PGR - Norma CETESB P4.261

120
MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE ANÁLISE DE RISCOS P4.261 maio/2003 SUMÁRIO Página Introdução ...................................................................................................................................................... 1 1. Definições.................................................................................................................................................. 1 Parte I - Critério para a classificação de instalações industriais quanto à periculosidade ........................ 8 2. Desenvolvimento da metodologia do critério ........................................................................................... 9 Parte II – Termo de referência para a elaboração de estudos de análise de riscos .................................. 17 3. Caracterização do empreendimento e da região ...................................................................................... 17 4. Identificação de perigos ........................................................................................................................... 19 5. Consolidação dos cenários acidentais ..................................................................................................... 22 6. Estimativa dos efeitos físicos e avaliação de vulnerabilidade ................................................................. 23 7. Estimativa de freqüências ........................................................................................................................ 28 8. Estimativa e avaliação de riscos .............................................................................................................. 29 9. Gerenciamento de riscos ......................................................................................................................... 34 Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 40 Anexo A - Listagem de substâncias tóxicas ................................................................................................ 42 Anexo B - Listagem de substâncias inflamáveis ......................................................................................... 45 Anexo C - Relação entre as quantidades de substâncias tóxicas e distâncias seguras ................................ 48 Anexo D - Relação entre as quantidades de substâncias inflamáveis e distâncias seguras ......................... 74 INTRODUÇÃO O presente documento foi desenvolvido no âmbito do Grupo de Trabalho da Câmara Ambiental da Indústria Química e Petroquímica e tem por principal objetivo aperfeiçoar as metodologias atualmente praticadas na elaboração de estudos de análise de riscos em instalações e atividades consideradas perigosas, visando a prevenção de acidentes ambientais que possam colocar em risco a saúde e a segurança da população, bem como o meio ambiente como um todo. Este documento está dividido em duas partes. Na primeira é apresentado o critério para a classificação de instalações quanto à periculosidade e tem por finalidade auxiliar o processo de tomada de decisão, de forma padronizada, quanto à necessidade ou não da realização de estudos de análise de riscos, tanto no processo de licenciamento ambiental, como em ações corretivas. Na segunda parte é apresentado um termo de referência para a elaboração dos estudos de análise de riscos, que deverão ser apresentados à CETESB de acordo com o estabelecido neste documento. 1. DEFINIÇÕES Acidente Evento específico não planejado e indesejável, ou uma seqüência de eventos que geram conseqüências indesejáveis.

description

PGR - Norma CETESB P4.261

Transcript of PGR - Norma CETESB P4.261

Page 1: PGR - Norma CETESB P4.261

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA AELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE ANÁLISE DE

RISCOS

P4.261maio/2003

SUMÁRIO Página

Introdução...................................................................................................................................................... 11. Definições.................................................................................................................................................. 1

Parte I - Critério para a classificação de instalações industriais quanto à periculosidade ........................ 82. Desenvolvimento da metodologia do critério ........................................................................................... 9

Parte II – Termo de referência para a elaboração de estudos de análise de riscos.................................. 173. Caracterização do empreendimento e da região ...................................................................................... 174. Identificação de perigos........................................................................................................................... 195. Consolidação dos cenários acidentais ..................................................................................................... 226. Estimativa dos efeitos físicos e avaliação de vulnerabilidade................................................................. 237. Estimativa de freqüências........................................................................................................................ 288. Estimativa e avaliação de riscos .............................................................................................................. 299. Gerenciamento de riscos ......................................................................................................................... 34Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 40Anexo A - Listagem de substâncias tóxicas ................................................................................................ 42Anexo B - Listagem de substâncias inflamáveis ......................................................................................... 45Anexo C - Relação entre as quantidades de substâncias tóxicas e distâncias seguras ................................ 48Anexo D - Relação entre as quantidades de substâncias inflamáveis e distâncias seguras......................... 74

INTRODUÇÃO

O presente documento foi desenvolvido no âmbito do Grupo de Trabalho da Câmara Ambiental daIndústria Química e Petroquímica e tem por principal objetivo aperfeiçoar as metodologias atualmentepraticadas na elaboração de estudos de análise de riscos em instalações e atividades consideradasperigosas, visando a prevenção de acidentes ambientais que possam colocar em risco a saúde e asegurança da população, bem como o meio ambiente como um todo.

Este documento está dividido em duas partes. Na primeira é apresentado o critério para a classificação deinstalações quanto à periculosidade e tem por finalidade auxiliar o processo de tomada de decisão, deforma padronizada, quanto à necessidade ou não da realização de estudos de análise de riscos, tanto noprocesso de licenciamento ambiental, como em ações corretivas. Na segunda parte é apresentado umtermo de referência para a elaboração dos estudos de análise de riscos, que deverão ser apresentados àCETESB de acordo com o estabelecido neste documento.

1. DEFINIÇÕES

AcidenteEvento específico não planejado e indesejável, ou uma seqüência de eventos que geram conseqüênciasindesejáveis.

Page 2: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

2

Análise de riscosEstudo quantitativo de riscos numa instalação industrial, baseado em técnicas de identificação de perigos,estimativa de freqüências e conseqüências, análise de vulnerabilidade e na estimativa do risco.

Análise de vulnerabilidadeEstudo realizado por intermédio de modelos matemáticos para a previsão dos impactos danosos àspessoas, instalações e ao meio ambiente, baseado em limites de tolerância estabelecidos através doparâmetro Probit para os efeitos de sobrepressão advinda de explosões, radiações térmicas decorrentes deincêndios e efeitos tóxicos advindos da exposição a uma alta concentração de substâncias químicas porum curto período de tempo.

AuditoriaAtividade pela qual se pode verificar, periodicamente, a conformidade dos procedimentos de operação,manutenção, segurança e treinamento, a fim de se identificar perigos, condições ou procedimentosinseguros, para verificar se a instalação atende aos códigos e práticas normais de operação e segurança;realizada normalmente através da utilização de checklists, podendo ser feita de forma programada ou não.

Avaliação de riscosProcesso pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão, através decritérios comparativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e aprovação dolicenciamento ambiental de um empreendimento.

BLEVEDo original inglês Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion. Fenômeno decorrente da explosãocatastrófica de um reservatório, quando um líquido nele contido atinge uma temperatura bem acima dasua temperatura de ebulição à pressão atmosférica com projeção de fragmentos e de expansão adiabática.

Bola de fogo (fireball)Fenômeno que se verifica quando o volume de vapor inflamável, inicialmente comprimido numrecipiente, escapa repentinamente para a atmosfera e, devido à despressurização, forma um volumeesférico de gás, cuja superfície externa queima, enquanto a massa inteira eleva-se por efeito da reduçãoda densidade provocada pelo superaquecimento.

Concentração letal 50 (CL50)Concentração calculada e estatisticamente obtida de um substância no ar que ingressa no organismo porinalação e que, em condições bem determinadas, é capaz de causar a morte de 50% de um grupo deorganismos de uma determinada espécie. É normalmente expressa em ppm (partes por milhão), devendotambém ser mencionado o tempo de duração da exposição do organismo à substância.

Curva F-NCurva referente ao risco social determinada pela plotagem das freqüências acumuladas de acidentes comas respectivas conseqüências expressas em número de fatalidades.

Curva de iso-riscoCurva referente ao risco individual determinada pela intersecção de pontos com os mesmos valores derisco de uma mesma instalação industrial. Também conhecida como “contorno de risco”.

DanoEfeito adverso à integridade física de um organismo.

Page 3: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

3

Diagrama de instrumentação e tubulações (P & ID's)Representação esquemática de todas as tubulações, vasos, válvulas, filtros, bombas, compressores, etc.,do processo. Os P & ID's mostram todas as linhas de processo, linhas de utilidades e suas dimensões,além de indicar também o tamanho e especificação das tubulações e válvulas, incluindo toda ainstrumentação da instalação.

Dispersão atmosféricaMistura de um gás ou vapor com o ar. Esta mistura é o resultado da troca de energia turbulenta, a qual éfunção da velocidade do vento e do perfil da temperatura ambiente.

Distância à população fixa (dp)Distância, em linha reta, da fonte de vazamento à pessoa mais próxima situada fora dos limites dainstalação em estudo.

Distância segura (ds)Distância determinada pelo efeito físico decorrente do cenário acidental considerado, onde aprobabilidade de fatalidade é de até 1% das pessoas expostas.

Dose letal 50 (DL50)Quantidade calculada e estatisticamente obtida de uma substância administrada por qualquer via, exceto apulmonar e que, em condições bem determinadas, é capaz de causar a morte de 50% de um grupo deorganismos de determinada espécie.

DutoQualquer tubulação, incluindo seus equipamentos e acessórios, destinada ao transporte de petróleo,derivados ou de outras substâncias químicas, situada fora dos limites de áreas industriais.

Efeito dominóEvento decorrente da sucessão de outros eventos parciais indesejáveis, cuja magnitude global é osomatório dos eventos individuais.

EmpreendimentoConjunto de ações, procedimentos, técnicas e benfeitorias que permitem a construção de uma instalação.

Erro humanoAções indesejáveis ou omissões decorrentes de problemas de seqüenciamento, tempo (timing),conhecimento, interfaces e/ou procedimentos, que resultam em desvios de parâmetros estabelecidos ounormais e que colocam pessoas, equipamentos e sistemas em risco.

Estabilidade atmosféricaMedida do grau de turbulência da atmosfera, normalmente definida em termos de gradiente vertical detemperatura. A atmosfera é classificada, segundo Pasquill, em seis categorias de estabilidade, de A a F,sendo A a mais instável, F a mais estável e D a neutra. A classificação é realizada a partir da velocidadedo vento, radiação solar e percentagem de cobertura de nuvem; a condição neutra corresponde a umgradiente vertical de temperatura da ordem de 1 oC para cada 100 m de altitude.

Estimativa de conseqüênciasEstimativa do comportamento de uma substância química quando de sua liberação acidental no meioambiente.

Page 4: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

4

Estudo de impacto ambiental (EIA)Processo de realização de estudos preditivos sobre um empreendimento, analisando e avaliando osresultados. O EIA é composto de duas partes: uma fase de previsão, em que se procura prever os efeitosde impactos esperados antes que ocorra o empreendimento e outra em que se procura medir, interpretar eminimizar os efeitos ambientais durante a construção e após a finalização do empreendimento. O EIAconduz a uma estimativa do impacto ambiental.

ExplosãoProcesso onde ocorre uma rápida e violenta liberação de energia, associado a uma expansão de gasesacarretando o aumento da pressão acima da pressão atmosférica.

Explosão de vapor confinado (CVE)A explosão de vapor confinado (CVE-Confined Vapour Explosion) é o fenômeno causado pela combustãode uma mistura inflamável num ambiente fechado, com aumento na temperatura e na pressão internas,gerando uma explosão. Esse tipo de explosão pode ocorrer com gases, vapores e pós. Neste caso, grandeparte da energia manifesta-se na forma de ondas de choque e quase nada na forma de energia térmica.

Explosão de nuvem de vapor não-confinado (UVCE)A explosão de nuvem de vapor não-confinado (UVCE-Unconfined Vapour Cloud Explosion) é a rápidacombustão de uma nuvem de vapor inflamável ao ar livre, seguida de uma grande perda de conteúdo,gerada a partir de uma fonte de ignição. Neste caso, somente uma parte da energia total irá se desenvolversobre a forma de ondas de pressão e a maior parte na forma de radiação térmica.

FlashfireIncêndio de uma nuvem de vapor onde a massa envolvida não é suficiente para atingir o estado deexplosão. É um fogo extremamente rápido onde todas as pessoas que se encontram dentro da nuvemrecebem queimaduras letais.

Fluxograma de processoRepresentação esquemática do fluxo seguido no manuseio ou na transformação de matérias-primas emprodutos intermediários e acabados. É constituída de equipamentos de caldeiraria (tanques, torres, vasos,reatores, etc.); máquinas (bombas, compressores, etc.); tubulações, válvulas e instrumentos principais,onde devem ser apresentados dados de pressão, temperatura, vazões, balanços de massa e de energia edemais variáveis de processo.

FreqüênciaNúmero de ocorrências de um evento por unidade de tempo.

Gerenciamento de riscosProcesso de controle de riscos compreendendo a formulação e a implantação de medidas e procedimentostécnicos e administrativos que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos, bem como manteruma instalação operando dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vidaútil.

IncêndioTipo de reação química na qual os vapores de uma substância inflamável combinam-se com o oxigênio doar atmosférico e uma fonte de ignição, causando liberação de calor.

Page 5: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

5

Incêndio de poça (pool fire)Incêndio que ocorre numa poça de produto, a partir de um furo ou rompimento de um tanque, esfera,tubulação, etc.; onde o produto estocado é lançado ao solo, formando uma poça que se incendeia, sobdeterminadas condições.

InstalaçãoConjunto de equipamentos e sistemas que permitem o processamento, armazenamento e/ou transporte deinsumos, matérias-primas ou produtos. Para fins deste manual, o termo é definido como a materializaçãode um determinado empreendimento.

Jato de fogo (jet fire)Fenômeno que ocorre quando um gás inflamável escoa a alta velocidade e encontra uma fonte de igniçãopróxima ao ponto de vazamento.

Licenciamento ambientalProcedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,modificação, ampliação e a operação de empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursosambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,possam causar a degradação ambiental, considerando as disposições legais e as normas técnicas aplicáveisao caso.

Limite Inferior de Inflamabilidade (LII)Mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão doproduto, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de gás abaixo do LII não sãocombustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para aqueima. Esta condição é denominada de “mistura pobre”.

Limite Superior de Inflamabilidade (LSI)Máxima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão doproduto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de gás acima do LSI não são combustíveis pois,nesta condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustãoocorra. Esta condição é denominada “mistura rica”.

PerigoUma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às pessoas, à propriedade,ao meio ambiente ou à combinação desses.

PlantaConjunto de unidades de processo e/ou armazenamento com finalidade comum.

Plano de ação de emergência (PAE)Documento que define as responsabilidades, diretrizes e informações, visando a adoção de procedimentostécnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar respostas rápidas e eficientes em situaçõesemergenciais.

Ponto de ebuliçãoTemperatura na qual a pressão interna de um líquido iguala-se à pressão atmosférica ou à pressão à qualestá submetido.

Page 6: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

6

Ponto de fulgorMenor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidades suficientes para que a misturade vapor e ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama, a partir do contato com uma fonte deignição.

População fixaPessoa ou agrupamento de pessoas em residências ou estabelecimentos industriais ou comerciais,presentes no entorno de um empreendimento. Vias com grande circulação de veículos, como rodovias,grandes avenidas e ruas movimentadas, devem ser consideradas como “população fixa”.

Pressão de vaporPressão exercida pelos vapores acima do nível de um líquido. Representa a tendência de uma substânciagerar vapores. É normalmente expressa em mmHg a uma dada temperatura.

ProbabilidadeChance de um evento específico ocorrer ou de uma condição especial existir. A probabilidade é expressanumericamente na forma de fração ou de percentagem.

ProbitParâmetro que serve para relacionar a intensidade de fenômenos como radiação térmica, sobrepressão econcentração tóxica com os danos que podem causar. O Probit (unidade de probabilidade) é uma variávelrandômica com média 5 e variância 1. O valor do Probit é relacionado a uma determinada porcentagematravés de curvas ou tabelas.

Programa de gerenciamento de riscos (PGR)Documento que define a política e diretrizes de um sistema de gestão, com vista à prevenção de acidentesem instalações ou atividades potencialmente perigosas.

Relatório ambiental preliminar (RAP)Documento de caráter preliminar a ser apresentado no processo de licenciamento ambiental no Estado deSão Paulo. Tem como função instrumentalizar a decisão de exigência ou dispensa de EIA/RIMA para aobtenção da Licença Prévia.

Relatório de impacto ambiental (RIMA)Documento que tem por objetivo refletir as conclusões de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Suasinformações técnicas devem ser expressas em linguagem acessível ao público, ilustradas por mapas comescalas adequadas, quadro, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, de modo que se possamentender claramente as possíveis conseqüências ambientais e suas alternativas, comparando as vantagense desvantagens de cada uma delas.

