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    PISTIS SOPHIA

    (traduo do texto original)

    PorRaul Branco

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    PREFCIO

    A presente edio do textoPistis Sophia(P.S.) uma tentativa de trazer uma verso completa deste

    clssico da literatura esotrica mundial ao alcance dos leitores de lngua portuguesa.A traduo oi !aseada na verso inglesa" de 1#$$" de %. &. S. 'ead" pu!licada originalmente em1#1" e conrontada com a verso em ingls de *iolet 'ac+ermot" pu!licada em 1#,- pela ditora/rill" a partir do original copto" !em como a verso em portugus de *era 'ouro" traduzida do textoem rancs de . Amlineau (1-#$). 0 texto de 'ead" por sua vez" era uma traduo da verso emlatim de Sc2artze" pu!licada em 1-$1" com as melorias introduzidas pela verso de 3arl Scmidt(1#4$) em alemo" considerada por 5uase todos os estudiosos como uma das melores tradu6es dooriginal em copto. 7anto a o!ra de 'ead como a de 'ac+ermot usam a editorao de 3arl Scmidt.

    0 texto em copto corrido" sem divis6es por captulos ou assuntos. &esolvemos adotar tam!m adiviso em captulos introduzida por Scmidt e os su!ttulos dos assuntos introduzido por 'ead" 5ueno oi adotado por 'ac+ermot. Assim" os n8meros 5ue aparecem em negrito no incio de algunspargraos reerem9se aos captulos" e a rase em letras menores em itlico :s ementas. As palavras

    apresentadas entre colcetes []oram introduzidas pelos tradutores originais" e as apresentadas entreparenteses ( ) pelo tradutor desta verso em portugus.

    3om o o!;etivo de acilitar o entendimento e a interpretao dos ensinamentos do 'estre" ouve apreocupao de expressar9se o esprito do texto sem o apego estrito : sua orma. Por isto" paraacilitar a leitura" oram introduzidas algumas simpliica6es editoriais. Por exemplo" oi eliminada aexpresso arcaica

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    +evemos lem!rar 5ue uma importante virtude do verdadeiro discpulo a determinao" como!em o demonstra a erona de nossa estEria. Assim" o estudante de Pistis Sopia no deve desanimar"principalmente nas primeiras vinte ou trinta pginas 5ue parecem ser (propositadamente) as maisdiceis. A5ueles 5ue persistirem vero 5ue" ao longo do texto" a mensagem de >esus comear a alarsilenciosamente em seu corao" com seu

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    INTROD!"O

    INFOR#A!$ES INICIAIS0 manuscrito conecido como Pistis Sopia (P.S.)" merece ser considerado por todo estudante

    srio dos ensinamentos ocultos de >esus e pelos pes5uisadores de religio comparada. Pois" como servisto mais adiante" as li6es ali transmitidas tm muitas semelanas com as encontradas no 7antra/udista e na *edanta" mormente nos seus aspectos mais velados. sta correspondncia entre osensinamentos das dierentes tradi6es o!servada por /lavatsGH" 5ue sugere ao estudioso@ BKeia PistisSopia : luz do /agavad %itM" do Anugita e de outras escriturasJ e" ento" os ensinamentos de >esusno vangelo gnEstico (P.S.) se tornaro claros" desaparecendo incontinente os vus do texto literal.D1

    Ademais" as maiores autoridades do primitivo cristianismo tm acentuado 5ue P.S. constitui9se numdos mais importantes monumentos do gnosticismo" :s vezes reconecido como o prEprio cristianismoprimitivo" merc da proundidade" !eleza e inspirao de seus ensinamentos" 5ue contam tam!m coma vantagem de provirem" em primeira mo" dos prEprios gnEsticos e no de extratos de o!ras de seusdetratores.

    3omo ser visto" a o!ra" devidamente interpretada" oerece a comprovao ca!al de alguns atos

    anteriormente sugeridos por outros estudiosos. Primeiramente" a cosmologia de Pistis Sopia maisrica e a!rangente do 5ue a apresentada pelas dierentes escolas gnEsticas conecidas" inclusive a de*alentino. ste es5uema cosmolEgico no deixa nada a dese;ar :s vers6es sugeridas pelas escolasorientais. Ao contrrio" oerece detales so!re as un6es das entidades macrocEsmicas e de seusrelexos microcEsmicos (os princpios do omem) nem sempre explicitadas por essas escolas. msegundo lugar" o entendimento da cosmologia de P.S. e a correspondncia numerolEgica de in8merasexpress6es em grego" a!rem uma nova era para o estudo dos textos mais esotricos da /!lia"especialmente o vangelo de >oo e o Apocalipse" inelizmente to pouco compreendidos. mterceiro lugar" a apresentao dos princpios do omem" no contexto da peregrinao da almaassediada por seus princpios ineriores" conirma o 5ue >ung ; avia declarado" ou se;a" 5ue os textosgnEsticos eram proundos tratados de psicologia. >ung cegou a declarar 5ue avia encontrado nestasontes a inspirao para grande parte de seus esuspredicava. N provvel tam!m 5ue" em virtude de circunstMncias istEricas" o livro 5ue resultoudesses apontamentos originais" acrescidos do registro de recorda6es e dados posteriores adicionadospelos apEstolos" tena sido escrito em grego" a lngua culta da poca. sta tese da compilao do textoem grego reorada pelas extensas correla6es do valor numrico de palavras e express6es em grego"5ue oerecem uma cave adicional para a interpretao de vrios aspectos dos ensinamentos nelecontidos. 'ais tarde" uma verso grega oi levada para uma das comunidades esotricas gnEsticas doAlto gito" tendo sido transladada para o copto" a lngua local da poca. ?inalmente" esta 8ltimaverso" 5ue a divina providncia ouve por !em conservar" cegou at nEs. +esta orma" a versoatual em portugus" transposta do ingls" ; seria a 5uinta na cadeia lingOstica de transmisso.

    m sua introduo : o!ra" 'ead sugere 5ue a teoria mais aceita pelos eruditos a de 5ue o textooriginal teria sido composto em grego e ela!orado em data ou datas 5ue variam entre a primeira

    1F.P. /lavatsGH"A Doutrina Secreta,(S.P." ditora Pensamento)" *ol. C*" pg. 1L#94.

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    metade do sculo CC e a segunda metade do sculo CCC de nossa era. As autoridades seculares ixaram9se nesta premissa por5ue a verso encontrada em copto contm indica6es lingOsticas muito evidentesde 5ue procedeu de um original grego. Quanto : data de composio e : seita de onde procederia" osestudiosos tateiam na escurido" tra!alando apenas so!re ipEteses e sem nenuma evidncia maisirme" inclinando9se na sua maioria a atri!urem o texto a *alentino ou a mem!ros de sua scola" dapor5ue teria sido escrito em meados do segundo sculo. /lavatsGH" porm" no concorda com estamaioria@ BPistis Sopia um documento de extrema importMncia" um autntico vangelo dosgnEsticos" atri!uido por acaso a *alentino" sendo" porm" muito mais provvel 5ue se;a uma o!ra pr9crist 5uanto ao seu original. A o!ra autntica e devia ser to canRnica como 5ual5uer outrovangelo.D

    N provvel" no entanto" 5ue a totalidade do cEdice no tena sido coligida por um 8nico autor" nemna mesma poca" pois" o estilo da narrativa dos Kivros CCC" C*" * e *C diere do estilo dos doisprimeiros livros. o Kivro CCC existe citao de uma passagem de Paulo por 'aria 'adalena. 0ra"como Paulo oi posterior a 'aria 'adalena" este no poderia ter escrito sua epstola aos &omanos (da5ual a citao retirada) 5uando >esus ensinava aos seus discpulos. N provvel 5ue os citados 5uatroKivros tenam sido coligidos mais tarde" a partir da tradio oral" ocasio em 5ue algum material podeter sido acrescentado pelo autor ou autores

    m Pistis Sophia esto montados trs magnicos cenrios@ (1) a situao de >esus apEs aressurreio e ascenso e seu posterior retorno glorioso do alto para continuar a instruo de seusdiscpulosJ () o mito de SopiaJ e (L) outros ensinamentos na orma de dilogos de >esus com seusdiscpulos" muitos dos 5uais relacionados : cosmologia.

    0 grande segredo das apresenta6es cosmogRnicas 5ue descrevem simultaneamente o macro e omicrocosmo. ste 8ltimo aspecto a istEria oculta do omem como ar5utipo e desgua no grandeoceano da peregrinao da alma" 5ue deve mergular na matria" onde ica prisioneira por incontveis

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    +iz a tradio 5ue P.S. um texto esotrico para treinamento de discpulos. ste tipo detreinamento implica no desenvolvimento do discernimento e" principalmente" da intuio. m dosmtodos utilizados para este im o estudo de textos com importantes ensinamentos velados. steprocedimento era conecido pela Cgre;a primitiva. Por exemplo" 3lemente de Alexandria" o padre daCgre;a iniciado nos mistrios" ; indicava a atitude 5ue o verdadeiro !uscador devia adotar@ oo).

    Porm" a maior parte das pessoas 5ue tenta estudarPistis Sophiaaca!a desistindo" em virtude dasdiiculdades apresentadas pela terminologia pouco usual" mesmo dentro da literatura gnEsticaconecida. Ademais" o documento em exame inicia a estEria de Sopia de uma maneira 5ue parece

    pressupor 5ue o leitor este;a amiliarizado no sE com a nomenclatura" mas" principalmente" com acosmologia 5ue >esus ensinou a seus discpulos.A diiculdade de entendimento do texto responsvel por algumas reerncias depreciativas de

    alguns eruditos.T ?elizmente esta no a opinio de todos eles. m meados do sculo passado" umgrande estudioso do gnosticismo" 3. F. Wing" escreveu so!re Pistis Sopia" com grande percepo"dizendo@

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    ensinamentos de >esus so apresentados na orma de dilogos com seus discpulos" destacando9se apresena de 'aria 'adalena" claramente o discpulo mais avanado do grupo.

    0 material" 5uando oi encontrado" no tina nenum ttulo aparente e icou conecido como o3Edice AsGe2" nome de seu primeiro proprietrio ocidental" 5ue o deu a conecer ao mundo. 0 ttulo

    Pistis Sophiaoi sugerido para o documento pelo ato de o esus retorna ao seio dos discpulos envolto em trs

    # *rios indcios nos levam a crer 5ue este perodo mais provvel do 5ue a meno de 11 anos do texto" dentre estes aidade ; avanada da maioria dos discpulos" 5ue apEs este perodo de instruo enga;aram9se ativamente na disseminao da

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    *estes de Kuz" reluzindo de orma ainda mais !rilante do 5ue 5uando avia su!ido aos cus. A datada5uele acontecimento reiterada como sendo a lua ceia de 7e!et" ou se;a" a lua ceia de maio"coincidente com o ?estival !udista de XesaG" reconecidamente o perodo do ano em 5ue as energiasso mais propcias para o contato interior e para as grande inicia6es.

    As declara6es de >esus" apEs o seu retorno do Alto" de 5ue tina agora permisso do Primeiro'istrio para revelar tudo aos seus discpulos" diretamente e sem par!olas" parecem conirmar 5ue"durante as trinta oras em 5ue ascendeu aos cus" avia rece!ido uma grande Cniciao" 5ue leconcedia o poder para revelar o 5ue antes sE podia ser a!ordado de orma ainda mais velada. Suadescrio do assom!ro dos regentes dos planos ineriores" ao v9lo em sua *este de Kuz" indicativados novos poderes 5ue le aviam sido conerido e do estgio elevado 5ue avia atingido.

    O #ITO DE SOPHIAPor 5ue >esus nos transmite ensinamentos to proundos atravs de um mitoZ 0!viamente por5ue

    esta a orma tradicional mais apropriada para ministrar este tipo de ensinamento transormador.n5uanto o conceito popular corrente de mito est carregado da conotao de antasia ou mesmo deinverdade" para os antigos o mito era uma orma de expresso 5uase sagrada de uma experinciainterior 5ue" por sua proundidade" a!rangncia e atemporalidade" era idealmente transmitida atravs

    desta sim!ologia. Portanto" por trs de um mito sempre uma importante experincia interior.14

    Aodemandar um esoro de concentrao e interiorizao para compreender o sentido 8ltimo da realidadevelada por trs dos sm!olos" a linguagem metaErica do mito induz :5ueles 5ue entram em contatocom ela a reproduo da5uela experincia inicial. A realidade" no entanto" apresenta9se ierar5uizadae consiste de dierentes nveis. 0s mitologemas procuram expressar dierentes nveis da realidadesimultaneamente. As considera6es sugeridas nesta introduo e nas notas de rodap su!se5uentes dotexto" so" 5uanto muito" um desvelar parcial da rica realidade contida no mito. N com este sentido de!usca do sagrado 5ue procuramos a!ordar o mito de Sopia" com a plena conscincia de 5ue estamosapenas levantando a ponta do vu.

    o decorrer do relato apresentado um glorioso cenrio cosmolEgico 5ue nos permite vislum!rar oprocesso de maniestao" com a descida do sprito at o ponto mais !aixo da materialidade 5uando"ento" se torna possvel a viagem de retorno" ou se;a a volta da alma :s suas origens" a ?onte [nica" o

    Pai.+eve9se ter em mente 5ue a tradio esotrica geralmente usa a sim!ologia cosmolEgica como ummtodo para a transmisso de ensinamentos so!re a natureza do omem" de acordo com a lei dascorrespondncias tornada conecida pela tradio ermtica@

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    coisas do mundo" reorientando sua mente da gratiicao de sua natureza inerior para o mundo darealidade" o mundo Kuz.

