PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS · estar comprometido com a qualidade e excelência do...

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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Dilan Cirillo dos Santos Nunes Lethicia Ferreira PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS: Um estudo de caso na W.V. Indústria Metalúrgica LTDA em Cafelândia-SP. Lins SP 2019

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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Dilan Cirillo dos Santos Nunes

Lethicia Ferreira

PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE

PRODUTOS: Um estudo de caso na W.V. Indústria

Metalúrgica LTDA em Cafelândia-SP.

Lins – SP

2019

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DILAN CIRILLO DOS SANTOS NUNES

LETHICIA FERREIRA

PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS: Um estudo de caso na

W.V. Indústria Metalúrgica LTDA em Cafelândia-SP.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. Me. Francisco César Vendrame e orientação técnica do Prof. Me. Thiago Flávio de Souza.

Lins – SP

2019

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Nunes, Dilan Cirillo dos Santos; Ferreira, Lethicia;

Planejamento e desenvolvimento de produtos: um estudo de caso na W.V. Indústria Metalúrgica / Dilan Cirillo dos Santos Nunes; Lethicia Ferreira. -- Lins, 2019.

73p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2019.

Orientadores: Francisco César Vendrame; Thiago Flávio de Souza

1. Planejamento. 2. Desenvolvimento. 3. Produto. 4. Projeto. 5. Qualidade. I Título.

CDU 658

N924p

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Nunes, Dilan Cirillo dos Santos; Ferreira, Lethicia;

Planejamento e desenvolvimento de produtos: um estudo de

caso na W.V. Indústria Metalúrgica / Dilan Cirillo dos Santos Nunes;

Lethicia Ferreira. -- Lins, 2019.

73p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Administração, 2019.

Orientadores: Francisco César Vendrame; Thiago Flávio de

Souza

1. Planejamento. 2. Desenvolvimento. 3. Produto. 4. Projeto. 5. Qualidade. I Título.

CDU 658

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar comigo em todos os momentos da minha vida, me

fornecendo toda força possível para superar meus limites e se melhor a cada dia

A minha família, especialmente a minha mãe, pela paciência, dedicação, amor, conselhos e toda

forma de apoio. Vocês me ensinaram valores raros e bons, além de me impulsionarem a sonhar

cada vez mais longe. Obrigado por acreditarem em mim. Amo vocês!

A minha namorada Danieli, por todo amor e carinho, conselhos e acima de tudo, por colocar

cor em mim quando tudo em minha volta se tornava cinza. Amo você!

A minha parceira e amiga Lethicia, por caminhar lado a lado nessa jornada incrível de

compreensão e aprendizado, me tranquilizando e apoiando em uma enorme magnitude.

Aos meus amigos, pessoas que compartilhei vários momentos nessa trajetória, me ajudando a

superar desafios.

Aos meus professores, em especial aos orientadores Francisco e Thiago, que puderam nos dar

toda a estrutura necessária para alcançar nossos objetivos e nos transformar em profissionais

de primeira linha.

A instituição Salesiana, pela estrutura e ambiente formidável que trazem aos alunos, um

verdadeiro exemplo de entidade que se aproxima muito de um lar.

E por fim, agradeço a WV por auxiliarem e proporcionarem tudo o que precisamos para tornar

esse sonho possível!

Dilan Cirillo dos Santos Nunes

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Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, por tudo o que é em minha vida.

Aos meus pais Geraldo e Sueli, por todo o apoio e incentivo, que serviram de alicerce para as

minhas realizações, me apoiando ao longo de toda a minha trajetória.

Ao meu irmão Evandro e minha cunhada Jéssica, por sempre me incentivar em todas as áreas

da minha vida, pela atenção dedicada quando sempre precisei.

Ao meu amigo e parceiro de trabalho Dilan, por não medir esforços durante todo o

desenvolvimento do trabalho, pela sua paciência, dedicação, amizade e comprometimento.

Agradeço meu professor orientador Francisco, por aceitar conduzir nosso trabalho e pela sua

dedicação e conhecimento.

Também quero agradecer a Instituição UniSALESIANO e seu corpo docente que demonstrou

estar comprometido com a qualidade e excelência do ensino.

E a Empresa W.V. que nos apoiou no desenvolvimento do trabalho com informações para

conseguirmos concluí-lo.

Lethicia Ferreira

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RESUMO

O mundo está cada vez mais competitivo e informatizado, transformando as empresas em estruturas de evolução constante para se manterem no mercado com vantagem competitiva em seus produtos e serviços. O planejamento e desenvolvimento de produtos tem se tornado cada vez mais importante para a execução dos processos em decorrência do produto final. Algumas empresas vêm buscando cada vez mais atingir novos mercados com potencial de médio/longo prazo. Para a satisfação dos clientes, as empresas estão sempre focadas em garantir maior rapidez e qualidade no processo de desenvolvimento dos novos produtos, buscando atingir a vantagem competitiva no mercado e se impondo melhor que seus concorrentes. Buscando cada vez mais a satisfação de seus clientes, a W.V. Indústria Metalúrgica busca desenvolver as melhores e diferenciadas opções de produtos, tornando-as novidades em seu ramo. Atendendo sempre os requisitos de seus clientes de forma rápida, confiável, honesta e eficaz, proporcionando-os o melhor produto. No processo de desenvolvimento de produtos, a empresa tem uma visão abrangente para a implementação de possíveis melhorias em todos os níveis hierárquicos da organização. A pesquisa permitiu observar que o modelo de desenvolvimento de produtos utilizado pela empresa apresenta bons resultados, evidenciando a preocupação da empresa na qualidade oferecida através de seus produtos, garantindo a eficácia no processo, a satisfação de seus clientes e criando oportunidades no mercado. O processo de desenvolvimento de produtos deve abranger a capacitação de seus funcionários para se dedicarem desde o início até o final do projeto. A principal preocupação das empresas é a busca da total qualidade de seus serviços e produtos, tornando um diferencial competitivo. Desta maneira, o planejamento e desenvolvimento de produtos passam por diversas fases, desde o primeiro contato com o cliente até o produto acabado em suas mãos.

Palavras-chave: Planejamento. Desenvolvimento. Produto. Projeto. Qualidade.

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ABSTRACT

The world is increasingly competitive and computerized, transforming companies into constantly evolving structures to stay in the market with competitive advantage in their products and services. Product planning and development has become increasingly important for the execution of processes as a result of the final product. Some companies are increasingly seeking to reach new markets with medium / long term potential. For customer satisfaction, companies are always focused on ensuring faster and better quality in the process of developing new products, seeking to achieve competitive advantage in the market and imposing itself better than its competitors. Increasingly seeking customer satisfaction, W.V. Metallurgical Industry seeks to develop the best and differentiated product options, making them new in their field. Always meeting your customers' requirements quickly, reliably, honestly and effectively, providing them with the best product. In the product development process, the company has a broad vision for implementing possible improvements at all hierarchical levels of the organization. The research showed that the product development model used by the company has good results, highlighting the concern of the company in the quality offered through its products, ensuring efficiency in the process, customer satisfaction and creating market opportunities. The product development process should include empowering your employees to focus from the beginning to the end of the project. The main concern of the companies is in search of the total quality of their services and products, making it a competitive differential. In this way, product planning and development go through several phases, from the first customer contact to the finished product in your hands.

Keywords: Planning. Development. Product. Project. Quality.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Foto da empresa. ....................................................................................... 14

Figura 2: Produtos componentes. ............................................................................. 18

Figura 3: Displays ...................................................................................................... 19

Figura 4: Organograma da empresa. ........................................................................ 20

Figura 5: Logos dos concorrentes. ............................................................................ 25

Figura 6: Clientes da empresa. ................................................................................. 25

Figura 7: O processo de desenvolvimento de produtos envolve o processo de

planejamento estratégico e acompanha o processo de produção. ........................... 30

Figura 8: Processo relacionado com o desenvolvimento de produtos. ..................... 31

Figura 9: Dimensões do Produto. .............................................................................. 32

Figura 10: Os cinco níveis de produto. ...................................................................... 35

Figura 11: Organograma tradicional versus organograma da empresa moderna

orientada para o cliente. ............................................................................................ 36

Figura 12: Sequência de solução para um problema usando técnicas que estimulam

a criatividade. ............................................................................................................ 39

Figura 13: Estrutura básica do produto. .................................................................... 43

Figura 14: Ciclo de Levitt. .......................................................................................... 46

Figura 15: Informações enviadas pelo cliente para a criação do "Display Arenito". .. 50

Figura 16: Apresentação do "Display Arenito". .......................................................... 50

Figura 17: Projeto do "Display Arenito". .................................................................... 51

Figura 18: Orçamento do "Display Arenito", sem os valores. .................................... 52

Figura 19: Comunicação Visual usada no "Display Arenito". .................................... 53

Figura 20: Apresentação do protótipo "Display Arenito". ........................................... 54

Figura 21: Revisão do "Display Arenito". ................................................................... 54

Figura 22: Programação de estamparia de chapa do "display arenito". .................... 56

Figura 23: Tubos do "display arenito" para o processo de furação. .......................... 57

Figura 24: Anteparo de arame do "display arenito". .................................................. 58

Figura 25: Processo de dobra de uma chapa do "display arenito". ........................... 58

Figura 26: Gabarito para soldagem do anteparo "display arenito". ........................... 59

Figura 27: Processo de soldagem. ............................................................................ 59

Figura 28: Processo de acabamento. ........................................................................ 60

Figura 29: Processo da linha de pintura. ................................................................... 61

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Figura 30: Montagem do "Display Arenito". ............................................................... 62

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

ERP: Enterprise Resource Planning (Sistema de Gestão Empresarial)

EPI: Equipamento de Proteção Individual

ISSO: Organização Internacional de Normatização

NBR: Norma Brasileira

NP: Novo Produto

O.P.: Ordem de Produção

PCP: Planejamento e Controle da Produção

PDP: Planejamento e Desenvolvimento de Produtos

PEE: Plano Estratégico Empresarial

PPCP: Planejamento, Programação e Controle da Produção

P&D: Pesquisa e Desenvolvimento

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12

CAPÍTULO I – A EMPRESA ..................................................................................... 14

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA ....................................................... 14

1.1 Origem ............................................................................................................ 14

1.1.1 Identificação da Empresa ............................................................................... 14

1.1.2 Histórico da empresa ...................................................................................... 15

1.2 Missão ............................................................................................................ 17

1.3 Visão ............................................................................................................... 18

1.4 Valores ........................................................................................................... 18

1.5 Produtos ......................................................................................................... 18

1.6 Objetivos ......................................................................................................... 19

1.7 Organograma .................................................................................................. 19

1.7.1 Representante da direção .............................................................................. 20

1.7.2 Departamento comercial ................................................................................. 20

1.7.3 Departamento de compras ............................................................................. 21

1.7.4 Departamento de qualidade............................................................................ 21

1.7.5 Recursos humanos ......................................................................................... 22

1.7.6 Gerente de produção ...................................................................................... 22

1.7.7 Expedição ....................................................................................................... 22

1.7.8 Faturamento ................................................................................................... 23

1.7.9 Financeiro ....................................................................................................... 23

1.7.10 Desenhista / Projetista ................................................................................... 23

1.7.11 Contabilidade ................................................................................................. 23

1.8 Unidades de apoio .......................................................................................... 24

1.8.1 Empresa parceira em aramados ..................................................................... 24

1.8.2 Empresa parceira em comunicação visual ..................................................... 24

1.8.3 Empresa parceira em madeiramento .............................................................. 24

1.9 Concorrentes .................................................................................................. 25

1.10 Clientes ........................................................................................................... 25

1.11 Responsabilidades social e ambiental ............................................................ 26

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1.11.1 Social ............................................................................................................. 26

1.11.2 Ambiental ....................................................................................................... 26

CAPÍTULO II – O PROCESSO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE

PRODUTOS .............................................................................................................. 27

1 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ....................... 27

