Planejamento Financeiro Pessoal: quanto custa seu sonho · atividades práticas para reestruturarem...
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Planejamento Financeiro Pessoal: quanto custa seu sonho?
Juliano Klein1
Tania Stella Bassoi2
Resumo: Este trabalho teve como objetivo orientar os alunos a administrarem a renda
mensal através de um planejamento financeiro. Após, fazer a investigação sobre capitalismo/Administração/Matemática Financeira e Planejamento Financeiro oportunizou-se atividades práticas para reestruturarem e reformularem conceitos sobre Matemática Financeira. A implementação na escola teve como intuito que os alunos aprendessem a cuidar das finanças pessoais e administrassem a mesada/salário que recebem. Oportunizaram-se condições didático-pedagógicas para que a Matemática do cotidiano dos alunos fosse ampliada, considerando que o raciocinar matematicamente faz parte do dia-a-dia, quer seja em compras, em gastos, em pagamentos de despesas fixas, em educação e em lazer, além de outras despesas imprevisíveis, mas possíveis de acontecer. Conclui-se que a proposta sobre planejamento financeiro provocou questionamentos, facilitando o processo ensino e aprendizagem tornando-se uma valiosa ferramenta pedagógica de motivação para os alunos do Ensino Médio. Os mesmos perceberam-se sujeitos da própria história, capazes de intervir no mundo, pois, pelas atividades desenvolvidas, ampliaram a experiência escolar e os conhecimentos básicos para o gerenciamento dos investimentos e da vida financeira com auxílio de planilhas.
Palavras - chave: Planejamento Financeiro. Planilha Orçamentária Pessoal. Ensino Médio.
Introdução
As Diretrizes Curriculares do Paraná (2007) orientam aos professores,
para que trabalhem as condições sociais, políticas, econômicas e culturais da
realidade dos alunos e que planejem estratégias que os ajudem a aprender os
conceitos matemáticos vivenciando e não apenas decorar.
Aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber
fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar
significados, construir seus próprios instrumentos para resolver
problemas, estar preparado para perceber estes mesmos
problemas, desenvolver raciocínio lógico, a capacidade de
conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível
(PARANÁ, 2007, p. 66).
O ensino da Matemática aplicada ao cotidiano do aluno na sala de aula
é importante, sua aplicação está presente em toda parte, nas mais diversas
formas, desde a antiguidade.
1 Professor de Matemática no Colégio Estadual Doze de Novembro, Ensino Médio-
Profissionalizante. 2 Professora Adjunta da UNIOESTE. Cascavel - Colegiado de Matemática
A Matemática está presente desde a antiguidade com o objetivo de
auxiliar o ser humano, pois as suas aplicações estão relacionadas a
financiamentos, compras parceladas, operações comerciais de compra e
venda, construções, investimentos financeiros, aplicações bancárias, cálculos
operatórios básicos, entre outros. Assim, a vida gira em torno de valores
numéricos. Saber cuidar das finanças pessoais é fundamental para a qualidade
de vida e requer um planejamento financeiro para que se saiba administrar o
salário e gastar de acordo com este valor.
Corroborando com Modernell (2011, p.1) que pontua “Educação
Financeira deve ser vista como um conjunto de hábitos financeiros saudáveis
que contribuam para melhorar a situação, o proveito e as perspectivas
financeiras das pessoas.”
A função da escola é sistematizar o conhecimento procurando fazer
com que este saber esteja relacionado com o cotidiano dos alunos. Durante
meu trabalho como professor; percebi o quanto o apelo e a sedução ao
consumismo estão presentes na vida dos adolescentes. Assim, o trabalho
sobre planejamento financeiro tornou-se assunto importante para ser abordado
em sala de aula com alunos do Ensino Médio, tendo como objetivo que
compreendessem que gastar além do que se ganha gera desconforto e
complicações.
Grupo De Trabalho Em Rede: Aprendendo Novas Formas De Ensinar
O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) faz parte das atividades propostas
pela Secretaria Estadual de Educação (SEED) através do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE)3 a sua característica essencial é a
interação virtual que acontece entre o professor PDE, que desempenha o papel
de tutor, e demais professores, os quais fazem a sua inscrição previamente no
curso.
3 O Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE/PR tem por objetivo principal proporcionar aos
professores da rede pública estadual subsídio teórico-prático para o desenvolvimento de ações educacionais
sistematizadas, que possam ser avaliadas em seu processo e em seu produto e que resultem em redimensionamento
da prática educativa. Mas também, proporcionar a valorização profissional dos avanços no plano de carreira do
magistério (PARANÁ, 2007).
