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    Johann Joachim Winckelmann

    min.ho No entanto, a diferena en--tre eles e ns a seguinte: os gregos alcanariam essas ima-gens mesmo que no as tivessem tirado de corpos mais belos que os nossos, porque ti nham diariamente a oportuni-dade de observar o belo na natureza, oportunidade que, parans , ao contrrio, no se oferece todos os dias e raramentese apresenta da forma que gostaria o artista.[ .. ]

    Finalmente, a caracterstica geral distintiva das obrasprimas gregas uma nobre simplicidade e uma grandezaserena, tanto nas atitudes como nas expresses. Assim como

    ,.as profundezas do mar sempre permanecem calmas, mesmo:.quando a superfcie est furiosa, da mesma forma a expresso nas figuras dos gregos mostra, mesmo quando elas sopresas das mais violentas paixes, alma grande e sem-pre igual a si mesma. -

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    Fonres: Johann Joa chim Winckelmann, Gumken iiber dieNachahmung der griechischen Werke in der Ma/erei und Bi/d-hauerkunsr, Srurrgart, Philipp Reclam , 1969, pp . 8- 13 e20.

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    Edmund Burke(1729-1797)

    Investigao filosfica sobrea origem de nossas idiasdo belo e do sublime

    (1757)

    Aos dezoito anos, quando ainda era estudante no Trinity College de Dublin, Burke fundou com seus colegas uma sociedade quepropunha "o aperfeioamento de seus 'membros nas reas maisrefinadas, elegantes e teis da literatura". Nela discutiam-se entre outras coisas os poderes respectivos da filosofia, da poesia eda pintura. Alguns meses mais tarde, ele lana um jornal, The Re-former, do qual ir publicar treze nmeros dedicados ao teatro deDublin . Aos vinte anos, ele se muda para Londre s, onde inicia estudos de direito. Em 1756, publica Apologia da sociedade naturale, no ano seguinte, junto com uma Narrativa sobre os estabelecimentos europeus na Amrico, o livro que o tornaria clebre: Investigao filosfica sobre a origem de nossos idias do pe/a ,e dosublime. Em 1759, Burke acrescenta segunda edio um prefcio sobre o gosto. O livro logo fez sucesso e, durante trinta anos,novas edies foram publicadas, em mdia, a cada trs anos. Foitraduzido para o francs em 1765 e para o alemo em 1773 . Burke foi tainbm um politico, tendo sido um dos chefes do partido

    whigs. Eleito para o arlamento, onde, segundo testemunhos.pe colegas, se tornou um dos oradores mais brilhantes, defendeuos catlicos irlandsse as colnias americanas, opondo-se constantemente guerra contra a Amrica. Contrrio' Revoluo, emi 790 publica suas Reflexes sobre aRevoluo Francesa.

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    Edmund Burke

    A primeira traduo inglesa do tratado Do sublime do Ps udo=Long ino (que data provavelmente do sc!!.!o 1), havia sido publicada em 1652 . Ma s esse livro se tornaria con hecido sobretudopela traduo francesa de Bo ileau, de 1674. Relido atravs das categorias do pensamento clssico, ele ir exercer uma influnciaconsidervel sobre osdebates estticos da segun da metade do sculo XVII e sobretudo do sculo XVIII. Segundo Long ino, o sublimedotado de uma fora irresistivel; sel1Jgre se mani festa estar:- >d'!,lha.o e fulminaxomo um-raio..No final de seu prefcio, Boileauescreve: "E preciso sa ber que por sub lime Long ino no entende oque os oradores entendem por estilo sublime, mas sim aque le ex

    \ r a o r ~ n r i o , aquele maravilhoso que..impressionam na narrativa,. -fa zem com que uma obra a r ~ e b a t e , encante, transporte" . ParaBoi leau , o exemplo perfeito do sublime eo FIai lux do Gn'sis -

    ~ a luz": "Ess! . ato extraordinrio de expresso [ ..] verdadeira",ente sub lirneLPoss ui alg q de divino"., Os r i c o ~ do classicismo se mostraro receptivos di sti n-o, introduzidipela anlise de Longino, entre o efeito do sublime e o efeito da graa ou da beleza. Ela corresponde, de fato, auma distino conhecida, aquela que (cicero fizera entre as duasfinalidades da arte: deleetare, agrada r, e movere, comover. Mas sob retudo no sculo XVIII que a no o de sublime se torna uma

    , .categoria dominante na reflexo esttica, com as no-, vas formas de i b i l i d a d e da poca. Coube Crtica do,juzo, conferir um estatuto realmente filosfico de su-,..blime, integrando-o problemtica do infinito e da liberdade. Com':fsso , Kant representou para o romantismo o mesmo que Platoh'avia representado para o classicismo.