1.1 Definição do processo de desenvolvimento de produtos ................................ 27

1.2 O Papel do PDP no Brasil .............................................................................. 27

1.3 Características do PDP .................................................................................. 28

1.4 Definição e escopo do PDP ............................................................................ 29

1.5 Conceito de Produto ....................................................................................... 32

1.6 Dimensões do Produto ................................................................................... 32

1.7 Tipos de produtos ........................................................................................... 33

1.7.1 Produtos de consumo ..................................................................................... 33

1.7.1.1 Produtos de conveniência ............................................................................. 33

1.7.1.2 Produtos de Compra Comparada .................................................................. 34

1.7.1.3 Produtos Especiais ........................................................................................ 34

1.7.1.4 Produtos não procurados .............................................................................. 34

1.8 Características e classificação dos produtos .................................................. 35

1.9 Satisfação, valor e fidelidade do cliente .......................................................... 36

1.10 Os desafios no desenvolvimento de novos produtos ...................................... 37

1.11 Como surgem os novos produtos ................................................................... 38

1.12 O produto e a estratégia da empresa ............................................................. 39

1.13 Fases do desenvolvimento de produtos ......................................................... 40

1.13.1 A fase do pre-desenvolvimento de produtos .................................................. 41

1.13.2 A fase do desenvolvimento de produtos ........................................................ 42

1.13.3 A fase do pós-desenvolvimento de produtos.................................................. 45

CAPÍTULO III – A PESQUISA .................................................................................. 48

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 48

1.1 O processo de planejamento e desenvolvimento do produto para o cliente na

W.V. indústria metalúrgica de Cafelândia ....................................................... 49

1.1.1 A voz do cliente .............................................................................................. 49

1.1.2 Desenvolvimento da apresentação do produto .............................................. 50

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1.1.3 Desenvolvimento do projeto técnico ............................................................... 51

1.1.4 Orçamento do produto .................................................................................... 52

1.1.5 Fabricação do protótipo .................................................................................. 52

1.1.6 Comunicação visual ........................................................................................ 53

1.1.7 A apresentação do protótipo ........................................................................... 53

1.1.8 A requisição de matérias primas necessárias para a fabricação do produto .. 55

1.2 A produção do produto ................................................................................... 55

1.2.1 Entrada do pedido no sistema ........................................................................ 55

1.2.2 Impressão de desenhos ................................................................................. 55

1.2.5 Estamparia e furação ...................................................................................... 56

1.2.6 Dobra .............................................................................................................. 57

1.2.7 Solda e acabamento ....................................................................................... 59

1.2.8 Controle de qualidade ..................................................................................... 60

1.2.9 Banho e Pintura a pó ...................................................................................... 61

1.2.11 Comunicação Visual ....................................................................................... 61

1.2.10 Montagem e carregamento ............................................................................. 62

1.3 A entrega e feedback do cliente quanto ao produto recebido. ........................ 63

1.4 Parecer final do caso ...................................................................................... 63

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 64

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 65

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 66

APÊNDICES ............................................................................................................. 68

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1 INTRODUÇÃO

Com as diversas mudanças no mercado competitivo e diante de

consumidores cada vez mais exigentes, é necessário que as empresas busquem a

melhoria contínua em seus processos, para que seu produto seja um diferencial no

mercado. O planejamento e desenvolvimento de produtos exigem profissionais

capacitados e uma estrutura eficiente para que cada etapa seja cumprida com êxito,

não resultando em erros que geram custos para a empresa.

Para o desenvolvimento de um produto ser eficaz, é necessário o empenho e

dedicação de todos os envolvidos nos processos.

Dentro do planejamento e desenvolvimento de um produto é necessário que

se faça um projeto buscando maior qualidade, melhores tecnologias, tempo

adequado procurando melhorar sempre seus processos, produzindo produtos

superiores e ganhando vantagem competitiva. É importante que este processo seja

planejado, controlado e coordenado para o alcance dos objetivos de maneira

eficiente buscando atender as necessidades e expectativas do cliente.

Os objetivos da pesquisa foram demonstrar o processo de desenvolvimento e

planejamento de produtos e a qualidade aplicada dentro desse processo, foi

realizada uma pesquisa na W.V. Indústria Metalúrgica em Cafelândia- SP, com o

objetivo de analisar o processo de desenvolvimento e planejamento de um produto,

bem como descrever e comparar as informações e práticas obtidas na empresa.

A pergunta problema que norteou a pesquisa foi: De que forma o processo de

planejamento e desenvolvimento dos produtos adotado pela empresa tem atendido

com eficácia as solicitações dos seus clientes?

Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese:

Através de processos de criação e inovação no desenvolvimento dos

produtos, adotando técnicas de pesquisa de mercado e satisfação do cliente, além

do monitoramento constante das tecnologias e etapas de planejamento e produção.

Para a realização de tal pesquisa foram utilizados os métodos e técnicas de

pesquisa que estão descritos no capítulo III.

O trabalho está assim estruturado:

O capítulo I discorre sobre a evolução histórica da W.V. Indústria Metalúrgica

em Cafelândia - SP.

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O capítulo II aborda a fundamentação teórica sobre o planejamento e o

desenvolvimento de produtos.

O capítulo III demonstra a pesquisa realizada na W.V. Indústria Metalúrgica

em Cafelândia - SP.

Por fim, vêm a proposta de intervenção e a conclusão da pesquisa.

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CAPÍTULO I

A EMPRESA

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA

1.1 Origem

Com o surgimento em 2006, a WV Indústria Metalúrgica LTDA atua no

segmento de corte, conformação e estamparia de chapas, tendo como objetivo o

fornecimento de serviços e produtos em demanda de larga escala, produzindo

acessórios específicos independentes, relacionados exclusivamente aos seus

clientes.

1.1.1 Identificação da Empresa

Razão Social: WV Indústria Metalúrgica LTDA

CNPJ: 07.795.907/0001-33

Endereço: Avenida Dionísia Zucchi, 1535-A, Distrito Industrial.

CEP: 16500-000

Cidade: Cafelândia-SP

Atividade Econômica: fabricação de móveis com predominância de metal.

Figura 1: Foto da empresa.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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1.1.2 Histórico da empresa

Uma empresa do segmento de arames, de propriedade do senhor Antônio

Carlos Contrera, era fornecedora de todos os equipamentos de aramados da

Carrier-Seral do Brasil. No início de 2006, o senhor Antônio Carlos Contrera fora

convidado como representante da empresa a participar de um processo seletivo

onde participariam nove outros fornecedores num projeto de concorrência em um

Outsourcing.

Na oportunidade, a empresa foi selecionada entre as demais, o que deu início

a W.V. Indústria Metalúrgica Ltda., em um seguimento diferente do traçado pelo

empresário: corte, conformação e estamparia de chapas. A empresa foi constituída

com o objetivo de terceirização de serviços e produtos, primeiro de atender sistemas

de parcerias com empresas privadas, atendendo a demanda em larga escala,

produzindo acessórios para os produtos ofertados pelas referidas empresas.

Dessa forma, em 11 de Janeiro do ano de 2006, os sócios Wilson Gazotto

Contrera e Carlos Vinícius Gazotto Contrera vêm formar a constituição comercial e

industrial, por cotas iguais de responsabilidade limitada, denominada W.V. Indústria

Metalúrgica Ltda., com seu instrumento de contrato social devidamente registrado e

arquivado na junta comercial do estado de São Paulo (JUCESP), sob nº.

35220289084, CNPJ nº. 795.907/0001-33; inscrição estadual nº. 237.064.529-118,

com sede na Avenida Dionísia Zucchi, 1535-A, no distrito industrial, na cidade de

Cafelândia, Estado de São Paulo, Brasil.

No primeiro momento, receberam as máquinas em comodato nos prédios já

instalados, onde foram feitas as transferências das máquinas.

É interessante esclarecer que até o layout da empresa foi definido pela

parceria, com matriz nos Estados Unidos, assim como as normas de segurança,

ambientais, de capital humano, as quais eram fiscalizadas por ela.

Em 01 de outubro de 2007, a empresa sofreu sua primeira alteração

contratual, constando na mesma o objeto social e delegando ao sócio Wilson

Gazotto, o poder administrativo sobre os interesses da sociedade e as operações

referentes ao objeto social.

Em segunda instância, os proprietários detectaram que o novo seguimento

implantado tem um ciclo de produção bem definido, onde no primeiro trimestre, o

mercado não consome, ficando ocioso; no segundo trimestre, o mercado está um

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pouco aquecido; e no terceiro e quarto trimestres, já se encontram bastante

aquecido, necessitando que a empresa aumente sua força de trabalho para três

períodos.

O mercado tem como referência o final de ano, onde em regra geral, os

empresários desse segmento investem tanto em construção quanto na reforma de

suas lojas visando somente essa data.

A diretoria da W.V. Indústria Metalúrgica Ltda. procurou a parceira expondo a

dificuldade de manter-se como parceira exclusiva, devido à sazonalidade, atendendo

somente esse segmento. Seu objetivo era buscar outros nichos de mercado para

solucionar seus problemas de sazonalidade e equilibrar a produção.

A parceira foi receptiva nessa questão, entendendo que para a sobrevivência

da organização deveria acatar suas necessidades imediatas.

A proposta inicial foi à compra de todas as máquinas, matrizes e ferramentas

que até então estavam nas condições de comodato, respeitando uma única

condição imposta pela Carrier-Seral do Brasil, de exclusividade no fornecimento no

segmento de gôndolas.

A W.V. Indústria Metalúrgica Ltda. passa assim a vivenciar um novo momento

buscando novos parceiros de mercado que pudessem utilizar sua capacidade

produtiva e seu tempo ocioso.

Passou assim a W.V. Indústria Metalúrgica Ltda., prestadora de serviços de

corte, dobra, estamparia e solda a desenvolver balcões, gôndolas, checkouts,

expositores, displays, check- stands e estantes metálicas.

Com parcerias de porte, seu mercado de atuação se expandiu atendendo

equipamentos especiais, lojas de construção, materiais esportivos, equipamentos de

informática e outros.

Ao longo do tempo vieram novas parcerias, tais como: Leroy Merlin - material

de construção; Techsumed - unidades refrigeradas; Escriba - móveis para escritório;

Mipal - trocadores de calor; Arneg - refrigeração; Termokey - trocadores de calor e

Femsa Coca Cola - equipamentos para supermercado.

Um dos maiores destaques concretizados como parceira pela W.V.

Metalúrgica Ltda. foi a Volvo, que orientou a empresa sobre a importância da

homologação da NBR-ISO 9001, pois entendiam que em curto espaço de tempo, os

principais parceiros exigiriam a mesma. Cabe esclarecer que da mesma forma que a

Carrier do Brasil, a Volvo tem como característica exigências próprias.

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Dessa forma, em 17 de fevereiro do ano de 2009, a instituição recebeu o

Certificado de Gestão de Qualidade de seu sistema produtivo e de seus produtos -

NBR ISSO 9001:2008.

A empresa priorizou os investimentos em treinamento de pessoal (Recursos

Humanos), ferramentas e equipamentos de alta tecnologia, além dos processos

produtivos, objetivando atender à demanda com maior rapidez e alta qualidade.

Em meados de 2009, de uma forma surpreendente, em função da crise

mundial, a Carrier-Seral do Brasil resolveu encerrar suas atividades no país,

deixando a W.V. Indústria Metalúrgica Ltda., então parceira, com enormes

problemas e preocupações, já que representava 55% do faturamento total.

Não bastando, aconteceu o encerramento de fornecimento para a HMY do

Brasil, que representava 10% do faturamento da empresa.

Uma das grandes preocupações da diretoria da W.V. Indústria Metalúrgica

Ltda., era a concentração do faturamento em grandes clientes.

Passa a buscar novos parceiros para pulverizar o seu faturamento.

O crescimento almejado pelos sócios e o grande esforço para a concretização

dos objetivos e metas, foi recompensado por grandes outras parcerias que levaram

a alavancar o faturamento da empresa, o retorno satisfatório para os sócios

proprietários e o crescimento interno de sua equipe.

