Planalto em Foco #24

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ANO III - EDIÇÃO 24 FEVEREIRO DE 2014 EM MÍDIA FOCO PRÓXIMA EDIÇÃO COMPORTAMENTO - Em nossa próxima edição teremos uma curiosa matéria sobre o DOS JOVENS E ADOLESCENTES nos dias atuais onde discutiremos o assunto com educadores, profissionais do esporte, psicólogos e as igrejas; e abordaremos ainda os dos bairros PROBLEMAS Santa Amélia e Santa Branca HOTELEIRO . Logo em seguida falaremos sobre o preparo do setor para os grandes eventos de 2014 e a importância e os benefícios da para o corpo e a mente. Faremos ATIVIDADE FÍSICA ainda uma matéria sobre o crescimento e a diversidade dos ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS locais. Participe se você tiver alguma sugestão ou quiser opinar sobre algum desses e outros assuntos. Nos últimos anos a região do Planalto, que envolve os bairros Planalto, Itapoã, Campo Alegre, Vila Clóris, Santa Amélia, Santa Bran- ca, Jardim Atlântico e São João Batista passou por um grande cresci- mento imobiliário que trouxe um positivo desenvolvimento para os bairros locais, os quais ficaram bem mais movimentados. O comércio se desenvolveu melhor, novos empregos foram gerados com priorida- de para a própria população local, a qualidade de vida melhorou com a vinda de novos moradores e comerciantes com maior poder aquisi- tivo, entre outros fatores. Por outro lado, a insegurança pública aumentou, assim como o trânsito e alguns problemas de infraestrutu- ra, ou seja, estes quesitos não acompanharam o número de prédios construídos e o aumento de moradores. Isso acaba gerando uma insatisfação na população, que reivindica uma maior atenção da Prefeitura para as devidas melhorias. Pelo menos 90% das pessoas, em geral, concorda que o cresci- mento da região não corresponde ao desenvolvimento e à qualidade de vida da população. É preciso que haja coesão de um com o outro, com planejamento e investimentos dos órgãos públicos para não causar uma série de transtornos urbanos em várias frentes sociais. Mas para isso é preciso que a Prefeitura e os órgãos do Governo realmente queiram fazer algo com planejamento e não tudo de uma vez, como tem acontecido com as atuais obras feitas às pressas para receber a Copa do Mundo no ano que vem. Se permitem que o bairro receba um número maior de prédios, que automaticamente melho- rem a infraestrutura local. Não basta boa vontade. É preciso que haja iniciativa e planejamento. Na pequena pesquisa que realizamos com moradores e comerci- antes nas ruas da região constatamos que, como já era de se esperar, a falta de segurança pública (48%) e as reclamações relacionadas ao trânsito (22%) e transporte público (12%) foram apontados como os principais problemas locais. Só nos resta contar com a boa vontade do poder público em realmente querer fazer algo a mais para que tenhamos mais tranquili- dade no bairro em que moramos. É incrível perceber como os proble- mas são recorrentes e muito pouco é feito para, de fato, diminuí-los. Sabemos que a Polícia não fica parada e ainda conta com um efetivo muito baixo para tantas demandas. A maior parte dos bairros de Belo Horizonte não foi projetada para uma população tão crescente e isso acaba gerando uma série de problemas de todos os níveis. Leia mais nas páginas 6, 7 e 9 Quais os principais problemas da região? FABILY RODRIGFUES CID COSTA NETO CID COSTA NETO Crônica - Página 2 Histórias de uma região há 50 anos - Página 3 Saúde e Bem-Estar: Disfagia - Página 10 Quadro de empregos com novas vagas para quem procura uma oportunidade - Página 11 CONFIRA NESTA EDIÇÃO

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Jornal do bairro Planalto e região.

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ANO III - EDIÇÃO 24FEVEREIRO DE 2014

EM MÍDIAFOCO

PRÓXIMA EDIÇÃO COMPORTAMENTO - Em nossa próxima edição teremos uma curiosa matéria sobre o DOS JOVENS E ADOLESCENTES nos dias atuais onde discutiremos o assunto com educadores, profissionais do esporte, psicólogos e as igrejas; e abordaremos ainda os dos bairros PROBLEMAS Santa Amélia e Santa Branca HOTELEIRO. Logo em seguida falaremos sobre o preparo do setor para os grandes eventos de 2014 e a importância e os benefícios da para o corpo e a mente. Faremos ATIVIDADE FÍSICAainda uma matéria sobre o crescimento e a diversidade dos ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOSlocais. Participe se você tiver alguma sugestão ou quiser opinar sobre algum desses e outros assuntos.

Nos últimos anos a região do Planalto, que envolve os bairros Planalto, Itapoã, Campo Alegre, Vila Clóris, Santa Amélia, Santa Bran-ca, Jardim Atlântico e São João Batista passou por um grande cresci-mento imobiliário que trouxe um positivo desenvolvimento para os bairros locais, os quais ficaram bem mais movimentados. O comércio se desenvolveu melhor, novos empregos foram gerados com priorida-de para a própria população local, a qualidade de vida melhorou com a vinda de novos moradores e comerciantes com maior poder aquisi-tivo, entre outros fatores. Por outro lado, a insegurança pública aumentou, assim como o trânsito e alguns problemas de infraestrutu-ra, ou seja, estes quesitos não acompanharam o número de prédios construídos e o aumento de moradores. Isso acaba gerando uma insatisfação na população, que reivindica uma maior atenção da Prefeitura para as devidas melhorias.

Pelo menos 90% das pessoas, em geral, concorda que o cresci-mento da região não corresponde ao desenvolvimento e à qualidade de vida da população. É preciso que haja coesão de um com o outro, com planejamento e investimentos dos órgãos públicos para não causar uma série de transtornos urbanos em várias frentes sociais. Mas para isso é preciso que a Prefeitura e os órgãos do Governo realmente queiram fazer algo com planejamento e não tudo de uma vez, como tem acontecido com as atuais obras feitas às pressas para receber a Copa do Mundo no ano que vem. Se permitem que o bairro receba um número maior de prédios, que automaticamente melho-rem a infraestrutura local. Não basta boa vontade. É preciso que haja iniciativa e planejamento.

