o LED de segurana de alta potncia que est f ixado na

    extremidade superior do cone.

    Logo acima do LED de sinalizao, o cone luminoso retrt i l

    possui uma haste de encaixe horizontal, esta haste permite a f ixao

    da tampa do cone que possui um formato circular e que encaixa ao

    cone f icando perpendicular podendo ser usado como meio de

    publicidade ou alerta.

    O cone luminoso retrt i l possui uma trena embutida que pode

    interligar quantos cones forem necessrios com o objet ivo de demarcar

    uma determinada rea. O LED funciona atravs de bateria Lithium 3V.

  • 37

    O produto foi desenvolvido em polipropileno 16, e por isso pode ser

    confeccionado em diversas cores e conter a lmina ref letiva

    opcionalmente.

    Por ser retrt il, um produto compacto que garante praticidade

    em seu transporte, sendo seu peso de 950 gramas e otimizao no

    armazenamento:

    Kit desmontado: 6,5 cm de altura e 29 cm de largura (b ase);

    Kit montado: 55 cm de altura; cone + placa montados: 80

    cm.

    A tampa tem 23 cm de dimetro e largura de 29 cm a

    sinalizao feita atravs dela.

    Esta disponvel nas cores: laranja f luorescente/branco; amarelo

    f luorescente/branco; amarelo/branco; azul/branco; vermelho/branco;

    verde/branco (Standard).

    Para as cores personalizadas h a opo de at duas cores,

    conforme necessidade do cliente (h pedido mnimo) .

    Essas so as caractersticas que o diferem dos cones util izados

    usualmente.

    A montagem do Kit Sinalizador rpida e fcil, aumentando a

    segurana no caso da util izao em situaes de risco na estrada, e

    possui t ima visibil idade devido s luzes de LED.

    16 O polipropileno um tipo de plstico que pode ser moldado usando apenas aquecimento, ou seja, um termoplstico. Possui propriedades muito

    semelhantes s do polietileno (PE), mas com ponto de amolecimento mais elevado.

  • 38

    Os passos para a montagem esto descritos na prxima f igura:

    As opes de placas de identif icao que podem ser colocadas na

    tampa do cone retrtil esto dispostas abaixo:

    Ilustrao 8 - Modo de montar o Kit Sinalizador Retrtil Fonte Portflio cone Brasil

    Ilustrao 9 Placas de Identificao

    Fonte - Portflio cone Brasil

  • 39

    4.2.1. CICLO DE VIDA DO PRODUTO

    No grf ico acima se pode observar o ciclo de vida e

    posicionamento atual do produto, e suas definies

    encontram-se a seguir:

    Introduo: Quando se lana um produto no mercado.

    Crescimento: Quando o mercado comea a conhecer o

    produto e consumi-lo.

    Maturidade: Quando o produto j de conhecimento amplo

    do mercado.

    Declnio: Quando o produto no desperta mais o interesse

    do mercado e as vendas caem.

    Podemos af irmar que o produto encontra -se no ciclo de

    crescimento do produto, pois j est disponvel no mercado a cerca de

    dois anos.

    Tempo

    Volu

    me d

    e

    Vendas

    Ilustrao 10 Mapa de Ciclo de Vida do Produto

    Fonte - Kotler

  • 40

    4.2.2. CINCO NVEIS DO PRODUTO

    Dentre os cinco nveis de produto, pode-se destacar para o foco

    do negcio:

    Benefcio Central Sinalizao de transito.

    Produto Bsico Cone para sinalizao de transito.

    Produto Esperado Informe ao observador a mensagem desejada

    proporcionando assim segurana, visvel, na luz do dia ou durante a

    noite. Espera-se um que sinalize, compacto, de montagem fcil e que

    tenha uma boa visibil idade.

    Produto Ampliado O cone retrti l, garantindo um maior

    aproveitamento do espao para seu armazenamento, fcil montage m,

    pode transmit ir diferentes informaes atravs dos adesivos, possvel

    unir mais de uma unidade do produto de maneira que delimita um

    espao, tem a visibil idade evidenciada pelo LED.

    Produto Potencial A base do cone deve ser reforada, aumentando o

    peso do produto, para que o posicionamento dele se mantenha e no

    seja facilmente levado por rajadas de vento ou pequenos animais.

    Ilustrao 11 Cinco Nveis de Produto

    Fonte - Kotler

  • 41

    4.3. PREO

    4.3.1. ESTRATGIA DE PREO-QUALIDADE PARA O PRODUTO

    Todas as empresas estabelecem um preo para seus produtos ou

    servios. Os preos so f ixados de acordo com os fatores que o

    inf luenciam isto pode ser estabelecido conforme o custo do produto ou

    servio, a demanda, a concorrncia e o valor atr ibudo pelo

    consumidor.

