PÁGINA3 Moradoressemajuda...

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ANO XVI - Nº 3.553 - R$ 1,00 MONTES CLAROS, segunda e terça-feira, 7 e 8 de janeiro de 2019 Janeiro de alerta contra o câncer de colo de útero Moradores sem ajuda para enterrar os mortos De fácil prevenção e com tratamento eficaz quando diagnosticado precocemente, o tumor ainda é o tercei- ro do tipo maligno mais frequente em mulheres e a quarta causa de óbitos entre elas. Sem os devidos cui- dados, 890 mineiras devem desenvolver a doença nes- te ano. Vacina e exames são fundamentais. PÁGINA 9 Montes Claros se prepara para o GP de Rolimã Inscrições para uma das corridas mais divertidas estão abertas. Para os saudosistas – homens e mu- lheres de até 100 anos – ou para os iniciantes, a par- tir dos 5 anos, que queiram deixar o videogame de lado e se aventurar ladeira abaixo. PÁGINA 11 MANOEL FREITAS Novo cálculo para aposentadoria entra em vigor SOFRIMENTO – Dona Maria de Lourdes, que perdeu o filho, está à espera do auxílio-funeral há meses Índios de Minas em combate pela união dos povos Para quem quer solicitar o benefício por tempo de contribuição, a regra exige agora um ano a mais para homens e mulheres. A atual fórmula, conhecida como 85/95, aumentou um ponto e al- cançou 86/96. Ou seja, a soma da idade e do tempo de contribuição passa a ser de 86 anos para mulheres e 96 para homens. A mudança será gradual até alcan- çar 90/100 em 2026. PÁGINA 10 PRONTO PARA A LUTA – Pintado e ornamentado, índio da etnia Xucuru Kariri participa de jogos e rituais Disputa acirrada, com muita rivalidade. Mas de- pois da competição nos Jogos Indígenas, a festa é grande e os rituais exaltam a união e a valoriza- ção da cultura de cada uma das quatro nações par- ticipantes. O NORTE publica, a partir de hoje, uma série sobre a confraternização. PÁGINA 6 MANOEL FREITAS Prefeitura suspende auxílio-funeral de um salá- rio mínimo concedido a famílias carentes de Mon- tes Claros. Alegando falta de repasse de recurso por parte do governo do Estado, na gestão passa- da, município nem recebe pedidos do benefício. Na comunidade Feijão Semeado, há morador de- vendo a funerária desde abril do ano passado e sendo cobrado constantemente. Constrangimen- to que aumenta a dor da perda. PÁGINA 5 Assinaturas, publicidade e Serviço de Atendimento ao Cliente: (38) 98838 8075 - 3221 7215 MÁRCIA VIEIRA PÁGINA 3 Coronel Wanderlúcio Ferraz assume o comando da 11ª Região da PM NO POSTO

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  • ANO XVI - Nº 3.553 - R$ 1,00 MONTES CLAROS, segunda e terça-feira, 7 e 8 de janeiro de 2019

    Janeiro de alertacontra o câncerde colo de útero

    Moradores sem ajudapara enterrar os mortos

    De fácil prevenção e com tratamento eficaz quandodiagnosticadoprecocemente,otumoraindaéotercei-ro do tipo maligno mais frequente em mulheres e aquarta causa de óbitos entre elas. Sem os devidos cui-dados,890mineirasdevemdesenvolveradoençanes-teano.Vacinaeexamessãofundamentais.PÁGINA 9

    Montes Claros seprepara para oGP de Rolimã

    Inscrições para uma das corridas mais divertidasestão abertas. Para os saudosistas – homens e mu-lheres de até 100 anos – ou para os iniciantes, a par-tir dos 5 anos, que queiram deixar o videogame delado e se aventurar ladeira abaixo.PÁGINA 11

    MANOEL FREITAS

    Novo cálculo paraaposentadoriaentra em vigor

    SOFRIMENTO–DonaMaria de Lourdes, que perdeu o filho, está à espera do auxílio-funeral hámeses

    Índios de Minasem combate pelaunião dos povos

    Para quem quer solicitar o benefício por tempode contribuição, a regra exige agora um ano amais para homens e mulheres. A atual fórmula,conhecida como 85/95, aumentou um ponto e al-cançou 86/96. Ou seja, a soma da idade e do tempode contribuição passa a ser de 86 anos para mulherese 96 para homens. A mudança será gradual até alcan-çar90/100em2026.PÁGINA 10

    PRONTOPARAALUTA–Pintado e ornamentado, índio da etniaXucuruKariri participa de jogos e rituais

    Disputa acirrada, com muita rivalidade. Mas de-pois da competição nos Jogos Indígenas, a festa égrande e os rituais exaltam a união e a valoriza-ção da cultura de cada uma das quatro nações par-ticipantes. O NORTE publica, a partir de hoje,uma série sobre a confraternização. PÁGINA 6

    MANOEL FREITAS

    Prefeitura suspende auxílio-funeral de um salá-rio mínimo concedido a famílias carentes de Mon-tes Claros. Alegando falta de repasse de recursopor parte do governo do Estado, na gestão passa-da, município nem recebe pedidos do benefício.Na comunidade Feijão Semeado, há morador de-vendo a funerária desde abril do ano passado esendo cobrado constantemente. Constrangimen-to que aumenta a dor da perda.PÁGINA 5

    Assinaturas, publicidade e Serviço de Atendimento ao Cliente: (38) 98838 8075 - 3221 7215

    MÁRCIA VIEIRA

    PÁGINA 3

    Coronel WanderlúcioFerraz assumeo

    comandoda11ªRegiãodaPM

    NO POSTO

  • EMENTA“Será no mesmo molde da ação impetrada pela Fe-deração Nacional de Advogados, no STF”, avisa Lu-pi. “A decisão de extinção do Ministério deveriapassar pelo Congresso Nacional e isso não aconte-ceu”, complementa.

    PATRONAIS X TRABALHISTASO medo dos trabalhistas é o de que, sem a atualestrutura de apoio aos trabalhadores, a nova Se-cretaria fique à mercê de sindicatos patronais nobojo da Economia.

    MARQUETEIRO DE SIA nova logomarca oficial do Governo foi cria-da pelo próprio presidente Bolsonaro. O ‘Pá-tria Amada Brasil’ era o nome do partido queele queria criar na pré-campanha. Ao repen-sar, Bolsonaro sugeriu ‘Patriota’ ao presidentedo Partido Ecológico da Nação (PEN), AdilsonBarroso. Bolsonaro se filiaria à legenda, masdesistiu. O Patriota, então, lançou o Cabo Da-ciolo (RJ).

    PONTA DO LÁPISO Governo economizou na elaboração da marca,que por contrato pagaria o serviço a agência depublicidade, e também economizou naveiculação nos canais de TV, portais de internet enos jornais, comemora Bolsonaro. Mas ele preci-sará da mídia para divulgação, em qualquer mo-mento, mesmo gratuitamente.

    ELE VOLTOUO delegado de Polícia Federal aposentado Jor-ge Pontes foi nomeado pelo ministro da Justi-ça e Segurança, Sérgio Moro, diretor de Ensinoe Estatística da Secretaria Nacional de Segu-rança Pública do Ministério. A PF e o Governocomemoram sua experiência.

    FOCO NA AULAPontes avisou em mensagem de WhatsApp a ami-gos que aceitou o convite, e que se ausentará dasredes sociais a partir de agora. Foco no conselhoao time de Moro.

    COXINHA & BANDEJÃOMoro, que gosta de coxinha, tem almoçado noBandejão do anexo do Ministério. Outros minis-tros preferiam o gabinete, com garçom, ou os res-taurantes da Quadra 402 Sul.

    SOTAQUE NA PISTAO governador João Dória (PSDB) foi longe para buscarum presidente do Detran de São Paulo que faça umareestruturação sem amarras partidárias e apadrinha-mentos no órgão. Será o delegado de PF aposentadoPaulo Falcão, que atuou no Rio de Janeiro.

    GOOD BYEO deputado federal eleito Luís Miranda (DEM-DF),morador da Flórida e que ganhou os votos peloDF, teve o seu visto cancelado pela Embaixada dosEUA. Não conseguimos contato ainda.