Na pequena pesquisa que realizamos com moradores e comerci-antes nas ruas da região constatamos que, como já era de se esperar, a falta de segurança pública (48%) e as reclamações relacionadas ao trânsito (22%) e transporte público (12%) foram apontados como os principais problemas locais.

Só nos resta contar com a boa vontade do poder público em realmente querer fazer algo a mais para que tenhamos mais tranquili-dade no bairro em que moramos. É incrível perceber como os proble-mas são recorrentes e muito pouco é feito para, de fato, diminuí-los. Sabemos que a Polícia não fica parada e ainda conta com um efetivo muito baixo para tantas demandas. A maior parte dos bairros de Belo Horizonte não foi projetada para uma população tão crescente e isso acaba gerando uma série de problemas de todos os níveis.

Leia mais nas páginas 6, 7 e 9

Quais os principaisproblemas da região?

FABILY RODRIGFUES

CID COSTA NETO

CID COSTA NETO

Crônica - Página 2

Histórias de uma região há 50 anos - Página 3

Saúde e Bem-Estar: Disfagia - Página 10

Quadro de empregos com novas vagas para quem procura uma oportunidade - Página 11

CONFIRA NESTA EDIÇÃO

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2 Fevereiro de 2014

EXPEDIENTEEXPEDIENTE

O Jornal Planalto em Foco é uma publicação da Em Foco Mídia

EM MÍDIAFOCO

EM FOCO

CRÔNICACRÔNICA

O ser humano, que é constituído de tantas comple-xidades, precisa realizar, du-rante toda sua vida, diaria-mente, diversos tipos de exercícios. O aprendizado é constante e muitas coisas nós só aprendemos quando pas-samos pela situação. Seja uma única vez, sejam outras diversas. Às vezes, a mesma coisa precisa acontecer repe-tidamente para que aprenda-mos a realmente nos defender

ou nos proteger daquilo. Esse assunto poderia se estender para as mais diversas vertentes. Mas queria ressaltar o termo �confiança�.

Você não considera isso algo complexo? Em quantas pessoas você já confiou e depois se decepcionou? Certamen-te você vai se lembrar de algumas. Mas e quando você confia muito e esta pessoa, muitas vezes sem motivo, te decepcio-na? Peguei-me pensando nisso após ler sobre o assunto, ficar sabendo de casos e até mesmo por ver a situação acontecer profissionalmente.

Com as mudanças radicais do mundo atual em relação ao modo como vivíamos a anos atrás, não está sendo fácil confiar nas pessoas. Alguns chegam a ser até exagerados com isso, para não dizer paranóicos. Muitos vivem uma pandemia de desconfiança generalizada nas relações pessoais, sociais e até empresariais. São muitas as queixas de falta de coopera-ção e de comprometimento. Parece não ser mais tão fácil ter fé nas pessoas. Fé essa que nos contextualiza no tempo a partir de esperanças. Por isso é ruim, difícil e danoso perder a confiança no outro. O incômodo é realmente significativo quando perdemos a fé uns nos outros, mesmo que durante apenas um curto momento ou em alguém que não seja tão

representativo. Alguns, de maneira cômoda, jogam a culpa na atitude do outro; outros se questionam e perguntam onde erraram. Em ambos os casos, os questionamentos indepen-dem de quem foi a culpa. Às vezes simplesmente não há explicações ou são complexas demais para serem entendi-das.

O grande ponto da confiança é que, quando reavivamos nossa capacidade de crer no outro, afastamos a facilidade de fazer julgamentos. É ruim quando percebemos que, mesmo sem saber quem é o outro, fazemos, até sem perceber, um pré-julgamento através da nossa verdade pessoal a respeito daquilo. Deparamo-nos, então, com a falta de experiência de fé, pois a confiança se adquire com credibilidade e oportuni-dade. Mas por que temos que assumir o risco da confiança? Porque não tem outro jeito. A relação de confiança constrói-se na circularidade e na reciprocidade porque confiamos em quem confia em nós e aceitamos correr riscos com quem aceita correr riscos conosco.

É muito gratificante quando certa pessoa deixa de ser apenas uma conhecida e se transforma numa pessoa da sua confiança. A maior riqueza que nós podemos ter verdadeira-mente nesta vida é a confiança que nos devolve coisas precio-sas que a vida nos retira. Nosso querido Padre Fábio de Melo disse uma vez, em seu programa �Direção Espiritual�, que a confiança é aquela abertura que você faz da sua vida e permi-te que outras pessoas entrem e tenham autoridade sobre você. E que, quanto mais temos essa experiência humana de amar e ser amado, maior é a oportunidade de Deus agir em nós por um fato muito simples: Ele passa pela ação do outro em nossa vida e quando temos relacionamentos de qualidade experimentamos Sua força agindo em nós através daquelas pessoas. Como? Através de conselhos sensatos, de um olhar, de um carinho, de uma chamada de atenção. Só quem nos ama realmente vai querer nos abrir os olhos e mostrar de que maneira podemos ser modificados.

Li recentemente um texto em que o autor dizia que confiar

é a única alternativa para a possibilidade de uma relação sadia. Essa afirmação simplesmente reconhece o risco inerente a qualquer relação humana. O fato de depender da linguagem nos expõe constantemente à possibilidade de ser causador ou vítima do mal-entendido e da mentira. Reconhe-cer isso é assumir a responsabilidade da humildade e da honestidade. Negar isso é negar nossa própria condição humana.

Confiança é o crédito que conferimos a uma pessoa ou a um fato, com a expectativa de se concretizar no futuro. É acreditar, assumindo como verdadeiras, a narrativa e a condu-ta de uma pessoa. É um ato de reconhecimento e a capacida-de de prever o comportamento da outra, mesmo que possa haver enganos e decepções. E, claro, é estabelecida em base nos acontecimentos e nos convívios acreditando nos valores demonstrados. Confiar é confirmar que temos os mesmos valores e acreditamos num mesmo ideal, que é possível construir juntos. Tudo isso também deve ser somado ao querer. Queremos confiar. Apostamos naquilo, mesmo sabendo, em alguns casos, que a pessoa não é perfeita e/ou tem defeitos.