No começo de 2018, inicia-se uma parceria com a empresa CULTURAL MKT,

responsável por ser a ponte entre grandes parcerias com clientes como Adare, TMS,

H&H, P&G etc., dando início a um promissor mercado de Displays. Neste momento,

realizaram parcerias com marcas mundialmente conhecidas, como: Gillette, Venus,

Snickers, Lacta, Pampers, Ariel, Nutren, Ninho, Pantene e Trident

1.2 Missão

Oferecer ao setor de autosserviços as melhores e diferenciadas opções de

expositores, check-outs e acessórios, com elevado padrão de qualidade e inovação.

Atender aos requisitos específicos dos clientes com rapidez, honestidade,

segurança, confiabilidade e rentabilidade na geração de bons negócios aos clientes,

colaboradores e fornecedores da empresa, proporcionando soluções atrativas e

adequadas para a melhor exposição de produtos e mercadorias destinadas ao

consumo final.

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1.3 Visão

Ser reconhecida pela credibilidade e confiabilidade na industrialização de

seus produtos e estar entre os maiores do setor nacional, destacando-se no domínio

de tecnologias avançadas, no comprometimento com a qualidade total e a plena

satisfação dos clientes, através de investimentos permanentes em equipamentos,

tecnologia e aperfeiçoamento contínuo da qualificação de seus colaboradores.

1.4 Valores

Integridade, respeito e transparência por todos os clientes, fornecedores e

colaboradores, sempre com a tradição e a qualidade do Grupo Contrera.

1.5 Produtos

A empresa possui em sua linha de produtos: componentes de chapa

metálicas, tubos, aramados, gôndolas de supermercado, porta pallet, racks

metálicos, display de chão, de balcão, de madeira, de Psai, vacum forming e

produtos especiais.

Figura 2: Produtos componentes.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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Figura 3: Displays

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

1.6 Objetivos

a) indústria e comércio de metalurgia em geral;

b) indústria e comércio de artefatos de arame em geral;

c) indústria e comércio de plásticos em geral;

d) indústria e comércio de metal em geral;

e) indústria e comércio de aparelhos, equipamentos, utensílios,

destinados à criação de animais bovinos, equinos, suínos, cães, gatos,

aves e peixes em geral.

1.7 Organograma

A empresa é administrada e dirigida por ambos os diretores (Wilson e

Vinicius), responsáveis por todas as tomadas de decisões, além do planejamento e

elaboração de projetos que serão desenvolvidos dentro de cada departamento.

O setor financeiro fica sob a responsabilidade do Senhor Wilson Gazotto e a

Diretoria Comercial fica gerida pelo Sr. Carlos Vinícius Gazotto Contrera, bem como

os processos produtivos. Conforme a figura 4, é possível notar a estrutura

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hierárquica da organização, representando os diferentes elementos do grupo e suas

ligações.

Figura 4: Organograma da empresa.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Com esta ferramenta, a empresa consegue uma melhor visualização de toda

a estrutura coorporativa e uma breve noção de todos os colaboradores que

trabalham nela.

1.7.1 Representante da direção

É um cargo ou função exigida pelas normas do NBR-ISO 9001 e tem a

responsabilidade, entre outras, de assegurar a implementação dos processos

necessários para o funcionamento do sistema de gestão da qualidade, permitindo a

certificação da organização. Na ausência dos diretores, pode substituí-los em

tomadas de decisões ou ainda, podem ser delegadas ao mesmo, às tomadas de

decisões (descentralização de poder).

1.7.2 Departamento comercial

A empresa possui somente vendedores internos. Suas vendas são as

chamadas vendas diretas, pois são exoneradas de comissão. Após o cliente realizar

a compra, é transmitido à empresa o pedido feito por ele, com as devidas

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documentações necessárias à aprovação de seu cadastro. A documentação é

direcionada e analisada pelo departamento de contas a receber, que, após consulta

à instituição financeira e aos dados indicados pelo cliente, poderá aprovar o

cadastro, encaminhando diretamente o pedido ao setor de produção.

Entender a necessidade do cliente e passar essas informações diretamente

ao processo de previsão das vendas ajuda muito no desempenho da área de vendas

propriamente dito.

Quando é solicitado pelo cliente um orçamento ou projeto a ser executado, é

emitido diretamente ao setor de engenharia, onde estará sendo desenvolvido o

projeto técnico e dados de informação suficientes, para a formação do valor de

venda do produto.

1.7.3 Departamento de compras

Departamento responsável pela aquisição de todos os insumos, materiais de

consumo, materiais de escritório, matéria prima e outros produtos.

Todo o controle e ação de compras estão totalmente ligados ao controle de

estoque e às vendas da empresa. A empresa possui um controle de estoque, que é

semanalmente conferido e passado para o responsável pelo departamento

financeiro, que após efetuar a programação das compras, autoriza a compradora a

efetuar cotação de preço de custo com os fornecedores.

1.7.4 Departamento de qualidade

Responsável por assegurar toda a qualidade dos produtos seguindo as

normas de padronização e fabricação exigidas pelo NBR-ISO 9001. Garante, a

entrega dos produtos conforme a solicitação dos clientes atendendo aos padrões de

qualidade da empresa. Sob o seu comando, estão algumas ferramentas que são

utilizadas para garantir essa qualidade esperada, como o setor de controle de

qualidade, onde são testadas manualmente peças escolhidas por lote e possui

também auxílio de um laboratório de conferência de rigidez. Esse laboratório existe

para um controle de qualidade e rastreabilidade por lote produzido. Os testes

realizados pelo laboratório são: teste de rigidez, teste de impacto, medidor de

camada, corte cruzado, análise e controle dos banhos de fosfato e zinco, análise dos

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resíduos do tratamento de superfície. Além disso, todo o controle de qualidade das

amostras e dos protótipos são inspecionados neste setor.

1.7.5 Recursos humanos

O departamento possui um sistema informatizado de folha de pagamento

onde são processados o adiantamento salarial, avisos e recebimentos de férias,

rescisões trabalhistas, além da apuração de todos os encargos sociais (INSS, FGTS,

PIS/PASEP).

Responsável pela admissão e demissão de colaboradores, controle de ponto

diário, horas extra e exames médicos anuais.

A administração visa investimentos no setor que contribui na busca de mão

de obra especializada, treinamento e capacitação do pessoal.

1.7.6 Gerente de produção

Assegura o cumprimento de metas de produção dentro dos padrões de

qualidade, quantidade, custos e prazos pré-estabelecidos, satisfazendo os anseios

da empresa e do cliente final.

O departamento de produção conta com vários encarregados responsáveis

pelo controle, execução e qualidade dos produtos durante todo o processo, visando

o maior aproveitamento da matéria prima.

A partir do Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), os

encarregados têm acesso aos pedidos efetuados pelos clientes onde controlam

desde a alocação da matéria prima destinada à produção até o acabamento,

garantindo a eficiência dos processos industriais.

1.7.7 Expedição

Departamento que inspeciona as mercadorias antes de serem entregues,

verificando a embalagem, movimentação eficiente dos materiais, preparar os

documentos necessários da remessa, os custos de cada envio, carregamento dos

produtos nos caminhões, o tempo de entrega, a rota, o motorista, enfim, toda a

logística do produto, da empresa ao cliente.

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1.7.8 Faturamento

O setor de faturamento possui um sistema informatizado, no qual os pedidos,

as notas fiscais, romaneios de cargas, são gerados automaticamente e gravados

nos departamentos fiscais, contábil e financeiro da empresa. Com a mudança na

parte fiscal, as notas fiscais são emitidas eletronicamente e transmitidas diretamente

para a Receita Federal.

1.7.9 Financeiro

Setor responsável por administrar os recursos financeiros e econômicos da

empresa, sendo tesouraria, contas a pagar, contas a receber, captação e

investimentos de recursos.

1.7.10 Desenhista / Projetista

Serviço de desenvolvimento e criação de produtos, apresentações de

desenhos 3D, ferramentas, equipamentos e métodos de produção, seguindo normas

e técnicas previamente definidas, gestão de custos, além de requisitos e mercado de

clientes.

1.7.11 Contabilidade

O serviço de escrituração contábil da empresa é terceirizado, sendo

executado pelo escritório Modelo de contabilidade, situado na Rua Beraldo Arruda,

nº 145, na cidade de Cafelândia-SP, sede da empresa.

O escritório utiliza o sistema de escrituração informatizada, sendo as

documentações necessárias para a escrituração contábil enviada diariamente pela

empresa, ficando o escritório encarregado em manter diariamente atualizado.

Para que a empresa esteja inteirada à situação contábil, mensalmente o

escritório emite um balancete de verificação e relatórios econômicos, para que os

diretores possam verificar índices apresentados.

O contador não aplica na empresa o controle de custos, não podendo chegar

a uma decisão segura do desempenho dela.

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1.8 Unidades de apoio

1.8.1 Empresa parceira em aramados

A empresa parceira em questão atua no seguimento de displays,

descartáveis, eliminadores de insetos e projetos personalizados do segmento.

Localizada em Cafelândia-SP, é uma das principais unidades de apoio a WV,

fornecendo itens de composição dos produtos ou produtos acabados.

Esta empresa foi uma das pioneiras na cidade, dando o ponta pé inicial de

uma jornada promissora e lucrativa ao longo de várias décadas no município,

responsável por um grande avanço na cidade e por uma alta parcela de empregos

ofertados ao longo dos anos.

1.8.2 Empresa parceira em comunicação visual

A empresa especializada em serigrafia, atua em parceria com a W.V.,

fornecendo a comunicação visual dos Displays. Ela é crucial para a redução dos

custos dos displays, uma vez que o mercado está em processo de preços cada vez

mais competitivos, e uma serigrafia somada a altas quantidades de peças diminui

bruscamente seu custo final.

Com uma alta demanda no mercado de displays, o comercial da W.V.

juntamente com o administrador Rafael Gazotto, percebeu uma oportunidade

promissora de iniciarem uma parceria com foco em serigrafia, dando início a um

relacionamento solido e confiável.

1.8.3 Empresa parceira em madeiramento

A empresa atua no segmento de madeiramento, desenvolvendo e fornecendo

componentes e displays de mdf para a WV, alavancando e expandindo as vendas

em mercados que não seriam possíveis para a WV sem esta parceria. Além disso,

fornece soluções adequadas para cada tipo de perfil de cliente, desenvolvendo

móveis, serviços especializados na mão de obra de montagem e manutenção. Os

displays desenvolvidos com madeira aumentam sua atratividade e visual, pois

remete a natureza por se tratar de algo mais orgânico, destacando-o.

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Atualmente, a maior parte dos pedidos da W.V. de displays elevam as

possibilidades de uma venda “casada” com a empresa parceira, por se tratar de uma

peça compor a outra em sua montagem final na entrega ao cliente, rendendo

inúmeros projetos e parcerias com o passar dos anos.

1.9 Concorrentes

Atuando a mais de 10 anos neste mercado, a W.V. consegue se estabilizar e

se destacar entre fortes concorrências com grandes empresas, dentre elas a D7,

Ultra Displays e a MVK.

Figura 5: Logos dos concorrentes.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Devido a um mercado cada vez mais complexo e dinâmico, poucas empresas

conseguem manter a concorrência de forma concisa e estável, mantendo um alto

nível de satisfação e qualidade com o cliente como a W.V. realiza perante aos seus

antagonistas.

1.10 Clientes

Figura 6: Clientes da empresa.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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Esses são os principais clientes que a W.V. realiza o fornecimento de

produtos.

1.11 Responsabilidades social e ambiental

1.11.1 Social

Sem uma definição ou plano concreto de responsabilidade social a WV realiza

doações e serviços para instituições como: hospital, lar do idoso, creches e igrejas.

Fornecem qualquer tipo de ajuda a estudantes da região, dentre eles: estágios,

trabalhos e pesquisas acadêmicas.