    0s dois principais personagens do mito so o prEprio >esus e Pistis Sopia. 0 papel de >esusparece mudar a todo instante. um determinado momento ele o 'estre" ministrando instru6es aseus discpulos" descrevendo as aventuras e desventuras de Pistis Sopia. +e repente" ele passa a serum co9protagonista da estEria" atuando em dierentes nveis" a;udando Pistis Sopia a sair do caos.este caso" >esus sim!oliza a natureza superior trplice do omem" en5uanto Pistis Sopia sim!oliza aunidade de conscincia da natureza inerior" a alma. A natureza superior" >esus" o salvador danatureza inerior. Porm" os dois azem parte de uma mesma unidade" e a salvao da alma ocorresimultaneamente com a gloriicao da individualidade.

    0 nome

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    o esoterismo cristo" a (pistis)" em seu sentido mais amplo" a mola propulsora 5ue leva :transormao dos estados de conscincia do omem (metanoia)" 5ue se expressa no mundo exteriorcomo caridade" comportamento tico" pacincia" dedicao entusistica e concentrao" 5ue levam aalma progressivamente : meta inal da sa!edoria.

    A Co0.ologiaApesar de aver algumas semelanas com outros sistemas cosmolEgicos gnEsticos" o estudante

    deve ter em conta 5ue a cosmologia de P.S. 8nica em muitos particulares. Apresenta9se a seguir umatentativa de sintetizao sim!Elica do processo de maniestao" ou cosmognese" dentro do es5uemade P.S. Kem!ramos 5ue as tradi6es crists tam!m reconecem o carter cclico da maniestao"atravs de emana6es progressivas do Supremo e valem9se de seus ensinamentos cosmogRnicos paraapresentar sua soteriologia" 5ue nada mais do 5ue o camino de retorno para a onte primordial deonde iniciou9se a maniestao.1T A igura 1" oerece" numa orma visual em 5uatro etapas" umaprimeira idia de como poderia ser entendido o sistema cosmolEgico da o!ra.

    Figura 2* O INEF3E E O PROCESSO DA #ANIFESTA!"O

    E

    M

    E

    M

    C

    A

    E

    D

    BI ICC

    ?ig 1a ?ig 1! ?ig 1c ?ig 1d,A maniestao surge do Cmaniesto" o Cnevel" Cncognoscvel" 5ue reina em Silncio na

    Proundidade" por incontveis eras antes da maniestao. ste perodo de repouso extremamentelongo do Cnevel camado dePralayana *edanta. N sim!olizado pelo crculo mitolEgico 5ue tem

    seu centro em toda parte (encontra9se no cerne de tudo 5ue existe) e sua circunerncia em partealguma (o Cninito)" (?ig. 1a).um determinado momento o Cnevel decide maniestar9se. 3omo primeiro passo da

    maniestao aparece" ento" a aparente dualidade de sprito e 'atria" sim!olizada pelos crculos e '" (?ig. 1!). sta dualidade aparente por5ue sprito e 'atria so" na verdade" os pElos opostosda Su!stMncia na niversal. 3omo tangenciam o 3rculo Cninito do Cnevel" so" tam!m"ininitos.

    A terceira etapa o aparecimento da 'ente (?ig. 1c)" sim!olizada pelo terceiro crculoentrelaando os dois anteriores" servindo como ponte entre sprito e 'atria. A 'ente o 5uecaracteriza o Fomem. Sua natureza parte espiritual e parte material. A intermediao da 'ente"com a interao de sprito e 'atria" gera a 3onscincia. Kem!ramos ao leitor 5ue" na verdade" oselementos superiores esto no interior" no cerne" de todas as coisas" interpenetrando os planos

    ineriores. xistem" no entanto" certos limites para a atuao" ou conscincia das entidades" 5ue nosmitologemas gnEsticos eram reeridos como

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    ste cinco planos apresentados de orma es5uemtica na ?ig. 1d" reletem a su!stMncia de 5ueso compostos. 0 mais sutil de todos constitudo exclusivamente de su!stMncia divina ou espiritual.0 mais denso constitudo exclusivamente de su!stMncia material. 0 segundo de cima para !aixo" o7esouro de Kuz" uma com!inao de sprito e 'ente" en5uanto o pen8ltimo" o Plano Flico" umacom!inao de 'ente e 'atria.

    0 plano intermedirio ou do meio" o Plano Ps5uico" 5ue aparenta ter exclusivamente su!stMnciamental" na verdade uma interao de todos trs elementos" sim!olizada na igura pelotangenciamento de sprito e 'atria neste espao. Por isso" tam!m camado em P.S. de esus descreve sua su!ida ao alto" indicando 5ue!rilava # vezes mais orte cada vez 5ue cegava : regio de uma nova entidade" ou se;a" 5ue aoascender um su!plano com suas sete divis6es" cada 5ual com sete su!divis6es (, x , \ #)" o !rilo daluz interior aumentava a cada nvel de matria transposto. 3ada um desses planos da maniestao ocampo apropriado para atuao de certas oras" entidades" estados de conscincia ou poderperceptivo.

    As seis divis6es distinguidas em P.S. esto em pereita correspondncia com os sete planos demaniestao deinidos na ilosoia vedantina e adotados na nomenclatura teosEica. m am!as astradi6es" os planos da maniestao ou de evoluo do omem so cincoJ os outros so planos da?onte na imaniesta.

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    A COS#OO4IA DE PISTIS SOPHIA

    O INEF3E (no .ani1e0tado)0 Cnterior dos Cnteriores (AD8 e A&1P9DA7A:

    0s 'em!ros" ou Palavras do CnevelA 1] Fierar5uia (8ltima ordem dos Sem9pais" ou 'Rnadas)

    OS #IST5RIOS DO INEF3E (PANO DI3INO6 AT#ICO E 78DICO)1V spao do Cnevel" ou 0 'istrio do Cnevel (a Palavra na" ou 0O/OS)L Poderes 7rplices" cada um contendo $ ^rvores e 'istrios" ou spaos

    V spao do Cnevel" ou 1V spao do Primeiro 'istrio (AT#A)o Primeiro 'istrio *oltado Para +entro" (Princpio Supremo do Perdo dos

    Pecados)com 1 Fierar5uias cada uma consistindo de L 3lasses e 1 0rdens

    LV spao do Cnevel" ou V spao do Primeiro 'istrio (B1DDH8)o Primeiro 'istrio *oltado Para ?oraJ o Primeiro 'istrio 5ue o V 'istrio

    0 Primeiro Preceito (o &evelador) (contendo , 'istrios)As $ Cmpress6es (7ipos ou &udimentos)

    A %rande Kuz das Kuzes0s $ Auxiliares

    TESORO DE 9: PERO#A : HERAN!A DA 9 (#ANASSPERIOR)

    &egio da +C&C7AC (Sol spiritual)" Supervisor da Kuz" 1V Fomem" %uardio do *u

    'KQCS+30 %&A+ SA/A07F" o /om@

    , *ozes" ou Amns$ ^rvoresL Amns

    &egio do 'C00 SAK*A+0& %_'0 (3riana da 3riana)

    &egio da SQ&+A1 Salvadores com 1 Poderes (# %uardi6es de L Portais)

    PANO PS;ICO: O #ISTRA (#ANAS INFERIOR)&egio da +C&C7A

    Sa!aot" o /om$ &egentes Planetrios (Sat." 'ar." 'er." *n." >8p.) com LT4 Poderes

    &egio do 'C0Pe5ueno Cao" o /om (camado pelos ons de %rande Cao)

    *irgem de Kuz@, *irgens de Kuz

    1$ Auxiliares1 'inistros

    &egio da SQ&+A" &egio da &etido" &egio do 1LV on0 %rande Ancestral Cnvisvel e seu par" /ar!elR" o %rande Poder

    0s +ois %randes Poderes 7rplices Cnvisveis (incluindo Pistis Sopia e seu Par)

    0 LV Poder 7rplice \ AutocentradoPANO HICO: SIDERA (ASTRA)

    0s 1 0ST Primeiros ilos ou emana6es do Autocentrado

    Calda!aot" Sa!aot9Adamas" %rande 7irano" Poder com 3ara de KeoSeus T ?ilos" os &egentes do ons Cneriores

    A P&0*C+_3CAS?&A

    PANO #ATERIA (FSICO)?C&'A'70 (.t3rico)

    '+0 (30S'0) dos Fomens

    S/'+0@ 0rcus" ou Amente" 3aos e scurido xterior

    1

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    Csto por5ue" o Cnevel a!arca os Planos Adi (palavra sMnscrita para Primordial" Primevo) eAnup;da-a (sem9pais)J ; nos 'istrios do Cnevel esto includos os Planos ^tmico (de Atma, osprito niversal" ou Alma Suprema) e /8dico (a Pura Kuz" o veculo de Atma" o 3risto 3Esmico)Jen5uanto o 7esouro de Kuz e o Plano Ps5uico de P.S. correspondem ao Plano 'ansico (de #anas" amente)" com suas duas grandes su!divis6es de 'ental Superior" ou A!strato" e 'ental Cnerior" ou3oncretoJ o Plano Flico corresponde ao Plano Astral (onde atuam as emo6es)J e" inalmente" o Plano'aterial" ao Plano ?sico.

    +ierentes entidades ou princpios atuam nas vrias regi6es destes planos. 0 Plano mais elevado o da +ivindade desconecida" onte de toda vida e !ase de sustentao do niverso. K" o Cnevelcom sua natureza inescrutvel" imensurvel" indescritvel" reina a!soluto" em silncio" no interior dosinteriores. m Seu plano imaniesto" o Cnevel contm Seus

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    reerncia a#anas" 5ue neste nvel #anasSuperior" a 3riana deBuddhi,5ue " por sua vez" a3riana deAtma* ?inalmente" na &egio da s5uerda encontram9se os 1 Salvadores com 1 Poderes.

    Porm" no Plano Ps5uico e nos outros planos ineriores 5ue ocorre a maior parte de nossa estEria.0 Plano Ps5uico tam!m camado de 'istura" por5ue sua su!stMncia uma mistura de Kuz e deFil" a matria sutil (astral). ste plano corresponderia ao plano mental concreto da teosoia.7am!m est dividido em trs su!planos. a &egio da +ireita encontra9se Sa!aot" o /om" comcinco &egentes Planetrios e LT4 Poderes" ou +ecanos. 3omo ser visto" Sa!aot" o /om" acorrespondncia neste plano mental concreto" do %rande Sa!aot" o /om" emanao atuante na regioda +ireita do plano mental a!strato. 0s cinco &egentes Planetrios e os LT4 +ecanos so seusinstrumentos para operar as limita6es impostas" pelo tempo e pelas ormas neste plano concreto" aosconceitos ideados no plano a!strato. a &egio do 'eio encontra9se o Pe5ueno Cao" o /om" e a*irgem de Kuz . sta entidade ocupa uma posio central no ;ulgamento das almas" talvez como a vozda conscincia de cada indivduo no sentido microcEsmico" agindo como relexo do Salvador %meono plano superior (o 7esouro de Kuz). la assistida por Sete *irgens de Kuz" Quinze Auxiliares e+oze 'inistros.

    a &egio da s5uerda do plano Ps5uico" tam!m conecida como a &egio da &etido" ou a&egio do +cimo 7erceiro on" encontra9se o %rande Ancestral Cnvisvel e seu par" /ar!elR" e trs

    %rande Poderes 7rplices. 0s dois primeiros Poderes 7rplices emanam vinte e 5uatro Cnvisveis"dentre os 5uais Pistis Sopia e seu Par (>esus)" sendo ela a Pro;eo mais !aixa. 0 7erceiro Poder7rplice" conecido como o Autocentrado" o vilo da estEria" representando o egosmo" o egoinerior" vol8vel" am!icioso e presunoso" 5ue se alia :s emana6es ineriores dos 1 eons (no PlanoFlico)" ou se;a" :s paix6es materiais do omem. 7em9se a5ui mais uma correspondncia com atradio oriental@ o mental concreto alia9se :s emo6es (7ama%#anas)" governando a personalidadedo omem do mundo

    0 plano seguinte o lico" ou sideral" 5ue corresponde ao plano astral" ou das emo6es" dese;os epaix6es. este plano encontram9se os 1 eons" !em como o %rande Poder com 3ara de Keo1#"emanado pelo Autocentrado com o ito exclusivo de atormentar Pistis Sopia e retirar o poder de sualuz" provavelmente uma reerncia ao poder do egosmo (do eu). 0utro su!plano o da Providncia"a5uele em 5ue os agentes do carma" operam a construo dos veculos ineriores" com seus regentes e

    an;os. F ainda o su!plano da sera" tam!m com regentes e an;os.0 plano material" ormado de matria mais densa" o grande palco do drama da alma. A nvelmacrocEsmico trata9se da 7erra" o 'undo dos Fomens" e" a nvel microcEsmico" do corpo sico.este plano" vemos" mais uma vez" a diviso em trs grandes regi6es@ o ?irmamento (provavelmente ocorpo etrico" 5ue conigura" em termos energticos" o corpo sico denso)" o 'undo" ou 3osmo" dosFomens e o Su!mundo" 5ue por sua vez apresenta trs su!divis6es@ 0rcus" ou Amente" 3aos escurido xterior. sta 8ltima parece corresponder : aterrorizante oitava esera" : 5ual poucasreerncias so eitas na literatura esotrica.