    COLUNA ESPLANADA

    Morrer é tão simples que acaba sendo estranho odecantado medo de morrer. Estar morto não é dei-xar de existir, é apenas não ser. Tem diferença entreessas duas afirmativas? Quem está morto, não sabeque está. Porque não pensa e, se não pensa, não exis-te. É como estávamos antes de nascer.

    A morte é algo tão terrível para a cultura ociden-tal que chega a ser assunto proibido. É ver um títulodesses para se passar longe. Li pouco sobre a morte,não filosofo sobre o tema, apenas perco montes depessoas queridas e, pelo andar da fila, sinto a proxi-midade da minha vez. Queria poder falar de umamaneira universal, mas só sei falar no varejo, nodebulhar do milho, na pequenez da minha mente.

    Não uso do recurso religioso e acho infantiliza-da a maneira de pensar em um céu, em um en-contro post mortem, em um além fantasioso. Aexistência do andar de cima, o céu ficar em fes-ta quando chega mais um... Desculpem-me, masnão creio nessa possibilidade.

    Morreu? Acabou. Apenas enquanto existir quemconheceu a pessoa morta, ela viverá na memória de

    quem ficou. Depois que o último se for, adeus. Amenos que a pessoa tenha feito obras importantesou tenha sido um grande vulto.

    Morre-se um pouco a cada dia. Um dia a mais éum dia a menos. Mas por que nos apegamos tantoàs nossas medíocres existências? Elas seriam de fa-to esse bem tão valioso quanto apregoamos?

    Pagou com a própria vida. Foi sua sentença demorte. E outras terríveis afirmativas amedron-tam. Morrer é como desligar um aparelho datomada. Ele apaga e só. Mas e a essência huma-na? Para onde ela vai? Ela existiria mesmo? Al-ma, espírito, tanta gente acredita nessas entida-des. Tem um séquito de seguidores da crença deque os espíritos evoluem a cada encarnação.São convictos disso. O que não nos faltam sãopessoas com estranhas convicções.

    Para reduzir seu temor pela morte, o ser huma-no inventa coisas e assevera que tudo pode serprovado. Nem seria preciso citar a frase de que“ninguém voltou para contar”. Meu ceticismo meimpede de aprofundar em estudos a esse respeito.

    Apenas acho improvável e me fecho. Isso é mau,isso é bom? Desconheço a resposta.

    Entendo como mexer em uma caixa de marimbon-dos questionar crenças ou contradizer seus dogmas.Não ouso fazer isso, mas sinto na pele que não crer évergonhoso. Muitos não creem, cerca de 10% da po-pulação é incrédula, mas omitem por conveniência.Não acreditar em nada, como é o meu caso, desde os16 anos (tempo enorme para pensar, ler, refletir), hor-roriza os demais e desperta pena. Os crentes sentemestar em um estágio superior aos não crentes. E nãoapenas isso. Desprezam ateus e para eles é desafia-dor resgatar a ovelha perdida, catequizar, converter.Imaginam que o descrente está na escuridão, que éum infeliz.No meu caso, descrer não é desconhecera religião. Foi até por isso que me afastei dela: exces-so de exposição nos 10 anos estudando em colégiode freiras e três anos em colégio de padres. A casa daminha mãe era cheia de anjos, santos e velas acesas.Lamento dizer que não me importo com o que pen-sam, apenas com o que fazem. Portanto não gastemtempo comigo. Não reze por mim, Brasil.

    PDTvaiaoSTFcontrafimdoMinistério

    ARTIGO

    Morrer

    Se viver já é um grande sofrimento para mi-lhares de famílias de baixa renda em MontesClaros, que carecem de moradia decente, me-sa farta, saúde e educação de qualidade, enter-rar os mortos com dignidade, além da dor deperder um ente querido, tornou-se martírioainda maior.

    O prefeito Humberto Souto suspendeu o pa-gamento do auxílio-funeral às famílias caren-tes, alegando falta de recursos em razão donão repasse de verbas ao município pelo ex-governador de Minas Fernando Pimentel.

    Ao tomar a medida, o Executivo negligen-ciou, no entanto, a lei complementar regula-mentada em 19 de março de 2015 pelo entãoprefeito do município Ruy Muniz, que ga-rante às famílias carentes a ajuda de umsalário-mínimo para cobrir despesas com-provadas no processo de velório, transpor-te e preparo do corpo.

    Ao não cumprir a legislação, com a sus-pensão do benefício, o prefeito mostra-seindiferente não só às obrigações legais,mas também insensível à situação das famí-lias carentes.

    Matéria publicada nesta edição traz a de-núncia de moradores que, além das agrurasdiárias para sobreviver, sem emprego oucom baixos salários, contraíram dívidas pa-ra garantir um sepultamento digno a entesqueridos e agora passam por constrangimen-to ao serem cobrados pelos serviços funerá-rios. Como se não bastasse a dor de perderum pai ou um filho, como contam morado-ras do Feijão Semeado, um dos maiores aglo-merados do município.

    Um dos líderes da comunidade, responsávelpor encaminhar os pedidos dos benefícios dosmoradores à prefeitura, diz que irá acionar oMinistério Público contra o Executivo. A expec-tativa é a de que as famílias carentes vejam opagamento do benefício ser regularizado, umavez que é um direito garantido por lei.

    [email protected]

    Opinião

    LEANDRO MAZZINI

    O PDT vai impetrar ação no Supremo Tribunal Federal na quarta-feira contra a extinção do Ministériodo Trabalho por decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O presidente do PDT, Carlos Lupi, já tem apetição em mãos. O partido é historicamente ligado à classe trabalhista e controlou a pasta nos Gover-nos de Lula e Dilma. Foi na gestão dos dois governos petistas que houve a explosão de aprovação desindicatos trabalhistas e algumas operações da Polícia Federal sobre suspeita de facilitação e propinas.Isso, em especial, motivou o novo Governo pela extinção da pasta, que será Secretaria na estrutura doMinistério da Economia.

    Mortedigna

    ComWalmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

    Médica e jornalista

    Mara Narciso

    DEMINAS

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    2 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 onorte.net

  • PRETO NO

    BRANCO

    Novo superintendente

    Márcia Vieira

    Repórter

    Depois de oito mesesemMontes Claros, o co-ronel Evandro Borgesdeixa o comando da 11ªRegião da Polícia Mili-tardeMontesClaros ru-moaBeloHorizonte, on-de assume o GabineteMilitar. No último sába-do, o novo comandante,coronel WanderlúcioFerraz, chegou à cidadee foi apresentado a umgrupodepoliciaismilita-res. Natural deDiaman-tina, ele já se debruçousobre a missão de co-nhecer a região e evo-luirna situaçãoalcança-dapelo antecessor.“Tivemos hoje (sába-

    do) uma reunião deapresentaçãoededispo-sição de dados. Vou co-nhecer cada lugar parasaber o que a populaçãoprecisa, para dar a con-trapartida. A partir deagora, sou um cidadãode Montes Claros, medebruçosobreosproble-mas para saber o que agente pode fazer parasupervalorizar tanto apopulação, como nossocorpo de valorosos poli-ciais militares que têmpapel fundamental noengrandecimentoda so-ciedade”, apontou.Destacando que o de-

    safio é reduzir os índi-ces de criminalidade, ocoronel elogiou o traba-lhodeEvandroBorges epontuouqueumdoscri-

    mesmais constantesdo in-terior do Estado é a explo-sãode caixas eletrônicos.“É umproblema que nós

    enfrentamos,mas o traba-lho, sobretudode inteligên-cia, tem feito com que asações diminuam.APolíciaMilitar émais forte doqueessa modalidade de crimee vamos vencê-la. O desa-fio nosso é contra a crimi-nalidade. Queremos abai-xar os índices a patamaresaceitáveis.O coronelEvan-dro Borges é de uma com-petência inegável e entre-ga a região com númerossatisfatórios. Todo crime éinsatisfatório,mas eu digoem relação a estatísticas. Enós temosamissãodeevo-luir”, afirmou.Em 2016, foram registra-

    dos 29 casos de explosõesdecaixas eletrônicosnare-gião, número que caiu pa-ra 17 no ano seguinte e pa-raquatro em2018.A data da passagem

    de comando ainda nãofoi agendada, mas, deacordo com o coronelWanderlúcio, a previ-

    são é a de que aconteçano final de janeiro.

