Pierre Nora - Anotações

6
Aula de Marcello – 27 de Junho de 2012 Pierre Nora. Entre Memória e História: a problemática dos lugares p. 7 3 problemas (2º parágrafo): consciência de ruptura com o passado; sentimento de uma memória esfacelada; esfacelamento desperta memória suficiente para que se possa colocar o problema de sua encarnação. Propõe que haja consciência da ruptura histórica por todos. Problema: como é possível encarnar-se a memória se ele encontra-se esfacelada. Ele pensou como a memória podia encarnar-se em lugares apesar do seu esfacelamento. *Veyne: um evento só o é na medida em que a sua historicidade o é reconhecida como tal pelo historiador. *Braudel: tempo não é homogêneo por isso fala-se em duração. Mudança e ruptura: conceitos não necessariamente excludentes. De que ruptura se trata afinal? Pode-se concordar com Nora: ruptura com o passado confunde-se com uma memória esfacelada. Romper com o passado

description

Lugares de Memória

Transcript of Pierre Nora - Anotações

Aula de Marcello 27 de Junho de 2012Pierre Nora. Entre Memria e Histria: a problemtica dos lugaresp. 73 problemas (2 pargrafo) consc!"nc!a de rup#ura com o passado$ sen#!men#o de uma mem%r!a esfacelada$ esfacelamen#o desper#a mem%r!a suf!c!en#e para &ue se possa colocar o problema de sua encarna'(o.)rop*e &ue ha+a consc!"nc!a da rup#ura h!s#%r!ca por #odos.)roblema como , poss-.el encarnar/se a mem%r!a se ele encon#ra/se esfacelada.0le pensou como a mem%r!a pod!a encarnar/se em lugares apesar do seu esfacelamen#o.12e3ne um e.en#o s% o , na med!da em &ue a sua h!s#or!c!dade o , reconhec!da como #al pelo h!s#or!ador.14raudel #empo n(o , homog"neo por !sso fala/se em durao.Mudan'a e rup#ura conce!#os n(o necessar!amen#e e5cluden#es. 6e &ue rup#ura se #ra#a af!nal7 )ode/se concordar com 8ora rup#ura com o passado confunde/se com uma mem%r!a esfacelada. 9omper com o passado Mem%r!a apesar de res!dual e esfacelada pode a!nda desper#ar Mem%r!a encarnada em lugares + , cr!s#al!:ada.p. ; ( os pr%pr!os lugares de mem%r!a #em eles pr%pr!os uma h!s#%r!a #al como nos os compreendemos>po!s hou.e soc!edades &ue nunca prec!saram deles. Hugares de mem%r!a n(o s(o cosubs#anc!as I na#ure:a humana. @% as soc!edades h!s#%r!cas &ue conheceram os lugares de mem%r!a.JKma pala.ra em franc"s para des!gnar a h!s#%r!a .!.!da e a opera'(o !n#ec#ual &ue a #orna !n#el!g-.elL JM movimento &ue nos transporta , da mesma na#ure:a da&uele &ue o represen#a para n%sL Movimento (uso me#af%r!co em 8ora)A h!s#%r!a n(o represen#a sens!b!l!dades> pr#!cas hb!#os> em s-n#ese represen#a o mo.!men#o &ue pode ser len#o> rp!do> con#-nuo> de dura'(o longu-ss!ma> e#c. A h!s#%r!a represen#a a percep'(o da h!s#or!c!dade das co!sas &ue s(o e &ue foram$ #rabalha analog!camen#e> percebendo con#!nu!dades e descon#!nu!dades e nos ens!na das .r!as con#!nu!dades &ue se d(o s!mul#aneamen#e.