    Assim" cada plano um relexo do plano superior" com as limita6es oriundas do acrscimo damatria deste plano. m cada plano encontramos trs regi6es e 1 ou emana6es" ou entidades. Astrs su!divis6es de cada plano reletem o sistemtico e armonioso es5uema !sico do Plano +ivinode maniestao. +ireita sinRnimo de Superior e s5uerda de Cnerior. A +ireita parece ter a uno

    ideadora" criando ar5utipos" o 'eio a .antenedora" 5ue d sustentao e administra as un6es"ou o!;etivos" esta!elecidos para a5uele plano e" inalmente" a s5uerda" o ator" ou agente 5ue !uscarealizar as metas implcitas no ar5utipo" agindo como elemento de ligao com o plano inerior" no5ual atua de orma dinMmica. Poderamos imaginar as entidades destas trs regi6es como Pai" 'e e?ilo" sim!olizadas tam!m pela semente" pelas condi6es para a sua germinao" nutrio esustentao e" inalmente" pelo produto inal" o ruto. ste" por sua vez prov a semente para arealizao de mais uma etapa da o!ra do Pai no plano 5ue le est a!aixo.

    0 papel representado pelo

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    anta-harana. o sentido cosmolEgico" seria o ator de ligao entre sprito e 'atria. msegundo lugar" o termo utilizado para representar dois espaos na cosmologia de P.S.@ a &egio do'eio em cada um dos planos da maniestao e o Plano Ps5uico (mental concreto)" 5ue exerce papelde ligao entre os planos mental a!strato e astral" ou" para usarmos a linguagem de P.S." entre osplanos espiritual e lico. Portanto" o 'eio" num sentido mais amplo" oerece as condi6es deintermediao para 5ue o Ar5utipo se manieste de ato" ou se;a" as condi6es acilitadoras detransio" direcionando a energia do alto para sua maniestao num nvel inerior. Porm" o 'eiotam!m oerece as condi6es de transio" ou retorno" do inerior para o superior" na etapa evolutiva. esta uno intermediadora exercida tanto dentro de cada um dos planos como entre os dierentesplanos da maniestao" pois cada plano o elo entre o 5ue est acima e o 5ue est a!aixo. o sentidomicrocEsmico" a alma este elemento intermediador" primeiramente levando a luz do alto at amatria mais densa e" posteriormente" oerecendo o camino de retorno da centela divina" aprisionadana matria" para a ?onte na.

    A regio da +ireita parece ser o ideador e criador das entidades no seu plano. 0 grande ideador detoda a maniestao" como ; vimos" o Kogos" 5ue se encontra na regio da +ireita dos 'istrios doCnevel" a ?onte ou ssncia do grande Plano +ivino. o 7esouro de Kuz" dito 5ue C" trs outrosseres no nominados e 'el5uisedec so os progenitores das cinco rvores. 0ra" as cinco ^rvores4

    representam as cinco &aas9&azes1

    ; maniestadas" portanto" C" conecido apropriadamente comoo Primeiro Fomem" seria o#anuda Primeira &aa &aiz (o Ado mtico) e 'el5uisedec o#anudaQuinta &aa (a atual). A Sa!edoria oculta ensina 5ue o#anuesta!elece o ar5utipo da &aa" dandoincio : sua maniestao no mundo e dirigindo ao longo dos milnios sua progressiva evoluoatravs de sete su!9raas. Porm" o#anuesta!elece somente o ar5utipo" 5ue um conceito a!stratoe sinttico inerente ao mais alto su!plano do plano mental a!strato. A progressiva esus ala em nome do Primeiro 'istrio" seu Pai o CnevelJ como Salvador" seu Pai CeuJ e como opar de Pistis Sopia" seu Pai Sa!aot" o /om.

    As entidades da regio do 'eio" em cada plano" parecem ser os administradores ou mantenedoresdas un6es esta!elecidas para a5uele plano. Assim" no plano dos 'istrios do Cnevel" o Primeiro'istrio *oltado Para +entro" Atma" ou o sprito 5ue tudo permeia" o protEtipo da nidade 5uesustenta toda a maniestao. o plano do 7esouro de Kuz" e5uivalente ao mental a!strato" o Salvador%meo parece ter a importante uno de respaldar com sua luz o aspecto inerior da mente no PlanoPs5uico. Csto insinuado na interessante estEria contada por 'aria" a me de >esus" so!re o espritogmeo de >esus" 5ue o procura na inMncia" e 5ue o a!raa e !ei;a" unindo9se a >esus" tornando9se com

    ele um sE ser. 0 conceito de

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    anta-haranados vedantinos) ou" na terminologia de P.S." a ligao do Plano ps5uico com o Planospiritual.

    o Plano Ps5uico" e5uivalente ao mental concreto" a principal entidade na regio do 'eio a*irgem de Kuz" 5ue tem o papel de >uiz das almas 5uando estas saem do corpo. +ependendo deste;ulgamento" as almas so entregues aos regentes para serem castigadas por seus pecados ou enviadasao 7esouro de Kuz. Alm de ser uma entidade macrocEsmica" a *irgem de Kuz pode ser identiicada"no interior do omem" como a voz da conscincia" um verdadeiro ;uiz a!solutamente imparcial 5ue;ulga a alma apEs a morte do corpo sico" determinando seu paradeiro su!se5uente. Portanto" aatuao educativa e retiicadora da *irgem de Kuz possi!ilita 5ue" a longo prazo" a alma alcancea5uele estado de pereio 5ue le oi determinado desde o princpio.

    o Plano Flico" e5uivalente ao plano astral" esta posio central ocupada pela Providncia"responsvel pelo condicionamento dos corpos ineriores dos omens 5ue devem nascer no mundo" deacordo com seus mritos reletindo" portanto" seu carma. 3omo o assdio dos &egentes ocorre dentrodo escopo de atuao de 7ama%manas (a mente concreta unida :s emo6es e aos dese;os)" aProvidncia responsvel pelas tendncias" ou predisposi6es" de cada omem" 5ue o tornamespecialmente vulnervel a certas

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    integral dele" caracterizando9se" porm" por suas un6es especializadas. +entre Seus 'em!ros somencionados os o9gerados ou a 0rdem dos Sem9pais" 5ue parecem corresponder ao conceito das'Rnadas da tradio industa" 5ue no oram geradas pois existem eternamente no Cnevel.

    o plano de maniestao do Cnevel" 5ue o plano dos 'istrios do Cnevel" correspondente aoPlano +ivino" a sa!edoria de uma terminologia neutra e auto9explanatEria torna9se E!via para o leitoratento. Ao escapar da camisa9de9ora mental da terminologia ortodoxa da 7rindade" 5ue ini!e omovimento cognitivo interior do estudante 5ue procura apreender a verdade de orma intuitiva" osnomes utilizados" 5ue inicialmente se coniguram como rustrantes : mente concreta" 5ue !usca namemEria o conorto do conecido" oerecem pistas para 5ue a intuio !us5ue" nos caminos doinconsciente" o ensinamento proundo 5ue o 'estre est procurando transmitir.

    Assim" no Primeiro spao" encontra9se a entidade camada 'istrio do Cnevel" denominadatam!m o Kogos" ou a Palavra na. 7em9se a a caracterizao da mais alta entidade do mundomaniestado" a onte primordial de tudo" visvel e invisvel" 5ue ;amais existiu ou existir. Ademais" aexpresso

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    esus" como todos os 'estres"considerava 5ue o corpo sico nada mais era do 5ue uma roupagem de matria 5ue co!re o verdadeiroser no seu interior. 0 corpo astral" ou lico" por sua vez" uma mera iluso 5ue desaparece noomem pereito" o 5ue era o caso de >esus. Assim" 5uando >esus diz 5ue rece!eu a matria de seu

    corpo material de Sa!aot" o /om" 5ue a entregou a /ar!elR" na &egio da s5uerda" para 5ue omoldasse sem a matria dos &egentes" est se reerindo a seu corpo mental concreto. 3om este corpoili!ado" no poludo pela matria astral" le pode atuar no mundo sem ser do mundo" pois estar imuneao assdio dos regentes" ou se;a" das paix6es e condicionamentos materiais.

    0 leitor pode ser levado : perplexidade ao encontrar >esus" nesta cosmologia" em trs nveisdierentes" com un6es distintas. >esus airma 5ue o Primeiro 'istrio *oltado Para ?ora" 5ue seencontra no plano dos 'istrios do Cnevel. +iz tam!m a seus discpulos 5ue" 5uando o n8mero deseres pereitos or alcanado" ou se;a" 5uando terminar o atual ciclo evolutivo" ele tomar seu lugar no7esouro de Kuz" um plano a!aixo dos 'istrios do Cnevel" e colocar seus discpulos : sua direita e :sua es5uerda" ;ulgando as 1 tri!os de Csrael. 3omo se no !astasse isto" >esus tam!m apresentadocomo sendo o par" ou consorte" de Pistis Sopia" cu;o lugar de origem o dcimo terceiro on" ouse;a" o terceiro su!plano do Plano Ps5uico (mental concreto).

    A perplexidade inicial desaparece" entretanto" 5uando nos lem!ramos 5ue todo o relato de P.S. mtico" e 5ue nele >esus sim!oliza os princpios superiores do omem T. Assim" >esus representa o+ivino atuando em cada ser (o Primeiro 'istrio *oltado Para ?ora)" o poder superior da mente (oSalvador no 7esouro de Kuz)" e o poder de discernimento da mente concreta no conspurcada (o parde Pistis Sopia no Plano Ps5uico).

    Pistis Sopia apresentada como seu par por5ue neste nvel da mente 5ue se encontra o centro deconscincia do omem" a alma" 5ue" at sua li!ertao do mundo material" estar voltada para !aixo.*ale notar 5ue >esus" em suas dierentes un6es nos trs planos" est sempre situado na regio da

    T este particular" o texto oerece um paralelo com outras tradi6es esotricas. Parte da literatura ermtica" por exemplo" apresentada como discursos reveladores entre Fermes 7rismegistos" o

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    es5uerda" ou se;a" na regio de atuao dinMmica so!re os planos 5ue le esto a!aixo@

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    identiicado" e podia ser o!tido tam!m do esus. Sa!endo9se 5ue os personagens da estEria sim!olizamaspectos da mente e 5ue o nome de 'adalena" entre os gnEsticos" era 'ariammi" cu;o valor gemtricoe5uivale : am aspecto aparentemente desconcertante da estEria de Sopia" narrada pelo 'estre" o ato de

    5ue" apEs cada um de seus ation" 1#,," e tam!m S. Kea and /. /ond" #aterials !or the Study o! the Apostolic/nosis*Part C e Part CC. 0xord@ /asil /lacG2ell" 1#1# e 1#. &eprint. Kondon@ "esearch into 0ost 7no)ledge Organi>ation"1#,# e 1#-$.L4A gematria oerece" tam!m" um terreno rtil para o estudo do signiicado mais proundo dos textos !!licos para os 5uaisexite uma verso grega" em especial da5ueles reconecidamente esotricos" como o vangelo de >oo e o Apocalipse. Ascon5uistas da inormtica permitem 5ue" com um programa especial de correspondncia alanumrica" o valor gemtrico depalavras e express6es possa ser o!tido instantaneamente e comparado com outros existentes no texto.