    Em venda praticamos uma mdia de 30 a 35 + 15% IPI

    O produto pode ser ut il izado tanto para sinalizao quanto para

    divulgao de marca, atravs do adesivo na tampa; produzido com

    material reciclvel e possui tima qualidade com design moderno, essa

    percepo pelo cl iente o que inf luencia diretamente em sua escolh a

    pelo produto j que o preo tem uma base, e uma variao de desconto

    dependente da quantidade adquirida.

    Entre os tamanhos oferecidos, PP e Mster o custo total de

    produo por unidade de R$18,00 a R$20,00.

    4.3.2. OBJETIVO DE PREO PARA O PRODUTO

    O Kit Cone Retrti l mais uma opo em sinalizao,

    substituindo o tringulo, sendo assim, apesar de ser produzido em

    outro material e ter outras caractersticas tem a mesma util idade, no

    caso do da segurana no trnsito e sinalizao industrial, por isso no

    pode haver disparidade no preo do Kit Cone Retrti l em comparao

    com seus substitutos.

    O preo praticado atualmente de R$ 30, 00 a R$ 35,00 reais,

    mas para 2011 esse valor deve ser reduzido atravs de negociao

  • 42

    com fornecedores de matria prima, para fortalecer sua competit ividade

    perante a concorrncia.

    4.3.3. COMO O PREO ESTABELECIDO (6 PASSOS)

    1 Passo Objetivo de Preo: A empresa deve decidir onde

    deseja f ixar sua oferta de mercado. Quanto mais claros os objet ivos,

    mais fcil ser determin-los. Assim, os objet ivos (sobrevivncia,

    maximizao de lucro atual, de part icipao de mercado, l iderana da

    qualidade do produto, ou outros) podem ser perseguidos.

    2 Passo Determinao da Demanda: Cada preo leva a um

    nvel diferente de demanda, modif icando o impacto nos objetivos de

    marketing. Demanda e preo so inversamente proporcionais, quanto

    maior o preo menor a demanda, salvo se produto de prestgio, onde

    o preo mais alto designa sua qualidade.

    3 Passo Estimativa de Custos: A demanda estabelece o teto do

    preo e os custos determinam seu piso. Portanto, deve -se cobrar um

    preo que cubra os custos de distr ibuio, produo e venda, incluindo

    retorno justo por seu esforo e risco.

    4 Passo Anlise de Custos, Preos e Ofertas dos

    Concorrentes: A empresa deve levar em conta, dentro da faixa de

    preos possveis, os custos, preos e possveis reaes dos

    concorrentes.

    5 Passo Escolha do Mtodo de Seleo do Preo: A empresa

    estar pronta para selecionar o preo quando levar em conta os 3Cs,

    demanda custo e os preos dos concorrentes. Podem ser consideradas

    todas ou apenas uma das variveis acima.

    6 Seleo do Preo Final: O preo f inal determinado

    considerando a produo, manuteno, polt icas de preo da empresa,

    mo-de-obra e os elementos do mix de marketing.

  • 43

    O Objet ivo de determinao

    de preo est citado no

    tpico anter ior, objet ivo de preo.

    demanda por sinalizadores de

    trnsito no Brasi l aumenta conforme

    aumentam as vendas de veculos sendo

    a demanda mdia.

    Mo de Obra, produo e manuteno.

    Os preos neste setor dependem

    diretamente do preo adotado pela

    concorrncia.

    Para a determinao do preo do

    Kit Cone Rett i l todas

    as etapas anter iores so consideradas.

    J existe um preo para o Kit Cone

    Retrt i l , onde na venda por escala

    real izada s industr ias o preo varia

    de acordo com a quantidade adquir ida.

    Seleo do objetivo da

    determinao de preos

    Determinao da Demanda

    Estima de custos

    Anlise de preos, custos e

    ofertas dos concorrentes.

    Seleo de um mtodo de

    determinao

    Seleo do preo final

    Organograma 2 Como preo estabelecido (6 passos) Fonte - Kotler

  • 44

    4.3.4. POLTICA E ADEQUAO DE PREO

    A polt ica e adequao de preo da cone Brasil est adequada ao

    perf i l do seu pblico-alvo, ou seja, na maioria das indstrias que

    necessitam de sinalizao na rea interna da empresa, ou mesmo na

    util izao do produto como brinde, na divulgao da marca.

    Em relao formulao do preo do produto cobrado do

    consumidor f inal, a cone Brasil trabalha com descontos e possui uma

    polt ica comercial que engloba a venda do produto em escala

    propiciando preos menores para quantidades maiores.

