ANO II - EDIÇÃO 18AGOSTO DE 2013

EM MÍDIAFOCO

A procura pelo segmento de estética vem aumentando consideravelmente ano após ano e cada vez mais conquista um importante espaço no mercado, ampliando o número de vagas e serviços, impulsionando profissionais de diferentes segmentos, como clínicas, salões de beleza, laboratórios e academias a buscarem maior qualificação e investimentos em produtos e serviços para fazer a diferença.

O Brasil é considerado o terceiro maior mercado de beleza do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Japão, mas caminha para ser o segundo, já que mantém um crescimento estável de 10% ao ano em relação à última década, com a mesma velocidade que a indústria de higiene, perfumaria e cosméticos investe em inovação, pesquisa e desenvolvimento.

Com toda base oferecida pelos cursos em níveis técnico e tecnólogo, os novos profissionais de estética vêm conquis-tando um importante espaço. Além de atuarem individual-mente com tratamentos tradicionais, também estão com-pondo equipes multidisciplinares, atuando ao lado de fisio-terapeutas, nutricionistas e cirurgiões plásticos. Percebemos que hoje a formação de professores na área de estética é uma necessidade crescente para poder oferecer tratamentos mais especializados com conhecimento, atualização e reciclagem.

Esses ambientes deixaram de ser uma opção apenas para aquelas pessoas que querem fugir dos centros urbanos e descansar e hoje estão instalados também nas grandes cidades, com um novo conceito, normalmente conhecido

como Day Spa, onde homens e mulheres relaxam com terapi-as rápidas e tratamentos estéticos diferenciados. E tudo isso de maneira bastante facilitada, com tratamentos acessíveis e eficazes e sem precisar ir para o outro lado da cidade. Hoje é possível realizar todos os tipos de tratamento sem sair da região, em espaços bem diversificados e estruturados.

Percebendo isso, os profissionais investem em equipa-mentos, produtos, qualificação de mão de obra e se estrutu-ram para oferecer comodidade, serviços mais especializados e de qualidade para um público mais interessado em conhe-cer as opções de saúde, beleza e bem-estar para cuidar do corpo e da mente.

Leia mais nas páginas 6, 7 e 9

Segmento de estética em alta

PRÓXIMA EDIÇÃO - Em nossas próximas edições teremos matérias sobre a evolução nas que estão cada vez INSTITUIÇÕES DE ENSINOmais integradas com as novas tecnologias e sobre os problemas relacionados ao na região. Falaremos ainda TRANSPORTE PÚBLICOsobre o problema da falta de nas VAGAS PARA ESTACIONARprincipais vias dos bairros locais, sobre a estrutura e os riscos das CICLOVIAS na orla da Lagoa da Pampulha, do crescimento da rede de na região da Pampulha e do crescimento e HOTELARIAdiversidade dos locais. ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOSParticipe se você tiver alguma identificação ou quiser opinar sobre algum desses e de outros assuntos.

CID COSTA NETO

COLETA SELETIVA - Confira nesta edição a entrevista concedida pelo diretor de Planejamento e Gestão da Superintendência de Limpeza Urbana, Lucas Paulo Gariglio, ao Planalto em Foco, respondendo as questões abordadas pelos moradores locais sobre os problemas relacionados à coleta seletiva em BH, após publicação da matéria sobre o assunto na edição do mês passado (julho, nº 17). Procuramos entender o processo da coleta, porque não existe o recolhimento seletivo domiciliar, a falta de pontos de coletas e a não ampliação da coleta seletiva por falta de estrutura das associações de catadores de lixo. Página 3

FOTOS: CID COSTA NETO

Otho Marlieri

Socila Otho Marlieri

EmagrecentroEmagrecentro

2 Agosto de 2013

CRÔNICACRÔNICA

Estava preparando um outro tipo de crônica para esta edição quando lembrei de um assunto específico, interes-sante de ser analisado, comparado e refletido. Fiquei um bom tempo pensando nisso. Às vezes você consegue parar para pensar na velo-cidade com que as coisas acontecem em sua vida? De como tudo hoje é mais moderno, em quantas leis e regras são criadas e esta-belecidas diariamente, em

como muitas coisas se atualizam cada vez mais, novas tecnologias são lançadas, assim como sistemas de segurança, e mesmo assim continuamos a viver inseguros e preocupados com a nossa integridade e a de nossos familiares?

