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PIB do Agronegócio BRASIL GDP Agribusiness – Brazil Outlook FEVEREIRO/2018

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PIB do AgronegócioBRASIL

GDP Agribusiness – Brazil OutlookFEVEREIRO/2018

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Relatório PIBAgro-BrasilGDP AGRIBUSINES – BRAZIL OUTLOOK

O Relatório PIB do Agronegócio Brasileiro é uma publicação mensal resultante da parceria entre o Cen-tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, e a Confederação da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA). O agronegócio é entendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agro-pecuária, produção agropecuária básica, ou primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços – como na Figura que segue. A análise desse conjunto de segmentos é feita para o ramo agrícola (vegetal) e para o pecuário (animal). Ao serem somados, com as devidas ponderações, obtém-se a análise do agronegócio.

Pelo critério metodológico do Cepea/Esalq-USP, o PIB do agronegócio é medido pela ótica do pro-duto, ou seja, pelo Valor Adicionado (VA) total deste setor na economia. Ademais, avalia-se o VA a preços de mercado (consideram-se os impostos indiretos menos subsídios relacionados aos produtos). O PIB do agro-negócio brasileiro refere-se, portanto, ao produto gerado de forma sistêmica na produção de insumos para a agrope-cuária, na produção primária e se estendendo por todas as demais atividades que processam e distribuem o produto ao destino final. A renda, por sua vez, se destina à remuneração dos fatores de produção (terra, capital e trabalho). Após estimado o valor do PIB do agronegócio no ano-base, que desde janeiro/17 refere-se ao ano de 2010, parte-se para evolução deste valor de modo a se gerar uma série histórica, por meio de um amplo con-junto de indicadores de preços e produção de instituições de pesquisa e governamentais. Seja para a estimação anual do valor do PIB, ou para as reestimativas mensais das previsões anuais, consideram-se informações a respei-to da evolução do Valor Bruto da Produção e do Consumo Intermediário (quando possível) dos segmentos do agronegócio. Pela evolução conjunta do VBP e do CI, estima-se o crescimento do valor adicionado pelo setor. Com base nos procedimentos mencionados e processos adicionais realizados pelo Cepea, os cálculos do PIB do agronegócio resultam em dois indicadores principais, que retratam o comportamento do setor por diferentes óticas:

PIB-renda Agronegócio: (equivale ao PIB divulgado anteriormente pelo Cepea): reflete a renda real do setor, sendo consideradas no cálculo variações de volume e de preços reais, sendo estes deflacionados pelo deflator implícito do PIB nacional.

PIB-volume Agronegócio: PIB do agronegócio pelo critério de preços constantes. Resulta daí a varia-ção apenas do volume de produção. Este é o indicador de PIB comparável às variações apresentadas pelo IBGE.

Mensalmente, o foco de análise principal será o PIB-renda Agronegócio, que reflete a renda real do setor. Por con-veniência textual, o PIB-renda do agronegócio será denominado apenas como PIB do Agronegócio ao longo deste relatório. Destaca-se que as taxas calculadas para cada período consideram igual período do ano anterior como base, exceto para as quantidades referentes às safras agrícolas, para as quais computa-se a previsão de safra para o ano (frente ao ano anterior).

Importante também destacar que cada relatório considera os dados disponíveis – preços observados e es-timativas anuais de produção – até o seu fechamento. Em edições futuras, ao serem agregadas informações mais atualizadas, pode, portanto, haver alteração dos resultados, tanto no que se refere ao mês corrente, como tam-bém ao que se refere a meses e anos passados. Recomenda-se, portanto, o uso do relatório mais atualizado.Para uma análise mais detalhada dos aspectos metodológicos, bem como dos resultados dos demais indicadores (PIB volume, Consumo Intermediário, etc.) ver http://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-brasileiro.aspx.

EQUIPE RESPONSÁVEL: Coordenação Geral: Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, Ph.D, Pesquisador Chefe/Coordenador Científico do Cepea/ Esalq/USP.

Pesquisadores do Cepea: Dra. Adriana Ferreira Silva, Dr. Arlei Luiz Fachinello, Ma. Nicole Rennó Castro, Me. Leandro Gilio e Gustavo Ferrarezi Giachini, M.e, Ana Carolina de Paula Morais e Marcello Luiz de Souza.