RiscoMedida de danos à vida humana, resultante da combinação entre a freqüência de ocorrência e a magnitudedas perdas ou danos (conseqüências).

Risco individualRisco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza da injúria que podeocorrer e o período de tempo em que o dano pode acontecer.

Page 7: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

7

Risco socialRisco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos de um ou maisacidentes.

RugosidadeMedida da altura média dos obstáculos que causam turbulência na atmosfera, devido à ação do vento,influenciando na dispersão de uma nuvem de gás ou vapor.

SistemaArranjo ordenado de componentes que estão interrelacionados e que atuam e interatuam com outrossistemas, para cumprir uma tarefa ou função num determinado ambiente.

SubstânciaEspécie da matéria que tem composição definida.

UnidadeConjunto de equipamentos com finalidade de armazenar (unidade de armazenamento) ou de provocaruma transformação física e/ou química nas substâncias envolvidas (unidade de processo).

Page 8: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

8

PARTE I - CRITÉRIO PARA A CLASSIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAISQUANTO À PERICULOSIDADE

Os acidentes industriais ocorridos nos últimos anos, em particular na década de 80, contribuíram de formasignificativa para despertar a atenção das autoridades governamentais, da indústria e da sociedade comoum todo, no sentido de buscar mecanismos para a prevenção desses episódios que comprometem asegurança das pessoas e a qualidade do meio ambiente.

Assim, as técnicas e métodos já amplamente utilizados nas indústrias bélica, aeronáutica e nuclearpassaram a ser adaptados para a realização de estudos de análise e avaliação dos riscos associados a outrasatividades industriais, em especial nas áreas de petróleo, química e petroquímica.

No Brasil, em particular no Estado de São Paulo, com a publicação da Resolução No 1, de 23/01/86, doConselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que instituiu a necessidade de realização do Estudode Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para olicenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, os estudos de análise de riscos passaram aser incorporados nesse processo, para determinados tipos de empreendimentos, de forma que, além dosaspectos relacionados com a poluição crônica, também a prevenção de acidentes maiores fossecontemplada no processo de licenciamento.

Da mesma forma, os estudos de análise de riscos têm se mostrado importantes na análise de instalaçõesindustriais já em operação, de modo que os riscos possam ser avaliados e gerenciados a contento, mesmoque estes empreendimentos não estejam vinculados ao processo de licenciamento.

O presente critério aplica-se às plantas químicas de processo, sistemas de armazenamento de substânciasquímicas e outros empreendimentos similares. Por outro lado, o mesmo não se aplica a unidades nuclearese plantas de tratamento de substâncias e materiais radioativos, instalações militares e atividades extrativas,uma vez que se tratam de empreendimentos que possuem riscos diferenciados dos anteriormentemencionados, além de serem regidos por legislações específicas, aplicadas pela Comissão Nacional deEnergia Nuclear (CNEN), Ministério do Exército e Departamento Nacional da Produção Mineral(DNPM), respectivamente.

Para os empreendimentos listados a seguir, sempre deverá ser solicitada a elaboração de estudos deanálise de riscos durante o processo de licenciamento ambiental, isto em função dos perigos existentesnessas atividades; assim, nesses empreendimentos, não há a necessidade da aplicação do presente critériopara a tomada dessa decisão. São eles:

− sistemas de dutos, externos a instalações industriais, destinados ao transporte de petróleo e seusderivados, gases ou outras substâncias químicas;

− plataformas de exploração de petróleo e/ou gás.

O presente critério aplica-se às instalações que operam com substâncias inflamáveis e/ou tóxicas. Outrasinstalações que operem com substâncias com riscos diferenciados, como por exemplo explosivos oureativos, serão estudados caso a caso.

Instalações ou atividades que possam impor riscos ambientais, como por exemplo derrames de produtoslíquidos em corpos d’água, serão analisadas de forma específica, uma vez que os estudos para a análise e

Page 9: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

9

avaliação desses riscos devem ser definidos considerando a peculiaridade de cada instalação e das áreasvulneráveis.

No caso do licenciamento de empreendimentos de pequeno porte, a CETESB poderá estabelecer critériostécnicos específicos quando da avaliação da necessidade de elaboração de Estudo de Análise de Riscos.Esses casos serão tratados como exceções ao presente critério.

Nos processos de licenciamento onde ocorra a necessidade de ser elaborado o Relatório AmbientalPreliminar (RAP), este deverá contemplar uma análise crítica do empreendimento do ponto de vista dosriscos a ele associados, bem como o escopo do estudo a ser elaborado nas etapas posteriores delicenciamento. Já nos Estudos de Impacto Ambiental (EIAs), os estudos de análise de riscos, quandonecessários, deverão ser parte integrante dos mesmos, podendo também serem complementados nasetapas posteriores do licenciamento.

2. DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA DO CRITÉRIO

A metodologia do critério proposto baseia-se no seguinte princípio:

“O risco de uma instalação industrial para a comunidade e para o meio ambiente, circunvizinhos eexternos aos limites do empreendimento, está diretamente associado às características das substânciasquímicas manipuladas, suas respectivas quantidades e à vulnerabilidade da região onde a instalaçãoestá ou será localizada”.

Assim, o princípio da metodologia pode ser representado esquematicamente pelo diagrama apresentado naFigura 1.

Figura 1- Fatores que influenciam os estudos de análise de riscos em instalações industriais

Periculosidade dassubstâncias

Quantidade dassubstâncias

Risco

Vulnerabilidadeda região

Page 10: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

10

2.1 Classificação das substâncias químicas quanto à periculosidade

A primeira etapa para a elaboração da presente metodologia consistiu em selecionar as substâncias,líquidas ou gasosas, que, de acordo com a sua periculosidade intrínseca em relação à toxicidade e àinflamabilidade, apresentam um potencial para causar danos ao ser humano e/ou ao meio ambiente.

2.1.1 Classificação de gases e líquidos tóxicos

Para a classificação das substâncias, foram definidos quatro níveis de toxicidade, de acordo com a CL50,via respiratória para rato ou camundongo, para substâncias que possuam pressão de vapor igual ousuperior a 10 mmHg a 25 oC, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação de substâncias tóxicas

Nível de toxicidade C (ppm.h)4 - Muito tóxica C ≤ 500

3 - Tóxica 500 < C ≤ 50002 - Pouco tóxica 5000 < C ≤ 50000

1 - Praticamente não tóxica 50000 < C ≤ 150000C = concentração letal 50% (CL50) em ppm multiplicada pelo tempo de exposição em horas.

Para as substâncias cujos valores de CL50 não estavam disponíveis, foram utilizados os valores de DL50,via oral para rato ou camundongo, considerando-se os mesmos valores de pressão de vapor, ou seja,pressão de vapor igual ou superior a 10 mmHg a 25 oC, conforme apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 - Classificação de substâncias tóxicas pelo DL50

Nível de toxicidade DL50 (mg/kg)4 - Muito tóxica DL50 ≤ 50

3 - Tóxica 50 < DL50 ≤ 5002 - Pouco tóxica 500 < DL50 ≤ 5000

1 – Praticamente não tóxica 5000 < DL50 ≤ 15000

Para efeito deste trabalho, todas as substâncias classificadas nos níveis de toxicidade 3 e 4 foramconsideradas como gases e líquidos tóxicos perigosos. Deve-se ressaltar que esta classificação se aplica àssubstâncias tóxicas que possuem pressão de vapor igual ou superior a 10 mmHg nas condições normais detemperatura e pressão (25oC e 1 atm) e também àquelas cuja pressão de vapor puder se tornar igual ousuperior a 10 mmHg, em função das condições de armazenamento ou processo. O Anexo A apresenta alistagem das principais substâncias classificadas como tóxicas.

2.1.2 Classificação de gases e líquidos inflamáveis

Da mesma forma que para as substâncias tóxicas, foi adotada uma classificação para as substânciasinflamáveis, segundo níveis de periculosidade, conforme apresentado no Tabela 3.

Page 11: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

11

Tabela 3 - Classificação de substâncias inflamáveis

Nível de inflamabilidadePonto de fulgor (PF) e/ou

Ponto de ebulição (PE)(oC)

4 - Gás ou líquido altamente inflamável PF ≤ 37,8 e PE ≤ 37,83 – Líquido facilmente inflamável PF ≤ 37,8 e PE > 37,8

2 - Líquido inflamável 37,8 < PF ≤ 601 - Líquido pouco inflamável PF > 60

Para efeito deste trabalho, todas as substâncias do nível 4, líquidas ou gasosas e do nível 3, somentelíquidas, foram consideradas substâncias inflamáveis perigosas. O Anexo B mostra a listagem dasprincipais substâncias classificadas como inflamáveis.

2.2 Determinação das quantidades e distâncias seguras

Para as substâncias inflamáveis dos níveis 4, gasosas ou líquidas e 3, líquidas com pressões de vaporsuperior a 120 mmHg a 25 oC, foram realizadas estimativas de conseqüências visando estabelecer adistância máxima atingida pela sobrepressão decorrente da explosão de nuvem de vapor. Já para assubstâncias inflamáveis do nível 3 que possuem pressão de vapor igual ou inferior a 120 mmHg a 25 oC,as estimativas de conseqüências foram realizadas visando estabelecer a distância máxima atingida pelaconcentração correspondente à metade do Limite Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.).

Para as substâncias tóxicas, foi estimada a distância máxima atingida pela concentração da nuvem tóxica,onde a probabilidade de morte é de até 1 %. Dessa forma, foi possível correlacionar a quantidade dasubstância existente com a distância máxima para a não ocorrência de danos indesejáveis, denominadadistância segura.

2.2.1 Hipóteses acidentais

2.2.1.1 Gases tóxicos ou inflamáveis

A hipótese acidental assumida para as substâncias gasosas, tóxicas ou inflamáveis, foi a ocorrência de umvazamento instantâneo de 20% da massa existente num recipiente. Tal cenário foi adotado com base nohistórico de ocorrências atendidas pela CETESB nos últimos anos, onde se observou que, na grandemaioria dos casos, o vazamento de um recipiente envolveu massas menores que 20% da existente nomesmo.

2.2.1.2 Líquidos tóxicos ou inflamáveis

A hipótese acidental assumida para acidentes com essas substâncias foi a ocorrência de um vazamentoinstantâneo de todo o inventário existente num recipiente, de modo que toda a área da bacia de contençãofosse ocupada pela substância vazada.

O volume da bacia de contenção foi estimado de acordo com os critérios apresentados na Tabela 4.

Page 12: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

12

Tabela 4 – Volume do tanque e altura do dique considerada

Volume do tanque (m3) Altura do dique (m)≤ 100 0,5

101 a 1000 1,01001 a 10.000 1,5

10.001 a 100.000 2,0

Assim, foi possível obter a área ocupada pela poça da substância, através da divisão do volume presenteno recipiente pela altura média da bacia. As simulações foram realizadas variando-se a área ocupada pelasubstância vazada, o que significou variar o inventário existente num recipiente.

2.2.1.3 Modelos de cálculo

As simulações de conseqüências das hipóteses acidentais foram realizadas através do código de cálculoque permitiu avaliar o comportamento de uma substância tóxica ou inflamável, a partir de uma liberaçãoacidental.

Inicialmente, caracterizou-se a hipótese a ser estudada considerando:

− tipo e quantidade da substância envolvida;− características do cenário, como pressão, temperatura e diâmetro do furo, entre outras;− características do vazamento, como área do furo e tipo de liberação (contínua ou instantânea);− condições meteorológicas, como velocidade do vento, temperatura ambiente e umidade relativa do ar;− concentrações de referência.

A partir desses dados, o código utilizado realizou a estimativa das conseqüências para todos os eventosque podem ocorrer na hipótese em estudo, selecionando automaticamente os modelos de cálculo maisapropriados.

Os principais modelos utilizados incluíram os seguintes cálculos:

− taxa de vazamento (gás, líquido ou bifásico);− formação e evaporação de poça;− formação e dispersão de jatos;− dispersão de gases na atmosfera;− radiação térmica decorrente de incêndios de poças, jatos, flashfires e BLEVE’s;− sobrepressões decorrentes de explosões não confinadas.

2.2.1.4 Características meteorológicas

Ao estudar o comportamento de uma nuvem formada por uma substância química, é importante levar emconsideração a estabilidade atmosférica. Para a realização das simulações, foi adotada a categoria “D” dePasquill, ou seja, a categoria de estabilidade atmosférica neutra.

Page 13: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

13

Com relação à velocidade do vento, temperatura ambiente e umidade relativa do ar, foram adotados osvalores de 2 m/s, 25 °C e 80 %, respectivamente.

2.2.1.5 Valores de referência

Para as substâncias inflamáveis dos níveis 4, gasosas ou líquidas e 3, líquidas com pressões de vaporsuperior a 120 mmHg a 25 oC, a distância adotada foi aquela referente ao nível de sobrepressão de 0,1 bar,decorrente da explosão de uma nuvem inflamável, cuja dispersão ocorreu até a concentraçãocorrespondente ao Limite Inferior de Inflamabilidade (LII). Já para as substâncias inflamáveis do nível 3que possuem pressão de vapor igual ou inferior a 120 mmHg a 25 oC, a distância adotada foi a referenteao flashfire, cuja dispersão ocorreu até a concentração correspondente à metade do Limite Inferior deInflamabilidade (LII).

No caso das substâncias tóxicas, líquidas ou gasosas, a distância adotada foi aquela correspondente àprobabilidade de morte de até 1 % da população exposta, considerada praticamente nula, sendo que estevalor foi obtido a partir da aplicação da equação de Probit, utilizando-se um tempo de exposição de10 minutos.

Os Anexos C e D apresentam listagens com as relações entre as quantidades das substâncias tóxicas einflamáveis e as respectivas distâncias seguras, de acordo com o critério estabelecido.

2.3 Aplicação do critério

A aplicação do critério consiste em classificar as substâncias presentes na instalação em análise,relacionando as quantidades existentes nos recipientes com as distâncias seguras correspondentes. Umavez obtidas as distâncias seguras, estas devem ser comparadas com as distâncias reais dos diferentesrecipientes à população fixa, para subsidiar a tomada de decisão quanto à necessidade ou não deelaboração de um estudo de análise de riscos.

Os itens a seguir detalham a aplicação do critério, passo a passo.

2.3.1 Etapa de classificação

a) Levantar todas as substâncias existentes na instalação em estudo ou em processo de licenciamento;

b) Verificar se as substâncias constam das listagens presentes nos Anexos A ou B;

b.1) Caso as substâncias constem das citadas listagens, deve-se proceder da seguinte maneira:

b.1.1) Levantar as quantidades presentes nos diferentes recipientes existentes na instalação. Para tanto,deve-se considerar a quantidade presente em cada recipiente (tanque, reator, tubulação, tambor,etc.) de forma individual; ou seja, não deverá ser realizado o somatório do inventário existente.Somente deverá ser realizado o somatório do inventário quando dois ou mais recipientesestiverem, de alguma forma, interligados e operando simultaneamente, podendo, dessa forma,ocorrer o vazamento de mais de um deles.

Page 14: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

14

b.1.2) Obter a distância segura correspondente à quantidade presente no recipiente, de acordo com osdados constantes das listagens dos Anexos C ou D.

b.1.3) Determinar a distância real de cada recipiente à população fixa mais próxima e externa aoempreendimento.

b.2) Caso as substâncias não constem das listagens dos anexos, deve-se proceder da seguinte maneira:

b.2.1) Classificar as substâncias de acordo com o nível de toxicidade ou de inflamabilidade,considerando os critérios estabelecidos nos itens 2.1.1 ou 2.1.2.

b.2.2) Proceder o levantamento das quantidades presentes nos diferentes recipientes existentes nainstalação. Para tanto, deve-se considerar a quantidade presente em cada recipiente (tanque, reator,tubulação, tambor) de forma individual, ou seja, não deverá ser realizado o somatório doinventário existente.

Somente deverá ser realizado o somatório do inventário quando dois ou mais recipientesestiverem, de alguma forma, interligados e operando simultaneamente, podendo, dessa forma,ocorrer o vazamento de mais de um deles.

b.2.3) Obter a distância segura para a quantidade presente no recipiente, estabelecida para a substância dereferência correspondente ao nível de toxicidade ou de inflamabilidade similar à substância emanálise, obtida nas Tabelas 5 e 6.

b.2.4) Determinar a distância de cada recipiente à população fixa mais próxima e externa aoempreendimento.