Lembro de como muitas coisas eram bem mais simples durante minha infância e adolescência nas décadas de 70 e 80. Os jovens de hoje podem até achar meio chato, careta e sem graça, mas não terão nunca como imaginar como tudo era bem mais tranquilo e era possível viver de maneira mais leve, sem tantas preocupações e necessidade de autoafirmação.

É incrível pensar em como sobrevivemos sem celular e computador, por exemplo. Não existiam os atuais videogames tão modernos, internet, bate-papos, DVDs, TV paga, home theather, entre outras novas e inovadoras tecnologias. O que havia basicamente eram brinquedos manuais e simples; brincadeiras práticas, inocentes e divertidas; e grandes amigos. Amizades sempre bem presentes, ao contrário de hoje, que os amigos e familiares se encontram cada vez menos e,

em vez de ligar, mandar um cartão ou visitar num dia de aniversário, por exemplo, enviam mensagem via e-mail ou Facebook.

Saíamos de bicicleta (sem capacete e equipamentos de segurança) e íamos para a casa de um amigo, mesmo que este morasse longe. Brincávamos e jogávamos futebol na rua sem nos preocuparmos com assaltos ou sequestros, e nossos pais nem sempre sabiam onde estávamos exatamente. Claro que havia alguns riscos, mas tudo era bem diferente. No fim do dia estávamos em casa, sempre muito ativos, prontos para um banho e um lanche.

Pensar em certos detalhes é realmente estranho, principalmente quando comparamos com os dias atuais. Lendo um e-mail que recebi a alguns meses atrás lembrei ainda que andávamos soltos nos carros sem cinto de segurança, apoios de cabeça e air-bag. Perigoso? Claro que sim, mas as pessoas corriam menos, havia menos stress, mais cuidados e educação, os carros eram menos potentes e a consciência de trânsito bem maior. E os produtos sem data de validade e avisos de segurança? Ainda assim era raro alguém apresentar algum problema por causa disso. Bebíamos água das torneiras, de uma mangueira ou bica, e não água mineral em garrafas esterilizadas.

Os fabricantes de brinquedos não tinham a positiva preocupação atual com a qualidade e o tipo de material usado nos mesmos. Eles eram multicores, pintados com tintas duvidosas contendo chumbo ou produtos tóxicos. Para quem gostava de brincar com aqueles tradicionais carrinhos de rolimã e gastavam solas e mais solas de sapato para �frear� não mediam os riscos que corriam e mesmo assim era uma diversão total. Assim como outras várias brincadeiras de rua e a própria bicicleta, o resultado final muitas vezes era o mesmo: joelhos e braços esfolados e ralados, dentes quebrados,

cicatrizes, visitas aos médicos, gessos e outras marcas pelo corpo. E mesmo assim ninguém reclamava. Era só melhorar e voltar à ativa.

No que se refere à personalidade �dessas� crianças e adolescentes, tudo era avaliado de maneira mais tranquila. Assim como hoje, nas escolas havia bons e maus alunos, e mesmo que alguns não tivessem resultados positivos, não eram submetidos a um psicólogo, psicoterapeuta ou outros questionamentos quanto à sua formação e caráter. Não tinha esse papo de hiperatividade, �ser superdotado�, dislexia e outros termos usados atualmente. A solução era simples: tentava novamente repetindo o ano, na condição de estudar e se esforçar mais. Ou seja, éramos repreendidos sim, mas tínhamos limites e liberdade, sucessos e fracassos, deveres, obrigações e lazer, e sabíamos bem como lidar com cada um deles. Não que hoje algo não possa ser assim ainda, mas, de um modo geral, sabemos que a realidade é bem diferente.