A formatação do curso é a distância, utilizando-se a plataforma
MOODLE, composto de três módulos perfazendo 40 horas, tendo como
objetivo proporcionar a formação continuada aos professores que fazem parte
da rede pública estadual.
Como professor-tutor tinha a função de encaminhar materiais
(documentos, textos, entre outros) aos respectivos participantes do GTR;
acompanhar as atividades do GTR, registrando-as de acordo com as
orientações da Coordenação Estadual do PDE. Após a finalização das
atividades do GTR, enviar ao NRE a relação final dos professores que
concluíram o processo de interação proposto.
Por meio desse modelo de capacitação continuada pretendeu-se que
tanto os participantes quanto o tutor, promovessem discussões e reflexões
sobre o assunto tratado no GTR analisando as suas próprias práticas
pedagógicas.
As atividades do GTR foram divididas em três módulos:
Primeiro módulo - destinou-se a apresentação dos professores como
forma de socialização do grupo onde seriam colocadas as suas expectativas
em relação ao desenvolvimento do curso. O título do trabalho que realizei como
implementação na escola: “Planejamento Financeiro Pessoal: quanto custa
seu sonho?
Segundo módulo - Apresentação do Projeto de Trabalho.
Terceiro módulo - Apresentação da Implementação na escola em forma
de Caderno Pedagógico em que foram analisadas as atividades propostas para
os alunos.
Os relatos apresentados pelos professores revelaram que a
implementação na escola foi relevante, pois todo cidadão que recebe
orientação e formação financeira, saberá como não consumir excessivamente,
poderá ter uma vida melhor e tem a possibilidade de organizar seu
planejamento financeiro.
Quanto à sugestão, considero a planilha de controle essencial para o desenvolvimento do projeto, também acredito que a técnica de depositar as moedas em cofre durante um determinado período para depois ver o quanto conseguiu economizar- atitude muito interessante e com ótimos resultados. (Professor A) Eu, juntamente com meu marido utilizamos esse método e acredita que no final do ano conseguimos comprar nossa TV de 42 polegadas apenas com essas moedas? (Professora B)
Como sugestão, acredito que chamar a atenção do educando para que ele consiga avaliar as diferenças entre a compra à vista, com desconto e a compra a prazo, com parcelas pequenas e intermináveis que cabem no bolso do consumidor, que acaba pagando valores exorbitantes é extremamente importante. Saber calcular o custo e avaliar a real necessidade de aquisição do bem, em que situação vale à pena o sacrifício de poupar e comprar a vista ou adquirir o bem e pagar os juros das prestações. (Professor C) A minha sugestão seria de solicitar uma pesquisa em alguns sites sobre o assunto. Um exemplo de um site interessante é http://www.endividado.com.br/faq_det-4,7,4,dicas-uteis-dicas-para-controlar-seu-orcamento.html. Apresenta uma série de dicas simples de fácil aplicação no cotidiano. (Professor D) Trazer problematizações fictícias para que os alunos desenvolvessem uma estratégia para solucioná-las, também seria interessante. Cada equipe de alunos receberia uma dessas problematizações e teriam que determinar uma possível solução, fornecendo prazos e estratégias. (Professor E)
As sugestões dadas pelos cursistas auxiliaram a enriquecer o trabalho
em sala de aula mostrando que nas escolas públicas há professores
comprometidos com a aprendizagem do aluno, que produzem aulas para
auxiliar o aluno a relacionar o conhecimento escolar com o seu cotidiano.
O GTR é uma forma de estar em contato virtual com muitos colegas da
rede estadual do Paraná, aproveitando suas experiências em sala de aula e
acima de tudo tendo oportunidades de debater conteúdos relacionados a
Educação Básica possibilitando as mudanças nas práticas pedagógicas para
melhor ensinar.
O trabalho em sala de aula
Toda sala de aula é um mini-laboratório onde professor e alunos devem
ser cientistas, formulando hipóteses, testando-as para verificar suas
veracidades no processo de ensino e aprendizagem. Ao planejar as atividades
procurou-se preparar o aluno para ter autonomia para elaborar o seu
planejamento financeiro e administrar os seus gastos. Para conduzir a
aprendizagem nessa perspectiva, os conteúdos selecionados como forma de
desenvolver o trabalho foram: Porcentagem, Sistema de Juro Simples e
Composto.