    4

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    antes do >esus istErico" sendo o dispensador da Sa!edoria eterna a todos os ieroantes emensageiros divinos no mundo.

    *eriica9se" assim" 5ue >esus" o arauto da /oa ova" estava pereitamente conectado com a antigatradio dos proetas" da 5ual parece ser um representante. sta longa tradio mstica legou aomundo uma comovente literatura com proundo signiicado transormador. 0s proetas tiveramgrande impacto entre os ;udeus e eram conecidos como Fieroantes dos 'istrios. +entre estesdestaca9se 'el5uisedec" so!re 5uem pouco oi preservado na literatura existente L1" mas 5ue ocupa umlugar de desta5ue nos planos superiores do 7esouro de Kuz na cosmologia de P.S. N interessantenotar" porm" 5ue a Cgre;a primitiva reverenciava a tradio de 'el5uisedec" como mostra a pstolade Paulo aos Fe!reus" onde dito 5ue >esus oi

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    o incio" o papel de >esus parece ser o de um compassivo o!servador. 3om o transcorrer daestEria" a situao vai se aclarando@ >esus o par natural de Pistis Sopia" a5uele aspecto da mente5ue" tendo preservado sua pureza prstina" pode agir como Salvador dela. 3omo ; oi dito" do pontode vista microcEsmico" o mito descreve a peregrinao da alma na etapa de retorno : 3asa do Pai" em5ue todos os princpios do omem contri!uem com a sua parte. Cnicialmente >esus" representando opoder da mente pura" com seu discernimento e determinao" a;uda a P.S. por sua prEpria conta. Aa;uda inal a P.S. vem como um poder do Primeiro 'istrio por intermdio de >esus" uma reernciaao poder de iluminao deBuddhiusando#anas" a 'ente" como seu veculo. Csto signiica 5ue >esussim!oliza o u Superior e Pistis Sopia o eu inerior" estando intimamente ligados" ainda 5ue compapis dierentes a representar no Plano +ivino. Portanto" a li!ertao inal da personalidadearrependida coincidente com a gloriicao inal da individualidade tornada Pereita" como insinuado no texto.

    Pistis Sopia a alma umana assediada pelas paix6es materiais" representadas pelos regentes" 5ueusam de todos os meios para tomar sua luz interior" 5ue de origem divina. Se" por um lado" PistisSopia deve enrentar o assdio constante dos poderes das trevas" ou se;a" da matria" por outro" elatem a seu avor a na luz e o arrependimento" ou pesar" por seu erro (ter9se aventurado no a!ismosem seu consorte). 0 leitor deve icar atento ao ato de 5ue" em P.S." o conceito de alma !astante

    peculiar. la considerada a5uela parte da mente concreta 5ue o centro de conscincia do omemdurante a encarnao e" apEs a morte do corpo sico" no plano astral e no mental concreto.A

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    aguarda no su!mundo. A 8nica dierena 5ue este inerno no eterno e sim temporal" e nossostormentos puriicadores tero im" como descrito no texto.

    ma das caves para o entendimento do mito de Sopia a compreenso de 5ue os &egentes ePoderes 5ue a perseguem e aligem" na verdade" no so entidades exEticas exteriores" mas simaspectos do ser 5ue vivem e atuam no interior do omem" aparentemente como se ossem entesseparados. ste talvez se;a um indcio de 5ue os ung" com rara elicidade" camou de nosso lado som!ra. 0 ato dos &egentes ePoderes" ou se;a" os agentes das trevas" azerem parte de nossa constituio interior inata en5uantoomens encarnados" ou na linguagem de P.S." cados no caos" indicativo do poderio destas entidadese do perigo 5ue constituem para a alma" pois nossos piores inimigos so a5ueles 5ue esto iniltradosem nossa ortaleza. Por isto" a ao das emo6es" dese;os e paix6es materiais mina a determinao doomem" arrastando9o para !aixo" mesmo 5uando procura atingir a luz do alto.

    *emos" portanto" 5ue possvel ler o mito de Sopia so! duas Eticas dierentes. A primeira" acosmolEgica" 5ue se trata de uma descrio velada de entidades cEsmicas perseguindo Pistis Sopia"5ue alcana re8gio em seu par" >esus" o Salvador de todas as almas. A outra perspectiva apsicolEgica. sta mais construtiva" se !em 5ue mais penosa e" em alguns momentos" at mesmo

    assustadora. esta segunda viso" todas as entidades descritas no mito de Sopia esto dentro de nEsmesmos. a realidade" so os dierentes aspectos da totalidade de nosso ser.So! este 8ltimo prisma" vemos 5ue o Cnevel e os 'istrios do Cnevel azem parte intrnseca da

    natureza umana. A 'Rnada" descrita por Plato e pelos tratados teosEicos como o +eus interior epessoal de cada omem" nada mais do 5ue um mem!ro do Cnevel. 0 Primeiro 'istrio" toatuante nos relatos de Pistis Sopia" o sprito +ivino" ouAtma" em seu aspecto de Primeiro 'istrio*oltado Para +entro" e tam!m representaBuddhi" ou o 3risto interior" em seu aspecto de Primeiro'istrio *oltado Para ?ora" 5ue azem parte intrnseca de cada ser umano.

    este particular" o comovente relato da ascenso e gloriicao de >esus vestido com suas trs*estes de Kuz" pode ser lido como um pren8ncio do 5ue nos aguarda num uturo mais distante"5uando tivermos vivenciado os ensinamentos do 'estre" rece!ido todos os 'istrios" tornando9nos"ento" uiz implacvel das almas apEs a morte do corpo sico. o se trata" porm" de um ;uizexterior" mas sim da prEpria *oz da 3onscincia de cada um" onde esto gravados todos pensamentos"palavras e o!ras" 5ue exige >ustia e ordena o cumprimento de suas sentenas nos planos sutis ematerial.

    m personagem intrigante na estEria o terceiro Poder 7rplice" o Autocentrado" entidade vaidosae presunosa 5ue demanda o centro das aten6es e o elogio de seus su!ordinados. ste ser orgulosoe egosta no meramente um personagem mtico" mas tam!m a nossa prEpria personalidade.7eremos a coragem de aceitar o ridculo e at mesmo as5ueroso Autocentrado como nosso prEprio eu"rvolo" ignorante e cruelZ Quando se analisa o mito de Sopia com mais proundidade" veriica9se"com tristeza" 5ue realmente a personalidade autocentrada de cada um de nEs tra!ala para sua prEpria

    destruio" pois persegue" por todos os meios" Pistis Sopia" 5ue sua prEpria alma.'as o Autocentrado no o 8nico vilo da estEria. Kogo a!aixo dele existem 1 ons" num plano

    inerior (astral)" com seus &egentes" poderes" an;os e auxiliares" com o 8nico propEsito de perseguir eatormentar a alma" para retirar9le a luz. sta " em sua triste realidade" a descrio da naturezaautodestrutiva do ser umano. As in8meras emo6es" dese;os" paix6es e apegos 5ue o assediamconstantemente em sua !usca de gratiicao so aspectos de sua natureza inerior" sua som!ra" aignorMncia de seu egosmo. cada assdio !em sucedido destes

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    mundo vai paulatinamente se li!ertando dos laos 5ue a mantm presa nas trevas da ignorMncia" atalcanar a li!ertao inal e permanente em sua regio de origem.

    Porm" a regio de origem de Pistis Sopia o +cimo 7erceiro eon no Plano Ps5uico" para onderetornar 5uando or li!ertada. Pode9se perguntar@ esus. 7ampouco mencionada a necessidadede superao de ra5uezas e vcios e do cultivo das virtudes. 0 5ue se v nos arrependimentos de P.S. um repetitivo louvor : Kuz" reletindo seu proundo anseio por se livrar da opresso dos regentes ede ser salva do caos pela Kuz" na 5ual sempre teve . 0ra" no exame dos proundos ensinamentosticos de >esus" como relatados no Sermo da 'ontana" v9se 5ue estes ensinamentos estoimplcitos" do ponto de vista da alma espiritual" nos

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    0 prEprio termo

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    li!ertao da alma da priso do mundo material ser descrito em todas as tradi6es comoextremamente penoso e la!orioso" envolvendo a transormao do omem de dentro para ora.

    *emos" portanto" 5ue os arrependimentos no devem ser tomados no sentido literal" pois" nestecaso" 5ual5uer pessoa poderia" no curso de menos de um dia" entoar com o corao contrito os trezearrependimentos e a seguir as onze can6es de louvor : Kuz e" neste mesmo dia" ser li!ertadodeinitivamente do caos" alcanando a gloriicao ;unto ao Pai. 0 mais provvel 5ue cadaarrependimento sim!olize uma etapa da renovao da mente no camino de retorno : 3asa do Pai. Npossvel 5ue cada arrependimento sim!olize uma vida" ou se;a" uma encarnao dedicada a superarcertas limita6es da matria ou de estados mentais 5ue o!staculizam a !usca da Kuz do Alto.

    3ada do Silncio,++ dito 5ue um cela 5ue

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    descer ao caos por ignorMncia.LT A esta altura" Pistis Sopia perce!e >esus como uma Kuz 5ue !rilaintensamente" numa aluso : a!ertura de sua viso espiritual" ou expanso de conscincia. stes atosparecem indicar a Segunda Cniciao.

    'as os dese;os e as emo6es despertadas pelas coisas materiais continuam. Pistis Sopia proereseu dcimo segundo arrependimento" lem!rando 5ue avia proerido um para cada eon (su!plano) 5ueavia descido de sua regio original" e pede perdo por sua transgresso. 3om o dcimo terceiroarrependimento" pedindo 5ue le se;a concedido o !atismo para o perdo de seus pecados" cumpre9seo tempo para 5ue osse levada para ora do caos. >esus" ento" por sua prEpria conta (o poder de

    #anas)" envia um poder de luz para retir9la das regi6es proundas e lev9la para as regi6es elevadasdo caos. 0 processo inicitico continua at 5ue" com sua dcima 5uarta invocao" um poder de luz enviado pelo Primeiro 'istrio (o poder da Pura Kuz deBuddhi)" 5ue se ;unta ao poder enviado por>esus (#anas)" tornando9se uma euso de luz 5ue orma uma coroa protetora so!re a ca!ea de PistisSopia. sta coroa de luz serve como proteo contra as emana6es do Autocentrado e comoelemento puriicador" destruindo as matrias impuras em Pistis Sopia e lanando9as de volta ao caos.sta parece a descrio do ine!riante estgio de iluminao alcanado na 7erceira Cniciao" umestgio em 5ue ocorrem perodos de conscincia da nidade" alternados com retornos : conscincia dadualidade do mundo.

    A alegria de Pistis Sopia com seus louvores : Kuz passa a ser" ento" o tema central de suascan6es" em 5ue reitera a determinao de nunca mais se aastar da Kuz. Porm" os poderes das trevasno desistem" e novas emana6es mais violentas do Autocentrado (provavelmente o orgulo e aam!io" considerados os principais percalos dos discpulos avanados) ;untam9se :s outras" 5uemudam de orma" e voltam a oprimir Pistis Sopia" levando9a de volta ao caos. m sua dcima sextacano" solicitando a a;uda 5ue le avia sido prometida" salva mais uma vez pela esus alerta Pistis Sopia para o ato de 5ue o Autocentrado eAdamas esto uriosos com ela e vo procurar atorment9la e lev9la ao caos. nto"

    surpreendentemente" o Salvador retira9se para o Alto" a!andonando9a. " como previsto" Adamasenvia duas emana6es tene!rosas e violentas (provavelmente a depresso e o desespero) paraatorment9la e lev9la ao caos. sta parece ser a descrio do 5ue os msticos camam de A &oite

    .scura da Alma+E" em 5ue o discpulo sente9se sozino e a!andonado por tudo e por todos" passandoinvariavelmente por um processo de depresso" cegando at mesmo ao desespero" at renunciar aos

    LTAidya" ou ignorMncia" tem um papel central no !udismo como causa do sorimento" o primeiro dos cinco -leshas*L,7ermo sMnscrito" 5ue 5uer dizer

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    8ltimos laos 5ue ainda existem com seu sentimento de esus se encontrava no 'onte das 0liveiras com seus discpulos" sendo alado ao Alto com suas*estes de Kuz. 7emos" portanto" o relato da Quinta Cniciao" tanto do ponto de vista daindividualidade gloriicada" >esus" como de seu par" a personalidade inalmente livre da priso domundo" Pistis Sopia.

    ma das principais li6es 5ue a estEria de Pistis Sopia nos ensina" atravs da imagem doprogresso da alma ao longo de cinco grandes Cnicia6es" 5ue o ser umano estar su;eito ao assdiodas paix6es" dese;os e emo6es en5uanto estiver vivendo na terra num corpo sico. 'esmo o iniciadono est imune a esta !atala constante" pois 5ue" apEs cada uma das 5uatro primeiras inicia6es"Pistis Sopia continua no caos" ou se;a" continua su;eita :s inluncias de seus princpios inerioresprovocando pertur!a6es mentais. As emana6es do Autocentrado (a personalidade egosta) e deAdamas (o regente das emo6es e dos dese;os) mudam de orma" mas continuam a aligir a alma. Csto

    " uma vez vencidas as paix6es e dese;os mais grosseiros" temos 5ue lutar contra estas energias" 5ue seapresentam em ormas cada vez mais sutis" at a 8ltima !atala antes da derradeira Cniciao" 5uetransorma o omem num 'estre" Cnstrutor ou Adepto" senor de todos os princpios ineriores.