1.11.2 Ambiental

A responsabilidade ambiental da WV caminha em paralelo com o crescimento

econômico, seguindo um conjunto de atitudes, individuais e empresarial, voltado

para o desenvolvimento sustentável. Dentre as atitudes destacam-se:

a) tratamento e reutilização da água dentro do processo produtivo;

a) sistema de reciclagem de resíduos sólidos (plásticos, papelão, metal)

dentro da empresa.;

b) treinamento para os funcionários informando a importância da

sustentabilidade;

c) reciclagem de lixos;

d) economia nos recursos especialmente da água;

e) tratamento dos resíduos descarregados da pintura antes de retornar ao

meio ambiente.

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CAPÍTULO II

O PROCESSO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

1 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

1.1 Definição do processo de desenvolvimento de produtos

As empresas estão cada vez mais à procura de novidades e em busca de

sucesso, querendo cada vez mais inovar no lançamento de seus produtos. De

acordo com Amaral et al. (2006, p. 4): “o desenvolvimento de produtos e

considerado um processo de negócio cada vez mais crítico para a competitividade

das empresas”.

Segundo Jugend; Silva (2013) sempre que uma empresa desenvolve um

novo produto, ela incorpora uma inovação incremental ou radical que será

disponibilizada no mercado.

O desenvolvimento de produto envolve muitas etapas até o processo final.

É por meio desse processo que a empresa pode criar novos produtos mais competitivos e em menos tempo para atender a constante evolução do mercado, da tecnologia e dos requisitos do ambiente institucional. (AMARAL et al., 2006, p. 4)

Ao longo dos anos, casos variados de sucesso, mostraram que o

desempenho do processo depende do modelo e das práticas de gestão adotadas.

Segundo Amaral et al. (2006, p. 4): “é possível e necessário gerenciar o PDP,

planejando, executando, controlando e melhorando as atividades, em busca de

melhores resultados de desempenho e de aprendizagem”.

1.2 O Papel do PDP no Brasil

Em grande parte dos casos, o desenvolvimento de produtos trata-se de

melhorias e adaptações para produtos existentes, de forma que possa ter uma

vantagem competitiva no mundo todo, ajustando ou melhorando desenvolvimentos

já existentes no mercado nacional.

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No Brasil, em muitos setores industriais, a tendência em termos de desenvolvimento de produto e no sentido de consolidar uma competência local para adaptar projetos mundialmente atuais para o mercado local ou regional (por exemplo, Mercosul), ou mesmo para participar de projetos de desenvolvimento mundiais. (AMARAL et al., 2006, p. 5).

Segundo Back et al. (2008, p. 21) “No Brasil, várias empresas já adotam

processos de desenvolvimento integrado de produtos ou de engenharia simultânea,

conceitos que há dez anos eram somente temas acadêmicos.”

“A estratégia e a divisão internacional de atividades do PDP, entre países em

desenvolvimento, manifestam-se de forma diferenciada, conforme o setor e,

também, o papel do país na produção mundial do produto em questão.” (AMARAL et

al., 2006, p. 5).

1.3 Características do PDP

As características do planejamento e desenvolvimento de produtos tornam a

sua natureza diferente dos demais processos da empresa.

Segundo Amaral et al. (2006, p. 6): as principais características que

diferenciam o processo de PDP são:

a) elevado grau de incertezas e riscos das atividades e resultados;

b) decisões importantes devem ser tomadas no início do processo,

quando as incertezas são ainda maiores;

c) dificuldade de mudar as decisões iniciais;

d) as atividades básicas seguem um ciclo interativo do tipo: projetar (gerar

alternativas) -construir- testar-otimizar;

e) manipulação e geração de alto volume de informações;

f) as informações e atividades provêm de diversas fontes e áreas da

empresa e da cadeia de suprimentos; e

g) multiplicidade de requisitos a serem atendidos pelo processo,

considerando todas as fases do ciclo de vida do produto e seus

clientes.

Os principais fatores, no que diz respeito ao processo de desenvolvimento, que afetam a performance dos novos produtos, em ordem de importância são; um PDP de alta qualidade; uma estratégia

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de NP definida; recursos financeiros e humanos adequados às necessidades e; os gastos em P&D. (BOLGENHAGEN, 2003, p. 29).

1.4 Definição e escopo do PDP

“Uma organização e um sistema complexo formado por pessoas e recursos,

como equipamentos e instalações, com intensas, variadas e complexas relações

entre si, tornando árdua a tarefa de compreendê-lá.” (AMARAL et al., 2006, p. 10).

É importante considerar dois aspectos relevantes para o enfoque da estruturação e gestão do desenvolvimento de produtos: o conceito de processo e o fluxo de informações. O PDP envolve um fluxo de atividades e de informações. (AMARAL et al., 2006, p. 10).

“Um dos processos iniciais [...] consiste no planejamento do escopo do

projeto, onde se busca definir quais serão os trabalhos e suas [...] exigências do

produto e dos clientes.” (BACK et al., 2008, p. 123).

Como descrito por Amaral et al., (2006, p. 10): “Processo e, em linhas gerais,

um conjunto de atividades realizadas em uma sequência lógica com o objetivo de

produzir um bem ou serviço que tem valor para um grupo específico de clientes.”

Conforme Back et al. (2008, p. 123): “e um resumo das partes capitais do

projeto e de suas esperadas consequências, de forma a permitir uma compreensão

do que se pretende fazer e com que finalidade.”

A compreensão e o gerenciamento do fluxo de informações são importantes a medida que o PDP gera e faz uso de entradas e saídas de conhecimentos e informações, nas atividades e no processo como um todo, interagindo com as mais diversas fontes de informação, principalmente as áreas funcionais da empresa, fornecedores e clientes. (AMARAL et al., 2006, p. 10)

“Assim, o desenvolvimento de produto pode ser compreendido e visualizado

por meio da consideração de todas as atividades, internas a empresa e nas cadeias

de suprimentos e de distribuição.” (AMARAL et al., 2006, p. 10).

Com base no exposto verifica-se que os escopos, do projeto e do produto, são inter-relacionados e estabelecem as dimensões do projeto (ou suas limitações) para efeito de negociação, desdobramento dos demais elementos do plano de projeto

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(cronograma, orçamento, riscos etc.) e decisões futuras sobre potenciais mudanças no próprio escopo. (BACK et al., 2008, p. 124).

A importância do escopo se faz presente no planejamento do produto.

De acordo com Amaral et al. (2006, p. 11): “cada vez mais são incorporadas

nesse processo as estratégias de produto [...] o lançamento e o acompanhamento

do produto no mercado e a decisão de sua descontinuidade.”

Figura 7: O processo de desenvolvimento de produtos envolve o processo

de planejamento estratégico e acompanha o processo de produção.

Fonte: Amaral et al. (2006, p.11)

Conforme Amaral et al. (2006, p. 11): “uma das principais explicações para a

ampliação da visão do desenvolvimento de produto e a preocupação com o

gerenciamento do ciclo de vida completo do produto.”

Os clientes podem estar esperando determinado resultado, diferente daquele que está sendo pensado pela organização que irá executar o trabalho. Essas expectativas, se não forem bem exploradas e discutidas nas fases iniciais de planejamento e definição do escopo, resultarão em prováveis mudanças de escopo ao longo do projeto ou dificuldades para aceitação dos resultados no final do projeto. (BACK et al. 2008, p. 125).

“Durante a fase de produção e consumo, há momentos de registrar, para o

PDP, as experiências obtidas, a fim de melhorar e atualizar o produto desenvolvido e

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de aprender para não cometer os mesmos erros em futuros desenvolvimentos.”

(AMARAL et al., 2006, p. 12).

Segundo Back et al. (2008, p. 125): “O planejamento do escopo consiste no

processo em que se elabora e documenta o trabalho do projeto (escopo do projeto)

necessário para gerar o produto do projeto (escopo do produto).”.

Para um desenvolvimento de produto bem-sucedido, e essencial a integração desse processo com as funções e outros processos empresariais envolvidos na realização de atividades ou suprimento de informações para o PDP. Isso requer que o tempo, a comunicação, a disponibilização de informações e o conteúdo das atividades nas várias funções estejam coordenados e que as ações tomadas nas funções apoiem-se mutuamente, tendo em vista as metas do projeto. (AMARAL et al., 2006, p. 12).

Figura 8: Processo relacionado com o desenvolvimento de produtos.

Fonte: Amaral et al. (2006, p.12)

Os processos que aparecem acima do planejamento e desenvolvimento de

produtos (PDP) envolvem informações referentes às estratégias e práticas da

empresa. Os abaixo do PDP referem-se a atividades que suportam o

desenvolvimento do projeto ou que permitem implantar o novo produto. (AMARAL et

al., 2006, p. 12).

O Planejamento Estratégico e um processo gerencial que não está vinculado a uma função específica dentro da empresa, caracterizando-se como um processo cross funcional. Uma das finalidades do Planejamento Estratégico e gerar informações que orientem o PDP principalmente nas suas fases iniciais, quando ocorre a definição do produto, mas também durante todo o processo de desenvolvimento. (AMARAL et al., 2006, p. 12).

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A partir do plano estratégico de produtos, o planejamento de marketing é iniciado e aprovado, liberando a criação do termo de abertura do projeto ou a carta de projeto, que formaliza a existência do projeto dentro da organização. (BACK et al., 2008, p. 73).

1.5 Conceito de Produto

Produto “é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis, que proporciona

benefícios reais ou percebidos, com a finalidade de satisfazer às necessidades e os

desejos do consumidor.” (GOBE et al., 2004, p. 64 apud SEMENIK et al.,1995, p.

260).

De acordo com Kloter e Armstrong (1998), produto é qualquer coisa que

possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que

possa satisfazer um desejo ou necessidade.

Os produtos fazem parte da Política de Marketing da empresa, servem de

acordo com a necessidade e desejo do consumidor influenciando o mercado. Com

as escolhas dos produtos que a empresa é constituída.

Para tanto, são necessários: visão das necessidades da sociedade, senso para escolher a quais se pode atender, conhecimento sobre a atuação dos principais concorrentes e sobre o estado da arte da tecnologia. Se uma empresa tem uma visão correta sobre o produto ou serviço que será demandado em determinados mercados em um futuro mais ou menos próximo, terá grandes possibilidades de sucesso. (GOBE et al., 2004, p. 65).

“Não venda apenas um produto. Venda tambem uma experiência.” (KOTLER,

2003, p. 186).

1.6 Dimensões do Produto

Existem três dimensões no produto: estética, psicológica e funcional.

Figura 9: Dimensões do Produto.

Fonte: Gobe et al. (2004, p.65).

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Descreve Gobe et al. (2004, p. 66): “a dimensão estética consiste na relação

que se dá entre um produto e um usuário, em termos de processos sensoriais, isto

e, de experiência sinestesica com o objeto”.

A dimensão psicológica dos produtos está em consonância com a estimativa de satisfação que eles podem gerar para seus usuários. O grau de satisfação dos indivíduos com o uso de produtos envolve aspectos subjetivos e inconscientes. (GOBE et al., 2004, p. 66)

A dimensão funcional está ligada a utilidade de um produto.

Os atributos que garantem a funcionalidade dos produtos não se apresentam segmentados, mas formam um conjunto. Aspectos tangíveis, como material empregado na fabricação e cores, geram efeitos psicológicos nas pessoas. (GOBE et al., 2004, p. 67).

O visual dos equipamentos influencia diretamente na qualidade percebida dos

produtos.

1.7 Tipos de produtos

Abaixo alguns tipos de produtos decorrentes no mercado mundial.

1.7.1 Produtos de consumo

“Produtos de consumo são aqueles adquiridos pelos indivíduos, na busca de

satisfazerem necessidades ou desejos próprios, com interesses particulares.”

(GOBE et al. 2004, p. 67).

Os produtos são classificados em: produtos de conveniência, compra

comparada, especiais e não procurados.

