[Pibic cn pq ufes] relatório-parcial _ brunoandrade_fev_2012
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Departamento de Pesquisa
DESCRIÇÃO PARCIAL DAS METAS ALCANÇADAS
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA Grande Área CNPq: Ciências Sociais Aplicadas
Área CNPq: Arquitetura e Urbanismo
Título do Projeto
Patrimônio e Desenvolvimento Territorial. Uma aproximação à formulação da
figura da sustentabilidade
Nome do grupo de pesquisa: Laboratório Patrimônio & Desenvolvimento Territorial
Linha de pesquisa: Processos urbanos e gestão da cidade
Pesquisador responsável (orientador): Renata Hermanny de Almeida
Nome do sub-projeto do aluno
Rio Santa Maria da Vitória, patrimônio protagonista do desenvolvimento regional de
Santa Leopoldina [ES]
Nome do aluno: Bruno Amaral de Andrade
Curso e período: Arquitetura e Urbanismo, 9º período
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Introdução e justificativa
O foco é a investigação do papel do rio Santa Maria da Vitória enquanto patrimônio protagonista de desenvolvimento regional. A problemática é a investigação da perda deste protagonismo, após um auge socioeconômico entre o final do século XIX e o início do XX. Assim, os recortes sócio-espaço-temporais (ANDRADE, 2006) para análise analógica são o período próspero da colônia de Santa Leopoldina (ver figura 1), entre meados do século XIX e início do XX, e o da contemporaneidade. Logo, o objetivo do subprojeto neste período de vigência da pesquisa (Agosto de 2011 a Fevereiro de 2012) é reflexionar a cerca das transformações ocorridas no território orientado pela antiga colônia de Santa Leopoldina, os atuais municípios de Santa Tereza (emancipada 1890), Afonso Claudio (emancipado em 1891), Ibiraçu (emancipado em 1891) e Santa Maria de Jetibá (emancipada em 1988), além de Santa Leopoldina (ver figura 2), através do aprofundamento na temática, constituição conceitual e reconhecimento do objeto (SCHWARZ, 1992).
Figura 1. Colônia de Santa Leopoldina. Fonte: Arquivo Nacional.
Figura 2. Foto panorâmica do rio Santa Maria da Vitória no distrito-sede de Santa Leopoldina. Fonte: Arquivo da pesquisa.
Materiais e métodos utilizados
A pesquisa metodológica neste período de vigência da pesquisa deu-se segundo Serra (2006) em uma abordagem qualitativa e investigação de fontes secundárias. O método qualitativo é verificado pela pesquisa e definição de dois estudos de caso que avance a cerca do conjunto da produção técnico-científica contemporânea, com o objetivo de confirmar a especificidade e relevância dos objetos de estudo – o rio Santa Maria da Vitória e os edifícios históricos na região de Santa Leopoldina, são eles o Master Plan para o parque fluvial da região do vale do rio Arno, em Empoli (MAGNAGHI, 2009) (ver figura 3), e o “Patrimônio histórico-cultural como ordenador da paisagem na bacia do baixo Sorocaba, região do médio Tietê, em São Paulo” (ARGOLLO e GAIOTTO, 2008).
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Figura 3. Mapeamento da região do vale do rio Arno, em Empoli, Itália. Fonte: MAGNAGHI (2009)
Já a pesquisa em fontes sedunárias realizou-se por meio de consulta a acervos físicos e bancos de dados digitais, com enfoque em SANTOS (2008), SAQUET (2010) e MAGNAGHI (2000 e 2009). O mosaico teórico-conceitual estruturado para reflexão e análise do objeto e do problema é composto pelas variáveis externo-interno, estado-mercado, velho-novo, em Santos (2008), ações, objetos, espaço, região, horizontalidade, verticalidade, local, global, em Santos (2006); as abordagens e concepções do território em Saquet (2010), e o enfoque da Escola Territorialista Italiana e do projeto para um desenvolvimento local auto-sustentável em Magnaghi (2000 e 2009).