Resumindo, havia muitos ganhos e perdas se comparar-mos as épocas. Muitas vantagens e desvantagens, embora hoje seja quase impossível viver sem recursos e tecnologias básicas, como celular, internet e ar condicionado, só para citar alguns. E muito ainda há para se mudar se pensarmos em como tudo será daqui a 10, 20 anos. Sei que relembrando dessa época avalio que vivíamos com menos recursos modernos, porém com mais tranquilidade, liberdade, uma maior experiência de vida e amizades mais próximas. Torcemos ainda por um mundo melhor, onde possamos agrupar todas essas coisas e vivermos com mais qualidade. Que cada um faça a sua parte para dias melhores no futuro.

Fabily Rodriguesplanaltoemfoco@gmail.com

Velhos tempos, novos tempos...

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O Planalto em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros da região do Planalto. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região. Faremos isso por meio de informações úteis, dicas, curiosidades e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou de outra, com os bairros locais. Distribuído gratuitamente nos bairros Planalto e Itapoã, e parte do Campo Alegre, Vila Clóris, Santa Amélia e Santa Branca.

EXPEDIENTE

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Jornalista responsável(redação e edição):

Fabily Rodrigues MG 09127 JP

Fotos:Cid Costa Neto eFabily Rodrigues

Diagramação: Cid Costa Neto

Jornalistas: Ana Izaura DuarteJoão Paulo Dornas

Revisão:Liani Gemignani

E-mail:planaltoemfoco@gmail.com

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3Agosto de 2013

Em entrevista exclusiva ao Planalto em Foco, o Diretor de Planejamento e Gestão da Superintendência de Limpeza Urbana, Lucas Paulo Gariglio, respondeu sobre os problemas relacionados à coleta seletiva em BH, após publicação da edição 17 (julho), onde aborda-mos os problemas relacionados a esta questão com os moradores da região. Entre outras questões, ele explica que o serviço não é ampliado porque a estrutura das associações de catadores de lixo é insuficiente para atender a demanda.

Como é o processo de coleta desde o recolhimento até o final?

Existem dois tipos de coleta seletiva: ponto a ponto e porta a porta. Na coleta seletiva ponto a ponto são instalados contêineres nas cores padrão dos materiais recicláveis: azul para o papel, vermelho para o plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. A população separa os recicláveis em casa e os leva para depositar no contêiner. Cada conjunto de contêineres é chamado de Local de Entrega Voluntária (LEV). Na coleta seletiva porta a porta os materiais recicláveis são separados pelos moradores e

recolhidos no domicílio (ou estabelecimento comercial) por um caminhão. Todos os materia-is recicláveis recolhidos pela Prefeitura são destinados às associações ou cooperativas de catadores participantes do Fórum Municipal Lixo & Cidadania.

Por que na Região da Pampulha ainda não tem o recolhimento seletivo domiciliar? Percebemos que isso só acontece nos pontos de coleta.

Existe a coleta seletiva porta a porta em parte dos bairros São Luiz e São José. A região possui 39 LEVs, o que corresponde a 129 contêineres.

Quando o serviço de coleta seletiva domiciliar chegará até a Pampulha?

Em Belo Horizonte prioriza-se a participa-ção fundamental das cooperativas e associa-ções de catadores. Sendo assim, a ampliação da coleta seletiva no Município depende do aumento da capacidade de triagem destes parceiros. Além disso, o custo estimado da coleta seletiva, que inclui a manutenção dos galpões de catadores, bem como o apoio às associações, é da ordem de R$ 500,00 por tonelada. Comparado ao processo convencio-nal de coleta e destinação, que custa em torno de R$ 120,00 por tonelada, a coleta seletiva e destinação do material reciclado por catadores apresentam-se como uma solução bastante onerosa para o Município.

A SLU tem buscado otimizar o processo de operação dos galpões de catadores através de treinamento e capacitação e de investimento na melhoria da estrutura física dos mesmos, além de elaborar estudos para otimização da logística de coleta para viabilizar a ampliação da coleta seletiva. Sendo assim, estamos promovendo os estudos necessários para

avaliar a possibilidade de ampliação da coleta seletiva na cidade.