1.7.1.1 Produtos de conveniência

“O termo conveniência indica a ideia de economia de tempo, funcionalidade,

simplificação de rotina. Transposta aos produtos, essa noção diz respeito aos bens

que, de alguma maneira, facilitam ou simplificam a vida dos consumidores.” (GOBE

et al., 2004, p. 67).

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Para Las Casas (2019), produtos como jornais, utilidades domésticas ou

aqueles que não apresentam muitas diferenças de qualidade, como os serviços de

lavanderia, são considerados produtos de conveniência.

1.7.1.2 Produtos de Compra Comparada

“São produtos que permitem alto grau de comparação, por parte do

consumidor, entre diferentes ofertas. A comparação se da com base em conceitos e

padrões preestabelecidos na mente dos consumidores.” (GOBE et al., 2004, p. 68).

A comparação de produtos pode acontecer desde a criação até a compra do

produto finalizado.

1.7.1.3 Produtos Especiais

Alguns produtos necessitam de uma procura especial pelos clientes e de um

desenvolvimento singular por volta das empresas. O exemplo de um produto

especial seria um display para expor chocolates em um linear de gondolas em um

supermercado.

Os produtos especiais requerem algum tipo de esforço adicional dos consumidores, os quais pagam mais para tê-los, esperam, ou tem de procurá-los. A ideia de exclusividade pode estar, também, associada a aquisição de um produto especial. (GOBE et al., 2004, p. 68).

Os consumidores associam exclusividade à qualidade percebida do produto.

1.7.1.4 Produtos não procurados

Alguns produtos não são procurados por clientes por acreditarem que não

irão usar ou desconhecem os benefícios proporcionados.

“Aqui, incluem-se bens que os clientes não desejam ou que desconhecem.

Sua aquisição se dá involuntariamente. Os exemplos mais comuns de produtos não

desejados são túmulos, seguros de vida, serviços odontológicos, entre outros.”

(GOBE et al., 2004, p. 68).

Por sua própria natureza exigem um alto esforço para vendê-los.

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1.8 Características e classificação dos produtos

“Um produto e tudo o que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer

uma necessidade ou um desejo. Entre os produtos comercializados estão [...]

eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias.”

(KOTLER; KELLER, 2006, p. 366).

Há cinco níveis de produtos que agregam mais valor para o cliente, o qual é

chamado de hierarquia de valor para o cliente.

Figura 10: Os cinco níveis de produto.

Fonte: Almeida e Dias, 2007.

“O nível mais fundamental e o benefício central: o serviço ou benefício

fundamental que o cliente está realmente comprando. Um hóspede de hotel está

comprando ‘descanso e pernoite’.” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 366).

“No segundo nível, o profissional de marketing deve transformar o benefício

central em um produto básico. Assim, um quarto de hotel inclui cama, banheiro,

toalhas, escrivaninha, penteadeira e armário.” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 367).

No terceiro nível, o profissional de marketing prepara um produto esperado: uma série de atributos e condições que os compradores normalmente esperam ao comprar tal produto. Os hóspedes de hotel esperam cama arrumada, toalhas limpas, lâmpadas que funcionem e um relativo grau de tranquilidade. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 367).

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“No quarto nível, o profissional de marketing prepara um produto ampliado,

que excede às expectativas do cliente. Nos países desenvolvidos, o posicionamento

da marca e a competição se dão nesse nível.” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 367).

A diferenciação surge a partir da ampliação do produto, que é o que leva o profissional de marketing a examinar o sistema de consumo: a maneira como o usuário desempenha as tarefas de obter, usar, adaptar e descartar o produto. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 367).

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 367): “No quinto nível está o produto

potencial, que abrange todas as ampliações e transformações a que o produto deve

ser submetido no futuro”.

1.9 Satisfação, valor e fidelidade do cliente

“Atualmente, as empresas estão enfrentando uma concorrência jamais vista.

Se forem capazes de passar de uma orientação de marketing bem concebida,

poderão ter um desempenho melhor que o das rivais.” (KOTLER; KELLER, 2006,

p.138).

Segundo Kotler e Keller (2006, p.138): “administradores que acreditam que o

cliente e o único verdadeiro ‘centro de lucro’ da empresa consideram obsoleto o

organograma tradicional.”.

Figura 11: Organograma tradicional versus organograma da

empresa moderna orientada para o cliente.

Fonte: KOTLER; KELLER. (2006, p.139)

“Algumas empresas, quando fundadas, tinham o cliente no topo do modelo de

negócios e, ao longo do tempo, continuam usando a defesa dos direitos do

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37

consumidor como sua principal estrategia e vantagem competitiva.” (KOTLER;

KELLER, 2006, p. 139).

Empresas que dominam bem o marketing invertem o organograma. [...] Acrescentamos a palavra cliente nas laterais da figura b para indicar que todos os gerentes da empresa devem estar pessoalmente envolvidos em ter contato com os clientes, conhece-los e atendê-los. (KOTLER; KELLER, 2006, p.138).

1.10 Os desafios no desenvolvimento de novos produtos

O desenvolvimento de um produto está cercado de desafios, desde lançá-lo

ao mercado antes dos concorrentes até o feedback do cliente. De acordo com

Barbosa Filho (2009, p. 7): “por vezes, terá um exíguo prazo para lançar seus

produtos antes que o façam seus competidores.”.

O verdadeiro desafio para uma empresa é decidir exatamente como lidar com as várias funções cruciais para o sucesso. Em um extremo está a empresa com uma integração totalmente verticalizada, na qual todas as atividades, desde o projeto até a fabricação de peças individuais, são realizadas internamente. No outro extremo está a empresa que apenas vende os produtos e terceiriza todas as funções do projeto à fabricação. (CHASE; JACOBS; AQUILANO, 2006, p. 92).

Em indeterminadas situações, o custo de um produto se prova como um

grandioso desafio para quem o projeta, seja pela baixa disponibilidade de recursos

ou pela animação do cliente ao comprá-lo.

Em outras oportunidades, terá que limitar ao máximo os custos de sua obtenção visando obter no preço final um fator de atratividade, pois muito além da disponibilidade de recursos para uma compra está à disposição de um consumidor em adquirir determinado produto que com os recursos em mãos pode estabelecer diferentes alternativas para a sua aplicação. (BARBOSA FILHO, 2009, p. 7)

Tendo em vista a concorrência e o fator custo, entra outro fator crucial para o

desenvolvimento: a produção. Pode-se realizar um mix de produtos, mas necessita

uma atenção especial aos produtores, de modo a acomodar as características

individuais de cada produto para a programação da produção em conjunto.

(BARBOSA FILHO, 2009).

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38

Além destes desafios, o desenvolvimento de produtos carece de inovação.

Conforme Starr (1988, p.279): “Um fator muito importante no desenvolvimento de

novos produtos e serviços é a habilidade em se atingir o nível exato de inovação,

introduzir alguma coisa que tenha um grau ‘ótimo’ de diferença.”.

Depois de o projeto ser pensado e executado o mesmo precisa ser testado,

mas eventualmente haverá barreiras que impeça este processo, necessitando

alternativas de simulação. Conforme Barbosa Filho (2009, p. 8): “Será necessário

simular virtualmente, utilizar modelos, realizar aproximações, comparações etc.”.

Deixar de enfrentar esses desafios poderá trazer consequências lastimáveis

para as organizações, de modo que a concorrência e o próprio mercado

prejudiquem sua evolução.

Para permanecerem vivas e vigorosas, as companhias estão descobrindo que precisam inovar e atualizar suas linhas de produção. A mudança gradual pode ser equivalente a permanecer estacionário; não fazer mudanças poderá ser equivalente a um retrocesso. (STARR, 1988, p. 282).

Um produto com um alto grau de atenção na produção pode separá-lo de

produtos com erros dispersos, que afetam diretamente na qualidade percebida do

cliente ao produto.

1.11 Como surgem os novos produtos

No dia a dia nos deparamos com diversas oportunidades de encontrar

soluções para as necessidades que ainda não foram sanadas, seja por produtos que

não saciam totalmente a necessidade ou simplesmente por produtos que sequer

existem no mercado. (BARBOSA FILHO, 2009).

Além disso, deve ser considerada a gestão da inovação que, em economias dinâmicas, é um fator essencial para a sobrevivência do negócio, uma vez que ela garante o lançamento de produtos novos que irão diferenciar a empresa da concorrência. (FREITAS; ARES; 2013. p. 25).

Sabendo de tais oportunidades sem soluções, projetistas partem em busca do

desenvolvimento, limitando-se apenas concluir estes problemas, sem se atentar a

fatores e técnicas que levariam um pouco mais de tempo para serem planejadas.

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Conforme Barbosa Filho (2009, p. 13): “acreditam serem capazes de dar o ‘passo de

gênio’, de alcançarem a solução desejada partindo-se diretamente do problema em

direção a esta, conforme a Figura 12.”.

Figura 12: Sequência de solução para um problema usando

técnicas que estimulam a criatividade.

Fonte: Bazzo e Pereira (1990, p. 144) apud Barbosa Filho (2009, p. 14).

Apoiando-se nestas técnicas e sequência, o projetista adquire base para um

desenvolvimento satisfatório e devidamente planejado.

Assim, em regra geral os novos produtos surgem quando existe uma oportunidade no mercado capaz de torná-los atrativos aos olhos do consumidor, de serem percebidos como novidades, por trazerem consigo novas utilidades, por inovação parcial ou total. (BARBOSA FILHO, 2009, p. 15).

“O processo de desenvolvimento de novos produtos da empresa inicia com

base no Plano Estratégico Empresarial (PEE), documento que define os cenários

futuros da empresa e os desdobra em objetivos estrategicos de longo prazo.”

(FREITAS et al., 2014, p. 09).

As estratégias realizadas demarcam possíveis horizontes para a empresa.

1.12 O produto e a estratégia da empresa

Uma estratégia bem consolidada define os limites de desenvolvimento do

projetista, antes mesmo deste iniciar sua ideia. Segundo Barbosa Filho (2009, p. 33):

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“as estratégias da empresa determinam os horizontes de criação e os compromissos

que o projetista deve assumir na geração de alternativas”.

Definindo a estratégia de desenvolvimento, a organização estabelece uma

pré-abertura de processos de ideias para a criação e construção de novos produtos

para o projetista.

As ideias para conceitos de novos produtos ou serviços podem vir de fontes externas a organização, como consumidores ou concorrentes, e de fontes internas a organização, como o pessoal (por exemplo, o pessoal de vendas e da linha de frente) ou o departamento de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). (SLACK et al., 1999, p. 119)

O resultado deste planejamento caminha em paralelo com as expectativas da

empresa, podendo definir desde os recursos disponíveis para se utilizar no produto,

tendo em vista a demanda do período em que se deseja introduzi-lo ao mercado até

o retorno previsto. Conforme Barbosa Filho (2009, p. 33): “[...] observa-se a relação

entre os custos de produção, esforços de vendas e os retornos econômicos que

podem ser alcançados diante dos investimentos desprendidos.”.

Desta forma, uma estratégia no âmbito competitivo poderá definir a forma

como idealizar produtos recentemente ou posteriormente. Segundo Trott (2012, p.

318): “A estrategia competitiva pode orientar o planejamento de novos produtos

sobre uma base de curto ou longo prazo.”.

1.13 Fases do desenvolvimento de produtos

O processo de planejamento e desenvolvimento de produtos é composto por

três fases, desde o início do planejamento dos métodos e estratégias de um possível

portfólio de produtos, até a comercialização e avaliação dos clientes perante a

qualidade e singularidade deles. Dentre a sua trajetória, alguns itens requerem

atenção especial:

[...] o levantamento das expectativas dos consumidores, a transformação destas expectativas em especificações técnicas para a produção propriamente dita e a confirmação da adequação funcional ou de uso do produto a todos os que com este interagem. (BARBOSA FILHO, 2009, p. 70).

Esta fase consiste na transformação do desejo do cliente em realidade.