    Abaixo o valor do produto levando em considerao a quantidade

    adquirida:

    Quantidade (unidade) Preo de venda

    100 a 300 R$ 35,00 +15% IPI

    301 a 600 R$ 33,00 + 15% IPI

    601 a 1.200 R$ 31,70 + 15% IPI

    Acima de 1.200 R$ 29,90 + 15% IPI

    4.3.5. RESPOSTAS AOS PREOS DOS CONCORRENTES

    Apesar de o Kit Cone Retrt il possuir como concorrente direto os

    tringulos uti l izados no trnsito a cone Brasil no te m por base a

    variao do preo da concorrncia pelo produto ter especif icaes

    nesses que o distinguem de outros sinalizadores disponveis no

    Tabela 3 - Preo x Quantidade do Kit Sinalizador Retrtil Fonte - Kotler

  • 45

    mercado, mas adequaes de seu valor para torn -lo competit ivo entre

    eles, que podem ser encontrados no mercado com valores que variam

    de R$ 10,47 a RS27, 59 reais.

    4.4. DISTRIBUIO

    A principal funo da distr ibuio facil itar o acesso do

    consumidor ao produto ou servio que ele deseja ou necessita.

    4.4.1. NVEIS DE CANAIS

    Os canais de distr ibuio ut il izados pela cone B rasil so dois:

    canal de nvel ZERO e canal de nvel UM.

    Quando acontece em nvel ZERO, h um contato direto entre a

    empresa e o consumidor.

    cone Brasil

    Consumidor Final

    Fluxograma 3 - Nvel Zero

  • 46

    Em canal de nvel UM, os contatos so intermediados por uma

    empresa terceirizada que faz as vendas atravs de distr ibuidoras.

    4.4.2. PAPEL ESPERADO DOS CANAIS

    A distribuio um ponto relevante para o sucesso da cone

    Brasil, contudo como o produto entregue conforme pedido de compra

    prvio, a dependncia em seus canais baixa.

    4.4.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS CANAL DE

    DISTRIBUIO NVEL ZERO

    O principal canal uti l izado para distribuio no nvel zero a

    venda direta atravs de atendimento telefnico e representante da

    empresa.

    Vantagens:

    O sistema simplif icado, estreita a relao com o cliente

    diretamente sem qualquer rudo na comunicao, tanto no caso do

    atendimento telefnico quanto da venda direta pelo representante;

    cone Brasil

    Distribuidores

    Consumidor Final

    Fluxograma 4 - Nvel Um

  • 47

    Pode ser feito em qualquer lugar, desde que haja o aparelho

    adequado (telefone);

    O produto chega at o cliente no endereo especif icado no

    cadastro mediante pedido e pagamento prvio acordado em contrato.

    Desvantagens:

    Quando a solicitao feita pela internet ou telefone, a principal

    desvantagem a falta de contato pessoal, fazendo com que o cl iente

    potencial no solucione possveis dvidas que possam exist ir sobre o

    produto.

    Na solicitao por telefone podem ocorrer rudos na comunicao,

    fazendo com que o processo de compra seja mais demorado. Tambm,

    a dependncia do desempenho do atendente um fator complicador

    neste processo.

    4.4.4. VANTAGENS E DESVANTAGENS CANAL DE

    DISTRIBUIO NVEL 1

    Os canais uti l izados para distr ibuio no nvel um so:

    Distribuidores de EPIs 17;

    Distr ibuidores de Mquinas e Ferramentas; e

    Empresas especializadas no setor de segurana automotiva.

    17

    Equipamento de Proteo Individual. - so os equipamentos de proteo individuais, destina-se a proteger a

    integridade fsica do trabalhador durante a atividade de trabalho.

  • 48

    4.5. COMUNICAO

    4.5.1. POSICIONAMENTO ATUAL

    Atualmente a cone Brasil os seguintes mercados:

    Mercado Automotivo;

    Mercado Promocional, e;

    Mercado Industrial.

    Devido a nossa participao de relevncia ser no setor indus trial,

    mostraremos a seguir o portflio desenvolvido pela empresa para

    atender tal setor.

    Ilustrao 12 Folder cone Brasil para o mercado industrial Fonte Portflio cone Brasil

  • 49

    4.6. SISTEMAS DE INFORMAO DE MARKETING

    O Sistema de Informao de Gesto (do ingls, Management

    Information System MIS) composto por todos os componentes que

    recolhem, manipulam e disseminam dados ou informao. Incluem -se

    tipicamente hardware, software, pessoas, sistemas de comunicao

    como linhas telefnicas, e os dados propriamente ditos. As atividades

    envolvidas incluem a introduo de dados, processamento do s dados

    em informao, armazenamento de ambos, e a produo de resultados,

    como relatrios de gesto.

    No contexto empresarial, os sistemas de informao ajudam os

    processos de negcio e operaes, tomadas de deciso e estratgias

    competit ivas. A cone Brasil possui um SIM simples que uti l izado pela

    equipe de vendas para auxil iar no relacionamento com o cliente.