Se a pessoa separar corretamente o lixo e deixar apenas na porta de casa, normal-mente este será misturado novamente ao ser recolhido. Só terá sentido se for coletado por um caminhão de coleta seletiva. Sendo assim, esse trabalho acaba sendo em vão?

Em locais não atendidos pela coleta seletiva porta a porta, o lixo é recolhido pelo caminhão convencional. Esses resíduos são destinados ao aterro sanitário de Macaúbas, em Sabará. Nesses locais, quem deseja partici-par da coleta seletiva deverá levá-los aos Locais de Entrega Voluntária. Os endereços podem ser consultados no site www.pbh.gov.br/slu. O material recolhido pela coleta seletiva na Pampulha é destinado à Comarp (Cooperativa dos Trabalhadores com Materiais Recicláveis da Pampulha).

A maioria dos moradores considera que não existem campanhas informativas e que a desinformação sobre o processo de coleta é grande. Não está faltando uma maior vontade de se fazer a coleta seletiva, estreitando uma parceria mais efetiva com a população?

Antes da implantação da coleta seletiva em uma região todos os moradores são visita-dos e informados sobre como proceder. Além disso, as campanhas de mobilização social são constantes. Os mobilizadores conversam com moradores, distribuem material educativo, dão dicas de limpeza, ensinam como acondicionar o lixo, os cuidados para evitar a proliferação da dengue, entre outros.

Sobre os pontos de coleta, os moradores têm reclamado que nos bairros Planalto e Itapoã, por exemplo, em vez de aumentar o

número de pontos de coleta, houve uma diminuição. Como está essa situação?

A retirada aconteceu pelo fato de estes locais serem utilizados incorretamente pela população. Mesmo com campanhas educati-vas, muitos insistem em depositar lixo orgânico nos contêineres e no entorno, sem contar com o vandalismo, principalmente com a queima e a depredação. Assim, os próprios moradores solicitam a retirada dos contêineres.

Muitos pontos estão se deteriorando e parecem abandonados, trazendo insetos e ratos. Quem cuida da manutenção desses pontos? O que vocês podem fazer para repri-mir pragas?

A SLU recolhe os recicláveis dos LEVs e os limpa frequentemente, obedecendo a um planejamento. No entanto, a má utilização dos equipamentos traz consequências, como a presença de animais peçonhentos. É necessá-rio que os moradores utilizem o equipamento corretamente, evitando que eles se tornem pontos de deposição irregular de lixo. A SLU realiza campanhas educativas em toda a cidade, distribuindo informativos e ensina os moradores a terem consciência cidadã em relação ao lixo.

O número de pontos de coletas na Região da Pampulha não é insuficiente? Existe uma previsão de aumento?

Sim. A previsão do novo Plano de Governo é aumentar o número de equipamentos da coleta ponto a ponto e dobrar a abrangência da coleta porta a porta até 2016.

Como o morador pode reivindicar um ponto de coleta? Como ele pode reivindicar uma manutenção de um ponto de coleta?

Por meio do telefone 156.

Prefeitura diz não ampliar coleta seletiva por incapacidade de estrutura dos catadores

ENTREVISTA

INTERNET

4 Agosto de 2013

O bem-estar é uma tendência de bons negócios para os próximos anos. As pessoas estão buscando cada vez mais os serviços de estética para cuidarem do corpo, rosto e cabe-lo, visando à manutenção da saúde, beleza e bem-estar. São muitos os serviços, assim como muitas as tecnologias para que os resultados sejam mais eficazes. Por meio do uso de cos-méticos e aparelhos de alta tecnologia é possível melhorar consideravelmente o aspecto da pele. Com conhecimentos anatômicos do corpo humano o profissional realiza massa-gens, como drenagem linfática e modeladora, a fim de amenizar celulite, gordura localizada e outros problemas que afetam o contorno corporal. Tudo isso pode ainda ser complemen-tado com terapias alternativas.