Primeiramente, aplicaram-se atividades para observar o conhecimento
prévio dos alunos. Na correção dos exercícios, verificou-se que a maioria dos
alunos não estavam familiarizado com conteúdos sobre Porcentagem, Sistema
de Juro Simples e Composto. Estas dificuldades ocorreram possivelmente
devido a falta de atenção no cálculo ou esquecimento da fórmula, não sabiam
os conceitos de desconto e lucro.
Para a sistematização dos conteúdos utilizou-se exemplos que tinham
relação com o cotidiano dos alunos, assim, fizeram a coleta de panfletos de
lojas para que realizassem atividades que envolvessem juros simples e
composto e assim fazer a comparação de preço a vista e a prazo.
Como resultado desta ação pedagógica, os alunos buscaram soluções
para as problematizações propostas como, por exemplo, comparar os valores
de compras à vista, a prazo tendo como referência panfletos de loja.
Procuramos situações problemas da realidade em que eles estavam inseridos.
Havia colaboração entre colegas durante o desenvolvimento da atividade.
Vale ressaltar que os conhecimentos prévios devem ser considerados
pelos professores durante todo o processo de ensino. Para que isso ocorra, é
preciso planejar situações desafiadoras, que coloquem em jogo o que os
estudantes sabem, para que eles possam analisar sobre as diferenças entre o
conhecimento antigo e o novo, e desta reflexão construir uma nova
aprendizagem.
No desenvolvimento das atividades para que entendessem conceitos
básicos de Capitalismo e Administração foi solicitado, que fizessem um
levantamento de informações com perguntas direcionadas sobre estes temas e
verificassem de que forma os mesmos são influenciados pelo sistema
capitalista e que respondessem como viver com qualidade de vida neste
sistema.
Após os levantamentos realizados, por meio de roda de conversa4, os
alunos participaram dos questionamentos propostos e desta discussão
elaboraram uma síntese em forma de cartazes. As frases apresentadas nos
cartazes foram: “Saber administrar o salário. Gastar com Responsabilidade.
Não se deixe levar pelo sistema capitalista. O jovem é influenciado pelos meios
de comunicação. Um problema ligado ao capitalismo é a crise econômica. O
capitalismo preocupa-se em aumentar o capital e diante disso não podemos
4 Roda de Conversa é um método de discussão que possibilita aprofundar o diálogo com a participação democrática, a
partir da riqueza que cada pessoa possui sobre o assunto. Na Roda cada integrante deve ter oportunidade de falar ou expressar o que pensa. O método é semelhante às reuniões de grupo, com um moderador para facilitar a participação das pessoas. O diferencial do método é a disposição do grupo em forma de circulo, e o foco em um tema. No final da Roda de Conversa pode se definir ações, a partir das ideias de consenso (PARANÁ, 2013, p. 01).
ficar alienados, pois no sistema capitalista somos apenas consumidores, onde
alguns têm acesso a tudo e milhões não possuem o necessário para
sobreviver”.
Em relação aos conceitos de Administração e de Contabilidade, chegou-
se a um consenso de que é necessário administrar tanto o tempo que dispõe
para realizar as atividades quanto o salário. Entenderam que se estão numa
sociedade que incentiva as compras a prazo e as contas especiais, o difícil é
não gastar tudo o que se ganha. Salientando que estas conclusões auxiliaram
os alunos a compreenderem que devem estar atentos aos apelos do consumo,
pois, como pontuaram, “no sistema capitalista somos apenas consumidores”.
Ao apresentarmos o tema Contabilidade reforçamos que ela fornece
maneiras de controlar o patrimônio e acompanhar a sua evolução, seja na
exploração de um determinado negócio, seja em nossa residência (FERREIRA,
2011).
Dando continuidade ao trabalho, como forma de verificar se houve a
aprendizagem pelos alunos, solicitei por meio de arguição oral, se a pesquisa
possibilitou o aprimoramento de seus conhecimentos sobre o que é capitalismo
e a os conceitos básicos sobre Administração e de Contabilidade. Como forma
de sistematizar os conceitos pesquisados, destaquei que na sociedade
capitalista os bens materiais são mais importantes que as pessoas, além disso,
um indivíduo é valorizado por aquilo que tem, e não por aquilo que é, para
despertar nos alunos uma consciência crítica a respeito do sistema capitalista e
da necessidade de reflexão sobre como administrar seu salário e/ou mesada,
com maiores chances de se tornarem um adulto consciente em relação as suas
finanças.