    4.6.1. INTELIGNCIA DE MARKETING

    A Intel igncia de Marketing visa comparti lhar as melhores prt icas

    e tecnologias para tornar acessveis grandes quanti dades de

    informao mercadolgica e a gerao de novos conhecimentos,

    permitindo a identif icao e o mapeamento dos ativos de marketing e

    propiciando o estabelecimento de vantagens competit ivas. A empresa

    util izada do SIM, e seu diretor, Jorge Ventura, sem pre buscam

    informaes de mercado a f im de expandir as at ividades da empresa,

    como foi o caso da insero da atividade de injeo plstica a f im de

    aproveitar a capacidade ociosa da empresa.

  • 50

    4.6.2. PESQUISAS

    Uma pesquisa um processo sistemtico de construo do

    conhecimento que tem como metas principais gerar novos

    conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pr -

    existente. basicamente um processo de aprendizagem tant o do

    indivduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se

    desenvolve. A pesquisa como atividade regular tambm pode ser

    definida como o conjunto de atividades orientadas e planejados pela

    busca de um conhecimento. Ao prof issional da pesquisa (especi almente

    no campo acadmico), d-se o nome de pesquisador.

    A empresa nunca realizou pesquisa com seus cl ientes de

    satisfao do cliente, contudo, existem pesquisas constantes de

    melhoria do produto.

  • 51

    5. ANLISE DO MACRO AMBIENTE DOMSTICO

    As empresas e seus fornecedores, intermedirios de marketing,

    clientes e concorrentes, operam em um macro ambiente de foras e

    tendncias que do forma a oportunidade e impem ameaas. Essas

    foras representam fatores no controlveis que a empresa precisa

    monitorar e aos quais precisa agir. A anlise macro ambiental consiste

    no estudo das variveis que podem inf luenciar a estratgia e o

    desenvolvimento dos negcios da empresa em nvel global, nacional,

    regional ou local.

    5.1. AMBIENTE ECONMICO DOMSTICO

    5.1.1. PIB BRASIL

    PIB (Produto Interno Bruto) a soma de todos os servios e bens

    produzidos num perodo (ms, semestre, ano) numa determinada regio

    (pas, estado, cidade, continente). O PIB expresso em valores

    monetrios (no caso do Brasil expresso em Reais). Ele um

    importante indicador da at ividade econmica de uma regio,

    representando o crescimento econmico. Vale dizer que no clculo do

    PIB no so considerados os insumos de produo (matrias -primas,

    mo-de-obra, impostos e energia).

    A Frmula para o clculo do PIB de uma regio a seguinte:

    PIB = C+I+G+X-M.

  • 52

    Onde:

    C (consumo privado);

    I (investimentos totais feitos na regio);

    G (gastos dos governos);

    X (exportaes) e;

    M (importaes).

    Histrico:

    Grfico 4 PIB Brasil Fonte: IBGE/Banco do Brasil

    Tabela PIB Brasil Fonte: IBGE/Banco do Brasil

  • 53

    Depois de 16 anos no azul, o Produto Interno Bru to (PIB)

    brasi leiro no resistiu ao impacto da crise f inanceira global e terminou

    2009 com um resultado negativo de 0,2%.

    A avaliao de que apesar do resultado negativo no PIB

    brasi leiro durante a crise f inanceira o pas est longe de ter os

    problemas estruturais que apresentava na dcada de 80. Isso devido

    ao controle da inf lao e controle da dvida externa. Alm disso, o

    recuo no PIB brasileiro foi irrelevante comparando ao de diversos

    outros pases.

    A previso para o PIB no ano de 2010 foi projetada em 4,5% e

    segundo analistas f inanceiros devido rpida recuperao econmica,

    no ter problemas em ser at ingida.

    Alm disso, o recuo no PIB brasileiro foi irrelevante quando

    comparado da maioria dos pases industrial izados, principalmente da

    Unio Europia e Estados Unidos.

    A previso atualizada para o PIB no ano de 2010 foi projetada em

    7,5% e segundo o FMI e a OCDE, devido rpida recuperao

    econmica, no ter problemas em ser at ingida. Para o ano de 2011

    estimativas conservadoras dos mesmos organ ismos projetam um

    crescimento do PIB de at 5%.

    5.1.2. CRESCIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO

    Como o principal cliente o mercado industrial, ut i l izando o kit

    cone retrti l como EPI o crescimento industrial nacional apresenta

    crescimento no nosso mercado.

    O ano de 2009 foi um ano de estagnao, contudo o ano de 2010

    se mostra de crescimento e levando a acreditar na tendncia de

  • 54

    crescimento para os prximos anos, o que viabiliza nossa atuao

    crescente no mercado domstico.

    Com o crescimento de 1,5% de janeiro para f evereiro deste ano

    depois da expanso de 1,2% no ms anterior a produo industrial

    brasi leira voltou ao um nvel prximo ao de maio de 2008, perodo que

    antecedeu a crise f inanceira internacional. Segundo estudos divulgados

    pelo Inst ituo Brasileiro de Geografia e Estatst ica dos 27 ramos

    pesquisados, 15 apresentaram crescimento de janeiro para fevereiro.