    Em Reflexes e ahavia sublin I do efei::':o:; ::'s'::tico "esse,. .prazer que mais;.se p ~ r e c,!m a aflio e cujos sintomas por ve,zes vm a ser os mesmas que os da mais intensa dor". este pra

    " zer paradoxa l que Burke se prop e 'a analisar, mostrando que eleum efeito prprio do sub lime :. "Tudo o que trata de objetos ter

    riveis, tudo o que age de maneira anloga ao terror, uma fonte.,, , ,,

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    Investigao filosfica sobre a origem de nossas id ias do belo

    do sublime ", escreve . O I tem a ver com obelo , Ele no se baseia na p r o ~ o r o e si rrula desproporo; ele,no remete ordem e clareza, mas desordem e escurido;. '

    ao c'l.ntrrio do belo, que objeto de um prazer calmo e sere no,de uma satisfao dos olho s e da alma, o sublime lana o sujei to

    - - >para fora de si ao suscitar uma emoo violenta. Todas essas dis-finoes sero retomadas e sistematizadas por Kant, que definir ~ to sentimento do sublime como um sentime nto de desprazer, um.prazer neg.ativo, em oposio ao prazer posi tivo do belo .

    Dessas anlises, Burke extrai uma srie de conseqncias noque diz respeito s artes. Para ele, o sublime pertence essencialmente ao mbito da poesia. Sendo a pintura uma arte do olhar,dificilmente ela pode representar assuntos subli mes sem cair nofeio ou, pior, no ridiculo: "Todos os quadros de santo Antnio quej vi", escreve, "longe de me causar uma imp resso sria, me pa-receram concepes ridiculas e excessivamente extravagantes". . precisa mente esse argumento, como se pode verificar no texto quesegue o de Bur ke neste volu me, que Le ssing utilizara no Laoeoonte,,para definir a diferena entre pintura e poesia .,

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    Bibliografia: N i c o Boileau, Trait du Sublime, 011 Du mer-vei/lellx riam discoUTS, traduzido do grego de [pseudo] Lon-gino, in N. Boi leau , Oeuvrescompures , Paris, Ga llimard , co I.La Pliade Emmanuel Kant, Critique da la focult de j uger,edi o dirigida por Ferdinand A1qui, Paris, Gallimard, coloFolio , 1985; Obseroations sur te sent imm t du Bed u et du SiJbli-me{ 1764 ), Paris. Vrin , 1988

    \ . Parte I, , Seo 7 - Do sublime

    , O que quer que seja de alguma maneira adequado aexcitar as idias de dor e perigo, quer dizer, o que quer que' . ,.

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    seja de alguma maneira terrvel ou que verse sobre objetosterrveis, ou opere de maneira anloga o tertor, uma fontedo sublime; isto , produz a emoo mais forre que a mente,fcapaz de sentir. Digo a emoo mais forre porque es[ou cerro de que as idias de dor so muito mais poderosasque as que entram na rea do prazer. Sem dvida alguma,os tormentos que nos podem fazer sofrer so muito maiores em seu efeito no corpo e na mente que quaisquer prazeres que o mais entendido em volpias poderia sugerir ouque a imaginao mais viva e o corpo mais saudvel e refinadamente sensvel poderiam desfrutar. [ .. ]