    DESPEDIDA

    Na ocasião, o coronelEvandro Borges se despe-diu oficialmente do gru-po e fez um balanço dagestão, salientando quedeixa aqui um trabalhobem-sucedido.“A região Norte, como

    todo o Estado de MinasGerais, mostra uma re-dução significativa decrimes violentos. É a pri-meira região do Estadoem redução de homicí-dios – quase 35%. É umpercentual acima da me-ta do Estado. Atribuo es-se resultado a estraté-gias operacionais bempostadas, sentimento desegurança da populaçãoem alta, portfólios no-vos, estratégias bem con-catenadas com a popula-ção, que significa umaaproximação maior dapolícia com a socieda-de”, disse.Para o coronel, as bases

    de segurança já são uma

    realidade e a populaçãocompreendeu bem a fi-nalidade do serviço. Eleainda destacou a atua-ção da tropa regional e adedicação ao ofício.“O mais importante é

    queéumaequipede traba-lhocomumvalordeabne-gação e entrega acima damédia. É a eles que temosque reputar o sucesso dotrabalho. Todos os objeti-vos foram alcançadosnum espaço de tempo queimaginávamos até muitomaior. E quem lucra comissoéa sociedade”.Sobre a transferência

    para BH, Evandro disseque já estava ambienta-do à região, “mas fomoschamados para uma no-va missão e, como solda-dos que somos, dizemosque ‘missão dada, mis-são cumprida’”.Agora compondooGabi-

    nete Militar, o ex-coman-dante da região destacaque estará ainda próximodo Norte deMinas, em ra-zãodas atribuições.“Dentro dessa nova ges-

    tão, nova proposta deausteridade, de eficiên-cia, temos como atribui-ção fazer a gestão de se-gurança das atividadesgovernamentais, mastambém as atividadesde coordenação da Defe-sa Civil. De certa forma,vai nos manter muitopróximos do Norte deMinas pelas carências,deficiências de infraes-trutura e a seca que exis-te”, pontuou.

    Crimes no alvo do

    novo comandanteCoronel Wanderlúcio Ferraz assume a 11ª Região da PMcom a meta de reduzir índices de violência no Norte

    Política

    Jornalista, articulista, analista político e empresarial

    PRIMEIROCONTATO–Wanderlúcio Ferraz e Evandro Borges em reunião commilitares emMOC

    Aldeci [email protected]

    MÁRCIA VIEIRA

    O governador Romeu Zema (Novo) buscouno corpo técnico da Secretaria de Estado daSaúde o nome do novo Superintendente Re-gional de Montes Claros. O escolhido foi oservidor de carreira Denílson Paranhos, queao longo dos últimos anos vinha ocupando afunção de gestor público de saúde. A decisãoagradou principalmente aos servidores dapasta. Zema prometeu, durante discurso decampanha, que priorizaria a escolha técnicaem detrimento a indicação política.

    Diretório do PSLCom a posse do presidente Jair Bolsonaro

    (PSL), começou a disputa em Montes Claros peladireção da agremiação, hoje coordenada pelomilitar reformado sargento Levy Castilho. Naqueda de braço está o grupo do atual secretáriode Segurança de Minas, general Mário Araújo,do qual Levy faz parte, o grupo Direita Minas e ogrupo do deputado Marcelo. A informação debastidores é de que o ministro da Cultura, depu-tado federal mineiro Marcelo Álvaro, terá in-fluência direta na indicação.

    Super da CodevasfLideranças ligadas ao PSL em Montes Claros

    estão tentando junto ao governo federal empla-car o nome do novo superintendente da Code-vasf em Minas Gerais. Independentemente seconseguirão, ou não, o bom da história é que osnomes apresentados fazem parte do corpo técni-co da companhia e são servidores de carreira.

    Primeira-damaChama atenção o fato de nos últimos 24

    anos Minas Gerais ter tido apenas em “ummandato e meio” uma primeira-dama. Istovale dizer que, fora este período, o Estadoteve na presidência do Servas (Serviço SocialAutônomo) nome indicado pelos governado-res solteiros. É que o cargo tradicionalmenteé ocupado pelas esposas dos governadores.O Servas cuida de projetos sociais do Esta-do. Durante todo este período, somente nosdois anos de mandato de Alberto Pinto Coe-lho (PP) e na gestão de Pimentel (PT) é quetivemos o cargo ocupado pelas esposas. Nalista dos governadores solteirões tivemos Hé-lio Garcia, Itamar Franco, Aécio Neves, Anto-nio Anastasia e agora Romeu Zema, que indi-cou a esposa do seu vice para a entidade.

    Problema na educaçãoEm decorrência de dificuldades financeiras

    provocadas pelo não repasse de recursos pelogoverno de Fernando Pimentel (PT), escolas doEstado decidiram adiar o início do ano letivo.Isto vale dizer que vão adequar os 200 dias leti-vos ao calendário anual. No Norte de Minas, pra-ticamente todos os municípios decidiram acom-panhar a decisão já tomada pelas cidades daregiãometropolitana. EmMontes Claros, o secre-tário de Educação, Benedito Said, informou queo início do ano letivo está previsto para final defevereiro e início de março.

    Caso de políciaAté agora apenas três movimentações aconte-

    ceram na Polícia Militar com nomes do Norte deMinas. A tenente-coronel Gracielle já respondepelo Hangar do Governo, o marido dela, tenente-coronel Hansen, pelo 39º Batalhão (Vespasia-no), e o tenente-coronel Leal, no comando do50º Batalhão emMontes Claros.

    A 11ª Primeira Região abrange77 municípios e cinco batalhões,sendo dois deles emMontesClaros, além das companhiasindependentes que têm status debatalhão e totalizam seisunidades de execuçãooperacional e mais uma dePoliciamento Especializado

    onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 3

  • PENSANDO...

    CONVERSAINTELIGENTE

    O presidente da Câmara dos Deputados, Ro-drigo Maia (DEM), afirmou que, caso o gover-no federal pretenda reduzir a idade mínimade aposentadoria na reforma da Previdênciapara menos de 65 anos, não pode haver umaregra de transição.

    Auxílio-reclusãoO governo federal pretende mudar o valor

    do auxílio-reclusão, benefício pago a depen-dentes de presos. Com o salário mínimo de R$998 em 2019, a ideia é rever o valor médio doauxílio-reclusão de R$ 1.024,89. O INSS paga-va cerca de 47 mil auxílios-reclusão, que so-mavam R$ 48,3 milhões. Garantido pela Cons-tituição, o auxílio-reclusão é devido aos de-pendentes de presos em regime fechado ousemiaberto que trabalhavam e contribuíam re-gularmente ao INSS no momento da prisão.

    EstratégiaAs lideranças políticas de Montes Claros estão

    deixando baixar a poeira para sentir o reflexoda onda Bolsonaro. Eles acham que a estratégiapara a eleição de 2020 dependerá da avaliaçãopopular do atual governo, que prometeu duran-te a campanha um jeito novo de fazer política.

    ProfissionalismoApós polêmicas envolvendo as publicações

    do presidente Jair Bolsonaro na rede social,ficou decidido em decreto que o Twitter deleserá comandado pela Secom (Secretaria deComunicação). Ou seja, não existe espaço pa-ra o amadorismo, o poder exige competênciae profissionalismo.

    MudançaO PC do B, Rede, Patriota, PHS, PRP, PMN,

    PTC, PPL e DC não atingiram cláusula de bar-reira; isso significa que os seus 32 deputadosfederais eleitos podem mudar de partidosem serem punidos.

    CargosNos bastidores começou a disputa pelos car-

    gos do governo do Estado, inclusive na área desaúde no Norte de Minas.

    AliciandoCom as incorporações e fusões provocadas pe-

    la cláusula de barreira, o PSL deseja se tornar omaior partido na Câmara Federal, persuadindosiglas aliadas como o DEM, PSDB e PP

    CodevasfQuem indicará o cargo de superintendente Re-

    gional da Codevasf em Montes Claros?