Quando a confiança é quebrada acontece a decepção, que pode ser confundida com traição, e, consequentemente, é um repúdio a uma situação que se desejava e previa. Situação essa que envolveu diversos investimentos, como o físico e o emocional. A ruptura disso tudo pode produzir conflitos morais, psicológicos e até financeiros. A boa notícia é que fatos assim também podem nos fortalecer e impulsionar a buscar situações ainda melhores. Lembrando sempre que há coisas e situações que não dependem apenas de nós. Confiar é um risco. Se arriscamos, podemos perder. Mas se não arriscamos, poderemos ficar perdidos. E, por incrível que pareça, neste mundo desconfiado, ainda há quem mereça muita confiança. Graças a Deus e que assim seja!

Fabily Rodrigues (Editor)[email protected]

A capacidade de confiar no outro

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O Jornal Planalto em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros da região do Planalto. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região. Faremos isso por meio de informações úteis, dicas, curiosidades e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou de outra, com os bairros locais. Distribuído gratuitamente nos bairros Planalto e Itapoã, e parte do Campo Alegre, Vila Clóris, Santa Amélia e Santa Branca.

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Direção: Fabily Rodrigues

Jornalista Responsável(redação e edição):

Fabily Rodrigues MG 09127 JP

Revisão:Rodrigo Monteiro

Diagramação e Design:Cid Costa Neto

Jornalistas:Ana Izaura DuarteJoão Paulo Dornas

Fotos:Cid Costa Neto eFabily Rodrigues

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Belo Horizonte - MG

Administrativo:Sheila Gomes e Lucas Motta

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Impressão: Bigráfica EditoraDistribuição gratuita

Page 3: Planalto em Foco #24

3Fevereiro de 2014

Imagine quantas mudanças ocorrem em um local depois de meio século. Os bairros Planalto e Itapoá, por exemplo, se transforma-ram consideravelmente. Só quem está na região desde 1964 poderia confirmar essa transformação. A empresária Cleuza Maria do Nascimento é uma dessas. �A região era cheia de chácaras, estradas de terra, mato e fazen-das. A boiada que vinha do Norte de Minas tinha o corte aqui perto. Os animais vinham pela antiga Avenida São Francisco (hoje Cristiano Guimarães) e passavam pelo São Bernardo para ir a um curtume no bairro 1º de Maio. Na época a Olímpio Mourão Filho era terreno da família Gianettti, e ia até a Lagoa do Nado. O local era cheio de minas d'água e ponto para o descanso dos tropeiros antes de levarem a boiada para o destino final�, relata.

A moradora, também conhecida como Nem, chegou ao bairro por causa do sonho da casa própria. Um loteamento foi aberto na ocasião possibilitando que muitos belo-horizontinos que moravam de aluguel pudes-sem construir um lar permanente. �Morávamos

no bairro Floresta. Chegamos aqui com muita diversidade natural. A região foi povoada por pessoas que queriam ter a primeira casa própria. Na época não havia luz e água tratada. Era lamparina e cisterna. Vieram meu pai, minha mãe e seis filhos (nasceram mais três no bairro). Só em 1969 chegou a energia, e mesmo assim tivemos que comprar os postes. A água chegou por volta 1972. Ir para Venda Nova era como ir para uma cidade grande, pois lá tinha comércio, cinema etc�, relembra.

Atividades como rezar e estudar tinham um gosto diferente. Cleuza relembra os tempos estudantis: �A única escola que existia era o Solar da Criança Cristã, onde é o Centro Espírita Paulo de Tarso, que originou o Colégio Três Poderes. Era perto de uma chácara imensa. Para ir à escola andávamos no meio do mato, atravessávamos córregos e passávamos por baixo de cercas. Nossa Educação Física era na rua, onde hoje é a Avenida Portugal. As missas eram realizadas debaixo de uma caixa d'água por padres do Instituto Santo Inácio. Só depois vieram as igrejas Cristo Operário, Igreja da Paz e

a Nossa Senhora da Piedade. Apenas os idosos sentavam na missa. Havia banco só para eles. Ficávamos em pé num sol muito quente�, conta.

Mata do Planalto

A empresaria foi militante da causa da Lagoa do Nado e esteve envolvida em todo o processo da fundação do parque. �A Lagoa era como se fosse a nossa casa. Quando ameaça-ram construir um conjunto habitacional no local fomos à luta. Na Secretaria Municipal do Meio

Ambiente conversamos com o então secretario Iran Firmino. Na mesa de negociação ele nos disse que não tínhamos voz, pois não havia registro como associação. Um olhou para cara do outro, saímos de lá, marcamos uma reunião na noite do mesmo dia e fundamos a associa-ção do bairro. Desse esforço conseguimos manter o espaço�, afirma. Hoje a preocupação de Cleuza é outra: �Me preocupo com o fim da Mata do Planalto. Acho que a expansão imobi-liária piorou o clima da região. Hoje é tudo muito quente, ao contrário de antes quando era bem fresquinho. Pela manhã o bairro era só neblina. Isso não existe mais aqui. Temos dois 'pulmões': a Lagoa do Nado e a Mata do Planalto, que ainda nos dão certo clima agradável. Sem os dois a região viraria um deserto�, lamenta.

Perguntada sobre as lembranças mais remotas da região ela diz: �Lembro-me das lavadeiras do São Bernardo indo lavar roupa cantando músicas tradicionais mineiras. Daqui do Planalto nós ouvíamos. Cantavam temas lindos para Santo Antônio�, conta saudosa. (João Paulo Dornas)

PLANALTO CONTA SUA HISTÓRIA

50 Anos de bairroCleuza Maria do Nascimento, 56, Pedagoga aposentada

Risco de desabamento de viaduto muda rotina no ItapoãAs pacatas ruas Desembargador Milton

dos Reis e São Sebastião do Paraíso, no Itapoã, tiveram dias de intensas avenidas metropolita-nas. Em plena sexta feira, no dia 7 de fevereiro, graças ao afundamento de 27 cm do incomple-to viaduto da Avenida Montese, o trânsito ficou intenso nas ruas do bairro e engarrafado na Avenida Dom Pedro I. Todo fluxo que passa em

um dia normal em horários de pico foi desviado para o bairro. �Que bagunça é essa! O quê aconteceu com nossa rua?�, questionava a moradora Ana do Carmo. Outro vizinho, Terezia-no Bernadino, estava surpreso: �A porta da minha casa virou a Rua da Bahia�. Na Pedro I muitos perderam voos partindo de Confins por causa da �inércia� do fluxo. �Já perdi meu voo.