Há ainda a limpeza facial, depilação, hidratação, maquiagem definitiva, bronzea-mento artificial, entre outros. Hoje os espaços para esses tratamentos são bem diversificados, indo desde os spas, hospitais e clínicas de estéticas aos salões de beleza, hotéis e acade-mias com melhor estrutura. De acordo com as informações da Pyxis Consumo, ferramenta do Ibope Inteligência, o brasileiro deve gastar, neste ano, R$ 36,24 bilhões com produtos e serviços relacionados à beleza e ao bem-estar. A classe C é responsável por 42,6% dos gastos e a Região Sudeste concentra 50% do consu-mo no Brasil. Já o levantamento da consultoria AT Kearney mostra que, em 2013, o Brasil superará o Japão, tornando-se o 2º maior mercado mundial de beleza e cuidados pesso-ais, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Como é possível observar através das pesquisas, as pessoas estão buscando cada

vez mais os serviços de estética. Com o objetivo de garantir a satisfação do consumidor os comerciantes apostam na diversidade de serviços e na qualificação de profissionais para se destacarem. E não precisa ir longe para conseguir. Nos bairros Planalto, Itapoã, Santa Amélia, Jardim Atlântico, São Luiz, Jaraguá, Dona Clara, entre outros pontos da Pampulha, existem clínicas, salões e academias bem estruturadas.

Com a chegada do verão a procura por tratamentos de gordura localizada, celulite e emagrecimento, por exemplo, é ainda maior. Bem diferente do período mais frio, onde as clínicas atendem mais os tratamentos faciais, como clareamento de pele, machas, peeling e botox. Independente da estação, a busca pela beleza e bem-estar está em alta para mulheres e homens que desejam uma aparência melhor.

Vaidade e bem-estarA sócia-proprietária da Clínica Ego, Ana

Lúcia Maia de Castro Melo, comenta que os tratamentos estéticos estão em crescimento porque o brasileiro é naturalmente vaidoso e se preocupa mais com o corpo. Além disso, o Brasil está fabricando aparelhos nacionais de qualidade, existe mais divulgação com a ajuda da internet, e os produtos cosméticos estão com os preços mais acessíveis. �Outro ponto a favor é a especialização da estética. Hoje há muitos profissionais capacitados e muitos cursos de pós-graduação na área. As pessoas estão ligadas em tudo que se refere à saúde, e por isso buscam os tratamentos não só para estética, mas pensando também no bem-estar�, conta.

Gerci Marlieri, gestora do Instituto de Beleza Otho Marlieri, concorda que as pessoas buscam os tratamentos de estética não só pensando na vaidade, mas também pelo bem-estar. �Elas querem se sentir mais bonitas para se integrarem e serem mais aceitas na socieda-de e profissionalmente�, comenta. Otho Marlie-ri, hair design do Instituto de Beleza Otho Marlieri, completa dizendo que a imagem hoje é muito importante. �A imagem conta muito. É 100% do sucesso inicial, pois aparece primeiro do que as qualificações. Depois do visagismo ficou mais fácil para trabalhar com a imagem. É usado não só na moda, no cabelo, mas tam-bém na estética corporal�, opina.

Tratamentos locais Comodidade, estacionamento, ambiente

aconchegante, atendimento de qualidade e personalizado são alguns fatores que estimu-lam clientes a valorizarem as clínicas de estéti-ca dos bairros. Para Hellen Raad, fisioterapeuta dermatofuncional e coordenadora de estética da academia Forma do Corpo, as clínicas estéticas localizadas nos bairros estão apos-tando e investindo porque perceberam que esse é um mercado em crescimento. �As clíni-cas não estão mais concentradas na Zona Sul, como antigamente. Hoje as pessoas estão dando preferência para as clínicas de bairro pela comodidade de fazerem um tratamento estético próximo de casa. As pessoas estão criando um vínculo maior com esses espaços assim como é com os salões de beleza. Outro ponto que chama atenção é o valor mais acessível�, comenta.

A esteticista Corporal e Facial do Studio

Villa Romana, Leidiane Lima do Nascimento, confirma que a comodidade e a praticidade são fatores que estimulam os clientes a procu-rarem as clínicas locais. �As pessoas buscam comodidade em primeiro lugar. Muitos dos nossos clientes moram ou trabalham na região. Outra coisa que buscam é a qualidade do serviço. Por isso é importante estar sempre atualizado e ter bons profissionais�, conta.