Observações

a. Caso a quantidade exata da substância existente no recipiente não conste das listagens dos anexos C ouD, deverá ser realizada a interpolação linear dos dados para a determinação da distância segura para aquantidade em questão.

b. As listagens não contemplam todo o universo de substâncias existentes. Dessa forma, caso asubstância em estudo não conste dos anexos A ou B, a classificação deverá ser realizada considerandoas distâncias seguras definidas para as substâncias de referência equivalentes ao nível de toxicidade oude inflamabilidade das substâncias em análise. Essas substâncias de referência foram selecionadas emfunção de pertencerem aos níveis de toxicidade e de inflamabilidade considerados perigosos. AsTabelas 5 e 6 apresentam, respectivamente, as substâncias tóxicas e inflamáveis de referência, deacordo com o estado físico.

Tabela 5 - Substâncias de referência para líquidos e gases tóxicos

Nível de toxicidade Estado físico Substância de referência4 Gás Cloro3 Gás Amônia4 Líquido Acroleína3 Líquido Acrilonitrila

Page 15: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

15

Tabela 6 - Substâncias de referência para líquidos e gases inflamáveis

Estado físico Substância de referência Gás PropanoLíquido dos níveis 4 e 3 com Pvap > 120 mmHg a 25 oC n-PentanoLíquido nível 3 com Pvap < ou = 120 mmHg a 25 oC Benzeno

c. Caso a substância possa ser classificada como tóxica e inflamável, deverá ser adotada a situaçãomais restritiva em termos de distanciamento.

d. Para a maioria dos gases é possível a sua existência no estado líquido, bastando, para tanto, exercerpressão e/ou reduzir a temperatura. Cada estado físico poderá apresentar um comportamentodiferente no momento do vazamento e, consequentemente, durante sua dispersão. As simulaçõesrealizadas mostraram que tanto para gases tóxicos, como para inflamáveis, liqüefeitos ou não, osresultados foram bastante semelhantes. Dessa forma, as quantidades e as distâncias correspondentesdeverão ser consideradas as mesmas, tanto para as substâncias no estado gasoso ou na condiçãoliqüefeita.

e. O critério leva em consideração a presença de população fixa, como residências e/ouestabelecimentos comerciais ou industriais, no entorno do empreendimento. Em casos onde existamvias de grande circulação de veículos, como rodovias, grandes avenidas e ruas movimentadas, estasdevem ser consideradas como “população fixa”.

2.3.2 Avaliação dos resultados da aplicação do critério

Uma vez obtida a distância segura (ds) e a distância à população fixa (dp) , estas devem ser comparadasentre si, sendo que, quando houver a presença de população fixa dentro dos limites determinados peladistância segura, deverá ser realizado um Estudo de Análise de Riscos (EAR) a ser submetido à aprovaçãoda CETESB.

Caso contrário, isto é, quando a distância da população fixa for maior que a distância segura, o quecorresponde a ausência de população nos limites determinados pela distância segura, o empreendedorficará dispensado da elaboração do EAR, devendo, submeter à apreciação um Programa deGerenciamento de Riscos (PGR).

O PGR poderá ter escopos diferentes, em consonância com o porte do empreendimento sob avaliação.Para empreendimentos de maior porte, como refinarias, dutos e bases de derivados de petróleo, entreoutros, deverá ser requerido o PGR, de acordo com o modelo constante no item 9.1 da Parte II desteManual. No caso de empreendimentos de menor porte, entre os quais pode-se citar como exemplo osusuários de Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) e amônia anidra, deverá ser requerido o PGR, de acordocom o modelo constante no item 9.2 da Parte II deste Manual.

Page 16: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

16

Assim, pode-se resumir o exposto da seguinte forma:

a. Se dp ≤ ds Realização de EAR;

b. Se dp > ds Dispensa do EAR e realização de PGR, de acordo com os critérios estabelecidospela CETESB, considerando o porte do empreendimento.

A regra estabelecida neste item é válida, salvo exceções previstas em Instruções Técnicas específicaselaboradas pela CETESB.

Page 17: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

17

PARTE II – TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE ANÁLISEDE RISCOS

O presente termo de referência tem por objetivo fornecer as orientações básicas para a elaboração deEstudos de Análise de Riscos (EAR) em atividades industriais, propiciando um entendimento geral sobreo tema e ainda apresentar a visão da CETESB no tocante à interpretação e avaliação do tema.

O termo de referência aplica-se à avaliação dos riscos à população externa ao empreendimento, nãocontemplando, por exemplo, riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores ou danos aos benspatrimoniais das instalações analisadas. Os impactos ao meio ambiente serão avaliados caso a caso, deforma específica, porém tal avaliação não será feita através desse termo de referência.

Entende-se por conseqüências externas, os danos causados às pessoas (mortes ou lesões) nas áreascircunvizinhas, situadas além dos limites físicos da instalação.

O termo de referência aqui apresentado é único e deverá ser adotado independentemente do estágio emque se encontra um determinado empreendimento, perante ao atual sistema de licenciamento ambientalvigente no Estado de São Paulo.

O EAR é constituído por seis etapas, a saber:

− Caracterização do empreendimento e da região;− Identificação de perigos e consolidação das hipóteses acidentais;− Estimativa dos efeitos físicos e análise de vulnerabilidade;− Estimativa de freqüências;− Estimativa e avaliação de riscos;− Gerenciamento de riscos.

A Figura 2 apresenta a seqüência de desenvolvimento dessas etapas.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA REGIÃO

O primeiro passo para a realização do estudo de análise de riscos é a compilação de dados relativos àscaracterísticas do empreendimento, necessários para o desenvolvimento do trabalho.

Esses dados são de especial importância para que seja possível caracterizar o empreendimento,contemplando seus aspectos construtivos e operacionais, além das peculiaridades da região onde este seencontra ou será instalado.

A caracterização do empreendimento deverá incluir o levantamento dos seguintes dados:

− localização e descrição física e geográfica da região, incluindo mananciais, áreas litorâneas, sistemasviários e cruzamentos e/ou interferências com outros sistemas existentes, entre outros aspectos;

Page 18: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

18

Figura 2 - Etapas para a elaboração de estudos de análise de riscos

Caracterização doempreendimento e

da região

Início

Identificaçãode perigos e

consolidação dashipóteses acidentais

Estimativa deefeitos físicos evulnerabilidade

Existem efeitos queatingem pessoassituadas fora da

instalação?

É possívelreduzir osefeitos?

Medidas pararedução dos

efeitos físicos

Sim

Sim

Estimativa defreqüências

Não

Estimativa dosriscos

Riscostoleráveis ?

É possívelreduzir osriscos ?

Medidas pararedução dos riscos

Sim

Não

Sim

Fim

Não

Programa degerenciamento de

riscos

Não

Reavaliaçãodo projeto

Page 19: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

19

− distribuição populacional da região;− descrição física e layout da instalação, em escala;− carta planialtimétrica ou fotos aéreas que apresentem a circunvizinhança ao redor da instalação;− características climáticas e meteorológicas da região;− substâncias químicas identificadas através de nomenclatura oficial e número CAS, incluindo

quantidades, formas de movimentação, armazenamento e manipulação, contemplando suascaracterísticas físico-químicas e toxicológicas. Devem ser consideradas as matérias-primas, produtosauxiliares, intermediários e acabados, bem como resíduos, insumos e utilidades;

− descrição do processo e rotinas operacionais;− apresentação de plantas baixas das unidades e fluxogramas de processos, de instrumentação e de

tubulações;− sistemas de proteção e segurança.

Observação: para a etapa de modelagem matemática de conseqüências, os derivados de petróleo listadosna Tabela 7 poderão ser simulados como substâncias puras.

Tabela 7 – Substâncias puras equivalentes a derivados de petróleo

Derivado de petróleo Substância puraGasolina automotiva n-Hexano

GLP (gás liqüefeito de petróleo) PropanoNafta n-Pentano

4. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

A identificação de perigos é a segunda etapa a ser desenvolvida no estudo de análise de riscos e consistena aplicação de técnicas estruturadas para a identificação das possíveis seqüências de acidentes, para adefinição dos cenários acidentais a serem estudados de forma detalhada.

As técnicas disponíveis para a realização desta atividade são muitas e, dependendo do empreendimento aser analisado e do detalhamento necessário, deve-se utilizar as metodologias mais adequadas para o casoem estudo.

Esta etapa poderá ser precedida da elaboração de uma análise histórica de acidentes, com vista a subsidiara identificação dos perigos na instalação em estudo.

4.1 Técnicas para identificação de perigos

As técnicas que podem ser utilizadas para a identificação de perigos numa instalação industrial são várias.Entre as diversas técnicas utilizadas para a identificação de perigos, as mais comumente utilizadas, e aquiapresentadas, são:

− Análise Preliminar de Perigos (APP);− Análise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis - HazOp).

Page 20: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

20

No entanto, outras técnicas, como por exemplo, “E se ?” (What If ?) e Análise de Modos de Falhas eEfeitos (AMFE), entre outras, poderão ser utilizadas, desde que adequadas à instalação em estudo.

4.1.1 Análise Preliminar de Perigos (APP)

A APP – Análise Preliminar de Perigos (PHA – Preliminary Hazard Analysis) é uma técnica que teveorigem no programa de segurança militar do Departamento de Defesa dos EUA. Trata-se de uma técnicaestruturada que tem por objetivo identificar os perigos presentes numa instalação, que podem serocasionados por eventos indesejáveis.Esta técnica pode ser utilizada em instalações na fase inicial de desenvolvimento, nas etapas de projeto oumesmo em unidades já em operação, permitindo, nesse caso, a realização de um revisão dos aspectos desegurança existentes.

A APP deve focalizar todos os eventos perigosos cujas falhas tenham origem na instalação em análise,contemplando tanto as falhas intrínsecas de equipamentos, de instrumentos e de materiais, como erroshumanos. Na APP devem ser identificados os perigos, as causas e os efeitos (conseqüências) e ascategorias de severidade correspondentes (Tabela 8), bem como as observações e recomendaçõespertinentes aos perigos identificados, devendo os resultados ser apresentados em planilha padronizada. AFigura 3 apresenta um exemplo de planilha para a realização da APP.

Tabela 8 - APP - Categorias de SeveridadeCATEGORIA DE SEVERIDADE EFEITOS

I – Desprezível Nenhum dano ou dano não mensurável.II – Marginal Danos irrelevantes ao meio ambiente e à comunidade

externa.

III – Crítica

Possíveis danos ao meio ambiente devido aliberações de substâncias químicas tóxicas ouinflamáveis, alcançando áreas externas à instalação.Pode provocar lesões de gravidade moderada napopulação externa ou impactos ambientais comreduzido tempo de recuperação.

IV – Catastrófica

Impactos ambientais devido a liberações desubstâncias químicas, tóxicas ou inflamáveis,atingindo áreas externas às instalações. Provocamortes ou lesões graves na população externa ouimpactos ao meio ambiente com tempo derecuperação elevado.

PERIGO CAUSA EFEITO CATEGORIA OBSERVAÇÕES EDE SEVERIDADE RECOMENDAÇÕES

Figura 3 – Exemplo de planilha para AP

Page 21: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

21

4.1.2 Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp)

A Análise de Perigos e Operabilidade é uma técnica para identificação de perigos projetada para estudarpossíveis desvios (anomalias) de projeto ou na operação de uma instalação.

O HazOp consiste na realização de uma revisão da instalação, a fim de identificar os perigos potenciaise/ou problemas de operabilidade, por meio de uma série de reuniões, durante as quais uma equipemultidisciplinar discute metodicamente o projeto da instalação. O líder da equipe orienta o grupo atravésde um conjunto de palavras-guias que focalizam os desvios dos parâmetros estabelecidos para oprocesso ou operação em análise.

Essa análise requer a divisão da planta em pontos de estudo (nós) entre os quais existem componentescomo bombas, vasos e trocadores de calor, entre outros.

A equipe deve começar o estudo pelo início do processo, prosseguindo a análise no sentido do seu fluxonatural, aplicando as palavras-guias em cada nó de estudo, possibilitando assim a identificação dospossíveis desvios nesses pontos.

Alguns exemplos de palavras-guias, parâmetros de processo e desvios, estão apresentados nas Tabelas 9 e10.

A equipe deve identificar as causas de cada desvio e, caso surja uma conseqüência de interesse, avaliar ossistemas de proteção para determinar se estes são suficientes. A técnica é repetida até que cada seção doprocesso e equipamento de interesse tenham sido analisados.

Em instalações novas o HazOp deve ser desenvolvido na fase em que o projeto se encontra razoavelmenteconsolidado, pois o método requer consultas a desenhos, P&ID's e plantas de disposição física dainstalação, entre outros documentos

Tabela 9 - Palavras-guias

Palavra-guia SignificadoNão Negação da intenção de projeto

Menor Diminuição quantitativaMaior Aumento quantitativo

Parte de Diminuição qualitativaBem como Aumento qualitativo

Reverso Oposto lógico da intenção de projetoOutro que Substituição completa

Page 22: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

22

Tabela 10 – Parâmetros, palavras-guias e desvios

Parâmetro Palavra-guia Desvio

FluxoNão

MenorMaior

Reverso

Sem fluxoMenos fluxoMais fluxo

Fluxo reversoPressão Menor

MaiorPressão baixaPressão alta

Temperatura MenorMaior

Baixa temperaturaAlta temperatura

Nível MenorMaior

Nível baixoNível alto

Os principais resultados obtidos do HazOp são:

− identificação de desvios que conduzem a eventos indesejáveis;− identificação das causas que podem ocasionar desvios do processo;− avaliação das possíveis conseqüências geradas por desvios operacionais;− recomendações para a prevenção de eventos perigosos ou minimização de possíveis conseqüências.

A Figura 4 apresenta um exemplo de planilha utilizada para o desenvolvimento da análise de perigos eoperabilidade.

Palavra-Guia Parâmetro Desvio Causas Efeitos Observações eRecomendações

Figura 4 – Exemplo de planilha para HazOp

5. CONSOLIDAÇÃO DAS HIPÓTESES ACIDENTAIS

Identificados os perigos da instalação em estudo, as hipóteses acidentais consideradas devem serclaramente descritas, devendo ser estudadas pormenorizadamente nas etapas posteriores do trabalho.

Para tanto, deve-se estabelecer detalhadamente o critério considerado para a escolha das hipótesesacidentais consideradas relevantes, levando-se em conta a severidade do dano decorrente da falhaidentificada.

Page 23: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

23

Assim, por exemplo, caso a técnica de identificação de perigos utilizada tenha sido a APP, todos osperigos classificados em categorias de severidade III e IV deverão ser contemplados na lista de hipótesesacidentais a serem estudadas nas etapas posteriores do estudo. Já, na aplicação de outras técnicas, comoHazOp, AMFE e What If, entre outras, o analista deve deixar claro o critério utilizado para a definição dashipóteses acidentais escolhidas como relevantes.

6. ESTIMATIVA DOS EFEITOS FÍSICOS E AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE

A estimativa dos efeitos físicos decorrentes dos cenários acidentais envolvendo substâncias inflamáveisdeverá ser precedida da elaboração de Árvores de Eventos, para a definição das diferentes tipologiasacidentais.

A Análise de Árvores de Eventos (AAE) deverá descrever a seqüência dos fatos que possam sedesenvolver a partir da hipótese acidental em estudo, prevendo situações de sucesso ou falha, de acordocom as interferências existentes até a sua conclusão, com a definição das diferentes tipologias acidentais.As interferências a serem consideradas devem contemplar ações, situações ou mesmo equipamentosexistentes ou previstos no sistema em análise, que se relacionam com o evento inicial da árvore e quepossam acarretar diferentes “caminhos” para o desenvolvimento da ocorrência, gerando portantodiferentes tipos de fenômenos.

A estimativa dos efeitos físicos deverá ser realizada através da aplicação de modelos matemáticos queefetivamente representem os fenômenos em estudo, de acordo com as hipóteses acidentais identificadas ecom as características e comportamento das substâncias envolvidas.