Vou ter prejuízo�, reclamava uma mulher presa na via.

Nem a Superintendência de Desenvolvimen-to Urbano da Capital nem a Cowan, empreiteira responsável pela obra, se pronunciaram. Na ocasião questionamos os técnicos presentes, que sempre afirmaram impacientes que estavam proibidos de dar depoimentos.

CID COSTA NETO

JOÃO PAULO DORNAS

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4 Fevereiro de 2014

Page 5: Planalto em Foco #24

5Fevereiro de 2014

CRÔNICAS�Bom dia! Sempre leio as publicações no jornal. Vi uma

crônica no jornal Planalto em Foco, na edição janeiro de 2014, onde falava sobre o fim da violência física e política no futebol e fiquei encantada com o que li. O editor Fabily Rodrigues soube explorar o assunto muito bem. Estou com 18 anos, fazendo o 2º ano do ensino médio. E já penso no meu futuro fazer faculdade de jornalismo. Uma área que gosto muito, me dou super bem. Se fosse especificar a área, seria reportagem. Gosto de redação, gosto de escrever. Gostaria de parabenizar toda a equipe que participa do jornal.�

Larissa Farias, Moradora

�Gosto muito das crônicas e matérias do jornal e gostaria de parabenizar toda a equipe pelo trabalho, que é destaque em toda região. Percebo que as pessoas gostam de ler o jornal e sempre vejo pessoas o lendo. A última crônica sobre a questão do futebol foi muito pertinente e realista com tudo que estamos vivenciando atualmente. Não há equilíbrio em muitas coisas e algumas vão perdendo a graça por causa da ganância de muitos. Algo precisa realmente ser feito.�

Gilberto Souza, Empresário

�Venho parabenizar a crônica 'Um amor incondicional', de Fabily Rodrigues. Um texto maravilhoso e que nos ensina muito. Gostaria de saber se consigo receber por e-mail. Obrigada!�

Sabrina Guarini, Moradora

CONTATO�Prezados, dirijo-me aos senhores para tecer uma

crítica construtiva, acredito, em relação ao jornal Planalto em foco, considerando a edição de novembro de 2013. Compreendo e até penso ser digna de elogio a iniciativa do jornal que, de forma gratuita, distribui seus exemplarem perante a comunidade. Matérias como a da situação da Mata do Planalto até hoje guardo, porque é de enorme interesse dos moradores a manutenção de sua biodiversi-dade. No entanto, nesta última edição, de 8 páginas do jornal houve apenas uma matéria (sobre concessionárias de automóveis), sendo todas as demais anúncio publicitá-rio. Acredito, inclusive, que seja essencial o patrocínio para um jornal dessa natureza, mas ao mesmo tempo depõe contra a finalidade do mesmo - a teor do que vocês mesmo expressam no texto de abertura intitulado 'Expediente'. Esta

é apenas uma posição de que quem acompanha o Planalto em Foco, porque gosto das matérias, além de reconhecer a iniciativa por ser um jornal gratuito. No mais, agradeço a atenção.�

Guilherme Oliveira, Leitor e morador do bairro Planalto

�Parabenizo o Jornal e João P. Dornas pelo belo artigo sobre os problemas no transporte da região (edição 20, outubro). Sugiro que falem também sobre as ruas congestio-nadas e a solução com o sistema de mão única, já adotada em vários lugares e mesmo em BH, pois faria o trânsito fluir melhor. Pedi à BHTrans esta mudança em algumas ruas do Itapoã, mas depois de muito tempo responderam que não seria viável. Deveriam reativar o CRTT (Conselho Regional de Transporte e Trânsito) para deliberar estas questões.�

Vitor Pena, Morador

�Parabéns pela iniciativa e a preocupação de vocês com as principais questões positivas e negativas da região. Matérias como aquela sobre o transporte público e o atraso nas obras do BRT mostram o comprometimento de vocês com os bairros locais e a correta informação das notícias que são passadas para nós, moradores, que ficamos sem saber sobre detalhes, prazos, conclusão etc. O trabalho de vocês é muito bom e digno de ser elogiado com matérias completas e informações bastante diversificadas."

Antônio Carlos Guimarães, Empresário

RESPOSTA DO EDITOR�Agradeço os e-mails recebidos e aos poucos os

publicaremos. Agradeço ainda os elogios às crônicas e às sugestões de matérias. Estaremos sempre atentos aos problemas da região, como o transporte público. Já esta-mos conversando com os moradores das ruas afetadas pelas obras do BRT e em breve publicaremos algo. Guilher-me, obrigado pela sua crítica. Realmente aquela edição de novembro teve um número maior de anúncios do que o normal, porque no final de ano os comerciantes querem divulgar mais. Foi um mês a parte, tanto que isso não aconteceu nas demais edições. Quanto à quantidade de matérias tivemos a principal maior com cinco páginas, quando normalmente são três, pois foi necessário abordar outras questões sobre o mesmo tema. Mas mesmo que isso ocorra novamente, será impossível que o Planalto em Foco, que já circula há dois anos e meio na região, corra o risco de virar um guia publicitário.�

Este espaço é destinado a você, leitor e morador da região do Planalto, Itapoã e bairros próximos, que pode elogiar, criticar, sugerir e comentar as matérias do Planalto em Foco ou fatos dos bairros locais. Colabore com o Jornal! Mande a sua história, conte um caso inusitado passado na região, um acontecimento, ou mesmo envie uma fotografia antiga ou curiosa. Este espaço é todo seu. Entre em contato por e-mail: [email protected]. Participe! O Planalto em Foco quer crescer e informar cada vez mais com a ajuda de cada leitor.

No dia 8 de março será inaugurado o Villa SPA Zen, localizado na Rua Professor Ricardo Pinto, 495. O SPA será um ambien-te voltado para os cuidados com o corpo e a alma e para o descanso, além de trata-mentos para cabelos e pele. O gerente William Gualco conta que o Villa SPA Zen será um retiro na cidade para cuidar do corpo e da mente em um só lugar e que a escolha do bairro foi motivada pela falta de um espaço com esse conceito na região. �Durante nossa pesquisa de mercado percebemos que espaços com esse conceito eram encontrados mais na zona sul da cidade. A região da Pampulha precisava de alguma novidade no setor de beleza e cuidados especiais. Escolhemos a data de inauguração para presentear as mulheres da região no dia delas�, explica.