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1.13.1 A fase do pre-desenvolvimento de produtos

De acordo com Amaral et al. (2006), a fase do pré-desenvolvimento de

produtos tem como base as atividades impostas na definição da estratégia da

empresa, tendo como consequência a criação do portfólio, ou carteira de projetos.

Os principais objetivos:

a) garantir a melhor decisão do portfólio com base na estratégia da

empresa, levando em consideração o mercado e as tecnologias;

b) definir de forma clara o objetivo de cada produto do portfólio, sem se

desviar das metas do projeto.

Dentre os objetivos, a geração de ideias para todo o desenvolvimento parte

da premissa de algumas atividades.

As atividades iniciais do pré-desenvolvimento referem-se ao reconhecimento das oportunidades de mercado, ao alinhamento estratégico do novo produto com as estratégias competitivas da empresa, à coleta de informações de mercado e às avaliações preliminares sobre o mercado e a tecnologia a ser adotada no novo produto. (MENDES; TOLEDO, 2012, p. 392).

Esta fase é dividida em duas partes: planejamento estratégico de produtos e

planejamento do projeto.

De acordo com Silva (2014, p. 4): “A definição do escopo do produto e a

atividade que dá o início ao planejamento do projeto e vai gerar o primeiro

documento dentro de vários que serão gerados.”.

A primeira delas é a transformação das informações no Plano Estratégico de

Produtos, a qual segundo Amaral et al. (2006, p. 59): “ é o [...] conjunto de atividades

que transformam as informações contidas nas Estratégias Corporativas e da

Unidade de Negócio no Plano Estratégico de Produtos [...].”.

Já a segunda parte é a definição do escopo de cada projeto do portfólio,

sendo esta parte concluída no momento em que o escopo se garante viável e

aprovado.

A segunda fase tem seu início assim que se aproxima a data prevista da realização de um dos projetos do Plano Estratégico de Produtos. Portanto, um início diferente para cada projeto específico. Ela e

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composta pelas atividades de determinação do escopo e planejamento macro do projeto e finaliza no momento em que um projeto específico, depois de planejado, e considerado viável e aprovado no gate. (AMARAL et al., 2006, p. 59).

Com o planejamento do projeto aprovado e todas as informações coletadas, o

departamento de projetos pode inicial o desenvolvimento do produto.

1.13.2 A fase do desenvolvimento de produtos

Nesta fase inicia-se o processo de desenvolvimento do produto, usando como

base as informações coletadas na fase anterior. Acordante a Amaral et al. (2006, p.

63): “a macrofase anterior produz informações necessárias para a realização do

desenvolvimento, tanto do ponto de vista tecnológico, comercial e financeiro como

do ponto de vista organizacional [...]”.

“Desenvolver um produto significa fazer com que uma ideia possa ser

materializada na forma de um bem físico ou num serviço a ser prestado.” (ARAÚJO

et al., 2016, p. 43)

Tendo tais informações em mãos, trata-se agora de repassar para as pessoas

responsáveis pelo desenvolvimento, sendo cada membro trabalhando em cima de

sua área.

No início trabalham mais os representantes das áreas comerciais e de marketing, pois e o momento em que se definem os requisitos do produto a partir das necessidades do mercado, culminando com a concepção do produto. No final, a maior parte do time e formada por pessoas das áreas de engenharia e produção. (AMARAL et al, 2006, p. 63).

“Ao longo da execução do planejamento do projeto é necessária a busca do

aprimoramento da equipe de forma que todos percebam que a contribuição é

fundamental para o sucesso do produto.” (SILVA, 2013, p. 04).

Com essa base, pode-se gerar dados e documentá-los no plano do projeto,

este definido por Amaral et al. (2006, p. 64) como: “[...] plano detalhado contendo

atividades, recursos, riscos, análise econômico-financeira e várias outras

informações.” A primeira tarefa a se fazer é definir, em um consenso comum entre

os membros, o que se pretende alcançar com o produto, resolvendo o problema do

projeto em questão (AMARAL et al., 2006). Feito isso, define-se quais as pessoas

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que estarão envolvidas no ciclo de vida do produto e qual as necessidades e

especificações para se seguir, agregando estas informações à base de dados da

fase anterior (AMARAL et al., 2006). Abaixo alguns exemplos de parâmetros do

produto, relacionados ao cliente:

a) Tamanho;

b) Peso;

c) Aparência;

d) Grandezas elétricas do produto;

e) Normas técnicas, de qualidade e de meio ambiente; e outros.

A partir destes dados, são estabelecidas quais funções que o produto deverá

seguir para atender aos requisitos necessários para todas as pessoas que tiverem

um papel no desenvolvimento do mesmo.

[...] são estabelecidas as estruturas funcionais do produto, ou seja, quais as funções (físicas, de qualidade, estéticas etc.) ele deve possuir para atender aos requisitos de todas as pessoas que entrarão em contato com o produto no decorrer do seu ciclo de vida, consumidores, técnicos de assistência técnica, vendedores etc., isto e, os clientes do produto. (AMARAL et al., 2006, p. 64).

Acordante a Barbosa Filho (2009), pode-se estruturar o produto a partir de

quatro elementos básicos:

a) a forma: são os atributos físicos do produto;

b) o propósito: o motivo pelo qual o produto servirá;

c) os benefícios: os motivos pelo qual os consumidores os comprarão;

d) a função: a forma como o produto funciona ou como se realiza a

interação entre o consumidor e o produto.

Figura 13: Estrutura básica do produto.

Fonte: Adaptada de Slack et al. (1997, p. 152) apud Barbosa

Filho (2009, p. 73).

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Reunindo todas essas informações, se dá início ao projeto técnico com dados

de cálculos de engenharia, arquitetura e designer, detalhamento dos desenhos,

manuais técnicos para o cliente, assistência técnica, e planejamento produtivo para

a produção.

Dado este ponto, necessita ter em mãos todos os documentos para se iniciar

a produção do produto.

Os processos de manufatura são finalizados contendo a sequência de fabricação; as especificações das máquinas e das ferramentas; os métodos de produção; enfim todos os documentos que são necessários para se produzir o produto com qualidade. (AMARAL et al., 2006, p. 65).

Conforme Freitas et al. (2014, p. 7): “[...] concretização final do produto, onde

são detalhadas as suas funcionalidades, características técnicas finais e o

detalhamento das operações produtivas.”.

Neste momento, são constituídas todas as partes, peças, conjuntos e

modelos do produto que será produzida na empresa e os itens que serão

comprados, criando-se a cadeia de suplementos deste projeto, objetivando a coleta

de informações sobre fornecedores, prazos, valores, serviços e tecnologias

utilizadas. (AMARAL et al., 2006).

Todavia, conforme o desenvolvimento do produto, revisões do modelo em

questão podem surgir, levando a algumas alterações no projeto inicial, melhorando

todo o processo em sequencia.

Durante todo o desenvolvimento, o modelo ainda prevê a realização de processos de apoio. O gerenciamento de mudanças de engenharia é realizado para registrar as lições aprendidas durante o desenvolvimento que possam impactar positivamente no produto e processo, em um ciclo de melhoria contínua. (FREITAS et al., 2014, p. 7).

O início da produção do protótipo caminha lado a lado com as demais partes,

testando e, caso aprovado, será homologado.

Segundo Amaral et al. (2006, p. 65): “homologar significa verificar se o

protótipo atende todos os requisitos anteriormente definidos e/ou padrões

específicos da indústria”. Conforme o decorrer da produção do protótipo, coletam-

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se informações pertinentes aos equipamentos necessários para se produzir o

produto, sendo especificados e adquiridos.

Essas atividades incluem tipicamente: elaboração da documentação de montagem; liberação para construção de ferramental; compra, recebimento, instalação, teste, preparação das máquinas operatrizes, dos dispositivos e ferramentas para a implementação da linha de produção e montagem do lote piloto; e desenvolvimento do plano de produção e da programação do lote piloto. (BACK et al., 2008, p. 83).

Diversas vezes, necessita de equipamentos especiais, que a própria empresa

possibilita a fabricação deles internamente, sendo este um diferencial competitivo.

Conforme Amaral et al. (2006, p. 65): “em alguns casos, esses equipamentos são

fabricados na própria empresa, pois são eles que garantem a vantagem competitiva

do produto [...]”.

Neste ponto, começa a chegar os primeiros lotes de peças dos fornecedores

e os equipamentos comprados para testar nas máquinas da produção. Em alguns

casos, a produção de um lote piloto é solicitada pelo cliente, para verificar a

qualidade em um volume maior, comparando-se a qualidade do produto. (AMARAL

et al., 2006).

Conforme Back (2008, p. 85): “Estando dentro dos padrões de qualidade, e

elaborada a liberação do lote inicial do produto, o qual é avaliado quanto ao

atendimento ao escopo do projeto”.

O projeto de desenvolvimento termina neste ponto e começa o pós-

desenvolvimento, dando início ao período de comercialização, e é neste ponto que

começa os primeiros problemas no projeto em desenvolvimento. Segundo Amaral et

al. (2006, p. 66): “normalmente, o time de desenvolvimento se desfaz ou parte dele

acompanha o início do período de comercialização, quando ocorrerem os primeiros

problemas.”

1.13.3 A fase do pós-desenvolvimento de produtos

De acordo com Amaral et al. (2006), esta é a fase mais longa de todas as

três, pois um produto permanece muito mais tempo no mercado do que o planejando

e desenvolvendo. Nesta fase inicia-se o processo de planejamento referente ao

acompanhamento do produto perante o mercado.

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Ele define as principais atividades e os responsáveis, ou seja, quem responderá pela interface com os dados do produto que podem ser atualizados durante todo o ciclo de vida e pelas atividades operacionais (normalmente departamentos estabelecidos para esse fim). (AMARAL et al., 2006, p. 68).

Definido por Freitas et al., (2014, p. 7): “A fase de Acompanhamento do

Produto e Processo envolve basicamente a monitoração do desempenho do produto

desenvolvido [...].”.

Caso o produto venha a falhar no mercado, os procedimentos a se seguir

serão definidos neste planejamento, assim como o gerenciamento de processos de

mudanças de engenharia. (AMARAL et al., 2006).

Para que um produto se mantenha no mercado, é necessário que a empresa

acompanhe as necessidades que possivelmente poderão ser satisfeitas pela

concorrência. (BARBOSA FILHO, 2009). “Isto porque novas expectativas, reais e

aparentes, são continuamente incorporadas pelos consumidores (também conhecido

como ciclo de Levitt) havendo a necessidade da melhoria contínua.” (BARBOSA

FILHO, 2009, p. 71).

Figura 14: Ciclo de Levitt.

Fonte: Barbosa Filho, 2009, p. 71.

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Esta fase conta com duas atividades operacionais: a avaliação da satisfação

do cliente e o monitoramento do desempenho técnico do produto.

A avaliação da satisfação do cliente pode ser executada por pessoas da área

do marketing e tem como objetivo verificar a percepção dos clientes perante o

produto no mercado. (AMARAL et al., 2006).

Já o monitoramento do desempenho técnico do produto pode ser executado

através da análise de informações coletadas pelas reclamações dos clientes e pela

experiência em campo, realizado pela assistência técnica. (AMARAL et al., 2006).

Ocasionalmente, podem ocorrer outras 3 fases, definidas por Amaral et al.

(2006, p. 68) como: “as auditorias, o acompanhamento das modificações do produto,

quando acionadas por um dos processos listados anteriormente, e o registro das

lições aprendidas.”.

Antes do término desta fase, é realizada toda a coleta de informações

adquiridas no acompanhamento e atribuídas ao banco de dados do produto para

validação do produto final.

Para encerrar as atividades da fase de validação, o monitoramento do progresso do projeto é concluído e o resultado do projeto – relatórios de validação do produto e de progresso do projeto – é submetido à auditoria e à validação junto ao usuário direto ou patrocinador. (BACK et al., 2008, p. 87).

“São anexadas ao projeto de desenvolvimento, que foi finalizado no término

da macrofase de desenvolvimento, todas as informações e conhecimentos

relevantes, que surgiram durante a macrofase de pós-desenvolvimento.” (AMARAL

et al., 2006, p. 69).