Os modelos a serem utilizados deverão simular a ocorrência de liberações de substâncias inflamáveis etóxicas, de acordo com as diferentes tipologias acidentais.

Para uma correta interpretação dos resultados, esses modelos requerem uma série de informações quedevem estar claramente definidas. Portanto, neste capítulo estão definidos os pressupostos que deverão seradotados para o desenvolvimento dessa etapa do estudo de análise de riscos, bem como a forma deapresentação dos resultados. Qualquer alteração nos dados aqui apresentados, deverá ser claramentejustificada.

Deve-se ressaltar que todos os dados utilizados na realização das simulações deverão ser acompanhadosdas respectivas memórias de cálculo, destacando-se, entre outros, os cálculos das taxas de vazamento, asáreas de poças e as massas das substâncias envolvidas nas dispersões e explosões de nuvens de gás ouvapor.6.1 Condições atmosféricas

Nos estudos de análise de riscos deverão ser utilizados dados meteorológicos reais do local em estudo,quando estes estiverem disponíveis, devendo-se considerar, no mínimo, os valores dos últimos três anos,considerando:

− temperatura ambiente e umidade relativa do ar: adotar a média para os períodos diurno e noturno;− velocidade do vento: adotar a média para os períodos diurno e noturno, indicando a altura da medição;− categoria de estabilidade atmosférica (Pasquill): adotar aquelas compatíveis com as velocidades de

vento para os períodos diurno e noturno, de acordo com a Tabela 11;− direção do vento: adotar pelo menos oito direções com suas respectivas probabilidades de ocorrência,

indicando o sentido do vento DE →→→→ PARA. Ex: (N→S 15%; NW→SE 21%).

Page 24: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

24

A temperatura do solo deverá ser considerada como sendo de 5oC acima da temperatura ambiente.

Quando as informações meteorológicas reais não estiverem disponíveis, deverão ser adotados os seguintesdados:

Período diurno:− temperatura ambiente: 25 oC;− velocidade do vento: 3,0 m/s;− categoria de estabilidade atmosférica: C;− umidade relativa do ar: 80 %;− direção do vento: 12,5 % (distribuição uniforme em oito direções).

Período noturno:− temperatura ambiente: 20 oC;− velocidade do vento: 2,0 m/s;− categoria de estabilidade atmosférica: E;− umidade relativa do ar: 80 %;− direção do vento: 12,5 % (distribuição uniforme em oito direções).

Tabela 11 – Categorias de estabilidade em função das condições atmosféricas(*)

Velocidade Período diurno Período noturnodo vento (V) Insolação Nebulosidadea 10 m (m/s) Forte Moderada Fraca Parcialmente

encobertoEncoberto

V ≤ 2 A A – B B F F2 < V ≤ 3 A – B B C E F3 < V ≤ 5 B B – C C D E5 < V ≤ 6 C C – D D D D

V > 6 C D D D D(*) Adaptado de Gifford, 1976.A – extremamente instável; B – moderadamente instável; C – levemente instável; D – neutra; E – levemente estável; F –moderadamente estável.

6.2 Topografia

O parâmetro relacionado com a topografia de uma região é denominado rugosidade da superfície do solo,o que considera a presença de obstáculos, tais como aqueles encontrados em áreas urbanas, industriais oururais.

Os valores típicos de rugosidade que deverão ser adotados para diferentes superfícies são:

− superfície marítima: 0,06;− área plana com poucas árvores: 0,07;− área rural aberta: 0,09;− área pouco ocupada: 0,11;− área de floresta ou industrial: 0,17;

Page 25: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

25

− área urbana: 0,33.

6.3 Tempo de vazamento

Nos casos dos vazamentos estudados deverá ser considerado um tempo mínimo de detecção e intervençãode dez minutos.

6.4 Área de poça

Nos reservatório onde existam bacias de contenção, a superfície da poça deverá ser aquela equivalente àárea delimitada pelo dique, desde que a quantidade de substância envolvida no vazamento seja suficientepara ocupar todo esse volume.

Para os reservatórios sem bacia de contenção, a área de espalhamento da substância deverá ser estimadaconsiderando-se uma altura de 3 (três) cm.

6.5 Massa de vapor envolvida no cálculo de explosão confinada

Para a estimativa da massa de vapor existente no interior de um recipiente, deverá ser considerada a fasevapor correspondente a, no mínimo, 50 % do volume útil do recipiente.

6.6 Rendimento de explosão

Caso o modelo utilizado para cálculo da sobrepressão proveniente de uma explosão requeira o seurendimento, esse valor não deverá ser inferior a 10 %, quando a massa considerada no cálculo da explosãofor aquela dentro dos limites de inflamabilidade.

Para as substâncias altamente reativas, tais como o acetileno e óxido de eteno, deverá ser utilizadorendimento não inferior a 20 %.

A utilização de outros valores que não os aqui citados deve ser respaldada por literatura técnicareconhecida e atualizada.6.7 Valores de referência

6.7.1 Substâncias inflamáveis

O valor de referência a ser utilizado no estudo de dispersão deverá ser a concentração correspondente aoLimite Inferior de Inflamabilidade (LII).

Para o flashfire deverá ser considerado que, na área ocupada pela nuvem de vapor inflamável (delimitadapelo LII), o nível de radiação térmica corresponderá a uma probabilidade de 100 % de fatalidade.

Para os casos de incêndios (jato, poça e fireball), os níveis de radiação térmica a serem adotados deverãoser de 12,5 kW/m2 e 37,5 kW/m2, que representam, respectivamente, uma probabilidade de 1 % e de 50%de fatalidade da população afetada, para tempos de exposição de 30 e 20 segundos.

Page 26: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

26

Para os casos de sobrepressões decorrentes de explosões (CVE, UVCE e BLEVE), deverão ser adotados osvalores de 0,1 e 0,3 bar. O primeiro representa danos reparáveis às estruturas (paredes, portas, telhados) e,portanto, perigo à vida, correspondendo à probabilidade de 1 % de fatalidade das pessoas expostas. Osegundo representa a sobrepressão que provoca danos graves às estruturas (prédios e equipamentos) e,portanto, representa perigo à vida, correspondendo à probabilidade de 50 % de fatalidade.

Observação: para a etapa de modelagem matemática de conseqüências, os derivados de petróleo listadosna Tabela 7 poderão ser simulados como substâncias puras.

6.7.2 Substâncias tóxicas

Para as substâncias tóxicas cuja função matemática do tipo PROBIT esteja desenvolvida, deverão seradotados como valores de referência as concentrações tóxicas que correspondem às probabilidades de 1 %e 50 % de fatalidade, para um tempo de exposição de pelo menos 10 (dez) minutos nos casos deliberações contínuas.

Para as liberações instantâneas, caso esse tempo seja inferior, a concentração de referência deverá sercalculada mantendo-se as probabilidades de 1 % e 50 % de fatalidade, para o tempo de passagem danuvem.

6.8 Distâncias a serem consideradas

Para cada cenário acidental estudado as distâncias a serem apresentadas deverão ser sempre consideradasa partir do ponto onde ocorreu a liberação da substância.

Para os cenários acidentais envolvendo incêndios, as distâncias de interesse são aquelas correspondentesaos níveis de radiação térmica de 12,5 kW/m2 e 37,5 kW/m2.

No caso de flashfire a distância de interesse será aquela atingida pela nuvem de concentração referente aoLimite Inferior de Inflamabilidade (LII). Ressalta-se que a área de interesse do flashfire é aqueladeterminada pelo contorno da nuvem nessa concentração.Para o evento “explosão não confinada de nuvem de vapor na atmosfera (UVCE)”, a distância a serconsiderada para os níveis de 0,1 bar e 0,3 bar de sobrepressão deverá ser aquela fornecida pelo modelode cálculo da explosão utilizado, acrescida da distância equivalente ao ponto médio da nuvem inflamável.

Para o evento “explosão confinada (CVE)”, a distância a ser considerada para os citados níveis desobrepressão, deverá ser aquela fornecida pelo modelo de cálculo utilizado, medida a partir do centro dorecipiente em questão. Quando forem utilizados modelos de multi-energia, o ponto da explosão deverá sero centro geométrico da área parcialmente confinada.

Já, para os cenários envolvendo a dispersão de nuvens tóxicas na atmosfera, a distância apresentadadeverá ser aquela correspondente à concentração utilizada como referência, conforme apresentado no item6.7.2.

Page 27: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

27

6.9 Apresentação dos resultados

6.9.1 Tabelas

Para cada um dos cenários acidentais considerados no estudo, deverão ser apresentados, de forma clara, osdados de entrada, como pressão, temperatura, área de furo ou ruptura, área do dique e quantidade vazada,entre outros, bem como os dados meteorológicos assumidos.

Os resultados deverão ser tabelados de forma a relacionar os valores de referência adotados e asrespectivas distâncias atingidas.

A seguir, apresenta-se algumas sugestões da forma de apresentação dos dados de entrada (Tabela 12) edos resultados (Tabelas 13 e 14) para um determinado cenário acidental.

Tabela 12 – Exemplo – Dados de entrada

Parâmetro ValorSubstância

Velocidade do vento a X m de altura (m/s)Categoria de estabilidade atmosférica

Umidade relativa do ar (%)Rugosidade da superfície do solo

Temperatura ambiente (oC)Temperatura do solo (oC)

Rendimento da explosão (%)Valor de referência

Diâmetro do furo de vazamento (m)Área do dique de contenção (m2)

Quantidade vazada (kg)Vazão da bomba (m3/h)

Altura do ponto de vazamento (kgf/cm2)Categoria de estabilidade atmosférica

Tabela 13 – Exemplo – Resultados – Gás tóxico

Parâmetro ValorTaxa de vazamento (kg/s)

Distância (m) para concentração que causa 1 % de probabilidade de fatalidade para uma

exposição de 10 min (CL1,10)Distância (m) para concentração que causa

50 % de probabilidade de fatalidade para umaexposição de 10 min (CL1,50)

Page 28: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

28

Tabela 14 – Exemplo – Resultados – Líquido inflamável

Parâmetro ValorTaxa de vazamento (kg/s)

Área da poça (m2)Taxa de evaporação (kg/s)

Incêndio de Distância (m) para 12,5kW/m2

Poça Distância (m) para 37,5kW/m2

Massa inflamável (kg)Flashfire Distância (m) para o LIIUVCE Distância (m) para 0,1 bar

Distância (m) para 0,3 bar

6.9.2 Mapas

Os resultados dos efeitos físicos decorrentes de cada um dos cenários acidentais deverão ser plotados emcarta planialtimétrica atualizada, em escala 1:10.000, quando as dimensões da instalação foremcompatíveis com a escala, de forma que se tenha uma clara visualização do empreendimento e do seuentorno. Caso contrário, deverá ser utilizada uma escala maior, mais adequada.

O mapeamento deverá ser acompanhado da interpretação dos resultados obtidos, isto é, deverão serrelacionadas as áreas afetadas, que deverão estar devidamente caracterizadas, ou seja, deverão conterinformações sobre os tipos de edificações (residenciais, industriais, comerciais, hospitalares, escolares,recreativas) presentes nas áreas de risco e o número de pessoas atingidas, entre outras informaçõesrelevantes.

7. ESTIMATIVA DE FREQÜÊNCIAS

Nas instalações em que os efeitos físicos extrapolem os limites da empresa e possam afetar pessoas, osriscos do empreendimento deverão ser calculados; para tanto, deverão ser estimadas as freqüências deocorrência dos cenários acidentais identificados.

Em alguns estudos de análise de riscos, as freqüências de ocorrência dos cenários acidentais poderão serestimadas através de registros históricos constantes de bancos de dados ou de referências bibliográficas,desde que, efetivamente, tenham representatividade para o caso em estudo. No entanto, de acordo com acomplexidade da instalação em análise, pode haver a necessidade de ser utilizada a Análise por Árvoresde Falhas (AAF) para a estimativa das freqüências.

A Análise por Árvore de Falhas (AAF) é uma técnica dedutiva que permite identificar as causas básicasde acidentes e de falhas num determinado sistema, além de possibilitar a estimativa da freqüência comque uma determinada falha pode ocorrer.

Além dos aspectos acima mencionados, a estimativa das freqüências de ocorrência dos eventosiniciadores deverá também considerar a aplicação de técnicas de confiabilidade humana para a avaliação

Page 29: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

29

das probabilidades de erros antropogênicos que possam contribuir para a ocorrência dos cenáriosacidentais.

No caso de dutos, a estimativa das freqüências de ocorrência de uma determinada tipologia acidental(flashfire, UVCE, dispersão, etc.), normalmente expressa em ocorrências/km.ano, deverá considerar asdistâncias correspondentes às curvas de probabilidade de 50% e 1% de fatalidade para os diversos trechosdo duto, estabelecidas a partir de condições operacionais médias (pressão, vazão, temperatura). Dessaforma, no cálculo da freqüência deverá ser levada em consideração a extensão do trecho em questão, nãodevendo portanto ser adotada a extensão total do duto ou o intervalo entre válvulas.

8. ESTIMATIVA E AVALIAÇÃO DE RISCOS

A estimativa e avaliação dos riscos de um empreendimento depende de uma série de variáveis, por vezespouco conhecidas e cujos resultados podem apresentar diferentes níveis de incerteza. Isto decorreprincipalmente de que não se pode determinar todos os riscos existentes ou possíveis de ocorrer numainstalação e também da escassez de informações neste campo.

De acordo com a visão da CETESB, os riscos a serem avaliados devem contemplar o levantamento depossíveis vítimas fatais, bem como os danos à saúde da comunidade existente nas circunvizinhanças doempreendimento.

Sendo o risco uma função que relaciona as freqüências de ocorrências de cenários acidentais e suasrespectivas conseqüências, em termos de danos ao homem, pode-se, com base nos resultadosquantitativos obtidos nas etapas anteriores do estudo, estimar o risco de um empreendimento.

Assim, nos estudos de análise de riscos submetidos à CETESB, cujos cenários acidentais extrapolem oslimites do empreendimento e possam afetar pessoas, os riscos deverão ser estimados e apresentados nasformas de Risco Social e Risco Individual.

8.1 Risco social

O risco social refere-se ao risco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aosdanos decorrentes de um ou mais cenários acidentais.

A apresentação do risco social deverá ser feita através da curva F-N, obtida por meio da plotagem dosdados de freqüência acumulada do evento final e seus respectivos efeitos representados em termos denúmero de vítimas fatais.A estimativa do risco social num estudo de análise de riscos requer as seguintes informações:

− tipo de população (residências, estabelecimentos comerciais, indústrias, áreas rurais, escolas, hospitais,etc.);

− efeitos em diferentes períodos (diurno e noturno) e respectivas condições meteorológicas, para oadequado dimensionamento do número de pessoas expostas;

− características das edificações onde as pessoas se encontram, de forma que possam ser levadas emconsideração eventuais proteções.

Diferentes distribuições ou características das pessoas expostas podem ser consideradas na estimativa dosriscos por intermédio de simplificações, como por exemplo, através do uso de dados médios de

Page 30: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

distribuição populacional; no entanto, deve-se estar atento quanto ao emprego dessas generalizações, quepodem induzir a erros significativos na estimativa dos riscos, razão pela qual esses procedimentos devemser tratados com a devida cautela. Ressalta-se que os dados oriundos de censos de densidade demográficaem áreas urbanas não devem ser utilizados para a estimativa da população exposta numa determinadaárea.

Para cada tipologia acidental, deverá ser estimado o número provável de vítimas fatais, de acordo com asprobabilidades de fatalidades associadas aos efeitos físicos e em função das pessoas expostas nas direçõesde vento adotadas, considerando-se em cada uma destas direções as duas velocidades médias de vento,correspondentes aos períodos diurno e noturno.

A estimativa do número de vítimas fatais poderá ser realizada considerando as probabilidades médias demorte, conforme segue:

− aplicar a probabilidade de 75% para as pessoas expostas entre a fonte do vazamento e a curva deprobabilidade de fatalidade de 50%;

− aplicar a probabilidade de 25% para as pessoas expostas entre as curvas com probabilidades defatalidade de 50% e 1%.