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    Parte IISero 1 [)a paixo causada pelo sublimeoA paixo causada pelo grande e pelo sublime na na-

    tureza, onde essas causas operam de modo mais forre, oe ~ p a n t o ; e o espanto aquele estado de alma no qual todos- ..os movimentos ficam suspensos, com um certo grau de hor-ror. Nesse caso, a mente est to inteiramente cheia de seuobjeto que no pode se entreter com outro nem, por conseguinte, raciocinar sobre aquele que a ocupa. Da provmo gra.nde poder do sublime, que, longe de ser produzido poreles, 'antecipa nossos raciocnios e arrebata-nos com urna

    ofora ').rresistvel. O espanto, ".orno disse, o efeito do su-blimeno seu mais alto grau; os efeitos inferiores so a ad-

    _ A ' .ffiuaao, a reverenCia e'o r e s p e ~ t o- - . ' . o

    o.. . ..: Seo:2 - Terror ,,:,Nenhuma paixo priva com tanta eficcia a ment$' de

    todos os seus poderes de ao e raciocnio quanto o m"do._Pois sendo o medo uma apreenso da dor ou da morte, ele

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    Investigao filosfica sobre a origem de nossas ideias do belo

    opera de uma maneira que se assemelha dor real. O quequer que seja, portanto, terrvel em relao viso, tam bm sublime, seja essa causa do terror dotada de grandeza.de dimenses ou no ; pois impossvel algo que pode serperigoso ser visto como insignificante ou desprezvel. Hmuitos animais que, apesar de estarem longe de se r grandes, so mesmo assim capazes de suscitar idias de sublimepor serem considerados objetos de terror, como as serpentes e animais venenosos de quase todas as espcies . E, seanexarmos a coisas de grandes dimenses uma idia acess ria de tertor, elas se tornam incomparavelmente maiores.Um a plancie uniforme de vasta extenso no , certamente, uma idia pequena; a viso de tal plancie pode ser toextensa quanto uma vista do oceano; mas poder ela preencher a mente com algo to grande quante o prprio oceano> Isso se deve a diversas causas, mas principalmente aorande terror ue o oceano il)spira. O terror mesmo, em

    todos os casos, de maneira aberra ou latente, o princpio regulador do sublime, Diversas lnguas do fortes testemunhos da afinidade dessas idias, Elas muitas vezes usam amesma palavra para significar indiferente}"e te os modosde espanto ou admirao e os de terror. Qamzot m gregosignifica tanto medo qu.anto maravilhamento; ?:l'!!Jt tr-

    o rve ou r e s p e i t v reverenciar o'u teme, . ereoro _ r

    atim O ue aidew em grego. Os romanos usavam oo . verbo S/{i' eo, ermo que assinala fortemente O estado de0\

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    um homem espantado, para exprimir o efeito tanto do sim-plesmedo como do espanto; a palavra i t!onitus)(atnito) iglalm.ellJ e expressiva da ligao dessas idias; e o francs ifonnement e o ingls dStonishmen e amazemeij), noestariam tambm a apontar claramente ; ';;-finidade dasemoes que acompanham o medo e o maravilhamento?Aqueles que tm um conheimento mais geral aas lnguas

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    poderiam produzir, sem dvida, muiros Outros exemplosigualmenre impactanres.Sero 3 - Obscuridade

    Para tornar alguma coisa muito terrvel, a obscuridadeparece em geral ser necessria. Quando conhecemos qualquer perigo em sua total extenso, 'quando podemos acostumar nossos olhos a ele, uma grande parte da apreensodesaparece. Ser sensvel a isso quem considerar como anoite aumenra o nosso medo , em todos os casos de perigo,e quanro a idia de fanrasmas e demnios, sobre os quaisningum consegue formar idias claras, afeta as menres quedo crdito a conros populares sobre tais tipos se res. Osgovernos despticos, que so fundados nas paixes dos ho mens, e principalmenre na paixo do medo, manrm tanto quanro possvel seu lder longe do olho pblico. A poltica tem sido freqenrenenre a mesma no tocanre s religies. Quase todos os templos pagos eram escuros. Mesmo nos templos brbaros dos americanos de hoje, eles man-tm seu dolo em uma parte escura da cabana consagrada adorao . Tambm os druidas realizavam todas as suas

    \cerimnias no interior das florestas mais escuras e som-bra dos mais velhos e amplos carvalhos. N ~ g u m pareceter compreendido melhor do que Milton o segredo de am-plificar as coisas terrveis ou de coloc-las, se posso usar essa expresso, sob a mais forte, fora de uma judiciosaobscuridade. Sua descrio da Morte no,segundo livro [doParaso perdido] ad/iliravelmenre concebida; espanrosocom que I?ompa'.sonibria, com que signiqcanre e expressiva incerteZa de traos e colorido ele executou o retrato dorei dos terrores. : .