Agropecuária AgroindústriaInsumos não

agropecuários

PIB DO AGRONEGÓCIO

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

O Produto Interno Bruto (PIB) do agro-negócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada (Cepea/USP), em parce-ria com a Confederação da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA), apresentou pequeno recuo de 0,09% em fevereiro, acumulando baixa de 0,22% no 1º bimestre de 2018. Conforme observa-se na Tabela 1, esse de-sempenho ligeiramente negativo do agrone-gócio no início de 2018 deriva de dinâmicas relativamente distintas entre os segmentos que compõem o agronegócio. Enquanto o segmento primário apresentou retração nos

dois primeiros meses do ano - -2,11% em ja-neiro, -1,6% em fevereiro perfazendo -3,68% no 1º bimestre/2018 – os demais segmentos apresentaram expansão, ainda que modesta. O melhor desempenho foi da agroindústria cuja expansão estimada é de 0,86% em janei-ro e 0,73% em fevereiro, fechando o bimestre com crescimento de 1,59%. O segmento de agrosserviços também cresceu em fevereiro (0,16%) e no bimestre (0,31%). Já o segmen-to de insumos, embora tenha apresentado desempenho acumulado no bimestre superior ao dos agrosserviços (0,42% frente a 0,31%), teve pequena retração de 0,07% em fevereiro.

PIB DO AGRONEGÓCIO

RENDA DO AGRONEGÓCIO REGISTRA LEVE BAIXA EM FEVEREIRO

Tabela 1 - PIB do Agronegócio: Taxa de variação mensal e

acumulada no período (%)Fonte: Cepea/USP e CNA

Insumos Primário Agroindústria Agrosserviços Total

fev/18 -0,07 -1,60 0,73 0,16 -0,09

Acumulado (jan-fev/18)

0,42 -3,68 1,59 0,31 -0,22

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Tabela 2 - Ramo Agrícola: Taxa de variação mensal e

acumulada no período (%)Fonte: Cepea/USP e CNA

Insumos Primário Agroindústria Agrosserviços Total

fev/18 0,20 -2,50 0,96 0,40 -0,03

Acumulado (jan-fev/18)

1,28 -5,25 2,10 0,81 -0,01

Tabela 3 - Ramo Pecuário: Taxa de variação mensal e

acumulada no período (%)Fonte: Cepea/USP e CNA

Insumos Primário Agroindústria Agrosserviços Total

fev/18 -0,58 -0,09 -0,12 -0,34 -0,24

Acumulado (jan-fev/18)

-1,24 -0,95 -0,28 -0,72 -0,72

No ramo pecuário, a ainda lenta retoma-da da economia brasileira vem resultan-do em baixa demanda, pressionando

para baixo os preços ao longo das cadeias dos diferentes produtos. Já nos lácteos, embo-

ra os preços tenham permanecido baixos no 1º bimestre de 2018, houve alguma recupe-ração ao longo de fevereiro, dado o melhor ajuste entre oferta e demanda do produto.

A análise por ramo de atividade revela que enquanto o desempenho do ramo agrícola foi praticamente estável, o

ramo pecuário observou ligeira retração de 0,24% em fevereiro e de 0,72% no acumula-do do bimestre. Conforme pode ser observado nas tabelas 2 e 3, enquanto no ramo agrícola o desempenho adverso esteve limitado à ativi-dade “dentro da porteira”, no ramo pecuário revelou-se disseminado nos diferentes seg-mentos que o compõem, com pior resultado nos insumos cuja queda foi de 0,58% em ja-

neiro/2018 e de 1,24% no acumulado do ano. Esse desempenho particularmente adverso do segmento primário (“dentro da porteira”) do ramo agrícola, deriva do eleva-do volume de produção da safra anterior que, desde o fim de 2017, tem imposto tendência baixista nos preços dos produtos agrícola e afetado a renda do segmento também nos pri-meiros meses de 2018. Na média ponderada dos produtos acompanhados, as estimativas são de aumento de 1% na produção e queda de 7,99% nos preços, ambos frente a 2017.

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O segmento de insumos do agrone-gócio recuou 0,07% em fevereiro, mas acumula alta de 0,42% no ano.

Dentre as indústrias do segmento de insumos acompanhadas, projeta-se queda no

faturamento apenas para rações (-10,63%), conforme apresentado na Figura 1, que traz a variação anual estimada do volume, preços reais e faturamento das indústrias de insumos.

INSUMOS

Figura 1 - Insumos: variação (%) anual do volume, dos preços e do faturamento – (2018 em comparação com 2017, consideradas

informações até fevereiro/18) Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, FGV e Anda).

SEGMENTO DE

Fertilizantes e corret. de solo

DefensivosMáquinas agrícolas

RaçõesMedicamentos para animais

Valor 9,38 9,61 3,45 -10,63 2,53

Preços 9,34 -0,63 2,73 -12,47 0,16

Quantidade 0,04 10,30 0,70 2,10 2,36

FERTILIZANTES E CORRETIVOS DO SOLO SEGUEM COM PREÇOS EM ALTA

A indústria de máquinas agrícolas segue em alta na avaliação de fevereiro, moti-vada pela elevação de 2,73% nos preços

do primeiro bimestre de 2018 com relação ao mesmo período do ano anterior e de 0,70% na quantidade produzida. Segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Ve-ículos Automotores (Anfavea), apesar do arre-fecimento nas vendas internas registrada pelo setor no início do ano, influenciadas por mu-danças no sistema de financiamento do BNDES, os agentes relacionados à atividade seguem

otimistas com relação a 2018, com a expecta-tiva de boa safra e sequência da recuperação do mercado de máquinas, iniciada em 2017. Na indústria de fertilizantes, a elevação prevista no faturamento é motivada pela alta de 9,34% nos preços reais. Segundo análises da Scot Consultoria, destacou-se neste início de ano um movimento de alta dos adubos fosfa-tados, em função da oferta mais ajustada no mercado interno e preços mais firmes no mer-cado internacional. Segundo informações da INTL FCStone, também se destaca que as cota-