Ele ainda comenta que a proposta é oferecer conforto e atendimento junto com serviços de salão de beleza, estética, massagem, piscina, sauna, entre outros. �Atenderemos somente com horário mar-

cado antecipadamente, para que nossa equipe esteja completamente dedicada ao cliente. O foco é oferecer conforto e quali-dade com um preço equilibrado. Nosso público alvo são as mulheres, porém vamos oferecer pacotes para casais. Também temos outros pacotes para o 'Dia da Noiva', 'Debutante' e o 'Day SPA'. Ofereceremos ainda suporte nutricional para que os tratamentos de estética sejam mais eficazes�, conta William, dizendo que as expectativas são as melhores. Mais informações: 2510-5032 / 9448-2306 e www.villaspazen.com.br. (Ana Izaura Duarte)

SPA será inaugurado no PlanaltoFOTOS: CID COSTA NETO

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Na atual e complexa realidade das metrópoles brasileiras a infraestrtura e os serviços públicos deveriam estar em sintonia com o número de habitantes. Em BH o inves-timento no setor imobiliário vem aumentan-do consideravelmente a população dos bairros locais. Assim sendo, se aumenta a quantidade de pessoas, o atendimento também deve aumentar e melhorar. Já que a Prefeitura e o Estado incentivaram tanto o setor imobiliário, o serviço prestado deveria ser mais qualificado e aumentar gradativa-mente. As regiões do Planalto, Itapoã, Santa Branca e Santa Amélia são exemplos disso: locais de grande interesse dessas empresas e com intenso aumento de moradores.

Mas será que crescimento corresponde ao desenvolvimento e à qualidade de vida? Se não houver esse sincronismo é criada uma situação de transtornos urbanos em várias frentes sociais. Criminalidade, engar-rafamentos, mau abastecimento de água e energia e escassez de áreas verdes, por exemplo, são situações comuns na realidade de uma região que cresce desordenadamen-te.

Analisando tudo isso, fomos às ruas das regiões citadas perguntar às pessoas, espon-taneamente, quais os principais problemas locais. Conversamos com 50 pessoas, entre moradores e trabalhadores. Lembramos que não somos um instituto de pesquisa com metodologia, mas ainda assim conseguimos um retrato interessante dos atrasos locais. Nesta edição percorremos os bairros Planal-to e Itapoã, e tentamos mesclar bastante o perfil dos moradores e trabalhadores entre-vistados para abranger nosso leque socioe-conômico. Na edição seguinte divulgaremos

a mesma pesquisa dos bairros Santa Branca e Santa Amélia, localidade com muitos problemas relacionados às ocorrências de crimes, drogas e prostituição.

TemorCom 48% (24 votos), a principal recla-

mação da população está relacionada à

criminalidade. Tanto os comerciantes como os moradores abordaram esta triste realida-de que vem à tona quando questionamos e recebemos a seguinte resposta de pronti-dão: �temos muitos problemas com crimes�. As modalidades de assalto são várias e os relatos, recentes. �Ontem eu fechei o bar às 22h e veio uma moto para me roubar aqui na

São Miguel. Eu saí correndo e tentaram jogar a moto em cima de mim, mas fugi. Infeliz-mente havia outro rapaz no local para ser vítima. O da garupa já colocou o revólver na cara dele e levou tudo que ele tinha. Assaltos são comuns nessa rua�, reclama o garçom Reginaldo Esteves. Além dos transeuntes, os comerciantes têm sofrido bastante. �Já tive dois assaltos à mão armada em minha loja aqui no Planalto. As áreas próximas aos centros comerciais das avenidas Olimpio Mourão e Cristiano Guimarães estão muito perigosas�, denuncia o empresário Gelson Figueiras.

Os assaltos a residência também rece-bem muitos relatos. �Já tentaram entrar na minha casa aqui no Itapoã. Na primeira vez tentaram arrombar o portão; na segunda nos abordaram na rua�, conta o analista de sistema Amadeu Campanelli. O empresário Ricardo Maurício Freire reclamou que a polícia não faz uma ronda mais efetiva: �Mau policiamento é nosso maior problema. Constantemente há relatos de assaltos. O último aconteceu recentemente em minha própria casa, quando ladrões a invadiram�.

Trânsito confuso e intensoO trânsito já não é o mesmo de 10 anos

atrás e foi o segundo problema mais votado com 22% (11 votos). Este é um problema que provoca a saída de antigos moradores da região. A chegada de faculdades, centros de compras e novas habitações deixou grande parte do trânsito da região como as vias da Zona Sul. Os focos de irritação ficam para as avenidas Portugal, Olímpio Mourão Filho, Cristiano Guimarães e a Rua São Miguel. Um dos alvos dos empresários é a

População aponta os principais problemas

Fevereiro de 2014

FABILY RODRIGUES

CID COSTA NETO

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BHTrans. �Eles mudam o trânsito direto e ninguém é avisado. É de uma vez só e em cima da hora. Um desrespeito total a quem depende da região. A pessoa sai com um caminho na cabeça e de repente tem que mudar todo o trajeto sendo obrigada a saber qual o caminho. Meus clientes já entram na loja reclamando�, esbraveja Débora Amaral, uma das muitas lojistas da Praça Santa Bárbara. O morador e empresário Marcelo Siqueira concorda. �Aqui no Itapoã todas as atitudes da Prefeitura são assim. Fazem na marra. Está uma bagunça total. Isso atrapa-lhou muito as minhas vendas. As pessoas estão nervosas e os motoristas irritados. Colocaram muitas placas na Rua São Miguel e na Praça Santa Bárbara com proibição de estacionar, mas ninguém respeitou�. O aposentado Firmino Felix é sucinto, mas agudo na hora de reclamar: �O trânsito aqui é muito ruim. Fica realmente tudo engarrafado. Precisamos de melhorias urgentes�.

Na divisa do Planalto com o Itapoã a situação não muda. �O principal problema é o trânsito. As avenidas Olimpio Mourão e Cristiano Guimarães não dão mais suporte para a quantidade de pessoas e veículos. Deviam alargar as vias. Não tenho esperança de melhoria�. Outros já �jogaram a toalha�. �Aqui no Planalto temos que andar é a pé mesmo. Não há como estacionar. Já desisti�, relata a dona de casa Lívia Matauso.