    OTRAS INSTR!$ES AOS DISCPOSApEs o trmino da estEria de Pistis Sopia" >esus continua a instruo de seus discpulos"

    discorrendo mais detaladamente so!re as dierentes regi6es dos vrios planos de maniestao.Quando >esus descreve os 'istrios do Cnevel os discpulos icam conusos com a proundidade doassunto. &ealmente a esta altura uma prouso de 'istrios so descritos.

    ?ica !astante claro o ensinamento de >esus de 5ue as almas reencarnam. le airma 5ue" apEs amorte do corpo" as almas passam por ;ulgamentos e geralmente por castigos" ao im dos 5uais !e!emuma

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    estados inernais no eterno" mas limitado" ainda 5ue a punio dos pecados ediondos possa durartodo um ciclo evolutivo.

    >esus tempera estas descri6es das puni6es dos pecados apEs a morte com ensinamentos so!re os!atismos" ou mistrios" 5ue perdoam os pecados" e instrui seus discpulos so!re as condi6es em 5ueestes mistrios redentores" ou inicia6es" podem ser concedidos. A condio !sica a divinainsatisao 5ue leva ao anseio pela verdade" pela luz ou pela salvao. Csto alm de ter sido indicadopor >esus no texto esotrico de P.S." tam!m mencionado em seus ensinamentos p8!licos" nosseguintes termos@ esus. Sa!endo9se" porm" 5ue >esus representa a naturezasuperior em todo omem" a Pura Kuz do 3risto" pode9se concluir 5ue S0 se reere a um aspectoda natureza divina sim!olizada por >esus. +estarte" 5uando >esus diz de orma sim!Elica@ Bu Soueste mistrio"D est" de ato" expressando a verdade impessoal de 5ue B S0 este mistrio.D

    As verdades undamentais costumam ser expressadas de orma sinttica" e este o caso darealidade por trs de S0" duas !reves palavras 5ue resumem a natureza do +ivino. 0 omemcomum" vivendo na conscincia da separatividade" sempre procura dierenciar9se dos outros"5ualiicando9se. Assim" diz@ eu sou ulano" eu sou !rasileiro" eu sou catElico" eu sou alto" etc. A+eidade" como a 7otalidade" diz simplesmente S0" englo!ando tudo o 5ue no mundo" visvele invisvel" sem nenum 5ualiicativo restritivo.

    S0" portanto" resume a5ueles aspectos da natureza divina 5ue camamos de 0nipresena"0nicincia e 0nipotncia. este sentido" S0 o tempo presente para todo o sempre"4 aconscincia do eterno e glorioso A%0&A 5ue expressa a 0nipresena. ste atri!uto +ivino geralmente conce!ido como reerindo9se a simultMnea presena de +eus em todos os pontos dospao. Porm" mais do 5ue isto. N tam!m a presena simult;neade +eus ao longo do 7empo"este ilusErio relexo do eterno Agora. 0utrossim" A5uele" ou A5uilo" 5ue tudo" tam!m Sa!e e Pode

    tudo" ou se;a" os atri!utos da 0nipresena" 0nicincia e 0nipotncia esto inexoravelmenteinterligados.+e acordo com o postulado da tradio ermtica" de 5ue assim como em cima tam!m em!aixo"

    os atri!utos divinos tam!m devem ser expressos pelo omem. &ealmente" 5uando o omem alcanaa conscincia da nidade" sim!olizada pela rase de >esus Bu e o Pai somos m"D e torna9se umCniciado" tam!m viver no eterno A%0&A" livre do sentimento de culpa pelos erros do passado e dasansiedades e incertezas do uturo. 0 omem 5ue pode elevar sua conscincia ao nvel do +ivino emsi" tam!m pode exercer" pela *ontade" o domnio so!re todas as coisas e sintonizar9se com o +ivinoem todas as coisas" tornando9se" assim" 0niciente.

    N possvel 5ue >esus" como proundo conecedor da 3a!ala" tena o!tido desta onte seuconecimento so!re a natureza de S0. Segundo a tradio esotrica do ;udaismo" esta expressoresume a essncia 8ltima do 5ue o omem pode conecer da natureza divina" como resume um

    renomado ca!alista@ B+eus est alm da existncia. +eus Ayin9 ada. +o nada surge.n So!" ou o7odo Cninito. +o Cninito surge a *ontade de.n So!" camada.n So! Aur" a Kuz. ma analogia paraa primeira maniestao da *ontade da xistncia no maniesta um ponto sem dimenso. steponto de xistncia 'aniesta a onte de tudo o 5ue era" e ser. le S0 e na 3a!ala camado de Primeira 3oroa" o Ancio.D1 mais adiante este mesmo autor diz@ B0 Ato de 3riaoocorre" nos dito" 5uando proerida uma palavra. sta Palavra o primeiro de todos os sons ouvidosna xistncia 'aniesta. la o ome supremo de +eus@ FYF 9 S0.D

    m P.S. apresentada a interpretao de vrias sentenas proeridas por >esus durante a suapregao p8!lica. +entre estas destaca9se uma so!re os princpios do omem e como atuam ao longo

    4*ide" Christ in Fou" op.cit." pg. 144.1Falevi" =ev /en Simon" the )ay o! 7ABBA0AH,(e2 YorG" Samuel Xiser" 1#,T)" pg. ,.Falevi" op.cit." pg. 1T.

    #

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    da vida. esta mxima >esus expressa9se da seguinte maneira" conorme registrado pelo apEstoloKucas@

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    &aul /ranco" /raslia" 1##,

    PISTIS SOPHIA

    Para 5ue o pes5uisador possa se posicionar dentro do contexto onde se desenrola osensinamentos do 'estre" tomamos emprestado deRaul Brancoo mapa da 3osmologia de PistisSopia" extrado do Kivro de sua autoria 9PISTIS SOPHIA, Os Mistrios de Jesus(Cntroduo 9pginas L, e L- ).

    3om o mapa o leitor poder ter o estudo acilitado.

    A COS#OO4IA DE PISTIS SOPHIA

    O INEFVEL (no manifestado)O Interior dos Interiores (ADI e ANUPDAKA)

    Os Membros, ou Palavras do InefvelA 12 Hierarquia (ultima ordem dos Sem-ai, ou M!nadas"

    OS MISTRIOS DO INEFVEL (PLANO DIVINO)

    1 Es!a"o do Inef#$e%, ou o Mist#rio do Inefvel (A alavra $na ou LOGOS"% Poderes &r'lies,ada uma ontendo ) rvores e 2* Mist#rios, ou +saos

    & Es!a"o do Inef#$e%, ou 1. +sao do Primeiro Mist#rio (ATMA" o Primeiro Mist#rio /oltado ara0entro, (Prin'io Suremo do erdo dos Peados" om 12 Hierarquias ada uma onsistindo de %lasses e 12 Ordens

    ' Es!a"o do Inef#$e%, ou 2. +sao do Primeiro Mist#rio (BUDDHI) o Primeiro Mist#rio /oltado ara3ora4 o Primeiro Mist#rio que # o 2*. Mist#rioO Primeiro Preeito (o 5evelador" (ontendo 6 Mist#rios"As ino ) Imress7es (&ios ou 5udimentos"A 8rande 9u: das 9u:esOs ) inos Au;iliares

    TESORO DA L* PLEROMA* +ERAN,A DA L(MENTE SPERIOR)

    Re-io da DIREITAI+$ (Sol +siritual", Suervisor da 9u:, 1. Homem, 8uardio do /#uM+9AO&H, o >om?

    6 /o:es ou Am#ns) @rvores% Am#ns

    Re-io do MEIOO SA9/A0O5 8M+O (riana da riana"

    L1

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    Re-io da ES.ERDA120o:e Salvadores om 12 Poderes ( B 8uardies e % Portais"

    PLANO PS/.I0O o MISTRA(MENTE INFERIOR)

    Re-io da DIRETASabaotC, o >om,) 5eDentes Planetrios (Saturno, Marte, MerErio, /Fnus, GEiter" om % Poderes

    Re-io do MEIOPequeno Ia!, o >om (Camados elos +ons de 8rande Iao"/irDem de 9u:? 6 /irDens de 9u: ) Au;iliares 12 MinistrosRe-io da ES.ERDA, 5eDio de 5etido, 5eDio do 1%. +on,

    O 8rande Anestral Invis'vel e seu ar, >arbel!, o 8rande PoderOs 0ois 8randes Poderes &r'lies2* Invis'veis (inluindo Pistis SoCia e seu Par"O &ereiro 8rande Poder &r'lie J Autoentrado

    PLANO +/LI0O* SIDERAL (ASTRAL)Os 12 +O=S

    rimeiros filCos ou emana7es, do AutoentradoIaldabaotC, SabaotC-Adamas, 8rande &irano, Poder om ara de leo,

    Seus filCos, os 5eDentes dos +ons Inferiores,

    A P5O/I0=IA

    +S3+5A

    PLANO MATERIAL (PLANO F/SI0O)

    3I5MAM+=&O

    M$=0O (OSMO" dos Homens

    S/9'+0@ 0rcus" ou Amente" 3aos e scurido xterior

    L

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    PISTIS SOPHIA

    (traduo do texto original >o. nota0 ex/li>ati-a0)

    LL

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    0 P&C'C&0 KC*&0 +f

    PISTIS SOPHIAL

    2* Jesus at ento havia instrudo seus discpulos soente at as re!i"es do Prieiro Mistrio#Quando >esus levantou9se de entre os mortos" passou onze anos alando com seus discpulos. instruiu9os somente at as regi6es do Primeiro Preceito e do Primeiro 'istrio" no interior do *u 5ueest dentro do Primeiro Preceito" o 5ual o *igsimo Quarto 'istrio" por ora e a!aixo" entre os[vinte e 5uatro]5ue esto no Segundo spao$do Primeiro 'istrio" 5ue est diante de todos osmistrios o Pai na orma de uma pom!aT.O $ue o Prieiro Mistrio envolvia# >esus disse aos seus discpulos@ *im da5uele Primeiro'istrio," 5ue o 8ltimo mistrio" ou se;a" o *igsimo Quarto 'istrio. Seus discpulos no sa!iamnem aviam compreendido 5ue existia alguma coisa no interior da5uele mistrio. Acavam 5uea5uele mistrio era a culminao do 7odo e a culminao de todas as coisas 5ue existiam. Pensavam

    5ue era o trmino de todas as conclus6es" por5ue >esus les avia alado a respeito da5uele mistrio" o5ual envolvia o Primeiro Preceito" as cinco Cmpress6es-" a grande Kuz" os cinco Auxiliares" e do7esouro de Kuz.#

    As re!i"es do !rande Invisvel# Alm do mais" >esus no avia alado a seus discpulos so!re aextenso total do grande Cnvisvel" dos trs poderes trplices$4"dos vinte e 5uatro invisveis$1e de todasas suas regi6es" seus eons e suas ordens" como se estendem as 5ue so emana6es do grandeCnvisvel$ e seus no9gerados" auto9gerados$L" gerados$" doadores de luz" sem9par$$" regentes"poderes" senores" arcan;os" an;os" decanos" ministros e todas as casas de suas eseras e todas asordens de cada um deles.