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A renda do segmento primário do agrone-gócio apresentou resultado negativo de 1,6% em fevereiro de 2018, acumulan-

do baixa de 3,68% no bimestre. Em feverei-ro, tanto no ramo agrícola como no pecuário, os segmentos primários registraram recuos, de 2,50% e de 0,09%, respectivamente. No acumulado de janeiro e fevereiro, verificam-se quedas respectivas de 5,25% e de 0,95% (Ta-belas 2 e 3). Estes resultados estão associados ao comportamento de preços no 1º bimestre de 2018 e à previsão de volumes de produção para o ano das culturas agrícolas e atividades pecuárias em 2018, conforme as Figuras 2 e 3 e a Tabela 4 (que serão apresentadas a seguir). A produção do segmento primário agrícola, após forte crescimento em 2017, deve apresentar em 2018 alta de apenas 1% na média das atividades acompanhadas. Já rela-

tivamente aos preços, os vigentes no 1º bimes-tre de 2018 foram 7,99% menores. Avalia-se que tal resultado corresponde a um movimen-to inercial, com origem no baixo patamar de preços médios nos quais os produtos agrícolas encerraram 2017. No segmento primário da pe-cuária, as estimativas para o 1º bimestre/2018 frente ao mesmo período de 2017 são de pre-ços 7,51% menores e produção 2,36% maior. Dentre as culturas do segmento primá-rio agrícola acompanhadas pelo Cepea, as esti-mativas são de crescimento do faturamento para: algodão, batata, cacau, café, fumo, mandioca, tomate, trigo, madeira em tora, madeira para pa-pel e celulose e lenha/carvão. Já as culturas para as quais as estimativas são de queda no fatura-mento são: arroz, banana, cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho, soja, e uva – Figura 2 e Tabela 4.

PRIMÁRIOPRIMÁRIOPRIMÁRIOSEGMENTO

PRIMEIRO BIMESTRE DE 2018 SEGUIU EM BAIXO PATAMAR DE PREÇOS

ções de fertilizantes nitrogenados e fosfatados apresentaram tendência altista neste início de ano pela elevada demanda internacional, no-tadamente da China, Estados Unidos e Índia. Já para os defensivos, houve incremento na quantidade, mas leve recuo de preços no pri-meiro bimestre de 2018 com relação ao mesmo

período do ano anterior. No entanto, expectati-vas de agentes de mercado indicam tendência de elevação das cotações na atividade nos pró-ximos meses de 2018 – segundo levantamento do Rabobank, a redução na oferta de matérias--primas e produtos importados da China deve influenciar na configuração deste contexto.

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PRIMÁRIO

Figura 2 - Agricultura: Variação (%) anual do volume, dos preços e do faturamento– (2018 em comparação com

2017, consideradas informações até fevereiro/18)Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab,

IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, Udop).

Algodão Arroz Banana Batata Cacau

Valor 23,34 -32,30 -29,14 29,14 3,04

Preço 1,41 -26,69 -29,62 44,15 2,41

Quantidade 21,62 -7,65 0,67 -10,42 0,62

Café beneficiado Cana Feijão Fumo em folha Laranja

Valor 8,91 -16,20 -16,54 2,14 -33,46

Preço -13,28 -15,22 -15,80 5,40 -32,56

Quantidade 25,59 -1,15 -0,88 -3,10 -1,33

Mandioca (raíz) Milho Soja TomateTrigo em

grão

Valor 11,08 -21,77 -1,56 133,07 22,40

Preço 9,24 -13,63 -2,32 129,29 12,06

Quantidade 1,68 -9,43 0,78 1,65 9,23

UvaMadeira tóra

(exc. Cel.)Madeira tóra -

CeluloseLenha e carvão

Valor -23,65 19,86 12,89 12,47

Preço -8,25 3,24 -2,68 1,78

Quantidade -16,79 16,10 16,00 10,50

Dentre as culturas com perspectivas de crescimento de faturamento em 2018 destaca-se o tomate, cujo aumento