A Figura 6 mostra de forma mais clara a estimativa do número de ritmos.

Consideraser estima

Onde:

Nik =Nek1 =

Nek2 =

Região 1Aplicar

probabilidade0,75

Curva de 50% de

Região 2Aplicar

probabilidade0,25

Fonte de Vazamento

30

Figura 6 - Estimativa do número de vítimas para o cálculo do risco socialndo o anteriormente exposto, o número de vítimas fatais para cada um dos eventos finais poderádo, conforme segue:

Nik = Nek1 . 0,75 + Nek2 . 0,25

número de fatalidades resultante do evento final i;número de pessoas presentes e expostas no quadrante k até a distância delimitada pela curvacorrespondente à probabilidade de fatalidade de 50%;número de pessoas presentes e expostas no quadrante k até a distância delimitada pela curvacorrespondente à probabilidade de fatalidade de 1%.

probabilidade defatalidade

Curva de 1% deprobabilidade de

fatalidade

Page 31: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

31

Para o caso de flashfire, o número de pessoas expostas é o correspondente a 100% do número das pessoaspresentes dentro da nuvem, até o limite da curva correspondente ao Limite Inferior de Inflamabilidade(LII); assim tem-se:

Nik = Nek a

Onde:

Nik = número de fatalidades resultante do evento final i;Nek = número de pessoas presentes no quadrante k até a distância delimitada pela curva

correspondente ao LII.

Para cada um dos eventos considerados no estudo, deve ser estimada a freqüência final de ocorrência,considerando-se as probabilidades correspondentes a cada caso, como por exemplo, a incidência do ventono quadrante e a probabilidade de ignição, entre outras; assim, tomando como o exemplo a liberação deuma substância inflamável, a freqüência de ocorrência do evento final i poderá ser calculada da seguinteforma:

Fi = fi . pk . piaOnde:

Fi = freqüência de ocorrência do evento final i;fi = freqüência de ocorrência do evento i;pk = probabilidade do vento soprar no quadrante k;pi = probabilidade de ignição.

O número de pessoas afetadas por todos os eventos finais deve ser determinado, resultando numa lista donúmero de fatalidades, com as respectivas freqüências de ocorrência. Esses dados devem então sertrabalhados em termos de freqüência acumulada, possibilitando assim que a curva F-N seja construída;assim, tem-se:

FN = ���� Fi para todos os efeitos decorrentes do evento final i para os quais Ni ≥≥≥≥ N

Onde:

FN = freqüência de ocorrência de todos os eventos finais que afetam N ou mais pessoas;Fi = freqüência de ocorrência do evento final i;Ni = número de pessoas afetadas pelos efeitos decorrentes do evento final i.

8.2 Risco individual

O risco individual pode ser definido como o risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo,considerando a natureza do dano que pode ocorrer e o período de tempo em que este pode acontecer.

Os danos às pessoas podem ser expressos de diversas formas, embora as injúrias sejam mais difíceis deserem avaliadas, dada a indisponibilidade de dados estatísticos para serem utilizados em critérios

Page 32: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

32

comparativos de riscos; assim, o risco deverá ser estimado em termos de danos irreversíveis oufatalidades.

O risco individual pode ser estimado para aquele indivíduo mais exposto a um perigo, para um grupo depessoas ou para uma média de indivíduos presentes na zona de efeito. Para um ou mais acidentes, o riscoindividual tem diferentes valores.

A apresentação do risco individual deverá ser feita através de curvas de iso-risco (contornos de riscoindividual), uma vez que estas possibilitam visualizar a distribuição geográfica do risco em diferentesregiões. Assim, o contorno de um determinado nível de risco individual deverá representar a freqüênciaesperada de um evento capaz de causar um dano num local específico.

Para o cálculo do risco individual num determinado ponto da vizinhança de uma planta industrial, pode-seassumir que as contribuições de todos os eventos possíveis são somados. Dessa forma, o risco individualtotal num determinado ponto pode ser calculado pelo somatório de todos os riscos individuais nesseponto, conforme apresentado a seguir:

�=

=n

1ii,y,xy,x RIRI

Onde:

RIx,y = risco individual total de fatalidade no ponto x,y;(chance de fatalidade por ano (ano-1))

RIx,y,i = risco de fatalidade no ponto x,y devido ao evento i;(chance de fatalidade por ano (ano-1))

n = número total de eventos considerados na análise.

Os dados de entrada na equação anterior são calculados a partir da equação:

fiiiy,x, .pFRI =

Onde:

RIx,y,i = risco de fatalidade no ponto x,y devido ao evento i;(chance de fatalidade por ano (ano-1))

Fi = freqüência de ocorrência do evento final i;pfi = probabilidade que o evento i resulte em fatalidade no ponto x,y, de acordo com os efeitos

resultantes das conseqüências esperadas.

8.3 Avaliação dos riscos

A avaliação dos riscos impostos ao ser humano por um empreendimento depende de uma série devariáveis, cujo resultado pode apresentar um nível razoável de incerteza, decorrente principalmente daescassez de informações neste campo.

Page 33: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

33

A análise comparativa de riscos requer o estabelecimento de níveis de risco (limites), a serem utilizadoscomo referências que permitam comparar situações muitas vezes diferenciadas.

O estabelecimento desses níveis envolve a discussão da tolerabilidade dos riscos, que depende de umjulgamento por vezes subjetivo e pessoal, envolvendo temas complexos, como por exemplo, a percepçãodos riscos, que varia consideravelmente de indivíduo para indivíduo.

Apesar dessas dificuldades, a definição de critérios de tolerabilidade de riscos é importante na medida emque há a necessidade de se avaliar os empreendimentos com potencial para causar danos à população,decorrentes de acidentes envolvendo produtos perigosos.

Assim, independentemente das limitações existentes, foi realizado um amplo levantamento dos critériosinternacionais atualmente vigentes (Reino Unido, Holanda, Hong Kong, Austrália, Estados Unidos eSuiça), a partir dos quais foram estabelecidos os critérios de tolerabilidade para os riscos social eindividual, assumindo-se valores médios entre os critérios pesquisados.

A Figura 7 apresenta a curva F-N adotada como critério para a avaliação do risco social.

Figura 7 – Curva F-N de tolerabilidade para risco social

Os riscos situados na região entre as curvas limites dos riscos intoleráveis e negligenciáveis, denominadaALARP (As Low As Reasonably Practicable), embora situados abaixo da região de intolerabilidade,devem ser reduzidos tanto quanto praticável.

Para o risco individual, foram estabelecidos os seguintes limites:

− Risco máximo tolerável: 1 x 10-5 ano-1;− Risco negligenciável: < 1 x 10-6 ano-1.

Para a aprovação do empreendimento, deverão ser atendidos os critérios de risco social e individualconjuntamente, ou seja, as curvas de riscos social e individual deverão estar situadas na regiãonegligenciável ou na região ALARP.

Entretanto, nos casos em que o risco social for considerado atendido, mas o risco individual for maior queo risco máximo tolerável, a CETESB, após avaliação específica, poderá considerar o empreendimento

1E-091E-081E-071E-06

1E-051E-041E-031E-02

1 10 100 1000 10000

N o de Fatalidades

Freq

uênc

ia d

e N

ou

mai

s fat

alid

ades

Intolerável

Região ALARP

Negligenciável

Page 34: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

34

aprovado, uma vez que o enfoque principal na avaliação dos riscos está voltado aos impactos decorrentesde acidentes maiores, afetando agrupamentos de pessoas, sendo, portanto, o risco social o índiceprioritário nesta avaliação.

Nos estudos de análise de riscos em dutos, os riscos deverão ser avaliados somente a partir do riscoindividual, de acordo com os seguintes critérios:

− Risco máximo tolerável: 1 x 10-4 ano-1;− Risco negligenciável: < 1 x 10-5 ano-1.

O conceito da região denominada ALARP (As Low As Reasonably Practicable) também se aplica naavaliação do risco individual; assim, os valores de riscos situados na região entre os limites tolerável enegligenciável, também deverão ser reduzidos tanto quanto praticável.

9. GERENCIAMENTO DE RISCOS

As recomendações e medidas resultantes do estudo de análise e avaliação de riscos para a redução dasfreqüências e conseqüências de eventuais acidentes, devem ser consideradas como partes integrantes doprocesso de gerenciamento de riscos; entretanto, independentemente da adoção dessas medidas, umainstalação que possua substâncias ou processos perigosos deve ser operada e mantida, ao longo de suavida útil, dentro de padrões considerados toleráveis, razão pela qual um Programa de Gerenciamento deRiscos (PGR) deve ser implementado e considerado nas atividades, rotineiras ou não, de uma plantaindustrial.

Embora as ações previstas no PGR devam contemplar todas as operações e equipamentos, o programadeve considerar os aspectos críticos identificados no estudo de análise de riscos, de forma que sejampriorizadas as ações de gerenciamento dos riscos, a partir de critérios estabelecidos com base nos cenáriosacidentais de maior relevância.

O objetivo do PGR é prover uma sistemática voltada para o estabelecimento de requisitos contendoorientações gerais de gestão, com vistas à prevenção de acidentes.

9.1 Programa de Gerenciamento de Riscos I

O escopo aqui apresentado se aplica a empreendimentos de médio e grande porte, devendo contemplar asseguintes atividades:

− informações de segurança de processo;− revisão dos riscos de processos;− gerenciamento de modificações;− manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;− procedimentos operacionais;− capacitação de recursos humanos;− investigação de incidentes;− plano de ação de emergência (PAE);− auditorias.

Page 35: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

35

No âmbito do licenciamento ambiental, o PGR é parte integrante do processo de avaliação do estudo deanálise de riscos. Dessa forma, as empresas em avaliação pelo órgão ambiental deverão apresentar umrelatório contendo as diretrizes do PGR, no qual deverão estar claramente relacionadas as atribuições, asatividades e os documentos de referência, tais como normas técnicas, legislações e relatórios, entre outros.

Todos os itens constantes do PGR devem ser claramente definidos e documentados, aplicando-se tantoaos procedimentos e funcionários da empresa, como em relação a terceiros (empreiteiras e demaisprestadores de serviço) que desenvolvam atividades nas instalações envolvidas nesse processo.

Toda a documentação de registro das atividades realizadas no PGR, como por exemplo os resultados deauditorias, serviços de manutenção e treinamentos, devem estar disponíveis para verificação sempre quenecessária pelos órgãos responsáveis, razão pela qual devem ser mantidas em arquivo por, pelo menos,seis anos.

9.1.1 Informações de segurança de processo

As informações de segurança de processo são fundamentais no gerenciamento de riscos de instalaçõesperigosas. O PGR deve contemplar a existência de informações e documentos atualizados e detalhadossobre as substâncias químicas envolvidas, tecnologia e equipamentos de processo, de modo a possibilitaro desenvolvimento de procedimentos operacionais precisos, assegurar o treinamento adequado e subsidiara revisão dos riscos, garantindo uma correta operação do ponto de vista ambiental, de produção e desegurança. Assim, as informações de segurança de processo devem incluir:

− informações das substâncias químicas do processo: incluem informações relativas aos perigosimpostos pelas substâncias, inclusive intermediárias, para a completa avaliação e definição doscuidados a serem tomados, quando consideradas as características perigosas relacionadas cominflamabilidade, reatividade, toxicidade e corrosividade, entre outros riscos; assim, é de fundamentalimportância a disponibilidade de fichas de informação e orientações específicas sobre tais riscos.

− tecnologia de processo: inclui informações do tipo diagrama de blocos, fluxogramas de processo,balanços de materiais e de energia, contendo inventários máximos, limites superiores e inferiores, alémdos quais as operações podem ser consideradas inseguras para parâmetros como temperatura, pressão,vazão, nível e composição e respectivas conseqüências dos desvios desses limites.

− equipamentos de processo: inclui informações sobre os materiais de construção, diagramas detubulações e instrumentação (P & IDs), classificação de áreas, projetos de sistemas de alívio eventilação, sistemas de segurança, shut-down e intertravamentos, códigos e normas de projeto.

− procedimentos operacionais: esses procedimentos são partes integrantes das informações de segurançado processo, razão pela qual um plano específico deve estabelecer os procedimentos a serem seguidosem todas as operações desenvolvidas na planta industrial.

9.1.2 Revisão dos riscos de processo

O estudo de análise e avaliação de riscos implementado durante o projeto inicial de uma instalação novadeve ser revisado periodicamente, de modo a serem identificadas novas situações de risco, possibilitandoassim o aperfeiçoamento das operações realizadas, de modo a manter as instalações operando de acordocom os padrões de segurança requeridos.

Page 36: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

36

A revisão dos estudos de análise de riscos deverá ser realizada em periodicidade a ser definida no PGR, apartir de critérios claramente estabelecidos, com base nos riscos inerentes às diferentes unidades eoperações.

A realização de qualquer alteração ou ampliação na instalação industrial, a renovação da licençaambiental ou a retomada de operações após paradas por períodos superiores a seis meses, são situaçõesque requerem obrigatoriamente a revisão dos estudos de análise de riscos, independentemente daperiodicidade definida no PGR, considerando-se sempre os critérios para a classificação de instalaçõesindustriais, conforme apresentado na Parte I deste Manual.

9.1.3 Gerenciamento de modificações

As instalações industriais estão permanentemente sujeitas a modificações com o objetivo de melhorar aoperacionalidade e a segurança, incorporar novas tecnologias e aumentar a eficiência dos processos.Assim, considerando a complexidade dos processos industriais, bem como outras atividades queenvolvam a manipulação de substâncias químicas perigosas, é imprescindível ser estabelecido um sistemagerencial apropriado para assegurar que os riscos decorrentes dessas alterações possam seradequadamente identificados, avaliados e gerenciados previamente à sua implementação.

Dessa forma, o PGR deve estabelecer e implementar um sistema de gerenciamento contemplandoprocedimentos específicos para a administração de modificações na tecnologia e nas instalações. Entreoutros, esses procedimentos devem considerar os seguintes aspectos:

− bases de projeto do processo e mecânico para as alterações propostas;− análise das considerações de segurança e de meio ambiente envolvidas nas modificações propostas,

contemplando inclusive os estudos para a análise e avaliação dos riscos impostos por estasmodificações, bem como as implicações nas instalações do processo à montante e à jusante dasinstalações a serem modificadas;

− necessidade de alterações em procedimentos e instruções operacionais, de segurança e de manutenção;− documentação técnica necessária para registro das alterações;− formas de divulgação das mudanças propostas e suas implicações ao pessoal envolvido;− obtenção das autorizações necessárias, inclusive licenças junto aos órgãos competentes.

9.1.4 Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos

Os sistemas considerados críticos em instalações ou atividades perigosas, sejam estes equipamentos paraprocessar, armazenar ou manusear substâncias perigosas, ou mesmo relacionados com sistemas demonitorização ou de segurança, devem ser projetados, construídos e instalados no sentido de minimizar osriscos às pessoas e ao meio ambiente.

Para tanto, o PGR deve prever um programa de manutenção e garantia da integridade desses sistemas,com o objetivo de garantir o correto funcionamento dos mesmos, por intermédio de mecanismos demanutenção preditiva, preventiva e corretiva. Assim, todos os sistemas nos quais operações inadequadasou falhas possam contribuir ou causar condições ambientais ou operacionais inaceitáveis ou perigosas,devem ser considerados como críticos.

Esse programa deve incluir o gerenciamento e o controle de todas as inspeções e o acompanhamento dasatividades associadas com os sistemas críticos para a operação, segurança e controle ambiental. Essas

Page 37: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

37

operações iniciam com um programa de garantia da qualidade e terminam com um programa de inspeçãofísica que trata da integridade mecânica e funcional. Dessa forma, os procedimentos para inspeção e testedos sistemas críticos devem incluir, entre outros, os seguintes itens:

− lista dos sistemas e equipamentos críticos sujeitos a inspeções e testes;− procedimentos de testes e de inspeção em concordância com as normas técnicas e códigos pertinentes;− documentação das inspeções e testes, a qual deverá ser mantida arquivada durante a vida útil dos

equipamentos;− procedimentos para a correção de operações deficientes ou que estejam fora dos limites aceitáveis;− sistema de revisão e alterações nas inspeções e testes.