Para finalizar, é desenvolvido um documento contendo uma análise de tudo

que o produto agregou à empresa. Segundo Amaral et al. (2006, p. 69): “. no final,

acrescenta-se um documento formal de fim de vida, no qual se avalia o retorno real

que o produto trouxe a empresa, comparando-se com o que foi planejado.”

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

O processo de planejamento e desenvolvimento de produtos, tem tido uma

grande importância para as empresas que buscam um produto específico no

mercado. A exigência do cliente está cada vez mais elevada, pois escolhe, entre os

concorrentes, qual que oferece o melhor produto e qual se encaixa em suas

necessidades.

A principal importância para a assertividade do produto final para o cliente

está ligada em passos que a empresa busca para a aprovação do projeto e

desenvolvimento do produto solicitado com todas as características imaginadas e

desejadas.

Com o objetivo de verificar a importância do processo de planejamento e

desenvolvimento de produto para a assertividade do produto final para o cliente, foi

realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa na empresa

WV Indústria Metalúrgica na cidade de Cafelândia, no período de fevereiro a outubro

de 2019.

A empresa WV Indústria Metalúrgica foi constituída com o objetivo de

terceirização de serviços e produtos, atuando no ramo de expositores e materiais

promocionais de merchandising, sempre garantindo o fornecimento de forma rápida,

segura e com qualidade.

Com máquinas modernas, a WV desenvolve de forma eficiente, todos os

processos no planejamento e desenvolvimento de um novo produto garantindo a

satisfação do cliente.

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos e técnicas a seguir:

a) método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na WV

Indústria Metalúrgica de Cafelândia analisando os aspectos

relacionados ao Processo de Planejamento e Desenvolvimento de

Produtos bem como a sua importância para a assertividade do produto

para o cliente;

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b) método de observação sistemática: foram observadas, analisadas e

acompanhadas as práticas de Planejamento e Desenvolvimento de

Produtos adotadas pela empresa da produção do display arenito. Estas

informações sustentaram o estudo de caso;

c) método histórico: foram observados os dados e a evolução histórica da

empresa até os dias atuais.

Técnicas de pesquisa:

a) roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A);

b) roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B);

c) roteiro do Histórico da WV Indústria Metalúrgica de Cafelândia

(APÊNDICE C);

d) roteiro de Entrevista com o Representante Comercial da WV Indústria

Metalúrgica (APÊNDICE D).

1.1 O processo de planejamento e desenvolvimento do produto para o cliente na

W.V. indústria metalúrgica de Cafelândia

Abaixo o relato e as etapas do planejamento e desenvolvimento do produto

“Display Arenito”, o escolhido para a explanação da pesquisa.

1.1.1 A voz do cliente

O contato inicial da empresa com o cliente pode ser feito de algumas

maneiras, sejam por ligações, e-mails, visitas in loco, “portal online” e whatsapp.

Abaixo as formas de contato:

a) contato direto do cliente com o comercial da empresa (vendedores

internos) ou oposto;

b) contato direto do cliente com o representante comercial (vendedor

interno/externo) ou oposto;

c) contato entre empresas parceiras de negócios, realizando a ponte

entre cliente/empresa;

d) acesso diário ao portal online do cliente para possíveis novas cotações

e pedidos.

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Figura 15: Informações enviadas pelo cliente para a criação do

"Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Após o contato ter sido realizado, o profissional responsável pela negociação

inicial faz a coleta de todas as informações físicas e técnicas pertinentes ao produto

a ser desenvolvido, como dimensões, material, embalagem, referência a ser usada

como base, acabamento, entre outros.

1.1.2 Desenvolvimento da apresentação do produto

Com todas as informações possíveis coletadas, o setor comercial repassa ao

projetista da organização e então, inicia-se a criação do produto para gerar uma

imagem ilustrativa e uma apresentação técnica para o cliente, conforme imagem

abaixo:

Figura 16: Apresentação do "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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Neste momento, todas as informações físicas e técnicas solicitadas pelo

cliente devem coincidir com a apresentação do produto, a fim de uma aprovação

para iniciar o desenvolvimento do projeto técnico para a produção.

1.1.3 Desenvolvimento do projeto técnico

Após a aprovação do cliente pela apresentação do produto, o projetista

realiza o desenvolvimento do projeto técnico, respeitando todas as informações

coletadas e gerando um relatório dos itens que irão compor o produto para elaborar

o orçamento.

Figura 17: Projeto do "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

A folha do projeto acima é apenas a primeira de muitas outras que compõem

o projeto completo. Nesta folha, encontram-se todos os itens que compõem o

display em sua montagem final. As informações técnicas de produção estão nas

demais folhas de projetos, bem como material, acabamento e medidas técnicas.

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1.1.4 Orçamento do produto

Com o projeto detalhado em mãos, o setor comercial realiza a cotação de

todos os itens do produto a fim de encontrar o custo, e desta forma, estabelecer o

preço para repassar ao cliente para aprovação.

Neste orçamento são constituídos todos os custos administrativos,

financeiros, estruturais e de terceiros, bem como a inclusão dos impostos e taxas

solicitadas pelo cliente.

Figura 18: Orçamento do "Display Arenito", sem os valores.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Orçamento pode conter alterações em suas alíquotas e itens comprados.

1.1.5 Fabricação do protótipo

Posteriormente a aprovação do orçamento, inicia-se a produção do protótipo

em escala real, obedecendo todas as características especificadas no projeto do

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produto. Nesta etapa, a produção levanta possíveis melhorias e alterações

estruturais no projeto, desde que não altere seu funcionamento ou aparência final.

Abaixo as etapas de fabricação da estrutura do protótipo:

a) corte dos tubos, chapas e arames;

b) dobra dos tubos, chapas e arames;

c) solda dos tubos e arames;

d) acabamento e pintura;

e) montagem final.

1.1.6 Comunicação visual

Em paralelo a produção do protótipo do produto, o setor de compras efetua o

pedido para uma empresa terceirizada especialista em comunicação visual em que

se utiliza impressão digital.

A parceria com a empresa de serigrafia só é usada quando a quantidade de

peças for alta, pois para uma serigrafia quanto maior a quantidade, menor o custo. E

para uma única peça de amostra, terceirizar por impressão digital fica mais viável.

Figura 19: Comunicação Visual usada no "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Na imagem acima, a comunicação é impressa desta forma e cortada na

marca em magenta. Esta é apenas uma das dez comunicações que compõem o

display Arenito.

1.1.7 A apresentação do protótipo

Depois do protótipo finalizado, montado e entregue, o representante comercial

realiza a apresentação do produto diretamente para o cliente, analisando algumas

informações, como:

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a) qualidade do acabamento;

b) estabilidade da estrutura;

c) dimensões do produto;

d) comunicação visual;

e) outras informações pertinentes para o cliente.

Figura 20: Apresentação do protótipo "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

O representante comercial recolhe toda alteração e revisão referente ao

protótipo, e a partir dessas informações, é realizada uma apresentação com as

alterações e, posteriormente, a aprovação do pedido total.

Figura 21: Revisão do "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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A revisão em questão trata-se da profundidade do display, aumentando 75

mm na parte inferior e 50 mm na parte superior. Conforme figura 20, o produto não

entrou na bandeja.

1.1.8 A requisição de matérias primas necessárias para a fabricação do produto

O setor de compras, com base na lista de materiais fornecido pelo projeto,

realiza a cotação com os fornecedores e após negociações, efetiva a compra de

todo material, estocando-o devidamente.

1.2 A produção do produto

Com os materiais comprados e o pedido aprovado em mãos, a empresa inicia

a produção de todo o lote vendido. Protocolos de configurações das máquinas,

estrutura e processos sistemáticos, e cronograma de produção precisam estar

alinhados e programados antes do início da produção para facilitar todo o

andamento produtivo.

1.2.1 Entrada do pedido no sistema

Com o pedido assinado e carimbado pelo cliente, o setor comercial alimenta o

sistema da empresa com informações como:

a) prazo de pagamento;

b) forma de pagamento;

c) estrutura e processos dos itens que compõem o produto;

d) local de entrega;

e) data de entrega.

1.2.2 Impressão de desenhos

Após a entrada do pedido ao sistema, o PCP (Planejamento e controle da

produção) verifica a estrutura e processo do produto, alimentando o sistema ERP

para a geração das ordens de produção do produto. Feito isto, a engenharia imprime

os desenhos do projeto e entrega ao PCP.

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1.2.3 Programação de produção

Com as ordens de produção (O.P.) em mãos, o PCP gerencia os recursos

operacionais da produção para controlar e otimizar os resultados produtivos do

produto, distribuindo para os setores cada uma das O.P.s que servem de parâmetro

para acompanhamento e controle das peças. O aproveitamento de chapa para

reduzir o desperdício de material é realizado neste momento.

1.2.4 Corte da matéria-prima

A produção do display arenito começa no corte da matéria-prima, no setor da

guilhotina e serra, que servem respectivamente para corte de chapas e

tubos/arames. Os materiais cortados são armazenados para posteriormente

seguirem seus processos produtivos.

1.2.5 Estamparia e furação

Após o corte, as chapas são enviadas para a puncionadeira, máquina que

serve para estampar a chapa.

Figura 22: Programação de estamparia de chapa do "display arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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Na programação acima, o aproveitamento de material está com 86,7 %, ou

seja, 13,3% se torna sucata / retalho.

Em paralelo a estamparia, os tubos são levados para furação, processo que

garante ao final uma montagem bem estruturada.

Figura 23: Tubos do "display arenito" para o processo de

furação.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

As chapas estampadas e os tubos furados passam por processo de retirada

de rebarbas, mas não cortar qualquer pessoa que venha a entrar em contato com

este material.

1.2.6 Dobra

No display arenito, o tubo inferior é dobrado para ser montado em volta do

display, garantindo que nenhum carrinho de supermercado venha a danificar o

produto em exposição. Neste processo, são realizadas duas dobras em raio no tubo,

formando um ‘U’.

A dobra dos arames é feita em uma máquina 2D, programada

sistematicamente, garantindo dobras precisas em ângulos diferentes, conforme

figura 24. Todo e qualquer processo relacionado a arames é desenvolvido pela

empresa parceira em aramados, como um fator positivo para a W.V. Entretanto, a

logística do transporte destes materiais dificulta a produção em algumas

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oportunidades, como por exemplo, ter que aguardar o material chegar até a W.V.

para iniciar processos como a solda do arame em tubos ou chapas.

Figura 24: Anteparo de arame do "display arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Para realizar as dobras de uma chapa, o dobrador faz toda a regulagem da

dobradeira, especificando ângulos, espessura, ferramenta e raio interno. Após a

regulagem, é realizada a dobra de uma peça para teste, e caso seja necessário,

realizar-se alguns ajustes na regulagem da máquina.

Figura 25: Processo de dobra de uma chapa do "display arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

O processo de dobra na figura 25 consiste em uma dobra de 90º. A peça em

questão é a bandeja do display arenito.

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1.2.7 Solda e acabamento

Com todas as peças cortadas e dobradas, a próxima etapa da produção é a

solda e acabamento. No processo de soldagem, o soldador analisa o projeto e

identifica possíveis gabaritos para facilitar e garantir a precisão que a peça

necessita.

Figura 26: Gabarito para soldagem do anteparo "display

arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Na figura 26, o gabarito foi desenvolvido para haver precisão na solda dos

anteparos do display arenito, garantindo uma montagem perfeita ao cliente.

Após o desenvolvimento dos gabaritos, o soldador inicia o processo de

soldagem dos itens, sempre se atentando ao tipo de solda, tempo, precisão e

qualidade visual.

Figura 27: Processo de soldagem.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

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Além da precisão e controle sobre a soldagem, todos os colaboradores fazem

uso do equipamento de proteção individual (EPI). Conforme figura 27, o soldador

está utilizando máscara de solda, luvas de raspa, mangote, avental e protetores

auriculares para sua total proteção.