Vale ressaltar que o conhecimento de Administração se faz importante
para gerenciar o dinheiro ganho. Isso é importante que o jovem saiba. Quando
sabe gastar, sabe valorizar o trabalho que desempenha. Por isto, a vivência
dos conceitos matemáticos deve ocorrer no espaço escolar, portanto, uma das
metodologias utilizadas foi à discussão e a elaboração das conclusões dos
assuntos que eram trabalhados em sala de aula. A compreensão em relação
ao tema pelos alunos, “administrar é a tomada de decisão sobre os recursos
que possui e aprender a ser disciplinado quanto a estes recursos; pensar nas
consequências das decisões em gastar sem planejar. Na administração é
preciso planejar, organizar dirigir e controlar, tomar decisões”.
Outra ação a destacar foi o trabalho em grupo, os alunos demonstraram
responsabilidade, cooperação na elaboração do trabalho, organização, não
houve discriminação entre colegas.
O objetivo da implementação na escola foi que os alunos, por meio de
planilhas orçamentárias, soubessem administrar a renda mensal com um
planejamento financeiro. Diante disto, oportunizou-se o estudo sobre a planilha
orçamentária, porém, para que o assunto fosse debatido, houve os
questionamentos sobre: como organizavam seus gastos; se conheciam os
termos receita e despesa.
Na elaboração das planilhas orçamentárias os alunos foram orientados a
construírem dois modelos, que foram observadas algumas características. No
primeiro orçamento com o salário real mensal de R$ 505,00, uma aluna
organizou os gastos de acordo com este salário. A sua justificativa foi de que
há necessidade de reduzir os gastos com manicure e outros e conseguir um
trabalho que aumente a renda. Depois, na elaboração de uma planilha com
gastos que gostaria de fazer, por exemplo, com restaurantes, cinemas,
concluiu que sua remuneração deveria ser de R$ 2.7330,00.
Outra planilha elaborada, por exemplo, um aluno recebia mensalmente
R$ 307,44 os seus gastos eram direcionados as suas necessidades básicas.
Foi proposto que elaborasse outro que constasse lazer, saúde. Concluiu que
teria que receber R$ 1500,00 com um gasto de R$ 879,00. Sua conclusão em
relação a situação, que com o primeiro salário devia controlar as despesas e
deixar de comprar roupas e comprar no mercado o necessário para sobreviver.
No segundo salário, também devia controlar, gastar no que realmente
precisava e guardar o que sobrava.
Após a elaboração da planilha, realizaram um levantamento no
Laboratório de Informática sobre as seguintes questões: o que é renda
familiar? Qual a diferença entre salário bruto e salário líquido?Você considera
importante que uma família planeje suas despesas? Como você planeja as
suas despesas?
As conclusões feitas pelos alunos eram de que “a renda familiar é a
soma da renda dos moradores do mesmo domicílio. O salário líquido era o que
recebiam após serem efetuados todos os descontos de impostos e taxas,
tornando importante o planejamento familiar. Quanto ao planejamento das
despesas, o salário é dividido para cada necessidade, pagar a luz, mercado,
prestação da moto fazendo a lista com todas as contas para pagar e, se sobrar,
podia gastar mais”.
Deste encaminhamento metodológico, os alunos entenderam a
importância do planejamento, pois apresenta segurança para ações futuras,
sendo que se ocorrer qualquer dificuldade, pode-se reorganizar as finanças e
conhecer conceitos financeiros básicos são importantes.
Quanto à reflexão sobre a planilha orçamentária, a discussão foi
direcionada para a necessidade do planejamento financeiro, ressaltando um
dos objetivos que é gastar menos do que se ganha. Para que isso ocorresse foi
preciso estabelecer metas e um planejamento para que os alunos
identificassem as oportunidades e dificuldades, e definissem antecipadamente,
as estratégias fazendo uso da planilha financeira.
Para Ross, Westerfield e Jaffe (1995) planejamento financeiro é a
formalização do método pelo qual as metas financeiras devem ser alcançadas.
O plano financeiro é uma declaração formal do que deverá ser feito no futuro.
Se não for feito o planejamento, conforme Gropelli e Nikbakht (2005) a sua falta
pode causar uma situação de falta de liquidez e consequentemente a falência.
Sabe-se que os alunos estão inseridos num ambiente, onde a maioria
das famílias quando se dá conta o gasto extrapolou o orçamento: o cartão de
crédito, o super cheque passaram do limite. Diante desta realidade, Bastos
(2010, p.1) afirma que “As finanças precisam ser inseridas na educação das
crianças para que sejam formados adultos com noção de orçamento,
poupança, ganhos e gastos”.