    Previdência

    Via ganha nome deprofessora heroínaRodovia 631 passa a se chamar Helley de Abreu, mortaapós salvar crianças no incêndio na creche de Janaúba

    Cidade

    foram registrados em MOC em 2018,segundo a Delegacia Especializada

    de Atendimento à MulherColunista político, membro da ABCOP (Associação

    Brasileira de Consultores Políticos)

    Christine Antonini

    Repórter

    Dois casos de femini-cídio foram registradosno último domingo noNorte de Minas. EmFrancisco Sá, uma mu-lher de 22 anos foi assas-sinada a golpes de facãopelo ex-namorado. EmVirgem da Lapa, outra,de 25, morreu baleadapelo ex-companheiro.

    Katiele Rodrigues San-tos recebeu golpes de fa-cão em casa, quando

    dormia. Segundo a PM, oacusado invadiu a residên-cia pela madrugada. Ele es-tá foragido.

    Em Virgem da Lapa,Mayara Aparecida Silvade Souza Rocha foi assassi-nada com cinco tiros. Elaestava separada desde ou-tubro, mas o acusado nãoaceitou o rompimento.

    O autor ainda atingiu amãe e a irmã da vítima,que foram levadas para ohospital de Araçuaí. Ela te-ria sofrido ameaças do au-tor, que está foragido.

    Will [email protected]

    ALTRUÍSMO–Helleymorreucom90%docorpoqueimadosapóssalvarcrianças

    6

    Mortas por ex-companheiros

    ARQUIVO PESSOAL

    feminicídios

    Christine Antonini

    Repórter

    Um dos primeirosatos do governador deMinas, Romeu Zema(Novo), foi promulgar alei que presta homena-gem póstuma à educa-dora morta no incêndioocorrido na Creche Gen-te Inocente, emJanaúba, no dia 5 de ou-tubro de 2017. De acor-do com a decisão publi-cada no Diário Oficialde Minas Gerais, na últi-ma sexta-feira, a rodo-via LMG-631 passa achamar-se ProfessoraHelley de Abreu Batista.

    Segundo o governa-dor Zema, a homena-gem póstuma é umaforma de reconhecer oato de heroísmo da pro-fessora. A educadora fa-leceu com 90% do cor-po queimados, após sal-var vários alunos entreas chamas. Ela ainda te-ria lutado contra o vigi-lante Damião Soares,autor da tragédia, quemorreu e causou a mor-te de 13 pessoas, sendodez crianças.

    “Para nossa família emeus filhos, é uma hon-ra ver esse reconheci-mento. É algo até divi-no, pois ela salvou mui-

    tas vidas e isso diminuiu adimensão da tragédia.Nosso filho caçula, de 2anos, não entende o queaconteceu, quando ele vêfotos dela, pergunta ondeestá mamãe. Respondoque ela virou a estrelamais brilhante do céu”, dis-se o viúvo de Helley, LuizCarlos Batista.

    Com cerca de 80 quilô-metros, a rodovia que ligaos municípios de SãoJoão da Ponte a CapitãoEnéas está praticamentesem asfalto. Somente o

    trecho que liga até aBR-122 é pavimentado.

    MAIS HOMENAGEM

    Em março do ano passa-do, a deputada federal Ra-quel Muniz (PSD) indi-cou o nome da professo-ra Helley de Abreu Batis-ta para receber o PrêmioMietta Santiago.

    “A homenagem à profes-sora Helley na Câmarafoi uma forma de agrade-cermos a ela, ainda quein memoriam, o que fezpor nossas crianças e

    mais: perpetuamos a pes-soa e o gesto dela. Dar onome dela a uma rodoviacertamente vai garantirque a sua história estejasempre presente na vidade quem trafegar por ali.Todas as homenagenspossíveis serão suficien-tes para quem doou a vi-da em favor do outro,mas certamente é umaforma de imortalizaraquela vida perdida e ga-rantir o exemplo dela emnossas vidas, todos osdias”, disse a deputada.

    4 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 onorte.net

  • CONSTRANGIMENTO–Damares , cujo pai faleceu emabril de 2018, ainda

    espera o benefício: “contraímos dívidas coma funerária, que liga cobrando”

    MOC suspende pagamentode auxílio-funeral a carentesMorador promete denunciar prefeito ao MP por não cumprir a lei que garante o benefício

    Montes Claros

    DESCASO–Gestor de Saúde do Feijão Semeado,MárioRibeiro: “famílias não têmcomo sepultarmortos”

    FOTOS MANOEL FREITAS

    Manoel Freitas

    Repórter

    Sob a alegação de queo ex-governador deMinas Fernando Pi-mentel (PT) não repas-sou recursos para a Se-cretaria Municipal deDesenvolvimento So-cial, o prefeito deMon-tes Claros, HumbertoSouto (PPS), suspen-deu o pagamento doauxílio-funeral desti-nado a cobrir despe-sas comprovadas comsepultamento às famí-lias carentes durantetodo o processo de ve-lório, transporte e pre-paro do corpo.A ajuda de um salá-

    rio mínimo, instituídapor lei complementarde dezembro de 2005e regulamentada em19 de março de 2014pelo então prefeitoRuy Muniz, deixa deser cumprida pelaatual gestão.Presidente do Conse-

    lho Gestor de Saúdeda Conferência Cida-de Cristo Rei – aglome-rado conhecido tam-bém como “Feijão Se-meado” –, Mário Ribei-ro, de 73 anos, disseque denunciará o des-cumprimento da leiao Ministério Público.Na manhã da última

    sexta-feira, Ribeiroacompanhou a repor-tagem do O NORTEno Feijão Semeado, on-de amaior parte da po-pulação vive abaixoda linha da pobreza.Ex-policial militar, o

    conselheiro é quemencaminha os pedidosde auxílio-funeral àprefeitura. Têm direi-to ao benefício famí-lias com renda per ca-pita mensal igual ouinferior a meio saláriomínimo. “As famíliasjá enfrentam a buro-cracia em momentosde forte emoção paraobter o benefício. Ago-ra não têm como pa-

    gar o funeral. Tudo por-que o prefeito travou obenefício. O prefeitoHumberto Souto, comoex-ministro do Tribunalde Contas da União, sa-be muito bem que nãopode deixar de descum-prir uma lei”, salientou

    Mário Ribeiro, lembran-do que em outras admi-nistrações era muitosimples ter acesso ao au-xílio-funeral.“As famílias tinham

    apenas que pegar umanota fiscal no valor deum salário mínimo nas

    funerárias, juntar o ates-tado de óbito e dar entra-da no Cras (Centro de Re-ferência de AssistênciaSocial) ou Creas (Centrode Referência Especiali-zado de Assistência So-cial), que cuidavam dopagamento do benefí-

    cio”, comparou.Mário Ribeiro afirmou

    ainda que “o dinheironão sai dos cofres da pre-feitura, e, sim, da Secre-taria de Estado de Desen-volvimento Social”.

    DOR AMPLIADA

    Dona Maria de LourdesMoura, de 71 anos, mora-dora da ruaCaçarema, de-nuncia que desde 20 deabril de 2018 aguarda oauxílio-funeral da prefei-tura, data do falecimentodo filho, o carpinteiro Jo-sé Augusto Moura. Ele fa-leceu aos 56 anos, deixan-do seis filhos, a mais no-vamorando coma avó.“O que posso fazer, meu

    filho?”, lamenta amatriar-ca, que tem 30 filhos, 30netos e um tataraneto. “Opedido está pronto paraser pago com o Lúcio, daSecretaria de Desenvol-vimento Social”, contadona Maria de Lourdes.Para pagar o sepulta-mento, foi preciso ajudade toda a família.