    O IBGE tambm destacou as contribuies posit ivas de

    metalurgia bsica (3,0%), mquinas e equipamentos (2,1%) e outros

    produtos qumicos (1,5%).

    Tendncias e Projees

    Segundo os analistas da pesquisa, o Brasil obter seu maior

    crescimento nos lt imos anos impulsionado principalmente pela

    indstria, cuja produo aumentar 9,5% este ano, contra 9,41%

    previstos anteriormente.

    A projeo para o crescimento da produo industrial no prximo

    ano foi estimada em 7%.

    5.1.3. TAXA DE CMBIO

    As taxas de cmbio desempenham um papel essencial no

    comrcio internacional, dado que suas variaes modif icam a escala de

    preos entre os pases.

    Nos pases desenvolvidos e industrializados, a f lexibil izao do

    cmbio s ganhou maior impulso no incio dos anos setenta com a

    abertura e a integrao f inanceira dos mercados. J nos anos noventa,

    esse processo se acelerou mais ainda, alcanando os pases

  • 55

    emergentes. Muitos consideravam essa integrao inevitvel, tendo em

    vista a ampliao do comrcio mundial, o papel das mult inacionais e os

    avanos tecnolgicos da informtica e das comunicaes. A l iberao

    cambial faz parte da ampliao do movimento internacional de capitais.

    Neste contexto, a polt ica de cmbio f lexvel passou a ser um

    instrumento adicional importante na ampliao do movimento de

    capitais entre pases e regies.

    No Brasil, o processo de liberao cambial ganhou velocidade no

    incio de 1999, quando o Pas foi obrigado a abandonar o regime de

    banda cambial. Durante muito tempo, era uma verdadeira heresia falar

    em preos livres. Do mesmo modo, a defesa do comrcio internacional

    l ivre era tambm considerada um contra -senso. Contudo, os

    acontecimentos ocorridos durante os anos noventa derrubaram esses

    dois tabus.

    O que se observa hoje que os preos praticados no Pas so

    livres e a economia brasi leira j , consideravelmente, aberta. Um

    terceiro tabu vai aos poucos sendo quebrado. Trata -se do controle

    cambial. O cmbio f lutuante pode ser visto, por muitos, como uma

    conquista histrica da polt ica econmica.

    Grfico 5 Variao Cambial Fonte: IBGE/Banco do Brasil

  • 56

    De uma maneira geral, a variao cambial apresentou oscilaes

    negativas nos primeiros meses do ano de 2009, aps este perodo vem

    mantendo-se em um patamar constante, osci lando entre 1,75 a 1,87.

    A projeo do mercado f inanceiro para a taxa de cmbio no f im de

    2010 R$ 1,80 por dlar. Para o fechamento de 2011, a previso dos

    analistas de R$ 1,85 por dlar.

    O fortalecimento da moeda frente ao dlar que ocor re nos lt imos

    meses algo que tem impacto direto e negativo para os planos de

    internacionalizao do produto, tornando o produto menos competit ivo

    no mercado internacional.

    5.2. AMBIENTE SCIO-CULTURAL DOMSTICO

    Assim como o homem, automvel fruto de um processo

    evolutivo. Desta forma os carros passaram por modif icaes, o que

    aprimorou o desempenho, a funcionalidade, qualidade, segurana e

    ergonomia.

    Acompanhando esta evoluo o produto kit sinalizador, que

    proporciona segurana, mult ipl icidade de uso, valor agregado,

    sustentabil idade, o que buscado por grande parte das pessoas.

    Com a vida moderna os motoristas passaram a ter em seus

    automveis, uma extenso de sua casa. Buscam neles a combinao

    intel igente das variaes de qualidade e possibi l idades, tais como;

    forma, textura, est ilo, conforto, visibi l idade, segurana, multipl icidade

    de uso, valor agregado, entre outros, criando uma atmosfera interior

    mais agradvel.

    O tr ingulo de sinalizao tradicional j esta h muito tempo nos

    automveis brasi le iros e importados. No aspecto de segurana, ele

    ef iciente, mas no apresenta grande facil idade para montar. Dessa

  • 57

    forma, o kit sinalizador foi criado pra facil itar o manuseio de um item de

    segurana nas horas mais necessrias.

    Todos esses fatores mostram que o consumidor aceita

    disponibil izar capital para agregar algo mais prt ico, fcil , com maior

    funcionalidade e seguro. Criando o conceito do produto de forma clara

    para os consumidores e proporcionando a aceitao do mercado, a

    cone tem chances de fazer com que o produto kit sinalizador retrt i l

    possa ser ut il izado como uma complementao de sinalizao nos

    automveis.