Os resultados da atividade relacionada à planilha orçamentária, os
alunos tiveram a compreensão de que devem determinar as suas despesas
fixas mensais. “Que devem fazer uma lista de todas as despesas, separando
as que têm que ser pagas todos os meses como prestações com roupas,
alimentação, celular, material escolar, entre outras. Que devem ajustar seus
gastos ao que ganham, ter disciplina em relação a gastos, tudo isso
simplesmente para poderem viver melhor com a sua própria renda”.
Os alunos praticaram exercícios matemáticos simples para concluírem
suas planilhas. A apresentação do modelo de planilha orçamentária foi para
revelar os benefícios e as influências de organizar as finanças pessoais na
qualidade de vida. Justifica-se a realização pela relevância do tema, pois se
compreende que os orçamentos são essenciais para o planejamento e o
controle das finanças pessoais.
Os resultados alcançados foram que na elaboração da planilha individual
houve colaboração entre os colegas, que os gastos devem ser efetuados de
acordo com os recursos disponíveis, sentir a necessidade de fazer o
planejamento financeiro, onde tudo tem que ser anotado, e os cálculos
atualizados constantemente.
Neste processo ensino e aprendizagem ampliaram sua experiência
escolar e tiveram a compreensão dos conhecimentos básicos para que possam
planejar seus salários e ou/ mesadas.
Percebeu-se que os alunos estão de acordo que as aulas sejam
baseadas na vivência de mundo, o que facilita a aprendizagem do conteúdo,
confirmando que o ensino baseado num processo onde o professor é livre para
pensar, criar e crescer junto com seus alunos e vice-versa, apresenta
resultados positivos. Na atividade desenvolvida os alunos demonstraram
grande interesse e conseguiram relacionar os conceitos ao seu dia-a-dia,
colocando-os como prática, inclusive no envolvimento da família nesse novo
conceito de planejamento financeiro.
Conclusão
O desenvolvimento da implementação do projeto “Planejamento
Financeiro Pessoal: quanto custa seu sonho? para alunos do Ensino Médio
foi importante, quando nós, professores, em nossa prática pedagógica
possibilitamos maneiras diferentes de trabalhar os conteúdos em nossas aulas
por meio de estudos e discussões, estabelecendo relação com o conhecimento
prévio que o aluno possui. Desta forma, é possível despertar o seu interesse e
a atenção, possibilitando análises entre a teoria e a prática e, ao mesmo
tempo, socializando as suas dúvidas e experiências com os colegas e com o
professor.
É importante salientar que este trabalho teve como meta buscar uma
alternativa para o ensino de Matemática, com objetivos claros sendo
subsidiados por metodologias que motivam os alunos a participarem e
entenderem que os conceitos matemáticos estão presentes em sua vida.
Além do posto acima, oferecer contribuições aos educadores na área de
Matemática, dando sugestões de novas maneiras de ensinar e, por
conseguinte, contribuir na construção dos conhecimentos e práticas dos
alunos.
Na condição de educador, sou sabedor da necessidade de estar sempre
inovando, buscando novas formas de ensinar e que isso trará resultados
significativos tanto para minha vida profissional quanto para a vida do aluno,
pois, a possibilidade de desenvolver análises e pensamentos críticos, constrói
sujeitos conscientes ativos na sociedade, capazes de interferir na realidade e
colocando-se a serviço para um mundo melhor.
Referências BASTOS, R. Educação Financeira. 2010. Disponível em: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=36&cod=9846088. Acesso em: 10 mai. 2012. FERREIRA, R.J. Contabilidade. 2011. Disponível em: http://www.editoraferreira.com.br/lojavirtual/basica_capitulo1.pdf. Acesso em: 13 mai. 2012. GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. Tradução de Célio Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. MODERNELL, A. Educação Financeira. 2011. Disponível em: http://ucho.info/afinal-o-que-eeducacao-financeira. Acesso em: 07 mai. 2012. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica em revisão. Curitiba: SEED/PR, 2007. _________. Uma nova Política de Formação Continuada e Valorização dos Professores da Educação Básica da Rede Pública Estadual - Documento Síntese. 2007. Disponível em: http://www.pde.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/documento_sintese.pdf. Acesso em: 24 de mai. de 2012. _______. REBIDIA - Rede Brasileira de Informação e Documentação sobre Infância e Adolescência. [2013]. Disponível em:
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