Para Joana Couto, gerente do Socila unidade Jardim Atlântico, não é só o cliente que está dando preferência para as clínicas da região. Os profissionais também. �Hoje a comodidade conta muito. Muitas pessoas não querem se deslocar para longe e enfrentar o trânsito. Assim como os clientes, os profissio-nais preferem trabalhar próximo de casa pensando na qualidade de vida�, acredita.

Integração Com o crescimento do mercado muitos

salões, clínicas e academias agregaram o tratamento estético aos seus serviços. Essa integração é muito forte na região do Planalto e quem ganha são os moradores. Para Maria Helena Diniz, proprietária do Lilás Centro de Estética e Beleza, ter os serviços de salão de beleza e clínica de estética em um só lugar é benéfico para o cliente. �Quem quer oferecer o melhor preciso agregar serviços para fazer a diferença. Isso traz mais comodidade. Em um só lugar é possível fazer vários serviços, como, por exemplo, peeling e a unha�, avalia.

Eliane Soares, sócia-proprietária do Beleza & Arte, conta que a integração de salão de beleza com clínica de estética é um ponto positivo porque as pessoas estão procurando

Segmento de estética ganha espaço na região enquantoCID COSTA NETO FABILY RODRIGUES

5Agosto de 2013

facilidades e agilidade no dia a dia. �Nossa proposta é unir as duas coisas. Centralizamos vários serviços com a mesma qualidade em um só lugar. É um espaço bem generalizado�, conta.

Quem também trabalha com serviços diversos é a Clínica Ego. Segundo a proprietá-ria, Ana Lúcia, quem consegue agregar mais serviços ganha mais clientes, porque as pesso-as buscam comodidade. �É um diferencial ter vários serviços, porém tem que ter bons profis-sionais em todas as áreas. No nosso caso agregamos a estética com a depilação a laser, academia e nutrição�, explica.

Para Rosângela Machado Silva Guimarães, sócia-proprietária da academia Corpore, a integração de serviços é uma tendência. �A integração dá mais comodidade ao cliente porque ele não perde o tempo de deslocamen-to e não precisa procurar um profissional preparado longe de casa. Na academia aposta-mos no trabalho conjugado da nutrição, estéti-ca e atividade física para o sucesso do trata-mento. Esses três pontos otimizam o tratamen-to e os resultados são positivos�, conta.

Vaidade X necessidadeHá casos em que ocorrem exageros nos

tratamentos devido à busca do corpo ideal. Muitos buscam por tratamentos que na maioria das vezes são desnecessários e vão além de qualquer necessidade. Com a internet as pessoas já procuram os tratamentos sem conhecer os prós e contras e sem saber se aquele tratamento é indicado para o que a pessoa deseja. Leidiane Nascimento, do Studio

Villa Romana, conta que muitos clientes já chegam querendo um tratamento sem passar por uma avaliação. O cliente tem que ter cuida-do com as informações na internet. �É impor-tante procurar um profissional para saber qual tratamento é o mais indicado, pois há prós e contras. É obrigação do profissional informar e esclarecer as dúvidas do cliente. Os tratamen-tos têm um resultado satisfatório, principal-mente para o emagrecimento, quando são aliados a uma boa alimentação e à prática de atividade física. Isso é o que as celebridades fazem�, explica.

Para Rafae la de A lmeida, sóc ia-proprietária do Centro Especializado em Ema-grecimento e Estética - Emagrecentro unidade Planalto, os tratamentos de estética são indivi-duais e cabe ao profissional avaliar qual proce-dimento é indicado para cada pessoa. Segun-do ela, os tratamentos mais procurados estão voltados para a perda de peso. �Hoje existe uma grande parcela da população brasileira que está acima do peso. 80% dos clientes buscam tratamentos para emagrecimento e gordura localizada. Muitas pessoas preferem os tratamentos estéticos para não fazerem cirur-gia plástica�, comenta.