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    o outro fontasma. em que no possvelDistinguir as feies. julgar dos membros.Substncia informe. escurecida sombra.Tem oaspecto da Noite, o horror do Inferno,De Frias dez ostenta a feridade,Pronto para o brandir um dardo empunha,E na altura maior. que inculca fronte,De coroa real cingido se afigura.

    Nessa descrio tudo escuro, incerto, confuso, terrvel e sublime no mais alto grau. [ .. ]

    Parte IIISero 1 -D a belezaProponho-me a considerar a beleza l l l ~ distinra d;.;o.....sublime e, no decurso desta investigao, examin ar at que

    ponro eles'so coerenres enrre si , Mas, anres disso, repassemos rapidamenre as opinies normalmenre lanadas sobreessa qualidade, as quais penso que dificilmenre podem serreduzidas a princpios fixos, porque os homens esto habituados a falar da beleza de maneira figurativa, isto , de umamaneira extremamente incerta e indeterminada. Por bele-za refiro-me quela qu"lidade ou ggclas_qu lidades doscor os qu e causam o amo{ ou alguma paixo similar a ele,-imito essa definio s CJualidades meramenre sensveis dasCOIsas, a fim de preser; ar a mxima simplicidade em um

    ..... . .tema que muitas veies nos distrai quando admitimos aque-.', '. las diversas causas de simpatia que nos ligam a certas pes-

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    soas ou coisas por consideraes secundrias e no pela foradireta que eles tm meramenre em funo de seu aspecto.Igualmenre disting o amor, pelo que enrendo a sat isfao

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    que surge na mente ao se contemplar alguma coisa bela. noimporta de que natureza possa se r. do desejo ou luxria. que uma energia da mente que nos incita posse de determinados objetos que no nos afetam por serem belos. mas pormeios totalmente diferentes. Podemos ter um forte desejopor uma mulher sem notvel beleza. enquanto a maior beleza nos homens ou em outros animais, apesa rde ca usa remo amor. no excitam absolutamente o desejo . O que mostra que a beleza. e a paixo causada pela beleza. que chamam amor. '-difereme do desejo . apesar de o desejoalgumas vezes operar junto com ela; mas a este desejo quedevemos atribuir as paixes violentas e tempestuosas e asconseq entes emoes do corpo qu e acompanhaih o quevulgarmente de a-:nor. e no aos efeitos da beleza estritamente como tal. [ .. ] ' ..... --;....

    Seo 12 - A causa real da belezaT endo me esforado em mostrar o que a beleza no

    . res ta que examinemos. pelo menos com igual ateno. emque ela realment e co nsiste. A beleza uma coisa qu e nosafeta demais para no depender de algumas qualidades po

    v a ~ . j que no uma criao da nossa razo. jnos atinge sem nenhuma relao com a utilidad, e mesmo

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    '. em cIrcunstanCIas nas quaIs no se pode t n i r nenhu-'.'. ma utilidade. porquanto a ordem e o mtodo da natureza, so geralmente muito diferentes de nossas medidas e pro

    pores. devemo s co nduir que a beleza rna maioria doscasos. uma quafidade dos co rpos que age mecanicamentes.obre .a m e i J ~ por meio do s sentidos. D evemosportanto co;"siderr atentamente de qu e m essas qu a-

    ,. lidades sensveis eSto disposts nas coisas que P9r experin.' . cia achamos belas. e que excitam em ns a paixo do amor. ,

    ou qualquer afeio semelhante. ' ., ,

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    Investigao filosfica sobre a origem de nossas idias do belo