    L Pistis Sopia" uma palavra composta 5ue signiica@ ? (Pistis) e Sa!edoria (Sopia). Para os gnEsticos a era adecorrncia natural do conecimento direto o!tido em prounda meditao" 5uando ento a *erdade revela9se9les : luz daintuio.Alguns estudiosos acreditam 5ue este perodo se;a" na verdade" de onze meses.$ 0 Primeiro 'istrio" 5ue tam!m o 8ltimo 'istrio ( o Al!a e o Omega) no interminvel ciclo de emanao erea!soro do niverso" AT#A (o sprito niversal). 0 Segundo spao do Primeiro 'istrio corresponde" emlinguagem esotrica" ao segundo plano de conscincia do interior" ou de cima" 5ue o plano de /uddi ( Alma spiritual)" oveculo de Atma. (FP/).To esoterismo egpcio" o sm!olo da pom!a" dos gnEsticos" era representado pelo ierEglio do glo!o alado. A pom!a5ue desce so!re >esus em seu !atismo ('t L"1T) tpica da descida consciente do u Superior" a Alma spiritual (Atma9/uddi) so!re 'anasJ ou se;a" um evento inicitico 5ue conere iluminao. (FP/)

    A gematria revela 5ue o valor de esus ascende aos 3us., 0 valor gemtrico do Primeiro 'istrio ( ) 11,#. As correspondncias gemtricas seexpressam atravs de palavras com o mesmo valor numrico ou" inversamente" por meio de sua recproca. Csto ocorre no

    caso do Primeiro e do [ltimo 'istrioJ a recproca do valor do Primeiro 'istrio 1 11,# \ -#" 5ue o valor de . Portanto" o [ltimo 'istrio est contido no Primeiro 'istrio. Para inorma6es mais detaladas destagematria vide Anexo L.-0u hCncis6esh como diz 'ac+ermot..#0s prEximos pargraos esto so!recarregados com a terminologia tcnica do texto de Pistis Sopia. enuma elucidaoso!re o seu signiicado apresentada" a no ser !em mais adiante no texto. N como se o autor estivesse testando adeterminao e a intuio do leitor" 5ue" se perseverar at o im" coler rutos de entendimento progressivo dosensinamentos ocultos de >esus.$4Aspectos do Kogos 7rplice. (FP/)$10s invisveis so os 1 (, x L) &aios manados mais seus L0ogoi. (FP/)$&eere9se ao Kogos 3riador.$L0s hSem9paish so os Poderes ternos no nascidosJ os hauto9geradosh so as 'Rnadas (AnupadaGa \ Sem Pais). (FP/)$0s hgeradosh incluem as emana6es das mana6es Superiores e os grandes +Hani93oans e +evas. (FP/)$$m paralelo ao 5ue os indus camam de Wumaras" os ilos da 'ente de /rama" 5ue se recusaram a procriar" portanto"heternos celi!atriosh" sem par ou sizigia. (FP/)

    L

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    O Tesouro de %u >esus no avia descrito a seus discpulos o alcance total das emana6es do7esouro$T" nem como se estendem suas ordensJ nem les avia alado so!re seus salvadores$,"comoso" segundo a ordem de cada um. em les avia dito 5ual o!servador se encontra em cada portalfdo 7esouro de Kuz. em les avia alado so!re a regio do Salvador9%meo$-"5ue a 3riana da3riana$#. em avia inormado so!re as regi6es dos trs AmnsT4"em 5ue regi6es se estendemJ nemles avia dito em 5ue regio as cinco ^rvores T1se estendemJ nem so!re os sete AmnsT" 5ue so assete *ozes" 5ual a sua regio e como se estendem.O Mundo'%u&* >esus no avia dito a seus discpulos de 5ue tipo TLso os cinco Auxiliares" nem para5ue regio eles so levadosJ no les avia dito de 5ue maneira se estende a %rande Kuz T" nem para5ue regi6es avia sido levada. o les avia contado so!re as cinco Cmpress6es e so!re o PrimeiroPreceito" nem para 5ue regi6es aviam sido levados. Porm" avia alado em geral" ensinando 5ue(estes seres) existiam" mas sem discorrer so!re sua extenso e a ordem de suas regi6es. Por estemotivo (os discpulos) no sa!iam 5ue avia tam!m outras regi6es dentro da5uele mistrio.

    le no avia dito a seus discpulos@ u vim de tais e tais regi6es at entrar na5uele mistrio e sairdeleJ porm" ao ensin9los" disse@ *im da5uele mistrio. Por esta razo eles pensavam 5ue a5uelemistrio" era a plenitude das plenitudes" 5ue era o Pleroma e o dirigente do 7odo. Pois >esus aviadito a seus discpulos@ A5uele mistrio envolve a totalidade so!re a 5ual vos teno alado desde o dia

    em 5ue vos encontrei" at o;e. Por este motivo" ento" os discpulos pensavam 5ue no avia nadadentro da5uele mistrio.

    @* Jesus e seus discpulos esto sentados no Monte das Oliveiras# 0s discpulos estavam ;untossentados no 'onteT$das 0liveiras e" ao pronunciarem estas palavras" expressaram grande alegria e;8!ilo" dizendo uns aos outros@ Somos mais a!enoados do 5ue todos os omens 5ue esto na 7erra"por5ue o Salvador nos revelou isto e rece!emos a PlenitudeTT e a totalidade. n5uanto diziam estascoisas" >esus estava sentado um pouco aastado deles.

    $T0 7esouro de Kuz" corresponde ao 5ue os vangelos 3anRnicos e %nEsticos camam de A *ida terna" o &eino" &einodo Pai" de +eus e dos 3us. o um lugar mas sim um estado em 5ue uma total conscincia da unidade" apesar daparadoxal multido de seres de luz. 0 valor gemtrico de 7esouro de Kuz ( ) 1#" 5ue idntico ao de Pleroma ( ) " permitindo concluir 5ue se trata do mesmo conceito.$,

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    ( poder luinoso desce so)re Jesus# o dcimo 5uinto dia da lua no ms de 7e!etT,"5ue era odia em 5ue a lua estava ceia" 5uando o sol avia surgido em seu curso" apareceu por trs do sol umgrande poder de luzT-!rilando intensamente" e no avia medida para a luz associada a ele. Pois estepoder saiu da Kuz das Kuzes e veio do [ltimo 'istrio" 5ue o *igsimo Quarto 'istrio de dentropara ora" da5ueles 5ue esto nas ordens do segundo espao do Primeiro 'istrioT#. a5uele poderluminoso desceu so!re >esus" envolvendo9o inteiramente en5uanto ele estava sentado longe dos seusdiscpulos. le !rilou intensamente e no avia medida para a sua luz.

    A lu& o envolve inteiraente# 0s discpulos no viram >esus por causa da grande luz em 5ue seencontrava" ou 5ue o envolviaJ por5ue seus olos turvaram9se devido : grande luz em 5ue ele seencontrava. 'as viram somente a luz" 5ue irradiava muitos raios. os raios no eram idnticos"sendo a luz de dierentes tipos e 5ualidades" de !aixo para cima" cada raiof mais esplndido do 5ue ooutro" ...... " numa grande glEria de luz imensurvelJ ela se estendia desde de!aixo da terra at o cu ,4. 5uando os discpulos viram a5uela luz" sentiram muito medo e icaram muito alvoroados.

    * Jesus ascende ao cu# Quando a5uele poder luminoso !aixou so!re >esus" gradualmente oenco!riu por completo. nto >esus ascendeu" ou elevou9se ao alto" !rilando extraordinariamentenuma luz imensurvel. 0s discpulos itaram9no pasmados e nenum deles alou at 5ue ouvesse

    alcanado o cuJ todos permaneceram em proundo silncio. Csto aconteceu no dcimo95uinto dia dalua" no dia em 5ue ela estava ceia no ms de 7e!et .A con*uso dos poderes e o !rande terreoto# Quando >esus alcanou o cu" depois de trs oras"todos os poderes dos cus icaram alvoroados,1 e tremeram ;untos" eles e todos seus eons," suasregi6es e suas ordens. 7oda a terra (tam!m) tremeu e todos os 5ue ali a!itavam. 7odos os omens5ue estavam no mundo icaram pertur!ados e tam!m os discpulosJ todos pensavam@ htalvez o mundov aca!arh

    todos os poderes nos cus continuavam a!alados" eles e todo o mundo" e todos estremeciam"vi!rando uns contra os outros" da terceira ora do dcimo 5uinto dia da luz de 7e!et at a nona orado dia seguinte. 7odos os an;os e seus arcan;os e todos os poderes do alto cantaram louvores,L aointerior dos interiores" de orma 5ue todo mundo ouvia suas vozes" 5ue no cessavam" at a nona orado dia seguinte.

    B* 0s discpulos" porm" sentaram9se ;untos" temerosos" em grande agitao e com medo" por causa dogrande terremoto 5ue ocorrera. ;untos coravam" dizendo@ 0 5ue vai acontecer agoraZ Por acaso oSalvador vai destruir todas as regi6esZ

    T,Alguns autores sup6em 5ue 7e!et correspondia ao ms 5ue ia de meados de dezem!ro a meados de ;aneiro" en5uantooutros airmavam 5ue 7e!et se reere ao ms de maio" em cu;a lua ceia cele!ra9se o ?estival de XesaG dos !udistas. stadata tida como o momento mais propcio do ano para a cele!rao dos 'istrios e para as grandes inicia6es. Acontinuao da narrativa de Pistis Sopia" com a reiterao de 5ue todos estes eventos ocorreram durante a lua ceia de7e!et" parece conirmar esta ipEtese.T-0 %rande Pode de Kuz ( ) 5ue desce so!re >esus tem o valor gemtricode T,4. ste tam!m o valor do Senor da Kuz ( ) e da Kuz do 'undo

    ( ) .T# N o grande mistrio da nidade" ou 7otalidade" 5ue se constitui num estado de perplexidade 5ue no pode ser apreendidopela mente concreta. As imagens sugeridas no texto permitem alguns paralelos com a linguagem esotrica atual@ porexemplo" o Primeiro 'istrio corresponderia aAtma" o esprito universal 5ue tudo a!range" e o segundo espao do Primeiro'istrio corresponderia ao plano de /uddi. 'ais tarde no texto" >esus indica 5ue ele o Primeiro 'istrio *oltado Para?ora" ou se;a o 3ristoJ este 8ltimo termo" porm" no usado em nenum momento.,4 0s trs tipos de raios de luz" associados :s trs *estes de Kuz de >esus" tornam9se claros 5uando se examina a gematria do3u!o de Kuz apresentada no Anexo L.,1Csto indicativo de 5ue o hcuh" ou melor" hos cush tm muitas moradas e 5ue os hpoderesh" os an;os" entidades ou deusesineriores 5ue governam os princpios ineriores do omem" 5ue correspondem :s trevas" pertur!aram9se naturalmente com acegada da Kuz. 3omo se ver mais adiante" as entidades superiores so geralmente associadas : Kuz.,0s eons (aiones em grego) signiicam reinos" eternidades" idades ou eras" reinos eternos. So simultaneamente lugares"perodos de tempo" entidades e a!stra6es.,LQuando um 'estre iniciado" os an;os e toda a atureza cantam louvores. m ino da atureza proclama@ Surgiu um'estre" um 'estre do +ia (A 6o> do Silncio, op.cit." pg. -$.)

    LT

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    Jesus desce outra ve n5uanto diziam isso e coravam ;untos" na nona ora do dia seguinte" oscus se a!riram" e eles viram >esus descer" !rilando mais orte aindaJ no avia medida para a luz em5ue se encontrava. Pois !rilava mais radiantementef do 5ue 5uando avia ascendido aos cus" de talorma 5ue os omens do mundo no podiam descrever a luz 5ue avia nele. la lanava raios emgrande a!undMncia e no avia limite para seus raios. Sua luz no era toda idntica" mas de dierentes5ualidades e tipos" sendo alguns raiosf muito mais esplndidos do 5ue outros.

    A luz era de natureza trplice" cada 5ual mais primorosa do 5ue a outra. A segunda" 5ue estava nomeio" era superior : primeira 5ue estava a!aixo. A terceira" 5ue estava acima das outras" era aindasuperior : segunda 5ue estava a!aixo. a primeira luz" 5ue estava a!aixo de todas as outras" erasemelante : luz 5ue avia descido so!re >esus antes dele ter ascendido aos cusJ era !em parecida aesta em sua luz. as trs modalidades de luz eram de dierentes espcies e tipos" cada 5ual maisprimorosa do 5ue a outra.,

    * Jesus diri!e'se aos discpulos# 0s discpulos" vendo isto" atemorizaram9se excessivamente eicaram pertur!ados. nto" >esus" o compassivo e terno" vendo 5ue seus discpulos estavam emgrande alvoroo" alou9les" dizendo@ 7ende coragem. Sou eu" no tenais medo,$

    * 0s discpulos" ouvindo isto" disseram@ Senor" se s tu" recole tua glEria de luz para 5uepossamos agOentarJ seno nossos olos permanecero o!scurecidos e icaremos agitados como todo omundo" por causa de tua grande luz.