(p. ;). JN...O o mo.!men#o &ue nos #ranspor#a , da mesma na#ure:a &ue a&uele &ue represen#a para n%sL. Ns sujeitos histricos estamos imersos no movimento histrico e a histria representa para ns o movimento que nos leva sem que nos percebamos.p. P (1 pargrafo) 8(o pode ha.er consc!"nc!a h!s#%r!a sem o d!s#anc!amen#o> &ue , cond!'(o de &ue segmen#emos a dura'(o e &ue es#abele'amos d!s#anc!as ma!ores ou menores fren#e ao presen#e em rela'(o I&u!lo &ue fo!. 6ura'(o segmen#ada pode ser recuperada por me!o dos ras#ros. @(o recuperados> cole#ados> organ!:ados e selec!onados e sua ma#,r!a , d!spos#a de modo a fa:er sen#!do por me!o da opera'(o da med!a'(o h!s#%r!ca de forma narra#!.a na #en#a#!.a de #ornar o passado !n#el!g-.el. Ms ras#ros (ou .es#-g!os) n(o podem ser anal!sados em sua #o#al!dade> logo a escr!#a , !ncomple#a por causa +us#amen#e da sele'(o. Qoda narra#!.a , s!n#agm#!ca e #emporal (sempre ha.er um an#es e um depo!s). A narra#!.a #em uma #emporal!dade da pr%pr!a ordena'(o s!n#agm#!ca e #amb,m #em uma #emporal!dade correla#a I h!s#%r!a .!.!da. A h!s#%r!a , med!a'(o poss!b!l!#ada pela d!s#Rnc!a &ue organ!:a ras#ros.1Analepse e prolepse Sene##e. )ro+e'*es para ad!an#e ou em re#rocesso numa narra#!.a.p. PJA h!s#%r!a> ao con#rr!o> per#ence a #odos e a n!ngu,m> o &ue lhe d uma .oca'(o para oun!.ersalL. Frase ma!s problem#!ca do segundo pargrafo.A h!s#%r!a desde Ar!s#%#eles , a ar#e do particular (se opunha I poes!a> &ue na .erdade , o #!po de proced!men#o &ue des.ela o &ue Ar!s#%#eles chama.a de endoxa-on> op!n!*es #!das como .erdade!ras pela ma!or!a dos homens sb!os). )or&ue para 8ora a h!s#%r!a #ende ao un!.ersal apor!a pr%pr!a ao s,culo TUT a h!s#%r!a, .erdade!ra para #odos os #empos e lugares. Vo+e sabemos &ue a h!s#%r!a n(o , .erdade!ra para #odos os #empos e lugares> por&ue se fosse n(o ser!a necessr!a a reescr!#a da h!s#%r!a.JM pon#o de .!s#a de#erm!na o ob+e#oL fora da narra#!.a &ue produ: a leg!b!l!dade dos ras#ros> o ob+e#o n(o e5!s#e> po!s as runas> os .es#-g!os s(o uma amlgama. ). e5. A cor#e francesa do s,culo T2UU n(o , pass-.el de conhec!men#o !med!a#o. Ms ras#ros s(o represen#a'*es. 8(o h conhec!men#o !med!a#o> s% a#ra.,s da med!a'(o &ue , fe!#a pela opera'(o h!s#%r!ca.19em!ss(o ao &ue es# ma!s prec!samen#e a&uela do desen.ol.!men#o nac!onal> cons#!#u!u a ma!s for#e de nossas #rad!'*es cole#!.as> nosso me!o de mem%r!a por 05cel"nc!aL.p. 13 n%s .n(o emulamos o passado. Hugares de mem%r!a s(o marcos #es#emunha!s do &ue fo!. Guando comemoramos , como se nos #rou5,ssemos para o presen#e um res&u-c!o do passado. A comemora'(o #orna presen#e algo. A fes#a , um lugar de mem%r!a por&ue perm!#e &ue o passado n(o se+a es&uec!do. Me#fora do !ceberg esses lugares s% de!5am en#re.er pouco do &ue fo!. M &ue fo! n(o se esfacelou comple#amen#e. Ms lugares de mem%r!a ho+e n(o o ser(o sempre.