    Seo 13 - Os pequenos objetos so belosA primeira co isa que se apresenta a ns no exame de

    qualquer objeto a sua extenso ou quantidade. E. para saber que grau d e ex ten so conv m aos corpos consideradosbelos. bas ta reAet ir sobre a maneira corrente das expressesa eles relacionadas. Tenho ouvido dizer que. na maior partedas lnguas. fala-se dos objetos de amor por ept etos diminutivos. ass im em todas as lnguas de qu e tenho algumco nhecimento . [ .. ] Tais diminuti vos eram comu ment eadicionados pelos gregos aos nomes das pessoas com quemeles mantinham relaes de amizade ou familiaridade. Em bora os romanos fossem um povo de sentimenws menosvivos e delicado s) ainda ass im muitas vezes utilizavam a terluinao diminutiva em iguais c ir stncias. AlHigamente. na lngua inglesa. o diminuti v lin ra acrescentado aosnomes das pessoas e c>isas que inspiravam sentimentos deamor. Alguns ainda mantemo s. como darling (fiule dear. ouqueridinha) e outros poucos. Mas at hoje comu m acrescentar o ca rinhoso dim inutivo a tudo o que amamos; osfranceses e italianos fazem uso desses diminutivos afetivosainda mais qu e ns [ingleses]. Na criao animal. alm danossa prpria espcie. dos pequenos anim ais que tendemos a gostar mais: os peq uenos pssaros e algumas das menores espcies de quadrpedes. Raramente se diz que um acoisa grande e bela. mas qu e um a coisa grande e feia muito comu .- ma grande di ferena ent re admirao

    ,e amor. O blim que a causa daquela. semp re trata deo b j e t ~ s grandes e terrveis; este. dos pequenos e agradveis:sub metemo-nos 'juilo.'jue admiramos. mas amamo s o 'luea ns se submet; num caso somo s forado s) no outro, so-

    '. mos lisonjea os pd a obedincia. Em resumo . as idias dosublime e do belo repousam sob re bases to di ferentes qu e

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    difcil, eu ia quase dizendo impossvel, pensar em concili-Ias no mesmo tema sem diminuir consideravelmente oefeito de uma ou de outra sobre as paixes. Assim, em relao a sua quantidade, os belos objetos so comparativamente pequenos.

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    Fonte: Edmund Burke, A philosophicalmqu iry imo lhe originofo ur ideas o/ lhe sublime and beautifu/, introduo e notas deAdam Phillips, Oxford, Oxford Universicy Prcss, co i. OxfordWodd 's Class ics, 1998, pp. 36, 534, 83 e 102-3.

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    GatthaldEphraim Lessing(1729-178/)

    Laocoonte(1766)

    Contemporneo de Didero t eVoltaire, movido como eles poruma curiosidade enciclopedica, erudito, filsofo e terico da arte,autor de pea s de teatro, crtico e dramaturgo, Lessing e um dosmai s brilhantes espiritos de um secul em que surgiram muitosdele s. Sua influncia nos campos da literatura, da estetica e dacritica foi pelo menos to importante quanto a que Winckelmannteve no campo da histria da arte.' Lembrando seus anosdejuven-tude, o velho Goethe esc'.eveu em Poesia e verdade: "E preciso serjovem para se dar conta da influncia que exerceu sobre todos nso Laocoonte de Lessing, que nos arrancou da pa ssividade da contempla.o ao desvendar para ns os campo s do livre pensamento".

    Filho de pastor, Le ssing encenou sua primeira pea de teatro, O ovem erudito, em 1747, quando era estudante em Leipz ig.Endividado, deixa a cida de e se instala em Berlim. Torna -se redator na Vossische Zeitung, escreve uma pea, Miss Soro Simpson,publica tradues e ensaios, um deles em colaborao com seuamigo Mo ses Mendelssohn . Aos trinta anos, Lessing e um homemcelebre, um critico literrio influente que anima a vida intelectuale art istica de ssa cidade das "Luzes" onde Voltaire permanece de

    o '1750 a: 1753. Mas, em 1760, novas dividas obrigam-no mais uma vez a partir. Ele se instala em Breslau onde, durante trs anos, ser

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    I A Histria da aru dos Antigos precede em dois anos a pub licao deLnocoontt. no qual Less ing critica Winckelmann .

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