9.1.5 Procedimentos operacionais

Todas as atividades e operações realizadas em instalações industriais devem estar previstas emprocedimentos claramente estabelecidos, que devem contemplar, entre outros, os seguintes aspectos:

− cargos dos responsáveis pelas operações;− instruções precisas que propiciem as condições necessárias para a realização de operações seguras,

considerando as informações de segurança de processo;− condições operacionais em todas as etapas de processo, ou seja: partida, operações normais, operações

temporárias, paradas de emergência, paradas normais e partidas após paradas, programadas ou não;− limites operacionais.

Os procedimentos operacionais devem ser revisados periodicamente, de modo que representem as práticasoperacionais atualizadas, incluindo as mudanças de processo, tecnologia e instalações. A freqüência derevisão deve estar claramente definida no PGR, considerando os riscos associados às unidades em análise.

9.1.6 Capacitação de recursos humanos

O PGR deve prever um programa de treinamento para todas as pessoas responsáveis pelas operaçõesrealizadas na empresa, de acordo com suas diferentes funções e atribuições. Os treinamentos devemcontemplar os procedimentos operacionais, incluindo eventuais modificações ocorridas nas instalações ena tecnologia de processo.

O programa de capacitação técnica deve ser devidamente documentado, contemplando as seguintesetapas:

− treinamento inicial: todo o pessoal envolvido nas operações da empresa deve ser treinado antes doinício de qualquer atividade, de acordo com critérios pré-estabelecidos de qualificação profissional. Osprocedimentos de treinamento devem ser definidos de modo a assegurar que as pessoas que operem asinstalações possuam os conhecimentos e habilidades requeridos para o desempenho de suas funções,incluindo as ações relacionadas com a pré-operação e paradas, emergenciais ou não.

− treinamento periódico: o programa de capacitação deve prever ações para a reciclagem periódica dosfuncionários, considerando a periculosidade e complexidade das instalações e as funções; no entanto,em nenhuma situação a periodicidade de reciclagem deve ser inferior a três anos. Tal procedimentovisa garantir que as pessoas estejam permanentemente atualizadas com os procedimentos operacionais.

Page 38: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

38

− treinamento após modificações: quando houver modificações nos procedimentos ou nas instalações, osfuncionários envolvidos deverão, obrigatoriamente, ser treinados sobre as alterações implementadasantes do retorno às suas atividades.

9.1.7 Investigação de incidentes

Todo e qualquer incidente de processo ou desvio operacional que resulte ou possa resultar em ocorrênciasde maior gravidade, envolvendo lesões pessoais ou impactos ambientais devem ser investigados. Assim,o PGR deve contemplar as diretrizes e critérios para a realização dessas investigações, que devem serdevidamente analisadas, avaliadas e documentadas.

Todas as recomendações resultantes do processo de investigação devem ser implementadas e divulgadasna empresa, de modo que situações futuras e similares sejam evitadas.

A documentação do processo de investigação deve contemplar os seguintes aspectos:

− natureza do incidente;− causas básicas e demais fatores contribuintes;− ações corretivas e recomendações identificadas, resultantes da investigação.

9.1.8 Plano de Ação de Emergência (PAE)

Independentemente das ações preventivas previstas no PGR, um Plano de Ação de Emergência (PAE)deve ser elaborado e considerado como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos.

O PAE deve se basear nos resultados obtidos no estudo de análise e avaliação de riscos, quando realizado,e na legislação vigente, devendo também contemplar os seguintes aspectos:− introdução;− estrutura do plano;− descrição das instalações envolvidas;− cenários acidentais considerados;− área de abrangência e limitações do plano;− estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabilidades dos envolvidos;− fluxograma de acionamento;− ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais considerados, de

acordo com os impactos esperados e avaliados no estudo de análise de riscos, considerandoprocedimentos de avaliação, controle emergencial (combate a incêndios, isolamento, evacuação,controle de vazamentos, etc.) e ações de recuperação;

− recursos humanos e materiais;− divulgação, implantação, integração com outras instituições e manutenção do plano;− tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com os diferentes cenários acidentais

estimados;− documentos anexos: plantas de localização da instalação e layout, incluindo a vizinhança sob risco,

listas de acionamento (internas e externas), listas de equipamentos, sistemas de comunicação ealternativos de energia elétrica, relatórios, etc.

Page 39: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

39

9.1.9 Auditorias

Os itens que compõem o PGR devem ser periodicamente auditados, com o objetivo de se verificar aconformidade e efetividade dos procedimentos previstos no programa.

As auditorias poderão ser realizadas por equipes internas da empresa ou mesmo por auditoresindependentes, de acordo com o estabelecido no PGR. Da mesma forma, o plano deve prever aperiodicidade para a realização das auditorias, de acordo com a periculosidade e complexidade dasinstalações e dos riscos delas decorrentes, não devendo no entanto ser superior a três anos.

Todos os trabalhos decorrentes das auditorias realizadas nas instalações e atividades correlatas devem serdevidamente documentados, bem como os relatórios decorrentes da implementação das ações sugeridasnesse processo.

9.2 Programa de Gerenciamento de Riscos II

O escopo aqui apresentado se aplica a empreendimentos de pequeno porte, devendo contemplar asseguintes atividades:

− informações de segurança de processo;− manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;− procedimentos operacionais;− capacitação de recursos humanos;− plano de ação de emergência (PAE).

O conteúdo de cada uma das atividades acima relacionadas deve contemplar o descrito nos respectivossubitens apresentados em 9.1.

Page 40: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- AIChE/CCPS. International conference and workshop on risk analysis in process safety. Atlanta, 1997.

- American Institute of Chemical Engineers (AIChE). Guidelines for hazard evaluation procedures. NewYork, 1992.

- American Institute of Chemical Engineers (AIChE). Guidelines for chemical process quantitative riskanalysis. New York, 1989.

- API. Management of process hazards, recommended practice 750. 1st Ed., USA, 1999.

- BALL, D. J. & FLOYD, P. J. Societal risks. London, 1998.

- CARBOCLORO. Plano de gerenciamento de segurança de processo. Cubatão, 1998.

- CETESB. Apostila do curso introdução à análise de riscos. São Paulo, 1994.

- CETESB. Banco de dados de produtos químicos (PRD). São Paulo, 1988.

- CETESB. Critérios para classificação de periculosidade de fontes potencialmente geradoras deacidentes de acordo com o risco para a população e o meio ambiente. São Paulo, 1988.

- CETESB. Legislação Federal – Controle da poluição ambiental. São Paulo, 1988.

- CETESB. Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de riscos. São Paulo, 1994.

- CETESB. Metodologia para a classificação de instalações industriais quanto à periculosidade. SãoPaulo, 1996.

- Chemical Industries Association. A guide to hazard and operability studies. London, 1987.

- Comunidades Europeas. Directiva 96/82/CE del Consejo. Diário Oficial de Las ComunidadesEuropeas, 1997.

- CONCAWE. Methodologies for hazard analysis and risk assessment in the petroleum refining andstorage industry. Report # 10, 1982.

- DNV Technica Limited. Process hazard analysis software tools (PHAST) – User Manual – Version5.22, London, 1995.

- GOW, H. B. F. & KEY, R. W. Emergency planning for industrial hazards. London, Elsevier AppliedScience, 1988.

- HSE. Risk criteria for land-use planning in the vicinity of major industrial hazards. London, 1989.

- HSE. Risks from hazardous pipelines in the United Kingdom. HSE Contract Research Report No.82/1994, Norwich, 1998.

Page 41: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

41

- KLAASSEN, Curtis D., AMDUR, Mary O. & DOULL, John. Casarett and Doull's Toxicology. Thebasic science of poisons, 3rd Ed., Macmillan Publishing Company, 1986.

- LEES, Frank P. Loss prevention in the process industries, 2nd Ed., Vol. 1. Butterworths, London, 1996.

- LEWIS, D. J. Risk analysis of six potentially hazardous industrial objects in the Rijmond área, a pilotstudy. Holland, D. Reidel Publishing Company, 1982.

- LIMA E SILVA, P. P. et al. Dicionário brasileiro de ciências ambientais. Thex Editora, Rio de Janeiro,1999.

- PETROBRAS. Processo de gerenciamento de riscos. Rio de Janeiro, 1997.

- USEPA. Federal Register, Vol. 61, No. 120, Rules & Regulations. USA, 1996.

- USEPA. General guidance for risk management programs (40 CFR Part 68). Chemical EmergencyPreparedness and Prevention Office, USA, 1998.

- WRIGHT, P. G. Pipeline risk assessment. New Pipeline Regulations Conference, HSE & TheInstitution of Gas Engineers, London, 1996.

.../ Anexo A

Page 42: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

42

ANEXO A

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

.../Anexo A

Page 43: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

43

ANEXO A – LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

Nome da Substância CAS Estado Class. Tabela a ser utilizada Pág.Físico

Ácido nítrico 7697-37-2 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Acrilonitrila 107-13-1 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Acroleína 107-02-8 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Álcool alílico 107-18-6 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Amônia 7664-41-7 Gás 3 AMÔNIA 51Arsina 7784-42-1 Gás 4 CLORO 59Brometo de alila 106-95-6 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Brometo de hidrogênio 10035-10-6 Gás 3 AMÔNIA 52Brometo de metila 74-83-9 Gás 3 BROMETO DE METILA 53Bromo 7726-95-6 Líquido 4 ACROLEÍNA 50sec-Butilamina 13952-84-6 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Chumbo tetrametila 75-74-1 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Cianeto de hidrogênio 74-90-8 Gás 4 CIANETO DE HIDROGÊNIO 55Cianogênio 460-19-5 Gás 4 CLORO 59Cloreto de boro 10294-34-5 Gás 3 AMÔNIA 51Cloreto de cianogênio 506-77-4 Gás 4 CLORO 59Cloreto de cloroacetila 79-04-9 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Cloreto de hidrogênio 7647-01-0 Gás 3 CLORETO DE HIDROGÊNIO 57Cloreto de tionila 7719-09-7 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Cloro 7782-50-5 Gás 4 CLORO 59Cloroacetaldeído 107-20-0 Líquido 3 ACRILONITRILA 49bis-(Clorometil)éter 542-88-1 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Clorometilmetiléter 107-30-2 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Cloropicrina 76-06-2 Líquido 4 ACROLEÍNA 5Crotonaldeído 123-73-9 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Diborano 19287-45-7 Gás 4 CLORO 59Dibromoetileno 106-93-4 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Difluoreto de oxigênio 7783-41-7 Gás 4 CLORO 59Dimetildiclorosilano 75-78-4 Líquido 3 ACRILONITRILA 491,1-Dimetilhidrazina 57-14-7 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Dióxido de cloro 10049-04-4 Gás 3 AMÔNIA 51Dióxido de enxofre 7446-09-5 Gás 3 DIÓXIDO DE ENXOFRE 61Dióxido de nitrogênio 10102-44-0 Gás 4 DIÓXIDO DE NITROGÊNIO 63Epicloridrina 106-89-8 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Etilenoimina 151-56-4 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Fluoreto de carbonila 353-50-4 Gás 4 CLORO 59Fluoreto de cloro 7790-91-2 Gás 4 CLORO 59Fluoreto de hidrogênio 7664-39-3 Gás 3 FLUORETO DE

HIDROGÊNIO65

Fluoreto de perclorila 7616-94-6 Gás 3 AMÔNIA 51Fosfina 7803-51-2 Gás 4 CLORO 59Fosgênio 77-44-5 Gás 4 FOSGÊNIO 67Hidrazina 302-01-2 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Hidroperóxido de terc-butila 75-91-2 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Isobutilamina 78-81-9 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Isocianato de metila 624-83-9 Líquido 4 ISOCIANATO DE METILA 69Metacrilonitrila 126-98-7 Líquido 3 ACRILONITRILA 49Metilclorosilano 75-79-6 Líquido 3 ACRILONITRILA 49

Page 44: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

44

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

Nome da Substância CAS Estado Class. Tabela a ser utilizada Pág.Físico

Metilhidrazina 60-34-4 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Metilvinilcetona 78-94-4 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Niquelcarbonila 13463-39-3 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Nitrito de etila 109-95-5 Gás 3 AMÔNIA 51Oxicloreto de fósforo 10025-10-6 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Óxido de etileno 75-21-8 Gás 3 ÓXIDO DE ETILENO 70Óxido nítrico 10102-43-9 Gás 3 AMÔNIA 51Ozônio 10028-15-6 Gás 4 CLORO 59Pentaborano 19624-22-7 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Pentacarbonila de ferro 13463-40-6 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Propionitrila 107-12-0 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Sulfeto de hidrogênio 7783-064 Gás 3 SULFETO DE HIDROGÊNIO 72Tetracloreto de titânio 7550-45-0 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Tricloreto de arsênio 7784-34-1 Líquido 3 ACRILONITRILA 50Tricloreto de boro 10294-34-5 Gás 3 AMÔNIA 51Tricloreto de fósforo 7719-12-2 Líquido 4 ACROLEÍNA 50Trifluorcloroetileno 79-38-9 Gás 3 AMÔNIA 51Trimetilclorosilano 75-77-4 Líquido 3 ACRILONITRILA 49

.../ Anexo – B

Page 45: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

45

ANEXO B

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS

.../Anexo B

Page 46: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

46

ANEXO B – LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS

Nome da Substância CAS Estado Tabela a ser utilizada Pág.Físico

Acetaldeído 75-07-0 Líquido n-PENTANO 111Acetato de etila 141-78-6 Líquido BENZENO 77Acetato de metila 79-20-9 Líquido n-PENTANO 111Acetato de vinila 74-86-2 Líquido ACETATO DE VINILA 75Acetileno 74-86-2 Gás PROPANO 112Acetona 67-64-1 Líquido ACETONA 76Acetonitrila 75-05-8 Líquido BENZENO 77Acrilato de etila 140-88-5 Líquido BENZENO 77Acrilato de metila 96-33-3 Líquido BENZENO 77Benzeno 71-43-2 Líquido BENZENO 771,3-Butadieno 106-99-0 Gás 1,3-BUTADIENO 78n-Butano 106-97-8 Gás n-BUTANO 80n-Butanol 71-36-3 Líquido n-BUTANOL 82Buteno 106-98-9 Gás BUTENO 83terc-Butilamina 75-64-9 Líquido n-PENTANO 111Ciclohexano 110-82-7 Líquido BENZENO 77Ciclopentano 287-92-3 Líquido n-PENTANO 111Ciclopropano 75-19-4 Gás PROPANO 112Cloreto de acetila 75-36-5 Líquido n-PENTANO 111Cloreto de alila 107-05-1 Líquido n-PENTANO 111Cloreto de etila 75-00-3 Gás PROPANO 112Cloreto de metila 74-87-3 Gás PROPANO 112Cloreto de vinila 75-01-4 Gás CLORETO DE VINILA 85Cloreto de vinilideno 75-35-4 Líquido n-PENTANO 111Dicloroetileno 107-06-2 Líquido BENZENO 77Dietilamina 109-89-7 Líquido n-PENTANO 111Dimetilamina 124-40-3 Gás DIMETILAMINA 87Dissulfeto de carbono 75-15-0 Líquido DISSULFETO DE CARBONO 89Estireno 100-42-5 Líquido ESTIRENO 90Etano 78-84-0 Gás ETANO 91Etanol 64-17-5 Líquido ETANOL 93Éter dietílico 60-29-7 Líquido n-PENTANO 111Éter dimetílico 115-10-6 Gás PROPANO 112Éter isopropílico 108-20-3 Líquido n-PENTANO 111Etilamina 75-04-7 Gás PROPANO 112Etilbenzeno 100-41-4 Líquido BENZENO 77Etileno 74-85-1 Gás ETILENO 94Etilenodiamina 107-15-3 Líquido BENZENO 77Etilmercaptana 75-08-1 Líquido n-PENTANO 111Formiato de etila 109-94-4 Líquido n-PENTANO 111Gasolina automotiva - Líquido n-HEXANO 99GLP 68476-85-7 Gás GLP 96n-Heptano 142-82-5 Líquido n-HEPTANO 98n-Hexano 110-54-3 Líquido n-HEXANO 99Hidrogênio 133-74-0 Gás HIDROGÊNIO 100Isobutanol 78-83-1 Líquido ISOBUTANOL 102Isopreno 78-79-0 Líquido n-PENTANO 111Isopropanol 67-63-0 Líquido ISOPROPANOL 103

LISTAGEM DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS

Page 47: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

47

Nome da SubstânciaCAS Estado Tabela a ser utilizada Pág.