de preço foi de 129% no 1º bimestre/2018 comparativamente ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Equipe Hortifruti/Cepea, no início de 2018, houve significa-tiva redução da oferta, devido à finalização da segunda parte da safra de inverno 2017, ao menor ritmo de colheita, à maturação dos frutos e ao elevado percentual de descarte, neste último caso, em decorrência do clima desfavorável. Além disso, a equipe destaca a menor área de cultivo na safra de verão. Para o algodão, a expectativa de alta no faturamento deriva principalmente das boas perspectivas de produção em 2018 (ex-

pansão esperada de 21,62% frente a 2017), e da alta de 1,41% observada nos preços no 1º bimestre de 2018 frente ao mesmo período de 2017 (1,41%). Segundo dados da Conab, as condições climáticas têm favorecido o desen-volvimento da cultura, o que, aliado à maior área de cultivo, respaldam essa expectativa de forte crescimento da produção neste ano. Já com relação a preços, a equipe Algodão/Cepea destaca que as indústrias e os comer-ciantes de pluma estiveram ativos em feverei-ro, com o objetivo de repor estoques, mas a maioria dos negócios realizados no mês en-volveu pequenos volumes, resultando em pe-quena variação positiva de preço no período. No caso do café, a expectativa de alta de 8,91% no faturamento advém da

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projeção do crescimento de 25,59% na pro-dução, apesar da queda de 13,28% nos preços do primeiro bimestre de 2018, frente ao 1º bimestre de 2017. Segundo a Conab, neste ano, a safra é de bienalidade positiva nas principais regiões produtoras, devendo ocorrer elevações significativas na produção tanto do arábica quanto do robusta. A equi-pe Café/Cepea destaca também que o clima seguiu favorável na maior parte das regiões em fevereiro, auxiliando no desenvolvimen-to dos cafezais e na maturação dos grãos. Com relação a preços, a equipe Café/Cepea destacou que as cotações seguiram em que-da em fevereiro, pressionadas pela expec-tativa de maior safra e pela taxa de câmbio. Dentre as culturas para as quais projeta-se redução do faturamento, a soja deve apresentar pequena alta na produ-ção anual (0,78%), mas com preços 2,32% menores no comparativo dos primeiros bi-mestres de 2017 e 2018. Apesar disso, ao longo de fevereiro/2018, os preços apresen-taram alta, devido à maior demanda externa e às irregularidades climáticas na Argentina. No caso do milho, verificam-se bai-xas tanto em preços (-13,63%) quanto na projeção anual da produção (-9,43%). Se-

gundo a Conab, a maior safra no ano pas-sado pressionou as cotações e desestimulou produtores na temporada atual, cenário que resultou em menor área de cultivo. Com re-lação a preços, a equipe Grãos/Cepea des-taca que, apesar da baixa acumulada no primeiro bimestre com relação ao mesmo período de 2017, em fevereiro, houve alta, devido à expectativa de menor produção, à retração mensal nas vendas e à elevação das exportações comparativamente a janeiro. Para a cana-de-açúcar, a expectativa de redução no faturamento vem principalmen-te da queda de 15,22% nas cotações, aliada à baixa de 1,15% na produção projetada para o ano. Segundo informações da Conab, a in-tensidade na redução de área a ser colhida, observada nos principais estados produtores, será responsável pela menor produção na safra 2018/19. Com relação a preços, a tendência de queda segue as atividades à jusante da cadeia. Para o segmento primário da pe-cuária, dentre as atividades acompanha-das, há expectativa de alta no faturamento apenas em frangos para corte. Para as de-mais as projeções são de queda no fatura-mento, conforme observa-se na Figura 3.

Figura 3 - Variação anual estimada do volume, dos preços e do faturamento 2018/2017 com informações até fev/2018

Fonte: Cepea/USP e CNA

Boi Gordo para corte

Frango/galinha para corte

Leite OvosSuínos para

corte

Valor -2,03 0,80 -12,65 -6,95 -10,12

Preço -0,41 -4,45 -15,52 -12,46 -17,01

Quantidade -1,62 5,49 3,40 6,29 8,30

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Na atividade leiteira, os preços recu-aram 15,52% na comparação entre primeiros bimestres de 2017 e 2018,

enquanto a quantidade apresentou alta de 3,40%. Segundo a equipe Leite/Cepea, apesar da baixa em preços avaliada no bi-mestre, a oferta de leite tem se regularizado com a demanda neste início de ano. Para a equipe, ainda que tipicamente o verão seja um período de maior captação de leite por conta das chuvas, as baixas cotações pra-ticadas resultaram em desaceleração da produção com relação aos últimos meses. Com isso, foi verificada tendência de ele-vação nas cotações já em fevereiro, que deve ser verificada nos próximos relatórios. Para a bovinocultura de corte, houve pequena queda de 0,41% nas co-tações e baixa de 1,62% em quantidade. De acordo com pesquisadores da equipe Boi/Cepea, o mercado pecuário esteve bastante cauteloso nos dois primeiros me-ses de 2018, com novos lotes de animais para abate adquiridos apenas quando houve necessidade por parte dos frigo-ríficos. Com o mercado ainda em ritmo lento, a média de preços do boi gordo no