    DamaresAparecida Pin-to, moradora da rua Re-nascença, é outra que es-pera o auxílio-funeral.Ela perdeu o pai, José Rai-mundo Pinto, então com59 anos, em abril de 2018e, até hoje, não conseguiureceber o benefício. Disseà reportagem que o Crasse recusou até mesmo areceber o encaminhamen-to do pedido de auxílio.Emocionada, recorda

    que o pai deixou sete fi-lhos e dez netos. “O bene-fício faz muita falta, por-que ficou uma dívida deR$ 2.900 com a funerária,que liga cobrando até ho-je, inclusive ameaçandotomar bens do meu ir-mão”, lamenta.A reportagem tentou,

    na sexta-feira pela ma-nhã – por e- mail e peloWhatsApp – uma respos-ta do titular da SecretariaMunicipal de Desenvolvi-mento Econômico, Aurin-do Ribeiro, sobre as de-núncias de suspensão doauxílio-funeral, mas nãoobteve retorno.

    SEM REPASSES

    Na manhã de ontem, areportagem foi à sede dasecretaria, onde AurindoRibeiro confirmou a sus-pensão do benefício. “É is-so mesmo, está suspenso.Como o Piso Mineiro deAssistência Social não es-tá pagando a prefeitura,não temos como pagar oauxílio-funeral”, alegou.De acordo com informa-

    ções no setor financeiro,a transferência mensal,de R$ 70 mil, há 14 mesesnão é depositada na con-ta domunicípio.Foi confirmada ainda a

    denúncia de que a Secre-taria de Desenvolvimen-to Social adotou a postu-ra de sequer receber os pe-didos de benefícios.“Tinham 50 pedidos

    aí, não estamos rece-bendo mais, mas a de-manda continua por-que o pessoal continuamorrendo (risos)”, arre-matou o assessor.

    a melhor notícia está no arsintonize 104.9

    música, informação e entrevistas

    onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 5

  • Disputas da união

    Os Jogos Indígenasocorrem em soloXakriabá 15 anosdepois que comecei aretratar os principaisritos desse povo, achegada de suaslideranças ao poder e,ainda, o resgate dastradições, tendo comobase a construção daCasa de Cultura,erguida na AldeiaSumaré, com recursosinternacionais.Avanços que, em poucotempo, melhoraram aqualidade de vida daetnia e colocaram oartesanato produzidopor eles entre os maisricos e representativosdo país.Agora, no final dedezembro, durante acobertura dos jogos, oque mais meimpressionou, além dahospitalidade do índiosertanejo, foi a fortepresença das criançasnos rituais: herançacultural, legadoretratado em pinturascorporais, presentestambém quandoapenas se divertem naaldeia com arco,flecha, maracá ecocar, brincando deíndio mesmo.

    Manoel Freitas

    Jogos Indígenas reúnem 600 atletas nativos de quatro povos para compartilhar a cultura

    Especial

    Relato

    RITUAIS–Emváriosmomentos, danças e outros tipos de celebração são realizados para comemorar a união dos povos deMinas

    POVOKRENAK–Pintura corporal temprofundo significado para os povos

    indígenas, sinal de respeito pela terra e pela cultura

    CABODEGUERRA–Naprova de força, homensXakriabá são imbatíveis

    ÍNDIOS DE MINAS

    Manoel Freitas

    Enviado Especial

    SÃO JOÃO DAS MIS-SÕES – O sertão minei-ro foi palco, pela segun-da vez, de um ritual devalorização da cultura eda união de quatro po-vos indígenas que vi-vem em terras minei-ras. Durante quatrodias, mais de 600 atle-tas nativos dividiram oespaço na tribo Xakria-bá, emSão JoãodasMis-sões, no Norte do Esta-do, para participaremdos VI Jogos IndígenasdeMinasGerais.O NORTE acompa-

    nhou essa confraterni-zação e traz, nesta edi-ção, a primeira maté-ria de uma série queirá retratar as disputase a cultura das naçõesparticipantes.Nas terras do maior

    grupo étnico do Esta-do, na Aldeia BarreiroPreto, os quatro povosse enfrentaram em oi-to competições: derru-ba o toco, arco e flecha,cabo-de-guerra, zaraba-tana, corrida do mara-cá, bodok, arremessode lança e futebol.Xakriabá, Krenak,

    Xucuru Kariri e Pataxóvalorizam e perpetuamas tradições atravésdos jogos, criados em1996 pelo Comitê Inter-tribal de Memória eCiência Indígena.Para quempossa ima-

    ginar que as tribos vêmperdendo força e suastradições e culturasnos últimos anos, os jo-gos demonstraram ocontrário. A pintura norosto émarca de que ostraços étnicos conti-nuammuito vivos.Além disso, a presen-

    ça das crianças, interes-sadas nas modalidadesémuito grande. Corren-do pela tribo, a diversãoprincipal é o arco e fle-cha, nada de carrinhosou brinquedos comunsaospequenosdacidade.O antropólogo da

    Funai França Júnior,que atua nas 34 al-deias Xakriabá quefazem limite com osmunicípios de Man-ga, Miravânia, Montal-vânia, Januária e Itaca-rambi, lembra que nacompetição “há pou-co valor para a vitó-ria e mais atenção pa-

    ra a comunhão, comforte impacto na cultu-ra de cada povo”.O indigenista destaca

    que a pintura corporal,muitomais forte aindadu-ranteosquatrodiasdo tor-neio, “é uma tradição comprofundo significado paraos povos indígenas, sinalde respeito pela terra e pe-la cultura”. O antropólogoreforça que omotivo prin-cipal dos jogos “é aproxi-mar os povos indígenas,demodoa fortificar as cul-turas e tradições”.

    INTEGRAÇÃO“Os jogos nos permitem

    conhecera realidadedeca-da povo”, argumentou ocaciqueThyeru Jal, que as-sumiu a tribo Xucuru Ka-riri em 2015, após a mortedo pai. Lembrando que acompetição o permitiu pi-sar em solo Xakriabá. “Eaí, depois de uma partidade futebol, da derrubadade um toco, a gente sentapara saber como estão asquestões internas de cadapovo, vai descobrindo ca-da segredo um do outropara depois juntar tudo efazerumbolo só”, disse.A escolha de São João

    dasMissões para a realiza-ção dos jogos levou emconta, também, o fato de omunicípio ser administra-do, pela terceira vez, peloíndio JoséNunes. Em1987,com 11 anos de idade, elefoi testemunha ocular damortedopai, o caciqueRo-salinoGomes, na “ChacinaXakriabá”, que ganhou re-percussão internacional,forçandoaFunai ademar-car as terrasda etnia.

    FOTOS MANOEL FREITAS

    6 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeiro de2019 onorte.net

  • Em dezembro, o presidente da ACI, Newton Figueire-do, ediretoresdaentidade receberammembrosda im-prensamontes-clarenseparaa tradicional confraterni-zaçãode fimdeano. Colunistas, profissionais demídiaimpressa, TV, rádio e blogs prestigiaram o evento.Oportunidade para estreitar os laços da entidade comos novos profissionais e aqueles que já são parceirosde longadatadaACI.Noevento, a instituiçãohomena-geou com umbóton da ACI o jornalista Délio Pinheiro,

    por sua atuação em prol do meio ambiente, cultura eesporte. Ainda, ratificou o título de cidadão honorárioconcedido a ele em novembro. O jornalista da TV Ge-raes Raphael Bicalho também foi homenageado peloexcelente trabalho e contribuição com a divulgaçãoda Fenics e demais ações da entidade. O LaboratórioSanta Clara doou uma cesta de chocolates Kopenha-gen para sorteio entre os jornalistas. A assessora deimprensa do INFMG e redatora da Revista Tempo, An-

    dréia Pereira, foi a sorteada. A diretoria da ACI compa-receu ao evento, que teve o buffet Favoritto, no Auto-móvel Clube, ao som domusicista Thomas Fernandes.Todos os jornalistas e diretores receberam a Agenda2019 da ACI. O evento também foi omomento de apre-sentar à imprensa o selo de 70 anos da ACI, criado edoado à entidade pela Agência Flagra. A diretora, Sel-ma Dias, falou sobre o processo de criação do selo,que tambémestampaacapadaagenda.