FísicoIsopropilamina 75-31-0 Líquido n-PENTANO 111Metano 74-82-8 Gás METANO 104Metanol 67-56-1 Líquido METANOL 106Metilamina 74-89-5 Gás METILAMINA 107Nafta 8030-30-6 Líquido n-PENTANO 111Nitrometano 75-52-5 Líquido n-PENTANO 111n-Octano 111-65-9 Líquido n-OCTANO 109Óxido de propileno 75-56-9 Líquido ÓXIDO DE PROPILENO 110n-Pentano 109-66-0 Líquido n-PENTANO 111Piridina 110-86-1 Líquido BENZENO 77Propano 74-98-6 Gás PROPANO 112Propileno 115-07-1 Gás PROPILENO 114Propionaldeído 123-38-6 Líquido n-PENTANO 111Sulfeto de dimetila 75-18-30 Líquido n-PENTANO 111Tetrahidreto de silicone 7803-62-5 Gás PROPANO 112Tolueno 108-88-3 Líquido TOLUENO 116Triclorosilano 10025-78-2 Líquido n-PENTANO 111Trietilamina 121-44-8 Líquido TRIETILAMINA 117Trimetilamina 75-50-3 Gás TRIMETILAMINA 119m-Xileno 108-38-3 Líquido m-XILENO 120

... / Anexo – C

Page 48: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

48

ANEXO C

RELAÇÃO ENTRE AS QUANTIDADES DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E DISTÂNCIASSEGURAS

.../Anexo C

Page 49: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

49

ANEXO C – RELAÇÃO ENTRE AS QUANTIDADES DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS EDISTÂNCIAS SEGURAS

Substância: AcrilonitrilaVolume (m3) Distância (m)

5 1910 2620 3430 4040 4550 4960 5370 5780 6090 63100 66200 67300 80400 92500 102600 111700 118800 127900 1341000 1421500 1522000 1662500 1873000 2063500 2234000 2384500 2495000 2675500 2766000 2866500 3087000 3167500 3258000 3338500 3419000 3579500 36510000 37220000 45230000 56240000 62350000 69760000 76670000 83380000 87390000 933100000 969

Page 50: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

50

Substância: AcroleínaVolume (m³) Distância (m)

5 14910 21120 30130 36940 42650 47860 52370 56680 60690 644100 680200 726300 903400 1045500 1170600 1299700 1412800 1514900 16001000 16991500 17532000 20302500 22743000 25263500 27414000 29384500 31285000 33095500 34866000 36506500 38117000 39657500 41178000 42718500 44119000 45519500 469110000 482320000 612130000 756040000 893150000 1018060000 1134070000 1243080000 1345090000 14430100000 15380

Page 51: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

51

Substância : AmôniaMassa (kg) Distância (m)

10 4450 70100 86150 98200 107250 115300 122350 127400 133450 137500 143550 147600 151650 152700 155750 160800 165850 169900 171950 1751000 1771500 2042000 2262500 2443000 2603500 2734000 2834500 2965000 3075500 3176000 3286500 3387000 3457500 3538000 3618500 3699000 3789500 39110000 40311000 40512000 42613000 43514000 44415000 46016000 46917000 48518000 49419000 50220000 508

Page 52: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

52

Substância : AmôniaMassa (kg) Distância (m)

40000 66950000 71060000 75970000 80580000 85690000 893100000 920150000 1073200000 1185250000 1290300000 1382350000 1479400000 1527450000 1614500000 1668

Page 53: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

53

Substância : Brometo de MetilaMassa (kg) Distância (m)

10 1250 20100 26150 29200 33250 35300 38350 40400 42450 44500 45550 47600 50650 53700 56750 58800 59850 62900 63950 651000 661500 812000 962500 1083000 1193500 1284000 1414500 1475000 1555500 1626000 1656500 1777000 1817500 1858000 1918500 1949000 1969500 20310000 20411000 21612000 22413000 22814000 25015000 25816000 26317000 26518000 27319000 28120000 28530000 325

Page 54: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

54

Substância : Brometo de MetilaMassa (kg) Distância (m)

40000 37050000 39860000 43670000 45880000 47790000 514100000 527150000 528200000 620250000 695300000 791350000 830400000 915450000 955500000 982

Page 55: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

55

Substância : Cianeto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 2650 29100 36150 42200 47250 51300 54350 58400 61450 63500 66550 69600 71650 74700 76750 78800 79850 81900 84950 861000 871500 1032000 1142500 1273000 1403500 1514000 1614500 6335000 6595500 6846000 7096500 7287000 7477500 7688000 7908500 8039000 8209500 84210000 85811000 88712000 89113000 90214000 91515000 93316000 94817000 97618000 99619000 101820000 103130000 1109

Page 56: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

56

Substância : Cianeto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 127850000 174760000 177170000 184280000 193590000 2022100000 2101150000 2480200000 2776250000 3179300000 3416350000 3710400000 4042450000 4158500000 4405

Page 57: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

57

Substância : Cloreto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 2950 45100 53150 62200 66250 67300 74350 78400 79450 83500 87550 92600 97650 98700 101750 107800 109850 113900 114950 1151000 1161500 1312000 1332500 1503000 1623500 1884000 2004500 2075000 2125500 2176000 2286500 2307000 2397500 2408000 2448500 2489000 2589500 26110000 26511000 27312000 27813000 28014000 28115000 28216000 28517000 28918000 29019000 33420000 33730000 414

Page 58: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

58

Substância : Cloreto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 44850000 48260000 50870000 53680000 55590000 571100000 585150000 660200000 842250000 911300000 965350000 970400000 1014450000 1045500000 1093

Page 59: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

59

Substância : CloroMassa (kg) Distância (m)

10 5350 85100 104150 117200 128250 137300 146350 154400 160450 167500 173550 179600 184650 189700 194750 198800 202850 207900 211950 2151000 2181500 2502000 2762500 2963000 3153500 3314000 3474500 3615000 3735500 3866000 3966500 4087000 4177500 4248000 4368500 4479000 4549500 46410000 47211000 48612000 49813000 51214000 52615000 53916000 54917000 56118000 57319000 58320000 59330000 683

Page 60: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

60

Substância : CloroMassa (kg) Distância (m)

40000 75850000 81960000 87470000 92280000 96990000 1004100000 1043150000 1204200000 1345250000 1457300000 1548350000 1638400000 1716450000 1793500000 1854

Page 61: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

61

Substância : Dióxido de enxofreMassa (kg) Distância (m)

10 3650 63100 79150 91200 101250 107300 114350 121400 126450 133500 138550 140600 144650 149700 151750 154800 159850 160900 164950 1661000 1701500 1932000 2102500 2253000 2393500 2524000 2634500 2725000 2825500 2906000 2976500 3097000 3177500 3248000 3318500 3359000 3389500 34610000 35211000 36612000 37313000 38414000 39415000 40516000 41217000 41918000 42719000 43620000 44230000 505

Page 62: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

62

Substância : Dióxido de enxofreMassa (kg) Distância (m)

40000 55950000 60460000 64270000 67580000 70790000 734100000 771150000 884200000 984250000 1075300000 1136350000 1205400000 1270450000 1334500000 1398

Page 63: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

63

Substância : Dióxido de nitrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 3350 58100 71150 83200 91250 96300 100350 105400 115450 120500 124550 128600 133650 136700 140750 143800 146850 148900 149950 1511000 1521500 1872000 2082500 2183000 2273500 2474000 2574500 2585000 2635500 3126000 3236500 3327000 3477500 3548000 3638500 3699000 3719500 37510000 38011000 38412000 38713000 39014000 40115000 41216000 42417000 43318000 44819000 45120000 46330000 542

Page 64: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

64

Substância : Dióxido de nitrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 68950000 75160000 82170000 82880000 91490000 939100000 1007150000 1236200000 1382250000 1498300000 1654350000 1840400000 1873450000 1995500000 2132

Page 65: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

65

Substância : Fluoreto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 3250 49100 60150 69200 75250 79300 84350 87400 92450 94500 98550 100600 102650 105700 107750 110800 112850 113900 114950 1181000 1191500 1332000 1462500 1573000 1673500 1764000 1834500 1895000 1945500 2016000 2066500 2117000 2157500 2198000 2268500 2309000 2349500 24010000 24411000 24812000 25413000 25714000 26715000 27316000 27617000 28218000 28519000 29220000 29730000 336

Page 66: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

66

Substância : Fluoreto de hidrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 37150000 40360000 42370000 44080000 46490000 475100000 496150000 564200000 631250000 664300000 708350000 738400000 775450000 809500000 836

Page 67: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

67

Substância : FosgênioMassa (kg) Distância (m)

10 7750 130100 171150 198200 220250 238300 257350 271400 284450 295500 309550 320600 329650 340700 349750 361800 370850 376900 382950 3891000 3961500 4552000 5122500 5543000 5893500 6254000 6474500 6795000 7055500 7296000 7516500 7727000 7957500 8178000 8428500 8549000 8739500 88910000 91211000 93412000 96113000 99114000 101415000 104416000 106217000 107918000 111119000 112720000 114930000 1333

Page 68: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

68

Substância : FosgênioMassa (kg) Distância (m)

40000 148050000 159860000 171670000 181980000 190890000 2006100000 2082150000 2426200000 2697250000 2934300000 3130350000 3316400000 3515450000 3646500000 3810

Page 69: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

69

Substância: Isocianato de metilaVolume (m³) Distância (m)

5 15010 21420 30530 37740 43650 48960 53670 58180 62990 665100 704200 787300 984400 1162500 1299600 1447700 1585800 1662900 17641000 18521500 20242000 23602500 25163000 29383500 32054000 33604500 36565000 37615500 41216000 43216500 45117000 45697500 46408000 48118500 49799000 51399500 530010000 545520000 760230000 942540000 1091050000 1250060000 1459070000 1669080000 1813090000 19520100000 20850

Page 70: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

70

Substância : Óxido de etilenoMassa (kg) Distância (m)

10 3250 53100 66150 75200 82250 87300 92350 97400 101450 105500 109550 112600 115650 118700 120750 122800 126850 128900 130950 1331000 1361500 1552000 1712500 1833000 1953500 2054000 2154500 2225000 2325500 2376000 2456500 2517000 2577500 2638000 2688500 2749000 2809500 28510000 29011000 29912000 30813000 31814000 32315000 32416000 34117000 35018000 35719000 36520000 35730000 409

Page 71: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

71

Substância : Óxido de etilenoMassa (kg) Distância (m)

40000 44950000 50360000 53470000 56480000 59490000 617100000 614150000 726200000 801250000 865300000 883350000 976400000 1023450000 1024500000 1025

Page 72: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

72

Substância Sulfeto de HidrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 4950 78100 97150 109200 119250 128300 136350 143400 149450 156500 163550 167600 173650 179700 182750 187800 191850 195900 199950 2041000 2071500 2412000 2692500 2903000 3153500 3324000 3474500 3625000 3755500 3866000 3956500 4107000 4217500 4328000 4438500 4479000 4589500 46710000 47611000 49312000 51113000 52414000 54115000 55216000 56617000 58018000 59219000 60920000 61530000 707

Page 73: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

73

Substância Sulfeto de HidrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 77650000 84260000 89470000 94780000 99390000 1039100000 1077150000 1245200000 1399250000 1497300000 1610350000 1698400000 1785450000 1852500000 1922

.../Anexo D

Page 74: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

74

ANEXO D

RELAÇÃO ENTRE AS QUANTIDADES DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS E DISTÂNCIASSEGURAS

.../Anexo D

Page 75: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

75

ANEXO D – RELAÇÃO ENTRE AS QUANTIDADES DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS EDISTÂNCIAS SEGURAS

Substância: Acetato de VinilaVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 12,020 13,030 14,040 16,050 16,560 17,070 17,580 24,090 26,0100 27,0200 27,5300 31,0400 37,0500 41,0600 43,0700 45,0800 47,0900 50,01000 52,01500 52,52000 58,02500 63,03000 68,03500 72,04000 76,04500 79,05000 82,05500 85,06000 89,06500 92,07000 95,07500 97,08000 100,08500 102,09000 104,09500 106,010000 108,020000 127,030000 150,040000 169,050000 185,560000 201,070000 214,080000 227,090000 238,0100000 242,5

Page 76: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

76

Substância: AcetonaVolume (m3) Distância (m)

5 010 1120 1530 1840 2150 2460 2670 2880 2990 30100 31200 32300 37400 42500 45600 48700 51800 54900 571000 591500 602000 662500 723000 753500 814000 864500 905000 945500 986000 1006500 1047000 1077500 1108000 1138500 1159000 1189500 12110000 12320000 14530000 16940000 19050000 20860000 22370000 23880000 25290000 264100000 275

Page 77: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

77

Substância: BenzenoVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 14,030 16,040 17,050 24,060 26,070 27,080 28,090 30,0100 31,0200 31,5300 40,0400 45,0500 49,5600 55,0700 59,0800 62,0900 66,01000 71,01500 71,52000 80,02500 88,03000 95,03500 100,04000 106,04500 111,05000 115,05500 119,06000 123,06500 127,07000 131,07500 134,08000 137,08500 141,09000 144,09500 147,010000 150,020000 175,030000 204,540000 229,050000 251,060000 270,070000 288,080000 305,090000 320,0100000 335,0

Page 78: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

78

Substância: ButadienoMassa (kg) Distância (m)

10 1250 20100 26150 29200 32250 35300 36350 39400 41450 43500 45550 46600 47650 48700 49750 50800 51850 52900 53950 541000 551500 642000 712500 763000 813500 864000 904500 945000 975500 1006000 1036500 1067000 1107500 1128000 1158500 1189000 1209500 12210000 12411000 12812000 13213000 13614000 14015000 14316000 14617000 14918000 15119000 15520000 15830000 179

Page 79: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

79

Substância: ButadienoMassa (kg) Distância (m)

40000 19850000 21460000 22770000 23980000 24990000 263100000 269150000 308200000 342250000 370300000 393350000 414400000 434450000 452500000 468

Page 80: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

80

Substância: n-ButanoMassa (kg) Distância (m)

10 1350 22100 27150 31200 34250 37300 39350 41400 43450 45500 46550 48600 49650 50700 52750 53800 54850 55900 56950 571000 581500 672000 732500 793000 843500 894000 934500 975000 1005500 1036000 1076500 1097000 1127500 1158000 1188500 1209000 1229500 12510000 12711000 13112000 13513000 13814000 14215000 14516000 14917000 15118000 15519000 15720000 16030000 184

Page 81: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

81

Substância: n-ButanoMassa (kg) Distância (m)

40000 20250000 21860000 23270000 24480000 25590000 266100000 276150000 316200000 349250000 376300000 400350000 421400000 441450000 459500000 476

Page 82: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

82

Substância: ButanolVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 3,050 3,560 4,070 4,580 5,090 5,5100 6,0200 6,5300 7,0400 7,5500 14,5600 23,0700 24,0800 24,5900 25,01000 25,51500 26,02000 27,02500 28,03000 35,03500 36,04000 37,54500 38,55000 39,55500 40,06000 42,06500 44,57000 46,07500 47,08000 48,58500 49,59000 50,09500 51,010000 52,020000 60,030000 69,040000 78,050000 83,560000 89,070000 95,080000 99,090000 103,0100000 103,5

Page 83: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

83

Substância: ButenoMassa (kg) Distância (m)

10 1250 21100 26150 30200 33250 36300 38350 39400 41450 43500 44550 46600 47650 49700 50750 51800 53850 54900 55950 561000 571500 662000 712500 773000 833500 874000 904500 945000 985500 1016000 1056500 1087000 1117500 1148000 1168500 1189000 1209500 12210000 12511000 12912000 13313000 13614000 13915000 14316000 14717000 15018000 15319000 15520000 15830000 181