Problema antigo

Em terceiro lugar, com 12% (6 votos), uma reclamação constante que nossa reportagem recebe: transporte coletivo. Se para quem mora perto da Avenida Dom Pedro I as opções de ônibus são muitas, o

mesmo não acontece com quem mora nas proximidades da Rua São Miguel e das avenidas Carlos Guedes e Cristiano Guima-rães. �Ficamos muito tempo esperando ônibus. Atrasa sempre. Temos apenas o Campo Alegre (2211) para pegar. Para voltar do Centro está sempre lotado�, reclama a aposentada Lira Saraiva. A técnica em enfermagem Magda Antônia passa pelo mesmo problema. �O 2211 é muito demorado. Espero mais de uma hora para pegar. De 9h até o final da tarde é um custo. Vir do Centro em horário de pico é 'pedir para morrer'. Não consigo vir senta-da. Outra coisa, colocam transporte suple-mentar com ônibus minúsculos. Deviam ser linhas com ônibus maiores�. Na Rua São Miguel o 2402 é o foco da irritação. �São poucos os ônibus para quem mora perto da São Miguel. Só o 2402, mas que ainda assim custam a passar em horários de pico�, reclama o cozinheiro João Sérgio Penido.

Mas há quem considere o bairro exce-lente e sem maiores problemas. 10% (5 votos) das pessoas consideram a região um lugar ótimo, acima de qualquer proble-ma. �Acho aqui excelente. Não vejo algum fato que possa citar. Não tenho reclama-ção�, opina a moradora Ana do Carmo. Rafael Lamonier, instalador de insulfilm, quer perpetuar seu futuro no bairro. �Não percebo qualquer problema grave aqui. Adoro o Planalto e pretendo morar sempre aqui�, exalta.

Na edição de março confira os proble-mas relatados nos bairros Santa Branca e Santa Amélia. (João Paulo Dornas)

Fevereiro de 2014

da região e espera melhorias

Segurança Pública ........................................................................................... 48% (24 votos)Trânsito ............................................................................................................ 22% (11 votos)Transporte Coletivo ............................................................................................. 12% (6 votos)Nenhum .............................................................................................................. 10% (5 votos)Buracos nas ruas .................................................................................................. 4% (2 votos)Falta de sistema de saúde adequado ................................................................... 4% (2 votos)

Principais reclamações apontadas pela população das regiões pesquisadas

FABILY RODRIGUES

CID COSTA NETO

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Moradores e comerciantes opinam sobre os principais problemas locais

ENQUETE

�Sou moradora, trabalho no Planalto e acho que a violência é o maior problema da região. Aqui na área comercial ouço muito as pessoas reclamando de assalto, principalmente ataques a transeuntes.�Maiana Ramos, Manicure

�Hoje todos tem que ter alarmes e outros meios de segurança, caso contrário fica fácil ser assaltado no Itapoã. Os crimes são nossos maiores problemas. Já tentaram arrombar meu portão e também já fui abordado na rua.�Amadeu Campanelli, Analista de sistema

�Como eu dependo de ônibus, acho que a falta de opções de transporte coletivo no Planalto é o maior problema. No final de semana a situação piora. A linha mais complicada é a 2211. Meio de semana fica sempre cheio.�Maria das Graças, Dona de casa

�O mau policiamento é nosso maior problema. Pedimos ajuda e eles muitas vezes são omissos. Há casos em que policiais afirmam que algumas áreas não são deles e nada podem fazer. Recentemente entrou ladrão em minha casa e ficou por isso mesmo.� Ricardo Maurício Freire, Empresário

�Meu comércio foi assaltado duas vezes aqui no Planalto. É raro achar alguma loja que nunca foi assaltada. Normalmente agem em dupla e à mão armada. Os bandidos são muito rápidos e os policiais demoram para chegar.�Gelson Figueiras, Empresário

�Não tenho a menor dúvida que o maior problema dos bairros Itapoã e Planalto é a alta criminalidade e a falta de segurança pública. Vivemos uma realidade de total insegurança.�Rodrigo César Antunes, Relações públicas

�O trânsito aqui é muito ruim e fica tudo engarrafado tanto para sair como para chegar ao bairro. Já fiquei quatro horas preso no trânsito. É um absurdo. Nossa região cresceu além da conta e vieram muitos problemas.�Firmino Felix, Aposentado

�Os motoristas estão bravos. Colocaram muitas placas com proibição de estacionar na Rua São Miguel e na Praça Santa Bárbara, mas ninguém respeita. Aí o trânsito fica todo travado até a Portugal.�Marcelo Siqueira, Empresário

�Nosso maior problema é a falta de segurança. Roubos de carro, por exemplo, tem um alto índice de ocorrências. Sempre há arrombamentos principalmente de veículos estacionados nas ruas intermediárias das avenidas principais.�Valdemir Texeira, Microempresário

�Moro no Itapoã e temos hoje um trânsito bastante confuso. Está péssimo, principalmente nos horários de pico. É melhor sair a pé do que de carro, mesmo assim está difícil atravessar a rua.�Lívia Matauso, Dona de casa

�O trânsito é o principal problema local. Após as 18h fica tudo muito tumultuado. O bairro cresceu, mas o serviço de trânsito continua antiquado. Não houve modificação adequada, principalmente na Cristiano Guimarães. Mau planejamento.� Marluce Toledo, Vendedora

�O trânsito é o maior problema da região. O comércio da Olimpio Mourão e da Cristiano Guimarães não dá mais suporte para a quantidade de pessoas. Não há mais onde estacionar. São muitos moradores e ainda tem mais pessoas vindo.�Henrique Gonçalves, Personal Trainer

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�Acho nossa região ótima. Não consigo lembrar de alguma problema mais latente. É um bom lugar para se viver. Estou muito satisfeito. O trânsito não é dos piores e temos espaços arborizados. Se for possível morarei aqui até o resto da minha vida�. Rafael Lamonier, Instalador de insulfilm

�A violência está tomando conta da cidade. Aqui no Planalto não é diferente. Os crimes aumentaram muito e já estão nas nossas portas. Temos que ficar presos dentro de casa. Algo precisa ser feito.�Denise Pedrosa, Vendedora