    +le retira sua lu& para dentro de si# >esus retirou" ento" para dentro de si a glEria de sua luz e"5uando isto oi eito" os discpulos tomaram coragem" moveram9se em direo a >esus" prostraram9setodos ;untos" adoraram9no" demonstrando grande regozi;o" e disseram9le@ &a!i" para onde oste" 5ualoi o ministrio para o 5ual partiste" 5ual o motivo de todas estas pertur!a6es e dos tremores de terra5ue ocorreramZ

    +le proete di&er a eles todas as coisas# nto" >esus" o compassivo" disse9les@ &egozi;ai9vos ealegrai9vos,Ta partir deste momento" pois ui para os lugares de onde avia vindo. A partir deste dia"vou alar9vos a!ertamente" desde o princpio da *erdade at o seu trmino [Plenitude]J e vou alar"ace a ace" sem (usar) par!olas,,. A partir deste momento no vos esconderei nada do mistriof do

    alto e do lugar da *erdade,-. Pois" autoridade me oi dada,#"por intermdio do Cnevel e do Primeiro'istrio-4de todos os mistrios" para alar9vos" desde o Princpio at a Plenitude (Pleroma)" tanto dedentro para ora como do exterior para o interior. 0uvi" portanto" para 5ue vos possa dizer todas ascoisas.

    Quando eu estava sentado um pouco aastado de vEs no 'onte das 0liveiras" pensava no grau doministrio para o 5ual ui enviado" 5ue deveria estar completo" e 5ue a mina veste no me avia sidoenviada pelo Primeiro 'istrio" 5ue o vigsimo95uarto mistrio de dentro para ora. stes (mistrios) esto no segundo espao do Primeiro 'istrio" nas ordens da5uele espao. Sa!endo 5ue a

    ,m A *oz do Silncio (op.cit." pg. -#)" trs 'antos" ou *estes" so descritos. o /udismo estas trs vestes" ou corpos"camam9se irmanaGaHa" Sam!ogaGaHa e +armaGaHa ou" respectivamente" o corpo ilusErio utilizado pelos 'estres no9encarnados ativos na terra" o corpo de /em Aventurana e o corpo irvMnico. (FP/)

    ,$xpresso semelante encontra9se em 't 1", e 'c T"$4" 5uando >esus camina so!re as guas para encontrar9se comseus discpulos amedrontados num !arco.,T xpresso semelante oi usada por >esus no Sermo da 'ontana ('t $"1) ao conortar os 5ue estavam sendo in;uriadose perseguidos.,,3umprindo a promessa eita no vangelo de >oo@ 3ega a ora em 5ue ; no vos alarei em iguras" mas claramentevos alarei do Pai. (>o 1T"$),- 0

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    misso para a 5ual eu tina sido enviado completara9se" e 5ue a5uele mistrio no avia aindaenviado mina veste 5ue nele eu avia deixado at 5ue o tempotivesse terminado. Pensando" ento"so!re estas coisas" sentei9me no 'onte das 0liveiras um pouco aastado de vocs.

    * oo a -este de %u& *oi enviada a ele# Quando o sol despontou no oriente" a partir de ento"atravs do Primeiro 'istrio" 5ue existiu desde o princpio" por cu;a causa o 7odo existia -1"do 5ual eutam!m vim agora" no antes da mina cruciicao" mas agora" por meio do comando da5uelemistrio" oi9me enviada mina *este de Kuz" 5ue ele me avia dado desde o princpio" e 5ue eu aviadeixado no 8ltimo mistrio" 5ue o *igsimo Quarto mistrio de dentro para ora" 5ue est nas ordensdo segundo espao do Primeiro 'istrio-. +eixei" ento" a5uela *este (de Kuz) no 8ltimo mistrio"at transcorrer o tempo para coloc9la" e comear a alar para a raa dos omens e revelar9les tudo"desde o princpio da *erdade at o seu trmino" e discorrer9les do interior dos interiores at o exteriordos exteriores" e do exterior dos exteriores at o interior dos interiores -L. &egozi;ai9vos" ento" ealegrai9vos e regozi;ai9vos ainda mais" pois a vEs dado 5ue ale primeiro" do princpio da *erdadeat a sua plenitude.

    .as alas dos discpulos e sua encarna/o# Por este motivo escoli9vos desde o princpio atravsdo Primeiro 'istrio. &egozi;ai9vos" ento" e alegrai9vos" pois" 5uando vim ao mundo" trouxe comigo

    os doze poderes" como vos disse desde o princpio-

    "5ue tomei dos +oze Salvadores-$

    do 7esouro deKuz" de acordo com o comando do Primeiro 'istrio. stes" ento" lancei no 8tero de suas mes5uando vim ao mundo" ele so a5ueles 5ue esto em seus corpos atualmente. Pois estes poderesoram9vos coneridos acima de todo mundo-T" por5ue vEs sois a5ueles 5ue so capazes de salvar omundo todo" e para 5ue possais agOentar a ameaa dos regentes do mundo" as dores do mundo" seusperigos e todas as persegui6es 5ue os regentes do alto lanaro so!re vEs. Por muitas vezes" disse9vos 5ue o poder 5ue est em vEs eu trouxe dos doze salvadores 5ue esto no 7esouro de Kuz. Por estarazo disse9vos" desde o princpio" 5ue vEs no sois realmente do mundo -,. u tam!m no sou. Poistodos os omens 5ue esto no mundo o!tiveram almas--do poder dosf regentes dos eons-#. Porm" opoder#45ue est em vEs vem de mim e suas almas pertencem ao alto #1. 7rouxe doze poderes dos dozesalvadores do 7esouro de Kuz" retirando9os da poro do poder 5ue rece!i inicialmente. " 5uando

    -10 7odo" ou se;a" a 'aniestao" uma expresso do Primeiro 'istrio" o sprito 5ue tudo a!range na nidade.-A *este a 5ue se reere provavelmente o 3orpo de Kuz" ou h3orpo /8dicoh" 5ue ele avia deixado para trs ao assumir suah*esteh de matria para sua misso salvica. A linguagem sim!Elica" pois todo omem encarnado mantm todos seusprincpios" ainda 5ue os princpios superiores" como no caso em pauta" o !8dico" possam permanecer total ou parcialmentedormentes.-L7alvez este;a se reerindo : revelao desde o incio da maniestao" at o mais !aixo ponto da involuo" e da at oponto mais elevado ao completar9se o ciclo evolutivo (involuo e evoluo).-A antropomorizao de realidades a!stratas um vu normalmente usado na apresentao de conceitos ocultos. >esus"como omem mortal" portanto" no poderia ter escolido seus discpulos hdesde o princpioh" no entanto" ao 3risto cEsmico"

    eterno e onipotente" tudo possvel.-$ 3omo ser visto posteriormente" os +oze Salvadores do 7esouro de Kuz possuem 1 poderes" ou se;a" so emana6esde luz 5ue se reletem no plano inerior (o Ps5uico) como os invisveis" dentre os 5uais Pistis Sopia e seu par" >esus.-TCndicativo de 5ue os poderes coneridos por >esus" como instrumento do Primeiro 'istrio" so poderes espirituais e estoacima dos poderes dos &egentes" 5ue caracterizam o mundo dos omens" ou se;a" dese;os" paix6es" apegos" etc.-,Paulo" mais tarde" prega 5ue devemos hviver no mundo sem ser do mundoh.--A palavra alma parece ser usada num sentido dierente do eu superior" ou go. A alma" em P.S." reere9se :unidade de conscincia na mente concreta. ste conceito de alma est plenamente de acordo com as descri6es posterioresso!re as puni6es das halmash apEs a sada do corpo (morte)" 5uando passam por todos os tipos de tormentos nas mos dosregentes. As descri6es de sorimentos de vrios tipos" sE azem sentido se orem entendidos como ps5uicos e no sicos.-#0s 5uatro Princpios umanos ineriores@ corpo" duplo etrico" energia vital (prana) e instintos (alma animal" ou Gama)oram legados ao omem pelas Fierar5uias Planetrias e pelos &egentes das eseras ineriores. (FP/)#4sto sendo indicados a5ui os dois aspectos de h'anash" o hPoderh" 5ue 'anas Superior (a mente a!strata)" tam!mreerido em P.S. como o Salvador %meo" e a halmah" 5ue um aspecto de 'anas Cnerior" a mente concreta.#10 alto" neste caso" reere9se aos planos superiores" sem orma. (FP/)

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    vim ao mundo" entrei no meio dos regentes da esera" tendo a orma de %a!riel#"o an;o dos eonsJ eos regentes dos eons no me reconeceram#Le pensaram 5ue eu era o an;o %a!riel.

    .a encarna/o de Joo, o Batista# Quando entrei no meio dos regentes dos eons" olei para !aixo"para o mundo da umanidade" por ordem do Primeiro 'istrio. +esco!ri Csa!el #"a me de >oo" o/atista" antes dela t9lo conce!ido" e semeei nela um poder 5ue eu avia rece!ido do pe5ueno CaR" o/om" 5ue est no 'eio#$" para 5ue ele pudesse azer proclama6es antes de mim" preparar o meucamino e !atizar com a gua do perdo dos pecados. ste poder est" ento" no corpo de >oo#T.

    Joo era +lias nu nasciento anterior# Alm disso" em lugar da alma dos regentes 5ue ele deveriarece!er" encontrei a alma do proeta lias nos eons da esera#,J e levei9a da5uele lugar. 7omei suaalma e levei9a : *irgem da Kuz" e ela transeriu9a aos seus rece!edores. les levaram9na : esera dosregentes e lanaram9na no 8tero de Csa!el. Assim o poder do pe5ueno CaR#-"5ue est no 'eio" e aalma##do proeta lias oram coninados no corpo de >oo" o /atista. Por esta razo" ento" estveisem d8vida anteriormente" 5uando vos disse@ h>oo alou@ eu no sou o 3risto 144.h vEs dissestes@ hstna escritura@ Quando o 3risto vier" lias vir antes dele e preparar o seu camino=.141 'as 5uandodissestes9me isto" respondi9vos@ hlias realmente veio e ; preparou todas as coisas" como est escrito"e izeram com ele o 5ue 5uiseram=.14 5uando sou!e 5ue vEs no aveis compreendido 5ue eu vosavia alado a respeito da alma de lias" 5ue est coninada em >oo" o /atista" respondi" alando

    a!ertamente" ace a ace@ hSe 5uiserdes aceitar >oo" o /atista" ele lias" so!re 5uem eu disse 5ueviria=.D14L

    &* So)re sua pr0pria encarna/o atravs de Maria# >esus continuou mais uma vez sua preleo edisse@ Aconteceu ento" a seguir" 5ue" de ordem do Primeiro 'istrio" olei para !aixo para o mundoda umanidade e encontrei 'aria" 5ue camada hmina meh de acordo com o corpo material. ?aleicom ela na orma de %a!riel14"e 5uando ela se volveu para o alto na mina direo" colo5uei nela"

    #0 ato de 3risto aparecer na horma de %a!rielh relete a unidade do Pleroma" em 5ue os Seres de Kuz podem tomar ahormah (5ue necessariamente ilusEria) mais conveniente para se comunicar com a5ueles desprovidos da viso espiritualsuperior. 0.angelho de 'ilipea!orda esta 5uesto de orma magistral@ o possvel 5ue algum ve;a algo das coisas5ue realmente existem" a menos 5ue ele se torne como elas. ste no o caso do omem no mundo@ ele v o sol sem ser o

    solJ e v o cu" a terra e todas as coisas sem ser estas coisas. Csto est de acordo com a verdade. 'as tu viste algo da5uelelugar (reerindo9se ao mundo superior da realidade) e te tornaste a5uelas coisas. 7u viste o esprito" te tornaste esprito.*iste 3risto" tornaste9te 3risto. *iste o Pai" te tornars o Pai. Portanto" neste lugar" tu vs todas as coisas e no vs a timesmo" mas" na5uele lugar vers a ti mesmo" e o 5ue vires tu te tornarsD.#L*ide C 3or "-.#Kc 1@$#$ 'eio a regio intermediria do plano Ps5uico" ou da 'istura" o plano de Pistis Sopia" em 5ue se encontrammisturadas a su!stMncia de Kumen" ou Kuz" e FHl" ou matria sutil. &eere9se ao plano mental concreto.#T+e acordo com a /!lia" >oo" o /atista" ; estava morto 5uando da ressurreio do 'estre" no entanto >esus se reere a elecomo ainda estando vivo no mundo. N interessante notar 5ue o valor numrico de >oo ( ) 111#" 5ue opoder trplice do Kogos ( : 3 73 x 3 = 1119). ste poder do !atismo de >oo tam!m est ligado ao nome de>esus ( = 1 119). ?inalmente" Ceu ( = 4 85), o Portador da Kuz" ;untamente com o/atismo ( = 6 34) somam 111#. Assim" >oo oi o instrumento 5ue trouxe a >esus" atravs do !atismo"

    o poder trplice do Kogos.#,So intercam!iveis os termos regentes da esera" regentes dos eons" eons da esera e a esera dos regentes. &eerem9se aomesmo conceito" sendo todos vus intencionais. (FP/)#-0 pe5ueno CaR" 5ue est no 'eio" :s vezes" tam!m camado de %rande CaR. 7rata9se da mesma entidade" e o ad;etivorelete apenas a perspectiva dos 5ue o descrevem. (FP/)##m P*S*" o hpoderh geralmente se reere : mente superior" e a halmah : mente concreta. este caso" porm" ao reerir9se :alma de lias" esta implcito 5ue a alma a unidade de conscincia do ser 5ue se reencarnou em >oo" o /atista.144>o 1"4.141't 1,"14. xiste uma relao gemtrica interessante neste contexto. A soma de 3risto ( = 1 480) e/atismo ( = 6 3 4) 11" 5ue tam!m o valor de esus o Salvador ( ) .14't 1,"119114L't 11"1 e 1,"#91L.14%a!riel seria um dos doze poderes" ou signos do odaco.