primeiro bimestre deste ano variou pouco. Na suinocultura, registra-se baixa de 17,01% dos preços na comparação entre janeiro e fevereiro de 2018 e o mes-mo período de 2017. Já para a produção, avalia-se alta de 8,30%. Segundo a equi-pe Suínos/Cepea, a demanda interna es-teve retraída em fevereiro, resultando na pressão de compradores para redução de preços do animal. Além disso, verificou--se reduções nas exportações para im-portantes mercados, como a Rússia. Esse cenário impactou em elevação da oferta no mercado interno, pressionando os pre-ços tanto da carne como do animal vivo. Com relação à avicultura de corte, os preços apresentaram queda de 4,45% na comparação entre períodos, compen-sada pela elevação de 5,49% na produ-ção. Segundo a equipe Frango/Cepea, a baixa procura pela proteína diminuiu o ritmo de compras do animal vivo por par-te de frigoríficos, mantendo os valores em queda. A avicultura de postura também apresentou baixa na comparação com o mesmo bimestre de 2017, de 12,46%.

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O segmento industrial voltou a apresen-tar alta em fevereiro (0,73%). Dessa forma, no acumulado do ano, o resul-

tado é de crescimento de 1,59%, conforme Tabela 1). A indústria de base agrícola cres-ceu 0,96% no mês, enquanto a de base pe-cuária teve queda de 0,12%. No acumulado de janeiro e fevereiro, os resultados foram de alta de 2,10% para o ramo agrícola e bai-xa de 0,28% no pecuário. (Tabelas 2 e 3). A perspectiva de elevação de 13.28% no faturamento da indústria agrícola, entre o 1º bimestre de 2017 e o mesmo período de 2018, reflete a alta de 10,13% na produ-

ção estimada (para a média das indústrias acompanhadas), e a estabilidade média de preços. No caso da indústria de base ani-mal, a perspectiva de recuo de 1,69% no faturamento decorre de preços 4,17% me-nores, apesar da alta de 6,21% na produção. No acompanhamento feito pelo Cepea para a evolução do PIB, as indústrias de base agrícola que se destacaram com perspectivas de crescimento do faturamen-to foram: produtos e móveis de madeira, celulose e papel, biocombustíveis, têxtil e vestuário, café, conservas de frutas e outros, fumo, óleos vegetais e bebidas (Figura 4).

INDUSTRIALINDUSTRIALSEGMENTO

PIB AGROINDUSTRIAL MOSTRA RECUPERAÇÃO NOS PRIMEIROS MESES DE 2018

Tabela 4 - Agroindústrias de base agrícola: variação anual estimada do volume, preços reais e faturamento

das indústrias agrícolas acompanhadas Fonte: Cepea/USP e CNA

(elaborado a partir de dados do IBGE, FGV e Cepea).

Produtos de madeira

Móveis madeira Celulose e papel Biocombustíveis

(etanol)Têxtil

(natural)

Valor 28,60 18,88 22,80 5,86 7,15

Preço 10,38 8,08 15,09 4,37 1,95

Quantidade 16,50 10,00 5,86 1,43 5,10

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Vestuários (natural)

Indústria café

Moagem e fabricação

de produtos amiláceos

conservas de frutas/legumes/outros vegetais

Produtos do fumo

Valor 0,06 10,59 -10,15 146,01 5,17

Preço 2,84 2,97 -13,94 2,12 0,26

Quantidade -2,70 7,40 4,40 140,90 4,90

Açúcar Óleos vegetais Bebidas Outros

produtos alimentares

Valor -34,12 12,31 13,91 -0,38

Preço -29,69 -3,35 3,56 0,94

Quantidade -6,31 16,20 10,00 -1,30

A indústria de biocombustíveis (etanol) apresentou alta de 1,43% em volume e 4,37% nos preços no 1º bimestre

de 2018 frente ao mesmo período de 2017. Segundo pesquisadores da equipe Etanol/Cepea, o mês de fevereiro foi marcado pela menor demanda por etanol por parte dos compradores. A oferta restrita do produto por parte das usinas, por conta do período de entressafra no mês de fevereiro mante-ve os preços firmes, apesar da necessidade de alguns produtores de comercializar seus estoques para abrir espaço nos tanques no período para a produção da próxima safra. Na indústria açucareira, os preços re-cuaram 29,69% no bimestre, com relação ao mesmo período de 2017, enquanto a produ-ção tem estimativa de queda de 6,31%. Se-gundo a equipe Açúcar/Cepea, a demanda não esteve muito aquecida no correr de fevereiro, e os compradores se mostraram abastecidos com entregas de produto contratadas ante-riormente. Desta forma, as usinas não tiveram outra opção a não ser baixar ainda mais os valores de suas ofertas, no intuito de liquidar estoques. A equipe destaca ainda que, após duas temporadas consecutivas com déficit no balanço entre produção e consumo mundial de açúcar, as projeções para a atual safra global 2017/18 indicam mudança neste cenário, com perspectiva de aumento e forte recuperação