Orientar e informar, segundo a esteticista e depiladora do Socila unidade Jardim Atlântico, Rosimar Soares, é fundamental. �Passar confi-ança para o cliente e orientar quais os trata-mentos e procedimentos corretos realmente é papel de um bom profissional. Em situações voltadas para crianças e adolescentes nossa preocupação é informar e saber se aquilo é vontade dos pais ou do próprio adolescente e

se realmente o incomoda�.

Escolha do espaço Cautela é a palavra-chave na hora de

escolher uma clínica, um profissional ou um determinado tratamento. Muitas vezes a falta de preocupação ou informação pode trazer consequências desagradáveis. �Para escolher uma clínica de estética, o cliente deve levar em conta vários fatores, como a formação do profissional, a higiene do ambiente, qualidade dos produtos e o prazo de validade e a manipu-lação do aparelho�, alerta Rosângela Guima-rães, da Corpore.

Rafaela de Almeida, do Emagrecentro, também orienta conhecer a qualificação do profissional e acrescenta outras dicas na hora de escolher a clínica de estética. �É fundamen-tal se informar sobre o procedimento, qual método será usado, higiene do local, se usam luvas e material descartáveis, como agulhas. Tem que ficar atento�, afirma.

Além dos cuidados com higiene, produtos e profissional, deve ser observado e questiona-do o tempo da duração do tratamento, o que é prometido e/ou o que pode ser cumprido. �Os tratamentos dependem de cada pessoa, pois cada organismo reage de uma maneira�, orienta Ana Lúcia Melo, da Clínica Ego.

Para Joana Couto, da Socila, é o profissio-nal que fideliza o cliente. �Muitos procuram uma clínica por causa do profissional. Por isso é importante profissionalizar e atualizar sobre os métodos utilizados. O profissional tem que dominar o assunto e informar para passar confiança ao cliente. Em uma primeira sessão

você percebe se ele domina o assunto ou a técnica�. Otho Marlieri acredita que uma consulta prévia é importante para conhecer o profissional. �Em uma consulta é possível avaliar o profissional e observar a linguagem que ele usa, se ele domina a técnica ou não, qual produto utiliza, entre outros detalhes�, afirma.

Otho ainda ressalta que a compra coletiva banalizou os serviços estéticos, porque oferece um serviço de baixo custo e, consequentemen-te, em muitos casos, baixa eficácia. Mas ele alerta para o risco, pois o profissional que está aplicando um produto pode não ser qualifica-do. �A qualificação profissional é um diferencial. Muitas clínicas não estão preocupadas em oferecer um mix de serviços de qualidade. Investimos alto no profissional e na estrutura, com treinamento e motivação profissional. Para ter resultado é preciso investir em atendimento, qualificação, infraestrutura e inovação�, afirma.

Cada vez mais a busca pela qualidade de vida faz com que muitas pessoas troquem a vida sedentária pela prática de atividade física agrega-da a uma alimentação balanceada. Porém, ainda têm aqueles que, por falta de tempo ou disposição, buscam os tratamentos estéticos, acreditando em soluções milagrosas que não requerem sacrifícios. Mas é muito importante ter cautela na hora de escolher uma clínica ou um determinado trata-mento. Para resultados satisfatórios é fundamental dar continuidade no tratamento, com alimentação balanceada e atividade física, sem apostar nos resultados milagrosos dos aparelhos de alta tecnologia e procedimentos estéticos. (Ana Izaura Duarte)

as pessoas buscam beleza, saúde e bem-estarFOTOS: CID COSTA NETO

6 Agosto de 2013

7Agosto de 2013

Profissionais dão dicas e comentam o crescimento do mercado de estética

ENQUETE

�Hoje em dia a região do Planalto conta com uma boa estrutura para oferecer os serviços de estética. Muitos aparelhos e serviços, que antes eram encontrados somente na zona sul, já são utilizados por aqui. Isso reflete na procura, que está em alta nos bairros locais. No momento de procurar uma clínica e um tratamento de estética é importante se informar sobre os procedimentos, a formação do profissional, além de verificar a higiene e se são utilizados produtos descartáveis.� Rafaela de Almeida, Sócia-proprietária da Emagrecentro Planalto