    5.2.1. SUSTENTABILIDADE

    Os produtos sustentveis so aqueles que beneficiam os

    consumidores e no agridem o meio ambiente, ou seja, so bons para

    as pessoas e para o planeta.

    Alm da caracterstica de reciclagem de seus componentes,

    esses produtos ut il izam processos industriais que no agridem o meio

    com a util izao de componentes agressivos durante a fabricao.

    O produto s poder receber a chancela de ecolgico se possuir

    processo produtivo com matrias -primas naturais ou sintt icas

    renovveis/reaproveitveis com baixo consumo energtico e menor

    carga residual, como o caso do kit cone retrti l.

    Uma das dif iculdades da viabilidade dos mesmos era e ainda ,

    em alguns setores, a viabil idade econmica e comercial dos produtos,

    frente ao mercado. Entretanto, medida que a conscincia da proteo

    das fontes de recursos aumenta, por parte dos consumidores,

    investidores e de toda sociedade, a produo e comercial izao dos

    produtos ecolgicos torna-se vindoura.

    Uma das ideias que j so realidade no Brasil a imensido de

    produtos que so feitos a part ir de reciclveis e tem grande

    receptividade no mercado domstico.

  • 58

    5.3. AMBIENTE POLTICO-LEGAL

    5.3.1. A LEGISLAO REGULARIZADORA DO NEGCIO

    A Lei18 que rege sobre o Tringulo de Segurana a que o chama

    de equipamento Similar, conforme a Resoluo de 36 de 21 de Maio de

    1988, e a mesma estabelece que o produto seja uma forma de

    sinalizao de advertnc ia para os veculos que, em situao de

    emergncia, est iverem imobil izados no leito virio, conforme o art. 46

    do Cdigo de Trnsito Brasileiro.

    5.3.2. PATENTE

    Patente uma propriedade temporria, legalmente concedida

    pelo Estado, sobre uma inveno ou modelo de util idade. uma forma

    de reconhecimento do esforo inventivo e, por isso, garante ao seu

    proprietrio direitos exclusivos sobre sua inveno. Por ser um

    importante e valioso instrumento para proteger e tornar a inveno

    rentvel preciso depositar o pedido de concesso junto ao Instituto

    Nacional da Propriedade Industrial (INPI), responsvel pela anlise do

    pedido de acordo com as regras da Lei 9.279/96. A Patente do produto

    (Anexo A) devidamente regulamentada e pode ser comprovada

    atravs dos seguintes dados:

    Desenho Industrial: Nmero: 6.704.904-4 "Configurao

    aplicada em sinalizador"

    Patente de Inveno: Nmero 0.705.464-5 "Conjunto

    sinalizador retrt il"

    18

    Legislao anexa em www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/resolucao036_98.doc

  • 59

    5.4. AMBIENTE TECNOLGICO

    5.4.1. ROTOMOLDAGEM

    Um dos processos que pode ser ut il izado para a fabrica o de

    cones de sinalizao a rotomoldagem. Esse processo industrial

    muito versti l e permite que diversos projetos sejam fabricados com

    baixo custo a pequenas escalas de produo. Durante as etapas do

    processo a velocidade de rotao, o tempo, o aquecim ento e

    resfriamento so projetados e controlados.

    Vrios moldes podem ser colocados em cada mquina para a

    otimizao da produo. util izado um polmero pr -medido e

    colocado em cada molde. Ento, o molde colocado no forno do

    equipamento para um aquec imento lento e a moldagem, que ocorre

    atravs do giro uniforme e simultneo em seu eixo vertical e horizontal.

    Quando aquecido, o polmero preenche toda a superfcie interna do

    molde de maneira uniforme sendo posteriormente resfriado e retendo

    esta uniformidade na espessura projetada, dando forma ao f inal da

    pea.

    O processo possibil ita a existncia de uma maior resistncia ao

    produto, se esta for exigida alm de permitir que a geometria da pea

    contenha elementos estruturais para essa f inalidade.

    Tambm podem ser incorporados ao produto insertos, alas,

    cortes, superfcies planas ou complexas, detalhes de superfcies, tais

    como logomarca. As paredes podem ser simples ou duplas, com seu

    interior oco ou preenchido com, por exemplo, espumas de isolamento

    trmico.

    Comparando com a Injeo e o Sopro, este processo pode

    produzir peas pequenas ou de grande geometria a um custo f inal

    menor, assim como as ferramentas para esse processo possuem um

  • 60

    custo inferior s demais. Podem ser includas alteraes de projeto

    produo de forma fcil e com um custo tambm inferior.

    A tecnologia uti l izada para a produo do Kit Sinalizador da cone

    o de Injeo. Dessa forma, sendo explicadas anteriormente as

    diferenas entre os processos, o de Rotomoldagem representa uma

    ameaa para a empresa em questo.