da produção de açúcar no continente asiático. Para a agroindústria de óleos vege-tais, estima-se crescimento de 16,20% na quantidade produzida, mas queda de 3,35% nos preços em fevereiro/18. Segundo a Abio-ve, a projeção de alta na produção de óleos de soja para 2018 deve-se à grande disponibili-dade de soja no mercado, o que motiva o pro-cessamento. A equipe Grãos/Cepea destaca o grande volume de óleo exportado, que, em fe-vereiro, foi o dobro de janeiro e 66,3% maior que o de fevereiro/17. O menor processamen-to de soja na Argentina também tem influen-ciado esse contexto. A equipe destaca ainda que a antecipação da mistura de 10% de bio-diesel (B10) ao diesel mineral, a partir de mar-ço/2018, favorecerá o maior esmagamento de soja no mercado doméstico, o que poderá ser verificado com dados para os próximos meses. Nas indústrias têxtil e de vestuário, a variação positiva no faturamento proje-tado para 2018 segue impulsionada tanto por preço quanto por quantidade. Segun-do informações da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o setor está otimista com a recuperação do mercado, investindo na produção. Porém, a Associação destaca a tendência de crescimento das importa-ções, o que pode vir a prejudicar a atividade. Com relação às indústrias pecuá-rias, os dados são apresentados na Tabela 5,

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Tabela 5 - Variação anual estimada do volume, preços reais e faturamento das indústrias

pecuárias acompanhas

Fonte: Cepea/USP e CNA

Couro e calçados

Abate e prepa-ração carnes e

pescado Laticínios

Valor 1,97 -0,85 -4,60

Preço 1,61 -4,50 -4,79

Quantidade 0,32 3,79 0,20

e observa-se baixa apenas para os laticínios. Na indústria do abate, projeta-se alta de 3,91% no faturamento como resultado da elevação de 8,83% na quantidade produzida e queda de 4,5% nas cotações do bimestre, com relação ao mesmo período do ano anterior. Se-gundo a equipe Boi/Cepea, as vendas de carne no mercado atacadista ainda não se aquece-ram no ano. Já no front externo, as exportações brasileiras de carne bovina in natura seguiram em bom ritmo em fevereiro, o que resultou no melhor desempenho para um primeiro bimes-tre em quatro anos – o que, inclusive, evitou maiores quedas nas cotações domésticas. No mercado de suínos, a equipe Suínos/Cepea destaca que o embargo dessa carne bra-sileira por parte da Rússia em janeiro prejudicou o desempenho do setor. Entretanto, em feverei-ro, o país russo retomou, ainda que parcialmen-te, as importações da carne suína brasileira. A China, outro importante player do mercado de carnes, começou a reduzir gradualmente as im-

portações da carne suína brasileira em meados de julho de 2017. Nesse contexto, houve maior disponibilidade dessa proteína no mercado do-méstico, pressionando as cotações da carne. No caso da carne de aves, segundo a equipe Aves/Cepea, a demanda interna segue enfraquecida. No mercado exportador, também se verifica diminuição dos embarques, o que tem pressionado a remuneração da atividade. Para a indústria de lácteos, apesar da queda de preços de 4,79% no acumulado do bimestre, a equipe Leite/Cepea destaca que, se por um lado, a demanda por derivados este-ve mais consistente em fevereiro; por outro, a captação de leite estava mais condizente com a demanda, por conta do desestímulo ocasio-nado pelas baixas cotações da matéria-prima nos últimos meses. Ainda que o resultado para preços de lácteos esteja negativo até fevereiro, a menor oferta tem influenciado na elevação dos preços dos derivados, efeito que poderá ser melhor observado nos próximos relatórios.

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AGROSSERVIÇOSSEGMENTO DE

Como observado na Tabela 1, os agros-serviços apresentaram alta de 0,16% em fevereiro, acumulando elevação

de 0,31% em 2018. Esse resultado posi-

tivo relaciona-se principalmente ao ramo agrícola, no qual o PIB dos agrosserviços elevou-se em 0,81% no período, ao pas-so que o pecuário teve queda, de 0,72%.