    Confraternização da ACI com a imprensa 2018

    FOTOSSOLONQUEIROZ

    Esta colunista com Angelina Antunes, Márcia

    Vieira, Silvana Mameluque, Célia Caldeira,

    Alessandra Marques, Andréia Pereira, Patrícia

    Silva e Drikka Queiroz

    Opresidente do Conselho da ACI, Ildemar

    Soares, colocando o bóton da ACI no jornalista

    Raphael Bicalho

    Ovice-presidentedaACI,LeonardoVasconcelos,

    colocandoobótondaACInojornalistaDélioPinheiro

    Leonardo Vasconcelos com Fernando Deusdará,

    Nágila Almeida eNewton Figueiredo

    EdenilsonDurães com Newton Figueiredo e

    Agnaldo Leite, diretores daACI

    Opresidente da ACI, Newton Figueiredo, ao

    centro, com os membros da imprensa: sentados,

    Andréia Pereira, Silvana Mameluque, esta

    colunista e Magnus Medeiros; em pé, Aurélio

    Vidal, Angelina Antunes, Ricardo Jr, Selma Dias,

    Caico Siufi, Patrícia Silva e Márcia Vieira Yellow

    NágilaAlmeida,DélioPinheiro, FábioBorgh,Léia

    Oliveira,CácioXavier,CidaSantanaeLuizRibeiro

    Bernardo e Gislayne Lopes com opresidente da

    ACI, Newton Figueiredo

    Caíco Siufi e Selma Dias com o casalNewton

    Figueiredo eElizena

    Os jornalistas

    receberam aagenda

    2019 da ACI. Na foto,

    Alex Tuta, Cácio

    Xavier, Léia

    Oliveira, Max

    Andrade e Rosten

    Garcia

    Ruth [email protected] Jabbur

    onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 7

  • Aluno poderá faltaraula devido à religiãoLei foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e entra em vigor em 60 dias

    Da Redação*

    Estudantes poderãofaltar a aulas e provaspor motivos religio-sos. É o que estabelecea Lei 13.796/2019, san-cionada pelo presiden-te Jair Bolsonaro e pu-blicada no Diário Ofi-cial da União da últi-ma sexta-feira.A lei entrará em vi-

    gor em 60 dias, emmarço, e altera a Leide Diretrizes e Bases(LDB) da educação. Apartir desta data, asescolas terão aindadois anos para tomaras providências e fa-zer as adaptações ne-cessárias para colocara medida em prática.A nova lei estabelece

    que estudantes de esco-las e universidades pú-blicas e privadas pode-rão se ausentar de pro-vas ou aulas em diasque, “segundo os precei-tos de sua religião, sejavedado o exercício detais atividades”.Para isso, os estu-

    dantes terão queapresentar um reque-rimento com a devi-da antecedência.Para repor as ativida-

    des, as instituições de

    ensino poderão aplicarprova ou aula de reposi-ção, conforme o caso,sem custo financeiro pa-ra o estudante. Poderãoainda solicitar dos alunosum trabalho escrito ououtra modalidade de ati-vidade de pesquisa.Os estudantes que fize-

    rem essas atividades te-rão garantida a presença.A lei não se aplica, no

    entanto, às escolas mili-tares. Isso porque o ensi-no militar é reguladoem lei específica, admiti-da a equivalência de es-tudos, de acordo com asnormas fixadas pelos sis-

    temas de ensino.De acordo com a Agên-

    cia Senado, a estimativade líderes religiosos é ade que cerca de 2 mi-lhões de brasileiros guar-dam o sábado e, por ra-zões de fé, não podem es-tudar ou trabalhar até opôr do sol.

    A lei teve origem noPLC 130/2009. No Sena-do, o projeto foi apro-vado em turno suple-mentar pela Comissãode Educação, Cultura eEsporte (CE).O relator, senador Pe-

    dro Chaves (PRB-MS),justificou que a matéria

    vai suprir lacuna da le-gislação, conciliando odireito à liberdade reli-giosa com o direito àeducação.“Ninguém pode ser pre-

    judicado por conta desuas crenças e convic-ções”, afirmou Chaves.* Com agências Brasil e Senado

    Educação

    Da Redação*

    Com a posse do presi-dente Jair Bolsonaro edoministro RicardoVé-lez Rodríguez foram fei-tas mudanças na estru-tura do Ministério daEducação (MEC). Umadelas foi a criação daSubsecretaria de Fo-mento às Escolas Cívi-co-Militares.Voltada principal-

    mente para a educaçãobásica, etapa que com-

    preende desde as crechesao ensino médio e que, se-gundo Vélez Rodríguez,será prioridade do gover-no, a subsecretaria pre-tende levar às escolas in-teressadas o modelo doscolégios militares.A proposta, segundo o

    MEC, é baseado no altodesempenho dessas ins-tituições em avaliaçõesnacionais – por isso o go-verno quer expandir omodelo.A subsecretaria irá de-

    senhar uma modelagemde gestão escolar que en-volve militares e civis egarantir a aplicação des-se modelo nos estados emunicípios.Pelo decreto, a adesão

    de estados e municípiosao modelo será voluntá-ria. Em nota, o MEC expli-ca que a presença de mili-tares na gestão adminis-trativa “terá como meta aresolução de pequenosconflitos que serão pron-tamente gerenciados, a

    utilização destes como tu-tores educacionais, paraa garantia da proteção in-dividual e coletiva, den-tre outras visando a dis-ciplina geral da escola.Os militares contribui-rão com sua visão orga-nizacional e sua intrínse-ca disciplina; os civiscom seus conhecimen-tos pedagógicos, todosjuntos farão parte destaproposta de estruturaeducacional”.* Com Agência Brasil

    SEMCUSTO–Atividade deverá ser reposta pormeio de prova, aula ou trabalho, o que abona a falta

    ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL

    MEC cria modelo de escola cívico-militar

    A nova leiestabelecequeestudantes deescolas euniversida-des públicas eprivadaspoderão seausentar deprovas ouaulas emdias que,“segundo ospreceitos desua religião,seja vedado oexercício detaisatividades”

    Esse modelo será implementadopreferencialmente em escolasem situação de vulnerabilidadesocial e para as famílias queconcordam com essa propostaeducacional. O presidente daUnião Nacional dos DirigentesMunicipais de Educação(Undime), Alessio Costa Lima,disse esperar o detalhamentoda proposta

    8 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 onorte.net

  • Vacinação e exame preventivo ajudam a manter longe o câncer de colo de útero

    Evitável e curável

    Bruno Inácio

    Mariana Durães

    Do Hoje em Dia

    Mortal, mas de fácilprevenção. Descobertono estágio inicial, o cân-cer de colo de úterotem, inclusive, chancesde curade até 100%.En-tretanto, sem os devi-dos cuidados, 890 mi-neiras devem desenvol-ver a doença neste ano,segundo estimativas doInstituto Nacional doCâncer (Inca).Mesmo com trata-

    mento que pode re-sultar na recupera-ção da paciente, o tu-mor é o terceiro do ti-po maligno mais fre-quente em mulherese a quarta causa de

    óbitos no grupo.Vacinação, exames pre-

    ventivos e cuidados a se-rem adotados por quem játemuma vida sexual ativasãomedidas essenciais pa-ra evitar a enfermidade.As recomendações estãoem evidência neste mês,quando é realizada a cam-panha JaneiroVerde.Uma das principais

    causas dos tumores é ocontágio persistente poralguns tipos de Papilo-ma Vírus Humano(HPV). Entre os mais de150 existentes, 40 podemcausar infecções e pelomenos 13, carcinomas.A estimativa é a de que

    até 80% das mulheres se-xualmente ativas tenhamcontato com os vírus aolongodavida.

    “O problema não é ter ovírus, é ele virar câncer”,frisa o professor AugustoBrandão, da Faculdade deMedicina da UFMG, espe-cialista em ginecologiaoncológica.