�Eu moro no bairro Itapoã desde que nasci. Diferente da tranquilidade de antes, considero que vivemos um problema sério relacionado à criminalidade. Isso se deve ao crescimento dos últimos anos.�Reginaldo Ferreira, Empresário

�Depois das 22h a Rua São Miguel é muito perigosa. Trabalho morrendo de medo, principalmente na hora de sair. Um bar próximo daqui já foi assaltado oito vezes. A Polícia vem, mas os bandidos são mais rápidos.�Reginaldo Esteves, Garçom

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SAÚDE E BEM-ESTAR

O ato de se alimentar é de grande impor-tância para o ser humano. Nele adquirimos as substâncias necessárias para a manutenção da vida. A alimentação é indispensável para uma boa saúde, mas, mais que isto, é uma forma de socialização e uma fonte de prazer. No entanto, problemas podem ocorrer e atrapalhar esse ato tão corriqueiro em nossa vida. Imagine se, enquanto você se alimenta, ocorresse um desvio do alimento ou da saliva para a via aérea, ocasionando a obstrução parcial ou completa das vias respiratórias.

A disfagia é uma alteração na deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou saliva. É decorrente de comprometimento fisiológico e/ou anatômico. Portanto, é a percepção de que há um impedimento à passagem do alimento engolido. Pode levar à desnutrição, desidratação, broncoaspiração, pneumonia aspirativa e óbito. Os sintomas mais comuns são: dificuldade ao engolir, sensação de algo parado na garganta, cansaços, tosses ou engasgos frequentes causados por alimentos ou pela saliva, febre, rouquidão, dor de gargan-ta, aumento da salivação e restos de comida na boca após a alimentação.

Pode ocorrer em diferentes fases da vida, especialmente em idosos. A fonoaudióloga Aline Garrilho comenta sobre o processo de obstrução do alimento ou da saliva nas vias respiratórias. �Esse desvio pode ser facilitado também pelo envelhecimento natural de estruturas envolvidas na deglutição (boca, lábios, língua, dente etc.), acidente vascular encefálico (derrame), traumatismo craniano, doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer, distrofias musculares e câncer de cabeça e pescoço. A disfagia também pode

ocorrer em bebês prematuros, porque não possuem a musculatura e os órgãos desenvol-vidos�, explica.

Aline Moreira Lucena, fonoaudióloga do Centro Médico Pampulha, alerta para a impor-tância de os familiares ficarem atentos aos sintomas, já que esse é um quadro que pode se agravar, levando até ao óbito. �Por não ser muito divulgada seu diagnóstico pode ser tardio. Quando os sintomas surgem as pesso-as não sabem o que é. Enquanto os familiares estão buscando ajuda, o idoso já está tendo as complicações. Por isso a importância de conhecer os sintomas�, alerta.

Umas das doenças que pode ocorrer com a disfagia é a pneumonia. Isso porque o alimento, ao invés de entrar pelo lado certo, na faringe, entra pelo outro lado, na laringe, que só serve como passagem de ar. Assim a comi-da entra na área �errada� e desce até o pul-mão, causando a aspiração. Aila Meireles, fonoaudióloga do Acompanhar (Núcleo de

Acompanhamento à Criança), reforça, dizendo que em pacientes com disfagia, principalmen-te no idoso, é mais comum ocorrer essa aspi-ração. �É isso que pode induzir à pneumonia. Usamos manobras para evitar essa aspiração. Quando o paciente perceber que vai engasgar pedimos para ele tossir, pois assim irá expul-sar o alimento, evitando que caia no pulmão. Não oferecemos alimento via oral para o idoso que corre o risco de aspirar, pois isso pode ser fatal�, explica.

Profissionais envolvidosOs fonoaudiólogos e nutricionais são os

profissionais que atuam juntamente com os médicos na reabilitação da disfagia. Após o diagnóstico ocorre o tratamento, que é funda-mental e evita complicações respiratórias, nutricionais e internações prolongadas. Aline Moreira, do Centro Médico Pampulha, comen-ta que o fonoaudiólogo orienta a família para que sejam passadas diferentes condutas ao paciente, como o tipo de comida a ser servida e a maneira certa de servir.

A nutricionista da Academia Corpore, Aline Cipriano Araújo, conta que uma das principais funções do profissional da área é fazer com que o paciente fique seguro para se alimentar e combinar alimentos para não perder o valor nutricional. �O paciente prefere alimentos pastosos porque é mais fácil de engolir. Se for uma disfagia leve pode ser oferecido um alimento mais cozido, como uma carne, arroz em forma de papa, feijão mais batido, entre outros. Também trabalhamos para que o alimento fique mais atrativo. Quando o paciente ingere alimentos frios, como vitaminas e iogurtes, ele sente uma

sensação de alívio. Quando não dói, a aceita-ção do alimento é maior�, conta.

Ela completa, dizendo que não há como prevenir a disfagia, pois ela ocorre devido a uma degradação natural do corpo. �O que as pessoas podem fazer é se preparar para uma adaptação mais fácil. Não tem embasamento científico, porém as pessoas podem melhorar a alimentação, tornando o ambiente mais propício e comendo mais devagar�, explica. A fonoaudióloga Aline Garillho acrescenta outras maneiras de prevenção. �Para prevenir a disfagia por envelhecimento devemos ainda cuidar bem dos dentes e manter uma boa mastigação, preferindo alimentos mais duros para manter os músculos envolvidos nessa função mais ativos e fortes�, completa. (Ana Izaura Duarte com colaboração de Ana Lesia Subotin Tavares)

Você sabe o que é disfagia?A deglutição está dividida em três fases. Na primeira, ou fase oral, a língua recebe o alimen-to e junto à mandíbula movimenta-se para prepará-lo para ser deglutido ou engolido. A mastigação permite o tamanho e textura correta dos alimentos, misturando-os com a saliva. Na segunda fase o alimento é levado para a parte traseira da boca pela língua, acionando o mecanismo de deglutição e passando o alimento para a faringe (garganta). As pregas vocais (mecanismo que impede momentaneamente a respiração) se fecham, evitando a entrada de substâncias sólidas e líquidas na traquéia. Na terceira fase ou esofágica, o alimento entra em um tubo (esôfa-go), que o leva até o estômago, para iniciar o processo de digestão do bolo alimentar.