Page 84: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

84

Substância: ButenoMassa (kg) Distância (m)

40000 20050000 21460000 22870000 24280000 25490000 262100000 273150000 315200000 346250000 370300000 397350000 421400000 438450000 455500000 471

Page 85: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

85

Substância: Cloreto de vinilaMassa (kg) Distância (m)

10 650 10100 13150 17200 18250 21300 23350 25400 26450 27500 28550 29600 31650 32700 33750 34800 35850 36900 37950 381000 391500 462000 522500 573000 613500 654000 684500 705000 725500 736000 746500 777000 807500 828000 848500 869000 889500 9010000 9111000 9512000 9813000 10414000 10715000 10816000 10917000 11218000 11419000 11620000 11830000 137

Page 86: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

86

Substância: Cloreto de vinilaMassa (kg) Distância (m)

40000 15450000 16560000 17270000 18580000 19290000 200100000 207150000 238200000 263250000 282300000 301350000 317400000 332450000 344500000 357

Page 87: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

87

Substância: DimetilaminaMassa (kg) Distância (m)

10 1250 21100 26150 29200 32250 34300 36350 38400 40450 42500 43550 45600 46650 47700 48750 50800 51850 52900 53950 541000 551500 622000 682500 743000 783500 824000 864500 895000 935500 956000 996500 1017000 1047500 1068000 1088500 1119000 1139500 11510000 11711000 12112000 12413000 12814000 13115000 13416000 13717000 14018000 14319000 14520000 14830000 170

Page 88: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

88

Substância: DimetilaminaMassa (kg) Distância (m)

40000 18750000 20160000 21470000 22680000 23690000 245100000 254150000 292200000 323250000 348300000 369350000 388400000 408450000 423500000 439

Page 89: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

89

Substância: Dissulfeto de carbonoVolume (m3) Distância (m)

5 1110 1520 1930 2240 2550 2960 3270 3680 3890 41100 43200 46300 57400 62500 67600 71700 75800 79900 831000 861500 882000 1072500 1103000 1143500 1204000 1244500 1285000 1385500 1426000 1486500 1527000 1567500 1608000 1648500 1689000 1729500 17510000 17820000 21230000 24840000 27650000 29460000 32470000 34480000 36490000 381100000 397

Page 90: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

90

Substância: EstirenoVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 3,050 3,560 4,070 4,580 5,090 5,5100 6,0200 6,5300 7,0400 7,5500 15,0600 21,0700 23,0800 23,5900 24,01000 25,01500 25,52000 26,02500 27,03000 28,03500 33,04000 35,04500 37,05000 38,05500 39,06000 40,06500 41,07000 41,57500 42,08000 43,08500 44,09000 46,09500 47,010000 48,020000 55,030000 65,040000 72,050000 78,060000 85,070000 89,080000 94,090000 98,0100000 102,0

Page 91: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

91

Substância: EtanoMassa (kg) Distância (m)

10 050 0100 8150 9200 16250 19300 22350 24400 26450 27500 28550 29600 30650 32700 33750 34800 36850 37900 38950 391000 401500 462000 582500 643000 693500 734000 774500 815000 845500 886000 916500 997000 1017500 1048000 1068500 1089000 1109500 11110000 11311000 11612000 12113000 12514000 12915000 13216000 13617000 13918000 14219000 14320000 14430000 168

Page 92: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

92

Substância: EtanoMassa (kg) Distância (m)

40000 18350000 19560000 21570000 22680000 23690000 244100000 251150000 287200000 319250000 346300000 367350000 385400000 404450000 421500000 435

Page 93: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

93

Substância: EtanolVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 13,050 14,060 14,570 15,080 15,590 16,0100 16,5200 17,0300 23,0400 26,0500 27,0600 28,5700 29,0800 33,0900 36,01000 37,01500 37,52000 40,52500 43,03000 45,03500 49,54000 52,04500 55,05000 56,55500 58,06000 60,06500 61,07000 64,07500 66,08000 68,08500 69,09000 71,09500 72,010000 74,020000 86,030000 99,540000 111,050000 121,060000 121,570000 131,080000 147,090000 154,0100000 161,0

Page 94: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

94

Substância: EtilenoMassa (kg) Distância (m)

10 050 7100 15150 17200 20250 23300 25350 28400 30450 32500 33550 35600 36650 37700 38750 39800 40850 41900 42950 431000 441500 532000 642500 703000 753500 804000 844500 885000 895500 916000 946500 977000 1007500 1028000 1058500 1079000 1099500 11110000 11411000 11812000 12113000 12514000 12815000 13216000 13517000 13818000 14119000 14320000 14630000 170

Page 95: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

95

Substância: EtilenoMassa (kg) Distância (m)

30000 17040000 19350000 20860000 22270000 23480000 24590000 255100000 265150000 307200000 340250000 370300000 389350000 410400000 429450000 446500000 462

Page 96: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

96

Substância: GLPMassa (kg) Distância (m)

10 050 11100 17150 22200 25250 28300 30350 33400 35450 36500 37550 38600 39650 40700 41750 43800 44850 45900 46950 471000 481500 522000 582500 713000 763500 814000 844500 885000 905500 936000 956500 997000 1017500 1048000 1068500 1089000 1109500 11310000 11511000 12012000 12313000 12714000 13215000 13516000 13817000 14118000 14319000 14620000 14830000 167

Page 97: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

97

Substância: GLPMassa (kg) Distância (m)

40000 18650000 20260000 21770000 22780000 23590000 244100000 255150000 294200000 321250000 345300000 369350000 388400000 407450000 425500000 439

Page 98: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

98

Substância: n-HeptanoVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 14,040 15,050 16,060 16,570 23,080 25,090 26,0100 27,0200 27,5300 31,0400 37,0500 41,0600 44,0700 47,0800 51,0900 55,01000 57,01500 57,52000 65,02500 70,03000 76,03500 80,04000 84,04500 87,05000 91,05500 94,06000 97,06500 100,07000 103,07500 106,08000 109,08500 111,09000 114,09500 116,010000 118,020000 137,030000 161,040000 180,050000 197,060000 211,070000 224,080000 236,590000 248,0100000 259,0

Page 99: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

99

Substância: n-HexanoVolume (m3) Distância (m)

5 0,010 12,020 17,030 21,040 24,050 28,060 29,070 32,080 34,090 36,0100 39,0200 41,0300 45,0400 50,0500 54,0600 59,0700 62,0800 65,0900 68,01000 70,01500 71,02000 79,02500 86,03000 92,03500 98,04000 103,04500 108,05000 113,05500 117,06000 121,06500 124,07000 128,07500 131,08000 135,08500 138,09000 141,09500 144,010000 147,020000 170,030000 201,040000 225,050000 247,060000 266,070000 281,080000 297,090000 311,0100000 325,0

Page 100: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

100

Substância: HidrogênioMassa (kg) Distância (m)

10 050 25100 26150 31200 36250 40300 49350 52400 55450 57500 59550 62600 64650 65700 67750 69800 71850 72900 74950 751000 761500 882000 982500 1053000 1123500 1184000 1244500 1295000 1345500 1386000 1436500 1467000 1507500 1548000 1578500 1619000 1649500 16710000 17011000 17512000 18113000 18714000 19215000 19716000 20117000 20618000 21019000 21420000 21730000 248

Page 101: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

101

Substância: HidrogênioMassa (kg) Distância (m)

40000 27350000 29560000 316

Page 102: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

102

Substância: IsobutanolVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 3,050 3,560 4,070 4,580 5,090 5,5100 6,0200 6,5300 14,0400 15,0500 15,5600 22,0700 23,0800 24,0900 25,01000 25,51500 26,02000 27,02500 28,03000 30,03500 34,54000 37,04500 38,05000 39,55500 41,06000 42,06500 42,57000 43,07500 44,08000 45,08500 47,09000 48,59500 50,010000 51,020000 58,030000 69,040000 76,050000 83,060000 90,070000 95,080000 99,090000 104,0100000 109,0

Page 103: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

103

Substância: IsopropanolVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 14,050 15,060 15,570 16,080 16,590 17,0100 23,0200 23,5300 27,0400 29,0500 34,0600 38,0700 41,0800 42,0900 43,01000 47,01500 47,52000 52,52500 56,03000 61,03500 65,04000 68,04500 70,05000 73,05500 77,06000 79,06500 81,57000 84,07500 85,08000 87,08500 89,09000 91,09500 93,010000 95,020000 110,030000 129,040000 144,050000 157,060000 169,070000 180,080000 189,590000 199,0100000 207,0

Page 104: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

104

Substância: MetanoMassa (kg) Distância (m)

10 050 0100 13150 15200 17250 18300 19350 20400 21450 22500 25550 27600 28650 30700 31750 33800 34850 35900 36950 371000 381500 472000 542500 573000 613500 664000 704500 735000 765500 806000 826500 857000 887500 908000 978500 999000 1019500 10310000 10411000 10712000 11013000 11314000 11515000 11816000 12017000 12218000 12419000 13020000 13230000 156

Page 105: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

105

Substância: MetanoMassa (kg) Distância (m)

40000 17050000 18260000 19270000 20280000 21390000 223100000 232150000 265200000 289250000 318300000 337350000 354400000 369450000 385500000 399

Page 106: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

106

Substância: MetanolVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 11,030 12,540 13,550 14,060 15,070 15,580 16,090 16,5100 17,0200 20,0300 26,0400 28,0500 30,0600 36,0700 39,0800 40,0900 41,01000 42,01500 42,52000 50,02500 53,03000 56,03500 56,54000 64,04500 67,05000 69,05500 71,06000 73,06500 75,07000 77,07500 79,08000 81,08500 83,09000 85,09500 86,010000 88,020000 103,030000 120,040000 134,050000 146,060000 157,070000 167,080000 176,090000 184,5100000 192,0

Page 107: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

107

Substância: MetilaminaMassa (kg) Distância (m)

10 850 13100 17150 22200 24250 26300 29350 31400 32450 33500 34550 36600 37650 38700 40750 41800 42850 43900 46950 471000 481500 572000 612500 653000 683500 714000 754500 815000 845500 866000 876500 887000 917500 948000 968500 999000 1019500 10310000 10511000 10912000 11313000 11614000 12015000 12316000 12617000 12918000 13119000 13420000 13630000 155

Page 108: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

108

Substância: MetilaminaMassa (kg) Distância (m)

40000 16850000 18360000 19670000 20780000 21790000 225100000 233150000 266200000 295250000 317300000 339350000 358400000 370450000 386500000 403

Page 109: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

109

Substância: n-OctanoVolume (m3) Distância (m)

5 1,510 2,020 2,530 3,040 3,550 4,060 4,570 5,080 15,090 15,5100 16,0200 16,5300 24,0400 26,5500 28,0600 29,0700 34,0800 37,0900 38,01000 39,01500 39,52000 43,02500 48,03000 51,03500 53,04000 55,54500 59,05000 62,05500 64,06000 66,06500 67,07000 69,07500 70,58000 73,08500 75,09000 76,59500 78,010000 79,520000 91,030000 106,040000 118,050000 129,060000 138,070000 147,080000 155,090000 162,0100000 169,0

Page 110: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

110

Substância: Óx. de propilenoVolume (m3) Distância (m)

5 1110 1520 2030 2540 2950 3460 3870 4080 4390 46100 49200 53300 61400 67500 71600 78700 83800 87900 911000 951500 992000 1112500 1203000 1293500 1374000 1454500 1525000 1575500 1616000 1666500 1747000 1807500 1858000 1898500 1949000 1989500 20310000 20720000 25030000 31340000 35250000 38160000 41670000 44380000 46190000 482100000 505

Page 111: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

111

Substância: n-PentanoVolume (m3) Distância (m)

5 1410 1720 2330 2840 3450 3960 4270 4680 4790 50100 57200 60300 67400 73500 80600 86700 89800 105900 1101000 1151500 1192000 1332500 1453000 1563500 1644000 1714500 1775000 1905500 1976000 2046500 2117000 2177500 2238000 2298500 2359000 2409500 24510000 25020000 30130000 35540000 40750000 45460000 48970000 52380000 55290000 579100000 605

Page 112: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

112

Substância: PropanoMassa (kg) Distância (m)

10 350 10100 17150 22200 25250 26300 27350 34400 37450 38500 40550 42600 44650 45700 46750 48800 49850 50900 51950 531000 541500 602000 672500 723000 763500 804000 834500 875000 935500 976000 1006500 1037000 1067500 1098000 1118500 1139000 1159500 11610000 11711000 12012000 12413000 12714000 13015000 13316000 13617000 14018000 14319000 14520000 14830000 171

Page 113: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

113

Substância: PropanoMassa (kg) Distância (m)

40000 18850000 20060000 21670000 22980000 24090000 249100000 257150000 293200000 322250000 353300000 373350000 391400000 410450000 427500000 442

Page 114: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

114

Substância: PropilenoMassa (kg) Distância (m)

10 450 10100 17150 22200 25250 26300 27350 29400 36450 38500 40550 42600 43650 45700 46750 47800 48850 50900 51950 521000 531500 592000 662500 723000 783500 824000 854500 895000 925500 956000 986500 1037000 1067500 1098000 1118500 1149000 1169500 11810000 12111000 12512000 12613000 13114000 13415000 13716000 13917000 14118000 14319000 14520000 147

Page 115: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

115

Substância: PropilenoMassa (kg) Distância (m)

30000 17340000 19350000 20760000 21970000 22980000 24290000 253100000 262150000 302200000 333250000 359300000 378350000 400400000 419450000 437500000 454

Page 116: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

116

Substância: ToluenoVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 3,050 15,060 15,570 16,080 16,590 17,0100 23,0200 23,5300 27,0400 29,0500 32,0600 37,0700 40,0800 41,0900 42,01000 44,01500 44,52000 51,02500 55,03000 59,53500 63,04000 66,04500 69,05000 71,05500 74,06000 77,06500 79,07000 81,57500 83,08000 85,08500 87,09000 88,09500 90,010000 92,020000 107,030000 125,040000 139,550000 153,060000 164,070000 174,080000 184,090000 193,0100000 201,0

Page 117: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

117

Substância: TrietilaminaVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 13,030 15,040 16,050 17,060 23,070 25,080 26,090 28,0100 29,0200 29,5300 32,0400 41,0500 45,0600 47,0700 52,5800 56,0900 58,01000 60,01500 60,52000 69,02500 75,03000 81,03500 85,54000 89,04500 93,05000 97,05500 101,06000 104,06500 107,07000 110,07500 114,08000 116,58500 119,09000 122,09500 124,010000 126,020000 148,030000 174,040000 195,050000 213,060000 229,070000 244,080000 257,090000 270,0100000 282,0

Page 118: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

118

Substância: TrimetilaminaMassa (kg) Distância (m)

10 1250 21100 26150 29200 32250 35300 37350 39400 41450 42500 44550 45600 46650 48700 49750 50800 51850 52900 53950 541000 551500 632000 702500 753000 803500 844000 884500 915000 955500 986000 1006500 1047000 1067500 1088000 1118500 1139000 1159500 11810000 11911000 12412000 12713000 13114000 13415000 13716000 14017000 14318000 14519000 14820000 15130000 173

Page 119: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

119

Substância: TrimetilaminaMassa (kg) Distância (m)

40000 19150000 20660000 21970000 23180000 24290000 252100000 261150000 299200000 330250000 355300000 377350000 398400000 417450000 433500000 450

Page 120: PGR - Norma CETESB P4.261

CETESB/P4.261 – maio/2003

120

Substância: m-XilenoVolume (m3) Distância (m)

5 1,010 1,520 2,030 2,540 3,050 3,560 4,070 4,580 5,090 5,5100 6,0200 6,5300 14,0400 15,0500 22,0600 24,0700 25,0800 25,5900 26,01000 27,01500 27,52000 28,02500 33,03000 36,03500 38,04000 39,04500 40,05000 41,05500 42,56000 44,06500 46,07000 48,07500 49,08000 51,08500 52,09000 53,09500 54,010000 54,520000 63,030000 73,040000 82,050000 89,060000 95,070000 101,080000 107,090000 111,0100000 116,0