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    na5uele momento" o primeiro poder 5ue eu avia rece!ido de /ar!elR 14$ isto " o corpo14T5ue euavia usado no alto. " em vez da alma" colo5uei nela o poder 5ue eu avia rece!ido do grandeSa!aot" o /om14,"5ue est na regio da +ireita14-.

    Mais a respeito dos poderes da lu& nos discpulos# os doze poderes dos doze salvadores14# do7esouro de Kuz 5ue eu avia rece!ido dos doze ministros do 'eio 114"lancei9os na esera dos regentes.0s decanos dos regentes e seus ministros pensaram 5ue eles eram almas dos regentes" e os ministrosos trouxeram e os coninaram no corpo de suas mes. Quando o vosso tempo completou9se" nascestesno mundo sem alma dos regentes em vEs 111. rece!estes sua parte do poder" 5ue o 8ltimo Auxiliaravia soprado na 'istura11" a5uele poderf 5ue est com!inado com todos os invisveis" todos osregentes e todos os eons. uma palavra" 5ue est com!inado com o mundo da destruio" 5ue a'istura. ste poderf" 5ue desde o princpio tirei de mim mesmo11L" colo5uei no Primeiro Preceito" eo Primeiro Preceito colocou uma parte deste na grande Kuz" e a grande Kuz colocou uma parte da5uilo5ue avia rece!ido nos cinco Auxiliares. 0 8ltimo Auxiliar tomou uma parte do 5ue avia rece!ido ecolocou9a na 'istura. esta partef est em todos os 5ue esto na 'istura" como aca!ei de dizer9vos.>esus disse isto aos seus discpulos no 'onte das 0liveiras.

    +les devia se re!o&i1ar pois havia che!ado o oento de sua investidura#>esus continuou outravez sua preleo a seus discpulos dizendof@ &egozi;ai9vos e exultai e acrescentai alegria : vossa

    alegria" pois completou9se o tempo para 5ue eu colo5ue mina *este11

    " 5ue me avia sido preparadadesde o princpio" a 5ual deixei no 8ltimo mistrio at o momento de seu trmino. " neste momento"rece!i a ordem do Primeiro 'istrio para alar9vos" desde o princpio da *erdade at o seu trmino edo interior dos interiores at o exterior dos exterioresf" pois o mundo ser salvo por vosso intermdio.&egozi;ai9vos" ento" e alegrai9vos" pois sois a!enoados alm de todos os omens 5ue esto na 7erra"por5ue sois vEs 5ue ides salvar o mundo.

    * ApEs terminar de dizer estas palavras aos seus discpulos" >esus continuou outra vez dizendo@*de" colo5uei a mina *este e toda autoridade oi9me conerida pelo Primeiro 'istrio 11$. m

    14$ /ar!elR az parte da 7rade de Cnvisveis (Agrammacamareg" /ar!elR e /delle)" na &egio da s5uerda" onde seencontra o +cimo 7erceiro on. la camada por duas vezes de Poder do +eus Cnvisvel. N a me de Pistis Sopia e deL outras mana6es. +e acordo com piMnio" uma das escolas oitas ensinava 5ue /ar!elR era uma emanao do Pai"

    sendo a 'e de Calda!aot (ou" de acordo com outros" de Sa!aot). Csto 5uer dizer 5ue /ar!elR era idntica a SopiaAcmot" ou Pistis Sopia. la morava no 0itavo 3u acima" en5uanto o seu ilo insolentemente assumiu o controle doStimo" causando muito agravo a sua me. (FP/)14T0 primeiro poder 5ue >esus rece!eu de /ar!elR oi o hcorpoh 5ue ele avia usado no alto. ste hcorpoh mental concreto"portanto" no seria de nenuma su!stMncia corruptvel.14,xistem no texto Pistis Sopia L Sa!aots" isto " L aspectos do poder ou princpio escondido neste nome@ (a) 0 %randeSa!aot" o /om" o pai da alma de >esus (cap. - e -T)J 0 Pe5ueno Sa!aot" o /om" camado de eus (>8piter) no 3osmo(cap. T)" um dos &egentes PlanetriosJ e (c) Sa!aot9Adamas" &egente de seis dos doze ons (cap. 1LT) e tam!m domundo inerior. ste um dos ons encarregados da punio das Almas. (FP/)14-o texto Pistis Sopia" o plano ps5uico imediatamente a!aixo do 7esouro da Kuz dividido em trs su!planos principais@+ireita" s5uerda e 'eio. 0 dever dos &egentes da +ireita a construo ou ormao de todos os Planos ou serasineriores da existncia" trazendo a Kuz de seu 7esouro e azendo com 5ue esta luz retorne para l" ou se;a" conseguindo asalvao da5uelas almas 5ue esto aptas a ascender a um plano superior. 0s &egentes do 'eio tm a tutela das AlmasFumanas. A s5uerda" tam!m camada &egio da &etido" o Plano" ou condio" para o 5ual tendem todas almas

    penitentes" pois a5ui 5ue comea o conlito (i.e. dierenciao) entre os princpios de Kuz e FHl. (FP/)14#0s doze salvadores azem parte do 7esouro de Kuz e so idnticos : +odcada do Pleroma de *alentino. (FP/)114A &egio do 'eio" no sistema de *alentino" est acima do 3u mais elevado" porm a!aixo do Pleroma. N o local dosPs5uicos" assim como o Pleroma o dos Pneumticos" ou spirituais. N o local apropriado de Sopia Acmot" ou PistisSopia" do 5ual ela cai perseguindo o relexo da Kuz. (FP/)111Provavelmente um vu sim!Elico" indicativo de 5ue os 1 hapEstolosh representam os 1 poderes agindo no mundo dosomens.11 A 'istura o Plano Ps5uico" ou 'ental 3oncreto" em 5ue se misturam a su!stMncia espiritual e a material" gerando o5ue o texto cama de

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    !reve" alar9vos9ei so!re o mistrio e a plenitude do 7odo e no esconderei nada de vEs a partir destemomento" mas apereioar9vos9ei completamente em toda a plenitude" em toda a pereio e em todosos mistrios" 5ue so a pereio de todas as perei6es" a plenitude de todas as plenitudes e a gnosisde todas asgnoses11T a5uelas 5ue esto em mina *este. 3ontar9vos9ei todos os mistrios doexterior dos exteriores at o interior dos interiores11,. Porm" atentai para 5ue vos possa dizer todas ascoisas 5ue me aconteceram.

    /rGxi.o2* O istrio das cinco palavras na veste# Quando o sol avia se elevado no oriente" um grandepoder luminoso desceu" no 5ual estava a mina *este" 5ue eu avia deixado no vigsimo95uartomistrio" como ; vos contei. desco!ri um mistrio em mina *este" escrito em cinco palavras 5uepertencem ao alto@ 11- cu;ainterpretao estaJ11#

    A interpreta/o deste istrio# G #ist3rio, ?ue ests !ora do mundo, a causa do surgimento doTodo I ?ue 3s o surgimento total e a asceno total, ?ue emanaste todas as emanaJes e tudo o ?ue

    se encontra em seu meio, por cu4a causa todos os mist3rios e todas suas regiJes e5istem I em ans

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    interior, at3 ?ue se completasse seu tempo, de acordo com a ordem do Primeiro #ist3rio* 6, teutempo terminouK este%a, e dos cinco 0deres,?ue so os cinco Au5iliares* Ainda h nesta este a glria dos nomes do mist3rio de todas ordens deemanaJes do Tesouro de 0u> e de seus saladores e Ndo mist3rio das ordens das ordens, ?ue so os

    sete Am3ns e as sete 6o>es, as cinco rores, os trs Am3ns e o Salador%gmeo, ?ue 3 a Criana daCriana, e do mist3rio dos noe guardas dos trs portais do Tesouro de 0u>* .5iste tamb3m ali toda

    a glria do nome Nde todos a?ueles ?ue esto Q Direita e de todos a?ueles ?ue esto no #eio*Tamb3m e5iste ali toda a glria do nome do grande 8nisel, ?ue 3 o grande Antepassado, o mist3riodo poder%trplicee eons, o mist3rio do nome da?ueles ?ue esto na Proidncia e em todos os c3us* . o

    1L*ide em >oo@ agora" gloriica9me" Pai" ;unto de ti" com a glEria 5ue eu tina ;unto de ti antes 5ue o mundo existisse.(>o 1,"$)1sta passagem lem!ra o Fino do 'anto de %lEria" em 5ue o ;ovem no!re ao trmino de sua misso na hterra distantehrece!e sua veste de luz enviada por mensageiros de coniana de seu Pai.1$a pstola aos 3olossenses encontramos uma citao 5ue lem!ra esta passagem@ le a Cmagem do +eus invisvel" o

    Primognito de toda criatura" por5ue nele oram criadas todas as coisas" nos cus e na terra" as visveis e as invisveisJ7ronos" So!eranias" Principados" Autoridades" tudo oi criado por ele e para ele. le antes de tudo e tudo nele su!siste. (3l1"1$91,)1T +ois nomes de mistrio dos trs Poderes97rplices so mencionados (no cap. 1L,)" ou se;a"CPSA7A3F03FAC3F03F03F e 3FAC3F0003F. m poder emana do primeiro para #artee do segundopara#ercLrio. este particular" um Poder do %rande Cnvisvel reside em Saturnoe um de Pistis Sopia" ila de /ar!elR"em 6nus. (FP/)1,stas correspondncias astrolEgicas indicadas por /lavatsGH so esclarecedoras dos dierentes aspectos da mente voltadapara o mundo. 0 %rande Ancestral Cnvisvel" regente supremo da regio da s5uerda do plano ps5uico (mental concreto)"relete um poder de Saturno. ste poder corresponde ao egoJ representa o processo pelo 5ual a *ida na se tornadierenciada" limitada e particularizada" dando ao indivduo o senso de heu souh. Saturno sim!oliza" tam!m" todas as ormasde restri6es sEcio9culturais" ta!us e normas sociais e ticas. 'arte denota o poder de expresso" sem especial consideraopelas condi6es externas. Sim!oliza tam!m todos os comeos e impulsos para iniciar algo" !em como o ros primordial.'erc8rio o mensageiro dos deuses. N o sim!olo da inteligncia e do dinamismoJ o regente do sistema nervoso 5ue leva

    as sensa6es do mundo exterior ao ego para 5ue este possa aprender as li6es do relacionamento com o mundo exterior.Pistis Sopia" a alma" expressa um poder de *nus" 5ue sim!oliza o resultado das experincias no mundo@ das artes" dasa!edoria social e de tudo 5ue amadurece a partir da e5perincia. Signiica tam!m as emo6es" 5ue so os eeitos de nossoscontatos ou relacionamentos com o mundo. *nus " portanto" o provedor de conscincia" de conecimento e sa!edoria parao ego.

    +evemos estar atentos para o ato de 5ue os $ &egentes Planetrios residem na regio da +ireita do Plano Ps5uico. Aregio da +ireita" como ; vimos" esta!elece os ar5utipos 5ue se potencializam na regio da s5uerda. +a o ato do %randeAntepassado Cnvisvel" de seus L Poderes 7rplices e Pistis Sopia reletirem um poderdos &egentes Planetrios. Csto pareceindicar 5ue reletem principalmente os aspectos ineriores ou negativos. stes aspectos ineriores so" no caso de Saturno"autolimitao atravs da coniana exagerada em si mesmo e da alta de " rigidez" rieza" instinto de deesa" ini!ioincapacitante" medo e negatividadeJ no caso de 'arte" impacincia" o!stinao" violncia" uso imprEprio da ora ouameaasJ no caso de 'erc8rio" mau uso da inteligncia" amoralidade por meio da racionalizao de todas as coi