    PRECAUÇÃOA vacina contra o Papi-

    loma Vírus Humano é aforma mais efetiva paraprevenção e deve ser to-mada tanto por meni-nas, de 9 a 14 anos, quan-to por meninos, de 11 a

    14. Os garotos devem serimunizados, conformeBrandão, para evitar atransmissão para elas.A proteção, porém, tem

    baixa adesão da popula-ção.Semimunização, o ris-co aumenta à medida quea pessoa inicia a vida se-xual precocemente, temmúltiplos parceiros, é fu-mante e faz uso prolonga-do de anticoncepcionais,alertamos especialistas.“É preciso pensar emno-

    vas campanhas para esti-

    mular tanto a adesão à va-cinação quanto o uso dopreservativo”, defende Ri-cardo Antunes, ex-presi-dente da Sociedade Brasi-leiradeCancerologia.Oacompanhamentomé-

    dico, para diagnóstico delesões que podem virarcâncer de colo de útero, éfundamental. De acordocom o Ministério da Saú-de, todamulher de 25 a 64anos deve ir ao consultó-rio do ginecologista umaveza cada 12meses.“As com menos de 25

    anos também podem serselecionadas, caso a ca-so, para fazer o rastreiodo câncer, que é gratui-to, não dói, não compro-mete a saúde e pode evi-tar uma cirurgia maiorou um tratamento

    mais agressivo”, ponde-ra Augusto Brandão.

    TRATAMENTOO tratamento mais ade-

    quado depende da identi-ficação da extensão e lo-calização do tumor, ida-de da paciente, condiçãofísica geral e se ela dese-ja ter filhos.“A maioria dos casos,

    no Brasil, é diagnostica-da já em fases maisavançadas, de difícil tra-tamento”, destaca Ricar-do Antunes.Só no ano passado, en-

    tre cirurgias oncológicas,radio e quimioterapia, fo-ram cerca de 670 proce-dimentos para tratamen-to do câncer de colo doútero na rede públicamunicipal de BH.

    Saúde

    A campanha Janeiro Verdevisa a conscientizar asmulheres da importância daprevenção contra o câncer decolo de útero

    O QUE É?O Papanicolau é um examerápido, que colhe células docolo do útero para análise.

    QUAL O OBJETIVO?Prevenir contra o câncer decolo do útero, indicandolesões pré-cancerosas.

    QUANDO DEVE SER FEITO?Uma vez por ano, emmulheres a partir dos 25anos que já tiveram relaçãosexual.

    ATÉ QUANDO?Deve ser feito até os 64 anose interrompido quando, apósessa idade, a mulher tiverpelo menos dois examesnegativos consecutivos nosúltimos cinco anos.

    SAIBA MAISDOENÇA ACOMETE MULHERES

    OVÁRIO

    TROMPA DE FALÓPIO

    ÚTERO

    COLO DO ÚTERO

    VAGINA

    EDITORIA DE ARTE: NELSON FLORESFONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

    Quais os sintomas?Pode não haver sintomas,

    mas, em alguns casos,ocorrer sangramentoirregular, menstruação intensaou dor na pélvis durante asrelações sexuais. Em algumassituações há corrimentovaginal anormal, fadiga,náusea ou perda de peso.

    Como se prevenir?Usar preservativo em todas

    as relações sexuais e cuidarda higiene íntima. Alémdisso, realizar o examepreventivo para a detecção delesões ainda em fase inicial. Oteste é ofertado pelo SUS nasunidades básicas de saúde.

    Há outra forma?A vacina contra o HPV

    oferecida pelo SUS também érecomendada, pois confereproteção para quatro tipos dovírus. Está disponível parameninas na faixa etária de 9 a14 anos, meninos de 11 a 14anos e para homens emulheres vivendo com HIV.

    SOBREO EXAME

    pmulheres

    SOBRE A DOENÇA

    onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeiro de2019 9

  • Economia

    Aposentadoria játem novo cálculoAtualização de regra exige um ano a mais para quehomem e mulher tenham direito ao benefício

    Da Redação*

    O cálculo das aposen-tadorias por tempo decontribuição mudouneste início de anoquando foi acionadaumanorma implemen-tada por lei em 2015. Aregra exige um ano amais para homens emulheres se aposenta-rem. A atual fórmula,conhecida como 85/95,aumentou um ponto ealcançou agora 86/96.De acordo com a fór-

    mula 85/95, a soma daidadeedo tempodecon-tribuição era de 85 anosparamulheres e 95 parahomens.O tempode tra-balho das mulheres erade 30 anos e o dos ho-mens, de 35anos.Isso significa, por

    exemplo, que uma mu-lher que tenha traba-lhado por 30 anos, pre-

    cisaria ter pelo menos 55anos para se aposentar.A partir de agora, para

    se aposentar com o tem-po mínimo de contribui-ção, ela deverá ter 56anos. A mesma soma pre-cisará alcançar 96 paraos homens. A fórmula se-rá aumentada gradual-mente até 2026.A regra de aposenta-

    doria é fixada pela Lei13.183/2015. Nos próxi-mos anos, a soma volta-rá a aumentar, sempreem um ano. A partir de31 de dezembro de2020, passará a ser87/97; de 31 de dezem-bro de 2022, 88/98; de31 de dezembro de2024, 89/99; e, em 31 dedezembro de 2026 che-gará à soma final de90/100.Além de se aposentar

    por essa regra, os traba-lhadores podem atual-

    mente se aposentar tam-bém por tempo mínimode contribuição: 35 anospara os homens e 30 anospara as mulheres, inde-pendentemente da idade.Nesses casos, no en-

    tanto, poderá ser aplica-do o chamado fator pre-videnciário que, na prá-tica, reduz o valor daaposentadoria de quemse aposenta cedo.

    MEU INSSOs trabalhadores que al-

    cançaram o tempo míni-mo de contribuição equeiram dar entrada nopedido de aposentadorianão precisammais se diri-gir a uma das unidadesdo INSS.Basta acessar o site meu.

    inss.gov.br e fazer o reque-rimento, sendoconvocadoposteriormente para apre-sentaçãodosdocumentos.* Com Agência Brasil

    FACILIDADE– Interessados não precisammais ir ao INSS para dar entrada nopedido

    A atualfórmula,conhecidacomo 85/95,aumentouum ponto ealcançouagora 86/96;nospróximosanos, a somavoltará aaumentar,sempre emum ano, atéchegar àsoma final90/100

    FLÁVIO TAVARES/HOJE EM DIA

    Governoadiaprazoparacadastro doBPCDa Redação

    Quem não atuali-zou até 31 de dezem-bro a inscrição no Ca-dastro Único paraProgramas Sociais(CadÚnico) do gover-no federal terá novaoportunidade paracolocar a situaçãoem dia. Portaria esta-beleceu novas dataspara a regularizaçãodo cadastro, de acor-do com o aniversáriode cada beneficiário.Em Minas Gerais,

    cerca de 450 mil pes-soas tinham pendên-cia no cadastro até ofim do ano passadoe corriam o risco deterem o pagamentosuspenso.O Benefício de

    Prestação Continua-da (BPC) tem o valorde um salário míni-mo e é pago mensal-mente a maiores de65 anos e a pessoascom deficiência quepossuem renda fami-liar per capita de atéum quarto do salá-rio mínimo.

    NOVO CALENDÁRIOPelo novo crono-

    grama, os nascidosnos primeiros trêsmeses do ano têmagora até 31 demarço deste anopara regulariza-rem a situação.Caso contrário, o

    benefício pode sersuspenso a partir deabril. Os benefi-ciários não inscritosserão notificados pe-la rede bancária so-bre as datas-limite.

    O BPC pode ser reati-vado assim que a ins-crição for identificada.O interessado receberáretroativo o valor refe-rente ao período dasuspensão.Os beneficiários têm

    a opção de entrar comrecurso contra a sus-pensão do BPC nos ca-nais de atendimentodo INSS em até 30dias a partir da datada suspensão.A intenção do gover-

    no federal com o reca-dastramento é cum-prir a legislação, quedetermina que todosos beneficiários doBPC devem estar inse-ridos no CadÚnico.

    INSCRIÇÃOPara se inscrever, os in-

    teressados devem procu-rar os Centros de Refe-rência de Assistência So-cial (Cras) ou a Secreta-ria de Assistência Socialdo município e ter emmãos o Cadastro de Pes-soa Física (CPF), Regis-tro Geral (RG) e compro-vante de residência.A inscrição também

    pode ser feita pelo res-ponsável familiar, con-tanto que leve os docu-mentos de todas as pes-soas que moram com obeneficiário.Entre as vantagens

    de fazer parte doCadÚnico está a pos-sibilidade de partici-par de vários progra-mas sociais do gover-no federal, com aces-so a outras políticaspúblicas como a Tari-fa Social de EnergiaElétrica ou o MinhaCasa, Minha Vida.