Resultados e Discussão
Os resultados e discussões, originados nas reflexões do mosaico teórico-conceitual, são o reconhecimento da relevância do rio Santa Maria da Vitória como motor socioeconomico da região de Santa Leopoldina nos projetos para a sua ocupação territorial no século XIX, e o conseguinte deslocamento desse fluxo para outro fixo, as rodovias, modificando o esquema das variáveis de Santos (2008) estado-mercado para município-mercado, o velho-novo como uma nova dicotomia rio-rodovia, através de um comando vertical e externo, a interferir numa despreparada lógica regional, horizontal e interna. Ademais, as abordagens do território em Saquet (2010) e Magnaghi (2000), foram fundamentais para o entendimento do objeto e do problema deste subprojeto. Para Magnaghi (2000, p.9) território deve ser entendido como organismo vivo e altamente complexo, constituído de localidades (regiões ou áreas de ocupação), com própria história, características, identidade e estrutura de longo prazo (ver figura 4).
Figura 4. Esquema das camadas do território. Fonte: MAGNAGHI (2009)
Foram produzidos, portanto, mapeamentos em vista a contribuir para a construção de uma análise crítica em relação ao território, através dos softwares ArcGis e CorelDraw, ver figuras 5 e 6.
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Figura 5. Mapeamento do território em estudo referenciado pela bacia hidrográfica do rio Santa Maria da Vitória. Esc.1/250.000.
Metas futuras
Segundo o plano de trabalho e cronograma, previamente estabelecidos, as metas a serem alcançadas até Julho de 2012 são: a abordagem sistêmica, que contempla o estudo e definição de um modelo multicriterial que auxilie na tomada de decisão para a montagem das tabelas multicriteriais; a seguir a montagem das tabelas pretende fornecer subsídio à sociedade para futuras análises e projetos nessa linha de pesquisa, e essenciais para a fabulação de cenários; por fim a definição de cenários para o território de Santa Leopoldina, material conclusivo à provocação da pesquisa, pois mais importante que o cenário em si está à prospecção, ou seja, antecipar as situações para que a sociedade e os seus representantes possam decidir o que fazer; após essas atividades será elaborado o relatório final.
Concentração urbana – Santa Maria de Jetibá
Concentração urbana – Santa Leopoldina
Concentração urbana – Santa Teresa
Eixo principal do rio Santa Maria da Vitória
Delimitação do território referenciado pela bacia do rio
Rodovias
Concentração urbana – Cariacica
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Referências principais
ANDRADE, Bruno Amaral de. Espírito Santo: territorialidades sócio-espaço-temporais. Primeiro ato: do cosmológico ao logístico. Primeiro Entreato: A Faixa Territorial Sul. Orientadora: Dra. Renata Hermanny de Almeida. 2006. Iniciação Científica – Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Espírito Santo. 2006.
ARGOLLO, A. M. F.; GAIOTTO, M. A. O patrimônio histórico-cultural como ordenador da paisagem na bacia do Baixo Sorocaba, região do Médio Tietê, em São Paulo. In: 3º Congresso Luso Brasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável - PLURIS 2008, 2008, Santos, SP. Anais. São Carlos, SP: STT/CETEPE/EESC/USP, 2008. v.1. p. 1-12.
MAGNAGHI, Alberto; GIACOMOZZI, Sara (a cura di). Un fiume per il territorio: Indirizzi progettuali per il parco fluviale del Valdarno Empolese. 1ª ed. Firenzi: Firenze University Press, 2009. 217 p.
MAGNAGHI, Alberto. Il progetto locale. 1ª ed. Torino: Bollatti Boringhieri, 2000. 344 p.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Geografia. 6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. 132 p.
__. Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico científico informacional. 2. ed. São Paulo: Editora HUCITEC, 1996. 190 p.
SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e Concepções de Território. 2.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. 200 p.
SCHWARZ, Francisco. O município de Santa Leopoldina. Vitória: Traço Certo Editora, 1992. 112 p.
SERRA, Geraldo G. Pesquisa em arquitetura e urbanismo. guia prático para o trabalho de pesquisadores em pós-graduação. 1 ed. São Paulo: EDUSP, Mandarim, 2006. 256 p.