�Hoje em dia as pessoas estão preocupadas com a aparência e o bem-estar. Muitos aliam o tratamento de estética com a atividade física. Na região tem crescido a procura e a oferta desse segmento. Um dos fatores que colaboraram para o crescimento foi a busca pela comodidade. Muitos clientes não querem enfrentar trânsito e procurar vagas para estacionar. A maioria das clínicas da região tem investido em treinamento de funcionários, aquisição de novos equipamentos, além de novas técnicas e serviços.� Joana Couto, Gerente do Socila unidade Jardim Atlântico

�No Brasil as pessoas não se importam em gastar com beleza e saúde. Elas buscam saúde e bem-estar, pois muitas vezes a aparência está relacionada com a autoestima. Com isso o número de clínicas está crescendo, sendo muitas delas nos bairros, porque há uma procura significativa. Quem ganha com isso é o cliente, que tem mais opções e comodidade. No momento de escolher uma clínica é importante conhecer o trabalho e a formação do profissional para que haja mais confiança.�Rosângela Machado Silva Guimarães, Sócia-proprietária da Academia Corpore

�Hoje as pessoas buscam beleza, saúde, bem-estar e autoestima. Por isso o crescimento dos tratamentos de estética, clínicas e produtos. Os clientes preferem as clínicas localizadas nos bairros pela comodidade de não precisar se deslocar, porque hoje o trânsito está um caos. Elas querem novidades. Por isso buscamos conhecer novas técnicas e produtos em cursos. Os fornecedores estão percebendo essa busca pelas novidades e oferecem cursos para a atualização dos profissionais.�Maria Helena Diniz, Proprietária do Lilás Centro de Estética e Beleza

�O segmento de estética na região tem crescido muito. A chegada de grandes clínicas valorizou o serviço de outros profissionais também. Acredito que os moradores estão valorizando esse segmento de estética e beleza porque há vários benefícios, como conforto, deslocamento, facilidade para estacionar e profissionais qualificados. Um diferencial que muitos moradores procuram é a infraestrutura do espaço. O cliente quer entrar e se sentir bem dentro do ambiente.�Otho Marlieri, Hair Design do Instituto de Beleza Otho Marlieri

�O mercado da beleza tem crescido porque o brasileiro é vaidoso. Somos campeões em cirurgia plástica. Os tratamentos estão mais acessíveis e existe mais divulgação e informação. Atuo na área há 24 anos e estou na região há 18 e tenho percebido que os moradores estão buscando as clínicas locais principalmente pela comodidade de não ter que se deslocar para outros pontos da cidade. Há 20 anos era chique ir a uma clínica da zona sul. Hoje essa necessidade não existe.� Ana Lúcia Maia de Castro Melo, Sócia-proprietária da Clínica Ego

�A procura por tratamentos estéticos aumentou porque as pessoas estão buscando saúde e bem-estar. Antes os tratamentos eram concentrados na zona sul. Hoje as clínicas estão invadindo os bairros e o público está dando preferência a estes serviços locais. O Planalto cresceu muito e acredito que existam bons profissionais. As clínicas estão investindo porque é importante e necessário para ganhar espaço no mercado. Buscamos oferecer novos tratamentos, equipamentos, técnicas e princípios ativos.�Leidiane Lima do Nascimento, Esteticista Corporal e Facial do Studio Villa Romana

�Acredito que o crescimento do mercado de estética vem acontecendo porque as pessoas estão mais preocupadas com a beleza e os valores dos tratamentos estão mais acessíveis. Todas as classes conseguem fazer um tratamento ou comprar um produto de boa qualidade. Hoje elas estão buscando tratamentos voltados para o emagrecimento e isto colabora com a saúde. O cliente tem que saber se o profissional é qualificado, qual a sua formação, os aparelhos usados, quanto tempo a clínica está no mercado e se há bons resultados.�Hellen Raad, Fisioterapeuta dermatofuncional da Academia Forma do Corpo

8 Agosto de 2013