REFLEXO DO DESEMPENHO AGROINDUSTRIAL, SERVIÇOS DO AGRONEGÓCIO CRESCEM

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Brasileiro iniciou 2018 praticamente estável, com queda de

0,09% em fevereiro, e 0,22% no acumula-do do 1º bimestre de 2018 frente ao mes-mo período de 2017. Em janeiro também houve uma queda modesta de 0,13%. Essa leve baixa no bimestre é re-sultado das estimativas de retração de 3,68% no segmento primário, compen-sada pela expansão de 1,59% da agroin-dústria, 0,42% do segmento de insumos, e 0,31% dos agrosserviços. Em janeiro e fevereiro de 2018, o desempenho por seg-mento do agronegócio foi respectivamen-te: insumos (0,5% e -0,07%), primário (-2,11% e -1,6%), agroindústria (0,86% e 0,73%) e agrosserviços (0,15% e 0,16%). Enquanto o desempenho do ramo agrícola foi praticamente estável – 0,02% em janeiro, -0,03% em feverei-ro e -0,01% no acumulado do bimestre comparativamente ao mesmo período do ano anterior - o ramo pecuário ob-servou retração de 0,48% em janeiro e 0,24% em fevereiro, perfazendo queda de 0,72% no bimestre, também compa-rativamente ao mesmo período de 2017. Como detalhado ao longo desse relatório, a referida queda na geração de renda “dentro da porteira” é derivada dos

baixos preços agropecuários que veem sendo praticados desde o fim de 2017. O elevado patamar produtivo de 2017, também limita as perspectivas de amplia-ção da produção que, em 2018, giram em torno de 1%. Ainda assim, segundo a Conab, a safra de grãos a ser colhida no ano deve ser a segunda maior da história. Já para a indústria de base agrí-cola, verifica-se continuidade da tendência de recuperação, com estimativas de cres-cimento para as principais atividades do segmento. Essa recuperação, por sua vez, segue impulsionada pelo aumento da pro-dução agroindustrial, diante de preços es-táveis. Para o ramo pecuário, menores pre-ços têm pressionado a renda nos diversos elos das cadeias, resultado, de modo ge-ral, de uma demanda ainda enfraquecida. Por fim, o PIB-volume do agrone-gócio, calculado pelo critério de preços constantes, apresenta estimativas de alta para 2018: 2,87% para insumos, 0,12% para o segmento primário, 9,01% para a agroindústria e 6,65% para os agrosser-viços. De forma agregada para o agro-negócio, e considerando-se preços cons-tantes, as perspectivas para o PIB volume do agronegócio apontam expansão de 5,52% em 2018. (Tabela A3 – Anexo I).

CONCLUSÕES14

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A2) PIB do agronegócio: taxas de variação mensal, acumulado do período e anual (em %)

AGRONEGÓCIO

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 -0,21 1,53 -1,10 -0,61 -0,14

mar/17 0,52 1,10 -0,61 -0,28 0,03

abr/17 -0,40 0,26 -0,37 -0,13 -0,13

mai/17 -0,47 0,21 0,22 0,27 0,19

jun/17 -1,80 -0,65 -0,60 -0,80 -0,76

jul/17 -0,25 -1,07 -0,10 -0,43 -0,51

ago/17 -0,92 -1,18 -0,29 -0,53 -0,66

set/17 -1,03 -1,46 -0,67 -1,00 -1,03

out/17 -0,15 -1,11 0,01 -0,39 -0,45

nov/17 -0,56 -1,90 -0,21 -0,70 -0,86

dez/17 -0,95 -0,87 -0,14 -0,34 -0,44

jan/18 0,50 -2,11 0,86 0,15 -0,13

fev/18 -0,07 -1,60 0,73 0,16 -0,09

Acumulado (jan-fev)

0,42 -3,68 1,59 0,31 -0,22

Fonte: Cepea/USP e CNA

A2) Taxas (%) de crescimento do PIB do Agronegócio 2018/17 (dados de janeiro a fevereiro)

Insumos Primário Agroindústria Agrosserviços Total

Ramo Agrícola 7,9 -27,84 14,87 5,85 0,78

Ramo Pecuário -7,8 -7,44 -4,19 -6,29 -6,25

Agronegócio 2,35 -20,90 10,62 1,75 -1,37

Fonte: Cepea/USP e CNA

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RAMO PECUÁRIO

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 -0,16 0,05 -0,95 -0,90 -0,60

mar/17 1,75 -0,14 -0,26 -0,29 -0,13

abr/17 0,08 -0,39 -0,23 0,00 -0,16

mai/17 -0,11 0,79 0,76 0,93 0,79

jun/17 -3,05 0,62 -0,88 -0,66 -0,47

jul/17 -0,90 -0,52 0,05 -0,05 -0,21

ago/17 -1,37 -0,89 0,05 0,08 -0,28

set/17 -1,60 -0,26 -0,59 -0,49 -0,51

out/17 -0,95 -0,09 0,16 0,11 0,01

nov/17 -1,16 -0,78 -0,12 -0,25 -0,42

dez/17 -1,25 -0,15 -0,11 -0,11 -0,18

jan/18 -0,66 -0,87 -0,17 -0,38 -0,48

fev/18 -0,58 -0,09 -0,12 -0,34 -0,24

Acumulado (jan-fev)