Figura 28: Processo de acabamento.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Posteriormente a soldagem dos itens, as peças são encaminhadas para o

setor de acabamento (figura 28), no qual são realizados os últimos ajustes para a

qualidade visual das peças para garantir uma montagem perfeita do display.

1.2.8 Controle de qualidade

Esta etapa se faz presente em todos os processos dito anteriormente. Os

colaboradores são instruídos pela empresa a sempre realizarem uma inspeção

sobre os itens antes que eles sejam transferidos aos outros setores.

Após o término do acabamento dos itens, o setor de qualidade se encarrega

de realizar inspeções em amostragens, utilizando ferramentas como por exemplo o

paquímetro, para garantir a qualidade dentro da tolerância permitida do item em

estudo.

Feito isto, as peças são contadas e separadas de acordo com o pedido,

encaminhado os itens ao setor de banho e pintura. Essas são as últimas etapas

antes da entrega final ao cliente.

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1.2.9 Banho e Pintura a pó

Com as peças finalizadas na produção, o lote total do pedido é encaminhado

ao setor da pintura. As peças são contadas e é verificado o acabamento necessário

dos itens, bem como sua cor e tempo de secagem.

Figura 29: Processo da linha de pintura.

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

As peças passam pelo processo de fosfatização que serve como proteção

superficial dos metais, recobrindo as peças com fosfato de zinco. Após este

processo, as peças são seladas com primer, um selante que serve para os itens não

serem oxidados (enferrujados).

Feito isto, os itens são levados a linha de pintura (figura 29), penduras para

serem pintadas e secadas no forno, seguindo uma linha de produção. Ao término

deste processo, as peças são contadas e estão prontas para a embalagem e

carregamento.

1.2.11 Comunicação Visual

Em paralelo a produção dos itens, a empresa parceira em comunicação visual

realiza toda a comunicação visual do pedido, desenvolvendo telas para a serigrafia,

corte utilizando faca especial e acabamento nos materiais, garantindo a qualidade

final.

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A comunicação visual é uma das etapas mais importantes de um display, por

se tratar de embelezar o produto ao cliente.

1.2.10 Montagem e carregamento

O setor de expedição recolhe todas as peças do pedido na pintura, e

desenvolvem a melhor maneira de embalar e carregar os itens no transporte. Em

paralelo a isso, é feita a última inspeção no display, realizando a montagem dele

antes de serem embalados. Por terem frota própria de caminhões, a W.V. consegue

realizar o carregamento com mais facilidade, sem a necessidade de aguardar o

transporte chegar.

Figura 30: Montagem do "Display Arenito".

Fonte: Acervo digital da WV, 2019.

Conforme figura 30, com o display montado, a empresa pode prosseguir com

a embalagem e logística do pedido. Neste momento, é colocada a comunicação

visual, os itens para fixação e manual de montagem dentro da caixa, juntos com os

itens produzidos. Esta é a última etapa antes do cliente receber os displays.

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1.3 A entrega e feedback do cliente quanto ao produto recebido.

O cliente e a empresa desenvolvem um agendamento via internet para a

entrega de todos os produtos fornecidos, visando a melhor forma de carregamento,

distribuição e velocidade, sendo este último um dos pontos fortes da W.V.·.

Após a entrega do lote do produto, a empresa não realiza a coleta de

feedback do cliente, salvo em algumas oportunidades de reuniões, no qual existe a

troca de opiniões quanto ao produto vendido.

1.4 Parecer final do caso

Foi observado após a pesquisa, que o método adotado pela empresa para o

planejamento e o desenvolvimento de produtos tem se tornado cada dia mais eficaz.

A empresa produz seus produtos com qualidade, buscando a satisfação de seus

clientes.

Buscando cada dia mais a modernização de suas máquinas, utilizando a

tecnologia a favor para a produção de seus produtos, obtém maior rapidez nas

etapas da produção. Em cada fase, usa uma tecnologia que melhor se adéqua à

necessidade do processo.

Diante da aplicação do protótipo é definido qual a melhor tecnologia a ser

utilizada. Avalia-se o quanto se pretende gastar, o tempo disponível, a qualidade

superficial exigida, a resistência e a precisão dimensional.

A empresa está sempre acompanhando a produção para assim minimizar a

margem de erros que podem ocorrer durante a elaboração do produto.

Contudo, foi observado durante a pesquisa, que a empresa possui escassez

de profissionais qualificados nos processos do desenvolvimento do produto, além de

não terem uma pesquisa de satisfação do cliente após a entrega dos pedidos.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Por meio da análise desenvolvida na pesquisa, verificou que as etapas de

planejamento e desenvolvimento de produtos na WV Indústria Metalúrgica têm como

necessidade o desenvolvimento de pesquisas de feedback dos clientes e de

capacitação de profissionais. Em períodos de uma alta demanda de produtos a

desenvolver, a falta de colaboradores capacitados para determinadas tarefas

específicas se tornam um gargalo para o desenvolvimento de produtos. Além disso,

após a entrega dos produtos, a empresa não tem uma clareza da qualidade

percebida em seus produtos, por não haver um feedback do cliente.

Recomenda-se então que a empresa:

a) realize contato com instituições de ensino superior, escolas técnicas e

empresas de cursos específicos para os determinados cargos, a fim de

capacitar os colaboradores da empresa e encontrar outras pessoas

interessadas em trabalhar em cargos que estejam necessitando na

WV. Desta forma, a qualificação da mão de obra e novas contratações

expandiria o poder de atendimento e realização das demandas,

gerando um aumento nas vendas, diminuição de falhas geradas por

falta de capacitação e consequentemente a qualidade percebida aos

clientes;

b) invista em treinamentos que ajudem no processo de aprendizado dos

novos colaboradores, diminuindo o tempo do alcanço de desempenho

esperado para a realização das tarefas especificas de cada

cargo/função.

c) desenvolva pesquisas de satisfação dos clientes através de formulários

e questionários online, facilitando o preenchimento e envio através de

e-mails. Realizar ligações e visitas periódicas de um representante

comercial, mantendo um contato frequente e relacionamento sólido

com os clientes.

d) invista em um organograma de fidelização com orientação voltada para

o cliente, indicando que todos os gerentes da empresa devem estar

pessoalmente envolvidos em ter um contato, conhecê-los e atendê-los.

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CONCLUSÃO

O objetivo principal deste estudo foi verificar a importância do processo de

planejamento e desenvolvimento de produtos na assertividade do mesmo para o

cliente. Para o atingimento deste objetivo, foi realizado um estudo de caso,

observação sistemática e histórica da empresa.

Diante da pesquisa, conclui-se que o planejamento e desenvolvimento de

produtos adotados pela empresa W.V. Indústria Metalúrgica prioriza a qualidade no

processo, buscando as melhores e diferenciadas opções para seus clientes,

contendo profissionais qualificados e melhores tecnologias, de modo que possa ser

reconhecida pela credibilidade e confiabilidade na industrialização de seus produtos.

É a partir do planejamento e desenvolvimento de produtos, que a empresa

cria produtos com designs projetados para atender às exigências e necessidades

dos clientes, tornando um dos processos mais importantes para o sucesso da

empresa.

A diferenciação nos designers dos produtos acaba tornando cada projeto

único, aumentando a percepção do consumidor final e dando suporte às estratégias

de marketing das empresas, sendo assim, uma empresa mais competitiva e com a

finalidade de atender a constante evolução do mercado.

A exigência dos consumidores por produtos sem defeito e com a total

qualidade tem feito com que o desenvolvimento de produtos seja um dos principais

processos para a satisfação e a competitividade no mercado. Em relação ao

aumento da concorrência, das mudanças tecnológicas e da diminuição do ciclo de

vida dos produtos.

As empresas devem buscar integração entre os processos a fim de terem

maior agilidade, produtividade e qualidade total em seus serviços e produtos.

É necessário ter um planejamento eficiente e desenvolver uma visão

abrangente com a construção de uma imagem única e integrada do processo para

atingir o melhor resultado.

Observaram-se as técnicas utilizadas pela empresa neste processo de

desenvolvimento de produtos a fim de colocá-las em prática na área profissional e

pessoal. Portanto, a realização deste trabalho obteve o resultado esperado,

atingindo um alto nível de satisfação de seus autores, considerando que o assunto

não está esgotado, podendo outros acadêmicos aprofundá-lo e redirecioná-lo.

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JUGEND, Daniel; SILVA, Sérgio Luis da. Inovação e desenvolvimento de produtos : práticas de gestão e casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2013. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. Tradução de Mônica Rosenberg. 12 ed. São Paulo: Pearson Hall, 2006. KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. Tradução de Afonso Celso Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. MENDES, Glauco Henrique de Sousa; TOLEDO, José Carlos de. Gestão do pré-desenvolvimento de produto: estudo de casos na indústria de equipamentos médico-hospitalares. 2012. p. 391-404. Artigo. UFSCar, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/prod/v22n3/aop_t6_0005_0482.pdf> Acesso em 27 de ago. 2019. MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. MOREIRA, Júlio César Tavares (Coord.). Gerência de produtos. São Paulo: Saraiva, 2004. SILVA, Adilson da. Processo de desenvolvimento de produto para a indústria do vestuário: proposta para a fase planejamento do projeto.2013. 14p. Artigo. FURB-Fundação Universidade Regional de Blumenau, Blumenau. 2013. Disponível em: < http://www.convibra.com.br/upload/paper/2013/32/2013_32_8268.pdf>. Acesso em 22 de jan. 2019. SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. STARR, Martin Kenneth. Administração da produção: sistemas e sínteses. Tradução de Miguel Cezar Santoro. São Paulo: Edgard Blucher, 1988. TROTT, Paul. Gestão da inovação e desenvolvimento de novos produtos. Tradução de Patrícia Lessa Flores da Cunha et al. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 Introdução

Análise e demonstração do Planejamento e Desenvolvimento de Produtos

(PDP) da empresa WV Indústria Metalúrgica, apresentando os objetivos

relacionados ao estudo de caso, descrevendo as técnicas e os métodos utilizados

na pesquisa.

2 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

Descrição do processo produtivo da empresa com foco na qualidade, tendo

como objetivo a assertividade do PDP para o cliente; Realização de

entrevistas com os colaboradores da empresa.

3 Discussão

Através da pesquisa, confrontar a teoria do PDP com a prática adotada pela

empresa.

4 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações

de procedimentos

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de

procedimentos da WV Indústria Metalúrgica em Cafelândia - SP

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APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

I – IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade econômica:

Porte:

II – ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Processo de planejamento e desenvolvimento de produto.

2 A assertividade dos produtos no processo produtivo.

3 Destacar os benefícios do processo de planejamento e desenvolvimento de

produto para a empresa e para o cliente.

4 Verificar a importância do processo de processo de planejamento e

desenvolvimento de produto desenvolvido.

5 Descrever o processo de processo de planejamento e desenvolvimento de

produto.

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APÊNDICE C – ROTEIRO DE HISTÓRICO

I – IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Atividade econômica:

Porte:

Data de fundação:

Sócios e proprietários:

II – ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA

1 Evolução histórica da empresa.

2 Missão visão e valores.

3 Objetivos.

4 Organograma.

5 Unidades de apoio.

6 Produtos.

7 Concorrentes.

8 Clientes.

9 Responsabilidade social e ambiental.

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APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O REPRESENTANTE

COMERCIAL DA WV INDÚSTRIA METALÚRGICA

I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II - PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1) Há quanto tempo você trabalha no setor comercial?

2) Você acha que o processo de Planejamento e Desenvolvimento de Produtos

(PDP) tem influência perante ao sucesso da empresa?

3) Quais informações não devem faltar para a venda de um produto?

4) Quais as dificuldades que você encontra na área comercial?

5) Como a empresa lida com a concorrência?

6) Você acha que um PDP bem estruturado e realizado é garantia de sucesso na

venda dos produtos desenvolvidos?