    10 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 onorte.net

  • ESPORTESGERAES

    Inscrições abertaspara GP de rolimãObjetivo do evento em Montes Claros é resgatarbrincadeiras que perdem espaço ao longo do tempo

    Li artigo do jornalista Cosme Rímoli que trazinformações interessantes do desinteresse (a re-dundância é proposital) da imprensa francesano futebol de Neymar naquela país e em sua per-manência no PSG, da França. Citando o jornalis-ta Eric Frósio, do Jornal L´Equipe, Rímoli destacaque o individualismo de Neymar o vem prejudi-cando em todos os ambientes que frequenta,desde o Barcelona até o PSG. Após um ano emeio no país francês, Neymar não frequentou se-quer a uma única aula do idioma, embora falefluentemente o espanhol, evidenciando assimque a equipe atual é apenas uma passagem emsua carreira. O torcedor e a imprensa francesanão perdoam esta atitude.Ainda sobre Neymar, Frósio escreveu declara-

    ções que, olhadas tranquilamente com um poucomais de apuração, certificam o que já se descon-fiava: o temperamento do jogador segrega, ao in-vés de agregar. “O Neymar já sonha em ser o nú-mero um do mundo desde que começou a fazersucesso acima do normal, no Santos. Quando ti-nha 15, 16 anos, colocou isso na cabeça e foi decisi-vo ao deixar o Barcelona de Messi. Ele quis ter umclube só voltado para ele. Por isso foi para o PSG.Só que sua postura individualista fez comque pas-sasse a empolgação. E viessem os questionamen-tos. Futebol não é tênis. Ter como meta na carrei-ra ser o número umdomundo é algo que não com-bina com o coletivo. O Iniesta nunca foi númeroum,mas está no coração de todos. Não se colocoucomo mais importante do que o clube, como oNeymar está fazendo. Daí o desencanto”, diz.Frósio afirma que mal começou 2019 e a postu-

    ra de Neymar segue sendo criticada. Uma fotoque ele fez questão de tirar, ao lado de Arthur,do Barcelona, e do bicampeão mundial de surfe,Gabriel Medina, e mais 26 mulheres, na Bahia,foi muito mal recebida na Europa. As críticas emprogramas esportivos franceses foram duras.Neymar, que levou Arthur, Medina e vários de

    seus “parças” na farra na Bahia, com seu jati-nho particular, não se importou com a cobran-ça. Seguiu nas festas, sabendo que estava sen-do filmado por inúmeros celulares.Também concordo com a afirmação de Frósio de

    que virá a Copa América, tecnicamente fraca, comfinal marcada para oMaracanã e onde, certamen-te, a também fraca seleção de Tite vai deitar e ro-lar, ganhando o torneio e desviando o foco da suafalta de prestígio diante do futebol europeu e pra-ticamente sua sentença demorte perante a Fifa.Afirmo que enquanto o Brasil elevar à sua

    mais alta categoria atletas com tamanho egoinflado e que são praticamente fabricados pelomarketing e não pelo amor ao futebol, dificil-mente se ganhará alguma coisa relevante, co-mo por exemplo, uma Copa do Mundo.

    Esportes

    O indigesto Neymar parao futebol francês.

    Jornalista, cronista esportivo, radialista, e

    vice-diretor da Associação Mineira dos Cronistas

    Esportivos BH (AMCE) para a região Norte de Minas

    LADEIRAABAIXO–Competição está aberta para homens emulheres, a partir dos 5 anos de idade

    VINÍCIUS ALISSON/DIVULGAÇÃO ROLIMOC

    Nairlan Clayton [email protected]

    Gian Marlon*

    Rolamentos de aço,madeira e uma pita-da de adrenalina pa-ra se aventurar comos carrinhos de roli-mã. Em Montes Cla-ros, os apaixonadospela modalidade te-rão mais uma oportu-nidade de reunir a fa-mília e entrar na brin-cadeira na 3ª ediçãodo GP de Rolimoc.O evento é uma for-

    made recuperar a brin-cadeira típica de anosatrás e que há muito acriançada deixou de la-do para se dedicar aosgames eletrônicos.Cassio Abade, organi-

    zadordoeventonacida-de, conta que viu nacompetição a oportuni-dade de passar para osmais novos outras for-mas de entretenimento.“Surgiu como uma

    vontade de resgatar asminhas brincadeirasde infância. Tenho umfilho de 6 anos e eu que-ria passar as brincadei-ras para ele. Estava nagráfica preparando ou-

    tra coisa e surgiu a ideia.As pessoas que estavamno local disseram que es-tariamdentro e iriamade-rir”, conta.A diversão é passada de

    pai para filho ao longo dotempo e aqui na cidade háquem se interesse peloscarrinhos. “Na primeiraedição desceram o avô, ofilho e o neto – três gera-ções que participaram doevento”, lembra Cassio.Ele explica que a sensa-

    ção é única e consideradacomo uma experiênciapessoal de cadaumque to-ma coragem e desce asavenidas. “Tem que des-cer para poder sentir. Esta-mos deixando passar coi-sas boas. A gente mesmoque fabricava e tínhamosapenas o chinelo comoproteção. Os pais deixa-

    vam a gente brincar, ecom7 anos jámanuseáva-mos o martelo e até mes-moos pregos. A importân-cia é para que as criançaspossam viver isso, saíremdo videogame e da televi-são. Elas mesmas faze-rem o próprio carro, usa-rema criatividade e resga-tarem isso”, completa.

    REGRAS

    Os participantes da cor-rida precisam seguir algu-mas normas: os carri-nhos precisam ter rola-mento de ferro, ter ummetro e meio de compri-mento por umde largura,os pilotos precisam usarequipamentos de segu-rança, como capacete.Quem não souber fabri-car o próprio rolimã, se-gundo Cassio, pode com-

    prar em lojas onde sãovendidos já montados. Ovalor pode chegar a R$100,mas a fabricação ficamais barata, com customédio de R$ 30.

    O TERCEIRO GP

    A terceira edição já temdata marcada para 17 defevereiro, no loteamentoao lado do ResidencialSul, no fundo do PostoTrilha do Sol. O início es-tá previsto para as 8h.Os interessados, de am-

    bos os sexos, podemparti-cipar em quatro catego-rias: Kids (5 a 11 anos), Ju-venil (12 a 16 anos), Adul-to (17 a 100 anos) e ForçaLivre. Inscrições custamR$ 25 no primeiro lote eR$ 30 no segundo e po-demser feitas na ruaDou-tor Veloso, 710, no CentrodeMontes Claros.Na mesma data, o Rei

    da Rua Corrida de Roli-mã será realizada em Co-ração de Jesus, na rua 9,bairro Renovação. Semfins lucrativos, com ins-crições gratuitas, trata-sede um evento social.

    *Estagiário sob a supervisão

    do editor

    O 3º GP de Rolimoc aconteceem 17 de fevereiro, noloteamento ao lado doResidencial Sul, no fundo doPosto Trilha do Sol. O inícioestá previsto para as 8h

    onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 11

  • A consumidora Joana DarcCorreia Fernandes foi a felizganhadora do Renault Cap-tur sorteado neste domin-go, às 18h, na praça de ali-mentação do Ibituruna Cen-ter. Na presença de audito-res e muitos clientes do sho-pping, o sorteio movimen-tou a tarde de domingo efez muita gente cruzar os de-dinhos para começar 2019muito bem. Parabéns, JoanaDarc!!!

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    “As mudanças são necessárias, pois o Universo está em constante renovação.

    É a flor que doa sua semente ao solo, é a semente que se transforma em broto, é o broto que vira árvore, é a árvore que dá frutos.

    Na natureza, tudo é novo a cada instante.

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    Situações novas surgem a todo momento. Para estas novas situações, são necessárias novas respostas”

    Giu Martins

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    12 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 7 e8de janeirode2019 onorte.net