    5.5. AMBIENTE DEMOGRFICO

    A cidade de Sorocaba o terceiro municpio mais populoso do

    interior paulista e o quarto mercado consumidor do estado de So

    Paulo fora da regio metropolitana da capital, com um potencial de

    consumo per capita da populao urbana de US$5.279,01 e, rural de

    US$1.894,61 anual, segundo dados fornecido pela TARGET

    Pesquisas e Servios de Marketing do SEBRAE. Segundo o relatrio

    Pesquisas e Servios de Marketing do SEBRAE no estudo Brasil em

    foco IPC-TARGET 2008 Sorocaba a 10 cidade do estado e a 29 do

    Brasil com maior potencial de consumo. Tem proximidade com as

    maiores regies metropolitanas do estado.

    []

    Ilustrao 13 Mapa de So Paulo (Sorocaba x Campinas x So Paulo) Fonte - SEBRAE

  • 61

    o centro de abastecimento regional que atende uma regio com

    mais de 3 milhes de habi tantes. considerado um dos cinco maiores

    plos de desenvolvimento regional do pas. O PIB de 2005 somou R$

    9.186.225.000,00 (IBGE19/2005), equivalente a 1,5% do PIB do Estado

    de So Paulo e 0,56% do Pas. Quanto ao PIB per capta em 2005 era

    de R$ 16.254,00. (IBGE/2005)

    classif icado como o 10 municpio do Estado e o 40 do pas,

    com o melhor IDH 0,828 (PNUD20).

    Sorocaba registra hoje uma diversif icao econmica raramente

    vista em outros municpios brasileiros, com investimentos da ordem de

    3,5 bilhes de dlares, com cinco bi lhes de dlares de Produto Interno

    Bruto (PIB). Suas indstrias exportam para mais de 115 pases gerando

    impostos da ordem de 370 milhes de dlares por ano.

    Existem em Sorocaba cerca de 1.700 indstrias instaladas,

    15.300 pontos de comrcio, 9.900 prestadores de servio e 25 mil

    trabalhadores autnomos. Sorocaba oferece como atrat ivo adicional s

    empresas uma estrutura de qualif icao de mo-de-obra que cobre com

    qualidade o nvel operacional.

    Sorocaba possui uma rea de 456 Km2, sendo 249,2 Km2 de rea

    urbana, tendo uma populao de aproximadamente 600.000 habitantes.

    Deste total, 98,4% esto na rea urbana, que tem crescimento mdio

    anual de 3,47%. Sua densidade demogrfica passou de 609 a 1211

    habitantes/km2 nas lt imas duas dcadas.

    Em matria da revista Exame, baseado em um estudo

    encomendado Trevisan Consultoria, Sorocaba uma das melhores

    cidades brasi leiras para se viver. O municpio rene aspectos tcnicos

    19 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica 20

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento o rgo da ONU que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Produz relatrios e estudos sobre o desenvolvimento humano sustentvel e as condies de vida das populaes, bem como executa projetos que contribuam para melhorar essas condies de vida, nos 166 pases onde possui representao. conhecido por elaborar o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH).

  • 62

    considerados essenciais por executivos e diretores de empresas par a

    garantir a qualidade de vida.

    Est situada entre as principais rodovias paulistas, conta com

    ferrovias e tambm com hidrovias e porto martimo em sua regio.

    Abriga o porto seco, que facil ita a importao e exportao para

    indstria e comrcio e sada para o MERCOSUL.

    O quadro a seguir mostra Sorocaba, como um dos ngulos do

    tringulo de cidades de maior desenvolvimento do estado de So

    Paulo. Os outros dois vrt ices so formados pela capital So Paulo e

    pela cidade de Campinas.

    Uma infra-estrutura mais moderna, embelezada, arborizada e que

    percebida por quem visita a cidade. Esta excelente forma torna

    Sorocaba atrat iva a diversas grandes indstrias e com elas, inmeras

    pessoas que abandonaram as grandes cidades e que podem encontrar

    aqui, os produtos e servios da maioria das metrpoles, aliados a uma

    excelente qualidade de vida. Estas pessoas, especialmente das classes

    A e B, esto deixando So Paulo principalmente por conseqncia da

    grande violncia. Por isso o surgimento dos chamados condomnios

    vert icais, como por exemplo, Pateo Santa Maria, L Essence,

    UperLife, entre outros.

    No ambiente demogrfico destacamos os principais fatores de

    maior impacto do mercado em nosso produto, como o consumo da

    populao com itens de carro, nmeros de veculos , aumento no parque

    industrial e crescimento de classes. O nmero de carros em circulao

    uma varivel cri t ica em nosso produto, pois com o crescimento de

    automveis em circulao aumenta nosso mercado, nos lt imos anos

    com a facil idade de comprar um automvel aumentou, o ref lexo o

    crescimento de veculos ano a ano. Abaixo est uma tabela de variao

    de veculos de ano para outro (2008/2009) de nosso mercado inicial, a

    cidade de Sorocaba.