-1,24 -0,95 -0,28 -0,72 -0,72

Fonte: Cepea/USP e CNA

RAMO AGRÍCOLA

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 -0,23 2,19 -1,14 -0,47 0,05

mar/17 -0,20 1,66 -0,70 -0,27 0,10

abr/17 -0,68 0,58 -0,41 -0,19 -0,11

mai/17 -0,68 -0,01 0,07 -0,05 -0,07

jun/17 -1,03 -1,20 -0,51 -0,86 -0,88

jul/17 0,13 -1,32 -0,14 -0,62 -0,64

ago/17 -0,67 -1,32 -0,39 -0,84 -0,82

set/17 -0,71 -2,04 -0,70 -1,26 -1,26

out/17 0,30 -1,62 -0,03 -0,64 -0,66

nov/17 -0,23 -2,46 -0,24 -0,93 -1,06

dez/17 -0,78 -1,24 -0,15 -0,45 -0,56

jan/18 1,07 -2,82 1,13 0,41 0,02

fev/18 0,20 -2,50 0,96 0,40 -0,03

Acumulado (jan-fev)

1,28 -5,25 2,10 0,81 -0,01

Fonte: Cepea/USP e CNA

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A3) PIB do Agronegócio: Participações dos segmentos (em %)

AGRONEGÓCIO

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 0,04 0,29 0,27 0,40 1,00

mar/17 0,04 0,30 0,26 0,40 1,00

abr/17 0,05 0,29 0,26 0,40 1,00

mai/17 0,04 0,28 0,27 0,40 1,00

jun/17 0,04 0,28 0,27 0,41 1,00

jul/17 0,04 0,27 0,28 0,41 1,00

ago/17 0,04 0,27 0,28 0,41 1,00

set/17 0,04 0,26 0,28 0,41 1,00

out/17 0,04 0,26 0,28 0,41 1,00

nov/17 0,04 0,26 0,29 0,41 1,00

dez/17 0,04 0,25 0,29 0,41 1,00

jan/18 0,04 0,25 0,29 0,41 1,00

fev/18 0,05 0,20 0,32 0,43 1,00

Fonte: Cepea/USP e CNA

RAMO AGRÍCOLA

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 0,04 0,29 0,29 0,38 1,00

mar/17 0,04 0,30 0,28 0,38 1,00

abr/17 0,04 0,29 0,29 0,38 1,00

mai/17 0,04 0,28 0,29 0,38 1,00

jun/17 0,04 0,27 0,30 0,39 1,00

jul/17 0,04 0,27 0,31 0,39 1,00

ago/17 0,04 0,26 0,31 0,39 1,00

set/17 0,04 0,25 0,31 0,39 1,00

out/17 0,04 0,25 0,32 0,39 1,00

nov/17 0,04 0,25 0,32 0,39 1,00

dez/17 0,04 0,24 0,32 0,40 1,00

jan/18 0,04 0,24 0,32 0,40 1,00

fev/18 0,05 0,17 0,37 0,41 1,00

Fonte: Cepea/USP e CNA

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A4) PIB Volume do Agronegócio: Taxa anual (em %)*

PIB Volume do Agronegócio

Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

Agronegócio 2,87 0,12 9,01 6,65 5,52

Ramo Agrícola 3,26 -1,04 9,89 7,38 6,01

Ramo Pecuário 2,17 2,37 5,94 5,22 4,42

• Nota técnica: O PIB Volume do Agronegócio trata-se do PIB do agronegócio calculado pelo critério de preços constantes. Resulta,

portanto, a variação apenas do volume de produção. Este é o indicador de PIB comparável às variações apresentadas pelo IBGE.

RAMO PECUÁRIO

Mês Insumos Primário Indústria Agrosserviços Total

fev/17 0,06 0,29 0,21 0,45 1,00

mar/17 0,06 0,30 0,20 0,44 1,00

abr/17 0,06 0,29 0,21 0,45 1,00

mai/17 0,06 0,29 0,21 0,45 1,00

jun/17 0,06 0,28 0,21 0,45 1,00

jul/17 0,05 0,29 0,21 0,45 1,00

ago/17 0,05 0,29 0,21 0,45 1,00

set/17 0,05 0,28 0,21 0,46 1,00

out/17 0,05 0,28 0,21 0,46 1,00

nov/17 0,05 0,28 0,21 0,46 1,00

dez/17 0,05 0,28 0,21 0,46 1,00

jan/18 0,05 0,28 0,21 0,46 1,00

fev/18 0,05 0,27 0,22 0,46 1,00

Fonte: Cepea/USP e CNA

Fonte: Cepea/USP e CNA

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