Piracicaba Contrata Empresa

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Piracicaba contrata empresa 'antidengue' de Campinas Cidades 02/03/2015-21h38 - Atualizado em 03/03/2015-01h08 Piracicaba deve receber antes do final de abril os primeiros mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados criados para combater a dengue. A prefeitura anunciou ontem um convênio com a empresa Oxitec, com sede em Campinas, fabricante do inseto, para realizar um projeto de pesquisa na cidade. Após testes em Juazeiro e Jacobina, na Bahia, a empresa obteve aprovação federal de biossegurança para soltar os animais. O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar o serviço, porém, ainda não saiu. Por isso o projeto em Piracicaba ocorre como teste, subsidiado pela empresa. Técnicos da Oxitec e agentes de saúde de Piracicaba já começaram a fazer visitações de porta em porta para informar os moradores do bairro do Cecap, área da cidade com maior concentração de casos de dengue, que os mosquitos da empresa serão soltos lá. MILHÕES DE INSETOS Para tentar eliminar a maior parte da população do Aedes aegypti no Cecap, onde vivem cerca de 5 mil pessoas, a Oxitec deve soltar entre 20 milhões e 40 milhões de mosquitos ao longo de dez meses. Os insetos geneticamente modificados, fabricados pela Oxitec em sua unidade de Campinas, são todos machos, portanto não picam. O macho ganhou genes extras que o tornaram bom reprodutor, mas com ciclo de vida curto. A longevidade de um mosquito é de 30 a 45 dias, mas modificado geneticamente cai para entre 2 e 4 dias. Assim, o número de insetos começa a cair de uma geração para outra. Nos testes na Bahia, as populações do mosquito reduziram em mais de 90%. | FOLHAPRES

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Piracicaba contrata empresa 'antidengue' de Campinas

Cidades

02/03/2015-21h38 - Atualizado em 03/03/2015-01h08

Piracicaba deve receber antes do final de abril os primeiros mosquitos Aedes aegypti geneticamente

modificados criados para combater a dengue. A prefeitura anunciou ontem um convênio com a

empresa Oxitec, com sede em Campinas, fabricante do inseto, para realizar um projeto de pesquisa

na cidade. Após testes em Juazeiro e Jacobina, na Bahia, a empresa obteve aprovação federal de

biossegurança para soltar os animais.

O aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para comercializar o serviço, porém, ainda não

saiu. Por isso o projeto em Piracicaba ocorre como teste, subsidiado pela empresa. Técnicos da

Oxitec e agentes de saúde de Piracicaba já começaram a fazer visitações de porta em porta para

informar os moradores do bairro do Cecap, área da cidade com maior concentração de casos de

dengue, que os mosquitos da empresa serão soltos lá.

MILHÕES DE INSETOS

Para tentar eliminar a maior parte da população do Aedes aegypti no Cecap, onde vivem cerca de 5

mil pessoas, a Oxitec deve soltar entre 20 milhões e 40 milhões de mosquitos ao longo de dez meses.

Os insetos geneticamente modificados, fabricados pela Oxitec em sua unidade de Campinas, são

todos machos, portanto não picam.

O macho ganhou genes extras que o tornaram bom reprodutor, mas com ciclo de vida curto. A

longevidade de um mosquito é de 30 a 45 dias, mas modificado geneticamente cai para entre 2 e 4

dias. Assim, o número de insetos começa a cair de uma geração para outra. Nos testes na Bahia, as

populações do mosquito reduziram em mais de 90%. | FOLHAPRES