  • 63

    Na tabela podemos destacar um aumento de veculos mesmo com

    a crise que afetou as vendas nesse perodo, essa varivel surge como

    uma oportunidade para nosso produto j que aumenta o mercado de

    nosso produto.

    Com a populao dividida em classes, torna -se mais fcil a

    dist ino dos consumidores com base na renda, de modo a poder focar

    melhor nosso publico alvo, as classes esto divididas em classes A, B,

    C, D e E. Nos lt imos anos as classes A e B esto estabil izadas e as

    que mais oscilam so as demais classes, as classes D e E esto

    diminuindo e a classe C est aumentando ano a ano.

    Essa varivel tambm uma oportunidade para nosso produto, j

    que as classes com maior poder aquisit ivo esto aumentando,

    mantendo o mercado de consumo estabil izado ou crescente.

    Ilustrao 14 Distribuio da populao brasileira Fonte - IBGE

    Tabela 5 Quadro comparativo: veculos em Sorocaba 2009 Fonte - DENATRAN

  • 64

    5.6. AMBIENTE NATURAL

    Reciclagem o termo usado para a pr tica de aproveitamento de

    detritos, quais se tornariam lixo, ou esto no lixo. So desviados,

    coletados, separados e por f im, processados para serem usados como

    matria-prima na manufatura de novos produtos.

    Foi desenvolvido em 1941, pelos qumicos ingleses Whinf ield e

    Dickson. um material termoplstico, signif ica que pode ser

    reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outros processos de

    transformao. um material 100% reciclvel. Esse plstico pode ser

    amolecido, fundido e remodelado, quando aquecido em temperaturas

    adequadas.

    Porque reciclar:

    Ao reciclar materiais h uma reduo signif icat iva no volume de

    lixo nos aterros sanitrios conseqentemente melhoria nos processos

    de decomposio de matrias orgnicas. O PET acaba por prejudicar a

    essa decomposio, pois, impermeabil iza certas camadas de lixo, no

    deixando circularem gases e l quidos. Com a reciclagem do PET poupa -

    Ilustrao Polietileno Tereftalato de Etileno

    Fonte - www.petcentermarginal.com.br

  • 65

    se tambm a natureza da extrao inesgotvel de recursos, como, por

    exemplo, o petrleo, pois, o plst ico um derivado.

    O processo de reciclagem do PET no Brasil causa uma economia

    de energia de cerca de 70%. Uma vez que esse processo em sua

    maioria mecnico e requer em mdia, apenas 30% da energia que

    seria necessria para a produo de um novo plst ico.

    Gerao de renda e de empregos.

    Reduo dos preos para produtos que tm como base materiais

    reciclados.

    No caso do PET de 2 litros, a relao entre o peso da garrafa

    (cerca de 54g) e o contedo uma das mais favorveis entre os

    descartveis. Por esse motivo torna -se rentvel sua reciclagem.

    O material no pode ser transformado em adubo. Plsticos e

    derivados no podem ser usados como adubo, pois no h bactria na

    natureza capaz de degradar rapidamente o plst ico.

    68% de todo refrigerante produzido no pas embalado em

    garrafas PET.

    1 kg de garrafas PET equivale: 16 garrafas de 2.5 l it ros ou

    20 garrafas de 2.0 lit ros ou 24 garrafas de 1.5 litros ou 26

    garrafas de 1.0 lit ros ou 36 garrafas de 600 ml. (Fonte:

    TOMRA/LATASA - Reciclagem S.A)

    Com isso a produo do kit cone retrt il contribu para a

    diminuio de garrafas pet no meio ambiente e auxilia no processo de

    logst ica reversa citado anteriormente em processos logst icos neste

    trabalho acadmico.

  • 66

    6. ANLISE INTERNA (MICROAMBIENTE DOMSTICO)

    A anlise do microambiente do mercado domstico tem por

    objetivo demonstrar a sol idez da empresa no mercado nacional, o que

    permite a sua insero no mercado global.

    Estuda as variveis externas que podem ser monitoradas e

    controladas pela administrao estratgica da empresa.

    6.1. PRINCIPAIS CLIENTES

    Os principais cl ientes do kit cone retrti l atualmente so duas

    distribuidoras de EPIs para o mercado domstico industrial, o que

    viabiliza a polt ica da empresa em relao a preo (captulo 5) onde o

    preo tem mobilidade de acordo com a quantidade comprada pelo

    cliente. Os dois principais clientes correspondem juntos a cerca de 50%

    das vendas do produto, sendo os 55% restantes distribudos entre

    algumas distribuidoras pequenas de EPI, mercado de comunicao e

    brindes e mercado automotivo.

    Os dois principais clientes so:

    1- Nortel Suprimentos Industriais S/A

    Localizao: Rua Alessandro Payaro, 755 Campinas/SP