DEGLUTIÇÃO

INTE

RNET

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EM FOCO MÍDIA (Jornal Planalto em Foco)Função: MARKETING/PUBLICIDADE Vagas: 1Especificações / Perfil: Experiência nas áreas de Marketing e Publicidade. Disponibilidade de tempo, organização, iniciativa, compromisso, bom texto e boa fluência para entrevistas e contatos externos. Dispensamos curiosos e pessoas aguardando respostas de outros empregos.Função: ADMINISTRATIVO / FINANCEIRO Vagas: 1Especificações / Perfil: Experiência real nas áreas administrativas e financeiras, controle de planilhas, organização, iniciativa, compromisso e boa fluência para contatos externos e agendamento de entrevistas. Contato: Enviar currículo com foto para [email protected].

VILLA SPA ZENFunção: ESTETICISTA Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo feminino, com experiência e graduação.Função: MANICURE E PEDICURE Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo feminino, com experiência. Contato: Enviar currículo para [email protected].

UNIFENASFunção: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS SUPERIORES Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar cursando os cursos de Enfermagem, Biomedicina, Farmácia ou Química. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS TÉCNICOS Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar cursando os cursos técnicos em Química, Biotecnologia ou Patologia Clínica. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Contato: Enviar o currículo para o e-mail [email protected].

SOCILA JARDIM ATLÂNTICO e SANTA AMÉLIA Função: MANICURE Vagas: 1Função: ESCOVISTA Vagas: 1Função: CABELEIREIRO Vagas: 1Função: PODÓLOGA Vagas: 1Especificações / Perfil: Com experiência na função.Contato: Interessados comparecer à Avenida Portugal, 3.500 - Jardim Atlântico, em horário comercial, ou entrar em contato através do telefone 3657-3501.

CENTRO DE COMPRAS VIABRASIL PAMPULHA (Itapoã) Função: SERVENTE DE LIMPEZA Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos. Salário: R$ 825,00. Escala 12x36. Função: AGENTE DE SEGURANÇA Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo masculino, 2º grau completo, ter concluído o curso de vigilante. Função: LÍDER DE LIMPEZA Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, com experiência com liderança e na área de limpeza. Salário compatível + benefícios Contato: Encaminhar currículo para [email protected] ou entrar em contato pelos telefones 3347-7721 ou 2126-3200.

WALMART PAMPULHA (Planalto) Função: OPERADOR DE CAIXA Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, disponibilidade de horário (trabalhos aos domingos e feriados). Não é necessário ter experiência.Função: FISCAL DE LOJA Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, disponibilidade de horário (trabalhos aos domingos e feriados). Não é necessário ter experiência.Função: AÇOUGUEIRO Vagas: 1 Especificações / Perfil: Sexo masculino, 1º grau completo, disponibilidade de horário (trabalhos aos domingos e feriados) e experiência comprovada em CTPS.

Função: CONFEITEIRO Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau completo, necessário ter experiência.Função: AUXILAR DE MANUTENÇÃO Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo masculino, 2º grau completo, ter o curso de eletricista predial, desejável curso de mecânico.Função: AUXILAR DE PERECÍVEIS Vagas: 3Especificações / Perfil: Sexo masculino, 1º grau completo, disponibilidade de horário (trabalhos aos domingos e feriados). Não é necessário ter experiência.Contato: Interessados enviar currículo para o e-mail [email protected], citar no campo de assunto o nome da vaga.

SUPER NOSSO PAMPULHA (Santa Amélia) Função: ATENDENTE DE CAIXA Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, entre 18 e 45 anos. Não é necessária experiência. Função: REPOSITOR DE MERCADORIA Vagas: 5Especificações / Perfil: Sexo masculino, desejável 1º grau completo, entre 18 e 45 anos. Não é necessária experiência. Função: PADEIRO Vagas: 2Função: AÇOGUEIRO Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, necessário seis meses de experiência na função.Função: EMBALADOR Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau completo. Não é necessária experiência.Contato: Interessados comparecer à Av. Amazonas, 1.464 - Barro Preto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, munidos dos documentos pessoais.

MILA (Liberdade) Função: AUXILIAR ADMINISTRATIVO - VAGA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, preferencialmente possuir o 2º grau completo, não é necessária experiência.

Função: AUXILIAR DE TELEMARKETING Vagas: 1Especificações / Perfil: Sexo feminino, 2º grau completo, não é necessária experiência. Contato: Enviar currículo para o e-mail [email protected], com nome da vaga, ou entrar em contato com Carla através do telefone 3499-4145.

CONTAX Função: ATENDENTE DE CALL CENTER Vagas: 200Especificação / Perfil: Com ou sem experiência, acima de 18 anos, ensino médio concluído ou cursando e noções básicas de informática. Benefícios: salário fixo, VT, ticket, plano de saúde e odontológico, auxílio creche, possibilidade de crescimento e descontos em faculdades.Contato: Enviar currículo para [email protected] ou [email protected].

A&C Função: ATENDENTE DE TELEMARKETING Vagas: 50 Especificação / Perfil: Ambos os sexos, com ou sem experiência, acima de 18 anos, ensino médio completo, conhecimentos básicos em informática. Benefícios: salário fixo de R$ 678,00, lanche na empresa, convênio médico e odontológico, convênio com faculdades, seguro de vida, auxílio creche e possibilidade de crescimento. Carga horária de trabalho: 6h20 por dia. Contato: Enviar currículo para [email protected].

IGUANA PNEUS Função: VENDEDOR DE TELEMARKETING Vagas: 2Especificação / Perfil: Ambos sexos, preferencialmente com experiência. Morar na região.Função: FAXINEIRA Vagas: 1Especificação / Perfil: Sexo feminino, morar na região.Contato: Entregar currículo na Avenida Guarapari, 89 - Santa Amélia, ou enviar currículo para [email protected].

Novamente divulgamos as vagas de empregos na região através da disponibilidade de nossos anunciantes e demais parceiros, e esperamos contribuir, tanto com as empresas que precisam preencher estas vagas, quanto com os moradores e demais interessados. Continuaremos usando este espaço em nossas próximas edições para que nossos parceiros e empresas sérias e idôneas possam oferecer suas vagas e assim faremos nosso trabalho social de ajudar aqueles que precisam trabalhar. Os dados da empresa, contato, especificações e quantidade de vagas podem ser enviados para [email protected].

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